K. Rowling
CAPÍTULO 01
O OUTRO MINISTRO
Era quase meia-noite e o Primeiro Ministro estava sentado sozinho em seu escritório, lendo um longo memorando que percorria seu cérebro sem deixar vestígios de qualquer
significado. Ele esperava por uma ligação do Presidente de um país bem distante e, entre o pensamento de quando aquele homem desprezível ligaria e a tentativa de
esquecer as memórias desagradáveis do que tinha sido uma longa, cansativa e difícil semana, não havia mais espaço algum em sua mente para qualquer outra coisa. Quanto
mais ele tentava concentrar-se no texto da página em sua frente, mais claramente o Primeiro Ministro podia ver o rosto triunfante de um dos seus oponentes políticos.
Esse oponente em particular, havia aparecido nas notícias naquele dia, não apenas para enumerar todas as coisas terríveis que haviam acontecido na última semana
(como se alguém precisasse ser lembrado) mas também para explicar que toda e qualquer uma delas era culpa do governo.
O pulso do Primeiro Ministro acelerou-se diante de todas aquelas acusações, que não eram nem justas nem verdadeiras.
Como podia seu governo deter o derrubamento daquela ponte? Era ultrajante para qualquer um sugerir que eles não estavam investindo o suficiente em pontes. A ponte
tinha pouco menos de dez anos, e nem os especialistas conseguiam explicar como ela havia se partido em dois, lançando uma dúzia de carros às profundezas aquosas
do rio abaixo. E como alguém poderia ter a ousadia de insinuar que a falta de policiais que havia resultado naqueles dois sórdidos e afamados assassinos? Ou que
o governo havia de alguma maneira previsto o furacão anormal no Oeste que havia causado danos tanto às pessoas quanto às propriedades? Era sua culpa se um dos seus
Jovens Ministros, Herbert Chorley, havia escolhido essa semana para agir tão peculiarmente que ia estar passando muito mais tempo com sua família?
"Um terrível estado de espírito assolou o país", o oponente havia concluído, mal ocultando sua larga expressão.
E, infelizmente, isso era perfeitamente verdade. O Primeiro Ministro mesmo sentia isso; as pessoas realmente pareciam mais miseráveis que o normal. Até o tempo estava
sombrio; toda essa fria neblina no meio de Julho...isso não estava certo...isso não era normal...
Ele acabou a segunda página do memorando, viu o quão longe tinha ido e desistiu de uma vez desse mau trabalho feito. Alongando seus braços acima de sua cabeça, olhou
em torno do seu escritório desapontado. Era uma bonita sala, com uma fina lareira de granito em frente às longas janelas uniformes, fechadas firmemente contra neblina
fora de estação. Com um leve tremor, o Primeiro Ministro levantou-se e seguiu em direção a janela, observando a fina neblina pressionando-se contra o vidro. As he
stood with his back to the room , ele ouviu uma fraca tosse atrás de si.
Ele congelou, frente a frente com sua própria expressão de medo refletida no escuro vidro. Ele reconheceu aquela tosse. Ele já a tinha ouvido antes. Ele se virou,
bem lentamente, encontrando com a sala vazia.
"Olá?" ele tentou soar mais bravo do que se sentia.
Por um curto momento ele se permitiu apegar-se a uma impossível esperança de que ninguém pudesse responder. Entretando, uma voz respondeu primeiro, rápida, a voz
decisiva soou apesar de estar lendo um relato preparado. Estava vindo - como o Primeiro Ministro já tinha conhecimento desde a primeira tosse - o pequeno homem froglike(sapo)
vestindo uma longa peruca prata a qual estava pintada em uma pequena e suja imagem a óleo na outra extremidade do quarto.
"Para o Primeiro Ministro dos trouxas. É urgente nosso encontro. Por gentileza responda imediatamente. Sinceramente. Fudge." O homem na pintura olhou investigando
o Primeiro Ministro.
"Er..." disse o Primeiro Ministro "escute...essa não é uma boa hora para mim...eu estou esperando um telefonema, você entende...do presente do..."
"Isso terá que ser remarcado" disse o quadro de uma vez. O coração do Primeiro Ministro parou. Ele estava apavorado com aquilo.
"Mas eu realmente estava de preferência esperando falar..."
"Que tal arranjarmos que o Presidente esqueça de telefonar? Ele ligará amanhã a noite ao invés de hoje." disse o pequeno homem "Gentilmente responda imediatamente
para o Sr. Fudge."
"Eu...ah...muito bem." Disse o Primeiro Ministro fragilmente "Sim. Eu verei Fudge."
Ele apressou-se de volta a sua mesa arrumando sua mesa então partiu. Ele tinha apenas retomado a sua cadeira, e arrumado em sua face o que ele esperava uma relaxada
expressão, quando brilhantes chamas verdes explodiu em sua vida dentro da lareira vazia, abaixo de sua abóbada de granito. Ele assistiu, tentando não denunciar a
centelha de surpresa ou alarme, então um distinto homem apareceu por entre as chamas girando tão rápido até o topo. Segundos depois, ele tinha escalado para fora
encima de um fino tapete antigo, escovando a cinza e longa manga listrada de sua capa, um cal e verde chapéu amassado em suas mãos.
"Ah...Primeiro Ministro..." disse Cornélio Fudge, caminhando, com a mão estendida a frente "É bom, vê-lo de novo.
O Primeiro Ministro não poderia honestamente escapar satisfeito para ver Fudge, que em suas ocasionais aparições, aparte sendo um correto alarme em ambos, geralmente
tenciona que ele estava ouvindo algumas más notícias. Além disso, Fudge estava lançando um olhar distintamente ansioso. Ele estava mais magro, mais calvo e grisalho
e sua face tinha uma enrugada expressão. O Primeiro Ministro tinha visto aquele tipo de expressão em políticos antes, e nunca é um bom sinal.
"Como eu posso ajudá-lo?" ele disse, apertando a mão de Fudge brevemente gesticulando em direção a mais difícil das cadeiras em frente a mesa.
"Difícil saber por onde começar" murmurou Fudge, arrastando a cadeira, sentando e depositando o chapéu em seus joelhos "O que uma semana, o que uma semana..."
"Tive uma péssima semana também, e você?" perguntou o Primeiro Ministro com rigor, esperando conduzir a conversa que ele já entendia por encerrada e apanhou um objeto
na mesa já sem nenhuma expectativa de ajudar Fudge.
"Sim, é claro." disse Fudge, esfregando seus olhos cansadamente e olhou de forma impertinente para o Primeiro Ministro "Eu tenho tido a mesma semana que você teve,
Primeiro Ministro. A ponte de Broakdale...os assassinos Bonés e Vance...sem mencionar a desordem em West Country..."
"Você - er - seu - eu quero dizer, alguns do seu pessoal estiveram - estiveram envolvidas com estes - estes acontecimentos, não é?"
Fudge fitou o Primeiro Ministro com um especial carrancudo olhar.
"Claro que eles estiveram" ele disse "Certamente, você percebeu o que vem acontecendo?"
"Eu..." hesitou o Primeiro Ministro.
Isso era precisamente um tipo de comportamento que o fazia apreciar muito menos, as visitas de Fudge. Ele era, apesar de tudo, o Primeiro Ministro e não apreciava
ser feito de ignorante, como um garoto de escola. Mas claro, ele estava apreciando isso desde sua primeira visita com Fudge, em sua primeira noite como Primeiro
Ministro. Ele lembrou-se como se fosse ontem e sabia que isso o amedrontaria até seus últimos dias.
Ele permaneceu em pé sozinho em seu escritório, saboreando o triunfo que era seu depois de tantos anos de sonho e planejamento, quando ele tinha ouvido a fraca tosse
as suas costas, apenas como hoje a noite, e virou-se para encontrar aquele pequeno e feito retrato falando com ele, anunciando que o Ministro da Magia tinha chegado
e estava sendo introduzido.
Naturalmente, ele tinha pensado que a longa campanha e tensão que as eleições tinham causado nele o levariam a loucura. Ele estava aterrorizado para encontrar o
retrato falando com ele, apesar de este não ter sido nada comparado em como ele tinha se sentido quando um auto-proclamado bruxo saltou da lareira e apertou sua
mão. Ele ficou mudo durante a amigável explicação de Fudge de que havia bruxas e bruxos ainda morando em secretas partes do mundo, e seu ato seguro de que ele não
estava incomodando sua cabeça sobre eles o Ministro da Magia se sentiu na responsabilidade sobre toda a comunidade mágica e preveniu a população não-mágica de não
ter consciência deles. Isso era, Fudge disse, um trabalho difícil que engloba todos os regulamentos de responsabilidade no uso de vassouras para manter a população
de dragões sob controle (o Primeiro Ministro lembrou de ter agarrado com força o suporte da mesa nessa ponto). Fudge então deu um tapinha no ombro do ainda abismado
Primeiro Ministro de uma maneira paternal.
"Não se preocupe." ele tinha dito "Há chances de você nunca me ver de novo. Eu apenas o incomodarei caso alguma coisa realmente séria aconteça, algo que posso afetar
os Trouxas - a população não-mágica, eu deveria dizer. De qualquer forma, viva e deixe viver. E eu devo dizer, você está aceitando isso muito melhor que seu antecessor.
Ele tentou me jogar para fora da janela, pensou que era trote planejado pela oposição."
Neste ponto, o Primeiro Ministro havia encontrado a voz que se perdera.
"Você - você não é um trote, então?"
Isso tinha sido sua última desesperada esperança.
"Não." disse Fudge gentilmente "Não. Eu receio que eu não sou. Veja."
E ele transformou a xícara de chá do Primeiro Ministro em um rato.
"Mas." disse o Primeiro Ministro ofegante, assistindo a sua xícara de chá roer a ponta de seu discurso "Mas, por que - por que ninguém me disse - ?"
"O Ministro da Magia apenas se revela para o Primeiro Ministro Trouxa do Dia" disse Fudge, guardando sua varinha de volta em sua jaqueta "Nós achamos que é o melhor
jeito de se manter o segredo."
"Mas, então..." balbuciou o Primeiro Ministro "mas por que não tem uma preparação para o Primeiro Ministro prevenir a mim -?"
Então, nesse ponto, Fudge realmente riu.
"Meu querido Primeiro Ministro, você não vai contar a ninguém?"
Ainda gargalhando, Fudge jogou um pouco de pó na lareira, encaminhando-se para dentro das chamas esmeraldas e desapareceu com um forte som de um sopro. O Primeiro
Ministro pôs-se de pé, permanecendo completamente imóvel, e percebeu que ele nunca, não importava o quanto vivesse, ousaria mencionar esse encontro a nenhuma alma
viva, pois quem em todo esse vasto planeta acreditaria nele?
O choque o pegou de surpresa por um momento enquanto desaparecia. Por um tempo ele tentou se convencer de que Fudge tinha realmente sido uma alucinação provocada
pela carência de sono devido a campanha de eleição. Em uma inútil tentativa de livrar-se das lembranças desse desconfortável encontro, ele deu o rato para sua alegre
sobrinha e instruiu seu secretário pessoal de tirar aquele quadro do homem feio que anunciou a vinda de Fudge. Para o pavor do Primeiro Ministro, entretando, o quadro
tornou-se impossível de ser retirado. Quando vários carpinteiros do tesouro público acabaram com suas tentativas, sem sucesso, de arrancar o quadro da parede, o
Primeiro Ministro desistiu da idéia e simplesmente resolveu ter esperança de que a coisa permanecesse imóvel e em silêncio pelo resto de seus serviços naquele escritório.
Ocasionalmente, ele poderia jurar que avistou, pelo canto do olho, o ocupante do quadro bocejar, ou coçar seu nariz; mesmo que, na primeira ou segunda vez, simplesmente
andando pela sua imagem, e deixando nada, apenas uma esticada lona enlameada. Contudo, ele havia treinado a si mesmo, muito bem, para não olhar para a pintura, e
sempre dizia firmemente para ele mesmo que seus olhos estavam brincando com ele, quando alguma coisa como essa acontecia.
Então, três anos depois, em uma noite muito parecida com essa, o Primeiro Ministro estava sozinho em seu escritório quando o quadro mais uma vez, anunciou a iminente
chegada de Fudge, que explodiu por entre a lareira, encharcado em um estado de considerável pânico. Antes que o Primeiro Ministro pudesse perguntar por que ele estava
pingando por todo o seu Axminster, Fudge começou falando alto sobre uma prisão que o Primeiro Ministro nunca tinha ouvido falar, sobre um homem chamado "Serious"
Black, algo que soou como Hogwarts e um menino chamado Harry Potter, sendo que nada disso fazia o menor sentido para o Primeiro Ministro.
"Eu acabo de vir de Azkaban.." Fudge ofegou, derramando um monte de água da borda de seu chapéu para dentro de seu bolso. "No meio do Oceano Norte, você sabe, vôo
asqueroso...os Dementadores estão em uma baderna." ele estremeceu "Eles nunca tiveram uma fuga antes. De qualquer modo, eu tive que vir até você, Black é um conhecido
assassino de trouxas e deve estar planejando a se reunir a Você - Sabe - Quem...mas claro, você não sabe quem Você-Sabe-Quem é!" ele observou esperançoso o Primeiro
Ministro por um momento, então disse "Bem, sente-se, sente-se, é melhor contar tudo a você...tem um uísque..."
O Primeiro Ministro, particularmente, sentiu-se ofendido por ser mandado sentar-se em seu escritório, deixar de oferecer seu próprio uísque, mas ele sentou-se, no
entanto. Fudge tinha puxado sua varinha, conjurando dois grandes copos cheios de um líquido âmbar que soltava uma fina fumaça, levou um deles as mãos do Primeiro
Ministro e puxou uma cadeira.
Fudge falou por mais de uma hora. Em um ponto, ele se recusou a dizer um nome em voz alta, e o escreveu instantaneamente em um pedaço de papel, que ele empurrou
para a mão livre do Primeiro Ministro. Quando por fim Fudge levantou-se prestes a partir, o Primeiro Ministro pôs-se de pé também.
"Então, você acha que..." ele deu uma olhada para baixo e fitou o nome em sua mão esquerda "Lord Vol..."
"Aquele que não deve ser nomeado!" rangeu Fudge entre os dentes.
"Desculpe-me...você acha que aquele que não deve ser nomeado continua vivo, então?"
"Bem, Dumbledore diz que sim." disse Fudge enquanto puxava sua capa listrada para baixo do queixo "mas nunca o encontramos. Se você me perguntar, ele não é perigoso,
a menos que, ele não tenha um suporte, então com o Black, nós devemos ter cuidado. Sinalizaremos o perigo, então? Excelente. Bom, eu espero que não nos vejamos novamente,
Primeiro Ministro! Boa-noite."
Mas se encontrar novamente. Menos de um ano depois, com um olhar perturbado, Fudge apareceu no fino ar no Gabinete do Primeiro Ministro para informá-lo que houve
um pequeno aborrecimento durante o "kadribol" (ou algo parecido) na Copa Mundial e que muitos trouxas estavam "envolvidos", mas que o Primeiro Ministro não precisava
se preocupar, o fato de que a mar de Você-Sabe-Quem foi vista novamete não significa nada; Fudge estava certo de que estavam isolados e que a ligação com o escritório
trouxa estava partindo-se, com todas as modificações que eles falaram.
"Oh, e eu quase me esqueci" Fudge acrescentou "Nós estamos importando três dragões estrangeiros e uma esfinge para o Torneio Tribruxo, apenas rotina, mas o Departamento
de Regulamentação e Controle de Criaturas Mágicas me disse que está no livro de regras que eu devo notificar você caso nós trouxermos criaturas muito perigosas para
dentro do país."
"Eu - o que - dragões?" balbuciou o Primeiro Ministro.
"Sim, três deles." Disse Fudge "E uma esfinge. Bom, tenha um bom dia."
O Primeiro Ministro apegando-se a um fio de esperança de que os dragões e a esfinge fossem o pior disso tudo, mas não. Menos de dois anos mais tarde, Fudge explodiu
em sua lareira novamente, dessa vez com notícias sobre uma fuga em massa de Azkaban.
"Uma fuga em massa?" o Primeiro Ministro repetiu rouco.
"Mas não se preocupe, não precisa se preocupar!" Fudge gritou, já com um dos pés das chamas. "Nós iremos cuidar disso - eu apenas pensei que seria bom informá-lo!"
E antes que o Primeiro Ministro pudesse dizer alguma coisa, "Agora, só espere um momento!" Fudge partiu por entre as chuvas de chamas verdes.
Sem se importar com a pressão e tudo o que a oposição dizia, o Primeiro Ministro não era um tolo. Essas notícias não tinham escapado de sua sala, nem as maliciosas
garantias de Fudge desde o primeiro encontro, eles estavam agora se vendo mais freqüentemente, nem o fato de que Fudge aparecia cada vez mais nervoso nas visitas
posteriores. Apesar dele gostar de toda essa coisa sobre o Ministro da Magia (ou, como ele sempre chamada Fudge, o Outro Ministro), o Primeiro Ministro não poderia
ajudar, mas sentia que da próxima vez que Fudge aparecesse as notícias seriam muito mais graves. A visão, então, de Fudge caminhando para fora do fogo uma vez mais,
seu olhar confuso e nervoso e extremamente surpreso, fez com que o Primeiro Ministro não soubesse exatamente a razão dele estar ali, era sobre a pior coisa que poderia
acontecer no curso dessa sombria semana.
"Como eu deveria saber o que anda acontecendo - er - comunidade bruxa?" estourou o Primeiro Ministro agora. "Eu tenho um país para fazer andar e eu estou carregado
de problemas agora, sem..."
"Nós temos os mesmo problemas," Fudge interrompeu "A ponte de Brockdale ainda não apareceu. E aquela não foi somente uma tempestade. Aqueles assassinos não eram
trabalhos para trouxas. E a família de Herbert Chorley seria salva sem ele. Nós estamos, no presente momento, fazendo acordos para que ele seja transferido para
o Hospital St. Mungos para Doenças e Danos Mágicos. A transferência deve ser feita essa noite."
"O que você...eu receio...eu...o que?" rosnou o Primeiro Ministro.
Fudge respirou longa e profundamente e disse "Primeiro Ministro, eu sinto muito ter de lhe dizer que ele voltou. Aquele que não deve ser nomeado."
"Voltou? Quando você diz "voltou"...ele está vivo? Eu quero dizer -"
O Primeiro Ministro buscou em sua memória por detalhes daquela horrível conversa de três anos atrás, quando Fudge lhe disse sobre o bruxo que estava acima de todos
os outros, o bruxo que havia cometido milhares de terríveis crimes antes de seu misterioso desaparecimento há 15 anos"
"Sim, vivo," disse Fudge "Isso é - eu não sei - há um homem que não pode ser morto? Eu não sei realmente explicar isso, e Dumbledore, provavelmente, não irá explicar
isso - mas de qualquer forma, ela certamente conseguiu seu corpo de você e está andando, falando e matando, eu suponho, o motivo dessa nossa discussão, sim, ele
está vivo."
O Primeiro Ministro não sabia o que dizer quanto isso, mas um persistente hábito de querer se parecer bem-informado em qualquer assunto, ele o obrigou a se lembrar
de qualquer detalhes das conversas anteriores.
"Serious Black está com - er - aquele que não deve ser nomeado?"
"Black? Black?" disse Fudge distraído, girando seu chapei repetidas vezes em seus dedos "Sirius Black, você quer dizer? Pelas barbas de Merlin, não. Black está morto.
Digamos que nós - ah - estávamos enganados a respeito dele. Ele era inocente depois de tudo. E ele não era um partidário dAquele que não deve ser nomeado também.
Eu quero dizer," ele acrescentou defensivamente, girando o chapéu ainda mais rápido, "todas as evidências apontavam - nós tínhamos mais de 50 testemunhas oculares
- mas de qualquer forma, como eu disse, ele está morto. Assassinado, se quer saber. Dentro do Ministério da Magia. Isso será investigado, evidentemente..."
Para sua grande surpresa, o Primeiro Ministro sentiu-se apunhalado por Fudge neste momento. Isso foi, entretanto, quase escurecido por uma enorme bola de desapontamento
enquanto pensava sobre isso, deficiente apesar de que ele deveria estar em uma das áreas de materialização de lareiras, nunca houve um assassino em qualquer departamento
do governo acima das leis...Não ainda, de qualquer modo...
Enquanto o Primeiro Ministro disfarçadamente tocava no tampo de madeira de sua mesa, Fudge continuou, "Mas esqueça Black por agora. O fato é, nós estamos em uma
guerra, Primeiro Ministro, e ações têm que ser feitas.
"Uma Guerra?" repetiu o Primeiro Ministro nervovos. "Certamente, isso não é um exagero?"
"Aquele que não deve ser nomeado tem se unido aos seus seguidos que escaparam de Azkaban em Janeiro," disse Fudge, falando mais e mais rapidamente, e rodando seu
chapéu tão rápido que ele transformara-se em um cinza e verde distorcido "Desde de que eles tiveram a liberdade, eles tem trazido a destruição. A ponte de Broakdale
- ele fez isso, Primeiro Ministro, ele pôs em risco uma grande parte dos Trouxas até eu tomar partido dele e -"
"Que sujeira, então isto tudo é sua culpa, todas essas pessoas estão sendo mortas e eu estou tendo que responder sobre cordames enferrujados e ligações corrompidas
e eu não sei o que mais?" disse o Primeiro Ministro furiosamente.
"Minha culpa!" disse Fudge, ruborizado. "Você está dizendo que você teria pego um chantagista?
"Talvez não," disse o Primeiro Ministro, levantando-se e caminhando lentamente pela sala, "mas eu teria colocado todo o meu poder para pegar o chantagista antes
que ele cometesse qualquer outra atrocidade!"
"Você realmente acha que eu não estou já fazendo todo o possível?" reclamou Fudge com o coração escapando pela boca. "Todo auror do Ministério estava - e está -
tentando encontrá-lo, além de todos os seus seguidores, mas nós estamos falando sobre um dos mais poderosos bruxos de todos os tempos, um bruxo, o qual, tem nos
iludido sobre a sua posição por quase três décadas!"
"Então, eu suponho que você irá me dizer que ele causou o ciclone no West Country, também?" disse o Primeiro Ministro, seu temperamento se elevando a cada vez que
respirava. Isso o enfurecia, enquanto tentava descobrir a razão de todos aqueles terríveis desastres e não era certo dizer isso ao público; quase pior do que dizer
que tudo isso era culpa do governo.
"Aquilo não foi um ciclone," disse Fudge miseravelmente.
"Desculpe-me!" gritou o Primeiro Ministro, agora positivamente andando de um lado para o outro. "Três árvores desraigadas, pedra arrancadas, postes de rua quebrados,
horríveis danos -"
"Isso foi feito pelos Comensais da Morte," disse Fudge, "os seguidores dAquele que não deve ser nomeado. E...e nós suspeitamos de um enorme envolvimento."
O Primeiro ministro parou de caminhar como se houvesse colidido com uma parede invisível.
"Que envolvimento?"
Fudge fez uma careta, "Ele usou gigantes da última vez, quando ele queria causar um grande efeito. O Escritório do Departamento de Mistérios(talvez) está trabalhando
contra o relógio, nós tivemos times de Obliviadores tentando modificar as memórias de todos os Trouxas que viram o que realmente aconteceu, nós tivemos todo o Departamento
de Regulamentação e Controle de Criaturas Mágicas rondando Sumerset, mas nós não conseguimos encontrar o gigante - isso é um desastre!"
"Não diga isso!" falou o primeiro ministro furiosamente.
"Eu não direi que a ética está inabalada no Ministério," disse Fudge. "Que depois depois de tudo isso, nós ainda perdemos Amélia Boones,"
"Perderam quem?"
"Amelia Boones. Chefe do Departamente de Aplicação das Leis Mágicas. Nós pensamos que aquele que não deve ser nomeado enfureceu-se com ela, porque ela uma talentosa
bruxa e - e todas as evidencias eram de que ela se meteu em uma terrível briga."
Fudge limpou sua garganta e, com um esforço, e pareceu parar de rodar seu chapéu.
"Mas o assassinos estava nos noticiários," disse o Primeiro Ministro, momentaneamente divertindo-se com sua fúria. "Nossos jornais. Amélia Boones...apenas disse
que ela era uma mulher de meia-idade que vivia sozinha. Como um - um asqueroso assassinato, não é? Isso tinha uma nota especial de publicidade. A polícia está perplexa,
você pode ver."
Fudge suspirou. "Bem, claro que eles estão. Morta em uma sala que for a trancada por dentro, não é? Nós, por outro lado, sabemos exatamente quem fez isso, não que
isso nos auxilie a pegá-lo. E então houve Emmeline Vancem talvez você não tenha ouvido sobre o que -"
"Oh sim eu ouvi!" disse o Primeiro Ministro. "Aconteceu apenas há uma quadra daqui, como você deve saber. Os papeis tinham um campo de data com esse: Quebra de Leis
e Ordem no jardim do primeiro ministro -"
"E como se não bastasse," disse Fudge, dificilmente ouvindo o primeiro ministro, "nós temos Dementadores por todos os lados, atacando pessoas pela esquerda, direita
e no centro..."
Pela primeira feliz vez essa frase soou incompreensível para o primeiro ministro, mas ele não se alertou.
"Eu pensei que os Dementadores guardavam a prisão de Azkaban." ele disse cuidadosamente.
"Eles guardavam," disse Fudge "mas não o fazem mais. Eles deixaram a prisão e se aliaram Áquele que não deve ser nomeado. Eu não pretendia levar essa bofetada."
"Mas," disse o primeiro ministro, com um senso de profundo horror, "não lhe contei que eles são criaturas que sugar a esperança e a felicidade das pessoas?"
"Está certo. E estão se proliferando. E é o que está causando toda essa neblina."
O primeiro ministro afundou-se, com os joelhos bambos, para a cadeira mais próxima. A idéia de invisíveis criaturas descendo pelas cidade a caminho do campo, dispersando
tristeza e desesperança em seus votos, o fizeram se sentir completamente fraco.
"Agora veja aqui, Fudge - você fez tudo isso! Isso é sua responsabilidade como Ministro da Magia!"
"Meu querido primeiro ministro, você não pode honestamente pensar que eu ainda sou Ministro da Magia depois de tudo isso. Eu fui demitido há três dias! Toda a comunidade
bruxa gritou pela minha resignação por uma quinzena. Eu nunca os vi tão unidos em todo o meu período como Ministro!" disse Fudge, sorrindo depois de um grande esforço.
O primeiro ministro ficou momentaneamente sem palavras. Despistada sua indignação a posição que lhe foi dada, ele ainda sentiu-se particularmente mal com o olhar
contraído do homem sentado a sua frente.
"Eu sinto muito," ele disse finalizando, "Se houver algo que eu possa fazer?"
"Isso é muito gentil da sua parte, Primeiro Ministro, mas não há nada. Eu fui enviado essa noite para contar-lhe sobre os recentes eventos e introduzi-lo a meu sucessor.
Ele deveria estar aqui agora, mas é claro que ele está muito ocupado no momento com tudo o que vem acontecendo."
Fudge olhou a sua volta parando em direção ao quadro do pequenino homem feio vestindo uma longa peruca de cachos prata, que estava atrás de sua orelha em um ponto
preso por uma pena.
Capturando o olhar de Fudge o quadro disse, "Ele estará aqui em um momento, ele só está terminando uma carta para Dumbledore."
"Eu desejo-lhe sorte," disse Fudge, soando amargura, pela primeira vez. "Eu estou escrevendo a Dumbledore duas vezes por dia desde a última quinzena, mas ele não
mudou sua opinião. Se ele apenas se preparou para persuadir o garoto, eu devo ainda ser...bem, talvez Scrimgeour terá melhor sucesso."
Fudge afundou-se no que óbvio e ferido silêncio, mas ele foi quebrado quase imediatamente pelo quadro, que repentinamente falou rapidamente em sua voz oficial.
"Ao Primeiro Ministro dos Trouxas. Requerimento a uma reunião. Urgente. Por gentileza responda imediatamente. Rufus Scrimgeour, Ministro da Magia."
"Sim, sim, ótimo," disse o primeiro ministro distraído, e lentamente as chamas da lareira tornaram-se verde-esmeralda, levantaram-se e revelaram um segundo bruxo
se dilatando em seus corações(?), arremessando de volta seus momentos depois de uma antiga corrida(?). Fudge juntou seus pés, e depois de alguns momentos de hesitação
o primeiro ministro fez o mesmo, assistindo a nova entrada endireitada, afastou o pó de sua longa capa preta e olhou a sua volta.
O primeiro tolo pensamento do primeiro minsitro foi de que Rufus Scrimgeou parecia um velho leão.
Havia mechas grisalhas em sua espécie de juba marrom-amarelada; ele tinha olhos penetrantes e também amarelados por trás dos óculos de armação metálica, e uma certa
maneira de se movimentar encorpada e galopada, mesmo sendo ligeiramente manco. Houve uma impressão imediata de tenacidade e resistência , o primeiro ministro pensou
que ele entendia o porquê da comunidade bruxa preferir Scimgeour a Fudge como um lider, nesses tempos perigosos.
"Como vai você?" disse o primeiro ministro polidamente estendendo sua mão.
Scrimgeour a agarrou brevemente, seus olhos varrendo a sala até puxar a varinha de dentro de sua capa.
"Fudge lhe contou tudo?" ele perguntou, encaminhando-se até a porta e espremer sua varinha dentro do buraco da fechadura. O primeiro ministro ouviu um clique.
"Er - sim," disse o Primeiro Ministro. "E se você não se importa, eu prefiro que a porta permaneça aberta."
"Eu prefiro não ser interrompido," disse Scrimgeour de imediato, "ou assista," ele acrescentou, apontando para as janelas então as cortinas se arrastaram por ela.
"Certo, bom, eu sou um homem muito ocupado, então vamos aos negócios. Antes de tudo, nós precisamos discutir sua segurança."
O primeiro ministro afastou uma mecha de cabelo e respondeu, "Eu estou perfeitamente feliz com a segurança que eu já tenho, muito obrigado -"
"Bom, nós não." Scrimgeour o cortou. "Isso será uma pequena vigilância para os Trouxas se o Primeiro Ministro deles sofrer um feitiço Imperius. O novo secretário
no seu próprio escritório -"
"Eu não me livrarei de Kingsley Shackebolt, se é isso que você está sugerindo!" disse o primeiro ministro estrondoso. "Ele é muito eficiente, faz duas vezes o trabalho
que fazem os outros -"
"Isso porque ele é um bruxo," disse Scrimgeour, sem uma única faísca de um sorriso. "Vários aurores treinados, que estão determinando-se a protegê-lo."
"Agora, espero um momento!" declarou o primeiro ministro. "Você não pode colocar o seu pessoal no meu escritório. Eu (******)
"Eu pensei que você estivesse satisfeito com Shackebolt?" disse Scrimgeour sem cordialidade.
"Eu estou - eu quero dizer, estava -"
"Então há um problema, não há?" disse Scrimgeour.
"Eu...bem, se o trabalho de Shacklebolt continuar a ser...er...excelente," disse o primeiro ministro lamentando, mas Scrimgeour dificilmente pareceu ouvi-lo.
"Agora, sobre Herbert Chortley - seu acessor junior," ele continuou. "Aquele que vem entretendo o público como um impressionante pato."
"O que tem sobre ele?" perguntou o primeiro ministro.
"Ele tem evidentimente uma mediocre performace de um Imperious, - disse Scrimgeour. "Estragaram seu cérebro, ms ele ainda poderia ser perigoso."
"Ele só está grasnindo!" disse o primeiro ministro fracamente. "Certamente uma parte de todo o resto... talvez aconteça facilmente pela bebida..."
"Um time de Curandeiros do Hospital St. Mungus para Doenças e Danos Mágicos está examinando ele, enquanto conversamos. Uma pena, que ele tenha se esforçado para
estrangular três deles," disse Scrimgeour. "Eu acho que é melhor, nós o removemos da sociedade Trouxa por um tempo."
"Eu...Bem...ele ficará bem, certo?" disse o primeiro ministro ansioso. Scrimegeour somente deu de ombros, já movendo-se em direção a lareira.
"Bom, isso é tudo o que eu tinha para dizer. Eu manterei contato sobre o desenvolvimento, primeiro ministro - ou, por ultimo, e acho que, provavelmente, estarei
muito ocupado para faze-lo pessoalmente, e nesse caso eu pensi que mandei Fudge vir aqui. Ele consentiu em permanecer tendo uma capacidade consultiva."
Fudge forçou um sorriso, mas sem sucesso; ele apenas olhou como se estivesse com dor de dente. Scrimgeour já estava procurando em seu bolso por algo de misterioso
poder que atirou no fogo verde. O primeiro ministro contemplou esperançoso os dois por um momento, então as palavras lutaram com a surpresa de tudo explodiu nele
por fim.
"Mas a propósito - você são bruxos! Vocês não podem fazer mágica! De repente você pode ordenar - bem - qualquer coisa!"
Scimgeour virou lentamente até um ponto e trocou um olhar duvidoso com Fudge, que realmente obteve sucesso em um sorriso naquele momento e ele disse gentilmente,
"O problema é o outro lado que pode fazer magia também, primeiro ministro."
E com isso, os dois bruxos caminharam um após o outro para dentro das chamas verdes e sumiram.
CAPÍTULO 02
SPINNER´S END
Muitas milhas dali, a névoa gélida que comprimia a janela do Primeiro Ministro se espalhava e ventava sobre um rio imundo entre bancos enormes de lixo. Uma imensa
chaminé, resquício de uma usina desativada, se erguia, sombria e agourenta. Não havia som senão a da água escura e nenhum sinal de vida sem ser uma raposa que havia
saído dos montes para buscar alguma embalagem velha de peixe com batatas-fritas no mato alto. Mas então, com um leve estalido, uma figura magra toda coberta apareceu
do ar rarefeito do outro lado do rio.
A raposa congelou, seus olhos atentos fixos naquele estranho fenômeno. A figura manteve sua conduta por algum tempo, então se moveu com luz, passos largos, e sua
longa capa se arrastando pelo chão.
Com um segundo e mais alto estalido, outra pessoa coberta se materializou.
Espere!
O grito alto assustou a raposa, agora se encolhendo quase plana no chão. Ela pulou de seu esconderijo para os montes. Ouve um lampejo de luz verde, um ganido, e
a raposa caiu ao chão, morta. A outra figura encostou seu sapato na raposa.
Só uma raposa, disse uma voz de mulher com tom de rejeição debaixo da capa. Pensei que talvez fosse um auror - Cissy, espere!
Mas sua caça, que havia parado e olhado de volta ao fleche de luz, já estava subindo o monte onde a raposa havia acabo de cair.
Cissy - Narcisa - me ouça -
A segunda mulher alcançou a primeira e agarrou o seu braço, mas a outra se esquivou.
Volte, Bella!
Você deve me ouvir!
Eu já ouvi. Eu já tirei a minha conclusão. Deixe-me só!
A mulher chamada Narcisa alcançou o topo dos montes, onde uma linha de velhos trilhos separava o rio de uma estreita rua de pedras. A outra mulher, Bella, a seguiu.
Lado a lado, elas ficaram olhando para as fileiras e fileiras de velhas casas de tijolos, suas janelas escuras e escondidas nas sombras.
Ele mora aqui? Perguntou Bella em uma voz de desdém. Aqui? Nessa imundice de trouxas? Nós devemos ser as primeiras do nosso tipo a pisar aqui-
Mas Narcisa não estava ouvindo; ela tinha passado por uma abertura nas grades enferrujadas e já estava do outro lado da rua.
Cissy, espere!
Bella a seguiu, seu casaco ondeando atrás de si, e viu Narcisa correndo para uma ruela entra as casas em uma segunda, quase idêntica, rua. Algumas das lamparinas
estavam quebradas. As duas mulheres estavam correndo entre pedaços iluminados e outros com profunda escuridão. A perseguidora atingiu seu objetivo assim que ela
virou outra esquina, dando certo a tempo de agarrar o seu braço segurando-a oscilante para que uma ficasse de frente para a outra.
Cissy, você não deve fazer isso - você não pode confiar nele -
O Lord Negro confia nele, não confia?
O Lord Negro é... Eu creio... Enganado. Bella ofegou, e seus olhos vislumbraram momentaneamente debaixo da capa enquanto ela olhava em volta para checar que estavam
sozinhas. De qualquer modo, nos mandaram não dizerem do plano para ninguém. Isso é uma traição ao Lorde Negro-
Esqueça, Bella! Rosnou Narcisa e ela tirou uma varinha de sua capa, segurando-a ameaçadoramente na cara da outra. Bella quase deu risadas.
Cissy, sua própria irmã? Você não-
Não há nada mais que eu não faria! Narcisa respirou, um tom de histeria na sua voz, e enquanto ela abaixou a varinha como uma faca, houve outro lampejo de luz.
Bella largou o braço de sua irmã como se estivesse em chamas.
Narcisa!
Mas Narcisa já havia corrido. Esfregando as mãos, a perseguidora a seguia mais uma vez, mantendo certa distancia agora, enquanto elas entravam no deserto labirinto
das casas de tijolos. Ao fim, Narcisa correu até uma rua chamada Spinners End, sobre a qual a chaminé da usina parecia flutuar como um gigante dedo repreensivo.
Seus passos ecoavam na pavimentação enquanto ela passava por janelas de madeira quebradas, até que ela atingiu a última casa, de onde emanava uma luz fraca pela
cortina de um aposento da parte de baixo.
Ela bateu na porta antes que Bella, praguejando sua respiração, tivesse alcançado-a. Juntas elas esperaram, ofegando fracamente, sentindo o cheiro do rio imundo
que era levado até elas pela brisa da noite. Após alguns segundos, elas ouviram movimentação atrás da porta e ela se abriu com um estalo.
Uma parte de um homem pode ser vista olhando para elas, um homem com longos cabelos pretos cobrindo um rosto pálido e olhos negros.
Narcisa tirou seu capuz. Ela estava tão pálida que parecia brilhar na escuridão, o longo cabelo loiro descendo por suas costas dava a ela a aparência de uma pessoa
afogada.
Narcisa! Disse o homem, abrindo um pouco mais a porta, para que a luz caísse sobre ela e sua irmã. Que doce surpresa!
Severus, ela disse em um suspiro cansado. Posso falar com você? É urgente
Mas é claro.
Ele deu um passo atrás para que ela pudesse entrar na casa. Sua irmã ainda encapuzada a seguiu sem ser convidada.
Snape, disse curtamente quando passou.
Bellatrix, ele respondeu, sua boca fina se ondulando em um sorriso zombeteiro enquanto ele fechava a porta com um estalo atrás deles.
Eles foram direto a uma minúscula sala de estar, que dava a sensação de uma cela escura para loucos. As paredes eram completamente cobertas de livros, a maioria
deles encadernados com um velho couro preto ou marrom; um sofá surrado, uma velha poltrona e uma mesa raquítica ficavam agrupadas juntas em uma poça de luz fraga
vinda de uma lâmpada cheia de velas pendurada no teto. O lugar tinha um ar de negligência, mesmo que não estivesse sempre desabitado.
Snape indicou o sofá para Narcisa. Ela tirou a sua capa, a colocou de lado e se sentou, olhando para suas mãos brancas e tremidas no seu colo. Bellatrix tirou sua
capa mais vagarosamente. Em dúvidas com a honestidade de sua irmã, com olhos pesarosos e o queixo firme, ela não desviou o olhar de Snape enquanto ele se movia para
ficar atrás de Narcisa.
Então, o que eu posso fazer por você? Snape perguntou, se sentando na poltrona de frente para as duas irmãs.
Nós... nós estamos sozinhos, não estamos? Nascisa perguntou em voz baixa.
Sim, é claro. Bem, Rabicho está aqui, mas nós não estamos contando os vermes, estamos?
Ele apontou sua varinha para a parede de livros atrás de si e, com um estalo, uma porta escondida se abriu, revelando uma estreita escadaria na qual um pequeno homem
jazia congelado.
Como você já deve ter notado, Rabicho, nós temos visitas. disse Snape vagarosamente.
O homem rastejou de um modo corcunda os últimos degraus e se moveu pela sala. Ele tinha os olhos pequenos e aquosos, nariz pontudo e tinha um sorriso desagradável.
Sua mão esquerda estava acariciando a sua direita, que parecia estar em uma luva prateada.
Narcisa! ele disse, em uma voz guinchante, e Bellatrix! Que encantador-
Rabicho vai nos preparar drinques, se vocês quiserem, disse Snape. E depois ele voltará para o seu quarto.
Rabicho se assustou como se Snape tivesse jogado algo nele.
Eu não sou seu criado! ele chiou, desviando o olhar de Snape.
Mesmo? Eu tive a impressão que o Lord o colocou aqui para me auxiliar.
Auxiliar, sim - mas não para preparar as suas bebidas e - e limpar sua casa!
Eu não tinha idéia, Rabicho, que você desejava serviços mais perigosos, disse Snape com uma voz suave. Isso pode facilmente arrumado; eu posso falar com o Lord
das Trevas -
Eu mesmo posso falar com ele se eu quiser!
É claro que pode, disse Snape, zombeteiro. Mas enquanto isso, nos traga drinques. Um pouco de vinho feito por elfos deve servir.
Rabicho esitou por um momento, olhando como se quisesse argumentar, mas depois se virou e foi em direção a uma segunda porta secreta. Eles ouviram barulhos e batidas
de copos. Em segundos ele estava de volta, carregando uma garrafa empoeirada e três taças em uma bandeja. Ele as colocou na mesinha instável e correu da presença
deles, batendo a porta coberta de livros atrás de si.
Snape despejou duas taças de vinho vermelho-sangue e entregou duas delas às irmãs. Narcisa murmurou uma palavra de agradecimento, enquanto Bellatrix não disse nada,
mas continuou a encarar Snape. Isso não pareceu o perturbar; pelo contrário, ele parecia entretido.
O Lord Negro, ele disse, tirando os óculos e secando-os.
As irmãs o copiaram. Snape encheu suas taças.
Assim que Narcisa tomou seu Segundo copo. Ela disse depressa, Severus, me desculpe vir aqui assim, mas eu tinha que ver você. Eu acho que você é o único que pode
me ajudar-
Snape levantou a mão para faze-la parar, então apontou sua varinha para a porta oculta das escadas. Houve um estalido alto e um guincho, seguido do som de Rabicho
subindo as escadas correndo.
Meus perdões, disse Snape. Ele ultimamente tem ouvido atrás das portas, eu não sei o que deu nele... Você dizia, Narcisa...?
Ela tomou um grande, estremecido golpe de ar e começou novamente.
Severus, eu sei que eu não deveria estar aqui, me foi dito para não dizer para ninguém mas -
Então você manter sua boca fechada! rosnou Bellatrix. Ainda mais na presente companhia!
"Presente companhia"?repetiu Snape ironicamente. E o que eu devo entender por isso, Bellatrix?
Que eu não confio em você, Snape, como você bem sabe!
Narcisa deixou escapar um som que soou como um soluço molhado e cobriu seu rosto com as mãos. Snape colocou seu copo na mesa e se recostou novamente, suas mãos sobre
os braços da poltrona, sorrindo ao olhar furioso de Bellatrix.
Narcisa, eu acho que nós devemos ouvir o que Bellatrix tem a dizer; isso vai nos poupar algumas interrupções tediosas. Bem, continue, Bellatrix. Disse Snape. Porque
é que você não confia em mim?
Por cem motivos! ela disse em voz alta, dando um passo largo de trás do sofá para colocar seu copo sob a mesa. Por onde começar? Onde você estava quando o Lord
Negro caiu? Porque você nunca tentou achá-lo quando ele desapareceu? O que você tem feito durante todos esses anos em que você ficou no bolso de Dumbledore? Porque
você impediu o Lord Negro de alcançar a Pedra Filosofal? Porque você não retornou depois que o Lord Negro renasceu? Onde você estava algumas semanas atrás, quando
batalhamos para reaver a profecia para o Lord? E porque, Snape, Harry Potter ainda está vivo, quando você o teve à sua mercê por cinco anos?
Ela pausou, seu tórax subindo alto e descendo rapidamente, a cor forte em suas bochechas. Atrás dela, Narcisa estava sem emoções, sue rosto ainda Escondido entre
suas mãos. Snape sorriu.
Ante de eu te responder - oh, sim, Bellatrix, eu vou responder! Você pode levar a minha palavra até os outros que sussurram às minhas costas, e carregam falsas
histórias da minha dedicação ao Lord Negro. Eu te respondo, eu digo, deixe-me fazer uma pergunta antes. Você realmente acha que o Lord Negro não me fez cada uma
dessas perguntas? E você realmente acha que, se eu não tivesse dado respostas satisfatórias, eu estaria aqui conversando com você?
Ela hesitou.
Eu sei que ele acredita em você, mas-
Você acha que ele está errado? Eu que eu o passei a perna de alguma forma? Enganar o Lord Negro, o grande bruxo, o maior cúmplice da Legilimância que o mundo já
viu?
Bellatrix não disse nada, mas parecia, pela primeira vez, um pouco derrubada. Snape não pressionou. Ele pegou o seu drinque novamente, deu um gole, e continuou.
Você me pergunta onde eu estava quando o Lord Negro caiu. Eu estava onde ele me ordenou que estivesse, na Escola de Bruxaria e Magia de Hogwarts, porque ele me
queria espionando Albus Dumbledore. Você sabe, eu presumo, que foi por ordens do Lord Negro que eu assumi o posto?
Ela afirmou quase imperceptivelmente e então abriu a boca, mas Snape foi mais rápido que ela.
Você me pergunta por que eu não tentei encontrá-lo quando ele sumiu. Pela mesma razão que Avery, Yaxley, os Carrows, Greyback, Lucius ele inclinou sua cabeça um
pouco para Narcisa, e muitos outros não tentaram acha-lo. Eu acreditei que ele estivesse morto. Não tenho orgulho disso, eu estava errado, mas é isso... Se ele
não tivesse perdoado aqueles que perderam a fé naqueles tempos, ele teria muitos poucos seguidores agora.
Ele teria a mim! disse Bellatrix com veemência. Eu, que passei muitos anos em Askaban por ele!
Sim, de fato, muito admirável, disse Snape em uma voz entediada. É claro, você não foi de muito uso para ele na prisão, mas o gesto foi sem dúvida admirável-
Espere! ela riu; na sua fúria ela parecia um pouco louca. Enquanto eu suportava os Dementadores, você ficou em Hogwarts, confortavelmente brincando de ser o bichinho
de estimação de Dumbledore!
Não necessariamente. Disse Snape calmamente. Ele não iria me dar o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, você sabe. Parecia pensar que, ah,
me traria de volta aos meus velhos modos.
Esse foi o seu sacrifício pelo Lord Negro? Não ensinar sua matéria favorita? ela zombou. Porque você ficou lá todo esse tempo, Snape? Ainda espiando Dumbledore
para um mestre que você acreditava estar morto?
Quase, disse Snape, embora o Lord Negro esteja agradecido que eu não tenha deixado o meu posto; eu tinha dezesseis anos de informações sobre Dumbledore para dar
a ele quando ele retornasse, um presente de boas vindas um pouco mais útil do que imensas lembranças de como horrível Askaban é...
Mas você ficou-
Sim Bellatrix, eu fiquei, disse Snape, demonstrando um pouco de impaciência pela primeira vez. Eu tinha um trabalho confortável. Eles estavam na cola dos Comensais
da Morte, você sabe. A proteção de Dumbledore me manteve fora da cadeia, foi muito conveniente e eu usei isso. Eu repito: o Lord Negro não achou ruim de eu ter ficado,
então eu não vejo porque você acha.
Eu acho que a próxima coisa que você queria saber, ele continuou, um pouco mais alto, para que Bellatrix não demonstrasse sinais de o interromper, porque eu fiquei
entre o Lord Negro e a Pedra Filosofal. Isso é facilmente respondido. Ele não sabia se podia confiar em mim. Ele pensou, como você, que eu tinha passado de um grande
Comensal da Morte a servente de Dumbledore. Ele estava num estado lastimável, muito fraco, usando o corpo de um bruxo medíocre. Ele não se atreveria a se mostrar
para seus aliados se esses aliados pudessem trocá-lo por Dumbledore ou pelo Ministério. Eu sinto muito que ele não confiasse em mim. Ele teria retornado ao poder
três anos mais cedo. E como foi, eu só vi um voraz e indigno Quirell tentando roubar a Pedra e, eu admito, eu fiz tudo que eu pude para impedi-lo.
A boca de Bellatrix tremeu como se ela tivesse tomado uma indesejada dose de medicamentos.
Mas você não voltou quando ele retornou, você não voou de volta a ele quando você sentiu a Marca Negra queimando-
Correto. Eu retornei duas horas depois. Eu voltei sob as ordens de Dumbledore.
Sob Dumbledore? ela começou, em tons de ultraje.
Pense! disse Snape, impaciente novamente. Pense! Ao esperar duas horas, eu garanti que eu iria ficar em Hogwarts como um espião! Ao fazer Dumbledore acreditar
que eu só estava voltando para o lado do Lord Negro porque ele me ordenou, eu fui capaz de passar informações sobre Dumbledore e a Ordem da Fênix desde sempre! Considere,
Bellatrix: a Marca Negra vinha queimando há meses, eu sabia que ele iria retornar, todos os Comensais sabiam! Eu tinha muito tempo para pensar no que eu queria fazer,
então planejar meu próximo passo, e então fugir como Karakaroff, não tive?
O desgosto do Lord Nego ao meu atraso desapareceu completamente, eu lhe asseguro, quando eu lhe explique que eu continuava fiel, mesmo Dumbledore pensando que eu
era o seu homem. Sim, o Lord Negro achou que eu o tinha deixado para sempre, mas ele estava enganado.
Mas você foi de que uso? zombou Bellatrix. Que informações úteis nos recebemos de você?
Minha informação tem sido entregue diretamente ao Lord, disse Snape. Se ele decide não dividir com você-
Ele divide tudo comigo! disse Bellatrix, pegando fogo de uma vez. Ele me chama de sua mais leal, sua mais fiel-
Ele chama? disse Snape, sua voz mudada delicadamente para mostrar sua desconfiança. Ele ainda chama depois do fiasco no Ministério?
Aquilo não foi minha culpa! disse Bellatrix, ficando vermelha. O Lord Negro confiou em mim, no passado, seu mais precioso - se Lucius não tivesse-
Você não ouse - não ouse culpar meu marido! disse Narcisa, em uma voz baixa e apática, olhando para sua irmã..
Não há porque culpar ninguém, disse Snape com calma. O que está feito está feito.
Mas não por você! disse Bellatrix furiosa. Não, mais uma vez você estava ausente enquanto o resto de nós corria perigo, não estava, Snape?
Minhas ordens foram para ficar atrás, disse Snape. Talvez você discorde com o Lord Negro, talvez você ache que Dumbledore não teria notado se eu tivesse me unido
aos Comensais da Morte para lutar com a Ordem da Fênix? E - perdoe-me - você fala de perigo... Vocês estavam enfrentando seis adolescentes, não estavam?
Eles estavam juntos, como você bem sabe, com metade da Ordem pra começar! rosnou Bellatrix. E, enquanto você está falando da Ordem, você ainda diz que não pode
revelar o paradeiro do quartel-general deles, não é?
Eu não sou o Guardador do Segredo, eu não posso falar o nome do lugar. Você entende como o encantamento funciona, eu acho? O Lord Negro está satisfeito com as informações
que eu passei para ele sobre a Ordem. Elas permitiram, como talvez você tenha adivinhado, a recente captura e assassinato de Emmeline Vance, e certamente ajudou
a se livrar de Sirius Black, apesar de eu te dar todos os créditos por acabar com ele.
Ele inclinou sua cabeça e a encarou. Sua expressão não se amenizou.
Você está fugindo da minha última pergunta, Snape. Harry Potter. Você podia tê-lo matado a qualquer momento nos últimos cinco anos. Você não o fez. Por quê?
Você discutiu esse ponto com o Lord negro? perguntou Snape.
Ele... ultimamente, nós... Eu estou perguntando a você, Snape!
Se eu tivesse assassinado Harry Potter, o Lord Negro não poderia ter usado o seu sangue para regenerar, fazendo-o invencível -
Então você previu esse uso do garoto! ela zombou.
Eu não previ; eu não tinha idéia de seus planos; eu já havia confessado que eu pensei que ele estava morto. Eu estou simplesmente tentando explicar porque o Lord
Negro não está triste que Harry Potter tenha sobrevivido, pelo menos até um ano atrás...
Mas porque você o manteve vivo?
Você não me entendeu? Era somente a proteção de Dumbledore que estava me mantendo for de Askaban! Você discorda que assassinar o seu aluno predileto podia o ter
colocado contra mim? Mas havia mais a fazer do que isso. Eu devo lembrá-la que quando Potter chegou a Hogwarts pela primeira vez, ainda haviam muitas histórias circulando
sobre ele, rumores de que ele por ele mesmo era um bruxo do mal, que era o porquê dele ter sobrevivido ao ataque do Lord Negro. De fato, muitos dos antigo seguidores
do Lord negro pensaram que Potter fosse um padrão no qual poderíamos nos apoiar mais uma vez. Eu estava curioso, eu admito, eu não iria matá-lo no momento em que
o vi colocar o pé no castelo.
É claro, se tornou aparente para mim bem rapidamente que ele não tinha nenhum talento extraordinário. Ele se safou se de grandes perigos por uma simples combinação
de muita sorte e amigos talentosos. Ele é um medíocre do ultimo nível, tão odioso e desprezível quanto seu pai era. Eu fiz o meu máximo para jogá-lo para fora de
Hogwarts, onde eu acredito que ele raramente ficará, mas mata-lo, ou permitir que ele fosse morto na minha frente? Eu teria sido um tolo de arriscar, com Dumbledore
tão próximo.
E nós devemos acreditar que Dumbledore nunca suspeitou de você? Bellatrix perguntou. Ele não tem idéia da sua verdadeira obediência, ele confia cegamente em você?
Eu atuei bem, disse Snape. E você negligencia a maior fraqueza de Dumbledore: ele sempre acredita no melhor das pessoas. Eu senti nele um toque de profundo remorso
quando eu me juntei ao seu grupo, fresco dos dias de Comensal da Morte, e ele me recebeu de braços abertos - embora, como eu disse, me mantendo ao máximo afastado
das Artes do Mal. Dumbledore tem sido um grande mago - oh sim, ele tem (Bellatrix havia feito um barulho sarcástico) o Lord Negro reconhece isso. Eu tenho prazer
em dizer, contanto, que Dumbledore está ficando velho. O duelo cm o Lord Negro no ultimo mês mostrou isso. Ele tem ficado em grande prejuízo porque suas reações
são mais lentas do que eram antes. Mas por todos esses anos, ele não deixou de acreditar em Severus Snape, e é nisso que está o meu grande valor para o Lorde Negro.
Bellatrix ainda parecia infeliz, embora ela aparecesse insegura de como atacar Snape agora. Tirando vantagem do seu silêncio, Snape se voltou para sua irmã.
Agora... você veio me pedir ajuda, Narcisa?
Narcisa olhou para ele, seu rosto demonstrando seu desespero.
Sim, Severus. Eu - Eu acho que você é o único que pode me ajudar, eu não tenho mais para onde ir. Lucius está preso e...
Ela fechou seus olhos e duas grossas lágrimas desceram de suas pálpebras.
O Lord Negro me proibiu de falar disso, Narcisa continuou, seus olhos ainda fechados. Ele não quer que ninguém saiba do plano. Ele é... muito secreto. Mas-
Se ele proibiu, você não deve dizer, disse Snape de uma vez. A palavra do Lord Negro é lei.
Narcisa ofegou como se ele lhe tivesse atirado água gelada. Bellatrix parecia satisfeita pela primeira vez desde que ela tinha entrado na casa.
Isso! ela disse triunfante para sua irmã. Até Snape concorda: te disseram para não falar, então não fale!
Mas Snape havia se levantado e ido até a pequena janela, olhou pelas cortinas para a rua deserta, então as fechou com um empurrão. Ele se virou para Narcisa, franzindo
as sobrancelhas. O que acontece é que eu já sei do plano, ele disse em voz baixa. Eu sou para os quais o Dark Lord contou. Entretanto, se eu não estivesse sabendo,
Narcisa, você seria culpada de traição ao Lord Negro.
Eu achei que você sabia! disse Narcisa, respirando mais livremente. Ele confia tanto em você, Severus...
Você sabe do plano? disse Bellatrix, sua rápida expressão de satisfação substituída por um ar de ultraje. Você sabe?
Certamente, disse Snape. Mas de que ajuda você precisa, Narcisa? Se você imagina que eu posso persuadir o Lord Negro a mudar de opinião, eu receio que não haja
esperança. Nenhuma mesmo.
Severus, ela sussurrou, lágrimas descendo por seu rosto. Meu filho... Meu único filho...
Draco deveria estar orgulhoso, disse Bellatrix, indiferente. O Lord Negro está dando a ele uma grande honra. E eu digo isto por ele: ele não se retraindo do seu
dever, ele parece feliz de ter a chance se mostrar capaz, excito na idéia de-
Narcisa começou a chorar energeticamente, olhando suplicante para Snape.
Isso é porque ele só tem dezesseis anos e não tem idéia do que o espera! Porque, Severus? Porque o meu filho? É muito perigoso! Isso é vingança pelo erro de Lucius.
Eu sei disso!
Snape não disse nada. Ele desviava o olhar das lágrimas como se elas fossem indecentes, mas não podia fingir que não a ouvia.
É por isso que ele escolheu o Draco, não é? Ela persistiu. Para punir o Lucius?
Se o Draco tiver sucesso, disse Snape, ainda desviando o olhar dela, ela será honrado acima de todos os outros.
Mas ele não vai conseguir! soluçou Narcisa. Como ele poderia, quando o próprio Lord Negro -?
Bellatrix ofegou; Narcisa pareceu perder a energia.
Eu só quis dizer que... Que ninguém conseguiu ainda... Severus... Por favor... Você é, e sempre foi, o professor favorito do Draco... Você é um velho amigo do Lucius...
Eu te imploro... Você é o favorito do Lord, seu aconselhador mais confiável... Você falará com ele, o convencerá-?
O Lord Negro não será convencido, e eu não sou burro o suficiente para tentar, disse Snape, vagamente. Eu não poso fingir que o Lord Negro não está zangado com
Lucius. Lucius deveria estar comandando. Ele se deixou ser capturado, junto com muitos outros, e falhou em recuperar a profecia. Sim, o Lord Negro está com raiva,
Narcisa, realmente com muita raiva.
Então eu estou certa, ele escolheu o Draco por vingança! ofegou Narcisa. Ele não quer que ele consiga, ele quer que ele morra tentando!
Quando Snape não disse nada, Narcisa pareceu perder o pouco de autocontrole que ainda tinha. De pé, ela cambaleou até Snape e agarrou a frente de suas vestes. Seu
rosto perto do dele, suas lágrimas caindo no seu peito, ela suspirou. Você poderia. Você poderia fazer no lugar do Draco, Severus. Você iria conseguir, é lógico
que iria, e ele iria te recompensar por todos nós-
Snape segurou o seu pulso e retirou suas mãos apertadas. Olhando fundo em seu rosto cheio de lágrimas, ele disse vagarosamente.
Ele quer que eu tente no final, eu acho. Mas ele está determinado que Draco tente antes. Veja você, se Draco suceder, eu vou ser capaz de ficar em Hogwarts por
mais algum tempo, completando meu útil trabalho como espião.
Em outras palavras, não importa se Draco vai ser morto!
O Lorde Negro está muito furioso, repetiu Snape lentamente. Ele falhou ao ouvir a profecia. Você sabe tão bem quanto eu, Narcisa, que ele não esquece tão facilmente.
Ela se dobrou, caindo a seus pés, chorando e gemendo no chão.
Meu único filho... Meu único filho...
Você deveria estar orgulhosa! disse Bellatrix cruelmente. Se eu tivesse filhos, eu estaria feliz em vê-los a serviço do Lord Negro!
Narcisa deu um pequeno grito de desespero e agarrou seus longos cabelos loiros. Snape parou, segurando seus braços, a levantou e a colocou de volta no sofá. Ele
então a deu mais vinho e forçou o copo nas suas mãos.
Narcisa, chega. Beba isso. Me ouça.
Ela se acalmou um pouco; derramando vinho nela mesma, ela tomou um gole tremido.
Pode ser possível... Que eu ajude Draco.
Ela se levantou, seu rosto pálido, seus olhos enormes.
Severus - oh, Severus - você o ajudaria? Você tomaria conta dele, mantê-lo longe do perigo?
Eu posso tentar
Ela se jogou para longe do copo; passou pela mesinha até cair em uma confortável posição aos pés de Snape, pegou suas mão com as suas duas e apertou seus lápis nelas.
Se você estiver lá para protegê-lo... Severus, você juraria? Você faria o Juramento Inquebrável?
O Juramento Inquebrável? a expressão de Snape era vaga, ilegível; Bellatrix, entretanto, deu uma risada triunfante.
Você não está ouvindo, Narcisa? Oh, ele irá tentar, eu tenho certeza... As mesmas palavras vazias, a mesma deslizada fora do ar... Oh, sob as ordens do Lord Negro,
com certeza!
Snape não olhou para Bellatrix. Seus olhos negros estavam fixados nos olhos azuis cheios de lágrimas de Narcisa, e ela continuava a segurar sua mão..
Certamente, Narcisa, eu farei o Juramento Inquebrável. Ele disse vagarosamente. Talvez, sua irmã queira ser o nosso Elo de Ligação.
A boca de Bellatrix estava escancarada. Snape se abaixou para que ele estivesse ajoelhado ao contrário de Narcisa. Sob o olhar fixo atônito de Bellatrix, eles deram
as mãos.
Você vai precisar da sua varinha, Bellatrix, disse Snape friamente,
Ela a pegou, ainda parecendo atônita,
E você vai precisar chegar um pouco mais perto, ele disse.
Ela deu alguns passados para que ficasse próxima a eles, e colocou a ponta de sua varinha nas suas mãos dadas.
Narcisa falou.
Irá você, Severus, cuidar do meu filho Draco ao satisfazer os pedidos do Lord Negro?
Eu irei. disse Snape
Uma fina labareda saiu da varinha e serpenteou-se envolta das mãos como um vinho vermelho-fogo.
E irá você, com o melhor de suas habilidades, protege-lo do perigo?
Eu irei. disse Snape
Uma segunda labareda de fogo saiu da varinha e se ligou à primeira, formando uma bela cadeira de lampejos.
E, devo prová-lo necessário... Se você sentir que Draco irá falhar... sussurrou Narcisa (a mão de Snape repeliu-se da dela, mas elas não se separaram) irá você
carregar o fardo que o Lord Negro ordenou a Draco cumprir?
Houve um momento de silêncio. Bellatrix assistiu, sua varinha sob suas mãos unidas, seus olhos bem abertos.
Eu irei. disse Snape.
O rosto pasmo de Bellatrix ficou vermelho com a chama de uma terceira labareda, que saiu da varinha, se misturou com as outras e ricocheteou envolta de suas mãos
unidas, como uma corda, como uma cobra cor de fogo.
CAPÍTULO 03
VAI OU NÃO VAI
Harry potter estava roncando baixo. ele estava sentado em uma cadeira em seu quarto por bem umas 4 horas, olhando para fora na rua escura, e tinha final mente caído
no sono com um lado de seu rosto contra o gelado vidro da janela, seus óculos estavam caídos e sua boca meio aberta. seu hálito embaçada a janela que dava para uma
lâmpada alaranjada na rua lá fora, a luz artificial iluminava seu rosto fazendo-o parecer um tanto fantasmagórico, em grande contraste com seu cabelo muito negro.
o quarto estava cheio com varias possessões e um bom tinteiro. muita comida, bagaços de maçãs meio podres entulhavam o chão, um numero de livros-texto pendiam de
sua cama, e uma bagunça de jornais embaixo de um abajur em sua mesa. a linha de um sublinhada:
HARRY POTTER O ESCOLHIDO?
rumores continuavam a voar sobre o recente e misterioso distúrbio com o ministro da magia, durante o qual, aquele que não deve ser nomeado havia voltado, uma vez
mais.
"nós não estamos autorizados a falar sobre isso, não me pergunte nada"disse um obliviador agitado, que se recusou a dar seu nome enquanto deixava o ministério ontem
a noite.
contudo, uma pessoa do alto escalão do ministério, confirmou que o foco da perturbação foi salão da profecia.
"spokewizards" de dentro do ministério se recusaram ate mesmo a confirmar a existência desse lugar, um grande numero da comunidade bruxa acredita que os comensais
da morte agora servem sentenças em Azkaban para ultrapassar e intimidar aqueles que tentam roubar a profecia. a natureza dessa profecia é desconhecida, grandes especulações
dizem que se concentra em harry potter, a única pessoa conhecida a sobreviver ao curso mortal, e que também é sabido que esteve com o ministro na noite em questão.
alguns estão indo longe e chamando harry potter de o "escolhido", acreditando segundo a profecia, ele seria o único que conseguiria nos livrar daquele que não deve
ser nomeado.
os correntes boatos sobre a profecia, se é que ela existe, são desconhecido, largamente (cont, pag. 2, coluna 5)
um segundo jornal estava ao lado do primeiro. esse tinha o cabeçalho:
SCRIMGEOUR SUCEDE FUDGE
a maior parte da primeira pagina estava coberta por uma foto preto-e-branco de um homem com uma juba de cabelos marrom-amarelados e um rosto um tanto quanto arruinado.
a foto estava em movimento -o homem estava se movendo na foto.
rufus scrimgeour, antes Cabeça do quartel dos Aurores no departamento da aplicação das leis magicas, está sucedendo Cornelius Fudge como ministro da magia. a nomeação
tem sido largamente tomada com entusiasmo pela população bruxa, houve rumores de uma richa entre o novo minstro e alvo Dumbledore, novo Chefe Warlock do Wizengamot,
com horas no escritorio de Scrimgeour.
representantes de Scrimgeour admitiram que ele tinha se encontrado com dumbledore uma vez, tomando posse do melhor emprego, mas se recusaram comentar sobre os tópicos
em discussão. Alvo Dumbledore é conhecido como (cont. pag 3, coluna 2)
Na esquerda de outra página, a qual havia sido anexada uma reportagem com o título "MINISTRO GARANTE A SEGURANÇA DOS ESTUDANTES" visível.
Novamente questionado, o Ministro da Magia, Rufus Scrimgeour, falou hoje sobre as novas medidas pelo ministério para garantir com segurança a volta dos alunos à
Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts neste outono.
"Por óbvias razões, o ministério não vai entrar em detalhes sobre os novos planos de segurança", disse o ministro, apesar de que uma pessoa de dentro do ministério
confirmou que essas medidas incluem feitiços e magias defensivas, uma complexa disposição de "counter-curses" e uma pequena força-tarefa de aurores dedicados somente
para a proteção de Hogwarts
A maioria parece tranquilizada pelo discurso do novo ministro sobre a segurança dos alunos. A senhora Augusta Longbottom disse: "Meu neto, Neville -, um grande amigo
de Harry Potter, que lutou contra os comensais da morte ao lado de Harry no minstério em Junho e -
Mas o resto da reportagem estava escondido embaixo de uma grande gaiola. Dentro tinha uma magnífica coruja nevada. Seus olhos âmbares examinavam o quarto imperiosamente,
sua cabeça girava sobre seu pescoço ocasionalmente para olhar seu dono roncar. Uma ou duas vezes ela bateu seu bico impacentemente, mas Harry está num sono muito
profundo para ouvi-la.
Um grande baú estava bem no meio do quarto. Sua tampa estava aberta: já estava quase vazio a não ser por roupas de baixo (cuecas) velhas, doces, frascos de tinta
vazios e penas quebradas que revestiam o fundo. Próximo a isso, no chão, estava jogado um folheto brasonado (com brasão) com as palavras:
EMITIDO EM NOME DE
O MINISTÉRIO DA MAGIA
Protegendo sua casa e sua família contra a arte das trevas
A comunidade bruxa está atualmente sob a ameaça de uma organização chamada de Os Comensais da Morte. O seguinte guia irá ajudá-lo a proteger sua casa, sua famílias
e a s mesmo de um possível ataque
1. Você é aconselhado a não sair sozinho de casa
2. Cuidado nas horas de escuridão (de noite). Sempre que possível, completem suas viagens antes do anoitecer.
3. Revise as condições de segurança ao redor de sua casa, tendo certeza de que todos os membros de sua família estão cientes das medidas de segurança como feitiços
escudo e de desilusãoe, no caso de membros da família menores de idade, Side-Along-Apparitions
4. Faça perguntas pessoais para seus amigos mais próximos e familiares para detectas comensais que possam estar mascarados pela poção polisuco (veja pag 2)
5. Caso você sinta que um membro da família, colega, amigo ou vizinho esta agindo de maneira estranha, avise o Esquadrão mágico de reforço à lei o mais rápido possível.
Eles podem estar agindo sobre a maldição Imperius (veja pag 4)
6. Se a marca negra aparecer sobre qualquer moradia ou outra construção, NÃO ENTRE, mas avise o escritório dos aurores o mais rápido possível
7. Boatos sugerem que o comensais podem estar usando agora "Inferi" (veja pag 10). Qualquer sinal de algum "Inferious", ou encontro comum semelhante, deve ser comunicado
ao ministro IMEDIATAMENTE.
Harry grunhiu em seu sono e sua cara escorregou na janela uma polegada, fazendo seu óculos ficar mais torto, mas ele não acordou. Um despertador, consertado por
Harry alguns anos atrás, estava "tiquetaqueando" alto na cabeceira de sua cama, mostrando 10:59. Ao lado disso, preso no lugar por uma mão relaxada de Harry, estava
um pedaço de pergaminho coberto por uma fina e inclinada escrita. Harry tinha lido este pergaminho tão repetidamente desde sua chegada a 3 dias, que apesar de o
mesmo ter sido entregue firmemente enrolado, agora estava reto.
Querido Harry,
Se isso for conveniente para você, eu chamar no número quatro, no estacionamento nessa sexta-feira às 11 para te escoltar até a toca, onde você está sendo convidado
para passar o resto de suas férias.
Se você aceitar, e devo também estar contente de ser o seu assistente numa matéria em que eu espero ajudar no caminho para a toca, esplicarei melhor quando nos vermos.
Enviei sua resposta pelo retorno desta coruja. Espero te ver na sexta.
Alvo Dumbledore
Embora ele já a conhecesse de cor, Harry tinha estado lançando olhares a esta carta a cada poucos minutos desde as sete da noite, quando ele tinha se posicionado
pela primeira vez ao lado da janela de seu quarto, onde tinha uma visão razoável da rua dos Alfeneiros. Ele sabia que era insensato reler novamente as palavras de
Dumbledore; Harry tinha mandado de volta o seu "sim" com a coruja, como pedido, e tudo que ele poderia fazer agora era esperar: Ou Dumbledore estava vindo, ou ele
não estava.
Mas Harry não tinha arrumado as malas. Apenas parecia muito bom para ser verdade que ele ia ser salvo dos Dursleys depois de uma mera quinzena na companhia deles.
Ele não pôde ignorar o sentimento que algo ia sair errado - a sua resposta para a carta de Dumbledore poderia ter sido desviada; Dumbledore poderia ter sido impedido
de recolhê-la; a carta poderia não se mostrar nada para Dumbledore, mas um truque ou piada ou armadilha. Harry não tinha se mostrado capaz de arrumar as malas e
então ficar desapontado e desarrumá-las novamente. O único gesto que ele tinha feito à possibilidade de uma viagem foi fechar a sua coruja nevada, Edwirges, seguramente
na gaiola dela.
O ponteiro dos minutos do despertador alcançou o número doze e, naquele momento preciso, as lâmpadas da rua lá fora, se apagaram.
Harry despertou como se a escuridão súbita fosse um alarme. Endireitando rapidamente os seus óculos e descolando sua face do vidro, ele apertou seu nariz contra
a janela e deu uma olhada para a calçada. Uma figura alta em uma longa, ondulada capa estava caminhando no jardim.
Harry saltou como se ele tivesse recebido um choque elétrico, golpeado em cima de sua cadeira, começou arrebatando qualquer coisa dentro de alcance do chão e lançando
dentro de seu baú. Até mesmo ele jogou um jogo de mantos, dois livros de feitiços, e um pacote de "crisps" pelo quarto, a campainha da porta tocou. Na escadaria
da sala de estar o Tio Valter gritou, " Quem, infernos, está chamando a esta hora da noite?
Harry gelou com um telescópio de metal em uma mão e um par de "trainers" na outra. Ele tinha esquecido avisar os Dursleys que Dumbledore poderia estar vindo. Sentindo
se apavorado e ao mesmo tempo perto de rir, ele subiu em cima do baú e puxou-o aberto pelo seu quarto para ouvir uma voz profunda dizer, "boa noite. Você deve ser
Sr. Dursley. Eu imagino que Harry lhes contou que eu estaria vindo por ele"?
Harry correu descendo dois degraus por vez, parando repentinamente a alguns passos do piso, como sua experiência longa tinha lhe ensinado a permanecer fora do alcance
dos braços do seu tio sempre que possível. Lá na entrada estava um homem alto, magro com cabelo comprido até na cintura prateado e barba. Tinha óculos meio-lua no
seu nariz dobrado, e ele estava usando uma longa capa negra de viagem e chapéu pontiagudo. Valter Dursley, cujo bigode estava quase tão espesso quanto o de Dumbledore,
entretanto negro, e que estava usando um roupão castanho-escuro, estava encarando a visita como se ele seus olhos minúsculos não pudessem acreditar no que viam.
"Julgando por seu olhar de impressionada descrença, Harry não o advertiu que eu estaria vindo, Dumbledore " disse agradavelmente. " Porém, deixe-me supor que você
me convidou cordialmente em sua casa. Não é inteligente demorar demais no degrau de entrada da porta nestes tempos difíceis".
Ele pisou inteligentemente em cima do umbral e fechou a porta ás suas costas.
"Faz muito tempo desde minha ultima visita" disse Dumbledore, olhando sobre seu nariz curvo para o Tio Valter. " Eu tenho que dizer, seus agapanthus estão florescendo
".
Valter Dursley não disse nada. Harry não duvidou que a fala retornasse a ele, e logo - a veia que pulsava no pescoço de seu tio estava alcançando pontos de perigo
- mas algo sobre Dumbledore parecia ter o roubado temporariamente o fôlego. Poderia ter sido o "wizardishness" grosseiro de sua aparência, mas talvez, também, o
Tio Valter pudesse sentir que ali era um homem quem seria muito difícil ameaçar.
" Ah, boa noite Harry", disse Dumbledore, o olhando pelos seus óculos meia-lua com uma expressão mais satisfeita. " Excelente, excelente ".
Estas palavras pareceram despertar Tio Valter. Estava claro que no que lhe diz respeito, qualquer homem que pudesse olhar Harry e dizer " excelente " era um homem
com quem ele nunca poderia olhar olho para olho.
" Eu não pretendo ser rude - " ele começou, em um tom que ameaçou grosseria em cada sílaba.
"--contudo, tristemente, grosseria acidental acontece inquietantemente com freqüência, " Dumbledore terminou a oração gravemente. " Melhor não dizer nada, meu querido
homem. Ah, e esta deve ser Petúnia ".
A porta de cozinha tinha aberto, e lá estava a tia de Harry, usando luvas de borracha e um avental sobre sua camisola, claramente a meio tempo entre a hora de dormir
e sua habitual limpeza de todas as superfícies de cozinha. Sua face "com traços de cavalo" não registrou nada mais que choque.
" Alvo Dumbledore", disse Dumbledore, quando Tio Valter não efetuou uma introdução. " Nós correspondemos, claro ". Harry pensou que este era um modo estranho de
recordar Tia Petúnia, que ele tinha lhe enviado uma vez uma carta explosiva, mas Tia Petúnia não desafiou o termo. " E este deve ser seu filho, Dudley "?
Dudley tinha naquele momento espreitado em volta da porta de sala de estar. A sua cabeça grande, loira subindo fora do colarinho de "stripy" do seu pijama olhou
desligado, boquiaberto de surpresa e "I car"??. Dumbledore esperou um momento ou dois, aparentemente para ver se qualquer dos Dursleys iria dizer qualquer coisa,
mas como o "o.ilcncc"?? estirou nele sorriu.
Nós assumiremos que você me convide para sua sala de estar?
Dudley se mexeu fora do normal à medida que Dumbledore passava por ele. Harry, ainda agarrando com força seu telescópio e trainers, saltou os últimos degraus e seguiu
Dumbledore, que tinha se ajeitado poltrona mais próxima ao fogo e estava olhando as coisas em volta com agradável interesse. Ele olhou totalmente e extraordinariamente
fora de lugar.
"Nós não --nós não estamos partindo, senhor "? Harry perguntou ansiosamente.
" Sim, realmente nós estamos, mas há algumas questões que nós precisamos discutir primeiro" disse Dumbledore. "E eu preferiria não fazer tão ao ar livre. Nós só
infringiremos um pouco mais a hospitalidade de sua tia".
" Você vai, você vai?"
Valter Dursley tinha entrado na sala, Petúnia ao encalço dele, e Duda escapando por trás dos dois.
" Sim", Dumbledore disse simplesmente, " eu devo ".
Ele puxou sua varinha tão rapidamente que Harry custou a ver; com um estalido casual, o sofá zuniu adiante e bateu os joelhos dos três do Dursleys de forma que eles
desmoronaram sobre ele. Outro estalido da varinha e o sofá zuniu atrás a sua posição original.
" Nós podemos também estar confortáveis", disse Dumbledore agradavelmente.
À medida que ele recolocou sua varinha no bolso, Harry viu que a mão dele estava enegrecida e murcha; parecia como se a carne tivesse sido queimada.
" Senhor - o que aconteceu com sua-?"
" Depois, Harry", disse Dumbledore. " Por favor sente se".
Harry pegou a poltrona restante e escolhendo não olhar os Dursleys que pareciam atordoados em silêncio.
" Eu suporia que você fosse me oferecer refresco, " Dumbledore disse ao Tio Valter, " mas as evidências até aqui sugerem que não deveria ser otimista ao ponto desse
tolice ".
Um terceiro agito da varinha, e uma garrafa empoeirada e cinco copos apareceram à meia altura. A garrafa inclinou e derramou uma medida generosa de líquido mel-colorido
em cada dos copos que então flutuaram para cada pessoa na sala.
"O mais fino Hidromel curtido em carvalho sa Madame Rosmerta", disse Dumbledore, elevando seu copo para Harry, que pegou o seu próprio e bebericou. Ele nunca tinha
tido experimentado qualquer coisa parecida antes, mas desfrutou imensamente. Os Dursleys, depois de olhares rápidos, assustados de um ao outro, tentaram ignorar
os seus copos completamente, um feito difícil, como eles estavam os cutucando com suavidade nos lados de suas cabeças. Harry não pôde suprimir uma suspeita que Dumbledore
estava se desfrutando bastante.
" Bem, Harry", Dumbledore disse, dirigindo em direção a ele, "uma dificuldade surgiu, a qual espero eu que você possa resolver para nós. Por nós, eu quero dizer
a Ordem da Fênix. Mas em primeiro lugar eu lhe tenho que falar que o testamento de Sirius foi descoberto uma semana atrás e que ele deixou tudo que ele possuía para
você".
Em cima de no sofá, Tio a cabeça de Vernon virou, mas Harry não o olhou, nem ele poderia pensar que de qualquer coisa que diz exclua, " Oh. Direito ".
" Isto é, o principal, bastante direto, " Dumbledore continuou. " Você possui uma quantia razoável de ouro em sua conta no Gringotes, e você herda todas as posses
pessoais de Sirius. A parte ligeiramente problemática do legado -"
O padrinho dele está morto? disse Tio Valter em voz alta do sofá. Dumbledore e Harry ambos viraram para o olhar. O copo de hidromel estava batendo agora bastante
insistentemente ao lado da cabeça de Valter; ele tentou tirar fora. " Ele está morto? O padrinho dele?"
" Sim", disse Dumbledore. Ele não perguntou para Harry por que ele não havia confiado nos Dursleys. " Nosso problema, " ele continuou a Harry, como se não tivesse
havido nenhuma interrupção," é que Sirius deixou pra você o Largo Grimmauld, numero doze.
" Ele está ficando com uma casa "? disse Tio Valter ambiciosamente, com seus pequenos olhos se estreitando, mas ninguém lhe respondeu.
" Vocês podem continuar usando-a como sede", Harry disse. " Eu não me importo. Vocês podem ficar com ela, eu realmente não a quero". Harry nunca quis botar os pés
no Largo Grimmauld, número doze, novamente, se ele pudesse ajudar. Ele pensou que ele sempre seria assombrado pela memória de Sirius que ronda seus quartos bolorentos
escuros solitário, encarcerado dentro do lugar que ele tinha querido partir tão desesperadamente.
" Isso é generoso, " Dumbledore disse. "Porém, nós desocupamos o edifício temporariamente ".
Por que "?
" Bem," Dumbledore disse, ignorando o murmúrio do Tio Valter que estava sendo golpeado inteligentemente em sua cabeça pelo persistente copo de hidromel tradição
familiar " A tradição da família Black decretou que a casa fosse passada para as próximas gerações da linhagem direta, para o próximo homem com o nome de Black.
Sirius era o último da linhagem, como o irmão mais jovem dele, Regulus, e faleceram ambos sem terem filhos. Enquanto o seu testamento faz perfeitamente que você
tenha a casa, é não obstante possível que algum feitiço ou encanto que foi fixo no lugar assegurar que não pode ser possuído por qualquer um diferente de um puro
sangue".
Uma imagem vívida do grito, saindo do retrato da mãe de Sirius que se manteve o corredor do Largo Grimmauld, número doze, brilhou na mente de Harry. " Eu aposto
que lá tem, " ele disse.
" Perfeitamente", disse Dumbledore. " E se tal um encanto existe, então a propriedade da casa é provável passar para o mais antigo parente de Sirius vivo, que seria
a prima dele, Bellatrix Lestrange ".
Sem perceber o que ele estava fazendo, Harry pulou sobre seus pés; o telescópio e trainers no seu colo rolaram pelo chão. Bellatrix Lestrange, a assassina de Sirius,
herda a casa dele?
" Não, " ele disse.
" Bem, obviamente nós preferiríamos que ela ou não a adquirisse", disse Dumbledore calmamente. " A situação está carregada de complicações. Nós não sabemos se os
encantos que nós mesmos colocamos lá, por exemplo, fazendo-a "Unplottable"(ilocalizável, talvez), se manterão agora aquela propriedade passou das mãos de Sirius.
Poderia ser que Bellatrix chegue no degrau de entrada a qualquer momento. Naturalmente nós tivemos que nos mudar até esclarecermos esta posição,"
" Mas como você vai descobrir se me permitem possuí-la"?
" Felizmente" disse Dumbledore, "há um teste simples."
Ele colocou seu copo vazio em uma mesa pequena ao lado de sua cadeira, mas antes de ele pudesse fazer qualquer outra coisa, Tio Valter gritou, " você receberia estas
coisas coradas sem nós "?
Harry deu uma olhada; todos os três Dursleys estavam se encolhendo com seus braços em cima das suas cabeças com os copos saltando de cima para baixo nos seus crânios,
os conteúdos deles voando pra todos os lugares.
" Oh, desculpe-me", Dumbledore disse educadamente, e ele elevou sua varinha novamente. -todos três copos desapareceram. " Mas teria sido de melhor tom beber isto,
você sabe ".
Parecia como se o Tio Vernon fosse explodir com qualquer número de respostas desagradáveis, mas ele somente encolheu atrás nas almofadas com Tia Petúnia e Duda e
não disse nada, mantendo seus pequenos olhos de porco na varinha de Dumbledore.
" Veja você, " Dumbledore disse, voltando a Harry e falando novamente como se o Tio Valter não tivesse se pronunciado, " se você herdou a casa realmente, você também
herdou -"
Ele sacudiu sua varinha pela quinta vez. Havia um estalo alto, e um elfo doméstico apareceu, com um focinho para um nariz, as orelhas de morcego gigante, e olhos
sanguinolentos enormes, sobre o carpete felpudo dos Dursleys e coberto em trapos encardidos. Tia Petúnia deixou sair um grito agudo horrível; nada tão imundo havia
entrado em sua casa em sua memória vivente. Duda puxou o seu grande, desnudo, pé rosa para fora do chão e se sentou com eles elevados quase sobre a cabeça dele,
como se ele pensasse que a criatura poderia aumentar suas calças compridas de pijama, e Tio Vernon berrou, isso que infernos é isso"?
" Monstro," finalizou Dumbledore.
"Monstro não, Monstro não, Monstro não!" resmungava o elfo-doméstico, quase tão ruidosamente quanto o Tio Valter, estampando seus pés longos, nodosos e puxando as
suas orelhas. " Mostro pertence à Senhorita Bellatrix, oh sim, Monstro pertence aos Black, Monstro querer sua nova mestra, Monstro não querer ir com Potter pirralho,
Monstro não vai, não vá, não -"
" Como você pode ver, Harry", Dumbledore disse ruidosamente, por cima do resmungo de Monstro" não, não irá, não irá," " Monstro está mostrando uma certa relutância
para passar para sua propriedade ".
" Eu não me preocupo", disse Harry novamente, olhando com desgosto o elfo doméstico se retorcendo e esperniando. " Eu não o quero".
"Não, não, não, não -"
" Você preferiria que ele passasse para s propriedade de Bellatrix Lestrange? Levando em consideração que ele viveu na sede da Ordem da Fênix todo o ano passado?
"Não, não , não, não -"
Harry encarou Dumbledore. Ele sabia que Monstro não poderia ser permitido ir e viver com Bellatrix Lestrange, mas a idéia de o possuir, de ter responsabilidade pela
criatura que tinha traído Sirius, era repugnante.
"Dê a ele uma ordem," disse Dumbledore. " Se ele passou para sua propriedade, ele terá que obedecer. Se não, então nós teremos que pensar em alguns outros meios
de mantê-lo em seu mestre legítimo.
"Não, não, não, não!"
A voz de Monstro tinha se elevado a um grito. Harry poderia pensar que de nada para dizer a não ser, " Monstro, cale-se"!
Passou um momento como se Monstro fosse se sufocar. Ele agarrou sua garganta, sua boca ainda trabalhando furiosamente, seus olhos inchando. Depois de alguns segundos
de tragar frenético, ele se lançou adiante sobre o tapete (Tia Petúnia choramingou) e bateu o chão com as mãos e pés para um violento, mas completamente silencioso,
acesso de raiva.
" Bem, isso simplifica as coisas", disse Dumbledore animadamente. " Parece que Sirius sabia o que ele estava fazendo. Você é o dono legítimo do Largo Grimmauld número
doze e de Monstro".
" Eu - eu tenho que mantê-lo comigo"? Harry perguntou, espantado, nós Monstro batia ao redor de seus pés.
" Não se você não quer", disse Dumbledore. " Se eu poder dar sugestão, você poderia o enviar a Hogwarts para trabalhar lá na cozinha. Daquele modo, os outros elfos-domésticos
poderiam ficar de olho nele ".
" Yeah," disse Harry em alívio, " yeah, eu farei isso. Er - Monstro - eu o quero que você vá para Hogwarts e trabalhar lá na cozinha com os outros elfos-domésticos".
Monstro que estava agora deitado de costas com seus braços e pernas no ar de a Harry um mentindo agora no ar apartamento na parte de trás dele com os braços dele
e pernas no ar deu a Harry um olhar de profunda abominação e, com outro estampido alto, desapareceu.
"Bom", Dumbledore disse. Há também a questão do hipogrifo, Bicuço. Hagrid tem cuidado dele desde que Sirius morreu, mas Bicuço agora é seu, assim se você preferisse
fazer arranjos diferentes -"
" Não, "Harry disse imediatamente, " ele pode ficar com Hagrid. Eu penso que Bicuço preferiria isso ".
" Hagrid ficará encantado," Dumbledore disse, sorrindo. " Ele estava excitado para ver Bicuço novamente. Incidentemente, nós decidimos, pelos interesses da segurança
de Bicuço, rebatizá-lo de Witherwings por enquanto, embora eu duvide que o Ministério adivinharia que ele é o hipogrifo que eles condenaram uma vez a morte. Agora,
Harry, seu baú está arrumado"?
Erm. ..
" Difícil de descobrir"? Disse Dumbledore com sagacidade.
" Eu apenas irei e - er - termino" disse Harry apressadamente, se apressando para apanhar o telescópio e os trainers caídos.
Levou um pouco mais de dez minutos para localizar tudo que ele precisava; afinal ele tinha conseguido tirar a Capa de Invisibilidade debaixo da cama, atarraxada
ao topo de trás do seu jarro de tinta, e forçou a tampa do seu baú fechou seu caldeirão. Então, levantando se baú em uma mão e contendo a gaiola de Edwirges em outra,
ele retornou escada abaixo,
Ele foi desapontado em descobrir que Dumbledore não estava esperando no corredor o que significou que ele teve que voltar à sala de estar.
Ninguém estava falando. Dumbledore estava sussurrando calmamente, aparentemente totalmente com sua facilidade, mas a atmosfera era mais espessa que pudim frio, e
Harry não ousou olhar para os Dursleys, e ele disse, "Professor - eu estou pronto agora".
"Bom" disse Dumbledore. " Apenas uma última coisa, então ". E ele virou para falar mais uma vez aos Dursleys.
" Como você estará indubitavelmente atento, Harry chega na maturidade em um ano -"
" Não, " disse Tia Petúnia, falando pela primeira vez desde a chegada de Dumbledore.
" Eu sinto muito"? disse Dumbledore educadamente.
" Não, ele não faz". Ele é um mês mais jovem que Dudley, e Duda não terá dezoito até o ano depois do próximo.
" Ah, " Dumbledore disse agradavelmente, " mas no mundo da Magia, nós chegamos à maturidade aos dezessete ".
Tio Valter murmurou, "Absurdo, " mas Dumbledore o ignorou,
" Agora, como vocês já sabem, o mago chamado Lord Voldemort retornou a este país. A comunidade da Magia está atualmente em um estado de guerra aberta. Harry, a quem
Lord Voldemort já tentou matar em várias ocasiões, está agora até em maior perigo que o dia em que eu o deixei quinze anos atrás em seu degrau da porta de entrada,
com uma carta explicando sobre o assassinato dos pais dele e expressando a esperança que vocês tomariam conta dele; apesar de que ele já estaria entre os seus".
Dumbledore pausou, e embora a voz dele permanecesse clara e calma, e ele desse nenhum sinal óbvio de raiva, Harry sentia um tipo de frio que emanava dele e notou
que os Dursleys se juntaram muito ligeiramente uns aos outros.
" Você não fez como eu pedi. Você nunca tratou Harry como um filho. Ele conheceu nada mais que negligência e freqüentemente crueldade sob suas mãos. E o melhor que
pode ser dito é que ele pelo menos escapou do dano apavorante que você infligiu ao infeliz menino que está entre vocês ".
Ambos Tia Petúnia e Tio Valter deram uma olhada instintivamente, como se esperando ver alguém diferente de Duda se apertando entre eles.
" Nós - maltratar Duda? Que você-"? começou Tio Valter furiosamente, mas Dumbledore elevou o seu tom para silêncio, um silêncio que se caiu como se ele tivesse golpeado
Tio Valter mudo.
" A magia eu evoquei quinze anos atrás para que Harry tivesse poderosa proteção enquanto ele ainda pudesse chamar esta casa de lar. Porém miserável ele esteve
aqui, indesejado e tratado mal de qualquer forma, vocês tem pelo menos, rancorosamente, lhe permitido houseroom. Esta magia deixará de operar no momento que Harry
atingir dezessete; em outras palavras, no momento ele se torna um homem. Eu peço só isto: que vocês permitam a Harry voltar, uma vez mais, para esta casa, antes
do décimo sétimo aniversário dele, que assegurará que a proteção continue até aquele tempo ".
Nenhum dos Dursleys disse qualquer coisa. Duda estava franzindo as sobrancelhas ligeiramente, como se ele ainda estivesse tentando concluir quando ele fora alguma
vez maltratado. Tio Valter olhou como se ele tivesse algo entalado em sua garganta; Tia Petúnia, porém, corou de forma estranha.
" Bem, Harry. . . tempo para nós cairmos fora," Dumbledore disse afinal, se levantando e endireitando a sua longa capa preta. " Até nos encontramos novamente, "
ele disse aos Dursleys, que pareceram como se aquele momento pudesse durar pra sempre até o ponto em que eles se preocuparam, e depois de tirar o seu chapéu, ele
arrastou da sala.
" Adeus", disse Harry apressadamente para os Dursleys, e seguiu Dumbledore que parou ao lado do baú de Harry no qual a gaiola de Edwirges estava presa.
" Nós não queremos ficar sobrecarregados com isso justo agora, " ele disse, tirando sua varinha novamente. " Eu os enviarei para A TOCA para esperar por nós lá.
Porém, eu gostaria de você trouxesse sua Capa de Invisibilidade. . . por via das dúvidas".
Harry extraiu a sua capa do baú com alguma dificuldade, tentando não mostrar a Dumbledore a bagunça dentro dele. Quando ele tinha colocado-a em um bolso interior
da sua jaqueta, Dumbledore ondulou sua varinha e o baú, a gaiola, e Edwirges desapareceram. Dumbledore então ondulando a varinha novamente, e a porta da frente se
abriu sobre escuridão fresca, nublada.
" E agora, Harry, vamos sair na noite e seguir aquela excêntrica e sedutora aventura ".
CAPÍTULO 04
HORÁCIO SLUGHORN
Apesar do fato dele ter gasto todo o tempo dos últimos dias esperando desesperadamente que Dumbledore viesse buscá-lo, Harry sentiu-se distintamente inábil enquanto
eles desciam a Rua dos Alferneiros juntos.
Ele nunca tinha tido uma conversa com Dumbledore fora de Hogwarts antes; geralmente havia uma escrivaninha entre eles. A lembrança do seu ultimo cara a cara deixou
uma sensação embaraçosa em Harry, pois ele quebrou a maioria das coisas de Dumbledore. Contudo, Dumbledore parecia completamente relaxado.
"Deixe sua varinha sempre preparada Harry" ele disse finalmente.
"Mas eu pensei que não podia usar mágica fora da escola, senhor?".
"Se houver um ataque," disse Dumbledore, "eu lhe dou permissão para usar qualquer azaração ou maldição que for melhor para você. Contudo, eu não acho que você tem
que se preocupar com algum ataque hoje à noite."
"Por que não senhor?"
"Você esta comigo Harry," falou Dumbledore, "isso já basta".
Ele caminhou até o final da Rua dos Alferneiros.
"Você não passou no teste para apartar, passou Harry?"
"Não, eu achei que eu tinha que ter 17 anos."
"É mesmo, você tem que, então, segurar forte no meu braço, no esquerdo, se você não se importa, como você sabe, minha varinha esta muito frágil nesse momento".
Harry segurou o braço como Dumbledore mandou.
"Muito bem, aqui vamos nós."
Harry teve que soltar o braço de Dumbledore quando começou a girar, tudo ficou preto e ele não conseguiu mais respirar, ele girou em todas as direções, seus olhos
foram forçados contra sua cabeça, seus tímpanos estavam sendo empurrados profundamente em seu crânio e então...
Ele sentiu o ar frio e abriu seus olhos que ainda estavam tremendo. Ele e Dumbledore estavam agora de pé em uma praça de uma vila deserta, no centro havia um memorial
de guerra e alguns bancos. Harry percebeu que essa foi a primeira vez que ele aparatou na sua vida.
"Você esta bem?" perguntou Dumbledore olhando para baixo. "A sensação não é das melhores, não é?"
"Eu estou bem, mas ainda prefiro as vassouras"
Dumbledore sorriu, ele deu a seu relógio de viagens um pouco mais de luz, em volta de seu pescoço e disse "Por aqui".
Passaram por lugares vazios e algumas casas. De acordo com o relógio de Dumbledore, já era quase meia noite.
"Então, me conte Harry, sua cicatriz, ela tem doído ultimamente?"
"Não, e eu estou pensando muito sobre isso ultimamente, eu pensei que agora que Voldemort voltou, ela iria doer muito"
Ele olhou de relance para Dumbledore e viu uma expressão de satisfação em seu rosto.
"Agora que Voldemort percebeu como era perigoso você ter acendido às suas sensações e sentimentos, parece que ele esta usando a Oclumência contra você".
"Bem, eu que não estou reclamando," disse Harry, que agora percebeu que não tinha mais sensações estranhas e via as coisas que Voldemort via.
Eles viraram uma esquina, passaram por um ponto de ônibus e um orelhão. Harry virou sua cabeça para Dumbledore.
"Professor?"
"Harry?"
"Hmm, onde exatamente nós estamos?"
"Essa, Harry, é a vila dos Budleigh Babberton."
"E o que nós estamos fazendo aqui?"
"Ah, claro, eu não falei para você" disse Dumbledore "Eu já perdi as contas de quantas vezes eu já falei isso nos recentes anos. Nós estamos aqui para visitar um
velho amigo meu e tentar convence-lo a voltar para Hogwarts"
"E como eu posso ajudar, senhor?"
"Humm, eu acho que nos vamos encontrar algum uso para você Harry, só espere."
Harry deu uma olhada em volta, todas as janelas eram escuras, pensando nos dementadores, Harry segurou firme sua varinha no seu bolso.
"Professor, por que nós simplesmente não apartamos na casa de seu amigo?"
"Isso seria tão rude quanto chutar a porta da frente e sentar em seu sofá, Harry, e também, a maioria dos bruxos tem feitiços anti-aparatamento em suas casas, Hogwarts
por exemplo..."
"...Você não pode apartar para os quartos ou salas, Mione me falou isso."
"E ela esta totalmente certa (de novo), viramos à esquerda aqui."
O relógio da Igreja marcava 8 horas atrás deles. Harry se perguntava por que Dumbledore não tinha simplesmente ligado para seu amigo, mais ele tinha perguntas mais
urgentes para fazer.
"Professor, eu vi no Profeta diário que Fudge foi demitido..."
"Verdade," falou Dumbledore, "ele foi substituído, como eu tenho certeza que você também viu, por Rufus Scrimgeour, que costumava ser o chefe do Departamento dos
Aurores no Ministério"
"Ele é... Você acha que ele é bom?"
"Pergunta interessante... Ele com certeza é mais forte e decidido que Cornelius."
"Sim, mais eu quero dizer..."
"Eu sei o que você quer dizer, ele é um homem de atitude, lutou contra bruxos das trevas sua vida inteira e ele não subestima Voldemort."
Harry esperou, mas Dumbledore não disse nada sobre o desentendimento com Scrimgeor que o Profeta Diário havia reportado, e ele não teve coragem de puxar o assunto,
então ele o mudou. "E... senhor... Eu vi sobre a Madame Bones."
"Sim," disse Dumbledore calmamente. "Uma perda terrível. Ela era uma grande bruxa. É por aqui. Eu acho - ai."
Ele havia apontado com sua mão machucada.
"Professor, o que aconteceu com sua-?"
"Eu não tenho tempo para explicar agora," disse Dumbledore, "É uma história interessante, Eu queria lhe fazer jus."
Ele sorriu para Harry, que entendeu que ele não estava ficando chateado, e que podia continuar a fazer perguntas.
"Senhor, eu recebi uma coruja do ministério sobre precauções que devemos ter contra os Comensais..."
"Eu recebi uma também, você achou ela útil?"
"Não..."
"Não, eu achei que não mesmo, você não precisa me perguntar qual meu sabor favorito de geléia para saber se sou eu mesmo Harry."
"Não, eu não..." Harry não sabia se isso foi uma repressão ou não.
"Só pra garantir Harry, é framboesa, claro que se eu fosse um comensal eu não saberia isso e teria q pesquisar mais..."
"Er... ok... Bom, no folheto eles falaram alguma coisa sobre Inferi, o que é exatamente isso?"
"São as pessoas mortas que o Voldemort enfeitiçou para ajudar ele. Claro, ele matou muita gente para conseguir isso." Esse é o lugar, Harry, por aqui.
Eles estavam se aproximando de uma casa de pedra pequena, limpa, que começava em seu próprio jardim. Harry estava muito ocupado digerindo a horrível idéia do Inferi
para prestar atenção em qualquer outra coisa, mas à medida que eles alcançaram o portão da frente, Dumbledore parou completamente e Harry bateu nele.
" Oh querido. Oh querido, querido, querido ".
Harry desviou seu olhar para o caminho da frente, cuidadosamente tendido e sentiu seu coração partido. A porta dianteira estava pendurando suas dobradiças.
Dumbledore deu uma olhada pra cima e pra baixo na rua. Parecia totalmente deserta.
" Saque a varinha e me siga, Harry," ele disse quietamente.
Ele abriu o portão e caminhou rapidamente e silenciosamente no caminho do jardim, Harry aos seus calcanhares, então empurrou a porta da frente muito lentamente,
a varinha dele elevou e pronto.
"Lumos ".
A varinha de Dumbledore acendeu jorrando luz no corredor estreito. À esquerda, outra porta estava aberta. Segurando a sua varinha iluminada no alto, Dumbledore entrou
na sala de estar com Harry bem atrás dele.
Uma cena de devastação total se encontrou aos olhos deles. Um relógio de pêndulo estilhaçado aos pés deles, com sua parte frontal rachada, seu pêndulo caído um pouco
mais distante como uma espada abandonada. Um piano estava em seu lado, com suas teclas espalhadas pelo chão. Os destroços de um candelabro caído figuravam ali perto.
Almofadas esvaziadas, penas que escoam de golpes que elas tinham sofrido; fragmentos de vidro e porcelana estavam como pó em cima de tudo. Dumbledore elevou sua
varinha um pouco mais alto, de forma que sua luz foi lançada nas paredes onde algo vermelho escuro e viscoso foi respingado sobre o papel de parede. A respiração
de Harry fez Dumbledore dar uma olhada em volta.
" Nada legal, não é?" ele disse pesadamente. " Sim, algo horrível aconteceu aqui ".
Dumbledore moveu-se cuidadosamente para o meio da sala, examinando os destroços aos seus pés. Harry o seguiu olhando ao redor, meio-assustado com o que ele poderia
ver escondido atrás dos destroços do piano ou o sofá destruído, mas havia nenhum sinal de um corpo.
" Talvez houve uma luta e - e eles o arrastaram fora, Professor "? Harry sugeriu, tentando não imaginar quão gravemente ferido um homem ficaria para deixar essas
manchas respingadas nas paredes.
" Eu não acho", disse Dumbledore quietamente, espreitando atrás de uma poltrona estufada caída ao seu lado.
" Você acha que ele está...?"
" Ainda aqui em algum lugar? Sim ".
E sem aviso, Dumbledore abaixou, mergulhando a ponta de sua varinha no assento da poltrona, que gritou "Ai "!
" Boa noite, Horácio," disse Dumbledore, se endireitando novamente para cima.
A mandíbula de Harry caiu. Onde em uma fração de segundo atrás havia uma poltrona, agora estava um encurvado e enormemente gordo, careca e velho homem que estava
massageando sua barriga e piscando para Dumbledore com um olho entristecido e úmido.
"Não havia necessidade de cravar a varinha tão duramente, " ele disse irritado, se endireitando. " Doeu ".
A luz da varinha cintilou em sua cabeça brilhante, seus olhos salientes, o bigode enorme, prateado,"como uma morsa", e os botões altamente polidos na jaqueta aveludada
castanha que ele estava usando em cima de um par de pijamas de seda lilás. O topo de sua cabeça alcançou apenas o queixo de Dumbledore.
" O que é isto? ele grunhiu à medida que cambaleou aos seus pés, ainda esfregando sua barriga. Ele parecia notavelmente imperturbável para um homem que tinha sido
descoberto há pouco fingindo ser uma poltrona.
" Meu caro Horácio," disse Dumbledore, olhando entretido, "se os Comensais da Morte realmente tivessem sido chamados, a Marca Negra tivesse sido colocada sobre a
casa ".
O mago deu um tapa com uma mão gorducha na frente de sua vasta testa.
" A Marca Negra," ele murmurou. " Sabia que havia algo... ah bem. Não teria tido tempo de qualquer maneira, eu apenas dei uns toques finais na minha tapeçaria quando
você entrou na sala".
Ele inspirou um grande suspiro que fez as pontas do bigode dele tremularem.
"Você gostaria de minha ajuda?" perguntou Dumbledore educadamente .
" Por favor, " disse o outro.
Eles ficaram de pé, um de costas para o outro, o bruxo magro e alto e o baixo e gordo, e balançando suas varinhas em um idêntico e envolvente movimento.
A mobília voou de volta para seus lugares originais; ornamentos reformaram no ar, as penas zuniram para suas almofadas; livros rasgados se consertaram e aterrissaram
nas estantes; lanternas de óleo planaram sobre mesas e reacenderam; uma coleção vasta de armações de quadro prateadas lascadas voou reluzindo pela sala, e desceu,
inteira e limpa, em uma escrivaninha; rasgos, rachas, e buracos se regeneraram em todos os lugares, e as paredes se limparam.
" Que tipo de sangue era aquele, casualmente "? perguntou Dumbledore em voz alta para em cima do barulho do recentemente nao-quebrado relógio de pêndulo.
" Nas paredes? Dragão, " gritou o mago chamou Horácio, a medida que, com um tilintar ensurdecedor, o candelabro se atarraxava no teto.
Houve um som final do piano, e silêncio.
" Sim, dragão, " repetiu o bruxo na conversa. " Minha última garrafa, e os preços estão pela nas alturas atualmente. Ainda, poderia ser reutilizável ".
Ele discursava sobre uma garrafa cristalina pequena que estava sobre um buffet e levantou-a em direçao à luz, examinando o líquido espesso dentro.
" Hmm. Um pouco empoeirada ".
Ele colocou a garrafa de volta no buffet e suspirou. Foi então que o seu olhar caiu sobre Harry.
" Oh, " ele disse, com seus redondos e grandes olhos voando para testa de Harry e para a cicatriz em forma de raio. "Oh "!
" Este", Dumbledore disse, indo para frente pra fazer a introdução " ...é Harry Potter". Harry, este é um velho Amigo e meu colega, Horácio Slughorn ".
Slughorn virou-se para Dumbledore, com expressão sagaz. " Então é dessa forma que você pensa em me persuadir, não é? Bem, a resposta é não, Alvo ".
Ele empurrou Harry para trás, a sua face se virou decididamente com o ar de um homem que tenta resistir a tentação.
" Eu suponho nós podemos ter uma bebida, ao menos "? perguntou Dumbledore. " Pelos bons e velhos tempos?"
Slughorn vacilou.
" Certo então, uma bebida, " ele disse de forma descortês.
Dumbledore sorriu a Harry e o dirigiu para uma cadeira bem distinta daquela que Slughorn tinha recentemente se personificado, ao lado direito do fogo que recentemente
queimava e brilhavam uma lamparina de óleo. Harry pegou o assento com a ligeira impressão de que Dumbledore, por alguma razão, o queria tão visível quanto fosse
possível manter. Certamente quando Slughor,n que tinha estado ocupado com garrafas e copos, voltou-se para a sala novamente, seus olhos caíram imediatamente em Harry.
" Hmpf, " ele disse, olhando pra outro lugar rapidamente como se tivesse amedrontado ou ferido seus olhos. " Aqui - " Ele deu uma bebida a Dumbledore que tinha se
sentado sem nenhum convite, empurrou a bandeja a Harry, e então afundou nas almofadas do sofá consertado e um decepcionado silêncio. As pernas dele eram tão pequenas
que elas não tocaram o chão.
" Bem, como você tem estado, Horácio"? Dumbledore perguntou.
" Não tão bem," Slughorn disse imediatamente. "Peito fraco. Ofegante. Reumatismo também. Não posso me mover como eu costumava. Bem, era o esperado. Velhice. Fadiga
".
" E ainda você tem que se mover bastante depressa para preparar as boas-vindas para nós," Dumbledore disse. " Você não pode ter tido mais que três minutos de advertência?
Slughorn disse, de modo irritante, meio orgulhosamente, " Dois. não ouviu para meu Encanto de Intrusos explodir, eu estava tomando um banho. Ainda, " ele completou
com severidade, com aparência de trazer de volta a si mesmo, " o fato que resta é que sou um homem velho, Alvo. Um homem velho cansado que conseguiu o direito de
uma vida tranqüila e alguns confortos.
Ele certamente os tinha, pensou Harry, dando uma olhada ao redor da sala. Ela era sufocante e desordenada, contudo ninguém poderia dizer que era desconfortável;
havia cadeiras suaves e banquetas, bebidas e livros, caixas de chocolates e almofadas rechonchudas. Se Harry não tivesse conhecido quem vivia lá, ele teria imaginado
que seria uma exigente senhora, velha e rica.
" Você não está contudo tão velho quanto eu estou, Horácio," disse Dumbledore.
" Bem, talvez você deva pensar em sua aposentadoria," Slughorn disse abruptamente.Seus pálidos olhos de framboesa haviam visto a mão ferida de Dumbledore. "Reações
que eles não foram, eu vejo ".
"Você está certo," disse Dumbledore serenamente, balançando sua manga para revelar as pontas daquelas argolas queimados e escurecidos; a visão deles fez a nuca de
Harry espetar indesejavelmente. "Eu sou, sem dúvida, mas lento que eu era. Mas em compensação..."
Ele encolheu os ombros e balançou as suas mãos, como para dizer que aquela idade tinha suas compensações, e Harry notou um anel na sua mão machucada que ele nunca
havia visto Dumbledore usando antes; era largo, desajeitado e feito de algo que parecia ouro, e tinha uma pesada pedra preta que estava quebrada ao meio. O olho
de Slughorn demorou-se um tempo no anel também, e Harry viu um pequeno franzir de sobrancelhas na sua testa.
"Então, todas essas precauções contra intrusos, Horácio... Eles são para o benefício dos Comensais da Morte ou para o meu?" perguntou Dumbledore.
"O que os Comensais da Morte iriam querer com um pobre velho decaído como eu?" reclamou Slughorn.
"Eu imagino que eles fossem querer os seus consideráveis talentos em repreensão, tortura e assassinatos," disse Dumbledore. "Você está realmente me dizendo que eles
ainda não vieram te recrutar?"
Slughorn olhou para Dumbledore malignamente por um momento, então murmurou, "Eu não os dei a chance. Eu estive me mudando por um ano. Nunca ficando em lugares por
mais de uma semana. Mudando de casa de Trouxa para casa de Trouxa - os donos desse lugar estão de férias nas Ilhas Canárias - tem sido bem legal, eu vou me sentir
triste em sair. É bem simples quando você sabe como, um simples Feitiço do Congelamento nesses sistemas absurdos de alarmes para ladrões que eles usam em vez Espioscópios
e ter certeza que os vizinhos não te vejam trazendo o piano para dentro."
"Ingênuos," disse Dumbledore. "Mas parece um pouco cansativo para um pobre velho decaído em busca de uma vida sossegada. Agora, se você voltasse a Hogwarts-"
"Se você vai me dizer que minha vida ia ter mais paz naquela escola incômoda, você pode ficar sem falar, Alvo! Eu posso ter estado escondido, mas alguns rumores
engraçados me alcançaram desde que Dolores Umbridge saiu! Se é assim que você trata os professores atualmente-"
"A professora Umbridge entrou em conflito com nosso bando de centauros," disse Dumbledore. "Eu acho que você, Horácio, teria sabido melhor como entrar na floresta
e chamar uma multidão de centauros furiosos de bastardos imundos."
"Foi isso que ela disse, foi?" disse Slughorn. "Mulher idiota. Nunca gostei dela."
Harry deu uma risada e tanto Dumbledore quanto Slughorn olharam para ele.
"Desculpa-me," Harry disse apressadamente. "É que - Eu também não gostava dela."
Dumbledore se levantou repentinamente.
"Você vai embora?" perguntou Slughorn de uma vez, parecendo esperançoso.
"Não, eu estava me perguntando se eu poderia usar o seu banheiro," disse Dumbledore.
"Oh," disse Slughorn, claramente desapontado. "Segunda à esquerda no hall."
Dumbledore saiu a passos largos da sala. Uma vez que a porta havia fechado atrás dele, houve silêncio. Após alguns momentos, Slughorn se levantou, mas parecia incerto
de o que fazer. Ele olhou furtivamente para Harry, então saiu e se virou de costas para ele, aquecendo suas largas costas.
"Não pense que eu não sei por que ele trouxe você," ele disse abruptamente.
Harry simplesmente olhou para Slughorn. Seus olhos aguados Slughorn passaram pela cicatriz de Harry, dessa vez analisando o resto de seu rosto.
"Você parece muito com seu pai."
"É, já me disseram," disse Harry.
"Tirando seus olhos. Você tem -".
"Os olhos da minha mãe, é." Harry ouvia isso com tanta freqüência que achava um pouco inconveniente.
"Hump. Sim, bem. Você não deveria ter favoritos sendo um professor, é claro, mas ela era uma das minhas. Sua mãe," Slughorn acrescentou, em resposta ao olhar de
questionamento de Harry. "Lílian Evans. Uma das mais brilhantes que eu já ensinei. Vivaz, você sabe. Garota encantadora. Eu costumava dizer que ela tinha que estar
na minha Casa. Eu costumava receber respostas bem imprudentes."
"Qual era sua Casa?"
"Era o Chefe da Sonserina," disse Slughorn. "Oh, agora," ele foi rápido, vendo a expressão no rosto de Harry e sacudindo uma dura argola nele, "não vá usando isso
contra mim! Você deve ser da Grifinória, como ela, creio eu? Sim, realmente vai de família em família. Nem sempre, entretanto. Já ouvir falar de Sirius Black? Deve
ter - esteve nos jornais nos últimos anos - e morreu há algumas semanas -" Foi como se uma mão invisível tivesse revirado o intestino de Harry e o apertado forte.
"Bem, de qualquer forma, ele era um grande amigo de seu pai na escola. Toda a família Black esteve na minha casa, mas o Sirius acabou na Grifinória! Vergonha - ele
era um garoto talentoso. Eu peguei o irmão dele, Rebolos, quando ele entrou, mas eu gostaria de ter tido todos."
Ele parecia um colecionador que tinha dado o lance mais alto em um leilão. Aparentemente perdido em memórias, ele olhou atentamente para a parede oposta, se perdendo
no lugar para assegurar um ardor nas suas nádega.
"Sua mãe era sangue-ruim, é claro. Não pude acreditar quando eu descobri. Achei que ela fosse puro-sangue, ela era tão boa."
"Uma das minhas melhores amigas é sangue-ruim," disse Harry, "e ela é a melhor do nosso ano."
"Engraçado como isso às vezes acontece, não é?" disse Slughorn.
"Não realmente," disse Harry friamente.
Slughorn olhou para ele surpreso. "Você deve pensar que eu sou preconceituoso!" ele disse. "Não, não, não! Eu não acabei de dizer que sua mãe é uma das melhores
alunas que eu já tive? E também havia Dirk Cresswell no ano seguinte também - agora chefe do Departamento Ligação de Duendes, é claro - outra sangue-ruim, uma aluna
muito talentosa, e ainda me dá grandes informações do que ocorre no interior do Gringotes!"
Ele deu um pulinho, sorrindo de um modo bem satisfeito, e apontou para as muitas fotos brilhantes na cômoda, cada uma com minúsculos ocupantes se mexendo.
"Todos ex-alunos, todos autografados. Você verá Barnabas Cuffe, editor do Profeta Diário, ele está sempre interessado em ouvir a minha opinião sobre a edição do
dia. E Ambrosius Flume, da Dedosmedel - uma grande cesta a cada aniversário, e tudo porque fui eu quem o apresentou para Ciceron Harkisss que lhe deu o seu primeiro
emprego! E na parte de trás - você verá se você estender o seu pescoço - aquela é Gwenog Jones, que, é claro, comanda o Holyhead Harpies... A pessoas estão sempre
surpresas ao ouvir que eu estou nas listas dos primeiros dos Harpiers, e eu ganho ingressos de graça sempre que eu quero!"
Esse pensamento pareceu alegrá-lo tremendamente.
"Todas essas pessoas sabem como te encontrar? Como te mandar coisas?" perguntou Harry, que não podia deixar de pensar em como os Comensais da Morte ainda não haviam
encontrado Slughorn com tantos cestos de doces, ingressos de Quadribol, e visitantes pedindo seus conselhos e opiniões.
O sorriso sumiu do rosto de Slughorn tão rapidamente quanto o sangue das suas paredes.
"É claro que não," ele disse, olhando com desprezo para Harry. "Eu estive sem contato com ninguém por um ano."
Harry teve a impressão que as palavras chocaram até mesmo Slughornf; ele parecia bem inseguro por um momento, e então ele abaixou os ombros.
"Mesmo assim... bruxos prudentes tem que manter-se de cabeça baixa às vezes. É muito legal do Dumbledore chamar, mas assumir um posto em Hogwarts agora seria igual
a declarar publicamente que eu tenho alianças com a Ordem da Fênix! E enquanto eu tenho certeza que eles são bem admiráveis e bravos e todo o resto, eu não consigo
imaginar a taxa de mortalidade -"
"Você não tem que se juntar à Ordem para ser professor em Hogwarts," disse Harry, que não conseguia esconder um tom de ridículo na sua voz: era difícil se simpatizar
com a existência mimada de Slughorn quando ele se lembrava de Sirius, agachado em uma caverna e vivendo com ratos. "A maioria dos professores não está nela, e nenhum
deles jamais foi assassinado - bem, a menos que você conte o Quirrell, mas ele recebeu o que ele merecia por se aliar a Voldemort."
Harry tinha certeza que Slughorn seria um daqueles bruxos que não agüentavam ouvir o nome de Voldemort em voz alta, e não se desapontou: Slughorn tremeu e deu um
grito em protesto, o que Harry ignorou.
"Eu reconheço que os funcionários estão mais seguros que a maioria das pessoas enquanto Dumbledore for o diretor; ele parece ser o único que Voldemort jamais temeu,
não é"? Harry continuou.
"Bem, sim, é verdade que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado nunca travou uma luta com Dumbledore," ele murmurou de má vontade. "E eu suponho que alguém possa argumentar
que como eu não me juntei aos Comensais da Morte, Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado pode dificilmente contar comigo como amigo... Nesse caso, eu devo estar mais a salvo
perto de Alvo... Eu não posso fingir que a morte de Amelia Bones não balançou comigo... Se ela, com todo o contato com o Ministério e proteção..."
Dumbledore entrou na sala e Slughorn pulou como se ele tivesse esquecido que ele estava em casa.
"Oh, aí está você, Alvo," lê disse. "Você demorou muito. Dor de estômago?"
"Não, eu estava só lendo algumas revistas de Trouxas," disse Dumbledore. "Eu adoro amostras de tricô. Bem, Harry, nós já abusamos da hospitalidade de Horácio; eu
acho que nós devemos ir embora."
Sem nenhuma relutância em obedecer, Harry se pôs de pé. Slughorn surpreendeu-se com a ofensa.
"Você está saindo?"
"Sim, certamente. Eu reconheço uma causa perdida quando eu vejo uma."
"Perdida...?"
Slughorn parecia agitado. Ele brincou com seus dedos gordos enquanto ele via Dumbledore apertar seu casaco de viajem, e Harry fechar sua jaqueta.
"Bem, Eu sinto muito que você não queira o trabalho, Horácio." Disse Dumbledore, usando seu braço machucado para dar uma última despedida. "Hogwarts estaria feliz
em ver você de volta novamente. Nossa grande segurança não obstante, você sempre será bem vindo para visitas, se você quiser."
"Sim... bem... Muito gentil ... Como e digo ..."
"Adeus então."
"Tchau," disse Harry.
Eles estavam na porta da frente quando houve um grito alto bem atrás deles.
"Tudo bem, tudo bem, eu aceito!"
Dumbledore para ver Slughorn se ar na porta da sala se estar.
"Você vai sair do seu esconderijo?"
"Sim, sim," disse Slughorn impaciente. "Eu devo estar louco, mas sim."
"Maravilhoso," disse Dumbledore, radiante. "Então, Horácio, nós nos veremos no dia primeiro de Setembro."
"Sim, eu suponho que nos veremos," grunhiu Slughorn.
Assim que eles saíram do jardim, a voz de Slughorn veio atrás deles, "Eu vou querer um aumento, Dumbledore!"
Dumbledore riu. O portão do jardim se fechou atrás deles, assim que eles saíram para a rua pelas sombras e redemoinhos.
"Muito bem, Harry," disse Dumbledore.
"Eu não fiz nada," disse Harry surpreso.
"Oh sim você fez. Você mostrou a Horácio exatamente o que ele tem a ganhar para voltar para Hogwarts. Você gosta dele?"
"Er..."
Harry não tinha certeza se ele gostava de Slughorn ou não. Ele achava que ele tinha sido agradecido de sua forma, mas ele também parecia convencido e, mesmo ele
tendo dito o contrário, muito surpreso de que um sangue-ruim pudesse ser um bruxo exemplar.
"Horácio," disse Dumbledore, tirando de Harry a responsabilidade de Harry de dizer qualquer uma dessas, "Gosta do seu conforto. Ele também gosta da companhia dos
famosos, aqueles que se deram bem, e os poderosos. Ele gosta do sentimento que ele influencia essas pessoas. Ele nunca quis ocupar o trono ele mesmo; ele prefere
o banco de trás - mais espaço para se divulgar, você vê. Ele costumava escolher os seus preferidos em Hogwarts, alguns pela ambição de seus cérebros, às vezes por
seu charme ou talento, ele tinha um gosto especial por aqueles que se tornariam destaques em seus vários campos. Horácio formava um tipo de clube de seus favoritos
com ele mesmo no centro, fazendo apresentações, realizando contatos úteis entre membros, e sempre colhendo algum tipo de benefício em troca, seja uma caixa de graça
de seu abacaxi cristalizado favorito ou a chance de recomendar o próximo membro júnior do Departamento de Ligação de Duendes."
Harry teve uma rápida e vívida imagem de uma enorme aranha, fazendo uma teia em volta de si, fazendo uma troca aqui e ali para trazer seus fios um pouco mais pertos
um do outro.
"Eu te digo isso," Dumbledore continuou, "para não se voltar contra Horácio - ou, como nós o devemos chamar agora, Professor Slughorn - mas se colocar na sua própria
defesa. Ele vai sem dúvidas tentar colecionar você, Harry. Você seria jóia da sua coleção; o Garoto Que Sobreviveu... ou, como eles dizem agora, o Escolhido."
Com essas palavras, um arrepio que nada tinha a ver com aquela névoa caiu sob Harry. Ele se lembrou de palavras que ele havia ouvido algumas semanas atrás, palavras
que tinham em terrível e peculiar sentido para ele: Um não pode viver enquanto o outro sobrevive...
Dumbledore parou de caminhar, perto da Igreja onde eles passaram mais cedo.
"Isso vai ser suficiente, Harry. Se você puder segurar no meu braço."
Segurando forte dessa vez, Harry estava pronto para Aparatar, mas ainda assim a achou desconfortável. Quando a pressão cessou e ele se viu capaz de respirar novamente,
ele estava em uma alameda rural ao lado de Dumbledore e olhando adiante para a silhueta torta do seu segundo lugar favorito no mundo: a Toca. Ao contrário do espírito
de medo que o havia pegado antes, ele não conseguia deixar de se sentir feliz com essa visão. Rony estava aqui... e também a Sra. Weasley, que cozinhava melhor que
qualquer outra pessoa que ele conhecesse...
"Se você não se importar, Harry," disse Dumbledore, enquanto eles passaram pelo portão, "Eu gostaria de dar uma palavrinha com você antes de partir. Em particular.
Aqui, talvez?".
Dumbledore apontou uma um lugar em estado precário onde os Wealeys costumavam guardar suas vassouras. Um pouco confuso, Harry seguiu Dumbledore pela porta rangida
até um espaço menor que um guarda-roupas. Dumbledore iluminou a ponta de sua varinha, para que esta ficasse parecendo uma tocha, e sorriu para Harry.
"I Espero que você me desculpe por falar isso, Harry, mas eu estou bem satisfeito e orgulhoso do modo como você parece estar lidando após tudo que aconteceu no Ministério.
Me permita dizer que eu creio que Sirius estaria orgulhoso de você."
Harry engoliu em seco; sua voz parecia ter sido levada com ele. Ele não achava que seria capaz se falar sobre Sirius; já tinha sido doloroso demais ouvir seu tio
Valter dizer "O padrinho dele morreu?" e ainda pior ouvir o nome de Sirius dito casualmente por Slughorn.
"Foi cruel," disse Dumbledore com a voz doce, "que você e Sirius tenham tido um tempo tão curto juntos. Um fim brutal para o que deveria ter sido uma convivência
longa e feliz.".
Harry concordou com a cabeça, seus olhos fixos na aranha no chapéu de Dumbledore. Ele poderia dizer que Dumbledore entendia, ele poderia até suspeitar disso até
sua carta chegar, Harry tinha gastado praticamente todo o seu tempo na casa dos Dursley, jogado na sua cama, recusando comida e olhando para a janela embaçada, cheio
que névoa que eu aposto que ele associava com os Dementadores.
"É tão difícil," Harry disse finalmente, em voz baixa, "ter certeza que ele nunca mais vai escrever para mim."
Seus olhos arderam de repente e ele piscou. Ele se sentiu idiota por admitir isso, mas o fato dele ter alguém fora de Hogwarts que se importasse com o que acontecia
com ele, quase um parente, foi uma das melhores coisas de descobrir o seu padrinho... E agora as corujas de correio nunca mais iriam lhe trazer aquele reconfortamento...
"Sirius representou para você muito do que você nunca havia tido antes," disse Dumbledore gentilmente. "Naturalmente, sua perda será devastadora..."
"Mas enquanto eu estava nos Dursleys..." interrompeu Harry, sua voz ficando mais forte, "Eu percebi que eu não posso me abater - ou desistir. Sirius não iria querer
isso para mim, iria? E de qualquer forma, a vide é muito curta... Olhe para a Madame Bones, olhe para Emmeline Vance... Eu poderia ser o próximo, não poderia? Mas
se for," ele disse violentamente, "Eu vou me assegurar de que eu leve quantos Comensais da Morte comigo quanto eu puder e, se for possível, Voldemort também."
"Falou ao mesmo tempo como filho de seus pais e afilhado de Sirius!" disse Dumbledore, com um tapinha de aprovação nas costas de Harry. "Eu tiro o meu chapéu para
você - eu tiraria, se eu temesse lhe mostrar algumas aranhas."
"E agora, Harry, um acontecimento mais recente... Eu creio que você tenha lido o Profeta Diário nas duas últimas semanas?"
"Sim," disse Harry, e seu coração bateu um pouco mais rápido.
"Então você deve ter visto que não haviam tantas notas e comentários sobre Você na Sala da profecia?"
"Sim," disse Harry novamente. "E agora todos sabem que eu sou o Escolhido -"
"Não, eles não sabem," interrompeu Dumbledore. "Só existem duas pessoas em todo esse mundo que sabem do total conteúdo daquela profecia relacionando você e Lord
Voldemort, e as duas estão aqui nesse armário fedorento e cheio de aranhas. É verdade, porém, que mito já adivinharam, corretamente, que Voldemort mandou seus Comensais
para roubar uma profecia, e essa profecia fala de Você.
"Agora, eu devo estar certo em dizer que você não contou para ninguém o conteúdo da profecia, contou?"
"Não," disse Harry."
"Uma sábia decisão, no fim," disse Dumbledore. "Embora eu ache que você deva relaxar com os seus amigos, Mr. Ronald Weasley e Miss Hermione Granger. Sim," ele continuou,
quando Harry olhou para ele assustado, "Eu acho que ele devem saber. Você seria injusto se não confidenciasse algo importante com eles."
"Eu não queria -"
"- assustá-los ou preocupá-los?" disse Dumbledore, vislumbrando Harry pelo topo de seus óculos de meia-lua. "Ou talvez, confessar que você está assustado e preocupado?
Você precisa de seus amigos, Harry. Como você mesmo disse, Sirius não iria querer que você se abatesse."
Harry não disse nada, mas Dumbledore não aprecia pedir uma resposta. Ele continuou, "Falando se outro assunto, eu gostaria que você tivesse algumas lições particulares
comigo esse ano."
"Particulares - com você?" disse Harry, surpreso com o seu silêncio preocupado.
"Sim, eu acho que é hora de investir mais na sua educação."
"O que você vai me ensinar, senhor?"
"Oh, um pouco disso, um pouco daquilo," disse Dumbledore vagamente.
Harry esperou esperançoso, mas Dumbledore não continuou, então ele perguntou outra coisa que o vinha perturbando bastante.
"Se eu vou ter aulas com você, então eu não vou precisar das aulas de Oclumência com Snape, vou?"
Professor Snape, Harry - e não, você não vai."
"Bem," disse Harry, aliviado, "porque elas eram um pouco -"
Ele parou, tomando cuidado para não dizer o que ele realmente pensava.
"Eu acho que a palavra fiasco se encaixaria bem aqui," disse Dumbledore, concordando.
Harry riu.
"Bem, isso quer dizer que eu não devo ver tanto o Professor Snape agora," ele disse, "porque ele não vai me deixar ter Poções se eu tirar "Excepcional" no meu NOM,
o que eu sei que eu não tirei."
"Não conte nas suas corujas antes delas serem entregues," disse Dumbledore gravemente. "O que agora, eu acho, eu estou um pouco atrasado. Agora, mais duas coisas
Harry, antes de partirmos.".
"Primeiramente, eu gostaria que de agora em diante você levasse sempre a sua Capa Invisível com você. Mesmo dentro de Hogwarts. Só no caso de, você me entende?"
Harry confirmou.
"E por fim, enquanto você fica aqui, a Toca recebeu a maior segurança que o Ministério da Magia pode oferecer. Essas mudanças causaram um pouco de inconveniência
para Arthur e Molly - todos os seus cargos, por enquanto, estão sendo vigiados no Ministério. Eles não se sentem desprezados, para eles o maior objetivo é a sua
segurança. Mesmo assim, seria injusto você se meter em confusão enquanto está aqui com eles."
"Eu entendo," disse Harry rapidamente.
"Muito bem, então," disse Dumbledore, segurando a porta do lugar aberta para o jardim. "Eu vejo uma luz na cozinha. Não vamos privar mais a Molly de implicar com
o quão magro você está."
CAPÍTULO 05
CANSADA DE PHLEGM (CATARRO)
Harry e Dumbledore se aproximaram da porta dos fundos da toca, a qual estava cercada pela familiar liteira de botas de Wellington e de caldeirões enferrujados; Harry
podia ouvir o suave ronco dos frangos adormecidos que vinha de um lugar distante. Dumbledore bateu na porta três vezes e Harry repentinamente viu um movimento atrás
da janela da cozinha.
"Quem está aí?" disse uma voz nervosa que foi identificada como a voz da Sra. Weasley. "Identifique-se!"
"Sou eu, Dumbledore, trazendo o Harry."
A porta abriu finalmente. Estava ali, parada, a Sra. Weasley, pequena, gorducha e vestindo um velho vestido verde.
"Harry, querido! Gracioso, Alvo, você me assustou, você disse para não te esperar antes de amanhecer!"
"Nós somos sortudos", disse Dumbledore, apontando para Harry sobre a soleira. "Slughorn se mostrou muito mais fácil de se convencer do que eu esperava. Harry cumpriu
o seu papel, é claro. Ah, olá Ninfadora!"
Harry olhou em volta e viu que a Sra. Weasley não estava sozinha, apesar de já ser tarde. Uma jovem bruxa pálida com uma cara em forma de coração e um cabelo mousy
e castanho estava sentada à mesa segurando uma grande caneca entre suas mãos.
"Olá professor" ela disse. " Beleza Harry?"
"Olá Tonks"
Harry acou que ela parecia tensa, talvez doente, e alguma coisa estava forçando-a sorrir. Certamente sua aparência havia perdido o colorido habitual sem seu costumeiro
cabelo cor rosa-chiclete.
"Estarei melhor se dormir," ela disse rapidamente, levantando e colocando seu casaco sobre suas costas. "Obrigado pelo chá e pela simpatia Molly."
"Por favor, não vá por minha causa," disse Dumbledore educadamete. "Eu não posso ficar, tenho problemas urgentes para discutir com Rufus Scrimgeour."
"Não, não, eu preciso ir," disse Tonks, não encontrando os olhos de Dumbledore. "Noite -"
"Querida, por que você não vem jantar no fim de semana? Lupin e Olho tonto virão!"
"Não, sério Molly... de qualquer modo, obrigada... boa noite à todos."
Tonks passou rapidamente por Dumbledore e por Harry no jardim; a alguns passos do portão ela se virou para um ponto e desapareceu no ar. Harry percebeu que a Sra.
Weasley estava preocupada.
"Bem, espero te ver em Hogwarts Harry," disse Dumbledore. "Cuidado consigo mesmo. Molly, aos seus serviços."
Ele passou pela Sra. Weasley e seguiu os passos de Tonks, desaparecendo no mesmo ponto. A Sra. Weasley fechou aporta que dava para o jardim vazio e então guiou Harry
pelas costas para a luz da lanterna sobre a mesa para examinar sua aparência.
"Você parece com o Rony," ela suspirou, olhando para ele dos pés à cabeça. "Parece que tem sementes de crescimento colocadas em vocês. Eu juro que o Rony cresceu
4 polegadas (+/- 10 cm) desde a última vez q eu comprei seu uniforme. Está com fme, Harry?"
"Sim, estou," disse Harry, percebendo só agora a grande fome que estava sentindo
"Sente-se querido, eu vou reparar algo."
Um gato animado com a cara esmagada pulou nos joelhos de harry e permaneceu sentado, miando.
"Então Hermione está aqui?" Ele perguntou muito feliz enquanto fazia carinho atrás da orelha de Bichento.
"Sim, ela chegou anteontem," disse a Sra. Weasley, batendo um grande pote com sua varinha: o pote saltou para sobre o fogão fazendo um barulho muito alto e começou
a borbulhar. "Todos estão nas camas, é claro, nós não esperávamos você a essa hora."
Ela bateu no pote novamente; ele se ergueu no ar, voou em dreção de Harry e derramou; a Sra. Weasley deslizou uma bacia precisamente em baixo do líquido bem na hora
de pegar o líquido denso, composto de sopade cebola
"Pão, querido?"
"Obrigado Sra. Weasley."
Ela balançou sua mão atrás de suas costas; um pão e uma faca foram gracosamente até a mesa. Como o pão se cortava sozinho e a panela de sopa voltava para o fogão,
a Sra. Weasley sentou do lado oposto da mesa.
"Então você convenceu Horace Slughorn a aceitar o trabalho?"
Harry fez que sim com a cabeça, sua boca estava tão cheia de sopa quente que ele não conseguia falar
"Ele disse para Arthur e para mim,"disse a Sra. Weasley."Ele esteve em Hogwarts há algns anos, começou aproximadamente na mesma época que Dumbledore, eu acho. Você
gostou dele?"
Sua boca agora estava cheia de pão, Harry encolheu os ombros e colocou suacabeça de lado, passando a idéia de dúvida.
"Eu sei o que você quer dizer," disse Sra. Weasley, concordando sabiamente. "É claro que ele pode ser legal quando ele quer, mas Arthur nunca gostou muito dele.
O ministro tem criado confusão com os velhos protegidos de Slughorn, ele sempre foi bom em dar leg-ups (?), mas ele nunca teve muito tempo para Arthur - ele nunca
pareceu pensar que Artur é bom o suficiente para ocupar um cargo do alto escalão ministerial. Bem, como você pode ver, Slughorn também comete erros. Eu não sei se
Rony te contou em alguma dessas cartas, mas Arthur foi promovido!!!!"
Não poderia ter ficado mais claro que a Sra. Weasley estava ansiosa para dizer isso. Harry engoliu uma quantidade tão grande de sopa quente que ele pode sentir sua
garganta empolando.
"Isso é ótimo!" ele ofegou
"Você é um doce," disse a Sra. Weasley, visivelmente emocionada enquanto dava a notícia. "Sim, Rufus Scrimgeour tem criado algumas novas repartições em consequência
da presente situação, e Arthur entrou para o Departamento de Detecção e Confisco de Falsos Feitiços Defensivos e Objetos Protetores. É um grande emprego, agora ele
tem 10 pessoas subordinadas a ele!"
"O que exatamente -"
"Bem, veja, com todo o pânico a cerca de Você-Sabe-Quem, um excesso de de coisas estranhas estão a venda, coisas que supostamente protegem contra Você sabe quem
e os comensais da morte. Você pode imaginar o tipo de coisa - poções protetoras que na verdade são caldos com um pouco de pus de brotuberas adicionado, ou instruções
de feitiços defensivos que na verdade faze sua orelha cair....bem, e os principais participantes desse crime são pessoas como o Mundungo Fletcher, que nunca teve
um dia de trabalho honesto em suas vidas e estão tirando vantagem do medo que as pessoas estão sentindo, mas as vezes coisas realmente sórdidas vem a tona. Outro
dia Arthur confiscou um "Sneakoscopes" que foi certamente implantado por um comensal da morte. Então veja, é um trabalho muito importante, e eu falo para ele como
é tolo perder o tempo com velas de ignição e torradeiras e todo o resto de lixo trouxa." Sra. Weasley terminou seu discurso com um olhar frio, como se Harry fosse
sugerir que é natural perder velas de ignição.
"Sr. Weasley ainda está trabalhando?" Harry perguntou
"Sim, ele está. É um problema desse emprego, ele está um pouquinho atrasado.... ele disse que voltaria por volta de meia noite...."
Ela se virou para olhar o grande relógio que foi colocado desajeitadamente no topo de uma pilha de folhas no cesto de roupa suja no fim da mesa. Harry reconheceu
o relógio: ele tinha 9 ponteiros, cada um com o nome de um membro da família Weasley, e normalmente ficava preso na parede da sala de estar dos Weasleys, sua atual
posição sugere que a Sra. Weasley anda carregando o relógio pela casa inteira com ela. Todos os 9 ponteiros agora estavam apontando para PERIGO MORTAL.
"De uns tempos para cá tem sido assim sempre,"disse a Sra. Weasley, em uma casual voz inconvincente, "desde que Você-sabe-quem voltou declaradamente,creio que todos
correm perigo mortal agora..... não acredito que isso só ocorra com nossa família.... mas não conheço ninguém que tenha um relógio como esse, então não da para confirmar.
Oh!"
Com uma repentina exclamação ela indicou o relógio com a cabeça. O ponteiro do Sr. Weasley havia mudado para VIAJANDO.
"Ele está chegando!"
E confirmando, um momento depois ouviu-se uma batida na porta dos fundos. Sra. Wealey se levantou e correu para a porta; com uma mãe na maçaneta e com a face pressionada
contra a porta ela disse docemente, "Arthur, é você?"
"Sim," ouviu-se a voz cansada do Sr. Weasley. " Mas eu poderia ser um comensal da morte, querida. Faça uma pergunta!"
"Oh, sinceramente.....
Molly!
Tudo bem, tudo bem.... qual a sua mais desejada ambição?
Descobrir como os aviões permanecem voando
Sra. Weasley acenou com a cabeçae virou a maçaneta, mas aparentemente o Sr. Weasley estava segurando forte do outro lado, porque a porta permaneceu firmemente imóvel.
Molly! Eu tenho que fazer a sua pergunta primeiro!
Arthur, realmente, isso é uma babaquice...
Do que você gosta qe eu te chame quando estamos juntos sozinhos?
Mollywobbles (? - wobbles = balanço)," sussurrou envergonhada a Sra. Weasley em um pedaço rachado da porta.
Certo, disse o Sr. Weasley. Agora você pode me deixar entrar.
Sra. Weasley abriu a porta e revelou seu marido, um bruxo magro, quase careca, ruivo usando um óculos de borda com chifres (?) e uma longa e suja capa de viajem.
Eu continuo sem saber por que nós temos que fazer isso toda hora que você chega em casa, disse a Sra. Weasley, ainda vermelha de vergonha enquanto ajudava seu
marido a tirar a capa. Quer dizer, um comensal da morte poderia ter forçado você a responder esta pergunta para ele antes de ele transformar em você!"
Eu sei querida, mas isso é um procedimento do ministério e eu tenho que dar o exemplo. Alguma coisa está cheirando bem - sopa de cebola?
Sr. Weasley se virou esperançoso para a mesa
Harry! Não esperava vê-lo antes de amanhã de manhã!
Eles apertaram as mãos e o Sr. Weasley sentou na cadeira ao lado de Harry enquanto a Sra. Weasley colocava um prato de sopa a sua frente também.
Obrigado Molly. Essa foi uma noite dura. Alguns idiotas começaram a vender medalhas metamorfogas. É só colocá-las em volta de seu pescoço e ela mudará sua aparência
à vontade. Centenas de milhares de disfarces, tudo por 10 galeões! E o que realmente acontece quando você as coloca em volta do pescoço? Na maioria das vezes
você fica com a pele cor de laranja, mas em algumas pessoas brotaram tentáculos com verrugas em todo corpo. Como se o St. Mungus já não tvesse o que fazer!
Isso é o tipo de coisa que Fred e Jorge achariam graça, disse a Sra. Weasley hesitando. Você tem certeza que - ?
Claro que tenho! disse o Sr. Weasley. Os garotos não fariam algo desse tipo, não quando as pessoas estão desesperadas em bsaca de proteção!
Então foi por causa disso que você se atrasou, medalhas metamorfogas?
Não, nós pegamos um desagradável "Backfiring Jinx" descendo no elefante e castelo (?), mas ainda bem que o Esquadrão de Aplicação da lei mágica já o tinha expulsado
quando chegamos la...
Harry disfarçou um bocejo com as mãos.
Cama, disse a Sra. Weasley. Eu arrumei o quarto de Jorge e de Fed para você, você ficará sozinho nele.
Por que, onde eles estão?
Ah, eles estão no baco diagonal, dormindo num pequeno aposento sobre a loja de logros deles, eles estã muito ocupados, disse a Sra. Weasley. Eu devo admitir,
primeiro eu não a aprovei a idéia, mas eles parecem ter talento nesse negócio! Venha querido, suas roupas ja estão la em cima. Boa noite Sr. Weasley, disse Harry,
empurrando sua cadeira de volta para o lugar. Bichento satou rapidamente de seu colo e saiu da cozinha. Noite Harry, disse o Sr. Weasley
Harry viu a Sra. Weasley olhar para o relógio em cima do cesto de roupas quando eles saíram da cozinha. Todos os ponteiros estavam apontando novamente PERIGO MORTAL.
As camas de Fred e de Jorge ficavam no segundo piso. Sra. Weasley apontou sua varinha para a lâmpada que ficava no criado mudo e a mesma acendeu imediatamente, iluminando
o quarto com um brilho agradável. Embora tivesse sido colocado um vaso de flores em cima da mesa em frente a uma pequena janela, seu perfume não pode disfarçar o
cheiro que Harry imaginava ser de pólvora. Um espaço grande do chão estava dedicado a uma grande quantidade de caixas de papelão sem identificação, entre eles o
malão de Harry. O quarto parecia que estavasedo usado como um armazém temporário.
Edwiges piou muito feliz para Harry de sua gaiola qe estava em cima de um grande guarda roupa e então saiu pela janela; Harry sabia que ela estaa esperando por ele
antes de sair para caçar. Harry deu boa noite para a Sra. Weasley, colocou seu pijama e foi para uma das camas. Tinha algo muito duro na fronha. Ele procrou sem
olhar para ver o que encontrava e achou um chiclete verdee roxo, que reconheceu como sendo Vomitilha. Sorrindo para si mesmo, ele virou de lado lado na cama e adormeceu
imediatamente.
Segundos depois, ou pelo menos pareceu esse tempo para Harry, ele foi acordado por um barulho que parecia ser de tiro de canhão, mas era alguém abrindo violentamente
a porta do quarto. Sentando rápido na cama, ele ouviu as cortinas sendo abertas: A luzdo sol parecia cutucar-lhe fortemente os olhos. Esscondendo-se dela com uma
mãos, ele procurou desesperadamente por seu óculos.
Quemstái?
Nós não sabíamos que você ja estaria aqui! disse uma voz alta e eufórica, e recebeu um soco dolorido na cabeça.
Rony, não bata! disse a voz de uma garota, repreendendo.
A mão de Harry achou os óculos e ele então colocou-os, mas a luz estava tão forte que ele mal conseguia ver alguma coisa. Uma grande foi vista em sua frente por
um momento; ele pescou e Rony Weasley entrou em foco, sorrindo para ele.
Beleza?
Nunca estive melhor, disse Harry, esfregando a cabeça por causa do soco e deitando no travesseiro. E você?
Nada mal, disse ony, tirando da frente umacaixa de papeão e sentado sobre ela. Quando você chegou? Mamãe acabou de avisar que você estava aqui!
Mais ou menos 1 da manhã.
Os trouxas fizeram tudo certo? Te trataram bem?
Como sempre, disse Harry, enquanto Hermione se acomodava na ponta da cama. Eles não falaram muito comigo , mas eu prefiro assim. Tudo bem com você Hermione?
Ah, eu estou bem, disse Hermione, que estava olhando para Harry como se ele estivesse doente.
Ele sabia o que estava por trás disso; como ele não queria falar sobre a morte de Sirius nem sobre qualquer assunto triste, ele disse, Que horas são? Eu já perdi
o café?
Não se preocupe com isso, mamãe está subindo com a sua bandeja, ela acha que você está muito mal-alimentado, disse Rony, girando os olhos. Então, o que me conta?
Nada demais, eu estive preso com meu primo e meus tios, não fiquei?
Se liga! disse Rony. Você saiu de lá com o Dumbledore!
Isso não foi muito excitante. Ele só quis minha ajuda para convencer um outro professor para sair da aposentadoria. Ele se chama Horace Slunghorn.
Oh, disse Rony, olhando desapontado. Nós pensávamos-
Hermione laçou um olhar de Rony e ele mudou de assunto rapidamente,
- nós pensávamos que seria algo desse tipo.
Tem certeza? disse Harry, divertindo-se.
Sim.....claro, agora que a Umbridge foi embora, obviamente nós precisamos de um novo professor de Defesa Contra Artes das Trevas, não é? Então, hum... como ele
é?
Ele parece uma morsa e era o diretor da sonserina, disse Harry. Algo errado, Hermione?
Ela estava olhando para ele como se esperasse que alguma coisa estranha fosse acontecer com ele a qualqur momento. Ela desfez a expressão rapidamente e abriu m sorriso
pouco convincente.
Não, claro quenão! Então, hum... Slunghorn parece ser um bom professor?
Não sei, disse Harry. Ele não pode ser pior que a Umbridge, pode?
Eu conheço alguém pior que a Umbridge, disse uma voz na porta. A irmã mais nova de Rony entrou no quarto parecendo irritada. Olá Harry.
O que acontece com você?, perguntou Rony
É ELA, disse Gina, se jogando na cama de Harry. Ela está me deixando louca.
O que ela fez agora? perguntou Hermione condecendentemente.
É o geito que ela fala comigo - ela pensa que eu tenho 3 anos!
Eu sei, disse Hermione, abaixando o tom de voz. Ela está cheia de si mesma.
Harry ficou impressionado de ouvir Hermione falando da Sra. Weasley daquele geito e não pode culpar Rony de dizer nervoso, Vocês não podem deixar ela em paz por
5 segundos?
Oh, tudo bem, defenda ela, disse Gina. Todos nós sabemos que você não pode com ela.
Isso pareceu um comentário desnecessário sobre a mãe de Rony; parecia que ele estava perdendo algo, Harry disse, Quem é você - ?
Mas a pergunta foi respondida antes que ele pudesse acabá-la. A porta se abriu violentamente novamente e Harry instintivamente puxou seu edredon para perto do queixo
tão forte que Hermione e Gina caíra no chão .
Uma jove mulher estava de pé naporta, uma mulher tão linda que o quarto parecia ter ficado abafado momentaneamente. Ela era alta e magra com um longo cabelo loiro
e parecia emanar um brilho prateado reluzente. Para completar a visão de perfeição, ela estaa carregando uma grande bandeja de café da manhã.
Arry, ela disse com uma voz rouca. Cuanto tempo!
Quando ela andou um pouco a Srs. Weasley apareceu, andando atrás da jovem, parecendo um pouco rabugenta.
Não precisava trazer aqui, e posso fazer isso sozinho!
Non ttem prroblema, disse Fleur Delacour, colocando a bandeja sobre os joelhos de Harry e dando-lhe um beijo em cada bochecha: ele sentiu os lugares onde ela o
beijou queimarem . Eu stava há moito tempo dessejando te verr. Lembrra da minia irrmã, Gabrielle? Ela não parra de falarr sobrre Arry Potterr. Ela querrendo moito
vê-lo de novo.
Ah.... ela está aqui também? Harry perguntou
Não, não, bobinho, disse Fleur com um leve sorriso, Eu querro dizerr no prróximo verrão, cuando nós - mas você não sabe?
Ela arregalou seus olhos azuis e olhou repreensivamente para a Sra. Weasley, que disse, Nós ainda não contamos à ele.
Fleur virou para Harry, balançando seu cabelo prateado, que bateu na cara da Sra. Weasley.
Gui e eu vamos nos casarr!
Oh, disse Harry inexpressivamente. Ele não pode dizer mais nada ao notar como a Sra. Weasley, Hermione e Gina estavam evitando outros olhares. Wow, hum- felicidades!
Ela abaixou sobre ele e lhe deu um beijo novamente
Bill estarr moito ocupado no momento, trrabalhando durro, e eu só trrabalho meio perríodo no Grringotes parra melhorrarr meu inglês, então ele me trrouxe para ca
por alguns dias parra conhecer sua família. Eu fiquei muito feliz em saberr que você viria - Aqui não tem muitacoisa parra fazerr, só se vcÊ gostar de cozinhar e
de frangos! Bem - aproveite seu café da manhã Arry!
Com essas palavras ela se virou graciosamente e saiu do quarto, fechando a porta atrás dela.
Sra. Weasley fez um barulho parecido com tchah!
Mamãe odeia ela, disse baixinho Gina
Eu não odeo ela! disse a Sra. Weasley cochichando. Eu só acho que eles fora muito apressados e assumir este compromisso, só isso! Eles se conheceram há um
ano, disse Rony, que parecia esquisitamente embreagad e ficava olhando para a porta fechada
Bem, não faz muito tempo! Eu sei por que aconteceu, é claro. Isso aconteceu certamente por que Você-sabe-quem está voltando, as pessoas acham que podem morrer amanhã,
então elas tomam algumas decisões que normalmente demorariam um bom tempo para tmar. É a mesma coisa que aconteceu da última vez q ele era poderoso, as pessoas fugiam
com os namorados a torto e a direita-
Incluindo você e o papai, disse Gina.
Sim, bem, seu pai e eu fomos feitos um para o outro, para que esperar? disse a Sra. Weasley. Quanto a Gui e Fleur.... bem.... o que eles tem realmente em comum?
Ele é trabalhador, uma pessoa humilde, enquanto ela -
Uma vaca, disse Gina, concordando com a cabeça. Mas Gui não é tão humilde quanto você fala, ele gosta de um pouco de aventura, de um pouco de glamour.... acho
que foi por isso que ele foi para o Phlegm.
Pare de chamar ela assim Gina, disse a Sa. Weasley, quando Hermione e Harry começaram a gargalhar. Bem, é melhor eu ir.... Harry, coma seus ovos enquanto eles
estão quentes!
Parecendo aflita, ela saiu do quarto. Rony, ainda parecendo bêbado; sacudiu a cabeça como um cachorro tentando tirar água das orelhas. Você não se acostumou com
ela morando na sua casa? Harry perguntou.
Bem, você ja... disse Rony, mas se ela pula inesperadamente em cima de você, como agora...
Isso é ridículo, disse Hermione furiosa, se afastand de Rony o mais longe que podia e virando a cara para ele, se protegendo com os braços pois havia chegado na
parede.
Você não quer ela morando aqui para sempre, quer? Gina perguntou incredulosamente para Rony. Quando ele gaguejou, ela disse, Bem, mamãe vai acabar com ela assim
qe ela puder, aposto qualquer coisa.
Como ela vai controlar isso? perguntou Harry
Ela contnua tentando trazer Tonks para jantar. Eu acho que ela pensa que Gui vai se interessar em Tonks. Eu também espero que isso aconteça, eu prefiro ela na família.
Sim, isso vai funcionar, disse Rony sarcasticamente. Ouça, nenhum homem são iria olhar para Tonks enquanto Fleur está por perto. Quer dizer, Tonks é bonita quando
não fica fazendo aquelas coisas estúpidas com o cabelo e com o nariz, mas-
Ela com a aparência horrorosa eh mais agradável que Phlegm, disse Gina
E ela é mais inteligente, ela é uma Aurora! disse Hermione do canto do quarto.
Fleur não é estúpida, ela foi boa o suficiente para entrar no torneio Tribruxo, disse Harry.
Não tão boa quanto você! disse Hermione amargamente
Eu aposto que você gosta do geito que Phlegm diz "Arry", não gosta? Perguntou Gina desdenhosa.
Não, disse Harry, desejando não ter falado nada, Eu só disse que, Phlegm - quer dizer - Fleur -
Eu preferiria ter Tonks na família, disse Gina. Ao menos ela é engraçada!
Ela nã tem sido muito engraçada, disse Rony. Toda hora que eu olho para ela ela está parecendo mais a Murta que geme
Isso não é justo! disse Hermione. Ela anda não superou o que aconteceu.... você sabe... quer dizer, ele era primo dela!
O coração de Harry bateu mais forte. Eles tinham chegado no assunto de Sirius. Ele pegou o garfo e começou a comer os ovos mexidos, esperando não receber nenhum
convite para entrar na conversa.
Tonks e Sirius souberam que eram paretes há pouco tempo! disse Rony. Sirius estaa em Azkaban durante metade da vida dela e antes diso as famílias deles nunca
haviam se encontrado-
Isso não tem nada a ver, disse Hermione. Ela pensa que a morte dele foi culpa dela!
Por que ela pensa isso? Peguntou Harry
Bem, ela estava lutando com a Belatriz Lestrange, não estava? Eu acho que ela pensa que se ela tivesse acabado com a Belatriz, ela não teria matado o Sirius
Isso é estúpido Disse Rony
É a culpa de sobrevivente, disse Hermione. Eu sei que Lupin está tentando acalmá-la, mas ela está realmente triste. Agora ela está tendo problemas com sua metamorfose!
Com a sua - ?
Ela não consegue mais mudar sua aparência como antes, explicou Hermione. Eu acho que seus poderes devem ter sido afetados pelo choque, ou algo assim.
Eu não acho que isso possa acontecer, disse Harry
Eu não tenho certeza, disse Hermione, mas eu suponho que se você está realmente deprimido...
A porta se abriu novamente e a Sra. Weasley colocou sua cabeça para dentro.
Gina, ela cochichou, desça aqui e me ajude com o almoço
Mas eu estou conversando! disse Gina enfurecida
Agora! disse a Sra. Weasley, e desapareceu.
Ela só quer que eu desça para não ter que ficar sozinha com a Phlegm! Disse Gina. Ela jogou seus longos cabelos vermelhos para imitar a Fleur e atravessou o quarto
com os braços cruzados como se fosse uma bailarina.
Seria melhor se você descesse rápido também, Disse a Sra. Weasley enquanto ia saindo.
Harry aproveitou o silêncio para comer. Hermione estava examinando as caixas de Fred e Jorge, olhando de vez em quando para Harry.
Rony, que agora estava ajudando Harry a comer as torradas, estava olhando para a porta destraidamente.
O que é isso? Hermione perguntou, levantando o que parecia um pequeno telescópio.
Não sei, disse Rony, mas Fred e Jorge deixaram isso aqui, talvez ainda não esteja pronto para vender, então cuidado!
Sua mãe disse que a loja está indo bem, dsse Harry. Disse que Fred e Jorge levam geito para negócios.
Ela foi modesta, disse Rony. Eles estão nadando em galeões! Eu mal poso esperar para ver o lugar. Nós ainda não fomos para o beco diagonal, pois mamãe disse que
papai conseguiu segurança extra para ir para la e agora ele esá cheio de trabalho, mas isso é excelente! E o Percy? perguntou Harry; o terceiro irmão mais velho
dos Weasleys se separou do resto da família. Ele voltou a falar com seus pais? Não, disse Rony
Mas ele sabe que seu pai estava certo sobre a volta de Voldemort-
Dumbledore disse que as pessoas acham mais fácil as pessoas perdoarem quando o outro está errado do que quando está certo, disse Hermione. Eu ouvi ele falando
isso para sua mãe Rony,
Parece coisa da cabeça de Dumbledore, disse Rony
Ele me dará aulas particulares neste ano, disse Harry convencionalmente.
Rony engasgou com um pedaço de torrada e Hermione suspirou.
E você nos escondeu isso? disse Rony
Acabei de me lembrar disso, disse Harry honestamente. Ele me falou ontem a noite em seu abrigo de vassouras (broom shed).
Nossa..... aulas particulares com Dumbledore! disse Rony, parecendo impressionado. Queria saber por que ele....?
Sua voz cessou. Harry viuele e Hermione trocarem olhares. Harry abaixou seus talheres, seu coração batia mais rápido considerando que todos estavam sentados na cama.
Dumbledore havia dito isso... mas não havia explicado por que! Ele fixou seus olhos no garfo, que estava refletindo a luz do sol em seu colo, e disse, Eu não sei
exatamente por que ele vai me dar aulas, mas acho que deve ser por causa da profecia.
Nem Rony nem Hermione falaram. Harry teve a impressão de que os dois estavam congelados. Ele continuou, ainda conversando com seu garfo, vocês sabem, aquela que
tentaram roubar no ministério.
Ningué sabe o que ela dizia, entretanto, disse Hermione rapidamente. Ela foi esmagada.
Mas o Profeta diz - Rony começou, mas Hermione fez Shhhhh!
O Profeta esá certo, disse Harry, olhando para os dois com grande esforço: Hermione pareceu assustada e Rony pasmou. Aquela bola de vidro que foi destruída não
era a única coisa que guardava a profecia. Eu ouvi tudo no escritório de Dumbledore, ele foi a pessoa que ouviu a profecia, então ele pode me dizer. Ele disse que,
Harry respirou fundo, parece que eu sou o único que pode acabar com Voldemort... e então, ele dsse que um não pode viver enquanto o outro estiver vivo.
Os três se olharam rapidamente em silêncio por um moment. Então surgiu um ruído alto
e Hermione desapareceu atrás de uma fumaça negra
Hermione! gritou Harry e Rony; a bandeja de café da manhã escorregou e caiu no chão espatifando-se.
Hermione surgiu, tossindo, fora da fumaça, segurando o telescópio q apresentando um reluzente olho roxo.
Eu apertei isso e isso - isso me esmurrou! ela disse indignada
Eles puderam observar um pequeno punho em uma grande mola pulando na extremidade do telescópio
Não se preocupe," disse Rony, que estava tentando claramente não rir, do reparo de curimentos pequenos mal-sucedido de sua mãe. - Bem, não se culpe agora ! Hermione
disse sussurando "Harry, oh, Harry.. . "
Sentou-se na borda de sua cama outra vez.
"nós quisemos saber, depois que voltamos. . . Claro, nós não quisemos dizer-lhe qualquer coisa, mas o que Lucius Malfoy disse sobre a profecia, sobre você e Voldemort,
bem, nós pensamos que podia ser algo como isso. . . Oh, Harry. . . " Olhou fixamente nele, a seguir sussurrado, "Você está assustado?"
"Não mais que antes" disse Harry. "quando eu ouvi da primeira vez eu era. . . mas agora, parece que eu sempre soube que teria que enfrenta-lo no fim. . . "
"quando nós nos soubemos que Dumbledore foi busca-lo pessoa, nós pensamos que ele iria dizer ou mostrar-lhe algo sobre o que fazer com a profecia," disse Rony ansiosamente.
"e nós estávmos com você, não estávamos? Ele não estaria lhe dando lições se pensasse você iria morrer, não desperdiçaria seu tempo - deve pensar que você tem uma
possibilidade!"
"O que éverdade" disse Hermione. "Será maravilhoso o que ele lhe ensinará, Harry! Mágica defensiva realmente avançada, provavelmente. . contr-feitiços poderoços,
contra azarações"
Harry não escutou realmente. Um calor estava espalhando através dele que não tinha anda haver com a luz solar; uma dor eu seu peito pareceu dissolve-lo. Soube que
Ron e Hermione estavam mais chocados do que ele estava, mas o mero fato que ainda estavam lá ao seu lado, falando palavras de apoio e conforto, não se escondendo
dele como se estivesse contaminado ou fosse perigoso, valeu pena mais do que ele poderia dizer-lhes.
"... e os encantamentos então" concluiu Hermione. "bem, ao menos você sabe uma lição que você estará tendo este ano, o que é um mais do que eu e Rony. Eu quero saber
quando as corujas com nossos resultados virão..
"Não pode faltar muito agora..foi a um mês" disse Rony.
"pendure isso," disse Harry, porque uma outra parte da conversa da última noite lhe voltou a mente. "eu acho que Dumbledore disse que as corujas com nossos resultados
estariam chegando hoje!"
"hoje?" Hermione gritou. "hoje? Mas porque você não - oh meu deus - você devia ter dito - "
Pulando de pé.
"eu estou indo ver se alguma coruja veio..."
Mas quando Harry chegou ao andar de baixo dez minutos mais tarde, vestido inteiramente e carregando sua bandeja vazia do pequeno almoço, encontrou Hermione sentada
à mesa da cozinha em uma grande agitação, e examinou a sra. Wesley que parecia uma joaninha. "apenas não se mova" a Sra. Weasley estava dizendo ansiosamente, para
Hermione que tinha sua varinha em uma das mãos e uma cópia da Curandeira do Lar na outra, aberta em "manchas roxas, em cortes, e em abrasões." "isto sempre esteve
aqui antes, eu que apenas não pode compreendê-la."
"será que é essa a idéia que Fred e George tem de uma brincadeira, certificando-se que ela nunca sairá" disse Gina.
"mas tem que sair!" Hermione rangiu. "eu não posso ficar com o olho assim para sempre!"
"você não vai , claro, nós encontraremos um antidoto, não se preocupe" disse a Sra. Weasley sorrindo.
"Gui me disse que Fred e George estão se divertindo muito! Fleur disse sorrindo serenamente.
"sim, eu mal posso esperar para rir também" Hermione falou.
Saltou e começou a andar em círculos pela cozinha, torcendo seus dedos.
"Sra. Weasley, a sra. tem certeza que nenhuma coruja chegou esta manhã?"
"Sim, querido, eu teria notado," disse a Sra. Weasley paciente. "Mas ele só tem nove anos, ainda há bastante tempo..."
"Eu sei que devo ter mistura as Runas,"murmurou Hermione freneticamente, "Eu definitivamente devo ter bagunçado tudo. Ainda tem Defesa contra as Artes das Trevas
que não fui nada bem. Pensei que em transfigurações pelo menos estava tudo certo, mais olhando bem..."
"Hermione , dá pra parar com isso? Você não é a unica que estava nervosa!"rangiu Rony "Você ainda deve ter tido unss onze Excede as Expectativasnos N.O.Ms"
"Não, não, não!"disse Hermione, agitando suas mãos histéricamente. "Eu fracassei em tudo , eu sei"
"E o que acontecerá se nós não conseguimos?" perguntou Harry, e novamente foi Hermione quem respondeu.
"Nós vemos com a diretora da Grifinória, quais são nossas opções. Eu perguntei a Profª McGonagall no final do ano passado. "O estomago de Harry revirou-se. Desejou
que tivesse comido menos.
"Em Beauxbatons,"disse Fleur se queixando "Temos um modo diferente de ver as coisas. Pensamos que é melhor prestar os exames depois do sexto ano e não do quinto,
mas de qualquer form..."
As proxima palavras de Fleur foram abafadas por um grito. Hermione apontava para a janela da cozinha. Tres pontos pretos eram visíveis no céu, ficando maior a cada
segundo.
"São corujas, tenho certeza,"disse Rony ansioso, pulando até a janela junto com Hermione.
"E são três, tem três delas,"disse Harry correndo em direção a janela também.
"É deve ser uma para cada um de nós," disse Hermione num sussurro apavorado. "Oh Não...Não...Não..."
Ela agarrou com força Rony e Harry.
As corujas estavam voando para o Três, bonitas corujas-das-torres, voando baixo agora em direção aos três , e todas elas seguravam um envelope.
"Ai não,"guinchou Hermione.
A Sra. Weasley se espremeu entre eles e abriu a janela da cozinha. Um , Dois, Três, as corujas foram pousando em linha em frente seus pés, com os envelopes.
Harry correu a apanhar seu envelope. A carta de harry estava na coruja do meio, ele começou a tentar tirar a carta da coruja desastrosamente. A sua esqueda, Rony
tentava pegar a sua também; e a sua direita as mãos de Hermione agitavam tanto que fazia com que sua coruja balança-se.
A cozinha estava silenciosa, quando finalmente Harry conseguiu pegar sua carta. Abriu o Envelope e desenrroulou o pergaminho.
RESULTADO DO SEUS NIVEIS EXTRAORDINARIOS EM MAGIA.
NOTAS PASSAVEIS
Ótimo (O)
Excede as Expectativas (E)
Aceitavel (A)
NOTAS REPROVAVEIS.
Passavel (P)
Deploravel (D)
Trasgo (T)
Harry Tiago Potter
Astronomia (A)
Trato de Criaturas Mágicas (E)
Feitiços (E)
Defesa contra as Artes das Trevas (O)
Advinhação (P)
Herbologia (E)
História da Magia (D)
Poções (E)
Transfiguração (E)
Harry leu varias vezes seus notas, sua respiração agora voltava ao normal. "Eu consegui", pensou ele, sempre soube que iria mal em Adivinhação, e também sabia que
não passaria em História da Magia já que ele tinha desmaiado na hora do exame, mas ele conseguiu passar em todo o resto! Tinha se dado bem em Transiguração e Herbologia,
tinha excedido as expectativas até em Poções! E o melhor de tudo, tinha conseguido um "Ótimo" em Defesa Contra as Artes das Trevas!
Ele olhou ao seu redor. Hermione estava olhando pra trás, e o Rony estava com um brilho nos olhos.
"Falhamos somente em adivinhação e História da Magia, quem se importa com isso?"disse feliz a Harry. "Aqui..." Deixa eu ver.
Harry olhou atentamente as notas de Rony: E não havia nenhum "Otimo" lá...
"Sempre soube que você teria nota maxima em Defesa Contra as Artes das Trevas,"disse Rony , dando um soco no ombro de harry. "Nós fizemos tudo certo afinal, não
é?"
"Muito bom!"disse a Sra. Weasley cheia de orgulho, passando a mão nos cabelos de rony. "Sete N.O.Ms mais do que Fred e Jorge juntos!"
"Hermione?"perguntou Gina, já que Hermione ainda continua de costas. "Como você foi?"
"Eu? nada mal", falou Hermione com sua voz baixa.
"Ahh, para com isso,"disse Rony puxando o pergaminho da mão de Hermione. "É - Dez Otimos e um Excede as Expectativas de Defesa contra as Artes das Trevas.Ele
olhou pra ela, ela estava meio feliz, meio chatiada. "Você não está desapontada , está?"
Hermione balançou a cabeça, e harry riu.
"É somos alunos de N.I.E.Ms agora!"disse Rony sorrindo. "Mãe, tem mais salsichas?"
Harry no entando olhou novamente para seus resultados. Eram tão bons quanto ele esperava. Sentiu-se apenas um pouco triste... Este era o fim de sua ambição de um
dia se tornar Auror. Não conseguira a nota necessaria em Poções. Ele já havia imagindo varias vezes que não conseguiria, mas agora que tinha certeza era pior, sentiu
seu estomago se afundar quando olhou novamente para aquele pequeno (E) na frente das escritas POÇÕES
Era estranho mesmo sendo um Comensal da Morte desfarçado que havia dito a Harry para ele seguir a carreira de auror, ele havia gostado da ideia, não conseguia pensar
em outra coisas para se tornar. Além disso, parece que este é o destino certo para ele desde que ele ouviu a profecia no mês passado.... um não pode viver enquanto
o outro estiver vivo....Ele não estaria cumprindo a profecia e se dando uma maior chance de sobrevivência se ele se unisse aos mais bem treinados bruxos que tem
a missão de achar e matar Voldemort?
CAPÍTULO 06
A MUDANÇA DE DRACO
Harry permaneceu confinado na toca no decorrer das semanas. Gastou a maioria de
seus dias jogando quadribol ao lado do pomar dos Weasley (ele e Hermione contra
Rony e Gina; Hermione era terrível e Gina boa, então eles estavam razoavelmente
bem divididos) e suas noites comendo doses triplas de tudo que a Sra. Weasley
colocava na sua frente.
Teria sido um feriado pacífico e feliz se não tivesse sido pelos casos de
desaparecimentos, acidentes estranhos e de mortes agora aparecendo quase
diariamente no Profeta. Às vezes Gui e o Sr. Weasley traziam notícias nacionais
antes mesmo de chegarem ao papel. Para desagrado da Sra. Weasley, as celebrações
do décimo sextos aniversário de Harry foram estragados por notícias terríveis
trazidas por Remus Lupin, que parecia magro e severo, seu cabelo literalmente em
um tom cinzento, suas roupas mais esfarrapadas e remendadas que nunca.
- Houve outro par de ataques de dementadores - anunciou, quando a Sra. Weasley
passou-o uma fatia grande de bolo de aniversário. - E acharam o corpo do Igor
Karkaroff numa cabana ao norte. A marca negra estava sobre ele.. -
- Bem, francamente, estou surpreso que ele conseguiu permanecer vivo um ano
depois de desertar dos Comensais de Morte.. o irmão de Sirius, Régulo, só durou
alguns dias... até posso lembrar-me dele- falou Lupin.
- Sim, bem - disse Sra. Weasley, olhando feio - talvez devemos conversar sobre
algo diferente.
- Ouviu sobre Fortescue de Florean, Remus? - perguntou Gui, que estava sendo
servido de vinho por Fleur - O homem que escapou.
- A sorveteria no Beco de Diagonal ? - Harry interrompeu, com uma sensação oca
desagradável na boca do estômago. -Ele me dava sorvetes. O que é aconteceu com
ele ?
- Não está mais lá.
- Por que ? - perguntou Rony, enquanto Sra. Weasley sugestivamente encarava Gui.
- Quem sabe? Deve te-los preocupado de algum modo. Era um homem bom, Florean.
- Falando sobre o Beco Diagonal- disse Sr. Weasley - parece que o Sr.Olivaras
está fora também.
- O fabricande de varinhas - perguntou Gina, parecendo assustada.
- Isso. A loja está vazia. Não há nenhum sinal de uma luta. Não sabemos se ele
saiu voluntariamente ou foi seqüestrado.
- Mas e as varinhas - o que as pessoas farão para ter varinhas?"
- Contentarão-se com outros fabricantes - disse Lupin- Mas Olivaras era o
melhor, e se o outro lado o pegou não é tão bom para nós.
Depois deste aniversário particularmente triste, chegaram as cartas e listas de
Hogwarts. A de Harry incluia uma surpresa : era o capitão de quadribol da
grifinória..
- Isso lhe dá status igual ao dos monitores! - falou Hermione alegremente. -
Pode usar nosso banheiro especial e tudo!
- Olálá, lembro-me de quando Carlinhos usava uma destas- Rony falou, examinando
o distintivo com alegria. -Harry, isto é tão maneiro, você é meu Capitão... isso
se você ainda me quiser como goleiro da equipe, eu suponho haha.
- Bem, suponho que não podemos adiar uma viagem a Beco Diagonal por muito mais
tempo - suspirou a Sra. Weasley, tirando os olhos da relação de livros de Rony.
- Iremos no sábado, contanto que seu pai não tenha que trabalhar outra vez. Eu
não irei sem ele.
- Mamãe, honestamente.. você está pensando que Você-Sabe-Quem vai estar
escondido atrás de um estante de livros na Floreios e Borrões? - brincou Rony.
- Fortescue e Olivaras estão fora, lembra deles? - disse a Sra. Weasley, já
saindo da mesa. - Se você pensa que segurança não importa, pode ficar que eu
cuidarei de suas coisas.
- Não, eu quero ir, quero ver a loja de Fred e Jorge! - Disse Rony
apressadamente.
- Então mude esse seu pensamento rapaizinho, enquanto eu me decido se você é
maturo ou não para vir com agente! - disse Sra. Weasley zangadamente, apanhando
rapidamente seu relógio, todos os nove ponteiros que ainda apontavam em "perigo
mortal, e equilibrando no topo de uma pilha de toalhas e roupas passadas. - E
isso vale para retornar a Hogwarts também!
Rony fitou Harry sem graça... enquanto sua mãe colocava o cesto sob o braço e o
leva-va como uma arma.
- Nossa.... nem pode mais fazer uma piada aqui dentro.
Mas Rony não tinha a intenção de ser petulante sobre Voldemort. O sábado
amanheceu sem mais explosões da Sra. Weasley , embora parecia muito tensa
durante o desjejum. Gui, era quem permaneceria em casa com Fleur (para o prazer
de Hermione e Gina ), passou uma sacola cheia de ouro através da mesa a Harry.
- Cadê o meu? - exigiu Rony imediatamente, seu olhos largos.
- Isso é do Harry, idiota - disse Gui. -Peguei na sua conta para você Harry,
porque agora leva mais ou menos cinco horas para o público receber o seu ouro...
os duendes aumentaram a segurança. Há dois dias Arkie Philpott had a Probity
Probe stuck up his (?) ... Bem , confie em mim, por este meio é mais fácil."
- Obrigado, Gui - disse Harry, guardando seu ouro.
- Ele é sempre tão prestativo- disse Fleur, enquanto ronronava próxima ao nariz
de Gui. Gina imitou uma cena de vômito no prato de cereal. Harry engasgou com o
seu e Rony que estava ao seu lado teve que golpear suas costas.
Estava um dia escuro e nublado. Um do carros especiais do Ministério , em que
Harry já havia andado, esperava-os no terreno em frente quando saiam da casa,
cobertos em sua capas.
- É Papai, que bom podermos usar estes outra vez - Rony falou apreciativamente ,
enquanto o carro andava luxuosamente pela Toca. Gui e Fleur despedian-se da
janela da cozinha. Ele, Harry, Hermione, e Gina sentados com conforto no
espaçoso banco de trás..
- Não posso pegar ele, só estamos aqui por causa do Harry... - disse Sr. Weasley
sobre o seu ombro. Ele e Sra. Weasley estavam na frente com o motorista do
Ministério; o assento frontal de passageiro fora obrigado a se esticar até ficar
semelhante a um sofá de dois lugares. - ...e devido ao estado de segurança de
nível superior, iremos para o Caldeirão Furado onde contaremos com uma segurança
adicional.
Harry não disse nada; apenas imaginava como seriam suas compras. Estariam
cercados por um batalhão de Aurores. Tinha guardado sua Capa de Invisibilidade
na mochila e percebeu que se isso era suficientemente bom para Dumbledore, devia
ser suficientemente bom para o Ministério, embora agora lhe veio o pensamento de
que não era seguro que o ministério soubesse de sua capa.
- Aqui estamos - disse o motorista, em um curto momento, falando pela primeira
vez enquanto diminuia na rua Charing Cross e parava em frente ao Calderão
Furado. - Vou esperar vocês aqui. Alguma idéia de quanto tempo irão levar?
- Umas duas horas, eu espero - disse Sr. Weasley. -Ah, bom, ele está aqui!
Harry imitou o Sr. Weasley e olhou pela janela; o seu coração pulou. Não havia
nenhum Auror esperando lá fora da estalagem, mas em vez disso a forma
preto-barbada gigantesca de Hagrid , o guarda-caça de Hogwarts, usando um casaco
longo de pele de urso, sorrindo ao ver o rosto de Harry e sem ligar aos olhares
assustados dos trouxas que passavam.
- Harry! - falou ele, varrendo Harry em uma grande abraço, quase esmagando os
ossos do garoto, no momento em que ele tinha pisado para fora do carro. - Bicuço
.. er.... Witherwings , eu quero dizer, você deve vê-lo Harry, ele está tão
feliz de volta ao ar livre.
- Fico feliz com isso - disse Harry, tentando sorrindo enquanto massageava suas
costelas que foram quase esmagadas. - Nós não sabiamos qual seria a nossa
segurança!
- Eu sei.. como os velhos tempos então? Veja, o Ministério queria enviar um
punhado de Aurores, mas Dumbledore disse a eles que eu viria - Hagrid falou
orgulhosamente, enchendo o peito e colocando a mão no bolso. - Vamos indo então
gente - depois de Molly e Arthur-.
O Caudeirão Furado estava, pela primeira vez na memória de Harry, completamente
vazio.Tom o dono do bar, seco e desdentado, olhou para cima esperançosamente
quando entraram, mas antes que ele pode falar, Hagrid disse importante - somente
atravessando hoje Tom, sei que você vai entender, negócios de Hogwarts, sabe.
Tom assentiu tristemente e retornou a limpar os óculos. Harry, Hermione , Hagrid,
e o Weasleys passaram pelo bar e seguiram até um pátio fresco, onde o lixo é
colocado.Hagrid levantou seu guarda-chuva cor-de-rosa e tocou um certo tijolo na
parede, que abriu imediatamente formando um arco sobre uma rua pavimentada.
Passaram pela entrada e pararam, olhando ao redor.
O Beco Diagonal havia mudado. O colorido, que resplandecia em exposições de
janela de livros, ingredientes de poções e cauderões estavam difíceis de ver,
escondidos atrás de grandes cartazes do Ministério da Magia que tinham sido
pendurados. A maioria destes cartazes roxos sombrios continham repetidas versões
de conselhos de segurança, os mesmos conselhos que estavam nos panfletos que o
Ministério tem enviado pelo verão, mas outros contiam fotos preto e brancas de
Comensais de Morte que estavam a solta, e que se moviam nas imagens. Bellatrix
Lestrange zombava na frente da farmácia mais próxima. Algumas janelas foram
quebradas, incluindo as da sorveteria do Fortescue de Florean. Por outro lado,
um número de cabines desgastadas tinham surgido para cima ao longo da rua. O
mais próximo , que fora erguido próximo a Floreios e Borrões, sob uma toldo
listrado e sujo , continha um cartaz preso a ele:
AMULETOS
Eficiente Contra lobisomens!!
Um pequeno bruxo de aparência doentia chaqualhava braçadas de símbolos de prata
em correntes.
- Um para seua menininha, senhora? - ele perguntou para a Sra. Weasley quando
eles passaram, olhando maliciosamente para Gina. - Para proteger seu bonito
pescoço?
- Se eu estivesse de plantão... - Disse Sr. Weasley, falando zangadamente sobre
o vendedor dos amuletos.
- Sim, mas você não vai deter qualquer um agora meu caro, estamos com muita
pressa - disse Sra. Weasley, nervosamente consultando uma lista. - Penso que nós
faríamos melhor se fossemos a madame Malkin primeiro, Hermione quer novas
vestes, e o tornozelo de Rony está aparecendo demais, e você deve precisar de
novas vestes também Harry , você cresceu tanto - venham, todos.
- Molly, não faz sentido para todos nós irmos a Senhora Malkin- disse Sr.
Weasley. -Por que esses três não vão com Hagrid, e nós podemos ir a Floreios e
Borrões pegarmos os livros da escola?
- Eu não sei," disse que Sra. Weasley ansiosamente, claramente dividida entre um
desejo de acabar as compras rapidamente e o desejo de ficar junto do
grupo.-Hagrid, o que você acha?
- Não se preocupe Molly, eles estarão bem comigo. - Hagrid disse
tranquilizando-a, ascenando a mão do tamanho de um tampa de bueiro. A Sra.
Weasley não pareceu inteiramente convencida , mas permitiu a separação,
apressando-se em direção a Floreios e Borrões com seu marido e Gina enquanto
Harry, Rony e Hermione seguiam com Hagrid para a loja da Senhora Malkin.
Harry notou que as pessoas que passavam pareciam atormantados, com olhares
anciosos como o da Sra. Weasley, e que ninguém parava para conversar mais; os
compradores andavam em grupos unidos, cuidando bem de suas compras. Ninguém
pareceu estar comprando só.
- A loja ficará um pouco apertada com todos nós - disse Hagrid , parando fora da
loja de Senhora Malkin e abaixando-se embaixo da janela. -Ficarei vigiando aqui
fora, ok?
Então Harry, Rony, e Hermione entraram para as compras juntos. Pareceu, à
primeira vista, estar vazio, mas no mesmo instante a porta fechou atrás deles, e
eles ouviram uma voz familiar atrás de uma prateleira de mantos de vestido.
- ... Não sou uma criança, no caso de você não notar, Mãe. Sou perfeitamente
capaz de fazer minhas compras sozinho.
Houve um ruído que Harry reconheceu como sendo da Senhora Malkin, a
proprietária, dizendo, - Agora, querido, sua mãe está correta, nenhum de nós é
considerado criança por estar andando com a mãe.
- Cuidado onde você está pondo esse alfinete!
Um rapaz adolescente com um rosto pontudo pálido e cabelo branco-loiro apareceu
de atrás da prateleira, usando um jogo bonito de mantos verdes escuros que
resplandeciam com alfinetes ao redor da bainha e nas bordas das mangas. Andava a
passos largos para o espelho e se examinou; alguns momentos depois ele notou
Harry, Rony e Hermione refletirem sobre o seu ombro. Seus olhos cinzentos leves
estreitaram.
- Mãe, você perguntou-se que cheiro é esse,é que uma sangue ruim acabou de
entrar- disse Malfoy.
- Eu não penso se há qualquer necessidade para uma linguagem como essa! - disse
a Senhora Malkin, correndo de atrás da prateleira de roupas segurando um metro
de enrolar e uma varinha. - E eu não quero varinhas tiradas em minha loja ! -
adicionou apressadamente, dando uma olhada em direção à porta, onde Harry e Rony
estavam em posição com suas varinhas apontando para Malfoy. Hermione, que estava
levemente atrás deles, cochichava "não, honestamente, não deêm atenção à ele.
- Sim, como você ousaria fazer magia para fora de escola," Malfoy zombado. "Quem
deixou se olho roxo , Granger? Eu quero enviar a ele flores.
"Isso é o bastante!" disse Senhora Malkin agudamente, olhando sobre o seu ombro
para apoio. "Senhora - por favor -"
Narcissa malfoy passou por atrás da prateleira de roupas.
"Guardem isso," disse friamente a Harry e para Rony. "Se atacar meu filho outra
vez, eu assegurarei que é a última coisa você fará."
"Sério?" disse Harry, dando um passo a frente e fitando aquele rosto lisamente
arrogante, com toda sua palidez, assemelhando-se a sua irmã. Era tão alto quanto
ela estava agora. "Irá buscar alguns Comensais da Morte para nós?"
Senhora Malkin guinchou e agarrou seu coração.
"Realmente, você não deve acusar - coisa perigosa de se dizer - quardem as
varinhas, por favor!"
Mas Harry não abaixou sua varinha. Narcissa sorriu desagradavelmente.
"Vejo que ser o favorito de Dumbledore deu-lhe um sentido falso de segurança,
Harry Potter. Mas Dumbledore não estará sempre aí para protegê-lo."
Harry olhou ridiculamente ao redor o loja. "Olálá. . . Olha isso. . . Ele não
está aqui agora! Então por que você não vem? Eles podem ser capazes de achar uma
cela dupla para você e o perdedor do seu marido"
Malfoy fez um movimento zangado em direção a Harry, mas tropeçou no seu manto
que estava comprido demais. Rony riu altamente.
"Não ouse falar isso para minha mãe, Potter!" Malfoy rosnou.
"Tudo bem, Draco," disse Narcissa, contendo-o com seus dedos brancos finos sobre
o seu ombro. "Espere.. Potter estará junto de seu amado Sirius antes de eu estar
reunida com Lucius."
Harry levantou sua varinha mais alto.
"Harry, não!" gemeu Hermione, agarrando o seu braço e tentando empurrá-lo para
baixo. "Pensa. . . . Você não deve. . . . ficará encrencado "...
Senhora Malkin hesitou durante um momento, então pareceu decidir agir como se
nada tivesse acontecido. Dobrou em direção a Malfoy, que ainda mirava em Harry.
"Acho que esta manga esquerda pode subir um pouquinho mais, querido, deixa-me
ajustá-la -"
"Ai!" berrou Malfoy, dando tapa na mão. "Cuidado onde põem seus alfinetes,
mulher! A mãe - eu não quero estes mais -"
Puxou os mantos sobre a seua cabeça e os jogou sobre o chão ao pés da Senhora
Malkin.
"Está certo, Draco," disse Narcissa, com um desprezador olha Hermione, "agora
sei o tipo de escória que compra aqui. . . . Faremos melhor em Twilfitt e
Tatting." (deve ser outra loja de roupas)
E com isso, os dois a passos largos sairam da loja, Malfoy tomou cuidado de
golpear tão duro quanto ele podia em Rony on the way out(bateu em rony?)"
"Bem, realmente? disse Senhora Malkin, apanhando rapidamente os mantos caídos e
movendo a ponta de sua varinha como um aspirador, de modo que retirou todo o pó.
Ficou toda distraída no ajuste de Rony e dos novos mantos de Harry; tentou
vender mantos masculinos para Hermione em vez de feminino, e quando eles
finalmente sairam para fora da loja ela estava com um ar alegre de ve-los pelas
costas.
"Pegaram tudo?" perguntou Hagrid brilhantemente quando eles reapareceram ao seu
lado.
"Exatamente," disse Harry. "Viu o Malfoys?"
"Sim," disse Hagrid, despreocupado. "Mas eles não iriam querer problemas no meio
do Beco Diagonal, Harry. Não se preocupe com eles."
Harry, Rony e Hermione trocaram olhares, mas antes que eles falassem algo,
Hagrid arrumou a situação, o Sr. e Sra. Weasley e Gina apareceram, todos
agarrados a embrulhos pesados de livros.
"Todos estão bem?" perguntou a Sra. Weasley. "Pegaram suas vestes? Certo, nós
podemos ir Apothecary e Eeylops no meio a Georges Libertado - pau fecha, agora.
. . ."
Nem Harry nem Rony compraram qualquer ingredientes na farmácia, já que eles não
iriam mais estudar Poções, mas ambos compraram caixas grandes de nozes de coruja
para Hedwiges e Pichi no Empório de Coruja de Eeylops. Então, como Sra. Weasley
estava verificando seu relógio minuto, seguiram mais longe ao longo da rua à
procura de Weasleys Wizard Wheezes, a loja de logros de George e Fred..
"Nós certamente não temos muito tempo" Sra. Weasley disse. "Então iremos dar uma
olhada rápida e voltaremos para o carro. Devemos estar próximos , esse é o
número noventa e dois. . . Noventa e quatro. . ."
Rony "Whoa,"said, parando nseuas pistas.
O grupo parou em frente a um estúpido cartaz, que tampava a janela da fachada da
loja de Fred E Jorge, onde havia uma exposição de fogos de artifício. Pessoas
que passavam por perto olhavam por cima dos ombros, e alguns bastante atordoados
olhando as pessoas que haviam parado ali, silenciosos. A janela do lado esquerdo
estava repleta de um sortimento de mercadorias que revolviam, estouravam,
reluziam, pulavam e guinchavam. COmo não piscava, os olhos de harry se encheram
de água. A janela do lado direito foi coberta com um cartaz gigantesco, roxo
como os do Ministério, mas exaltado com letras amarelas reluzentes:
POR QUE ESTÃO PREOCUPANDO-SE COM
VOCÊ-SABE-QUEM?
DEVIAM ESTAR PREOCUPANDO-SE COM
O U-NO-POO-- ( U: Você / NO: não, nenhum/ Poo: Pum, peido logo: Você sem peido)
A SENSAÇÃO DE CONSTIPAÇÃO (Constipação = sensação de estomago preso.... prissão
de ventre)
ISSO SEGURA A NAÇÃO!
Harry começou rir. Ouviu um tipo fraco de gemido ao lado dele e olhando ao redor
viu a Sra. Weasley fitar, emudecida, o cartaz. Os seus lábios moveram
silenciosamente e sussuraram o nome "U-No-Poo"
"Serão assassinados em seuas camas!" cochichou.
"Eles não vão!" disse Rony, que, como Harry, ria. "Isto é brilhante!"
E ele e Harry dirigiram-se para o meio na loja. Estava cheia de fregueses; Harry
não conseguia andar perto das prateleiras. Olhando ao redor ,viu caixas
amontoadas até o teto: Aqui estavam os Skiving Snackboxes (salgadinhos de
coseira??) que els haviam aperfeiçoada em seu último ano inacabado em Hogwarts;
Harry notou que os Nulga-sangra-nariz estava bem popular, com só uma caixa
estocada na prateleira. Havia caixas cheias de varinhas falsas , que se
transformavam meramente em frangos de borracha ou encurtavam quando agitadas, a
maioria espancava os compradores descuidados em torno da cabeça e do pescoço, e
caixas de penas que se auto-borravam, verificadores de escrita, e variedades de
penas com auto-resposta. Um espaço surgiu na multidão, e Harry dirigiu-se em
direção ao balcão, onde um ganço de dez anos observava um homem de madeira,
pequeno minúsculo lentamente subindo a passos à um jogo real de forca, ambos de
pé em uma caixa que se lê: carrasco reutilizável - soletra-o ou balançará!
Encantos de Devaneio Patenteados
Hermione tinha conseguido se espremer por perto do balcão e lia a informação nas
costas de uma caixa suportando um quadro altamente colorido de uma jovem bonita
que estava em uma prancha no convés de um navio de pirata.
" Um encantamento simples e você entrará em uma Devaneio altamente qualificado,
com super qualidades, fácil de usar, compatível com a lição média de escola e
praticamente indetectável (efeitos colaterais incluem expressão vaga e talvez
baba). permitido somente para maiores de dezesseis. - Sabe - , disse Hermione,
olhando para Harry, "isso realmente é uma magia extraordinária!"
"Já que é assim, Hermione," disse uma voz atrás deles, "pode ter um de graça."
Um Fred sorridente havia ficado entre deles, usando um jogo de mantos de magenta
que chocou magnificamente com seu cabelo flamejante.
"Como vai você, Harry?" Apertando sua mão "E o que aconteceu ao seu olho,
Hermione?"
"Bati no telescópio " disse tristemente..
"Oh nossa, esqueci-me desses," disse Fred. "Aqui -"
Puxou uma tina para fora de seu bolso e passou a ela; desembrulhou uma
brilhantee pasta amarela grossa.
"Passe isso..e seu machucado será curado dentro de uma hora" disse Jorge "
Tivemos que achar um remover decente de machucado. Testamos a maioria de nossos
produtos em nós."
Hermione pareceu nervosa. "É seguro, não é?" ela perguntou.
" Claro que é," disse Fred corando. "Venha aqui Harry, eu lhe mostrarei a loja"
Harry viu Hermione esfregar seu olho preto com pasta e seguiu Fred em direção ao
fundo da loja, onde havia um cartaz sobre fraudes de trouxas..
"Fraudes de magia de Trouxas!" disse Fred alegremente, mostrando-os. "Para os
esquisitos ,como Papai, você sabe, que ama materiais de Trouxas. Não tem uma
grande venda, mas nós sempre firmamos negócio, eles são grandes novidades. . . .
Oh , aqui está George. "...
O gêmeo do Fred sacudiu a mão de Harry energeticamente.
"Mostrando-lhe a loja? Venha pelos fundos, Harry, é com isso que fazemos o
dinheiro de verdade- se você furtar isso, pagará mais do que galeões! Alertou
George a um pequeno garoto que tirou a mão apressadamente de dentro de um pote
escuro.
MARK----FARÃO QUALQUER UM DOENTE!
George puxou uma cortina ao lado das fraudes de trouxas e Harry viu uma sala
menor e mais escura. A embalagem dos produtos estavam arrumadas em prateleiras,
de forma mais formal.
"Acabamos de desenvolver esta linha mais séria," disse Fred. "Engraçado como
aconteceu. . ."
"Você não acreditaria quantas pessoas, pessoas regulares que trabalham no
Ministério, não podem fazer um feitiço Escudo decente" disse George. "Claro,
eles não o tiveram como professor Harry."
"Você tem razão. . . . Bem, pensamos que Chapéus de Escudo seriam um pouco
engraçados demais, você sabe, e mais, desafiaria seu companheiro a azarar você
enquanto estivesse usando. Mas o Ministério comprou quinhentos para todo seu
pessoal de apoio! E nós ainda ficamos esperando mais pedidos!"
"Então expandimos nosso alcance, fazendo Capas de Escudo, Luvas ... de Escudo "
"... Quero dizer, eles não ajudariam muito contra as Maldições Imperdoáveis, mas
para azarações menores. . ."
"E então percebemos que nós faríamos parte de uma área inteira de Defesa Contra
as Artes das Trevas, porque é spinner de tal dinheiro," George continuou
entusiasmadamente. "Isto está legal, veja. Pó de Escuridão Instantânia, nós
importamos do Perú. Sempre á mão quando se quer fazer uma fuga rápida.
"E nossa armadilhas de detonar não param nas prateleiras, olhe" disse Fred,
apontando para uma série itens bizarro pretos de chifre que de fato tentavam
correr para longe da vista dos garotos. "Você solta um, e como um réptil ele irá
correr, soltando um som muito alto quando encontrar, lhe dando um pouco de
diversão, se você precisar."
"À mão" disse Harry, impressionado.
"Aqui," disse George, pegando um par e os jogando a Harry.
Uma bruxa jovem com cabelos loiro curto cutucou a sua cabeça ao redor da cortina
; Harry viu que ela também usava mantos de magenta.
"Há um freguês aqui procurando um cauderão de mentira, Sr. Weasley e Sr.
Weasley," disse.
Harry achou-o muito estranho ouvir George e Fred sendo chamados de "Sr. Weasley
," mas eles seguiram caminhando.
"Certo, Verity, eu estou indo," George disse prontamente. "Harry, pode pegar o
que quiser ok? sem nenhum custo."
"Eu não posso fazer isso!" disse Harry, que já estava com sua sacola de ouro
para pagar os armadilhas de detonar.
"Você não paga aqui," disse Fred firmemente, guardando o ouro de Harry.
"Mas-"
"Você nos deu nosso empréstimo de lançamento, e nós não esquecemos," George
disse severamente "Pegue o que você quiser, e se as pessoas perguntarem onde
você conseguiu, não esqueça de falar sobre nós."
George seguiu pela cortina para ajudar com os fregueses, Fred e Harry seguiram
na parte principal da loja até achar Hermione e Gina que ainda estudavam
atentamente os Encantos de Devaneio Patenteado.
"As ladys ainda não encontraram nossas maravilhas para bruxas?" perguntou Fred.
"Sigam-me, senhoras. . . ."
Perto da janela havia uma formação de produtos violentamente cor-de-rosa e ao
redor havia um bando de meninas animadas que davam risadinhas entusiasmadamente.
Hermione e Gina que estavam atrás, pareciam receosas.
"Vão lá" disse Fred orgulhosamente. "São as melhores poçoes do amor que você vai
encontrar no mercado"
Gina levantou uma sobrancelha ceticamente. "Funcionam?" ela perguntou.
"Certamente funcionam, por até vinte e quatro horas de cada vez dependendo do
peso do rapaz em questão -"
"- E atração da menina," disse George, reaparecendo repentinamente em seu lado.
"Mas nós não os venderemos para a nossa irmã ," adicionou, tornando-se
repentinamente severo, "não quando ela é recebida por uns cinco garotos assim
que chega aos lugares -"
"O que você ouviu de Rony é uma mentira gorda e grande," Gina disse
tranqüilamente , inclinando-se para pegar um pote cor-de-rosa pequeno da
prateleira. "O que é isto?"
"Garante dez segundos sem espinhas" disse Fred. "Excelente em tudo desde
forunclo até catapóra preta , mas não muda de assunto. Então você está saindo
com um rapaz chamado Dino Thomas?"
"Sim, estou" disse Gina. "E faz tempo que eu terminei, e era definitivamente um
rapaz, não cinco. O que são esses?"
Apontava para um número de bolas redondas de felpa rosa escuro e roxas, que
pulavam ao redor do fundo de uma jaula e soltavam chiados agudos.
"Sopros de pigmeu," disseram George. "Bandos em miniatura, nós não os podemos
criar rápido suficiente. Então, e sobre Michel Corner?"
"Dei o fora nele, ele era um mau perdedor " Gina disse, pôndo um dedo pelas
barras da jaula e observando os Sopros de Pigmeu lutarem ao redor dele. " São
realmente bunitinhos!"
"São realmente bunitinhos" falou Fred sem muita atenção. "Mas você troca de
namorado um tanto rápido não?"
Gina colocou as mãos no quadris e virou para encará-lo. Havia algo muito
semelhante com a expressão da Sra.Weasley em seu rosto que Harry foi
surpreendido. Fred não recuou.
"Não é da sua conta. E eu agradeço rosnou ela zangadamente a Rony, que acabara
de aparecer no cotovelo de George, trazendo uma mercadoria, "se você não contar
a esses dois sobre minha vida!"
"Isso custará três Galeões, nove Sicles, e um Nuque" disse Fred, examinando as
muitas caixas nos braços de Rony. "Coloque ali em cima."
"Sou seu irmão!"
"E isso é nosso material que você está comprando. Três Galeões, nove Sicles.
Tirarei o Nuque como disconto."
"Mas eu não tenho três Galeões e nove Sicles!"
"Seria melhor então você pensar em um jeito de quardar tudo isso nas prateleiras
certas."
Rony derrubou várias caixas, xingou algo baixinho, e fez um gesto rude com a mão
para Fred que infelizmente foi notado pela Sra. Weasley, que tinha escolhido
justamente esse momento para aparecer.
"Se eu o vir fazer isso outra vez eu juro que irei azarar seus dedos, para
ficaram sempre juntos," disse friamente.
"Mamãe, eu posso levar um Sopro de Pigmeu?" perguntou Gina imediatamente.
"Um o que?" disse Sra. Weasley receosamente.
"Olhar, eles são tão doces. . . ."
Sra. Weasley olhou de lado os Sopros de Pigmeu e Harry, Rony e Hermione
momentaneamente tiveram uma vista livre para fora da janela. Draco apressava-se
pela rua sozinho. Quando passou pela Weasleys Wizard Wheezes, ele deu uma
olhada sobre o seu ombro e segundos mais tarde, ele desaparecia pela outra
janela..
"Maravilha onde essa mumia vai?" perguntou Harry.
"Se ele tropeçar de novo eu quero estar vendo," disse Rony.
"Why, though(???)?" disse Hermione.
Harry não disse nada, estava pensando demais. Narcissa não deixaria seu filho
precioso a solta, longe de sua visão assim, facilmente. Draco deve ter feito um
esforço muito grande para sair sozinho.
Harry, conhecendo Malfoy, estava seguro que a razão não poderia ser inocente.
Deu uma olhada ao redor que. Sra. Weasley e Gina debruçavam-se os Sopros de
Pigmeu. Sr. Weasley examinava um pacote de logro para trouxas enquanto lia os
cartões. George e Fred estavam atendendo os fregueses. Do outro lado do vidro,
Hagrid estava de costas para eles, vigiando a rua.
"Entra aqui embaixo, rápido," disse Harry, puxando sua Capa de Invisibilidade
para fora de e sua mochla.
"Oh - eu não sei, Harry," disse Hermione, olhando incertamente em direção a Sra.
Weasley.
"Vem logo" disse Rony.
Ela hesitou por um segundo, então abaixou-se sob a capa com Harry e Rony.
Ninguém os notou desaparecer; estavam todos interessados demais nos produtos de
Fred e George.Harry, Rony e Hermione espremeram-se pelo meio da loja para fora
da porta tão rapidamente quanto eles podiam, mas com a mesma velocidade que eles
chegaram até a rua, Malfoy havia desaparecido.
"Ele ia nessa direção," murmurou Harry o mais calmamente possível , de modo que
Hagrid não os ouviria. "Vamos."
Eles apressaram-se ao longo da rua, olhando para a esquerda e direita, pelas
janelas das lojas e portas, até Hermione apontar adiante.
"Essa não é a...?" ela cochichou. "Vira à esquerda"
"Que grande surpresa" cochichou Rony.
Malfoy parou e olhou ao redor , então deslizou para a Travessa do Tranco, saindo
da visão dos garotos.
"Rápido, ou nós o perderemos," disse Harry, apressando-se.
"Nosso pé está pra fora!" disse Hermionc ansiosamente, como eles havia crescido
muito; estava muito mais difícil esconder todos os três sob o capa hoje em dia.
"Não importa," disse Harry impacientemente. "Se apressa!"
A Travessa do Tranco,uma rua pequena dedicada às Artes Escuras, pareceu
completamente deserta. Procuravam em janelas quando passaram, mas nenhuma das
lojas parecia ter qualquer fregues.Harry supôs era um pouco desconfiante e
perigoso comprar artefatos das trevas - ou ao menos, ser vistos comprando-os.
Hermione deu um beliscão em seu braço.
"Ai!"
"Shh! Olha! Está em alí!" sussurou na orelha de Harry.
Estavamarados em frente a única loja que harry ja havia visitado, a Borgin e
Burkes, que vendia uma variedade larga de objetos sinistros. Alí entre os muitos
crânios e garrafas velhas estava Malfoy de costas para eles, era possível ver o
grande armário preto em que Harry uma vez tinha se escondido para evitar Malfoy
e seu pai. A julgar pelos movimentos das mãos de Malfoy, ele conversava
animadamente. O proprietário da loja, Sr. Borgin, com seu cabelo oleoso, estava
debruçado, encarando Malfoy. Tinha uma expressão curiosa de ressentimento
misturado a temor.
"Se ao menos nós podesemos ouvir o que eles dizem!" disse Hermione.
"Podemos!" disse Rony excitadamente. "Sobe ae -droga! -"
Rony pegou uma das caixas que ainda carregava e falou sorrindo:
"Orelhas Extensíveis, olhem!"
"Fantástico!" disse Hermione.Rony desatou um longo barbante cor de carne e
começou a guiá-lo em direção ao fundo da porta. " Oh, espero a porta não estja
Imperturbalizada"
"Não!" disse Ron sorrindo. "Escuta!"
Colocaram suas cabeças junto ao fio e escutaram com atenção, a voz de Malfoy
podia ser ouvida em alto e bom som, como se fosse um rádio.
". . . Sabe como prendê-lo?"
"Talvez," disse Borgin, num tom que sugeriu relutancia em passar a informação.
"Precisarei vê-lo. Por que você não o traz a loja?"
"Eu não posso," disse Malfoy. "Ele tem que continuar em seu posto. Eu preciso
apenas que você me diga como fazer."
Harry via Borgin lamber os seus lábios nervosamente.
"Bem, sem ver ele, eu devo dizer que será um trabalho muito difícil, talvez
impossível. Eu não posso garantir nada."
"Não?" disse Malfoy, e Harry soube, pelo seu tom, que Malfoy zombava. "Talvez
isto o fará mais confiante."
O que ele moveu em direção a Borgin ficou impossível de se ver devido ao armário
que estava na frente.Harry , Ron, e Hermione chegaram mais para olado tentando
manter em visão, mas todo que eles poderam ver foi Borgin, que parecia ter se
assustado.
"Conte qualquer um," disse Maifoy, "e você será recompensado. Sabe Fenrir
Greyback? É amigo de família. Ele dará tempo ao tempo desde que você estaja
dando a devida atenção ao problema.
"Não haverá nenhuma necessidade para -"
"Decidirei isso," disse Malfoy. "Bem, é melhor eu ir. E não se esqueça de manter
aquele guardado, eu precisarei."
"Talvez gostaria de levá-lo agora?"
"Não, naturalmente eu não ira, você é estúpido? Como eu iria carregar isso rua
abaixo? Somente não venda."
"Naturalmente que não. . . Senhor."
Borgin fez uma reverência tão grande quanto a que Harry uma vez tinha o visto
dar a Lucius Malfoy.
"Nenhuma palavra sobre isso com ninguem, Borgin, e isso inclui minha mãe ,
entendeu?"
"Naturalmente, naturalmente," murmurou Borgin, curvando-se outra vez.
Momentos depois, o sino sobre a porta tilintou altamente quando Malfoy saiu da
loja parecendo muito contente consigo. Passou então por Harry, Rony e Hermione
que sentiram a agitação de capa ao redor des seus joelhos outra vez. Dentro da
loja, Borgin permaneceu congelado; seu sorriso untuoso tinha desaparecido;
pareceu preocupado.
"Sobre o que era isso?" cochichou Rony, quardando as Orelhas Extensíveis.
"Não sei" disse Harry, pensando muito. "Ele quer algo concertado. . . E quer
reservar algo em daí. . . . Pode ser o que ele apontou quando disse aquele?"
"Não, era atrás esse gabinete -"
"Você dois permaneçam aqui," cochichou Hermione.
"O que são você ?"
Mas Hermione teve já havia saido de sob a capa. Verificou seu cabelo no reflexo
do vidro, então entrou marchado na loja , pôndo o sino para tilintar outra vez.
Rony apressadamente pegou de volta as OrelhasExtensíveis e as apoiou sob a porta
e passou um do barbantes a Harry.
"Oi, manhã horrível, não é?" Hermione disse sorrindo a Borgin , que não
respondeu, mas lançou a ela um olhar desconfiado. Com facilidade, Hermione
passou pela desordem de objetos em exposição.
"Este colar para venda?" ela perguntou, parando ao lado de uma vitrine.
"Se você pagar quinhentos Galeões" disse Sr.Borgin friamente.
"Oh - er - não, eu não tenho esse tanto," disse Hermione, andando "E. . . Que
tal este amável - um - crânio?"
"Dezesseis Galeões."
"Então é para venda, então? Não está. . . reservado para alguém?"
Sr. Borgin olhou para ela. Harry teve o sentimento sujo de que ele soube
exatamente por que Hermione estava alí. Aparentemente Hermione percebeu, já que
fez um barulho estranho e repentinamente jogoi os cabelos para trás.
"Que coisa é essa - er - um rapaz que estava aqui agora pouco, Draco Malfoy,
bem, ele é meu amigo, e quero dar a ele um presente de aniversário, mas se ele
já reservou algo, eu obviamente não quero dá-lo a mesma coisa, então ... han "
..
Era uma história bonita demais.. e aparentemente Borgin pensou assim também.
"Fora," disse agudamente. "Sai!"
Hermione não esperou duas vezes, saiu apressada à porta com Borgin nos seus
calcanhares. Quando o sino tilintou outra vez, Borgin bateu a porta atrás dela e
colocou a placa de fechado..
"Ah bem," disse Rony, jogando a capa sobre as costas Hermione. "Valeu a
tentativa, mas era um pouco óbvio -"
"Bem, na próxima vez você pode mostrar me como fazer, Mestre do Mistério !"
ralhou a garota.
Rony e Hermione discutiram o durante todo o caminho para a loja dos Weasley
Wizard Wheezes , onde foram forçados a parar para poderem entrar despercebidos,
passando ao lado do olhar ansioso da Sra. Weasley e de Hagrid, que claramente
tinham notado suas ausências. Uma vez na loja, Harry tirou fora a Capa de
Invisibilidade, escondeu-a em sua mochila, e participou junto aos outros
enquanto insistiam, em resposta as acusações da Sra. Weasleys, falando que eles
tinham estado no quarto dos fundos desde o começo, e que ela não devia ter
olhado direito.
CAPÍTULO 07
O CLUBE DAS LESMAS
Harry gastou muito tempo de sua ultima semana de férias refletindo sobre o
comportamento de Malfoy no Beco Diagonal.O que mais o perturbou foi o olhar de
satisfação do Malfoy, pois nada naquele olhar poderia significar algo bom. Para
seu desapontamento, entretanto, nem Ron nem Hermione pareceram se perturbar com
aquilo; No mínimo, eles ficavam chateados sempre que ele tocava no assunto,
poucos dias depois.
"Sim, eu realmente acho que aquilo foi suspeito, Harry", falou Hermione um pouco
impaciente. Ela estava sentada no peitoril da janela do quarto de Fred e Jorge
com os pés em cima de algumas caixas de papelão e olhando por cima de seu novo
exemplar, Tradução Avançada de Runas."Mas temos que aceitar que é possível
existir varias explicações não?".
"Talvez ele quebrou sua gloriosa mão" Disse Ron incerto, se esforçando para
conseguir por em ordem o cabo de sua vassoura.
"Mas o que ele queria dizer sobre "Não se esqueça de manter isso em
segredo...?" falou Harry pela milésima vez. " Me soou como se Borgin, além dos
objetos quebrados ele queria pegar outros."
"Você acha?" disse Ron, agora tentando tirar uma sujeira do braço de sua
vassoura.
"Eu, sim" disse Harry. Quando nem Ron nem Hermione responderam, ele disse
"mandei o pai de Malfoy para azkaban, não acham que ele vai querer se vingar?"
Rony olhou pra cima piscando. "Malfoy, se vingar? Mas o que ele poderia fazer
sobre isso?"
"Isso é o estranho, eu não faço a mínima idéia também" disse Harry frustrado.
"Mas é algo para nós termos cuidado e ficarmos atentos. Já que o seu pai é um
comensal da morte e..." Harry parou de falar, seus olhos fixados na janela atrás
de Hermione, e sua boca aberta. Um pensamento tinha acabado de lhe ocorrer.
"Harry?" disse Hermione com uma voz ansiosa. "O que aconteceu?"
Sua cicatriz não está doendo de novo?Está? em Harry? perguntou Ron nervoso.
"Malfoy é um comensal da morte," disse harry lentamente. " Se tornou um para
substituir seu pai como comensal!"
O Silencio agora era total; mas Ron o interrompeu. "Malfoy? Ele só tem dezesseis
anos , Harry! Você acha que Você-Sabe-Quem deixaria Malfoy se tornar um
Comensal?
"Parece meio improvável, Harry," disse Hermione com uma voz repreensiva. " O que
te fez pensar nisso?"
Quando ele estava na Madame Malkin, ela relou em seu braço e ele o tirou de
perto dela e saiu apressado da loja. Era seu braço esquerdo. Braço onde os
Comensais da Morte são marcados com a Marca Negra
Ron e Hermione olharam-se.
"Bom..." disse Ron, num tom nada convincente.
"Eu acho que ele apenas quis sair de lá, Harry" disse Hermione.
"Ele mostrou para Borgin algo que não pudemos ver," disse Harry pressionado
"Algo que o assustou seriamente. Era a marca, tenho certeza" além do mais vocês
viram como Borgin o examinou seriamente depois disso.
Ron e Mione trocaram outro olhar.
"Não estou certa Harry..."
"Eh, eu ainda não acho que Você-Sabe-Quem deixaria Malfoy se juntar a eles...".
Harry ficou irritado, mas convencido de que estava certo. Ele saiu pegando suas
vestes de quadribol e virou a esquerda do quarto. A Senhora Weasley, iria
deixa-las lavando para que amanha elas estivessem limpas e prontas para a
viagem. Na escada trombou com Gina que estava voltando para seu quarto com uma
pilha de roupa que tinham sido recentemente lavadas.
"Eu não iria na cozinha agora se voce fosse," Adivertiu-o. "Há um clima pesado
lá agora"
"Eu terei cuidado." disse Harry sorrindo.
Quando harry entrou na cozinha encontrou Fleur sentada, o lugar estava cheio de
plantas para seu casamente, quando a Sra. Wasley colocou seu relógio sobre um
pilha de (Spruts Self), descascando-as olhando mau humorada.
". . . Gui e eu decimos ter apenas duas damas de honra, Gina e Gabrielle ficarão
muito bonitas juntas. Eu estou pensando em vestí-la com um tom de ouro claro -
rosa ficaria naturalemnet horrível para Gina -"
"Ah, Harry querido!" disse a Sra. Wealey alto, cortando o tédioso discurso de
Fleur. " Eu iria explicar sobre a segurança da viagem de amanha para Hogwarts.
Nós pegaremos carros do ministério novamente, e havera aurores esperando na
estação."
"É Tonks que vai estar lá? pergunta Harry entregando seu uniforme de Quadribol.
"Não, eu acho que não, ela tem andado muito ocupada pelo que Arthur me disse."
"Ela se meteu numa enrrascada, aquela Tonks," disse Fleur concentrada,
examinando seu reflexo fabuloso na parte de trás da colher de chá. "Um grande
erro se você me-"
"Sim, é isso, obrigada," disse a Sra. Wealey cortando o assunto de Fleur outra
vez. "Você conversaria mais com o harry, mas eu quero que ele suba para arrumar
seu malão, por que depois do jantar não vai dar tempo e amanha partiremos bem
cedo.
De fato, sua partida na manhã seguinte foi um tanto estranha, mais normal. Os
carros do ministério chegaram até a frente da casa para espera-los, as malas
prontas, o gato de hermione, Bichento, estava seguro em sua cesta; Edvwiges,
Pichí , e o pigmel novo de Gina, Arnold, nas gaiolas.
Au revoir, gente," disse Fleur rouca, dando-lhe (em harry?) um beijo de
despedida. Rony estava apressado, parecendo esperançoso, mas Gina colocou seu pé
para fora e Rony caiu, enchendo de poeira os pés de Fleur. Furioso, envergonhado
e respirando poeira, ele correu para o carro sem dizer ate logo.
Não havia ninguem parecido com o Hadrig na estação King Cross esperando por
eles. No entando, haviam dois aurores com as barbas bem feitas dentro de ternos
escuros de trouxas, vindo ao encontro do carro e depois marchando com eles até a
estação sem dizer nada.
"Rapido, rápido, atravessem a barreira," disse a Sra. Weasley, que pareceu um
pouco chatiada com a pouca eficiencia dos aurores.
"Harry, vá você primeiro, com--" Olhou indignada para um dos aurores, que correu
e passou o braço pelo ombro de Harry, e dirigiu-o para a barreira que ficava
entre as plataformas nove e dez.
"Eu sei andar, obrigado," disse Harry irritado, empurrando o braço do auror para
fora de seu ombro.Empurrou suas coisas até a barreira e ignorando seu
companheiro - que continua em silencio - um segundo depois , se viu na
plataforma 9 3/4 onde o Expresso de Hogwarts soltava vapor por cima da multidão.
Hermione e os Weasleys juntaram-se a ele poucos segundos depois. Sem esperar e
perguntar nada pro auror , Harry fez um sinal para Rony e a Hermione para
segui-lo para frente da plataforma e procurar uma cabine vazia.
"Nós não podemos, Harry, "disse Hermione, olhando apreensiva. "Rony e eu temos
que ir para a cabine dos monitores , receber instruções e depois patrulhar os
corredores, infelizmente."
"Ah, certo... tinha me esquecido," disse Harry.
"Vamos logo para o trem, vocês tem que ir, falta só um minuto," disse a Sra.
Weasley, consultando seu relógio. "Bem, tenha um otimo ano, Rony...
"Sr. Weasley, tem um minuto?" disse Harry, no momento em que se passava algo em
sua mente.
"Naturalmente," disse o Sr. Weasley, que olhou surpreso, mas Harry andando não
percebeu.
Harry havia tomado o devido cuidado, e tinha decidido não dizer há qualquer um,
mas o Sr. Weasley era a pessoa ideal. Primeiro, porque trabalha no ministério e
está consequentemente na melhor posição para fazer umas investigações a mais.E
segundo, porque pensou que que não existia o risco do Sr. Weasley ficar com
raiva. Podia ver a Sra. Weasley e o Auror gra-fino olhando para eles lá de tras,
enquanto se afastavam.
"Quando nós estavámos no Beco Diagonal," Harry começou, mas o Sr. Weasley o fez
para com um sinal.
"Será que vou descobrir onde você, Rony e Hermione se meteram quando desaparecem
e supostamente estavam na sala nos fundos da loja de Fred e de Jorge?"
"Como sabe...?"
Harry, por favor. Você está falando com o homem que criou Fred e George."
"Ok... tá, Está certo, nós não estávamos no quarto dos fundos." "Muito bem, bom,
agora ouça o pior. Bem, nós seguimos Draco Malfoy. Nós estavamos usando a minha
Capa de Invisibilidade."
"Você planejou tudo isso, ou foi um equivoco?
"Eu pensei que Malfoy ia fazer algo importante," disse Harry, não olhando para o
Sr. Wealey que parecia irritado. "Já que sua mãe estava junto, e eu quiz saber
por que."
"Narutalmente você," disse o Sr. Weasley, calmamente. "Bom? E o encontrou, e
então?"
"Entraram em Borgin e Burkes," disse Harry, " E Começaram a falar alto lá
dentro, pedindo para Borgin lhe ajudar a concertar alguma coisa. E disse que
tinha algo para ele. Ela pediu algo, algum tipo de coisas muito estranha e
também disse que ele ia estar mal se não a entregasse. Um par de algo. E..."
Harry respirou profundamente.
"Há algo errado. Nós vimos o salto de Malfoy quando a Madame Malkin tentou tocar
em seu braço esquedo. Eu penso que ele tem a Marca Negra. Ele acha que poderá
substituir o seu pai como um Comensal da Morte."
Sr. Weasley ficou olhando para uma parte de trás. Depois de um tempo disse,
"Harry, eu duvido que Você-Sabe-Quem permitiria um... Garoto de dezesseis anos
apenas se tornar comensal."
"Mas todos sabem que Você-Sabe-Quem, é capaz de fazer ou não? perguntou Harry
irritado. "Sr. Weasley, é dificil, mas o senhor devia investigar não acha? Se
Malfoy quiser algo tanto que está determinado a ameaçar Borgin, é provavel que
seja algo das Artes das Trevas, não é?
"Pra ser honesto ,Harry , eu duvido," disse o Sr. Weasley lentamente. "Você vê,
quando Lucio Malfoy foi preso, nós invadimos sua casa. Nós removemos tudo que
pôde ter sido perigoso."
"Eu acho que faltou algo," disse Harry.
"Bem, talvez," disse o Sr Weasley, mas Harry podia ver que o Sr. Weasley não
estava levando aquela conversa a sério.
"Havia um apito atrás deles; quase todos estavam em seus lugares e as portas
estavam fechando.
"Vamos é melhor ir, depressa" disse Sr. Weasley, quando a Sra. Weasley gritou,
"Harry, o trem , rapido!"
"Se apressou, e o Sr. e a Sra. Weasley o ajudaram colocar seu malão no trem.
"Agora, você talvez venha para o natal... é, acho que Dumbledore vai deixar, nos
veremos logo então," Disse a Sra. Weasley pela janela, porque Harry bateu a
porta e o tem começou a se mover.
"Você pode ter certeza de que ficara bem e ..."
O trem agora atingia velocidade.
"...seja um bom menino e..." ela estava movimentando-se de forma a ficar perto
da janela de harry.
"... Boa sorte!"
Harry acenou até o trem fazer um curva e o Sr. E a Sra. Weasley sumirem por ela,
depois olhou em volta procurando se acomodar. Supôs que Rony e Hermione já
estavam na cabine dos monitores, mas Gina estava no corredor, falando com alguns
amigos. Ele foi em sua direção arrastando seu malão.
Todos olharam fixamente para ele quando se aproximou. Olharam para as portas ou
janelas, mas não olharam para ele. Tinha pensado que teria de responder há uma
enorme "Chuva" de perguntas, já que o profeta diário agora espalhava boatos
sobre ele. Mas não apreciou essa nova sensação. Então bateu no ombro de Gina.
"Vamos tentar achar uma cabine?"
"Eu não posso, Harry, eu disse que me encontraria com o Dino," disse Gina
corando. "Te vejo depois."
"Certo," disse Harry. Sentiu-se estranhamente perturbado, enquanto andava seu
cabelo vermelho longo dançava atrás dela; tinha se tornado diferente, um só
verão e ele tinha quase se esquecido de Gina, também ela não ficou muito ao
redor dele, de Rony ou Hermione na escola. Então piscou e olhou ao seu redor.
Quando ouviu algumas pessoas conversando.
"Oi, Harry!" disse uma voz familiar atrás dele.
"Neville!" disse Harry, girando para ver um menino tentando chegar até ele.
"Olá, Harry," disse uma menina com longos cabelos e misteriosos olhos grandes,
que estava atrás de Neville
"Luna, oi, como vai você?"
"Muito bem, obrigada,"disse Luna. Ela segurava uma caixa, com letras grandes que
diziam que havia um par de (Spectrespecs) dentro.
"O pasquim está bem, então?perguntou Harry, que sentindo-se no dever já que, no
ano anterior, o pasquim havia lhe dado uma entrevista exclusiva.
"Oh sim, está circulando muito bem," disse Luna feliz.
"Vamos procurar lugares pra gente,"disse Harry, e os três sairam procurando por
todo o trem, passando por todos os estudantes que olhavam-os fixamente mas nada
diziam. No ultimo vagão encontraram uma cabine vazia, e Harry entrou sentindo-se
grato por te-la achado.
"Eles ficaram olhando fixamente para nos." Disse Neville, que apontou para Luna
e depois para si próprio. "Porque nós estamos com você?"
"Estavam olhando em você porque você estava no Ministério também," disse harry,
colocando seu malão no bagageiro. "Nossa pequena aventura até lá saiu no profeta
diario, você deve ter visto."
"Sim, eu pensei que minha avó ficaria irritada com toda essa publicidade,"disse
Neville, "mas isso realmente a agradou. Diz que eu estou começando a parecer com
meu pai. Até me comprou uma varinha nova, olhe!"
Ele a pegou e mostrou a Harry.
"Feita de cerejeira com um pelo de unicórnio,"disse orgulhoso. "nós achamos que
fomos um dos últimos a ver o Sr. Olivaras, já que ele desapareceu no dia
seguinte.... Ai,ai, Volta aqui, Trevo!"
E mergulhou sob o assento para recupera-lo, enquanto seu sapo tentava novamente
escapar.
"Ainda teremos as reuniões da AD esse ano harry?perguntou Luna.
Tirou o pasquim descobrindo a caixa e apareceu algo muito colorido. Mas Harry
não conseguiu ver o que era.
"Agora que não temos mais que nos livrar da Umbridge, não tem porque estarmos
lá. Não é?"disse Harry olhando para baixo, enquanto Neville batia a cabeça no
assento na hora em que foi levantar. Olhando decepcionado.
"Eu gostei da AD! Aprendi muitas coisas com você lá".
"Eu adorei muito as reuniões também", disse Luna serenamente. "Era como ter
amigos".
Esta era uma daquelas coisas incômodas, Harry sentiu uma mistura, um pouco de
piedade, e ao mesmo tempo ficava encabulado. Antes que pudesse responder,
entretanto, houve uma bagunça do lado de fora da cabine; um grupo de meninas do
quarto ano cochichando entre si olhando atrás do vidro da porta.
"Vai pergunta pra ele!"
"Não, pergunta você!"
"A ah ... Ok eu pergunto então!"
E uma delas, uma menina corajosa, o olhava com seus olhos escuros grandes, um
queixo proeminente, e cabelo preto e longo, empurrou a porta e entrou.
"Oi, Harry, eu sou Romilda, Romilda Vane"disse alto e confiável. "Por que você
não se junta com a gente na nossa cabine? Você não precisa se sentar com eles,"
ela falou num sussurro e indicou Neville que estava caido fora do assento outra
vez procurando Trevo, e Luna que agora acabava com seu (Spectrespecs), e olhava
dementemente para um pequena coruja colorida
"São meus amigos,"disse Harry friamente.
"Oh,"disse a menina, surpresa. "Oh, Okay."
E se retirou passando através da porta que agora se encontrava novamente
fechada.
"As pessoas esperam que você tem amigos mais geniais que nós,"disse Luna,
parecendo estar encabulada.
"Vocês são bons,"disse harry logo. "Nenhum deles estava no ministério. Nenhum
lutou comigo."
"Que é uma ótima coisa a se dizer,"irradiou Luna. Então empurrou seu
(Spectrespecs) longe e começou a ler O pasquim.
"Nós não o enfrentamos"disse Neville, emergindo para cima do assento, com pó em
seus cabelos, e um Trevo inquieto em sua mão. "Você. Você deve ouvir o que minha
avó fala sobre você. Esse Harry Potter fazendo acontecer tudo isso com todo o
Ministério da Magia contra." Daria qualquer coisa pra te-lo como neto.
Harry sorriu encabulado e mudou o assunto para a coruja assim que pode. Quando
Neville quis saber se estaria apto a fazer o N.I.E.Ms de Transfiguração, com
somente um "Aceitável," Harry prestava atenção mas não estava realmente
escutando.
A infância de Neville tinha sido quase tão dura quanto a de Harry por causa de
Voldemort, mas ele não tinha idéia de quão próximo ele ficou de ter o destino de
Harry. A profecia servia para ambos, contudo, por suas próprias razões,
Voldemort acabou escolhendo Harry.
Se Voldemort tivesse escolhido Neville, seria ele que ia se sentar oposto a uma
cicatriz em forma de raio? A mãe de Neville morreria para salva-lo, assim como
Lílian morreu por Harry?Certamente... Mas se ela não tivesse sido capaz de estar
entre Voldemort e seu filho, não haveria nenhum escolhido agora? E então Harry
seria beijado na estação pela sua própria mãe e não a mãe de Rony.
"Você está bem, Harry? Estava olhando engraçado,"disse Neville.
Harry começou "Desculpa... Eu..."
"Você... O que?"
"Que bicho te morder?" perguntou Luna de uma forma muito simpática, analizando
Harry através de seus enorme óculos colorido.
Ela agitou as mãos no ar, como se fosse bater em algo invisível e muito grande.
Harry e Neville, no entanto começaram a falar de Quadribol.
O Tempo lá fora era quente como havia sido todo o verão; com um pouco de nevoa,
e alguns fracos raios de sol. Era durante o ultimo tempo livre, quando o sol era
quase não mais visível que Rony e Hermione entraram na cabine.
"Tomara que o carrinho passe logo para o almoço, estou famindo," disse Ron
ansioso, sentando ao lado de Harry e apertando seu estômago. "Oi, Neville. Oi,
Luna. Adivinem?" ele disse, voltando a Harry. "Malfoy não está fazendo seu
trabalho como monitor. Ele está sentado na sua cabine com os outros Sonserinos,
nós o vimos quando passamos."
Harry se sentou direito, interessado. Não é de Malfoy desperdiçar uma chance de
demonstrar seu poder como monitor, poder do qual ele tinha abusado durante todo
o ano passado.
"O que ele fez quando viu vocês?"
"O de sempre," disse Rony indiferente, fazendo um gesto rude com as mãos. "Nada
inteligente, não é? Bem - é isso" - ele fez novamente um gesto rude com as mãos
- "mas por que ele parou de intimidar os primeiro-anistas?
"Não sei," disse Harry, mas sua mente estava girando muito rápido. Lhe parecia
que Malfoy não achava que existia coisa mais importante do que intimidar os
alunos novatos.
"Talvez ele prefa o Esquadrão Inquisidor," disse Hermione. "Talvez ser um
monitor pareça-lhe muito pouco depois daquilo."
"Eu não acho que seja isso," disse Harry. "Eu acho que eles está -"
Mas antes que ele pudesse dar sua opinião, a porta da cabine foi aberta
novamente e uma garota ofegante do terceiro ano caminhou para dentro.
"Eu devo entregar isso para Neville Longbottom e Harry P-Potter," ela gaguejou,
quando seus olhos encontram os do Harry e ela corou. Ela estava segurando dois
pedaços de pergaminho amarrados com fita violeta. Perplexos, Harry e Neville
pegaram o pergaminho endereçado a cada um e a garota saiu tropeçando da cabine.
"O que é isso?" Rony perguntou, enquanto Harry desenrolava o papel.
"Um convite" disse Harry."
Harry,
Eu seria deleitado se você se juntasse a mim na hora do almoço na cabine C.
sinceramente, . , .
"Mas para que ele me quer lá?" perguntou Neville nervoso, como se ele estivesse
esperando por uma detenção.
"Nenhuma idéia," disse Harry, que não estava totalmente convencido, pensando que
ele não tinha nenhuma prova ainda que sua desconfiança estava certa. "Ouça," ele
disse, agarrado numa idéia repentina, "vamos sob a Capa de Invisibilidade, então
nós podemos dar uma boa olhada na maneira do Malfoy, ver o que ele está
aprontando."
Esta idéia, entretanto, veio a nada: Os corredores, que foram cheios de gente
que esperavam o carrinho de doces para o almoço, se tornou impossível de passar
enquanto vestiam o casaco. Harry arrumou-o repentinamente atrás de sua bolsa,
refletindo no que faria só para evitar todo aquele movimento, que parecia ter se
intensificado incrivelmente desde a última vez que ele andou no trem. Todos os
estudantes agora se empurravam em suas cabines para dar uma olhada melhor nele.
A excessão foi Cho Chang, que lançou-se para sua cabine dela quando viu Harry
vindo. Enquanto Harry passava pela janela, ele a viu concentrada numa conversa
com sua amiga Marieta, que usava uma camada bastante grossa de maquiagem que não
escondia completamente a estranha formação de espinhas através de seu rosto. Com
um sorriso um pouco forçado, Harry continuou.
Quando eles alcançarama cabine C, eles viram que não eram os únicos convidades
de Slughorn, entretanto julgando pela entusiasmada boas vindas de Slughorn,
Harry era o mais calorosamente esperado.
"Harry, meu garoto!" disse Slughorn, pulando para seu campo de visão de modo que
sua grande barriga coberta de veludo parecesse encher todo o espaço restante na
cabine. Sua cabeça careca brilhante e o grande bigode prateado resplandeciam com
tanto brilho na luz do sol quanto os botões de ouro de seu paletó. "Bom te ver,
bom te ver! E você deve ser o Sr. Longbottom!"
Neville assentiu, olhando assutado. Em um gesto de Slughorn, sentaram-se opostos
um ao outro nos dois únicos assentos vazios, que eram os mais próximos a porta.
Harry olhou de relance ao redor para os outros convidados. Ele reconhceu um
Sonserino do mesmo ano que eles, um menino negro alto com olheras fundas, olhos
inclinados; havia também dois meninos do sétimo-ano que Harry não conhecia e,
espremida no canto ao lado de Slughorn e com um olhar de como se não tivesse
certeza como tinha chegado lá, Gina.
"Agora, vocês conhecem todo mundo?" Slughorn perguntou a Harry e Neville.
"Blaise Zabini está no mesmo ano que vocês, naturalmente ---"
Zabini não fez nenhum sinal de reconhecimento ou cumprimento, nem Harry ou
Neville: Os estudantes Grifinorianos e Sonserinos detestam-se no começo.
"Este é Cormac McLaggen, talvez vocês vieram atrávés de - ? Não?"
McLaggen, um largo, forte e cabeludo jovem, acenou a mão, e Harry e Neville
acenaram a cabeça de volta para ele.
"- e este é Marcus Belby, eu não sei será - ?"
Belby, que era magro e tinha um olhar apreensivo, deu-lhes um sorriso estranho.
"- e essa charmosa senhorita disse-me que os conhecem!" Slughorn terminou.
Gina fez caretas para Harry e Neville por trás de Slughorn.
"Bem agora, isto é o mais agradável," disse Slughorn comodamente. "Uma chance
para conhecer vocês todos um pouco melhor. Aqui, pegue um guardanapo. Eu
empacotei meu próprio almoço; o carrinho, como eu o recordo, é cheio de licorice
(* substância produzida através do licopódio, tipo de erva rasteira, matéria
prima para fabricação de bebidas e certos comestíveis, também com funções
medicinais *), e o sistema digestivo de um pobre homem velho não são lá essas
coisas. Faisão, Belby?"
Belby começou e aceitou o que olhou como a metade de um faisão frio.
"Eu estava justamente contando ao jovem Marcus aqui que eu tive o prazer de
ensinar ao seu Tio Damocles," Slughorn disse a Harry e Neville, passando agora
em torno de uma cesta de rolos. "Um excelente bruxo, excelente, e sua Ordem de
Merlim mais bem-merecida. Você vê muito seu tio, Marcus?"
Desaforunadamente, Belby estava com a boca cheia de faisão; em sua pressa para
responder Slughorn ele engoliu muito rápido, ficou roxo, e começou sofocar.
"Anapneo," disse calmamente Slughorn, apontando sua varinha para Belby, cujo
caminho do ar na garganta pareceu se limpar de uma só vez.
"Não. . . não muito ele, não," soluçou Belby, seus olhos lacrimejando.
"Bem, naturalmente, eu sei que ele é ocupado," disse Slughorn, olhando
questionavelmente para Belby. "Eu duvido que ele inventou a Poção Wolfsbane sem
um considerável trabalho duro!"
"Eu suponho . . ." disse Belby, que parecia ter medo de pegar um outro pedaço de
faisão até estar certo de que Slughorn tinha terminado de falar com ele. "Er ...
ele e meu pai não se dão muito bem, você vê, então eu não sei realmente muito
sobre ele..."
Sua voz enfraqueceu quando Slughorn deu-lhe um frio sorriso e em vez disso virou
para McLaggen.
"Agora, você, Cormac," disse Slughorn, "Eu espero saber que você vê muito seu
Tio Tiberius, porque ele tem uma figura esplêndida de vocês dois caçando em, eu
acho, Norfolk?"
"Oh, sim, aquilo foi divertido, se foi," disse McLaggen. "Nós fomos com Bertie
Higgs e Rufus Scrimgeour - isso foi antes dele se tornar Ministro, obviamente -"
"Ah, você conhece Bertie e Rufus também?" perguntou Slughorn irradiando, agora
oferecendo uma pequena bandeja de tortas; de algum modo, Belby foi esquecido.
"Agora diga-me . . ."
Era como Harry suspeitava. Todos pareciam ter sido convidados porque tiveram
conexões com alguém bem-sucedido ou influente - todos esceto Gina. Zabini, que
foi interrogado depois de McLaggen, veio a ter uma celebridade belíssima como
mãe (de quem Harry poderia desconfiar: tinha sido casada sete vezes, cada um de
seus maridos morreram misteriosamente e deixou-lhe montes de ouro). Era Neville
em seguida: foram dez minutos muito desconfortáveis. Os pais de Neville, Aurores
bastante conhecidos, foram torturados até a insanidade por Bellatrix Lestrange e
um par de Comensais da Morte colegas dela. No fim da entrevista de Neville,
Harry teve a impressão que Slughorn reservava um julgamento de Neville, sobre se
ele tinha algum do talento dos pais dele.
"E agora," disse Slughorn, deslocando-se pesadamente em seu lugar com o ar de
que iria apresentar seu ato principal. "Harry Potter! De onde começar? Eu sinto
que apenas risquei a superfície (* no senido de perguntar e saber *) quando nós
nos encontramos durante o verão!" Ele contemplou Harry por um momento como se
ele fosse um grande e suculento pedaço de faisão, então disse, "A Primeira
Escolha, eles estão chamando você assim agora!"
Harry não disse nada. Belby, McLaggen e Zabini estavam fitando-o.
"Naturalmente," disse Slughorn, olhando Harry de perto, "terá rumores por anos.
.. eu lembro quando - bem - depois daquela terrível noite - Lilían - Tiago - e
você sobreviveu - e a palavra era que você tinha poderes além do normal -"
Zabini deu uma leve tosse que claramente quis indicar ceticismo. Uma voz nervosa
surgiu por trás de Slughorn.
"Eh, Zabini, porque você é tão talentoso ... ao contrário. . . ."
"Oh querida!" riu Slughorn confortavelmente, olhando a procura de Gina, que
olhava reluzente para Zabini perto da grande barriga de Slughorn. "Você precisa
ser cuidadoso, Blaise! Eu vi a performance dessa jovem senhorita para o mais
malévolo Bat-Bogey Hex (* um feitço *) quando eu passava pela carruagem dela! Eu
não a desafiaria!"
Zabini olhou meramente insolente.
"De qualquer forma," disse Slughorn, voltando para Harry. "Semelhantes rumores
neste verão. Naturalmente, não sabemos em que acreditar, o Profeta Diaário tem
imperfeições, comete erros - mas parecia que havia um pouco de incerteza, dado
ao número de testemunhas, que absolutamente havia uma perturbação no Ministério
e que você estava lá no meio disso tudo!"
Harry, que não poderia de qualquer forma se ver fora disso sem mentir um pouco,
fez um pequeno gesto com a cabeça mas ainda não disse nada. Slughorn sorriu de
alegria para ele.
"Muito modesto, muito modesto, não me espanto que Dumbledore goste tanto de você
- você estava lá, então? Mas o resto das histórias - tão sensasionais,
naturalmente, ninguém sabe exatamente o que é e em que acreditar - essa profecia
fictícia, por exemplo -"
"Nós nunca ouvimos a profecia," disse Neville, tornando-se rosa como um gerânio
enquanto falava.
"Isso está certo," disse Gina com firmeza. "Neville e eu estávamos ambos lá
também, e todo essa besteira de Primeira Escolha é apenas o Profeta Diário
dizendo coisas acima do normal."
"Vocês dois estavam lá também, eram vocês?" perguntou Slughorn com grande
interesse, olhando de Gina para Neville, mas ambos sentaram-se como um molusco
(calados) antes do sorriso encorajador dele.
"Sim. . . bem... é verdade que o Profeta frequentemente exagera, naturalmente. .
. ." Slughorn disse, soando um pouco desapontado. "Eu lembro da cara de Gwenog
contando-me (Gwenog Jones, eu digo, Capitão do Holyhead Harpies)..."
Ele soltou um longo giro de lembranças, mas Harry teve a impressão distinta que
Slughorn não tinha terminado com ele, e que não tinha sido convencido por
Neville e por Gina.
A tarde passou com mais anedotas sobre elustríssimos bruxos que Slughorn
conheceu, todos que participaram foram chamados para o que ele chamou de "O
Clube do Slug" em Hogwarts. Harry não podia esperar para sair, mas não conseguia
achar uma forma de fazer isso de forma educada. Finalmente o trem emergiu para
uma paisagem nebulosa e distante de um vermelho pôr-do-sol, e Slughorn olhou,
piscando no crepúsculo.
"Gracioso, já está começando a escurecer! Eu não observei que tinham acentido as
luzes! Seria melhor vocês irem e trocarem suas veste, todos vocês. McLaggen,
você deve deixar cair e pedir emprestado aquele livro(?). Harry, Blaise -
qualquer hora vocês devem passar . O mesmo vale para você, Senhorita," disse
cintilante para Gina. "Bem, hora de vocês irem, hora de vocês irem!"
Assim que Harry colocou os pés no escuro corredor, Zabini lançou-lhe um olhar
penetrante que Harry retornou com interesse.Ele, Gina e Neville seguirem Zabini
pelo trem.
"Estou feliz que isso tenha acabado," murmurou Neville. "Homem estranho, não é?"
"Sim, ele é um pouco," disse Harry, seus olhos em Zabini. "Como você terminou
lá, Gina?"
"Ele viu-me enfeitiçar Zacharias Smith," disse Gina. "Você lembra daquele idiota
da Lufa-Lufa que estava na Armada de Dumbledore? Ele ficou me perguntou o que
aconteceu no Ministério e por fim ele me irritou tanto que eu o enfeiticei -
quando Slughorn veio eu pensei que estava indo para a detenção, mas ele apenas
pensou que era realmente um bom feitiço e me convidou para almoçar! Louco, né?"
"A melhor razão para convidar alguém é que sua mãe é famosa," dissse Harry,
olhando de cara feia para a parte de trás da cabeça de Zabini, "ou por causa de
seu tio -"
Mas ele parou. Uma idéia ocorreu a Harry, uma perigosa mas realmente incrível
idéia. ... Em poucos minutos, Zabini estaria entrando na cabine dos Sonserinos
do sexto ano e Malfoy estaria sentado lá, pensando que estará sendo ouvido
apenas pelos Sonserinos. ... Se Harry pudesse apenas entrar, sem ser percebido,
atrás dele,o que ele não poderia ver e ouvir? Verdade, havia pouco tempo até o
fim da viagem - a Estação de Hogsmeade devia estar a menos de uma hora de
distância, julgando pelas paisagens que passavam pela janela - mas ninguém mais
parecia preparado para levar a suspeita de Harry a diante, então isso era
difícil para ele de provar.
"Eu vejo vocês dois depois," disse Harry mal respirando, puxando sua Capa de
Invisibilidade e cobrindo-se.
"Mas o que você - ?" perguntou Neville.
"Depois!" respondeu Harry, aproximando-se de Zabini tão silencioso quanto
possível, pensando que o agito do trem o ajudaria nesse trabalho.
Os corredores estavam quase completamente vazios agora. Quase todos haviam
retornado as suas cabines para trocar suas vestes pelo uniforme da escola e
empacotar suas coisas. Pensava que estava tão perto quando podia de Zabini, para
não tocá-lo, mas Harry não foi rápido o suficiente para entrar na cabine quando
Zabini moveu a porta. Zabini estava pronto para fechar a porta quando Harry
colocou seu pé no caminho para evitar que ela fechasse
"O que está errado com essa coisa?" disse Zabini nervoso enquanto esmagava o pé
de Harry na porta de trilho.
Harry agarrou a porta e empurrou-a para abrir, duramente; Zabini, que ainda
segurava-a com seu punho, tropeço na bainha de Gregory Goyle, e no instante
seguinte, Harry entrou na cabine, indo para o assento temporariamente vazio de
Zabini, e subiu da prateleira de bagagens. Teve sorte que Goyle e Zabini estavam
remungando um com o outro, desviando todos os olhares para eles, porque Harry
tinha quase certeza que seus pés e tornozelos ficaram visíveis quando a capa
escapuliu; teve certeza, quando por um terrível momento ele pensou ver os olhos
de Malfoy seguir seu corpo enquanto ia para cima, fora da vista de todos. Mas
então Goyle bateu a porta fechando-a e arremessou Zabini para fora de seu
caminho; Zabini desmoronou em seu próprio assento com um olhar confuso, Vincente
Crabbe voltou para sua revista em quadrinhos, e Malfoy, abafando o riso, colocou
Zabini para fora se seu assento, colocando sua cabeça nas pernas de Pansy
Parkinson. Harry estava desconfortável demais sob a capa para assegurar que cada
polegada dele ficasse escondida, e assistiu Pansy acariciar o liso cabelo loiro
de Malfoy, sorrindo satisfeita com ela faz, quando pensa que ninguém teria amor
para dar em seu lugar. As lanternas que balançam do teto da carruagem moldaram
uma luz brilhante sobre a cena. Harry poderia ler cada palavra da história em
quadrinhos de Crabbe, diretamente abaixo dele.
"Então, Zabini," disse Malfoy, "o que Slughorn queria?"
"Só tentar fazer uma boa ligação com as pessoas," disse Zabini, que ainda estava
irritado com Goyle. "Não que ele tenha conseguido muitas."
Esta informação não pareceu agradar Malfoy. "Quem mais ele convidou?" ele
exigiu.
"McLaggen da Grifinória," disse Zabini.
"Ah sim, seu tio tem um grande cargo no Ministério," disse Malfoy.
"- alguém mais, chamado Belby, da Corvinal -"
"Ele não, ele é um burro!" disse Pansy.
"- e Longbottom, Potter e aquela garota Weasley," terminou Zabini.
Malfoy sentou-se muito rapidamente, jogando a mão de Pansy pro lado.
"Ele convidou Longbottom?."
"Bem, eu supunho que sim, Longbottom estava lá," disse Zabini indiferente.
"Em que Longbottom interessaria Slughorn?"
Zabini deu de ombros.
"Potter, precioso Potter, obviamente ele queria dar uma olhada na Primeira
Escolha," zombou Malfoy, "mas aquela garota Weasley! O que de especial ela
tem?"
"Muitos garotos gostam dela," disse Pansy, prestando atenção em Malfoy pelo
canto dos olhos para sua reação. "Mesmo você acha que ela é bonita, não você,
Blaise, nós todos sabemos o quanto você é difícil de agradar!
"Eu não tocaria numa traidora suja do sangue bruxo como ela independente de como
quer que ela parecesse," disse Zabini frio, e Pansy olhou-o feliz. Malfoy
deitou-se novamente e permitiu que Pansy recomeçasse a cariciar seu cabelo.
"Bem, eu tenho pena do gosto do Slughorn. Talvez ele esteja um pouco caduco. É
uma vergonha, meu pai sempre diz que ele foi um bom bruxo no seu tempo. Meu pai
sempre se mostrou um pouco favorável a ele. Slughorn provavelmente não sabia que
eu estava no trem, ou -"
"Eu não iria aceitar o convite," disse Zabini. "Ele me perguntou sobre o pai do
Notts quando eu cheguei, fui o primeiro. Ele disse que eram velhos amigos,
aparentemente, mas quando ele ouviu que Notts se complicou no Ministério ele não
pareceu feliz, e Nott não foi convidado, foi? Eu não acho que o interesse de
Slughorn seja os Comensais da Morte."
Malfoy olhou nervoso, mas forçou-se a dar um singular sorriso sem nenhum humor.
"Bem, quem se importa se ele está interessado? O que era ele, quando você foi lá
pra baixo? Só um professor estúpido." Malfoy bocejou ostencivamente. "Quer
dizer, eu não estarei em Hogwarts no próximo ano, qual o problema para mim se um
homem velho gosta de mim ou não?"
"O que você quer dizer, com não estar em Hogwarts no próximo ano?" disse Pansy
indignada, parando de acariciar Malfoy.
"Beml, você nunca saberá," disse Malfoy com um sorriso como de um fantasma. "Meu
poder será - er, bem - usado em coisas maiores e melhores."
Encolhendo-se na prateleira de bagagem sob a capa, o coração de Harry começou a
bater mais rápido. O que Rony e Hermione diriam sobre isso? Crabbe e Goyle
estavam bajulando Malfoy; aparentemente eles não tinham nenhuma suspeita de
qualquer plano para essas coisas melhores e maiores. Mesmo Zabini tinha se
permitido um olhar de curiosidade que estragava seu tom arrogante. Pansy
recomeçou vagarosamente a carícia nos cabelos de Malfoy, olhando confusa.
"Você quer dizer -"
Malfoy encolheu os ombros.
"Minha mãe quer que eu complete meus estudos, mas pessoalmente, eu não acho isso
importante nessa altura. Quer dizer, pensar sobre isso. ... Quando o Lord das
Trevas voltou, ele está ligando para quantos NOMs ou NIEMs nós temos?
Naturalmente ele não está. Isso será um tipo de serviço que ele pediu, vou
mostrar minha devoção a ele."
"E você acha que estará pronto para fazer algo para ele?, perguntou Zabini
ofensivo. "Dezeseis anos de idade e nem tem todo o aprendizado ainda!?"
"Eu disse, não disse? Talvez ele nem liga para o meu aprendizado da escola.
Talvez o trabalho que ele quer que eu faça não seja algo que precise estar
qualificado assim," disse rapidamente Malfoy.
Crabbe e Goyle estavam ambos sentandos com suas bocas abertas como gárgulas.
Pansy estava olhando para Malfoy como se pensasse que nunca viu nada tão
inspiradoramente medonho.
"Eu posso ver Hogwarts," disse Malfoy, saboreando claramente o efeito que ele
criou enquanto olhava pela janela enegrecida. "Seria melhor nós trocarmos nossas
vestes agora."
Harry estava muito ocupado olhando para Malfoy, que não percebeu Goyle
procurando por sua mala. Enquanto ele a puxava para baixo, ele bateu muito forte
na cabeça de Harry. Ele soutou um involuntário gemido de dor, e Malfoy olhou
para cima da prateleira de bagagens, franzindo a testa.
Harry não estava com medo de Malfoy, mas ele não gostava muito da idéia de ter
que de se esconder sob sua Capa de Invisibilidade de um grupo de Sonserinos. Com
os olhos lacrimejantes e a cabeça doendo, ele puxou sua varinha, tomando cuidado
para não levantar a capa, e esperou, prendendo a respiração. Para sua sorte,
Malfoy pareceu decidir que tinha imaginado o barulho; ele puxou suas vestes como
os outros, fechou sua maleta, e enquanto o trem ia cada vez mais devagar para
uma parada muito movimentada, pendurou uma capa de viagem nova ao redor de seu
pescoço.
Harry podia ver o corredor encher-se e esperava que Hermione e Ron levasse as
coisas dele para a plataforma; ele ficaria parado onde estava até a cabine
ter-se esvaziado completamente. Por último, com uma ginada final, o trem veio e
parou completamente. Goyle abriu a porta e muscusolo como era, empurrou para
fora de seu caminho uma multidão de segundo-anistas, ameaçando esmurrá-los;
Crabbe e Zabini prosseguiram.
"Vá você," Malfoy disse a Pansy, que estava esperando por ele com sua mão
estendida como se esperasse que ele a pegasse. "Eu quero checar uma coisa."
Pansy foi. Agora Harry e Malfoy estavam sozinhos na cabine. Estudantes estavam
se infileirando na saída, indo para a plataforma escura. Malfoy moveu-se pela
porta adentro e puxou as cortinas, então aquelas pessoas no corredor não puderam
ser vistas. Então ele trancou sua mala e abriu-a novamente.
Harry olhou de cima da prateleira de bagagens, seu coração bateu um pouco mais
rápido. O que Malfoy queria fazer escondido de Pansy? Será que sua mala tinha
alguma coisa quebrada para consertar?
"Petrificus Totalus!"
Sem cuidado, Malfoy ergueu sua varinha para Harry, que foi paralizado
instantaneamente. Enquanto pensava devagar, ele caiu da prateleira de bagagens e
sentiu, agonizadoramente, um baque com o chão, no pé do Malfoy; a Capa de
Invisibilidade caiu por baixo dele, seu corpo foi totalmente revelado com suas
pernas ainda curvadas numa posição que lhe dava cãibras. Ele não podia mover um
músculo; ele só podia olhar para Malfoy, que riu.
"Eu pensei," ele disse radiante. "que eu tinha ouvido o estômago do Goyle
roncar. E pensei ver um relampejo branco no ar depois de Zabini voltar. . . ."
Seus olhos pousaram sob Harry.
"Você não ouviu nada que possa me comprometer, Potter. Mas enquanto eu tiver
você aqui . . ."
E ele pisou, duramente, no rosto de Harry. Harry sentiu seu nariz quebrar;
sangue jorrando para todos os lados.
"Isso é por meu pai. Agora, vamos ver. . . ."
Malfoy tirou a capa de baixo do corpo de Harry e jogou sobre ele.
"Eu não acho que vão te encontar antes de chegarem em Londres," disse rápido.
"Vejo você por aí, Potter ... ou não."
E tomando cuidado para não encostar em Harry, Malfoy deixou a cabine.
CAPÍTULO 08
SNAPE VITORIOSO
Harry não podia mover um só músculo. Ele deitou-se ali embaixo da capa da invisibilidade sentindo o sangue escorrer de seu nariz, quente e áspero, por seu rosto,
ouvindo as vozes e passos no corredor abaixo. Seu pensamento imediato foi que alguém, iria vê-lo, iria checar os compartimentos antes que o trem partisse de novo.
Mas de repente veio o pensamento de que mesmo que alguém olhasse, ninguém o veria, pois ele estava invisível. Sua melhor esperança era que alguém mais iria entrar
e pisar nele.
Harry nunca odiou tanto malfoy quanto agora deitado no chão ali, como uma absurda tartaruga de pernas para cima, sangrando doentiamente por sua boca aberta. Que
situação estúpida para ter-se metido sozinho... E agora os últimos passos estavam morrendo ao longe; todos estavam na plataforma escura; ele podia ouvir as pessoas
falando lá fora.
Ron e hermione pensariam que ele deixara o trem sem ele. Quando chegassem a hogwarts e tomassem seus lugares no salão principal, olhassem para baixo e para cima
na mesa da grifinória procurando por harry e finalmente se desse conta de que ele não estava lá, ele já estaria, sem duvida, a meio caminho para Londres.
Ele tentou fazer algum som, mesmo um grunhido mas era impossível. Então ele lembrou-se que alguns bruxos, ate mesmo dumbledore, poderiam fazer sons sem falar, então
ele tentou pegar sua varinha, que estava embaixo de sua mão, dizendo as palavras "accio varinha" de novo e de novo em sua casa, mas nada aconteceu.
Ele pensou que poderia ouvir o murmúrio das arvores que circulavam o lago, não havia sinal de uma busca sendo feita ou mesmo de (ele desistiu de esperar por isso)
vozes em pânico imaginando onde harry potter tinha ido. Um sentimento de desesperança se espalhou por ele enquanto ele imaginava o comboio de carruagens de trestálios
subindo para a escola e risadas da carruagem em que se encontrava malfoy, onde ele poderia estar contando de seu ataque a harry para crabbe, goyle, zabini e pansy
Parkinson.
O trem fez uma curva, fazendo com que harry rolasse pra cima de si mesmo. Agora ele estava encarando a parte de baixo dos bancos ao invés do encosto. O chão começou
a vibrar enquanto a engrenagem criava vida. O expresso estava indo embora e ninguém sabia que ele estava ainda estava ali... Então ele sentiu a capa da invisibilidade
sair de cima dele e uma voz acima dele disse, "olá harry".
Então houve um flash de luz vermelha e o corpo de harry descongelou; ele conseguiu se colocar em uma posição dignamente sentado, limpou o sangue no rasto com as
costas das mãos, e levantou a cabeça para olhar para tonks, que estava segurando a capa da invisibilidade que havia acabado de puxar.
É melhor nós sairmos daqui rápido, disse ela, enquanto a janela do trem começava a escurecer e eles começaram a se mover para a estação *venha, pule bem (?)" harry
rapidamente pulou depois dela dentro do corredor. Ela abriu a porta do trem e saiu na plataforma, que parecia estar se mexendo no momento em que saíram do trem.
Ele segui-a, escorregando um pouco na lama, eles saíram bem em tempo para ver a grande engrenagem escarlate em alta velocidade, e desaparecer de vista.
O ar frio da noite estava fazendo seu nariz arder. Tonks estava olhando-o; ele se sentiu embaraçado e com raiva que tivesse sido descoberto em uma posição tão ridícula.
Silenciosamente ela lhe entregou a capa da invisibilidade.
"Quem fez isso?"
"Draco malfoy", disse harry com raiva. "Obrigada por... bem..."
"Sem problemas," disse tonks sem sorrir. Pelo que harry podia ver no escuro ela parecia miserável comparada com quando ele a tinha encontrado no Burrow. "Eu posso
arrumar o seu nariz se você ficar parado"
Harry não tinha pensado muito na idéia; ele pretendia visitar madame pomfrey, a enfermeira, em quem ele tinha mias confiança em se tratando de machucados com magia,
mas parecia rude dizes isso, então ele ficou parado o fechou os olhos,
"Episkey" disse tonks.
O nariz de harry ficou muito quente, e então muito frio. Ele levantou uma mão e sentiu melhor. Parecia ter sido remendado.
"Muito obrigada!"
"É melhor você colocar essa capa, e nós poderemos ir para a escola" disse tonks, ainda sem sorrir. Enquanto harry colocava a capa, ela levantou a varinha; uma criatura
de quatro patas enorme saiu da varinha e foi direto para a escuridão.
"Era um patrono?" perguntou harry, que tinha visto mensagens de dumbledore como essa.
"Sim. Estou dizendo ao castelo que estou com você ou eles vão se preocupar. Venha, é melhor não duvidarmos."
Eles entraram na trilha que levava para a escola.
"Como você me achou?"
"Eu soube que você não tinha saído do trem, e eu sabia que você tem essa capa. Eu pensei que você pudesse estar se escondendo por alguma razão. Quando eu vi as malas
no chão naquela cabine, eu pensei e fui checar"
"Mas o que você esta fazendo aqui, mesmo?" perguntou harry.
"Eu estou em hogsmead agora, para dar mais proteção para a escola" disse tonks.
"É só você que esta aqui, ou-?"
"No, proudfoot, savage e dawlish estão aqui também"
"Dawlish, aquela auror que dumbledore atacou no ano passado?"
"Isso mesmo"
Eles entraram na escuridão, na deserta trilha, seguindo as recém deixadas marcas das carruagens. Harry olhou diversas vezes para tonks debaixo da capa. No que passara
ela tinha sido muito inquisitiva (ao ponto de ser irritante de vez em quando), ela dava risada fácil, ela fazia piadas. Agora ela parecia mais velha e muita mais
seria. Era isso tudo efeito do que havia acontecido no ministério? Ele refletiu desconfortavelmente que hermione que ele devia dizer algo confortante sobre sirius
para ela, que não era culpa dela, afinal, mas ele não consegui faze-lo. Ele não a culpava pela morte de sirius; isso não era mais a culpa dela do que qualquer outro
(e muito menos que a dele), mas ele não gostava de falar de sirius se pudesse evitar. Então eles caminharam pela noite fria em silencio, a longa capa de tonks raspando
no chão atrás deles; sempre tendo viajado por ali em carruagens, harry nunca tinha percebido como hogwarts era longe da estação de hogsmead. Com grande alivio eles
finalmente viu os altos pilares nos dois lados dos portões,cada topo com uma wingred boar (?). Ele estava com frio, com fome e ele estava bem próximo de deixar essa
nova, seca tonks para trás. Mas quando ele colocou a mão no portão, ele estava trancado.
"Alorromora", ele disse baixo, apontando sua varinha para a fechadura, mas nada aconteceu.
"Esse não vai funcionar" disse tonks. "Dumbledore trancou-os pessoalmente."
Harry olhou em volta. "Eu poderia pular o muro" ele sugeriu.
"Não, não poderia" disse tonks secamente. "Feitiços anti-intrusos em todos. a segurança aumentou muito nesse verão"
"Bem, então," disse Harry, começando a se sentir irritado por sua falta de esperança" eu suponho que terei que dormir aqui fora e esperar pela manha"
"Alguém pode vir aqui, para você" disse tonks, "olhe"
Uma lanterna se acendeu nas portas do castelo. Harry estava tão agradecido por isso, que achou que podia ate encorajar as criticas de filch por seus atrasos e como
seus reguladores de tempo poderia ajudar com a regular aplicação das normas da escola. Isso foi ate até a luz amarela estar a dez passos de distancia deles, e ele
tirar a capa e harry visse, que reconhecia o nariz comprido e torto, o cabelo negro e seboso de severo snape.
"Bem, bem, bem" zombou snape, tirando a capa e destrancando a fechadura e os portões se abriram. "Gentil da sua parte de aparecer, potter, logicamente você achou
que as carruagens da escola destoariam de sua aparência."
"Eu não poderia mudar. Eu não tinha meu--" Harry começou, mas snape cortou-o.
"Não precisa esperar, nimphadora, potter esta bastante, ah, seguro, em minhas mãos"
"Eu pensava que hagrid receberia a mensagem" disse tonks, desanimada.
"Hagrid estava atrasado para a festa de inicio de ano, como potter aqui, então eu peguei isso no lugar dele. E incidentalmente, "disse Snape, indo para trás, para
harry passar, "eu estava interessado em ver seu novo patrono"
Ele fechou os portões na cara dela, com um estrondo alto e bateu na fechadura com sua varinha de novo, então eles fizeram um clique e voltaram ao lugar.
"Eu acho que você estava melhor com a velha" disse snape, a malicia em sua voz. "A nova parece fraca"
Enquanto snape voltava, a luz foi até o rosto dela e harry viu uma mistura de choque e raiva, então ela entrou na escuridão mais uma vez.
"Boa noite" harry disse por cima do ombro, enquanto começava a caminhar para a escola com snape "obrigada por... tudo"
"Nos vemos, harry"
Snape não falou por um minuto se quer. Harry sentiu como se seu corpo estivesse gerando ondas de poder que parecia inacreditável que snape não pudesse sentir queimando-o.
Ele tinha se lembrado de snape de seu primeiro encontro, mas snape tinha se colocado para sempre e irrevogavelmente contra a possibilidade de perdão a harry por
sua atitude para com sirius. De qualquer forma, dumbledore disse, harry tinha tempo para pensar durante o verão, e tinha concluído que a insistência de snape que
sirius ficava escondido seguramente enquanto o resto da ordem da fênix estavam fora lutando contra voldemort, provavelmente tinha sido um forte fator na pressa de
sirius ate o ministério na noite em que morreu. Harry teve essa noção, por que era capaz de culpar snape, que se sentia satisfeito, também por que sabia que se alguém
não lamentava a morte de sirius, esse era o homem ao seu lado, no escuro.
"50 pontos a menos para a grifinória por causa do atraso, eu acho" disse snape. "E, deixe-me ver, e menos 20 pontos por seu ataque trouxa. Sabe, eu não acredito
que nenhuma casa começou com pontos negativos to cedo: nós nem começamos o pudim."
A fúria e a o ódio borbulhando dentro de harry parecia ser branco-quente, mas ele preferia seguir imobilizado o caminho todo de volta para Londres do que dizer a
snape por que estava atrasado.
"Eu suponho que você queria fazer uma entrada, queria?" snape continuou. "E com nenhum carro voador por perto você decidiu que entrar no salão principal no meio
da festa criaria um efeito dramático"
Ainda assim, harry se manteve em silencio, ele pensou que sua testa ia explodir. Ele sabia que Snape havia vindo para incomodá-lo por alguns minutos enquanto ele
poderia atormentar harry sem ninguém mas ouvindo.
Eles pisaram nos degraus do castelo e as grandes portas de carvalho estavam abertas para o vasto salão de entrada. Uma bagunça de conversas e tilintar de pratos
vinha através das portas do salão principal. Harry imaginou se poderia colocar a capa de voltassem que ninguém visse, ate sentar no seu lugar na mesa da grifinória
(que, inconvenientemente era a mais longe da entrada do salão) sem ser notado. Como se tivesse lido a mente de harry, snape disse "nada de capa. Voe pode entrar
assim todos vão ver você, que é o que você queria, eu tenho certeza"
Harry virou e caminhou direto pelas portas abertas: qualquer coisa para se afastar de Snape. O salão principal com suas quatro longas mesas das casas e os funcionários
sentados no fundo da sala, estava decorado, como normal, com velas flutuando que fazia os pratos brilharem. Esse era um charmoso brilho para harry, entretanto, estava
caminhando tão rápido que estava passando a mesa da lufa-lufa tão rápido antes mesmo que as pessoas começassem a encará-lo, e quando estavam se levantando para dar
uma boa olhada nele, ele havia visto ron e mione, que faziam um lugar entre eles para harry sentar.
"Onde você-- nossa, o que houve com o seu rosto?" disse ron, olhando para ele com todos os outros.
"Por quê? O que há de errado com ela?" disse harry, pegando uma colher e olhando o seu reflexo distorcido.
"Você esta coberto de sangue!" disse hermione. "Vem cá..."
Ela pegou sua varinha, disse "tergeo" e o sangue seco sumiu.
"Obrigado" disse harry, sentindo seu rosto limpo agora. "Como esta o meu nariz?"
"Normal" disse mione ansiosa "por quê? Não deveria?" harry, o que aconteceu? Nos estávamos aterrorizados!"
"Digo para vocês depois" disse harry rapidamente em uma voz significativa. Ele estava bem consciente de que gina, neville, Dino, e simas estavam ouvindo; até mesmo
nick sem cabeça o fantasma da grifinória tinha vindo voando para escutar.
"Mas" disse hermione.
"Agora não, hermione" disse Harry. Ele esperava que eles pensassem que ele estava envolvido em algo realmente heróico, preferetivelmente algo com comensais da morte
e um dementador. Claro, malfoy iria espalhar a historia da melhor maneira possível, mas sempre havia a chance de não chegar a muitos ouvidos da grifinória.
Ele pegou depois de ron um pouco de frango e algumas batatas, mas antes que ele pudesse pega-las, elas tinham desaparecido, para serem trocados por pudins.
"Você perdeu o sorteio, mesmo" disse hermione, enquanto ron comia uma grande bomba de chocolate.
"Foi dito algo interessante?" perguntou Harry, pegando um pouco de torta.
"Mais o normal, mesmo... avisando a todos nós das faces do inimigo, sabe."
"Dumbledore mencionou voldemort?"
"Ainda não, mas ele sempre guarda o discurso em si para o fim. Pode ser longo, agora.
"Snape disse que hagrid estava atrasado para a festa"
"Você viu Snape? Como?" disse ron, entre mordidas à bomba.
"Passei por ele" disse Harry evasivamente.
"Hagrid estava apenas alguns minutos atrasado," disse hermione "olhe, ele esta olhando para você, Harry".
Harry olhou para cima, para a mesa dos funcionários e deu com hagrid, que estava sorrindo para ele. Hagrid nunca havia se comportado com a dignidade da professora
McGonnagal, diretora da grifinória, o topo da cabeça subiu de algum lugar entre a cabeça e o ombro de hagrid, como eles estavam sentados lado a lado, e que estava
com olhar desaprovador para o entusiasmo de hagrid. Harry estava surpreso por ver a professora de adivinhação, professora trelawney, sentada no outro lado de Harry;
ela raramente deixava o seu quarto na torre, e ele nunca tinha visto ela na festa e inicio de ano antes. Ela tinha o mesmo olhar esquisito de sempre, brilhando com
suas contas e um xale diáfano, seus olhos magnificamente aumentados para enormes, por seus óculos. Sempre a tendo considerado um pouco fraude, Harry ficou chocado
as descobrir que no fim dos tempos de adivinhação que foi ela quem fez a previsão de que lord voldemort iria matar os pais de Harry e atacá-lo. Saber disso, fez
com que Harry sentisse ainda menos vontade de ficar perto dela, nesse ano ele podia desistir de adivinhação. Seus enormes olhos se viraram na direção dele; ele apressadamente
olhou para a mesa da sonserina. Draco Malfoy estava imitando o nariz de Harry se despedaçar e arrancava aplausos e risadas. Harry voltou sua atenção para sua torta,
seu interior queimando de novo. O que ele daria para lutar corpo-a-corpo com Malfoy...
"Então, o que o professor Slughorn queria?" perguntou hermione.
"Para saber o que realmente aconteceu com mo ministro" disse Harry.
"Ele e todo mundo" choramingou hermione. "As pessoas estavam nos interrogando sobre isso no trem, não estavam Rony?"
"Sim! Disse Rony. "Todos querendo saber se você realmente é o escolhido".
"Tem havido muita conversa sobre isso, até mesmo entre os fantasmas" interrompeu rapidamente nick quase sem cabeça, inclinado à gola de rufus para segurar sua cabeça,
conectada ao corpo por apenas um pedacinho de pele. "Eu estou considerando algo sobre a autoridade de Potter; é bom saber que somos amigos. Eu assegurei a comunidade
de fantasma que não vou dar qualquer informação sobre você. Harry Potter sabe que pode confiar em mim com completa confiança eu disse a eles. Eu preferia morrer
a trair sua confiança".
"Isso não diz muita coisa, observando que você já esta morto" observou Rony.
"Mais uma vez, você mostrou toda a sensibilidade de um machado cego" disse nick, em tom afrontado, e ele girou no ar indo para o fim da mesa da grifinória, exatamente
quando dumbledore levantou-se na mesa dos funcionários. E a conversa por todo salão foi morrendo rapidamente.
"A melhor das noites para vocês!" ele disse sorrindo brandamente, seus braços abertos como se fosse abraçar o salão inteiro. "O que aconteceu com a mão dele? Sussurrou
hermione.
Ela não era a única que tinha notado. A mão direita de dumbledore estava enegrecida e com aspecto de morta como na noite em que fora tirar Harry dos dursleys. Sussurros
pelo salão todo; dumbledore interpretando-os da maneira correta, meramente sorriu e puxou sua capa roxa e dourada para junto da injuria (?).
"Nada para se preocuparem ele disse rapidamente. "Agora... Para nossos novos estudantes: boas vindas, para os antigos: bem-vindos de volta a mais um não que vos
espera com muita educação mágica...".
"A mão dele estava assim quando eu o vi no verão" Harry murmurou para hermione. "Eu achei que estaria curada por agora... ou madame pomfrey poderia ter dado um jeito".
"Parece que esta morta" disse hermione com a voz enojada "mas há alguns machucados que voce não pode curar... velhas magias... e há venenos sem antídoto...".
"E Sr. Filch, nosso zelador, me pediu para dizer que todas as Gemialidades Weasley estão banidas.
"Os interessados em jogar quadribol pela sua casa, devem dar seus nomes para o diretos de suas casas como o usual. Nós estamos também procurando por novos comentaristas
de quadribol, que deverão fazer da mesma forma.
"Nós estamos dando as boas vindas também ao novo membro da escola nesse ano, professor Slughorn" -Slughorn levantou-se, sua cabeça calva refletindo as luzes das
velas, sua grande barriga fazendo cintura na mesa - "é um grande colega meu que concordou em assumir o posto de mestre de poções".
"Poções?"
"Poções?"
A palavra ecoou por todo o salão principal enquanto as pessoas imaginavam se tinha entendido direito.
"Poções?" disseram rony e Mione ao mesmo tempo se virando para encarar Harry "mas você disse...".
"Professor Snape, enquanto isso," disse dumbledore aumentando a voz para ser ouvido no meio no burburinho, "irá estar dando aula de defesa contra as artes das trevas".
"Não!" disse Harry, tão alto que muitas cabeças se viraram em sua direção. Ele não se importou; ele estava encarando a mesa dos professores, abobalhado. Como Snape
poderia dar defesa contra arte das trevas depois de tanto tempo? Não era sabido que dumbledore não confiava em Snape para isso?
"Mas Harry, você disse que Slughorn estava vindo para ensinar defesa contra artes das trevas?" disse hermione.
"Eu achei que ele ia!" disse Harry, examinando todo o cérebro para lembrar quando dumbledore havia dito isso a ele, mas ele não conseguia lembrar o que dumbledore
tinha dito que Slughorn iria ensinar.
Snape, que estava sentado à direita de dumbledore, não se levantou à menção de seu nome; ele meramente levantou a mão para agradecer os aplausos que recebia da mesa
da sonserina, ainda assim, Harry podia detectar um olhar de triunfo nos olhos de Snape.
"Bem, ai esta algo bom!" disse ele com selvageria. "Snape vai ter ido embora no fim do ano"
"Como assim?" perguntou Rony.
"Esse emprego é enfeitiçado. Ninguém durou mais que um ano. Quirrel morreu exercendo-o... pessoalmente, vou manter meus dedos cruzados para outra morte...".
"Harry!" disse hermione chocada e com cara de quem desaprova.
"Talvez, ele apenas volte a dar poções no fim do ano" disse Rony racionalmente. "Esse Slughorn talvez não fique mais tempo que moody ficou."
Dumbledore limpou a garganta. Harry, Rony e hermione não eram os únicos que estavam falando; todo o salão principal imergiu em uma balburdia de vozes conversando
sobre a novidade: Snape finalmente tinha conseguido satisfazer seu desejo. Parecia obvio que a natureza sensacional das novidades concedidas, dumbledore não disse
mais nada sobre os empregados, mas esperou alguns segundos para ter certeza de que o silencio era absoluto antes que continuasse.
"Agora, como todos nesse salão sabem, Lord Voldemort e seus companheiros estão cada vez mais alargando e ganhando terreno."
O silencio parecia tenso enquanto dumbledore falava. Harry olhou para Malfoy, que não estava olhando para dumbledore, mas fazendo seu garfo pairar no ar com sua
varinha, como se pensasse que esse era o assunto mais indigno de atenção no mundo.
"Eu não posso enfatizar forte o bastante como a presente situação é perigosa, e quanto cuidado todos nós em hogwarts vamos precisar, para nos mantermos seguros.
As proteções mágicas do castelo foram fortificadas durante o verão, nós estamos protegidos por novas e mais poderosas mágicas, mas ainda devemos aguardar inescrupulosamente
contra estudantes que possam ser descuidados ou ate mesmo da parte dos empregados. Eu peço a vocês que obedeçam a cada imposição de seus professores em parte de
segurança, mas há uma regra que vocês devem prestar muita atenção, em particular, a regra que depois de certas horas, vocês não podem ficar na rua. Eu imploro a
vocês, notifiquem-nos de qualquer coisa estranha ou suspeita que percebam dentro ou fora do castelo. Eu confio em vocês para se conduzirem, sempre, a vocês e aos
outros com muito cuidado."
Dumbledore passou os olhos azuis pelos estudantes mais uma vez antes de sorrir de novo.
"Mas agora, suas camas os esperam, quentes e confortáveis como vocês podem desejar, e eu sei que sua maior prioridade é estar bem descansados para suas lições amanhã.
E vamos todos dizer boa noite. PIP PIP!"
Com o barulho usual os bancos se moveram para trás e centenas de estudantes começaram a sair do salão principal até seus dormitórios. Harry que estava sem pressa
para sair com todos, nem de chegar perto de Malfoy para ouvir a historia do nariz estourado, se deixou ficar para trás, pretendendo subir as escadas em seu ritmo,
deixando a maioria dos grifinórios a sua frente. Hermione foi à frente com as pessoas do primeiro ano, mas Rony ficou com Harry.
"O que realmente aconteceu com o seu nariz?" ele perguntou, quando estavam bem para trás das pessoas que saiam do salão principal e fora do campo de audição de qualquer
outro. Harry contou-lhe. Essa era uma marca da amizade deles, Rony não ria.
"Ei vi Malfoy imitando alguma coisa com um nariz" ele disse sombriamente.
"Sim, bem, esqueça isso," disse Harry rapidamente. "Ouça o que ele disse antes de descobrir que eu estava lá...".
Harry esperava que Rony ficasse pasmo com a ostentação de Malfoy. Com o que Harry considerou teimosia, de qualquer forma, Rony estava inexpressivo.
"Qual é, Harry, ele estava apenas se mostrando para Parkinson... que tipo de missão você sabe quem teria dado a ele?"
"Como você sabe que voldemort não precisa de alguém em hogwarts? Não seria a primeira -".
"Eu esperava que parasse de dizer esse nome, Harry," disse uma voz atrás deles. Harry olhou por cima do ombro e viu hagrid sacudindo a mão.
"Dumbledore diz esse nome" disse Harry tedioso.
"Sim, mas é dumbledore, não é? Disse hagrid misteriosamente." então por que demorou tanto para chegar aqui, Harry, eu estava preocupado".
"Fiquei para trás no trem" disse Harry. "Por que você estava atrasado?"
"Eu estava com Grope" disse hagrid feliz. "Perdi a noção do tempo. Ele esta com uma casa nova nas montanhas agora, dumbledore arrumou para ele - caverna grande,
bem legal. Ele esta muito mais feliz do que quando estava na floresta. Nós estamos nos divertindo muito.
"Serio??" disse Harry, cuidando para não encarar Rony nos olhos; da outra vez que ele havia visto o meio irmão de hagrid. Um gigante com grande talento para arrancar
arvores do chão, seu vocabulário tinha 5 palavras, duas das quais era incapaz de pronunciar corretamente.
"Oh, sim, ele esta bem melhor" disse Hagrid orgulhoso. "Você ficará pasmo. Eu estou pensando em treiná-lo para ser meu assistente".
Rony riu alto, mas tratou de transformar em um ataque de tosse. Agora eles estavam na frente das portas da frente.
"De qualquer forma, vejo vocês amanha. Primeiro tempo depois do almoço. Venham mais cedo e vocês poderão dar um olá à Buck - quer dizer, Witherwings!"
Segurando uma arma ele saiu para a rua, dentro da escuridão.
Harry e Rony se entreolharam. Harry podia dizer que Rony estava experimentando o mesmo sentimento de estar caindo que Rony.
"Você não vai fazer cuidados com as criaturas mágicas, vai?"
Rony balançou a cabeça. "E você também não, vai?"
Harry também balançou a cabeça.
"E hermione," disse Rony. "Ela não esta, esta?"
Harry balançou a cabeça de novo. Exatamente o que hagrid queria dizer quando percebesse que seus três alunos favoritos haviam desistido de sua matéria, ele nem queria
pensar.
CAPÍTULO 09
O PRÍNCIPE MESTIÇO
Harry e Ron encontraram Hermione no Salão Comunal antes do café da
manhã do dia seguinte. Torcendo para que acreditassem em sua teoria,
Harry não perdeu tempo contando para Hermione o que ele ouviu Malfoy
falando no trem.
- "Mas ele estava claramente se mostrando para Parkinson, não
estava?", interviu Ron rapidamente, antes que Hermione pudesse falar
qualquer coisa.
- "Bem", ela falou. "Eu não sei... poderia ser que Malfoy quer se
mostrar mais importante do que ele realmente é... mas seria uma
grande mentira para
contar...".
- "Exatamente", disse Harry, mas ele não pôde continuar, pois tinha
muita gente tentando ouvir a conversa, sem contar as que estavam o
observando e sussurrando.
- "É uma falta de educação apontar", disse Ron para um garoto do
primeiro ano quando eles entravam para a fila do buraco do quadro. O
garoto, que estava murmurando algo para seu amigo sobre Harry, ficou
roxo e correu pelo buraco alarmado. Ron riu.
- "Adoro ser do sexto ano. E nós vamos ter mais tempo livre esse
ano. Períodos inteiros quando poderemos simplesmente sentar e
relaxar".
- "Nós vamos precisar desse tempo para estudar, Ron!", disse
Hermione, quando eles começaram a andar pelo corredor.
- "Sim, mas não hoje", disse Ron. "Hoje vai ser um dia de sono, eu
acredito".
- "Calma aí", disse Hermione parando um garoto do segundo ano, que
estava tentando passar por ela com um disco verde em suas mãos.
- "Frisbees dentados estão proibidos, entregue-me", ela mandou. O
garoto a entregou o Frisbee, passou por baixo do braço de Hermione e
foi atrás de seus amigos. Ron esperou que ele sumisse, depois pegou
o brinquedo das mãos de Hermione.
- "Beleza, sempre quis ter um desses!".
A atitude de Hermione foi sucedida por vários risos. Lavender Brown
aparentemente achou que o comentário de Ron foi engraçado. Ela
continuou a rir quando passou por eles, olhando para Ron por cima de
seu ombro. Ron pareceu contente com si mesmo.
O teto do Salão Principal estava serenamente azul e marcado com
fracas e finas nuvens, como nos quadrados de céu visíveis pelas
altas janelas. Enquanto eles
estavam comendo, Harry e Ron contaram a Hermione sobre a conversa
embaraçosa que eles tiveram com Hagrid na tarde anterior.
- "Mas ele não podia realmente pensar que nós iríamos continuar
Trato das Criaturas Mágicas!", ela falou, parecendo confusa. "Quero
dizer, quando que qualquer um de nós mostrou qualquer entusiasmo?".
- "É isso, não é?", disse Ron, engolindo um ovo frito inteiro. -
"Nós éramos os únicos que fazíamos esforço nas aulas porque
gostávamos de Hagrid". Mas ele pensa que nós gostávamos da estúpida
matéria. Você acredita que alguém vá tentar o N.I.E.M.?"
Nem Harry nem Hermione responderam. Não havia necessidade. Eles
sabiam perfeitamente bem que ninguém do sexto ano iria querer
continuar Trato das Criaturas Mágicas. Eles evitaram os olhos de
Hagrid e devolveram o aceno pela metade quando ele saiu da mesa dos
professores, dez minutos depois.
Depois que eles comeram, permaneceram em seus lugares, esperando a
Professora McGonagall sair da mesa dos professores. A distribuição
dos horários era mais complicada esse ano, pois ela precisava
primeiro confirmar se todos haviam conseguido as notas mínimas em
seus N.O.M.s. para poderem continuar em seus N.I.E.M.s.
Hermione foi imediatamente aceita para continuar Feitiços, Defesa
Contra as Artes das Trevas, Transfiguração, Herbologia, Aritmancia,
Runas Antigas e Poções, e correu para um primeiro período de Runas
Antigas sem mais demora. Neville levou mais tempo ara confirmar. Seu
rosto redondo estava ansioso quando Professora McGonagall olhava
para sua aplicação e consultava seus resultados nos N.O.M.s.
- "Herbologia, tudo bem", ela disse. - "Professora Sprout vai ficar
satisfeita em ver você de volta com um `Excelente N.O.M., e você
qualifica para Defesa Contra as Artes das Trevas com um `Excede
Expectativas. Mas o problema é em Transfiguração. Me desculpe
Longbottom, mas `Aceitável não é o suficiente para
continuar no N.I.E.M. Eu acho que você não será capaz de lidar com
os trabalhos do curso".
Neville virou sua cabeça. A Professora McGonagall o observava pelos
seus óculos quadrados.
- "Por que você quer continuar com Transfiguração? Eu nunca tive a
impressão de que você realmente gostasse da matéria".
Neville parecia miserável e murmurou algo como "minha avó quer".
- "Humph", fez McGonagall. "É hora de sua avó aprender a ter
orgulho do neto que tem, não do que ela acha que tem, principalmente
depois do que aconteceu no Ministério".
Neville ficou vermelho e piscou confuso. McGonagall nunca lhe fez
nenhum elogio antes.
- "Me desculpe, Longbottom, mas eu não posso te deixar na minha
classe para N.I.E.M. Porém, posso ver que você tem um `Excede
Expectativas em Feitiços - Por que não tentar um N.I.E.M. nisso?".
- "Minha avó acha que Feitiços é uma opção fraca", murmurou Neville.
- "Pegue Feitiços", disse McGonagall. "E eu falarei à Augusta que só
por que ela falhou o N.O.M. dela em Feitiços não quer dizer que a
matéria é completamente inútil". Sorrindo levemente para o olhar de
feliz incredulidade no rosto de Neville, a Professora McGonagall
virou para Parvati Patil, cuja primeira pergunta foi se Firenze, o
centauro charmoso, ainda ensinava Divinação.
- "Ele e Professora Trelawney estão fazendo turnos", disse
McGonagall, com uma mostra de desapontamento em sua voz. Era sabido
que ela desprezava Divinação. - "O sexto ano terá aulas com a
Professora Trelawney".
Parvatti partiu para Divinação cinco minutos depois parecendo
levemente deprimida.
- "Então, Potter, Potter...", disse McGonagall, observando suas
anotações enquanto virava para Harry. - "Feitiços, Defesa contra as
Artes das Trevas, Herbologia, Transfiguração... tudo certo. Devo
dizer, estou satisfeita com sua nota em Transfiguração, Potter,
muito satisfeita. Agora, por que você não se inscreveu para
continuar em Poções? Pensava que fosse a sua ambição se tornar um
Auror".
- "E era, mas você me disse que eu precisava de um `Excelente no
meu N.O.M., Professora".
- "E era isso que você precisava, quando Professor Snape ministrava
essa aula. O Professor Slughorn, porém, estaria completamente
satisfeito em aceitar estudantes N.I.E.M. com `Excede Expectativas
em seus N.O.M.s. Você gostaria de continuar com Poções?".
- "Sim", disse Harry, - "Mas eu não comprei o livro, nem os
ingredientes, nem nada".
- "Tenho certeza de que o Professor Slughorn será capaz de te
emprestar o que for necessário", disse a Professora McGonagall. -
"Muito bem, Potter, aqui está o seu horário. Ah, e por sinal -
vinte esperançosos alunos já se inscreveram para o Time de Quadribol
da Grifinória. Vou te entregar a lista e você poderá realizar os
testes quando quiser".
Alguns minutos depois, Ron estava livre para fazer as mesmas
matérias que Harry, e os dois deixaram a mesa juntos.
- "Olha", disse Ron, satisfeito, olhando seu horário. - "Nós tempos
um tempo livre agora... e um outro depois do intervalo... e outro
depois do almoço... maravilha!".
Eles voltaram ao Salão Comunal, que estava vazio à exceção de Katie
Bell, a única remanescente do time original da Grifinória a qual
Harry se juntou no primeiro ano.
- "Achei que você iria consegui-lo, meus parabéns", ela lhe disse,
apontando para o emblema de capitão no peito de Harry. "Me avise
quando você for fazer os testes!".
- "Não seja estúpida", disse Harry. "Você não precisa fazer o teste,
eu vi você jogar por cinco anos...".
- "Você não deve começar desse jeito",ela avisou. "Por tudo que você
sabe, tem alguém bem melhor que eu lá fora. Bons times já se
arruinaram porque seus capitães mantiveram vendo somente os antigos
rostos, ou chamando seus amigos...".
Ron parecia um pouco desconfortável e começou a brincar com o
Frisbee Dentado que Hermione tirou do quartanista. Ele girava pelo
Salão Comunal, rugindo e tentando morder a tapeçaria. Os olhos
amarelos de Crookshank o seguiram e ele miou quando o Frisbee chegou
muito perto.
Uma hora mais tarde eles relutantemente saíram do Salão Comunal
iluminado pelo sol para a sala de aula de Defesa Contra as Artes das
Trevas, quatro andares abaixo. Hermione já estava fazendo fila na
porta, carregando vários livros pesados e parecendo cansada.
- "Nós temos tanto exercício para Runas", ela falou ansiosa, quando
Harry e Ron se uniram a ela. - "Um trabalho de 40 centímetros, duas
traduções, e eu tenho que ler esses aqui para quarta!".
- "Que vergonha", disse Ron.
- "Espera só", disse Hermione. - "Aposto que Snape vai nos dar
montes".
A porta da sala de aula abria quando ela falava e Snape foi para o
corredor, sua face amarelada formada mais que nunca por duas
cortinas de cabelo preto.
O silêncio caiu sobre a fila imediatamente.
- "Para dentro", ele falou.
Harry olhou a seu redor ao entrar. Snape já tinha imposto sua
personalidade sobre a sala. Ela estava mais escura que de costume,
pois cortinas tinham sido abaixadas sobre as janelas, e estava sendo
iluminada por uma vela. Novas fotos estavam nas paredes, muitas das
quais mostrando pessoas que pareciam estar sofrendo, portando
horríveis ferimentos ou com partes dos corpos estranhamente
torcidas. Ninguém falou enquanto estavam sentando, olhando ao redor
para as escuras e repugnantes figuras.
- "Eu não lhes pedi para pegarem seus livros", disse Snape, fechando
a porta e se movendo para ver a sala por trás de sua mesa. Hermione
rapidamente deixou cair sua cópia de `Enfrentando o Sem-Rosto de
volta em sua mala e a guardou em baixo da cadeira.
- "Eu quero falar com vocês e quero toda sua atenção". Seus olhos
negros passaram por seus rostos, esperando uma fração de segundo a
mais quando viu Harry do que para qualquer outro.
- "Vocês tiveram cinco professores nessa matéria até agora, eu
acredito".
Você acredita... como se você não tivesse visto todos virem e irem,
Snape, torcendo para que você fosse o próximo, Harry pensou.
- "Naturalmente, esses professores todos tiveram seus próprios
métodos e prioridades. Dada a confusão, estou surpreso que tantos
de vocês conseguiram um N.O.M. nessa matéria. Estarei ainda mais
surpreso se todos conseguirem fazer os trabalhos de N.I.E.M., que
serão bem mais avançados".
Snape andou pelo quanto do quarto, falando agora numa voz mais
baixa; a classe esticou seus pescoços para mantê-lo em vista. "A
Arte das Trevas", disse Snape,
"são muitas, variadas, sempre mudando e eternas. Enfrentá-las é como
enfrentar um monstro de várias cabeças que, cada vez que um pescoço
é separado, surge uma nova cabeça ainda mais violenta e astuta que
antes. Você está lutando contra aquilo que é indefinido, mutante,
indestrutível".
Harry olhou para Snape. Uma coisa era respeitar as Artes das Trevas
como um inimigo perigoso, e outra era falar sobre elas, como Snape
estava fazendo, com uma tonalidade fanática em sua voz.
- "Suas defesas", disse Snape, um pouco mais alto, - "devem então
ser tão flexíveis e criativas como as artes que vocês querem
destruir. Essas imagens - ele indicou algumas enquanto passava por
elas - "dão uma pequena representação do que acontece com aqueles
que sofrem, por exemplo, a Maldição Cruciatos" - ele apontou para
uma bruxa que estava claramente tremendo de dor - "recebem o Beijo
do Dementador" - um bruxo deitado no chão e com os olhos brancos,
ombros contra a parede - "ou provocam a agressão de um Inferius" -
uma massa sangrenta no chão.
- "Um Inferius foi visto então?", perguntou Parvati. Patil num tom
alto, "está definido, ele está os usando?".
- "O Lorde das Trevas já utilizou Inferi no passado", disse
Snape, "o que significa que você deveria assumir que ele pode usá-
los de novo. Agora...".
Ele começou a andar novamente pelo outro lado da sala em direção à
sua mesa, e de novo eles o olharam enquanto ele andava, sua roupa
negra levantando pelas suas costas.
- "Vocês são, eu acredito, novatos no uso de encantos não-verbais.
Qual a vantagem de encantos não-verbais?"
A mão de Hermione apareceu no ar. Snape levou um tempo olhando ao
seu redor para todos, até ter certeza que não tinha outra opção,
antes de falar,
- "Muito bem - Senhorita Granger?".
- "Seu adversário não terá nenhum aviso sobre que tipo de magia você
irá utilizar", disse Hermione, "o que lhe dará uma vantagem de uma
fração de segundo".
- "Um resposta copiada quase palavra por palavra do "Livro de
Feitiços, Série 6", disse Snape (Malfoy riu de um canto), "mas
correta na essência. Sim, aqueles que progridem em usar mágica sem
falar os encantamentos ganham um elemento de surpresa ao fazer
feitiços. Nem todo bruxo pode fazê-lo, claro; é uma questão de
concentração e poder mental que alguns" - olhou profundamente para
Harry mais uma vez - "não possuem".
Harry sabia que Snape estava pensando nas aulas desastrosas de
Oclumência do ano anterior. Ele se recusava a baixar seus olhos e
olhava nos de Snape, até ele virar os seus.
- "Vocês irão se dividir em pares". Snape continuou - "Um irá tentar
azarar o outro sem falar. E o outro irá tentar repelir a azaração
no mesmo silêncio. Comecem".
Apesar de Snape não sabê-lo, Harry ensinou pelo menos metade da
classe (todos que tinham sido membros do E.D.) como realizar um
Feitiço de Escudo no ano anterior. Porém, nenhum tinha o realizado
sem falar. Uma razoável quantidade de trapaça aconteceu; muitos
estavam meramente sussurrando o encantamento ao invés de pronunciá-
lo alto. Como sempre, dez minutos depois do início Hermione
conseguiu repelir a azaração da `perna bamba murmurado de Neville
sem pronunciar o contra-feitiço, um feito que daria certamente vinte
pontos para a Grifinória em qualquer professor razoável, pensou
Harry amargamente, mas que Snape ignorou. Ele passava por eles
enquanto praticavam, parecendo o morcego crescido de sempre, ansioso
por ver Harry e Ron lutando pela tarefa.
Ron, que deveria estar azarando Harry, estava roxo. Seus lábios
apertados para tirar dele a tentação de murmurar o encantamento.
Harry tinha sua varinha levantada, esperando inquieto para repelir a
azaração que parecia improvável de aparecer.
- "Patético, Weasley", disse Snape, depois de algum tempo. - "Aqui -
deixe eu te mostrar ". Ele virou sua varinha para Harry tão
rapidamente que Harry agiu instintivamente; esqueceu todo pensamento
de um encantamento não-verbal e gritou "Protergo"!
Seu Feitiço de Escudo foi tão forte que Snape perdeu o equilíbrio e
bateu numa mesa. A sala toda olhou e agora observava Snape se
endireitar, irritado.
- "Você se lembra de que nós estamos praticando feitiços não-
verbais, Potter?".
- "Sim", disse Harry, rígido.
- "Sim, senhor".
- "Não precisa me chamar de `senhor, Professor". As palavras
escaparam antes do que ele percebesse do que estava falando. Várias
pessoas se engasgaram, inclusive Hermione. Atrás de Snape, porém,
Ron , Dean e Seamus riam apreciadamente.
- "Detenção, sábado à noite, no meu escritório", disse Snape. - "Eu
não aceito insulto de ninguém, Potter... nem mesmo do `Escolhido".
- "Brilhante, Harry!", gargalhou Ron, quando estavam a salvo no
intervalo, pouco depois.
- "Você realmente não devia tê-lo dito," disse Hermione, olhando
nervosa para Ron. "O que fez você fazer aquilo?"
- "Ele tentou me azarar, caso vocês não tenham percebido", reclamou
Harry. "Já tive demais daquilo nas aulas de Oclumência! Por que ele
não usa outro porco da guinéia para mudar um pouco? O que Dumbledore
está fazendo, deixando ele ensinar DcAdT? Vocês o ouviram falando
das Artes das Trevas? Ele as adora! Tudo aquilo de mutante,
indestrutível...".
- "Bem", disse Hermione. - "Achei que ele soava um pouco como você".
- "Como eu?".
- "Sim, quando você estava nos contando como é enfrentar Voldemort.
Você disse que não era só memorizar um punhado de encantamentos,
você disse que era só você e seu cérebro e sua coragem - bem, não
era isso que Snape estava dizendo? Que realmente acaba sendo a
bravura e a velocidade da mente?".
Harry estava tão desarmado pelo fato de que ela considerou suas
palavras tão preciosas para se memorizar quanto as do Livro de
Feitiços, que ele não discutiu.
- "Harry! Ei, Harry!".
Harry olhou a seu redor; Jack Sloper, um dos batedores do Time de
Quadribol da Grifinória do ano anterior estava correndo em sua
direção segurando um rolo de pergaminho.
- "Isso é para você". disse Sloper. - "Escuta, eu ouvi dizer que
você é o novo capitão. Quando é que ocorrerão os testes?".
- "Ainda não tenho certeza", disse Harry, pensando se Sloper teria a
sorte de conseguir voltar para o time.
- "Eu te aviso quando decidir".
- "Ahh.. Certo. Eu estava esperando que fosse nesse fim de
semana ". Mas Harry não estava ouvindo; ele tinha acabado de
reconhecer a fina, obliqua letra no pergaminho. Deixando Sloper no
meio da frase, ele partiu com Ron e Hermione, abrindo o rolo ao
caminhar.
Querido Harry,
Eu gostaria de começar nossas aulas particulares nesse sábado. Por
gentileza, venha ao meu escritório às 20 horas. Espero que você
esteja se divertindo em seu primeiro dia de volta na Escola.
Sinceramente,
Albus Dumbledore
P.S. Eu gosto de Acid Pops.
- "Ele gosta de Acid pops?", disse Ron, que leu a mensagem sobre o
ombro de Harry e parecia perplexo.
- "É a senha para passar pelo gárgula do lado de fora do seu
estúdio", disse Harry baixo.
- "Há! Snape não vai ficar nada satisfeito... Não vou poder ficar
na detenção dele!".
Ele, Ron e Hermione passaram o intervalo inteiro pensando no que
Dumbledore iria ensinar para Harry. Ron achava que seriam azarações
espetaculares e feitiços do tipo que Comensais não conheceriam.
Hermione disse que tais coisas eram ilegais, e achava que era mais
provável que ele ensinasse para Harry Mágica Avançada de Defesa.
Após o intervalo, ela foi para Aritmancia enquanto Harry e Ron
voltaram para o Salão Comunal onde eles relutantemente começaram a
fazer o dever de casa de Snape. Isso se mostrou tão difícil que eles
ainda não tinham terminado quando Hermione se juntou a eles para o
tempo livre após o almoço (apesar dela ter ajudado a progredir muito
mais rapidamente). Eles tinham acabado de terminar quando bateu o
sinal para o tempo duplo de Poções e eles começaram o caminho
familiar para o calabouço que foi, por tanto tempo, de Snape.
Quando eles chegaram no corredor eles viram que somente uma dúzia de
pessoas progrediram para o nível N.I.E.M. Crabbe e Goyle
evidentemente falharam em conseguir o N.O.M. necessário, mas quatro
da Sonserina conseguiram, incluindo Malfoy. Quatro da Corvinal
estavam lá, e um da Lufa-lufa, Ernie Macmillan, de quem Harry
gostava apesar de sua maneira pomposa.
- "Harry", chamou pomposamente Ernie, levantando sua mão enquanto
Harry se aproximava, "Não tive a oportunidade de falar com você em
Defesa Contra as Artes das Trevas de manhã. Boa aula, pensei, mas
Feitiços de Escudo são velhos, claro, para nós da E.D. E como vão
vocês, Ron - Hermione?".
Antes de que eles pudessem falar "bem", a porta do calabouço se
abriu e a barriga de Slughorn apareceu antes que ele para fora da
porta. Enquanto entravam na sala, seu grande bigode se curvou acima
de sua boca, e ele saudou Harry e Zabini com entusiasmo.
O calabouço estava, muito estranhamente, já cheio de gases e cheiros
estranhos. Harry, Ron e Hermione cheiraram interessadamente
enquanto passavam por grandes, borbulhantes caldeirões. Os quatro da
Sonserina pegaram uma mesa juntos, e assim fizeram os da Corvinal.
Isso deixou Harry, Ron e Hermione para dividirem uma mesa com Ernie.
Eles escolheram a mais próxima do caldeirão dourado que estava
emitindo um dos mais sedutivos aromas que Harry jamais inalou: de
alguma maneira lembrava-o ao mesmo tempo de uma torta melada, da
madeira de um cabo de vassoura, e algo como uma flor que ele
acredita ter cheirado no Burrow. Ele percebeu que estava aspirando
muito devagar e profundamente, e que a fumaça parecia estar enchendo-
o como uma bebida. Um grande contentamento apareceu sobre ele; ele
sorriu para Ron, que sorriu de volta, preguiçoso.
- "Agora", disse Slughorn, cujas linhas massivas estavam tremendo
atrás dos vapores. - "Balanças para fora, todo mundo, e seus kits de
poções, e não se esqueçam de suas cópias do `Livro Avançado de
Poções...".
- "Senhor?", chamou Harry, levantando a mão.
- "Harry, meu garoto?".
- "Eu não tenho um livro, nem Balanças nem nada - nem Ron tem - nós
não sabíamos que poderíamos fazer o N.I.E.M., entende?".
- "Ahh, sim, a Professora McGonagall mencionou... não se preocupe,
meu garoto, não tem por que se preocupar. Você pode usar os
ingredientes do armário da sala por hoje, e eu tenho certeza de que
podemos lhes emprestar umas balanças, e tenho uma caixa de livros
velhos aqui, que servirão até vocês escreverem para Floreios e
Borrões...".
Slughorn andou para um armário no canto e, depois de um momento,
voltou com duas velhas cópias do `Livro Avançado de Poções por
Libatius Borage, os quais ele deu para Harry e Ron com duas balanças.
- "Agora", disse Slughorn, voltando para a frente da sala e inflando
seu peito de modo que os botões da sua camisa ameaçavam pular para
fora. - "Preparei algumas poções para vocês darem uma olhada, só por
curiosidade, vocês sabem. São o tipo de coisa que vocês precisam ser
capazes de fazer depois de completarem seus N.I.E.M.s. Vocês já
devem ter ouvido falar nelas, mesmo que vocês nunca as tenham feito
ainda. Alguém pode me dizer o que essa aqui é?".
Ele indicou o caldeirão perto da mesa da Sonserina. Harry se
levantou um pouco de sua cadeira e viu o que parecia simplesmente
água fervendo dentro dele.
A mão bem treinada da Hermione atingiu o ar antes que a de qualquer
outro; Slughorn apontou para ela.
- "É Veritaserum, uma incolor e inodora poção que força quem bebe a
falar a verdade", disse Hermione.
- "Muito bem, muito bem!", disse Slughorn, feliz.
- "Agora", continuou, apontando para o caldeirão perto da mesa da
Corvinal, "Essa é bem conhecida... Tem aparecido nos folhetos do
Ministério ultimamente...
Quem poderia - ?".
A mão de Hermione foi a mais rápida de novo.
- "É a poção Polissuco, senhor", ela disse.
Harry também reconheceu a substância lentamente borbulhante,
parecida com lama no segundo caldeirão, mas não ficou triste por
Hermione ter recebido o crédito pela resposta. Foi ela, na verdade,
que conseguiu fazê-la, no segundo ano.
- "Excelente, excelente! Agora essa aqui... sim querida?", perguntou
Slughorn, agora perplexo, enquanto a mão de Hermione socava o ar
mais uma vez.
- "É Amortentia!".
- "Realmente, é. Parece quase uma tolice perguntar", disse
Slughorn, que parecia muito interessado, "mas eu acredito que você
saiba o que ela faz?".
- "É a mais poderosa poção do amor no mundo!", disse Hermione.
- "Certo! Você a reconheceu, eu suponho, por seu distinto brilho de
pérola?".
- "E pela fumaça subindo em suas espirais características",
confirmou Hermione, entusiasmada.
- "E ela deve cheirar diferentemente para cada um, dependendo do que
nos atrai, e eu posso sentir grama recentemente cortada, pergaminho
novo e -".
Mas ela ficou levemente rosada e não completou a frase.
- "Posso perguntar seu nome, minha querida?" perguntou Slughorne,
ignorando a vergonha de Hermione.
- "Hermione Granger, senhor".
- "Granger? Granger? Por acaso você tem algum parentesco com Hector
Dagworth-Granger, que fundou a "Extraordinaria Sociedade dos
Fazedores de Poções"?".
- "Não. Eu acredito que não, senhor. Eu nasci Trouxa, você sabe".
Harry viu Malfoy se aproximar de Nott e sussurrar algo; ambos riram,
mas Slughorn não se importou; ao contrário, abriu um sorriso e olhou
de Hermione para Harry, sentado próximo dela.
- "Há! `Uma das minhas melhores amigas é nascida trouxa, e ela é a
melhor do nosso ano! Acredito que esta seja a amiga da qual você
me contou, Harry?".
- "Sim, senhor", confirmou Harry.
- "Bem, bem, você recebeu vinte pontos para a Grifinória, Senhorita
Granger", disse Slughorn.
Malfoy parecia do mesmo jeito que quando Hermione o socou na cara.
Hermione se virou para Harry com uma expressão radiante e
sussurrou, "Você realmente lhe
falou eu era a melhor do ano? Oh, Harry!".
- "Bem, o que há de impressionante sobre isso?", murmurou Ron, que
parecia chateado por algum motivo.
- "Você é a melhor do ano - Eu o diria isso se ele me perguntasse".
Hermione sorriu, mas fez um gesto de `shh, então eles poderiam
ouvir o que Slughorn estava dizendo. Ron parecia levemente
insatisfeito. - "Amortentia não cria realmente amor, é claro. É
impossível manufaturar ou imitar amor. Não, isso irá simplesmente
causar uma forte obsessão ou atração. É provavelmente a mais
perigosa e poderosa poção nessa sala - sim", ele disse, afirmando
com a cabeça
gravemente para Malfoy e Nott, ambos os quais estavam sorrindo
descrentes. - --- "Quando vocês tiverem visto tanto da vida quanto
eu vi, vocês não subestimarão o poder do amor obsessivo...".
- "E agora," disse Slughorn", é hora de começar a trabalhar".
- "Senhor, você não nos disse o que tem nesse", disse Ernie
Macmillian, apontando para um pequeno caldeirão preto em cima da
mesa de Slughorn. A poção dentro estava pulando e caindo; era da cor
de ouro derretido, e grandes gotas estavam pulando como peixes
dourados sobre a superfície, mas nenhuma gota caiu.
- "Ha", fez Slughorn de novo. Harry tinha certeza que Slughorn não
tinha esquecido dessa poção, mas estava esperando para ser
perguntado sobre ela para ter um efeito mais dramático.
- "Sim. Aquilo. Bem, aquela, senhores e senhoras, é uma
interessante poção chamada Felix Felicis. Eu acredito", ele se virou
para Hermione, que se engasgou, "que você saiba o que Felix Felicis
faz, Senhorita Granger?".
- "É sorte líquida", disse Hermione excitada. "Ela te deixa
sortudo!".
A sala inteira parecia estar sentando melhor, mais reto. Agora, tudo
que Harry podia ver de Malfoy era a parte de trás do cabelo liso e
louro de sua cabeça porque ele estava finalmente dando toda sua
atenção para Slughorn.
- "Correto, pegue outros dez pontos para a Grifinória. Sim, é uma
poção interessante, a Felix Felicis", dissse
Slughorn. "Incrivelmente traiçoeira de se
fazer, e desastrosa se errar. Porém, se feita corretamente, como
essa aqui, você vai descobrir que todas suas ações vão tender ao
sucesso... pelo menos
até o efeito acabar".
- "Por que as pessoas não a bebem o tempo todo, senhor?", Terry Boot
perguntou, curioso.
- "Porque, se tomada em excesso, ela causa estupidez, falta de
cuidado e segurança demais", disse Slughorn.
- "Muito de uma coisa boa, você sabe... extremamente tóxico em
grandes quantidades, mas se tomado em pequenas e muito raramente...".
- "Você já a tomou, senhor?", perguntou Michael Córner com grande
interesse.
- "Duas vezes na minha vida", respondeu Slughorn. "Uma quando eu
tinha 24 anos, outra quando eu tinha 57. Duas colheres tomadas no
café da manha. Dois dias perfeitos".
Ele olhava pensativo para longe. Se ele estava fingindo ou não,
Harry pensou, o efeito ficou bom.
- "É isso", continuou Slughorn, aparentemente retornando a Terra, -
"É o que eu estarei oferecendo como prêmio dessa aula".
Havia um silêncio no qual toda bolha e gota das poções ao redor
parecia extremamente barulhenta.
- "Uma pequena garrafa de Felix Felicis", continuou, pegando uma
minúscula garrafa com uma tampa de seu bolso e mostrando-a para
todos. "O suficiente para doze horas de sorte. Do amanhecer até o
entardecer, o vencedor será sortudo em tudo que ele tentar".
- "Agora, eu devo lhes avisar que Felix Felicis é um poção proibida
em competições organizadas... esportes, por exemplo, provas, ou
eleições. Então o
vencedor deve usá-la num dia normal somente... e perceberá que esse
dia normal se tornará extraordinário!".
- "Então", continuou, repentinamente, "quem de vocês receberá esse
prêmio fabuloso? Bem, virando para a página dez do livro. Nós temos
um pouco mais de uma hora sobrando, o que deveria ser tempo
suficiente para vocês tentarem completar a `Poção do Morto Vivo.
Eu sei que é mais complexa do que tudo que vocês já tentaram, e eu
não espero uma poção perfeita de ninguém. A pessoa que fizer a
melhor, porém, ganhará o pequeno Felix aqui. Podem começar!".
A sala começou a se mover agora que todos pegavam seus caldeirões
para suas frentes e alguns fortes barulhos enquanto estavam
adicionando pesos nas suas
balanças, mas ninguém falava nada. A concentração dentro da sala era
inquestionável. Harry viu Malfoy olhando fervorosamente pelo seu
livro. Não podia ser mais claro que ele realmente queria esse dia de
sorte. Harry se curvou levemente sobre o velho livro que Slughorn
lhe emprestou.
Para sua infelicidade ele viu que o antigo dono tinha escrito sobre
as páginas, de modo que as margens estavam pretas como as letras.
Curvando-se mais baixo
para decifrar os ingredientes (mesmo ali o antigo dono tinha feito
anotações e riscado palavras) Harry correu para o armário de
ingredientes para encontrar o que precisava. Enquanto ele corria de
volta para seu caldeirão, ele viu Malfoy cortando suas raízes de
Valeria tão rápido quanto possível.
Todos estavam olhando para ver o que o resto da sala estava
fazendo; essa era tanto uma vantagem quanto uma desvantagem de
Poções, que era difícil manter seu trabalho privado. Dentro de dez
minutos a sala toda estava cheia de uma fumaça azulada. Hermione, é
claro, parecia ser a que mais progrediu. Sua poção
lembrava o `líquido leve, preto mencionado como ideal na metade.
Tendo terminado de cortar suas raízes, Harry se curvou sobre seu
livro de novo. Era realmente irritante, ter que tentar decifrar as
instruções sobre todas as inscrições estúpidas do dono anterior,
quem, por algum motivo, teve o trabalho de cortar o grão de
sopophorous e escreveu uma informação alternativa: esmagar com parte
larga da faca de prata solta mais suco do que cortar.
- "Senhor, acho que você conheceu meu avô, Abraxas Malfoy?". Harry
olhou para frente; Slughorn estava passando pela mesa da Sonserina.
- "Sim", disse Slughorn, sem olhar para Malfoy, "Eu fiquei triste ao
ouvir que ele tinha morrido, apesar de não ter sido totalmente
inesperado, febre de dragão
na idade dele...".
E ele andou para longe. Harry voltou para seu caldeirão, rindo. Ele
sabia que Malfoy esperava ser tratado como Harry ou Zabini; talvez
ainda um tratamento preferencial, do tipo que ele aprendeu a receber
de Snape. Parecia como Malfoy teria que utilizar somente seu talento
para ganhar o Felix Felicis. O grão de sopophorous estava se
mostrando difícil de cortar.
Harry se virou para Hermione. - "Posso pegar sua faca de prata
emprestada?".
Ela lhe entregou a faca, mas sem tirar os olhos da poção, que estava
ainda roxo escuro, apesar de que pelo livro deveria estar um lilás
claro a essa hora.
Harry esmagou seus grãos com a parte larga da faca. Para sua
surpresa, imediatamente apareceu tanto líquido que ele ficou
espantado que o grão pudesse ter tanto dentro dele. Rapidamente
jogando tudo no caldeirão ele viu, para sua surpresa, que a poção se
tornou exatamente o tom de lilás descrito no texto.
Sua raiva com o dono anterior sumiu, Harry agora olhava as
instruções. Pelo livro, ele tinha que misturar no sentido anti-
horário até a poção estar clara como água. Pelo que foi escrito à
mão, porém, ele tinha que dar um giro no sentido horário a cada 7 no
anti-horário. Poderia o dono estar certo duas vezes?
Harry girou no sentido anti-horário, segurou sua respiração, e rodou
uma vez no sentido horário. O efeito foi imediato. A poção ficou
rosa pálido.
- "Como você fez isso?", demandou Hermione, que estava com o rosto
vermelho e cujo cabelo estava ficando cada vez mais desarrumado com
a fumaça do caldeirão.
- "Dê um giro no sentido horário".
- "Não, não, o livro fala anti-horário!", ela reclamou.
Harry se virou e continuou a fazer o que estava fazendo. Sete giros
no anti-horário, um no horário, sete no anti-horário, um no
horário...
Do outro lado da mesa, Ron estava amaldiçoando baixo; sua poção
estava azul. Harry olhou ao redor. Até onde ele via, ninguém
conseguiu fazer uma poção clara
como a dele. Ele ficou feliz e satisfeito, o que nunca tinha
acontecido antes nesse calabouço.
- "E. acabou!", chamou Slughorn. "Parem de mexer, por favor!".
Slughorn se moveu lentamente pelas mesas, olhando nos caldeirões.
Ele não fez nenhum comentário, mas ocasionalmente dava nas poções um
giro ou as cheirava.
Finalmente, ele chegou na mesa de Harry, Hermione, Ron e Ernie.
Sorriu para a substância escura de Ron. Passou pela poção azul
escuro de Ernie. Deu um tom
de aprovação ao passar pela de Hermione. Mas então ele viu a de
Harry, e uma imensa felicidade apareceu no seu rosto.
- "Claramente o vencedor!", gritou no calabouço.
- "Excelente, excelente, Harry! Meu Deus, está claro que você herdou
o talento da sua mãe. Ela tinha uma mão perfeita em Poções, a Lily!
Aqui está, então -
uma garrafa de Felix Felices, como prometido, e use-a bem!".
Harry colocou a pequena garrafa com o líquido dourado em seu bolso
interno, sentindo uma estranha combinação de prazer no olhar furioso
nos rostos da
Sonserina e culpa no rosto desapontado de Hermione. Ron estava bobo.
- "Como você fez aquilo?", ele sussurrou para Harry quando saíram do
calabouço.
- "Tive sorte, eu acho", disse Harry, porque Malfoy estava perto.
Uma vez que estavam seguros na mesa da Grifinória para jantar,
porém, ele se sentiu seguro o suficiente para lhes contar. A face de
Hermione ficou cada vez
mais nervosa para cada palavra que ele pronunciava.
- "Eu suponho que vocês pensem que eu trapaceei?" ,ele terminou,
respondendo à expressão dela.
- "Bem, não era exatamente o seu trabalho, era?", ela perguntou.
- "Ele somente seguiu instruções diferentes das nossas", disse Ron. -
"Poderia ter sido uma catástrofe, não poderia? Mas ele se arriscou
e deu certo".
Ele deu um suspiro: - "Slughoen poderia ter me dado o livro, mas
não, eu pego o que ninguém nunca escreveu sobre. Vomitado sobre,
pela aparência da pagina 52, mas -".
- "Espere aí," disse uma voz perto da orelha esquerda de Harry, e
ele sentiu uma pequena porção do cheiro que ele notou no calabouço
de Slughorn. Ele olhou ao
redor e viu que Ginny tinha se unido a eles. - "Eu ouvi certo?
Você está recebendo instruções do que alguém escreveu num livro,
Harry?".
Ela parecia alarmada e nervosa. Harry sabia o que estava na cabeça
dela na hora.
- "Não é nada", ele tentou acalmá-la. - "Não é como, você sabe, o
diário de Riddle. É só um velho livro de aulas em que alguém
escreveu".
- "Mas você está fazendo o que ele manda?".
- "Eu só tentei algumas das dicas escritas nas margens,
honestamente, Ginny, não tem nada engraçado -".
- "Ginny tem razão", disse Hermione, se levantado. - "Nós temos que
checar se não tem nada de errado sobre isso. Quero dizer, todas
essas instruções estranhas, quem sabe?".
- "Hey!", disse Harry indignado, enquanto ela puxava a cópia do
Livro Avançado de Poções da mochila dela e levantou sua varinha.
- "Specialis Revelio!", ela falou, encostando-o levemente na capa.
Nada aconteceu. O livro simplesmente se manteve ali, parecendo
velho e sujo e acabado.
- "Acabou?", perguntou Harry irritado. "Ou você gostaria de esperar
para ver se ele dá alguns saltos mortais?".
- "Parece tudo certo", disse Hermione, ainda observando o livro com
suspeitas. - "Quero dizer, ele realmente parece .... somente um
livro-texto".
- "Bom. Então eu quero ele de volta", disse Harry, tirando-o da
mesa, mas ele caiu da sua mão e ficou aberto no chão. Ninguém mais
estava olhando. Harry se curvou para pegar o livro de volta, mas
quando o fez, viu algo escrito perto da parte de baixo da capa de
trás do livro, na mesma pequena, apertada letra que
as instruções que o fizeram ganhar a garrafa de Felix Felicis, agora
seguramente guardada dentro de um par de meias em sua mala no
quarto.
CAPÍTULO 10
A HORA DA DESOLAÇÃO
Para o resto das lições de Poções da semana, Harry continuou seguindo as instruções do Príncipe de mestiço, no entanto, elas divergiam do Libatius Borage, assim
pela quarta lição dele, Slughorn estava delirando sobre habilidades de Harry, dizendo que ele raramente tinha ensinado qualquer um tão talentoso. Nem Ron nem Hermione
foram deleitados por tais elogios. Embora Harry tenha oferecido o livro para compartilhar com ambos, Ron teve mais dificuldade em decifrar o manuscrito que Harry,
e não pôde continuar pedindo para que Harry lesse em voz alta ou poderiam levantar suspeitas. Hermione, enquanto isso, estava resolutamente agarrada no que ela chamada
"instruções oficiais", mas ficando crescentemente mal-humorada, pois elas lhe rendiam piores resultados que o Príncipe.
Harry desejou saber nem que fosse vagamente, o quê o Príncipe Mestiço tinha sido. Embora a quantia de lição de casa que eles tinham, tivesse determinado a proibição
de ele ler toda a copia de Fabricação de Poções Avançada, ele tinha folheado o livro o suficiente para ver que havia uma página, na qual o Príncipe não tinha feito
notas adicionais, apenas, nenhuma delas relacionava-se ao modo de fazer. Aqui e lá estavam direções que se pareciam feitiços que o Príncipe havia usado para compor
a ele mesmo.
"Ou ela" disse irritadamente Hermione, ouvindo por acaso Harry evidenciando algumas coisas a Ron na sala comum no sábado à noite. "Poderia ter sido uma menina. Eu
acho que esta letra parece mais com a de uma menina que de um menino".
"O Príncipe Mestiço, ele foi chamado," Harry disse. "Quantas meninas foram os Príncipes?".
Hermione parecia não ter nenhuma resposta em mente. Ela somente olhou zangada e voltou à sua leitura de Os Princípios de Rematerialização, longe de Ron que estava
tentando para ler tal livro de cabeça para baixo.
Harry olhou para seu relógio, e apressadamente repôs a cópia velha de de Poções Avançada em sua bolsa.
"Cinco pras oito, melhor eu ir, ou estarei atrasado para Dumbledore".
"Ooooh!" arfou Hermione, olhando para ele. "Boa sorte! Nós vamos esperar, nós queremos saber o que ele lhe ensina!".
"Espero que tudo vá bem", disse o Ron, e a dupla assistiu Harry sumir pelo buraco de retrato.
Harry caminhou por corredores desertos, entretanto ele teve que andar apressadamente por trás de uma estátua, quando Professora Trelawney apareceu em um canto, murmurando
a si mesma arrastando um pacote de cartas de jogo de aspecto sujo, lendo as enquanto caminhava.
"Dois de espadas: conflito" ela murmurou, enquanto passava pelo lugar onde o Harry abaixou-se, escondido. "Sete de espada: um presságio doente, Dez de espada: violência.
Valete de espadas: um escuro homem jovem, possivelmente preocupado, um que repugna o questionador".
Ela parou como morta, exatamente no outro lado da estátua de Harry.
"Bem, isso não pode estar certo", ela disse, aborrecida, e Harry ouviu o vigoroso arrastar de pés dela novamente, partindo, deixando nada mais do que uma brisa com
cheiro de licor cozinhando atrás dela. Harry esperou até que estivesse bastante seguro que ela tinha ido, então se apressou novamente, até que alcançou a mancha
no chão do sétimo corredor onde uma única gárgula estava contra a parede.
"Estouros ácidos", disse Harry, e a gárgula saltou para o lado; a parede atrás dela deslizou separadamente, e uma escadaria de pedra em espiral foi revelada, sobre
a qual Harry pisou, de forma que ele foi levado em suaves círculos até a porta com a aldrava de metal que conduzia ao Escritório de Dumbledore.
Harry bateu.
"Entre", disse voz de Dumbledore.
"Boa noite, senhor", disse Harry, enquanto entrava no escritório do diretor.
"Ah, boa noite, Harry. Sente-se" disse Dumbledore, sorrindo. "Eu espero que você tenha tido uma agradável primeira semana de volta a escola?" "Sim, obrigado, senhor",
disse Harry.
"Você deveria ter estado ocupado, uma detenção debaixo de seu cinto já!" "Er," começou Harry desajeitadamente, mas Dumbledore não parecia muito duro.
"Eu combinei com Professor Snape que você cumprirá sua detenção sábado que vem".
"Certo!" disse Harry, que tinha assuntos mais urgentes em sua mente que a detenção de Snape, e deu então uma olhada rápida ao seu redor em busca de alguma indicação
do que Dumbledore estava planejando ver hoje à noite com ele. O escritório circular estava da mesma maneira de sempre; os delicados instrumentos prateados estavam
em mesas com pernas em fuso, fumaçando e zumbindo; retratos dos antigos diretores e diretoras cochilavam em suas armações, e a magnífica fênix de Dumbledore, Fawkes,
de pe em seu poleiro atrás da porta, olhando para Harry com interesse luminoso. Isso o fez nem mesmo perceber que Dumbledore tinha desocupado um espaço para prática
de duelos.
"Então, Harry", disse Dumbledore, em uma voz eficiente. "Você deseja saber, eu estou certo disso, o que eu tenho planejado para você nessas -numa palavra melhor
- lições?"
"Sim, senhor".
"Bem, eu decidi que está na hora, agora que você sabe o que levouou Lord Voldemort a tentar te matar a quinze anos atrás, de ser passado para você algumas informações."
Houve uma pausa.
"Você disse, ao fim do último período, que ia me contar tudo", disse o Harry. Era difícil manter a nota de acusação em sua voz. "Senhor", ele somou.
"E assim eu fiz", disse placidamente de Dumbledore. "Eu lhe contei tudo o que eu sei. A partir deste ponto, nós estaremos deixando a firme fundação dos fatos e viajaremos,
juntos, pelos pântanos escuros da memória, em moitas das mais selvagens conjecturas. Daqui em diante, Harry, eu posso estar tão desgraçadamente errado quanto Humphrey
Belcher, que acreditava que o tempo estava perfeitoo para um caldeirão de queijo.
"Mas você acha que tem razão?" disse Harry.
"Naturalmente sim, mas como eu já provei a você, eu cometo erros próximos aos do homem. Na realidade, sendo - me perdoe - sendo mais hábil que a maioria dos homens,
meus enganos tendem a ser correspondentemente maiores".
"Senhor", disse Harry numa nova tentativa, "O que você vai me falar tem qualquer coisa que ver com a profecia? Isso irá me ajudar a... sobreviver?".
"Tem uma relação muito grande com a profecia", disse Dumbledore, tão casualmente quanto se Harry tivesse lhe perguntado pelos próximos dias, "e eu certamente espero
que lhe ajude a sobreviver."
Dumbledore caminhou ao redor da escrivaninha, passando Harry, que se recolheu ávido ao seu assento, para assistir Dumbledore inclinando-se em cima do gabinete ao
lado da porta. Quando Dumbledore desceu, ele estava segurando uma bacia de pedra rasa familiar, grafada ao redor com estranhas marcas sua beira. Ele colocou a Penseira
na escrivaninha em frente a Harry.
"Você parece preocupado".
Harry realmente olhava a Penseira com alguma apreensão. As experiências prévias dele com o estranho dispositivo que armazenava e revelava pensamentos e recordações,
mesmo que altamente instrutivo, tinham sido também incômodas. A última vez que ele perturbara seus conteúdos, tinha visto muito mais que ele teria desejado. Mas
Dumbledore estava sorrindo.
"Agora, você entra no Penseira comigo... e, mais ainda extraordinariamente, com permissão".
"Aonde nós vamos, senhor?"
"Para uma viagem a memória de Bob Ogden", disse Dumbledore, enquanto puxava do seu bolso uma garrafa cristalina que continha uma substância branco prateada rodando.
"Quem era Bob Ogden?"
"Ele foi empregado pelo Departamento de Lei Mágica Obrigatória", disse Dumbledore. "Ele morreu a um tempo atrás, mas não antes eu o encalçar e persuadi-lo a confiar
estas recordações a mim. Nós estamos a ponto de o acompanhar em uma visita que ele fez, no exercício de seus deveres. Se você estiver pronto, Harry..."
Mas Dumbledore estava tendo dificuldade para tirar a rolha da garrafa cristalina: a mão ferida dele parecia endurecida e dolorosa.
"Deva - deva eu, senhor"?
"Não se preocupe, Harry -"
Dumbledore apontou a vara dele à garrafa e a cortiça voou fora.
"Senhor - como você machucou sua mão?" Harry perguntou novamente, olhando para os dedos enegrecidos com uma mistura de repulsão e piedade.
"Agora não é o momento para esta história, Harry. Não já. Nós temos um compromisso com Bob Ogden."
Dumbledore inclinou o conteúdo prateado da garrafa na Penseira onde eles rodaram e cintilaram, nem líquido nem gás. "Depois de você," disse Dumbledore, enquanto
gesticulava para a tigela. Harry curvou-se, puxando uma respiração funda, e mergulhou a face na substância prateada. Ele sentia os pés dele deixam o chão de escritório;
ele estava caindo, girando na escuridão e então, repentinamente, ele estava piscando deslumbrando a luz solar. Antes de os olhos deles se ajustarem, Dumbledore pousou
ao lado dele.
Eles estavam se levantando em uma pista rural limitada por cercas altas, sob um luminoso céu de verão, azul como um miosótis. Uns dez pés a frente deles estava um
homem curto, rechonchudo que usava óculos enormemente grossos que reduziam os olhos dele a molelike specks. Ele estava lendo um poste itinerário de madeira, que
se ressaltava da amoreira preta no lado esquerda da estrada. Harry soube que este deveria ser Ogden; ele era a única pessoa em visão, e ele também estava usando
tão freqüentemente o sortimento estranho de roupas escolhido pela inexperiência de bruxos em tentar se parecer Trouxa: neste caso, um casaco de túnica em cima de
uma peça de banho listrada. Antes que Harry tivesse tempo para fazer mais qualquer registro do aparecimento estranho dele, Ogden partido a um caminho abaixo a pista.
Dumbledore e Harry seguiram. Como eles passaram o sinal de madeira, o Harry olhou para seus dois braços. O que apontava o lado de trás, do qual eles tinham vindo,
dizia: Great Hangleton, 5 milhas. O braço que aponta a frente de Ogden dizia: Little Hangleton, 1 milha.
Eles caminharam por um curto caminho com nada mais para ver do que as cercas, o céu azul largo em cima e assobiando, a figura coberta pela túnica à frente. Então
a pista encurvou à esquerda para fora, inclinando abruptamente em uma ladeira, de modo que eles em uma visão súbita e inesperada, um vale inteiro se deitou em frente
a eles. Harry poderia ver uma vila, sem duvida Little Hangleton, se aconchegando entre duas colinas íngremes, sua igreja e cemitério claramente visíveis. Alem do
vale, fixada na ladeira oposta, estava uma casa de solar bonita cercada por uma expansão larga de gramado verde aveludado.
Ogden iniciou um trote relutante devido ao íngreme declive de descida da ladeira. Dumbledore alongou seu passo largo, e Harry se apressou para manter. Ele pensou
que Little Hangleton devia ser o destino final deles e desejava saber, o que acontecera na noite que eles tinham achado Slughorn, por que eles tiveram que chegar
a tal distância. Porem, ele descobriu logo que ele estava enganado pensando que eles iam para a aldeia. A pista encurvou à direita e quando eles dobraram o curva,
viram a extremidade da túnica de Ogden desaparecer por uma abertura na cerca viva.
Dumbledore e Harry o seguiram sobre um rastro estreito limitado por cercas vivas mais altas e mais selvagens que as anteriores. O caminho era curvilíneo, rochoso,
e potholed, se inclinando abaixo na colina, e parecia estar rumo a um pequeno remendo de árvores escuras pouco abaixo deles. Bastante seguro, o rasto abriu logo
ao homem, e Dumbledore e Harry pararam atrás de Ogden que também estava parado e tinha puxado sua varinha.
Apesar do céu sem nuvens, lançaram à frente profundamente entre árvores velhas, sombras escuras, frescas, e em alguns segundos, em frente aos olhos de Harry se discerniu
o edifício meio escondido entre a confusão de calções de banho. Parecia a ele um local muito estranho escolher para uma casa, ou então uma decisão estranha para
deixar o crescimento de árvores perto, bloqueando toda a luz e a visão do vale abaixo. Ele desejou saber se estava habitado; suas paredes eram azulejos musgosos
e tantos tinham caído do telhado que as vigas eram visíveis em vários lugares. Urtigas cresceram ao redor da casa, seus galhos alcançavam as janelas, que eram minúsculas
e cobertas com sujeira. Da mesma hora que ele tinha concluído que possivelmente ninguém poderia viver lá, uma das janelas foi aberta com um ruído, e uma fina faixa
de vapor ou fumaça surgiu, como se alguém estava cozinhando.
Ogden avançou quietamente e, parecia a Harry, bastante cauteloso. Como as sombras escuras das árvores deslizaram em cima dele, ele parou novamente, enquanto encarava
a porta da frente na qual, alguém tinha fixado uma cobra morta.
Então havia um sussurro, e um homem em trapos derrubados da mais próxima árvore, surgiu bem em frente de Ogden que saltou tão rápido para trás, que se atrapalhou
nas pontas da túnica e tropeçou.
"Você não é bem-vindo".
O homem que surgia ante deles tinha cabelo grosso tão coberto com sujeira que poderia ter tido qualquer cor. Vários dos dentes dele estavam apodrecendo. Seus olhos
eram pequenos e escuros e fitaram em direções opostas. Ele poderia ter parecido cômico, mas não; o efeito era amedrotante, e Harry não pôde culpar Ogden por retroceder
vários passos antes de falar.
"Er - bom dia. Eu sou do Ministério de Magia -"
" Você não é bem-vindo."
"Er-eu sinto muito-eu não o entendo," disse Ogden nervosamente.
Harry pensou que Ogden estava sendo extremamente bobo; o estranho estava se fazendo muito claro na opinião de Harry, particularmente como se ele estivesse brandindo
uma vara em uma mão e uma faca curta e bastante sangrenta na outra.
"Você o ouve, certamente, Harry"? disse Dumbledore quietamente. "Claro que, sim" disse Harry, ligeiramente nonplussed. "Por que Ogden não pode-?"
Mas como os olhos dele acharam a cobra morta novamente na porta, ele prontamente entendeu.
"Ele está falando Parseltongue?"
"Muito bom", disse Dumbledore, enquanto acernava com a cabeça e sorria.
O homem em trapos estava avançando agora em Ogden, faca curta em uma mão, vara na outra.
"Agora, olha-" Ogden começou, mas muito tarde: houve um estrondo, e Ogden estava no chão, apertando seu nariz, enquanto um pus amarelado sórdido esguichava entre
os dedos.
"Morfin!" disse uma voz alta.
Um homem ancião tinha vindo, se apressando para fora da cabana, batendo a porta atrás dele de forma que a cobra morta balançou pateticamente. Este homem era mais
baixo que o primeiro, e tinha proporções esquisitas; os ombros lhe eram muito largos e os braços muito longos, os olhos marrons luminosos, cabelos curtos, e face
enrugada, lhe davam o olhar de um macaco poderoso, velho. Ele parou ao lado do homem com a faca que estava cacarejando agora, rindo com a visão de Ogden no chão.
"Ministério, é?" disse o homem mais velho, enquanto olhava para Ogden. "Corrija!" disse Ogden furiosamente, enquanto tocava de leve a face.
"E você, eu levo isto, é Sr. Gaunt?"
"Claro" disse Gaunt. "Ele fez isso na sua face" "Sim, ele fez!" Ogden afirmou.
"Deveria ter feito sua presença conhecida, não?" Disse Gaunt agressivamente. "Esta é propriedade privada. Não podes entrar aqui sem esperar que meu filho se defenda".
"O defenda contra o que, homem?" disse Ogden, enquanto levantava-se.
"Intrometidos. Intrusos. Trouxas e sujos". Ogden apontou a varinha ao próprio nariz, que ainda estava emitindo grandes quantias do que se parecia pus amarelo e o
fluxo parou imediatamente. Sr. Gaunt falou de canto de boca para Morfin. "Entre em casa. Não discuta".
Assim, Harry reconheceu Parseltongue; até mesmo enquanto ele podia entender o que estava sendo dito, ele distingia o assobio estranho que era tudo o que Ogden poderia
ouvir. Morfin parecia estar no ponto de discordar, mas quando o pai dele lhe lançou um olhar ameaçador, mudou de idéia, e foi entrando na cabana com um andar rolante
estranho e batendo a porta da frente atrás dele, a cobra balançou tristemente novamente.
"É seu filho que eu estou aqui para ver, Sr. Gaunt", disse Ogden, tirando o último vestígio do pus da frente do casaco. "Morfin, não era?"
"Ah, isso, era Morfin," disse o homem velho indiferentemente.
"Você é puro-sangue?" ele perguntou, repentinamente agressivo.
"Não interessa" disse friamente Ogden, e Harry sentia o respeito dele pelas atitudes de Ogden. Aparentemente, Gaunt sentia-se bastante diferente.
Ele olhou Ogden e ate murmurou, o que era suposto claramente um tom ofensivo, "Agora eu venho a pensar nisto, eu vi narizes como o seu na aldeia".
"Eu não duvido se seus filhos estiverem soltos entre eles," disse Ogden. "Talvez nós poderíamos continuar esta discussão ai dentro?"
"Aqui dentro?"
"Sim, Sr. Gaunt. Eu já lhe falei. Eu estou aqui por Morfin. Nós lhe enviamos uma coruja-"
"Eu não uso corujas", disse Gaunt. "Eu não abro cartas."
"Então você não pode reclamar que não tenha recebido nenhuma advertência de visita" disse rapidamente Ogden. "Eu estou aqui seguindo uma quebra séria de lei de Magia
que aconteceu aqui nas primeiras horas desta manhã-"
"Certo, certo, certo!" disse Gaunt. "Entre nesta casa de sangria, então, fará muito bem!"
A casa parecia conter três quartos minúsculos. Duas portas começavam o quarto principal que servia como cozinha combinada com sala de estar. Morfin estava sentando
em uma poltrona imunda ao lado do fogão de lenha, enquanto girando uma cobra viva entre seus dedos finos e sussurrando suavemente a isto em Parseltongue:
Hissy, hissy, pequena cobrinha,
Escorregue no chão
Você é bom a Morfin
Ou ele o pregará à porta.
Havia um barulho saindo do canto ao lado da janela aberta, e Harry percebeu que havia alguém no outro quarto, uma menina vestimenta cinza era da cor exata da pedra
suja da parede atrás dela. Ela estava se levantando ao lado de uma panela cozinhando em vapor em um fogão preto encardido, e estava arrumando na estante, panelas,
potes esquálidos e panos sobre isto. O cabelo dela estava fino e sombrio e ela tinha uma planície, empalidecida na face bastante pesada. Os olhos dela, como o irmão
dela, fitaram em direções opostas. Ela olhava um pouco mais suavemente que os dois homens, mas Harry pensou que nunca tinha visto uma pessoa com o aspecto mais derrotado.
"Minha filha, Merope", disse rancorosamente Gaunt, quando Ogden olhou de modo inquiridor para ela.
"Bom dia", disse Ogden.
Ela não respondeu, mas com um relance amedrontado ao pai, voltou ao quarto e continuou trocando as panelas na estante atrás dela.
"Bem, Sr. Gaunt", disse Ogden, "Indo direto ao ponto, nós temos razão para acreditar que seu filho, Morfin, executou magia em frente a um Trouxa ontem à noite."
Havia um tinido ensurdecedor. Merope tinha derrubado um das panelas.
"Pegue!" Gaunt berrou a ela. "Isso é, fica grudada no chão como se fosse uma desprezível trouxa, pra que serve sua varinha, seu inútil saco de muco??" Sr. Gaunt,
por favor!" disse Ogden em uma voz chocada, como Merope que já tinha apanhado a panela, visivelmente corada, perdido sua atenção novamente na panela, tirou a varinha
do bolso, apontou à panela, e murmurou um feitiço precipitado, inaudível que fez a panela atirar pelo chão longe dela, bater na parede oposta, e rachar em dois.
Morfin deixou sair uma risada que parecia um cacarejo furioso. Gaunt gritou, "Conserte isso, sua insensata, conserte!"
Merope tropeçou pelo quarto, mas antes de ela teve tempo para elevar a vara dela, Ogden tinha erguido sua também e disse firmemente, "Reparo". A panela se reparou
imediatamente.
Gaunt parou um momento como se fosse gritar com Ogden, mas pareceu pensar melhor. Ao invés, ele zombou da filha dele, "Agradavel o afortunado homem do Ministério
aqui, não é? Talvez ele a leve embora, talvez ele não ligue para sátiras sujas...."
Sem olhar para qualquer pessoa ou agradecer Ogden, Merope apanhou a panela e a devolveu, com as mãos tremendo, para sua estante. Ela ficava parada então, contra
a parede entre a janela imunda e o fogão, como se não desejasse nada além de afundar na pedra e desaparecer.
"Sr. Gaunt", Ogden começou novamente," como disse eu: a razão para minha visita-"
"Eu o ouvi na primeira vez!" gritou Gaunt. "E o que tem? Morfin deu ao Troxa um pouco do que estava vindo a ele - o que diz sobre isto, então"?
"Morfin quebrou lei de magia" disse severamente Ogden.
" Morfin quebrou lei de magia" Gaunt imitava Ogden, enquanto fazendo isto de um modo pomposo e canatdo. Morfin cacarejou novamente. "Ele ensinou para um Trouxa
imundo uma lição que é agora ilegal, é?"
"Sim", disse Ogden. "Receio que sim".
Ele puxou de um bolso interior um rolo de papel pequeno de pergaminho e demonstrou isto.
"O que isso então, a sentença dele?" disse Gaunt, subindo sua voz furiosamente.
"É uma convocação ao Ministério para uma audição-"
"Convocação! Convocação? Quem você pensa que é, chamando meu filho para convocação ou qualquer lugar?"
"Eu sou chefe do Esquadrão de Execução de Lei Mágica," disse Ogden.
"E você pensa que nós somos gente baixa, pensa?" iriitou-se Gaunt, avançando em Ogden, com um dedo amarelo sujo apontado ao tórax dele. "Rale que irá correndo ao
Ministério quando ele chama? Você sabe com quem você está falando, seu pequeno sangue ruim imundo, você sabe?".
"Eu tinha a impressão que eu estava falando Sr. Gaunt", disse Ogden, parecendo cauteloso, mas manetndo sua postura.
"Isso é certo!" rugiu Gaunt. Por um momento, Harry pensou que Gaunt estava fazendo um gesto de mão obsceno, entretanto percebeu que ele estava mostrando para Ogden
o anel feio, enegrecido que usava no dedo mediano, tirando-o ante os olhos de Ogden. "Veja isto? Veja isto? Sabe o que é? Sabe de onde veio? Há séculos tem estado
em nossa família que é em seu ramo mais distante, puro-sangue todo o modo! Sabe quanto representa isto, o brasão de Peverell gravado na pedra?".
"Eu realmente não tenho nenhuma idéia", disse Ogden, piscando enquanto o anel passava dentro de uma polegada do nariz dele, "Mas é bastante fora do assunto, Sr.
Gaunt, seu filho cometeu-"
Com um uivo de raiva, Gaunt correu para a filha dele. Durante um segundo, Harry pensou que ele ia a estrangular, a mão dele voou à garganta dela; em um momento,
ele a estava arrastando ao redor para Ogden por uma corrente de ouro no pescoço dela.
"Veja isto!" ele berrou a Ogden, balançando o medalhão de ouro pesado trancado a ela, enquanto Merope sufocada, ofegava.
"Eu vejo, eu vejo!" disse Ogden apressadamente.
"Slytherins!" gritou Gaunt. "Salazar Slytherin! Nós somos os últimos descendentes vivos dele , o que isso diz a você, eh"?
"Sr. Gaunt, sua filha!" disse Ogden em alarme, mas Magro já tinha libertado Merope; ela cambaleou longe, para o canto dela, massageando o pescoço e tragando ar.
"Assim!" disse Gaunt triunfalmente, como se tivesse provado há pouco um ponto de vista complicado além de toda possível disputa. "Não venha você falando conosco
como se fossemos sujeira em seus sapatos! Gerações de puro sangues, feiticeiros tudo o mais que você pode dizer, eu não duvido!"
E ele cai no chão a pés de Ogden. Morfin cacarejou novamente. Merope, se precipitou ao lado da janela, a cabeça dela se curvou e a face escondida pelo cabelo magro,
não disse nada.
"Sr. Gaunt" disse bravamente Ogden, "Eu tenho medo de seus antepassados, e os meus não têm qualquer coisa haver com o assunto em discussão. Eu estou aqui por causa
de Morfin, Morfin e o Trouxa que ele accosted ontem à noite. "Nossa informação -ele olhou no seu rolo de papel de pergaminho- é aquele Morfin executou um traga má
sorte ou enfeitiçou o Trouxa, fazendo o estourar em urticárias altamente dolorosas."
Morfin deu risada.
"Quieto, menino!", rosnou Gaunt em Parseltongue, e Morfin fez silencio novamente.
"E então, se ele tivesse feito isso?" Gaunt disse arrogantemente para Ogden. "Eu espero que você tenha limpado a face imunda do Trouxa, e sua memória-".
"Isso não é o ponto, Sr. Gaunt?" disse Ogden. "Este foi um ataque não provocado em um indefeso-"
"Ar, eu logo perecebi um amante dos Trouxas no momento que eu o vi", zombou Magro, e ele desova no chão novamente.
"Esta discussão não está nos levando a lugar algum", disse Ogden firmemente. "Está claro pela atitude de seu filho que ele não sente nenhum remorso pelas ações dele".
Ele olhou novamente ao rolo de papel de pergaminho. "Morfin assistirá a uma audição no dia 14 de setembro respondendo ao ato de usar magia em frente a um Trouxa
e causar dano e afligir o mesmo Trou-"
Ogden parou. O som, trote de cavalos e vozes altas, risonhas estava atravessando a janela aberta. Aparentemente a pista sinuosa para a aldeia passava muito perto
do lugar onde a casa estava. Gaunt gelou, escutando, com os olhos bem abertoa. Morfin assobiou e dirigiu a face em direção aos sons, a expressão faminta. Merope
elevou a cabeça. Sua face, Harry viu, era rigidamente branca.
"Meu Deus, isso que um terçol!" Falou a voz de uma menina, claramente audível pela janela aberta como se ela tivesse se no quarto ao lado deles. "Seu pai não pode
estar naquela choupana, Tom?".
"Não é nossa", disse a voz de um homem jovem. "Tudo no outro lado do vale pertence a nós, mas aquela cabana pertence a um velho chamado Gaunt, e as crianças dele.
O filho é bastante furioso, você deveria ouvir algumas das histórias eles contam na aldeia-"
A menina riu. O som, barulhos do trote iam crescendo mais altos e mais alto. Morfin saiu da poltrona dele. "Mantenha seu assento", disse cuidadosamente o pai dele,
em Parseltongue.
"Tom", disse a voz da menina novamente, agora tão perto que eles tinham impressão claramente de estar ao lado da casa, "Eu poderia estar errada-mas alguém pregou
uma cobra àquela porta?".
"Bom, você tem razão!" disse a voz do homem. "Isso deve ser o filho, eu lhe falei ele não tem razão na cabeça. Não olhe para isto, Cecília, querida".
O barulho e sons de trote eram agora novamente crescentes e lânguidos.
"Querida", sussurrou Morfin em Parseltongue, enquanto olhava para a irmã dele. "Querida, ele a chamou. Você não o teria de qualquer maneira.".
Merope estava tão branca, que Harry sentia que ela ia desfalecer.
"O que é isso?" disse Gaunt nitidamente, também em Parseltongue, olhando do filho dele à filha. "O que disse você, Morfin?".
"Ela gosta de olhar para aquele Trouxa", disse Morfin, uma expressão vitoriosa na face, encarou a irmã, que agora parecia apavorada. "Sempre no jardim quando ele
passa, ela fica o examinando pela cerca viva. E ontem à noite-".
Merope tremeu, sacudindo a cabeça, suplicantemente, mas Morfin foi em irredutível. "Se pendurando na janela a espera que ele se aproxime da casa, não era?".
"Pendurando na janela olhar para um Trouxa?" disse Gaunt quietamente.
Os três Gaunts pareciam ter esquecido de Ogden que estava parecendo confuso e irritado a esta erupção renovada de assobiar incompreensíveis.
"É verdade?" disse Gaunt em uma voz mortal, enquanto avançando um passo ou dois para a menina apavorada. "Minha filha - descendente do puro sangue de Salazar Slytherin
- desejando de um Trouxa imundo, sangue sujo?".
Merope tremeu balançando a cabeça, enquanto se apertava contra a parede, aparentemente incapaz falar.
"Mas eu o peguei, Pai", cacarejou Morfin. "Eu o enfeiticei ele não parecia tão bonito com urticárias por toda parte, parecia, Merope?".
"Você me repugna, você, pequena traidora de sangue imundo!" rugiu Gaunt, perdendo o controle, as mãos fecharam ao redor do garganta da filha. Harry e Ogden gritaram
"Não!" ao mesmo tempo; Ogden elevou a varinha e chorou,"Relaskio!"
Gaunt foi lançado para trás, longe da filha; tropeçou em uma cadeira e caiu duro. Com um rugido de raiva, Morfin saltou da cadeira dele e correu a Ogden, enquanto
brandia a faca sangrenta e feitiços incendiavam indiscriminadamente da varinha dele.
Ogden correu para salvar sua vida. Dumbledore indicou que eles deveriam seguir e o Harry obedeceu, os gritos de Merope ainda ecoam nas suas orelhas.
Ogden correu para cima do caminho e alcançou a pista principal, os braços dele em cima da cabeça, onde colidiu com o cavalo castanho lustroso montada por um homem
jovem muito bonito, de cabelo escuro. Ambos, ele e a bonita menina, que montava ao lado dele em um cavalo cinza reagiram com risadas ao ver Ogden que saltou fora
o flanco do cavalo e caiu novamente, com o casaco de túnica, cobrindo-lhe a cabeça, fazendo-o correr a esmo para a pista.
"Eu acho que já está bom, Harry", disse Dumbledore. Ele levou Harry pelo cotovelo e arrastou. Logo após, ambos estavam planando levemente pela escuridão, até que
pousaram em cheio nos pés, no escritório de Dumbledore novamente.
"O que aconteceu à menina na cabana?" disse Harry imediatamente, assim que Dumbledore acendeu abajures extras com um estalido de sua varinha. "Merope, era o nome
dela, era?".
"Oh, ela sobreviveu", disse Dumbledore, sentando-se atrás da escrivaninha e indicando que Harry também deveria se sentar. "Ogden aparatou para o Ministério e voltou
com reforços dentro de quinze minutos. Morfin e o pai dele tentaram lutar, mas foram dominados, afastado da cabana, e conseqüentemente condenados pelo ministério.
Morfin que já teve um registro de ataques a trouxas foi condenado á três anos em Azkaban. Marvolo que tinha prejudicado vários empregados do Ministério, inclusive
Ogden recebeu seis meses".
"Marvolo?" Harry repetiu maravilhado.
"Isso é certo", disse Dumbledore, enquanto sorria em aprovação. "Eu estou alegre de o ver atento".
"Aquele homem velho era-?"
"O avô de Voldemort, sim", disse Dumbledore. "Marvolo, o filho dele, Morfin, e a filha dele, Merope, foi o último do Gaunts, uma família de bruxos muito antiga marcada
por uma veia de instabilidade e violência que floresceram pelas gerações devido ao hábito deles se casar os próprios primos. A falta de senso se uniu a uma grande
preferência pela grandeza, pela qual o ouro familiar foi desperdiçado várias gerações antes que Marvolo nascesse. Ele, como você viu, foi criado em esqualidez e
pobreza, com um temperamento muito sórdido, uma quantia fantástica de arrogância e orgulho, e um par de heranças familiares que ele entesourou da mesma maneira que
o filho dele, e muito mais que a filha".
"Assim Merope", disse o Harry, apoiando-se na cadeira e falando a Dumbledore, "assim Merope era... Senhor, isso significa que ela era... a mãe de Voldemort?".
"Significa", disse Dumbledore. "Acontece que nós também tivemos uma visão rápida do pai de Voldemort. Eu desejo saber se você notou?".
"O trouxa que Morfin atacou? O homem no cavalo?".
"Muito bom, realmente", disse Dumbledore, irradiando. "Sim, ele era Tom Riddle sênior, o trouxa bonito que ia montar perto da cabana Gaunt e para quem Merope Gaunt
confiou um segredo, paixão ardente".
"E eles terminaram casando?" Harry disse em descrença, incapaz imaginar duas pessoas menos prováveis para se apaixonar.
"Eu penso você está esquecendo", disse Dumbledore, "Aquele Merope era uma bruxa. Eu não acredito que os poderes mágicos dela foram mostrados da melhor forma enquanto
ela estava sendo aterrorizada pelo pai. Uma vez Marvolo e Morfin estavam seguramente em Azkaban, ela estava só e livre pela primeira vez na vida, então, eu estou
certo, ela pôde dar rédea cheia às habilidades dela e delinear a fuga da vida desesperada que ela tinha conduzido durante dezoito anos".
"Você não pode pensar em qualquer medida que Merope poderia ter tomado para fazer Tom Riddle esquecer da companheira trouxa, e se apaixonar por ela?"
"A Maldição de Imperius?" Harry sugeriu. "Ou um filtro amoroso?".
"Muito bom. Pessoalmente, eu sou inclinado para pensar que ela usou um filtro amoroso. Eu acho que teria parecido mais romântico a ela, e eu não penso que teria
sido muito difícil, algum dia quente, quando Riddle estava montando só, pode tê-lo persuadido a tomar uma água. Em todo caso, dentro de alguns meses da cena testemunhamos
há pouco, a aldeia de Little Hangleton desfrutou um tremendo escândalo. Você pode imaginar a fofoca que causou quando o filho do escudeiro escapou com a filha do
velho Gaunt, Merope".
"Mas o choque dos aldeões não era nada comparado ao de Marvolo. Ele voltou de Azkaban, esperando achar a filha esperando seu retorno com submissão e uma refeição
quente pronta na mesa. Ao invés, ele achou uma polegada clara de pó e a nota dela de adeus, explicando o que ela tinha feito".
"De tudo aquilo eu pude descobrir, ele nunca mencionou adiante o nome dela ou existência daquele tempo. O choque abandono dela pode ter contribuído à sua morte precoce-ou
talvez ele simplesmente nunca tenha aprendido se alimentar. Azkaban tinha debilitado muito Marvolo, e ele não viveu para ver Morfin voltar à cabana".
"E Merope? Ela... ela morreu, não foi? Voldemort não foi deixado em um orfanato?".
Realmente, "Sim" disse Dumbledore. "Nós temos que fazer uma certa adivinhação aqui, embora eu não ache que é difícil deduzir o que aconteceu. Você vê, dentro de
alguns meses do matrimônio fugitivo deles, Tom Riddle reapareceu na casa de solar em Little Hangleton sem a esposa dele. O rumor correu na vizinhança era que ele
tinha sido enganado. O que ele quis dizer, eu estou seguro, é que ele tinha estado sob encantamento que agora tinha acabado, entretanto eu creio que ele não ousou
usar essas palavras precisas por medo de ser julgado insano. Quando eles ouviram o que ele estava dizendo, porém, os aldeões julgaram que Merope tinha mentido a
Tom Riddle, fingindo que ela ia ter o bebê dele, e que ele tinha se casado por isto".
"Mas ela teve o bebê dele".
"Mas não até um ano depois que eles estivessem casados. Tom Riddle a deixou quando ela ainda estava grávida".
"O que deu errado?" Harry perguntou. "Por que o filtro amoroso deixou de trabalhar?".
"Novamente, são conjeturas", disse Dumbledore, "mas eu acredito que Merope que estava profundamente apaixonado pelo marido, não pudesse agüentar continuar o escravizando
através de meios mágicos. Eu acredito que ela fez a escolha para deixar de lhe dar a poção. Talvez, boba como era ela, ela tenha se convencido que ele teria se apaixonado.
Talvez ela tenha pensado que ele ficaria por causa do bebê. Nesse caso, ela estava errada em ambas as contas. Ele a deixou, nunca a viu novamente, e nunca se preocupou
em descobrir o que restou o filho".
O céu lá fora era preto como tinta e os abajures no escritório de Dumbledore parecia arder mais brilhantemente que antes.
"Eu acho que está bom para esta noite, Harry", disse Dumbledore depois de um momento ou dois.
"Sim, senhor", disse o Harry.
Ele levantou, mas não partiu.
"Senhor... é importante saber tudo isso sobre o passado de Voldemort?".
"Muito importante, eu penso", disse Dumbledore.
"E isto... é tem algo relacionado com a profecia?".
"Tem tudo a ver com a profecia".
"Certo" disse Harry, um pouco confuso, mas reassegurou-se.
Ele virou para ir, então outra pergunta o ocorreu, e ele retrocedeu novamente. "Senhor, me permite contar para o Ron e para Hermione tudo você me falou?".
Dumbledore o considerou por um momento, então disse, "Sim, eu penso Sr. Weasley e Senhorita Granger provaram ser merecedores de confiança. Mas Harry, eu vou lhe
pedir que lhes peça que não repitam nada disto outro a qualquer pessoa. Não seria uma idéia boa saberem por ai de quanto eu sei, ou suspeito, sobre os segredos de
Lord Voldemort".
"Não, senhor. Eu terei certeza, só Ron e Hermione. Boa noite".
Ele se virou novamente, e quase estava à porta quando ele viu. Sentado entre as pequenas mesas com pernas de fuso que apoiaram tantos instrumentos prateados delicados,
havia um anel de ouro feio, com um grande e rachada pedra preta.
"Senhor", disse o Harry, enquanto encarava. "Aquele anel-"
"Sim?" disse Dumbledore.
"Você estava usando isso quando nós visitamos Professor Slughorn naquela noite".
"Sim estava" Dumbledore concordou.
"Mas não é este... senhor, não é o mesmo anel que Marvolo Gaunt mostrou para Ogden?".
Dumbledore dobrou a cabeça. "O mesmo sim".
"Mas como veio-? Você sempre teve isto?".
"Não, eu adquiri isto muito recentemente", disse Dumbledore. "Alguns dias antes de eu o ir buscar de sua tia e tio, na realidade".
"Isso estaria mais ou menos próximo a quando você machucou sua mão, então, senhor?".
"Ao redor daquele tempo, sim, Harry".
Harry hesitou. Dumbledore estava sorrindo.
"Senhor, como exatamente-?"
"Muito tarde, Harry! Você ouvirá a história outra hora. Boa noite".
"Boa noite, senhor".
CAPÍTULO 11
A MÃO AJUDANTE DE HERMIONE
Assim como Hermione havia previsto, o tempo de folga dos sextanistas não eram horas para relaxar como Rony havia imaginado, mas sim tempo para ficar em dia com a
enorme quantidade de tarefas que tinham. Não somente estavam estudando como se tivessem exames todos os dias, mas a dificuldade das lições em si exigiam agora muito
mais deles do que antes. Harry mal compreendera metade do que a Prof. McGonagall lhes havia dito nesses dias; até mesmo Hermione teve de pedi-la para que repetisse
instruções uma ou duas
vezes. Inacreditavelmente, e para o crescente ressentimento de Hermione, a matéria favorita de Harry tinha, inesperadamente, se tornado Poções, graças ao Príncipe
Mestiço. Feitiços não-verbais eram agora muito aguardados, não apenas em Defesa contra a Artes das Trevas, como também em Feitiços e Transfiguração.
Harry freqüentemente olhava para seus colegas ao redor da sala comunal ou na hora das refeições e via-os com o rosto roxo e repuxando como se tivessem sofrido uma
overdose de "Un-No-Poo"; mas ele sabia que eles apenas estavam se esforçando para que os feitiços funcionassem sem que fosse preciso dizer os encantamentos em voz
alta. Era um alívio não precisar ir mais às estufas; os alunos estavam trabalhando com plantas mais perigosas do que nunca em Herbologia, mas pelo menos ainda estavam
avisados que podiam gritar caso um tentáculo venenoso aparecesse por trás deles.Uma das evidências da enorme dedicação e das frenéticas horas de prática aos encantos
não-verbais dos alunos era que Harry, Ron e Hermione estavam longe de ter tempo livre para ir visitar Hagrid. Ele não estava comparecendo às refeições no Salão Principal,
o que era um mau sinal, e nas poucas ocasiões que os garotos passavam por ele nos corredores ou nos jardins, Hagrid estava misterioso demais para notá-los ou ouvir
seus cumprimentos."Nós temos que nos explicar" disse Hermione, olhando para a imensa cadeira vazia na mesa principal durante o café da manhã que se seguira.
"Nós temos que treinar quadribol esta manhã!" Retrucou Rony. "E vamos supostamente praticar aquele Feitiço Aguamenti do Flitwick! De qualquer maneira, explicar o
quê? Como vamos contar que odiamos essa matéria idiota?".
"Nós não odiamos" disse Hermione.
"Fale por si mesma, eu ainda não esqueci dos skrewts," disse Ron obscuramente. "E vou te dizer agora, nós escapamos por pouco".
"Eu odeio ficar sem falar com Hagrid", disse Hermione, parecendo chateada.
"Iremos até lá depois do quadribol", Harry assegurou-lhe. Ele também sentia falta de Hagrid, embora, como Rony, pensava que estavam melhores sem Grope em suas vidas.
"Mas os testes devem levar toda a manhã, muitas pessoas se inscreveram". Ele se sentiu ligeiramente nervoso de ter que enfrentar o primeiro obstáculo de ser capitão.
"Eu não sei o motivo dessa popularidade tão repentina do time"
"Ah, Harry", disse Hermione, repentinamente impaciente. "Não é o quadribol que é popular, e sim você! Você nunca foi tão interessante, e francamente, nunca foi tão
fantástico como agora". Rony abocanhou um grande pedaço de salmão. Hermione dedicou-lhe um olhar de desdenho antes de voltar-se para Harry. "Todo mundo sabe que
agora você está dizendo a verdade, não é? Toda a comunidade mágica teve de admitir que você estava certo sobre Voldemort ter voltado, e que você realmente encontrou
com ele nos últimos dois anos,
escapando nas duas vezes. E agora estão te chamando de O Escolhido - bem, vamos lá, vai dizer que você não consegue ver porquê as pessoas estão fascinadas por você?".
Harry encontrou o Salão Principal subitamente quente, ainda que o teto continuasse parecendo frio e chuvoso.
"E você estava envolvido com aquela perseguição do Ministério quando eles estavam tentando pintá-lo como inseguro e mentiroso. Ainda dá pra ver as marcas nas costas
de sua mão de quando aquela mulher diabólica te fez escrever com seu próprio sangue, mas você continuou firme com a sua história..."
"Ainda dá pra ver onde aqueles cérebros de apossaram de mim no Ministério, veja", disse Rony, agitando suas luvas para trás.
"E você amadureceu muito nesse verão e não doeu nada", Hermione terminou, ignorando Ron.
"Eu sou alto" disse Rony sem motivo aparente.
O correio matinal chegara, escancarando as janelas protegidas da chuva e assim provocando a dispersão de todos devido às gotas de água que caíam. A maioria dos alunos
recebeu mais correspondência do que o habitual; parentes ansiosos estavam aflitos para saber de seus filhos e tranqüilizá-los, por sua vez, de que tudo estava bem
em casa. Harry não recebera nenhuma carta desde o começo do ano; seu único correspondente fixo estava agora morto e, embora ele esperasse que Lupin pudesse escrevê-lo
ocasionalmente, estava bastante desapontado. Harry ficou bastante surpreso, portanto, de ver Edwiges surgir coberta de neve branca por entre todas as corujas cinzas
e marrons. Ela aterrissou de frente para Harry, carregando um grande pacote quadrado. Um momento mais tarde, um pacote idêntico pousou em frente
a Rony, esmagando sua minúscula e exausta coruja, Pítchi.
"Ha!" Disse Harry, desembrulhando o pacote para revelar um novo exemplar do Livro Avançado de Poções da Floreios & Borrões."Oh, ótimo", disse Hermione, satisfeita.
"Agora você pode devolver aquele outro rabiscado".
"Você está louca?" Falou Harry. "Vou continuar com ele! Veja, eu estive pensando -...". O garoto puxou a velhaa cópia do Livro Avançado de Poções da mochila e deu
um tapa com a varinha na sua capa, dizendo, "Dijjindo!". A capa se soltou. Fez a mesma coisa com o recém-adquirido livro (Hermione pareceu
escandalizada). Trocou, então, as capas, dizendo, "Reparo!". Lá estava o livro do Príncipe, disfarçado como se fosse novo, e lá estava a cópia fresca da Floreios
& Borrões, parecendo completamente desgastada.
"Devolverei a Slughorn o livro novo (com a capa velha), ele não pode se queixar, isto me custou nove Galeões".
Hermione pressionou os lábios, parecendo zangada e com um olhar de desaprovação, mas foi distraída por uma terceira aterrissagem de coruja, agora lhe trazendo seu
exemplar do Profeta Diário. Folheou-o rapidamente e voltou à página principal.
"Algum conhecido morto?" Perguntou Rony com uma voz casual; ele fazia a mesma pergunta toda vez que Hermione abria o papel.
"Não, mas houve mais ataques de dementadores", disse Hermione. "E uma prisão".
"Excelente, de quem?" Perguntou Harry, pensando em Bellatrix Lestrange. "
Stan Shunpike," respondeu Hermione.
"Quê?" Disse Harry.
"Stanley Shunpike, o popular condutor do transporte para bruxos Nôitibus, foi preso pela suspeita de envolvimento nas atividades de Comensais da Morte. Mr. Shunpike,
21 anos, foi colocado sob custódia noite
passada, depois de uma batida em sua casa em Clapham...".
"Stan Shunpike, um Comensal da Morte?" Disse Harry, lembrando-se da primeira vez que se encontraram, há três anos atrás. "Sem chance!".
"Ele provavelmente estava sob o feitiço Imperius", falou Ron, razoável.
"Nunca haverá como saber"
"Não me parece que foi isto", disse Hermione, que continuava lendo. "Aqui diz que ele foi preso depois de uma conversa sobre os planos secretos dos Comensais da
Morte num pub". Ela olhou para cima com uma expressão conturbada no rosto. "Se ele estava sob o feitiço Imperius, mal poderia bisbilhotar ao seu redor, poderia?".
"Parece que ele queria dizer mais do que realmente sabia", disse Ron. "Não foi ele que disse que estava prestes a se tornar Ministro da Magia enquanto tentava impressionar
aquela veela?
"Sim, ele mesmo" disse Harry. "Sinceramente, eu não sei o que eles estavam planejando, levando Stan".
"Eles provavelmente queriam ver como eles estão fazendo alguma coisa" disse Hermione, franzindo a testa. "As pessoas são impressionantes - você viu os pais das gêmeas
Patil querendo que elas fossem para casa? E Eloise Midgen já se foi. Seu pai veio buscá-la noite passada".
"O quê?!" disse Ron, "Mas Hogwarts é muito mais segura que as casas deles! Nós temos Aurores, e todos os feitiços extras, e nós temos Dumbledore!"
"Eu não acho que o tenhamos a todo o momento" disse Hermione tranqüilamente, olhando de relance por cima do Profeta para a mesa principal.
"Vocês não observaram? Seu assento está tão vazio quanto o de Hagrid na semana passada"."Harry e Rony olharam para a mesa principal. A cadeira do diretor estava
decididamente vazia. Agora Harry começava a pensar naquilo, ele não vira Dumbledore desde a lição particular, uma semana atrás".
"Eu acho que ele deixou a escola para fazer alguma coisa para a Ordem", disse Hermione com uma voz baixa. "Quero dizer... todos parecem sérios, não parecem?".
Harry e Ron não responderam, mas Harry sabia que estavam pensando a mesma coisa. Havia ocorrido um horrível acidente um dia antes, quando Anna Abbott deixou Herbologia
para saber que sua mãe fora encontrada morta. Eles não tornaram a ver Anna depois daquilo.
Quando os garotos deixaram a mesa da Grifinória cinco minutos depois para ir até o campo de quadribol, passaram por Lavender Brown e Parvati Patil. Lembrando-se
do que Hermione havia dito sobre o desejo dos pais das gêmeas Patil de que as filhas deixassem a escola, Harry não ficou surpreso de ver que as duas melhores amigas
sussurravam, parecendo aflitas. O que o surpreendeu foi que, quando Ron emparelhou com elas, Parvati repentinamente cutucou Lavender, que olhou ao redor e sorriu
amplamente para Rony. Ron piscou para ela e retribuiu o sorriso, incerto. Seu caminhar instantaneamente se tornou mais pomposo. Harry resistiu a tentação de rir,
lembrado-se de que Ron se conteve da vez em que Malfoy quebrara seu nariz;
Hermione, contudo, pareceu fria e distante durante todo o caminho para o estádio; lá partiu para encontrar um lugar nas arquibancadas, sem desejar boa sorte a Rony.
Como Harry já esperava, os testes tomaram a maior parte da manhã. Metade da casa da Grifinória pareceu ter se entusiasmado: de alunos de primeiro ano que apareceram
com as velhas e terríveis vassouras da escola, até alunos do sétimo ano, os quais agiam como se fossem bem melhores do que o resto, parecendo até intimidantes. O
último incluía um grande e despenteado garoto, o qual Harry reconheceu imediatamente do Expresso de Hogwarts.
"Nós nos conhecemos no trem, na cabine do Slug", ele disse, confiante, se separando da multidão para poder apertar a mão de Harry. "Cormac McLaggen, goleiro".
"Você não tentou entrar para o time ano passado, tentou?" Perguntou Harry, notando a largura de McLaggen e pensando que ele provavelmente poderia bloquear todos
os três gols sem nem sequer se mover.
"Eu estive no hospital quando os testes aconteceram" disse McLaggen. "Comi ovos de doxy por causa de uma aposta"
"Certo" disse Harry. "Bem... se você esperar ali..." Ele apontou para a borda do campo, perto de onde Hermione estava sentada. Harry pensou ter visto uma ponta de
aborrecimento passar pelo rosto de McLaggen e quis saber se o que ele esperava era um tratamento especial pelo fato de ambos serem os
"favoritos do Slug". Harry decidiu começar com um teste básico, pedindo a todos os pretendentes a entrar para o time que se dividissem em grupos de dez e voassem
ao redor do campo. Foi uma boa decisão: os primeiros dez foram compostos de alunos do primeiro ano, e não puderam voar sem que caíssem no
chão logo depois. Somente um garoto conseguiu permanecer no ar por mais que alguns segundos, e levou um susto ao bater prontamente em um dos aros do gol. O segundo
grupo compreendia dez das garotas mais bobas que Harry já tinha visto, as quais, quando ele apitou, caíram na risada e ficaram se cutucando.
Romilda Vance estava entre elas. Quando Harry disse-lhes para que saíssem do campo, elas ficaram alegremente quietas e foram sentar-se nas arquibancadas junto com
os outros. O terceiro grupo fez um giro incompleto ao redor do campo. A maioria do quarto grupo chegou sem vassouras. Os do quinto grupo eram da Lufa-lufa. "Se há
mais alguém aqui que não seja da Grifinória", Harry rugiu, começando a se irritar seriamente, "vá embora agora, por favor!". Houve uma pausa, e dois pequenos alunos
da Corvinal correram para fora do campo, soltando bufos e gargalhadas.
Após duas horas, muitas queixas e diversas irritações envolvendo uma Comet 260 estragada e diversos dentes quebrados, Harry havia encontrado três artilheiras: Katie
Bell, de volta à equipe após um teste excelente; um novo achado que se chamava Demelza Robins, que era particularmente boa em evitar
balaços; e Ginny Weasley, que manteve a dianteira em toda a competição e marcou dezessete gols. Embora estivesse satisfeito com suas escolhas, Harry teve que gritar
asperamente com muitos companheiros, agora estava numa batalha semelhante com os batedores rejeitados.
"Esta é a minha decisão final, e se não saírem do caminho como os goleiros, eu vou azarar vocês!" - Ele gritou. Nenhum de seus batedores escolhidos tiveram o brilhantismo
de Fred e George, mas ele estava
razoavelmente satisfeito com eles: Jimmy Peakes, um menino curto mas de compleição larga do terceiro-ano, que agitou o bastão furiosamente acertando um balaço que
fez brotar uma protuberância do tamanho de um ovo na parte traseira da cabeça de Harry , e Ritchie Coote, que não era muito forte mas apontava bem.
Juntaram-se agora à Katie, Demelza, e Ginny nas arquibancada para prestar atenção à seleção do último membro da equipe.
Harry tinha deixado deliberadamente a seleção dos goleiros por último, esperando por um estádio mais vazio e menos pressão da torcida. Infelizmente, todos os jogadores
rejeitados e um número de gente que tinha vindo para o campo prestar atenção depois do almoço tinham formado uma multidão agora, de modo que
estava maior do que antes. Enquanto cada goleiro voou até os aros para as defesas, a multidão rugia e gritava em igual medida. Harry olhou de relance para Ron, que
sempre havia demonstrado problemas com os nervos; Harry tinha esperado que ganhar a final do último ano pudesse tê-lo curado, mas aparentemente não: Ron estava num
tom delicado de verde. Nenhuns dos primeiros cinco pretendentes defenderam mais de dois gols cada. Para o grande desapontamento de Harry, Cormac McLaggen defendeu
quatro faltas de cinco. No último, entretanto, disparou fora no sentido completamente errado; a multidão riu e vaiou, e McLaggen retornou ao chão rangendo os dentes.
Ron olhou pronto parecendo prestes a desmaiar quando montou sua Cleansweep 11. "Boa sorte!" Gritou uma voz das arquibancadas. Harry olhou ao redor, esperando ver
Hermione, mas era Lavender. Ele gostaria de ter
escondido seu rosto em suas mãos, como fez um momento mais tarde, mas pensou que como capitão ele deveria se mostrar ligeiramente mais confiante, e assim girou para
ver o teste de Ron.
Contudo não precisava ter-se preocupado: Ron defendeu um, dois, três, quatro, cinco faltas seguidas. Encantado, e resistindo aos aplausos da multidão com dificuldade,
Harry foi até McLaggen para dizer-lhe que
infelizmente, Ron o tinha batido, mas encontrou apenas a cara vermelha de McLaggen avançando em sua direção. Deu um passo para trás rapidamente.
"Sua irmã não o testou realmente", disse McLaggen de modo ameaçador. Havia uma veia que pulsava em sua têmpora como Harry via freqüentemente no tio Válter. "Ela
deu-lhe defesas fáceis"."Besteira" disse Harry friamente. "Aquele foi o que ele quase perdeu...".
McLaggen se aproximou de Harry, que agora estava no solo. "Dê-me outra chance".
"Não" disse Harry. "Você teve sua chance. Você defendeu quatro. Ron defendeu cinco. Ron é o goleiro, ele ganhou honestamente. Saia de minha frente".
Harry pensou por um momento que McLaggen fosse o esmurrar, mas ele se satisfez com um sorriso feio e tempestuoso e se afastou, rosnando o que soava como ameaças
soltas no ar. Harry girou ao redor para encontrar sua nova equipe sorrindo de alegria.
"Muito bem", resmungou. "Você voou realmente bem!".
"Você foi brilhante, Ron!".
Desta vez era realmente Hermione que gritava para eles das arquibancadas; Harry viu Lavender diminuir o ritmo, de braço dado com Parvati, uma expressão levemente
irritada. Ron ficou extremamente contente com
ele mesmo e mais alto do que o usual enquanto sorriu para a equipe e para Hermione.
Após marcar o primeiro treino completo para a próxima quinta-feira, Harry, Ron e Hermione se despediram do resto da equipe e dirigiram-se em direção à cabana de
Hagrid. Um sol aquoso agora tentava aparecer através das nuvens e havia parado de chuviscar finalmente. Harry sentiu-se extremamente faminto; esperou que tivesse
algo para comer na casa de Hagrid.
"Eu pensei que não iria pegar a quarta falta", Ron disse feliz. "Arremesso complicado de Demelza, você viu, teve um pouco de curva nela...".
"Sim, sim, você foi magnífico", disse Hermione, olhando distraidamente.
"Eu era melhor do que esse McLaggen de qualquer maneira", disse Ron com uma voz altamente satisfeita. "Você o viu virar a vassoura na direção errada em sua quinta
falta? Ele pareceu confuso...".
Para a surpresa de Harry, Hermione corou profundamente quando ouviu estas palavras. Ron não observou nada; estava demasiado ocupado descrevendo cada uma de suas
outras faltas em detalhes apaixonados.
O hipogrifo cinzento grande, Bicuço, estava em frente à cabana de Hagrid. Estalou seu bico afiado como navalha por causa da aproximação e girou sua cabeça enorme
para eles.
"Oh meu Deus!" Disse Hermione nervosa. "Ele ainda é um bocado assustador, não é?"
"Sai dessa! Você montou nele, não montou?" Ron disse. Harry deu um passo à frente e fez uma reverência para o hipogrifo mantendo o contato visual e sem piscar. Após
alguns segundos, Bicuço afundou-se em grande reverência.
"Como você está?" Harry perguntou em uma voz baixa, acariciando suas plumas, fazendo-o mover a cabeça levemente. "Senti sua falta. Mas você está bem aqui com Hagrid,
não está?"
"Olá!" Disse uma voz alta. Hagrid estava vindo da lateral de sua cabana desgastada em um avental florido grande e carregando um saco de batatas. Seu cão enorme,
canino, estava em seu encalço; Canino deu um latido alto e parou à frente.
"Saiam daqui! Ou ele comerá seus dedos - oh. Ele é perigoso".
Canino estava pulando em cima de Hermione e Ron, tentando lamber suas orelhas. Hagrid foi até a porta que estava rachada, abriu e entrou com um estrondo em sua cabana,
batendo a porta atrás dele.
"Oh Hagrid!" Hermione disse, olhando abatida.
"Não se preocupe com ele", disse Harry friamente. Andou até a porta e bateu alto.
"Hagrid! Abra, nós queremos falar com você!".
Não havia nenhum som no interior da cabana.
"Se você não abrir a porta, nós a explodiremos!" Harry disse, puxando sua varinha.
"Harry!" Hermione disse, parecendo chocada. "Você não pode fazer isso"
"Sim, eu posso!" Disse Harry. "Saia do caminho...".
Mas antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, a porta abriu outra vez como Harry sabia que abriria, e Hagrid olhava bravo para ele, apesar do avental florido,
positivamente alarmante.
"Eu sou um professor!" Rugiu para Harry. "Um professor, Potter! Como você ameaça derrubar a porta da minha cabana?!"
"Me desculpe, senhor" disse Harry, enfatizando a última palavra quando guardou sua varinha dentro de suas vestes. Hagrid olhou chocado. "Desde quando tem o costume
de me chamar de senhor?"
"Desde quando tem o costume de me chamar de potter?".
"Oh, muito inteligente". Resmungou Hagrid. "Muito cômico Então é mais inteligente do que eu, não é? Está certo, entre então, pequeno mal agradecido..."
Resmungando no escuro, afastou-se para trás e deixou-os passar. Hermione entrou logo após Harry, olhando um pouco temerosa.
"Bom?" Hagrid disse irritado, assim que Harry, Ron, e Hermione se sentaram em torno de sua enorme mesa de madeira. Canino colocou sua cabeça imediatamente em cima
do joelho de Harry e babou em cima de
suas vestes. "O que é isso? Sentiu-se preocupado comigo? Pensou que eu estava solitário ou abandonado?".
"Não". Disse Harry de uma vez. "Nós queríamos vê-lo".
"Nós sentimos sua falta!" Hermione disse tremendo.
"Sentiram minha falta, é?" Bufou Hagrid. "Sim, claro!". Ele parou, preparou um chá em sua chaleira de cobre enorme, murmurando de vez em quando. Finalmente bateu
três canecas parecendo baldes sob medida de um chá marrom na frente deles e bolachas que pareciam rochas. Harry estava com muita fome, mas conhecia a comida de Hagrid
e examinou primeiramente.
"Hagrid", disse Hermione tímida, quando ele foi para a pia e começou descascar suas batatas com uma brutalidade que sugeria que cada uma tinha cometido um erro pessoal
grande, "Nós queríamos realmente
continuar com Trato das Criaturas Mágicas, sabe".
Hagrid deu outra grande bufada. Harry preferivelmente pensou que haveria algumas lágrimas misturadas às batatas, e se ficou intimamente grato por que não permaneceriam
para o jantar.
"Nós queríamos!" Hermione disse. "Mas nenhuns de nós poderia colocá-lo em nossos horários!"
"É. Certo" disse Hagrid outra vez. Havia um som engraçado de algo pesado caindo, e olharam todos ao redor: Hermione se esquivou rapidamente, e Ron pulou fora da
sua cadeira e apressado em torno da
mesa para longe do tambor grande que estava num canto, e que tinham apenas observado. Estava cheio de bichos como larvas com longos pés, limo, brancos, e artificiais.
"O que são eles, Hagrid?" Harry perguntou, tentando soar mais interessado do que revoltado, mas colocando suas bolachas de rocha todas nos bolsos.
"Só larvas gigantes" disse Hagrid.
"E crescem aonde...?" Ron perguntou, olhando apreensivo.
"Elas não crescem em nada" Disse Hagrid. "Eu as consegui dando comida a Aragogue". "said Hagrid. "I got em ter feed ter Aragog.) E sem aviso, desatou a chorar.
"Hagrid!" Hermione gritou, levantando-se, dando rapidamente a volta à mesa, de modo a evitar o tambor das larvas, colocando um braço em volta de seus ombros que
balançavam. "O que é isso?".
"É... ele..." Hagrid engoliu em seco, seus olhos de besouros-pretos lacrimejaram, enquanto ele esfregava sua cara com o avental. "É... Aragogue... Eu acho que está
morrendo... Começou a adoecer este verão, e ele não está melhorando... Eu não sei o que eu farei sem ele... se... Nós estamos juntos a tanto tempo...".
Hermione bateu no ombro de Hagrid, olhando completamente perdida, sem saber o que dizer. Harry sabia como ele se sentia. Ele sabia que Hagrid tinha o vício de confundir
um perigoso dragão com um ursinho
inofensivo, sem falar nos escorpiões gigantes que queimavam, sugavam e tinham espinhos, e na tentativa de ensinar seu brutal meio-irmão gigante, mas este talvez
fosse a mais incompreensível de todas suas fantasias de monstros: a aranha gigantesca que fala, Aragogue, que residia embrenhada na floresta proibida, e da qual
ele e Ron tinham escapado há somente quatro anos aproximadamente."Há alguma coisa que nós podemos fazer?" Hermione pediu, ignorando as caretas de Ron e sacudindo
a cabeça freneticamente.
"Eu não acho que há Hermione", engasgou Hagrid, tentando conter a enchente de lágrimas. "Veja, o resto de sua raça... A família de Aragogue... estão aproveitando
enquanto há tempo... só um pouco inquietos...".
"Sim, eu penso que nós vimos um pouco desse lado deles", disse Ron em um tom baixo.
"... Eu não calculo que seja seguro a qualquer um, mas eu estou perto da colônia no momento" Hagrid terminou, fungando seu nariz duro no avental e olhando acima.
"Mas agradeço a oferta, Hermione... Isso
significa muito para mim".
Após isso, a atmosfera se amenizou consideravelmente, porque embora nem Harry nem Ron mostrassem inclinação para ir alimentar a uma aranha homicida e gigantesca
com as larvas gigantes, Hagrid pareceu
concordar que eles só queriam fazer seu usual ego voltar ao normal mais uma vez. "Ar, eu fiquei sabendo que seria difícil me espremer em seus horários". Ele disse
bruscamente, servindo-os de mais chá. "Mesmo se
vocês usassem o Vira-Tempo...".
"Nós não poderíamos fazer isso" disse Hermione. "Nós despedaçamos o estoque inteiro de Vira-Tempos do ministério quando estivemos lá no último verão. Estava no Profeta
Diário".
"Bem, então" Disse Hagrid, "não havia maneira de vocês resolverem isso... Sinto muito, eu estive... - E ainda estou - Eu somente estive preocupado com Aragogue.
E eu estive pensando, se a Professora Grubbly-Plank ainda estivesse ensinando...".
Neste momento os três mentiram categoricamente sobre a Professora Grubbly-Plank, que havia substituído Hagrid algumas vezes, dizendo que era uma professora terrível,
que os resultados do tempo com Hagrid os levava pra longe das premissas de um crepúsculo, e ele olhou totalmente cheio de si.
"Eu estou morrendo de fome", disse Harry, uma vez que a porta se tinha fechado atrás deles e estavam se apressando através da escuridão dos jardins desertos; tinha
abandonado o bolo de pedra após um ruído ameaçador de uma rachadura em seus dentes molares.
"E eu tenho aquela detenção com Snape hoje à noite, e não tenho muito tempo para o jantar...".
Enquanto eles estavam indo para o castelo encontraram Cormac McLaggen entrando no Salão Principal. Ele fez duas tentativas de passar pelas portas; fora ricocheteado
do quadro na primeira tentativa. Ron meramente gargalhou e caminhou para dentro do Salão após ele, mas Harry travou o braço de Hermione e prendeu-a para trás.
"Que?" Disse Hermione defensivamente.
"Se você me perguntasse", disse Harry quietamente, "McLaggen parecia confuso esta manhã. E ele estava em pé exatamente em frente ao lugar onde você estava sentada".
Hermione corou. "Oh, tudo bem então, eu fiz aquilo", ela sussurrou. "Mas você deveria ter ouvido a maneira que falava sobre Ron e Ginny! De qualquer forma, ele tem
um temperamento asqueroso, você viu como ele reagiu por não estar dentro... Você não iria querer alguém como ele na equipe".
"Não". Disse Harry. "Não, eu suponho que é verdade. Mas isso não é desonesto, Hermione? Quero dizer, você é uma monitora, não é?".
"Oh, fique quieto", ela vociferou, enquanto ele dava um sorriso forçado.
"O que vocês dois estão fazendo?" Reclamou Ron, reaparecendo na entrada do Salão Principal e olhando suspeito.
"Nada", disseram Harry e Hermione juntos, e apressaram-se atrás de Ron. O cheiro da carne assada fez o estômago de Harry doer de fome, mas tinham dado apenas três
passos em direção à mesa da Grifinória
quando o professor Slughorn apareceu na frente deles, obstruindo seu trajeto.
"Harry, Harry, justamente o homem que eu esperava ver!" Ele disse alegremente, girando as extremidades de seu bigode de morsa e estufando sua barriga enorme, "Eu
esperava encontrá-lo antes do jantar! Que você diz de jantar hoje à noite em meus aposentos preferivelmente? Nós estamos tendo uma pequena festa, apenas algumas
estrelas em ascensão, eu chamei McLaggen e Zabini, a encantadora Melinda Bobbin... Eu não sei se você a conhece! Sua família possui uma grande rede de farmácias...
E, naturalmente, eu espero muito que
a senhorita Granger me favoreça vindo também".Slughorn fez a Hermione uma reverência enquanto terminava de falar. Era como se Ron não estivesse presente; Slughorn
não lançou se quer um olhar a ele.
"Eu não posso ir, professor", disse Harry de uma vez. "Eu tenho uma detenção com o professor Snape".
"Oh, meu caro!" Slughorn disse, sua cara esmorecendo comicamente. "Meu querido, eu estava contando com você, Harry! Bem, agora, eu terei que apenas ter uma palavra
com Severus e explicar a situação. Eu sou certo que eu poderei persuadi-lo a adiar sua detenção. Sim, eu verei ambos mais tarde!" E apressou-se para fora do Salão.
"Não há nenhuma chance de persuadir Snape", disse Harry, no momento em que Slughorn ficou fora do alcance da voz. "Esta detenção já foi cancelada uma vez; Dumbledore
pediu a Snape, mas não o fará para
ninguém mais".
"Oh, eu gostaria que você pudesse vir, eu não quero ir sozinha!" Hermione disse ansiosamente; Harry percebeu que ela estava pensando em McLaggen.
"Eu duvido que você estará sozinha, Gina provavelmente foi convidada", completou Ron, que não via com bons olhos o desprezo de Slughorn.
Após o jantar voltaram rapidamente à torre da Grifinória. O salão comunal estava muito cheio, porque a maioria dos alunos tinha terminado o jantar àquela hora, mas
os três conseguiram encontrar uma mesa livre e se sentaram; Ron, que estava de mau humor desde o encontro com Slughorn, balançou os braços e fitou o teto com uma
carranca. Hermione alcançou uma cópia do Profeta Noturno, que alguém havia abandonado em uma cadeira.
"Algo novo?" Disse Harry.
"Não realmente". Hermione tinha aberto o jornal e fazia a leitura das páginas internas.
"Oh, olha, seu pai aqui, Ron, ele está ok!" Acrescentou rapidamente, porque Ron tinha olhado ao redor alarmado.
"Diz apenas que está revistando a casa dos Malfoy".
"A segunda busca à casa dos Comensais da Morte parece não ter rendido nenhum resultado. Arthur Weasley, do escritório de Detenção e Apreensão de Contra-feitiços
Defensivos e Objetos Protetores diz que
sua equipe tem agido em cima de uma denúncia confidencial."
"Sim, a minha!" Harry disse. "Eu lhe disse na estação sobre Malfoy e essa coisa que estava tentando fazer Borgin arrumar! Bem, se não estiver em sua casa, deve ter
trazido o que quer que seja a Hogwarts com
ele...".
"Mas como ele pode ter feito isso, Harry?" Disse Hermione, abaixando o jornal com um olhar surpreendido. "Todos nós fomos revistados quando chegamos, não fomos?".
"Vocês foram?" Disse Harry, tentando se lembrar. "Eu não fui!".
"Oh não, naturalmente você não foi, me esqueci que você chegou atrasado. Bem, Filch passou sobre todos nós com sensores de segredo quando chegamos ao saguão de entrada.
Todo o objeto suspeito seria
encontrado, Eu soube que Crabbe teve uma cabeça encolhida confiscada.
Como você vê, Malfoy não pode ter trazido em qualquer coisa perigosa!" Parando momentaneamente, Harry observou Gina Weasley jogando com Arnold o Pygmy Puff por um
momento antes de ver uma maneira de argumentar.
"Alguém lhe enviou pelo correio coruja, então", disse. "Sua mãe ou alguém".
"Todas as corujas estão sendo verificadas também", disse Hermione. "Filch disse-nos que assim que ele terminar com aqueles sensores de segredos, todos os lugares
seriam revistados".
Realmente perplexo, Harry não encontrou nada mais para dizer. Não pareceu haver nenhuma maneira pela qual Malfoy poderia ter trazido um objeto perigoso ou suspeito
para a escola. Olhou esperançosamente em
Ron, que se estava sentado com seus braços dobrados, olhando fixamente para Lavender Brown.
"Você pode imaginar uma maneira de Malfoy...?".
"Oh, deixe isso pra lá, Harry", disse Ron.
"Escute, não é minha culpa que Hermione e eu fomos convidados por Slughorn para seu clube estúpido, nenhum de nós quis ir, você sabe!" Harry disse, explodindo.
"Bem, porque eu não sou convidado para nenhum clube". Disse Ron, se levantando outra vez. "Acho que vou para a cama".
E saiu porta afora rumo aos dormitórios, deixando Harry e Hermione olhando fixamente suas costas.
"Harry?" Disse a nova artilheira, Demelza Robins, aparecendo de repente em seu ombro. "Eu tenho uma mensagem para você".
"Do Professor Slughorn?" Harry perguntou, se sentando esperançosamente.
"Não... do professor Snape". Disse Demelza.
O coração de Harry se afundou.
"Diz que você deve vir hoje à noite a seu escritório às oito e meia cumprir sua detenção... hum... não importa quantos convites de festas de você tenha recebido.
E ele quer que você saiba que estará classificando vermes podres para serem usados em poções e... e ele disse que não há necessidade de trazer luvas protetoras."."Certo",
disse Harry rigidamente. "Muito obrigado, Demelza.
CAPÍTULO 12
PRATAS E OPALAS
Onde Dumbledore estava, e o que ele estava fazendo??
Harry só pegou duas vezes visão do diretor durante as próximas
semanas. Ele raramente aparecia nas refeições,
e Harry achou
que Hermione tinha razão em pensar que ele estava deixando
a escola
por alguns dias. Dumbledore tinha esquecido das lições
que ele se
propôs a dar para Harry? Dumbledore tinha dito que as
lições
levariam a entender algo da profecia; Harry se sentiu
sustentado,
confortado e agora se sentia abandonado.
Em meados de Outubro, vinha à primeira viagem deles
a
Hogsmeade.
Harry gostaria de saber se estas viagens ainda seriam
permitidas,
devido à segurança crescente aos arredores da escola,
mas ficou
feliz em saber que elas continuariam; era sempre bom
sair das terras
do castelo por algumas horas.
Harry acordou cedo na manhã da viagem, que estava tempestuosa,
e
esperou por um tempo até o café da manhã, lendo seu
livro
de Poções
Avançadas. Ele normalmente não ficaria na cama lendo
livros do
genero; esse tipo de comportamento, como Rony diria,
era indecente
em qualquer pessoa, menos Hermione que era simplesmente
estranha ao
meio. Porém, Harry sentia que o livro de Poções Avançadas
do
Príncipe Mestiço não era qualificado como livros de
ensino.
Harry se
concentrou mais no livro, e percebeu que havia mais
lá,
não só as
sugestões à mão e atalhos em poções que estavam lhe
dando
uma boa
reputação com Slughorn, mas também azarações e feitiços
estavam
rabiscados as margens, que Harry tinha certeza, a julgar
pelos
cruzamentos e revisões, que haviam sido escritos pelo
próprio
Príncipe.
Harry já tinha tentado alguns dos feitiços inventados
pelo Príncipe.
Havia um feitiço que fazia as unhas dos dedos dos pés
crescerem
rapidamente (ele tinha tentado isto em Crabbe no corredor,
com
resultados muito divertidos); uma azaração que colava
a língua ao
céu da boca (o qual ele tinha usado duas vezes, para
diversão geral,
em Filch que não tinha desconfiado); e, talvez mais
útil
de todos,
Muffliato, um feitiço que enchia as orelhas de alguém
que estivesse
por perto com um zumbido não identificável, de forma
que conversas
prolongadas poderiam ser seguras em classe sem serem
escutadas. A
única pessoa que não achou estes feitiços divertidos
era Hermione
que manteve uma rigida expressão de censura e se recusou
falar com
Harry se ele tivesse usado o Muffliato em alguém por
perto.
Sentado sobre a cama, Harry virou o livro para examinar
as
instruções rabiscadas nas laterais mais de perto, para
um feitiço
que parecia ter causado o Príncipe alguma dificuldade.
Havia muitos
cruzamentos e alterações, mas finalmente, em um canto
da página
estava o rabisco:
Levicorpus (nvbl)
Enquanto o vento e granizo bateram implacavelmente nas
janelas, e
Neville roncou ruidosamente, Harry encarou as letras
em parênteses.
Nvbl... "Isso deveria significar não-verbal". Harry
duvidou
que ele
conseguiria realizar este feitiço em particular; ele
ainda estava
tendo dificuldade com feitiços não-verbais, Snape fazia
comentários
rápidos e individuais durante as aulas de DCAT. Por
outro
lado, o
Príncipe tinha provado ser um melhor professor do que
Snape.
Apontando sua varinha ao nada, agitou-a e disse mentalmente
Levicorpus. "Aaaaaaaargh!"
Havia um flash de luz e o quarto estava cheio de vozes:
Todo mundo
acordou com o grito de Rony. Harry sent Advanced Potion-Making
flying in panic*; Ron estava oscilando de cabeça para
baixo em pleno
ar como se um gancho invisível tinha o puxado para cima
pelo
tornozelo.
"Desculpe!" Harry gritou, enquanto Dino e Simas davam
risadas, e
Neville se escondia embaixo da cama. "Agüente-eu o farei
descer! -"
Ele procurou no escuro livro de poções e em pânico tentava
encontrar
página certa; afinal ele localizou e decifrou a palavra
espasmódica
embaixo do feitiço: torcendo para que fosse um contra-azaração,
Harry pensou Liberacorpus! Com todo seu poder. Houve
outro flash de
luz, e Ron desabou sobre seu colchão.
"Desculpe", repetiu Harry, enquanto Dino e Simas gargalhavam.
"Amanhã", disse Ron com uma voz amortecida, "eu verei
se você ligou
o despertador".
Pelo tempo que eles usaram pra se vestir, se acolchoando
com vários
suéters tricotados a-mão pela Senhora Weasley e levando,
capas,
lenços, e luvas, o choque de Ron tinha acalmado e ele
tinha decidido
que o feitiço novo de Harry era altamente divertido;
tão divertido,
que ele não perdeu tempo em contar a história para Hermione
quando
eles se sentaram para o café da manhã.
"... e então havia outro flash, de luz e eu sentei novamente
na
cama!" Ron sorriu, enquanto se ajudava com as lingüiças.
Hermione não tinha dado um sorriso durante a piada,
e
virou uma
expressão de desaprovação para Harry.
"Este feitiço era, por acaso, outro daquele seu livro
de poções?"
Ela perguntou.
Harry olhou para ela.
"Sempre tirando as piores conclusões não é?".
"Era?"
"Bem... sim, era, mas o que isso tem a ver?"
"Então você decidiu testar um feitiço desconhecido escrito
à mão
para ver o que aconteceria?"
"O que importa se estava escrito à mão?" Disse Harry,
preferindo não
responder o resto da pergunta.
"Porque seu provavelmente o Ministério da Magia não
aprovou"
disse
Hermione. "E também", ela acrescentou, quando Harry
e
Ron se
entreolharam, "Porque eu estou começando a achar o caráter
deste
Príncipe um pouco duvidoso".
Harry e Ron descordaram dela.
"É engraçado!" Disse Ron, derramando uma garrafa de
catchup
em cima
das lingüiças dele. "Um pouco de risadas, Hermione é
só isso"!
"Pessoas penduradas de cabeça para baixo pelo tornozelo?"
disse
Hermione. "Quem perde seu tempo fazendo feitiços como
este?"
"Fred e Jorge", disse Ron encolhendo os ombros "É do
tipo que eles
preferem.. E..."
"Meu pai", disse Harry. Só se lembrou dele.
"O que?" disseram Ron e Hermione juntos.
"Meu pai usou este feitiço", disse Harry. "Eu-Lupin
me falou".
Esta última parte não era verdade; na realidade, Harry
tinha visto
seu pai usar o feitiço em Snape, mas ele nunca contou
para o Ron e
Hermione sobre aquela excursão particular na penseira.
Porém, agora
uma possibilidade maravilhosa lhe ocorreu, e se o Príncipe
Mestiço
fosse... ?
"Talvez seu pai usou o livro Harry", disse Hermione
"mas
ele não é o
único. Nós vimos um grupo inteiro de pessoas fazendo
isso, caso você
se esqueceu. Pessoas oscilando no ar. Os fazendo flutuar
adormecidos
e desamparados".
Harry a encarou. Com um sentimento de culpa, ele se
lembrou
do
comportamento dos Comensais de Morte na Copa de Quadribol.
Ron veio
à ajuda dele.
"Isso foi diferente", ele disse prontamente. "Eles estavam
abusando.
Harry e o pai dele estavam fazendo algo engraçado. Você
não gosta do
Príncipe, Hermione" ele acrescentou, apontando uma lingüiça
a
ela, "porque ele é melhor que você em Poções-"
"É não tem nada que ver com isso!" Disse Hermione, com
as bochechas
corando. "Eu acho que é muito irresponsável executar
feitiços quando
você nem mesmo sabe para o que eles servem, e vamos
parar
de falar
sobre o Príncipe como ele se entitula, eu aposto que
é um apelido
estupido, e não parece que ele seja uma pessoa muito
agradavel!"
"Eu não sei da onde você tirou isso" disse Harry. "Se
ele tivesse
sido um Comensal de Morte que ele não teria se
entitulado `mestiço, teria?"
Quando ele disse isto, Harry se lembrou que o pai dele
era puro-
sangue, mas empurrou o pensamento fora da mente; ele
se preocuparia
com aquilo mais tarde...
"Os Comensais de Morte não são todos puro-sangues, não
há tantos
bruxos puro-sangue" disse Hermione obstinadamente. "Eu
acredito que
a maioria deles é meio-sangues que fingem ser puro.
São
apenas os
nascidos trouxas que eles odeiam, eles estariam bastante
contentes
em deixar Ron se aliar a eles".
"De jeito nenhum eles me deixariam ser um Comensal de
Morte!" Disse
Ron indignado, deixando escapar um pouco de salsicha
do garfo e
brandando agora a Hermione e enconstando em Ernie Macmillan
com a
cabeça. "Minha família inteira é traidora de sangue!
Isso é tão ruim
quanto nascidos trouxas para os Comensais de Morte!"
"E eles adorariam me ter" disse Harry sarcasticamente.
"Nós seríamos
melhores amigos se eles não continuassem tentando me
matar".
Isto fez Ron rir; Hermione deu um sorriso sarcastico,
e Gina os
distraiu.
"Ei, Harry, tenho de lhe entregar isto".
Era um rolo de pergaminho com o nome de Harry escrito
em letras
familiarmente magras.
"Obrigado Gina... É a próxima lição com Dumbledore!"
Harry contou
para Ron e Hermione, abrindo o pergaminho e lendo rapidamente
seu
conteúdo. "Segunda-feira pela noite!" Ele sentiu-se
repentinamente
feliz. "Quer ir conosco à Hogsmeade, Gina?" ele perguntou.
"Eu vou com Dino-mas encontro vocês lá", ela respondeu,
e
cantarolando saiu.
Filch estava parado como sempre em frente às portas
de
carvalho,
conferindo os nomes das pessoas que tiveram permissão
para ir à
Hogsmeade. O processo demorou mais tempo que o habitual,
pois Filch
estava conferindo todo mundo com o Sensor de Segredo
dele.
"O que importa se nós estivermos contrabandeando materiais
das
trevas para FORA?" Perguntou Ron, olhando o Sensor de
Segredo com
apreensão "Certamente você deveria estar conferindo
o
que nós
trazemos para dentro?"
Suas orelhas ficaram vermelhas com o Sensor, e ele ainda
estava
tremendo quando sairam no vento gelado e no granizo.
O passeio em Hogsmeade não foi agradável. Harry embrulhou
o lenço
dele sobre a parte inferior do rosto; a parte exposta
sentiu-se
entorpecido logo. A estrada para a aldeia estava cheia
de estudantes
curvados contra o vento amargo. Mais de uma vez Harry
desejou saber
se eles poderiam não ter tido um tempo melhor no salão
comunal,
quando chegaram a Hogsmeade finalmente, viram a parte
de cima da
Loja de Logros Zonkos tinha caído, Harry considerou
como
confirmação que esta viagem não era destinada a ser
divertido.
Ron
apontou, com um dos dedos, para Dedos-de-mel que estava
misericordiosamente aberto e Harry e Hermione cambaleando
em direção
a entrada da loja abarrotada.
"Graças a Deus!", tremeu o Ron quando eles foram envolvidos
pelo ar
morno, e o perfume das balas. Ficaremos aqui toda à
tarde."
"Harry, meu garoto!" Disse uma voz por trás deles.
"Oh não", murmurou Harry. Os três viraram na direção
do professor
Slughorn que estava usando um chapéu peludo enorme e
um sobretudo
com colarinho de pele, segurando uma sacola grande de
abacaxi
cristalizado, e ocupando um quarto da loja pelo menos.
"Harry você perdeu três dos meus pequenos jantares!"
Disse Slughorn,
enquanto o apertava gentilmente no tórax. "Não gostou,
meu garoto?
Eu quero mesmo que você compareça. A Srta Granger adorou,
não foi?".
"Sim", disse Hermione, "eles realmente são-"
"Então por que você não foi Harry?" Slughorn intimidando.
"Bem, eu tive treino de Quadribol, Professor", disse
Harry que
realmente estava treinando todas as vezes que Slughorn
o enviou um
pequeno convite violeta. Esta estratégia não deixava
Ron de fora, e
eles normalmente davam risadas com Gina, enquanto imaginavam
Hermione calada com McLaggen e Zabini.
"Bem, eu espero certamente que você ganhe sua primeira
partida
afinal de contas tem trabalhado duro!" Disse Slughorn.
"Mas um pouco
de diversão, nunca fez mal a ninguém. Agora, segunda-feira
a noite,
você possivelmente não irá treinar, não com este tempo..."
"Eu não posso, Professor, eu tenho-er-um compromisso
com o Professor
Dumbledore."
"Sem sorte novamente!" resmungou Slughorn dramaticamente.
"Ah,
bem... você não pode escapar para sempre Harry!"
E com desaprovamento, ele saiu da loja, deixando Rony
vendo
Cockroach Clusters*.
"Eu não posso acreditar que você escapou de outro",
disse
Hermione
chacoalhando sua cabeça. "Eles não são chatos sabia...
Eles são até
bastante divertidos as vezes..." Entretanto ela viu
a
expressão de
Ron. "Oh, olhem - eles têm penas de açúcar de luxo -
extra grandes!"
Contente que Hermione tinha mudado o assunto, Harry
mostrou
muito
mais interesse nas penas de açúcar extragrandes do que
normalmente
teria feito, mas Ron continuou parecendo mal-humorado
e encolheu os
ombros quando Hermione lhe perguntou onde ele gostaria
de ir.
"Vamos para os Três Vassouras" disse Harry. "Estará
quente."
Eles enrolaram os lenços sobre suas fazes e sairam da
doceria. O
vento amargo batia como facas em seus rostos sem o calor
açucarado
nos Dedos-de-mel. A rua não estava muito ocupada; ninguém
ficava
conversando, se apressando para seus destinos. As exceções
eram dois
homens à frente deles, há pouco se levantaram e saíram
do Três
Vassouras. Um era muito alto e magro; olhando pelos
óculos
molhados
pela chuva dele, Harry reconheceu o borman que trabalhava
no outro
bar de Hogsmeade, a Cabeça de Javali. Como Harry, Ron,
e Hermione
olharam melhor, o barman puxou a capa ao redor do pescoço
e saiu,
deixando o homem menor segurando algo nos braços. Eles
deram mais
alguns passos quando Harry percebeu quem era.
"Mundungo!"
O pequeno homem, de pernas curtas, cabelos cor de gengibre
saltou e
derrubou uma mala antiga que estourou fazendo o centeudo
pular por
toda janela.
"Oh, Ola `Arry", disse Mundungo Fletcher, com uma não-convincente
mesura. "Bem, não deixe ninguém me ver."
E começou a pegar as coisas no chão para recolocar na
mala
aparentando estar ansioso.
"Você está vendendo estas coisas?" Harry perguntou,
vendo
Mundungus
agarrar uma quantidade de objetos sujos do chão.
"Oh, bem, estou vivendo", disse Mundungus. "Dê me isto!"
O Ron abaixou e pegou algo prata.
"Espere", Ron disse lentamente. "Isto parece familiar-"
"Obrigado!" Disse Mundungus, pegando o calice da mão
de Ron e
colocando na mala. "Bem, eu o por ai - AI!"
Harry tinha fixado Mundungus contra a parede do bar
pela
garganta.
Com um movimento rápido ele pegou sua varinha.
"Harry!" Gritou Hermione.
"Você pegou isto na casa de Sirius!" Disse Harry com
o nariz colado
em Mundungo e sentindo um cheiro desagradável de tabaco
e
alcool. "Isso tem o símbolo da família Black!"
"Eu-nenhum-isso que-?" Gaguejou Mundungo que estava
ficando
roxo
lentamente.
"O que fez você, voltou na noite em que ele morreu e
tirou?" rosnou
Harry.
"Eu-não-"
"Me dê isto!"
"Harry, você não pode! Hermione gritou, quando Mundungo
começou a
ficar azul".
Houve um estrondo, e Harry sentia as mãos dele saem
voando
a
garganta de Mundungus. Ofegando e gaguejando, Mundungo
agarrou a
mala caída então-CRACK- ele desaparatou.
O Harry aumentou o tom de voz, tentando ver para onde
Mundungo tinha
ido.
"VOLTE, VOCÊ ROUBOU-!"
"Desista, Harry". Tonks tinha aparecido de alguma parte,
os cabelos
de mousy dela molharam com granizo.
"Mundungo provavelmente está em Londres agora. Não há
adianta
gritar."
"Ele esta roubando as coisas de Sirius! Roubando!"
"Sim, mas ainda", disse Tonks que parecia perfeitamente
calma com
tal informação. "Você deveria sair do frio."
Ela atravessou a porta do Três Vassouras. Um momento
lá dentro e
Harry explodiu. "Ele estava levando as coisas de Sirius!"
"Eu sei, Harry, mas, por favor, não grite, as pessoas
estão
olhando", vendo Hermione. "Vá e se sente, eu o pegarei
uma bebida".
Harry ainda estava bufando quando Hermione voltou à
mesa
com três
garrfas de cerveja amanteigada.
"A Ordem não pode controlar Mundungus?" Harry perguntou
a eles em um
sussurro furioso. "Eles não podem faze-lo parar de roubar
as coisas
que estão na sede?"
"Shh!" Disse Hermione desesperadamente, enquanto dava
uma olhada
para ter certeza que ninguém estava escutando; havia
um par de
feiticeiros que estavam sentadoss perto encarando Harry
com grande
interesse, e Zabini estava sentado contra um pilar não
muito
longe. "Harry, eu também ficaria chateada, eu sei que
são suas
coisas que ele está roubando-"
Harry bebeu um gole da sua cerveja amanteigada; ele
tinha
se
esquecido momentaneamente que eleera dono do Largo Grimauld
12.
"Sim, são minhas coisas!" Ele disse. "Não me surpreende
que ele não
gostou de me ver! Bem, eu vou contar para Dumbledore,
ele é o único
que assusta Mundungo."
"Boa Idéia" sussurrou Hermione vendo Harry se acalmar.
"Ron, o que
você esta pensando?"
"Nada", disse o Ron, enquanto olhando ao redor do bar,
mas Harry
soube que ele estava observando a atraente atendente
do bar, a
Senhora Rosmerta, para quem ele tinha uma queda há muito
tempo.
"Eu acredito no nada na parte de trás do balcão" disse
rispidamente Hermione.
Ron ignorou, tomando um gole da bebida dele em o que
ele considerou
ser um silêncio digno evidentemente. Harry estava pensando
em
Sirius, e como ele tinha odiado esse calice prateado
de qualquer
maneira. Hermione tamborilou seus dedos na mesa, os
olhos
dela
passando entre Ron e o bar. No momento em que Harry
deu
o ultimo
gole na garrafa, ela disse "nós chamaremos isto de um
dia e
voltaremos para escola"?
O outro dois concordaram com a cabeça; não tinha sido
uma viagem
divertida e o tempo estava ficando pior com o passar
das horas.
Novamente eles puxaram suas capas ao redor deles, arrumaram
os
lenços deles, e colocaram suas luvas, Katie Bell então
seguido e uma
amiga do bar seguiram pela Rua Alta. Os pensamentos
de
Harry foram
Gina enquanto eles caminhavam de volta a Hogwarts. Eles
não tinham
se encontrado lá, provavelmente, pensou Harry, porque
ela e Dino
estavam dentro da casa de Chá Madame Puddifoot, aquele
lugar casais
felizes. Fazendo careta, ele inclinou sua cabeça contra
o granizo e
continuou andando.
Demorou um pouco até que Harry percebesse que as vozes
atrás dele
eram de Katie Bell e sua amiga, com o vento as vozes
tinham ficado
mais estridentes e mais altas. Harry piscou às figuras
indistintas
delas. As duas meninas estavam tendo uma conversa sobre
algo que
Katie estava segurando na mão dela. "Não tem nada a
ver
com você,
Leanne!" Harry ouviu a Katie dizer.
Eles fizeram a curva na estrada, com o granizo caindo
mais grosso e
rapido, embaçando os óculos de Harry. Da mesma maneira
que ele
levantou a mão para esfregar, Leanne fez para agarrar
o pacote que
Katie estava segurando; Katie arrastou isto para atrás
e o pacote
caiu ao chão.
Imediatamente, Katie subiu no ar, não como tinha feito
o Ron,
comicamente suspenso pelo tornozelo, mas graceosamente,
os braços
dela estendido, como se ela estava a ponto de voar.
Ainda
havia algo
errado, alguma coisa sinistra... O cabelo foi chicoteado
ao redor
dela pelo vento feroz, mas os olhos dela estavam fechados
e a face
dela estava sem expressão. Harry, Ron, Hermione, e Leanne
ficaram
parados no rosto dela vendo.
Então, a seis pés do chão, Katie deixou sair um grito
terrível. Os
olhos dela se abriram deixando mostrar que ela estava
sentindo ou
vendo, estava causando uma angústia terrível. Ela gritou
e gritou;
Leanne começou a também gritar e agarrou os tornozelos
de Katie,
tentando arrastar o dela atrás para o chão. Harry, Ron,
e Hermione
apressaram-se para ajudar, mas quando eles agarraram
as pernas de
Katie, ela caiu em cima deles; Harry e Ron conseguiram
a segurar,
porém ela estava se contorcendo tanto que eles não ageuntariam
muito. Então eles a colocaram no chão, onde ela gritava
e se torcia,
incapaz de reconhecer qualquer um deles.
Harry olhou em volta; a paisagem parecia deserta.
"Fique lá!" Ele gritou aos outros em cima do vento uivante.
"Eu vou
chamar ajuda!".
Ele começou a correr para a escola; ele nunca tinha
visto
alguém se
comportar como Katie há pouco tinha se comportado e
não
pôde pensar
o que tinha causado isto; ele fez a curva ao redor da
estrada e
colidiu com o que parecia ser um urso enorme.
"Hagrid!" Ele arquejou, enquanto se desembaraçava da
cerca viva na
qual ele tinha caído.
"Harry!" Disse Hagrid que tinha granizo até nas sombracelhas,
e
estava usando o grande, felpudo casaco de pele de castor
dele. Eu
estava indo justamente visitar Group ele esta aqui por
perto.
"Hagrid, tem alguém machucado ou azarado lá-"
"Que?" Disse Hagrid, enquanto abaixando para ouvir o
que Harry
tentava dizer com o vento.
"Alguém foi azarado" Harry gritou.
"Azarado? Quem foi azarado? -Ron? Hermione?"
"Não, não são eles, é Katie Bell-por aqui..."
Junto eles correram ao longo da pista. Não foi dificil
achar o
pequeno grupo das pessoas ao redor de Katie que ainda
estava se
torcendo e estava gritando no chão; Ron, Hermione, e
Leanne eram os
únicos tentando acalma-la.
"Saiam dai!" gritou Harry, "deixe-me vê-la"
"Aconteceu alguma coisa com ela!" chorau Leanne. "Eu
não sei o que-"
Hagrid encarou Katie durante um segundo, então sem uma
palavra,
abaixou, a pegou no colo, e correu para o castelo com
ela. Dentro de
segundos, os gritos de Katie que perfuravam o vento
se
extinguiram.
O Hermione apressou-se sobre a amiga de Katie e pos
o
braço ao redor
dela.
"Você é Leanne, não é?"
A menina confirmou com a cabeça.
"Isso aconteceu de repente, ou-?"
"Foi quando aquele pacote rasgou", chorou Leanne, enquanto
apontava
pacote de papel marrom encharcado no chão, no qual aberto
revelava
um resplendor esverdeado. Ron se ajoelhou, esticando
a mão, mas
Harry agarrou o braço dele e o retirou.
"Não toque!"
Ele se agachou. Um colar de opala era visível, ressaltado
sobre o
papel.
"Eu já o vi antes" disse Harry, olhando a coisa. "Estava
à mostra em
Borgin e Burkes anos atrás. A embalagem foi amaldiçoada.
Katie deve
ter tocado". Ele olhou para Leanne que tinha começado
a tremer
incontrolavelmente. "Como Katie conseguiu isto?"
"Bem, isso é por isso que nós estávamos discutindo.
Ela
saiu do
banheiro no Três Vassouras segurando isto, disse que
era um prêmio
surpresa para alguém em Hogwarts e ela tinha que entregar.
Ela
parecia toda engraçada quando disse isto... Oh não,
oh
não, eu
aposto que ela sofreu a maldição Imperius e eu não percebi!"
Leanne tremeu com soluços renovados. Hermione bateu
levemente
o
ombro dela suavemente.
"Ela não disse quem deu isto a ela, Leanne"?
"Não... ela não me falaria... e eu disse que ela estava
sendo
estúpida e em levar isto a escola, mas não escutava
e...
e então eu
tentei tirar isto dela... e-e-"
Leanne deixou sair uma lagrima de desespero.
"É melhor irmos para escola" disse Hermione, o braço
dela ainda ao
redor de Leanne. "Nós poderemos descobrir como ela esta.
Venha..."
Harry hesitou para um momento, então puxou o lenço dele
ao redor do
rosto e, ignorando o suspiro de Ron, cuidadosamente
enrolou
o colar
nisto e o apanhou.
"Nós precisaremos mostrar para Madame Pomfrey," ele
disse.
Como eles seguiram Hermione e Leanne estrada a cima,
Harry estava
pensando furiosamente. Eles tinham acabado de entrar,
quando Harry
não segurou seus pensamentos.
"Malfoy sabe sobre este colar. Estava em uma mala quatro
anos atrás
na Borgin e Burkes, eu o vi mantendo o olhar nele enquanto
eu me
escondia dele e de seu pai. Isto é o que ele estava
comprando
aquele
dia quando nós o seguimos! Ele se lembrou e voltou para
isto!"
"Eu-eu não sei, Harry," disse o Ron indecisamente. "Várias
pessoas
vão a Borgin e Burkes... e aquela menina não disse que
Katie
adquiriu isto no banheiro das meninas?"
"Ela disse que ela voltou do banheiro com isto, ela
necessariamente
não adquiriu isto no próprio banheiro-"
"McGonagall!", chamou Ron desesperadamente.
Harry observou. Certamente, Professora McGonagall estava
indo aos
degraus para encontrar com eles.
"Hagrid disse que vocês quatro viram o que aconteceu
com Katie Bell-
subam ao meu escritório, por favor! O que é que você
está segurando,
Potter?"
"É a coisa que ela tocou" disse Harry.
"Bom Deus" disse Professora McGonagall, parecendo assustada
quando o
viu o colar com Harry. "Não, não, Filch, eles estão
comigo!"
Ela
acrescentou apressadamente, quando Filch veio arrastando
avidamente
pelo corredor de entrada o Sensor de Segredo dele. "Leve
este colar
imediatamente ao Professor Snape, mas não toque nisto,
mantenha
embrulhado no lenço!"
Harry e os outros seguiram Professora McGonagall escada
acima até o
escritório dela. As janelas estavam respingadas de granizo
tagarelando nas armações delas, e o quarto estava frio
apesar da
crepitação de fogo na lareira. Professora McGonagall
fechou a porta
e sentou na escrivaninha ao estar em frente de Harry,
Ron,
Hermione, e o Leanne ainda chorando.
"Bem?" Ela disse nitidamente. "O que aconteceu?"
Devagar e com muitas pausas enquanto ela tentava controlar
o choro,
Leanne contou para Professora McGonagall como Katie
tinha
entrado
para o banheiro nos Três Vassouras e tinha voltado com
o pacote sem
marca, como Katie estava estranha, e como elas tinham
discutido
sobre concordar em entregar o objeto desconhecido, no
momento em que
a parte de cima do pacote rasgou e abriu. Neste momento,
Leanne
superou não havia mais nenhuma palavra saindo de sua
boca.
"Certo" disse Professora McGonagall, delicadamente,
"suba
a ala
hospitalar, por favor, Leanne, e peça para Madame Pomfrey
lhe dar
algo para o choque."
Quando ela tinha deixado o quarto, Professor McGonagall
voltouu a
Harry, Ron, e Hermione.
"O que aconteceu quando a Katie tocou o colar?"
"Ela subiu no ar" disse o Harry, antes de Ron ou Hermione
responder "e então começou a gritar, e se caiu. Professora,
eu posso
ver Professor Dumbledore, por favor?"
"O diretor está fora até segunda-feira, Potter", disse
Professora
McGonagall, parecendo surpresa.
"Fora?" Harry repetiu.
"Sim, Potter, fora!" Disse Professor McGonagall. "Mas
qualquer coisa
você tem que dizer sobre este acontecimento horrível
pode dizer a
mim, eu lhe garanto!"
Por uma fração de segundo Harry exitou. Professora McGonagall
não
convidou a fazer confidencias; Dumbledore, entretanto
em formas mais
intimidadoras, ainda parecia desprezar uma teoria menos
provável,
porém selvagem. Esta era uma questão de vida-ou-morte,
entretanto, e
não tinha de se importar se iria rir dele.
"Eu acho que Draco Malfoy deu o colar a Ketie, Professora".
Em um lado, Ron esfregou o nariz dele em um embaraçamento
aparente;
no outro, Hermione arrastou os pés dela como se bastante
um pouco de
distância entre ela e Harry.
"Isso é uma acusação muito séria, Potter" disse Professora
McGonagall, depois de uma pausa chocada. "Você tem alguma
prova?"
"Não" disse Harry, "mas..." e ele lhe falou sobre Malfoy
na para
Borgin e Burkes e a conversa que eles ouviram entre
ele
e Sr.
Borgin.
Quando ele tinha terminado a frase, Professora McGonagall
olhou
ligeiramente confusa.
"Malfoy levou algo a Borgin e Burkes para conserto?"
"Não, Professora, ele queria que Borgin lhe contasse
como reparar
algo, ele não teve como fazer isso. Mas isso não é o
ponto, a coisa
é que ele comprou algo ao mesmo tempo, e eu acho que
era aquele
colar-"
"Você viu Malfoy deixar a loja com um pacote semelhante?"
"Não, Professoar, ele disse para Borgin que mantivesse
isto na loja
para ele-"
"Mas Harry" Hermione interrompeu, "Borgin lhe perguntou
se ele
queria levar isto, e Malfoy disse não-"
"Porque ele não quis tocar nele, obviamente!" Disse
Harry
furiosamente.
"O que ele disse na verdade foi Como eu levaria isso
rua abaixo?"
Disse Hermione.
"Bem, ele ficaria um pouco estranho levando o colar"
interrompeu Ron.
"Oh, Ron" Hermione desesperando, "seria tudo embrulhado,
assim ele
não teria que tocar isto, e é bastante fácil esconder
dentro de uma
capa, assim ninguém veria! Eu acho que ele reservou
a
Borgin e
Burkes era barulhento ou volumoso, algo que ele soube
que chamaria
atenção se ele levasse - e em todo caso", ela pressionou
altamente,
antes que Harry pudesse interromper, "eu perguntei para
Borgin pelo
colar, você não se lembra? Quando eu entrei tentar e
descobrir o que
Malfoy tinha lhe pedido que mantivesse, eu vi isto lá.
E Borgin há
pouco me falou o preço, ele não disse que já estava
vendido
ou
qualquer coisa-"
"Bem, você estava sendo realmente óbvia, ele percebeu
quem você era
em cinco segundos, claro que ele não ia lhe falar-de
qualquer
maneira, Malfoy poderia ter pegado isso depois-"
"Isso é bastante!" Disse Professora McGonagall, quando
Hermione
abriu a boca para replicar, parecendo furiosa. "Potter,
eu agradeço
por me contar isto, mas nós não podemos acusar de culpa
a Sr Malfoy
puramente porque ele visitou a loja onde este colar
poderia
ter sido
comprado. Centenas de pessoas poderiam fazer isto!"
"-foi o que eu disse-" murmurou Ron.
"-e em todo caso, nós pusemos segurança estrita este
ano. Eu não
acredito que o colar poderia ter entrado na escola sem
nosso
conhecimento-"
"Mas-"
"-e mais" disse Professor McGonagall, com um ar de finalidade
terrível" Sr. Malfoy não estava em Hogsmeade hoje."
O Harry ficou boquiaberto.
"Como você sabe, Professora?"
"Porque ele estava fazendo detenção comigo. Ele deixou
de fazer as
lições de transfiguração por duas semanas. Então, obrigado
por me
contar suas suspeitas, Potter" ela disse emarchou além
deles "
preciso subir a ala hospitalar agora para inspecionar
Katie Bell.
Bom dia para todos vocês."
Ela segurou a porta do escritório aberta. Eles não tiveram
escolha a
não ser sair sem dizer mais nada.
Harry estava bravo com os dois por apoiar McGonagall;
não obstante,
ele sentia compelido por ter que participar de mais
uma
discussão
deles sobre o ocorrido.
"Então, quem você acha que pode ter dado o colar para
Katie?" Ron
perguntou, enquanto eles subiam os degraus até o salão
comunal.
"Só Deus sabe", disse Hermione. "Mas quem quer que fosse
teve uma
fuga estreita. Ninguém poderia ter aberto aquele pacote
sem tocar o
colar."
"Poderiam ser muitas pessoas" disse Harry. "Dumbledore-os
Comensais
de Morte adorariam se livrar dele, ele deve ser um dos
principais
alvos deles. Ou Slughorn-Dumbledore realmente acha que
Voldemort o
quis e eles gostaram que ele apoiasse Dumbledore. Ou-"
"Ou você" disse Hermione, parecendo preocupado.
"Não poderia ser" disse Harry, "ou Katie teria se virado
no caminho
e teria dado isto a mim, não teria? Eu estava atrás
dela
todo
caminho do Três Vassouras. Faria mais sentido me entregar
o pacote
fora de Hogwarts, com Filch procurando todo mundo em
que vai e fora.
Eu queria saber por que Malfoy lhe disse que levasse
isto no
castelo?"
"Harry, Malfoy não estava em Hogsmeade!" Disse Hermione
batendo o pé
de frustração.
"Ele deve ter usado um cúmplice, então", disse Harry.
"Crabbe ou
Goyle-ou, pensando assim, outro Comensal de Morte, ele
terá
comparsas melhores que Crabbe e Goyle agora que se uniu
a eles-"
O Ron e Hermione trocaram olhares que para não discutir
com ele.
"Dilligrout" disse Hermione firmemente quando chegaram
a Senhora
Gorda.
O retrato balançou abrindo para o salão comunal. Estava
bastante
cheio e cheirando roupa úmida; muitas pessoas pareciam
ter voltado
cedo de Hogsmeade por causa do tempo ruim. Não havia
nenhum barulho
de medo ou especulação, porém: Claramente, as notícias
de Katie não
tinham ainda se espalhado.
"Não foi um ataque muito firme, quando você pára e pensa
nisto"
disse Ron, empurrando casualmente um dos alunos do primeiro
ano para
que pudesse se sentar em frente ao fogo. "A maldição
nem mesmo se
fez no castelo, não é o que você chamaria de infálivel"
"Você tem razão" disse Hermione, cutucando Ron para
fora
da poltrona
com o pé dela e oferecendo novamente ao aluno do primeiro
ano. "Não
foi muito bem pensamento."
"Mas desde quando Malfoy foi um dos grandes pensadores
do mundo?
Harry perguntou".
Nem Ron nem Hermione lhe responderam.
CAPÍTULO 13
O SEGREDO DE RIDDLE
No dia seguinte, Katie foi levada para o Hospital St.
Mungus para Acidentes e Danos Mágicos e em pouco tempo
a notícia que ela tinha sido enfeitiçada tinha se espalhado
por toda a escola. Entretanto, os detalhes estavam confusos
e ninguém além de Harry, Ron, Hermione e Leanne pareciam
saber que a própria Katie não tinha sido o objetivo
principal.
" Oh, e Malfoy sabe, claro," Harry disse para Ron e
Hermione
que continuaram a nova política de fingir surdez sempre
que Harry mencionava a teoria dele de Malfoy ser um
Comensal
da Morte.
Harry gostaria de saber se Dumbledore voltaria de onde
quer que ele tivesse ido, a tempo da lição de segunda-feira
à noite, mas não tendo nenhuma palavra ao contrário,
ele se apresentou do lado de fora do escritório de Dumbledore,
às oito, bateu e o mandaram entrar. Lá, Dumbledore estava
sentado com um olhar incomumente cansado; a mão dele
estava negra e queimando como sempre, mas ele sorriu
quando gesticulou a Harry para se sentar. A Penseira
estava novamente sobre a escrivaninha, lançando brilhos
prateados de luz no teto.
" Você esteve ocupado enquanto eu estive fora, " Dumbledore
disse. " Eu acredito que você testemunhou o acidente
de Katie".
" Sim, senhor. Como ela está?
" Ainda muito indisposta, embora tenha tido relativamente
sorte. Ela parece ter escovado o colar temendo a menor
possibilidade de descascar; havia um buraco minúsculo
na luva dela.
Se ela tivesse colocado ele ou, até mesmo, segurado
isto
na mão dela sem luvas, ela teria morrido, talvez imediatamente.
Afortunadamente, o Professor Snape pôde fazer bastante
para prevenir uma expansão rápida da maldição -"
" Por que ele "? perguntou Harry depressa. " Por que
não a Madame Pomfrey "?
" Impertinente, " disse uma voz suave de um dos retratos
na parede e Phineas Nigellus Black, o tataravô de Sirius,
elevou a cabeça dos braços onde ele tinha parecido estar
dormindo. " Eu não teria permitido um estudante questionar
o modo de Hogwarts operar nos meus dias ".
" Sim, obrigado, Phineas, " disse Dumbledore penosamente.
" Professor Snape sabe muito mais sobre as Artes das
Trevas que Madame Pomfrey, Harry. De qualquer maneira,
o pessoal do St. Mungus está me enviando relatórios
de
hora em hora, e eu tenho esperanças que Katie tenha
uma
recuperação completa em pouco tempo ".
"Onde esteve essa semana, senhor?" Perguntou Harry,
desconsiderando
o forte sentimento que poderia estar testando a sorte
dele, um sentimento aparentemente compartilhado por
Phineas
Nigellus que assobiou suavemente.
"Eu não direi tudo agora", disse Dumbledore. "Entretanto,
lhe contarei em partes,
claro".
"Contará?" perguntou Harry, assustado.
"Sim, eu espero que sim", disse Dumbledore retirando
vários fios prateados de memória de dentro de sua têmpora
com a ponta da varinha.
"Senhor". disse Harry experimentalmente. "Eu encontrei
Mundugus em Hogsmead".
"Há sim, já estou atento que Mundugus tem tratado sua
herança com um leve toque de cobiça". disse Dumbledore
um pouco carrancudo. "Ele seguiu você desde que você
o abordou fora do Três Vassouras; Eu realmente penso
que ele tem medo de ficar frente a frente comigo. Entretanto,
descansa seguro que não irá se desfazer de nenhuma das
velhas posses de Sirius."
"Aquele velho mestiço ranhoso tem roubado a herança
dos
Black?" Disse Phineus Nigellus, extravagante; deslocando-se
lateralmente do seu quadro, decisivamente para visitar
seu quadro em Grimmauld Place, número 12.
"Professor", disse Hary após uma pequena pausa, "A professora
McGonagall lhe falou o que eu contei a ela depois de
Katie ser atacada? Sobre Draco Malfoy?".
"Ela me contou sobre suas suspeitas, sim." disse Dumbledore.
"E o senhor-?"
"Eu devo tomar todas as medidas apropriadas para investigar
qualquer um que possa ter posto a mão no acidente de
Katie", disse Dumbledore. "Mas o que me preocupa agora,
Harry, é a nossa lição".
Harry sentiu-se ressentido com isso: Se essas lições
fossem assim tão importantes, porque houve um grande
espaço de tempo entre a primeira e a segunda? Entretanto,
ele não falou nada mais sobre Draco, mas assistiu Dumbledore
colocando pensamentos recentes na Penseira e os mesmos
recomeçando a rodopiar na bacia de pedra, mais uma vez,
Dumbledore a segurava entre suas mãos de dedos longos.
"Você lembrará, estou certo, do nosso último conto sobre
o começo de Lord Vodemort, no ponto onde o bonito trouxa,
Tom Riddle, tinha abandonado sua esposa bruxa, Merope,
e retornou para a casa de sua família em Little Hangleton.
Merope foi esqeucida em Londres, esperando um bebê que
um dia se tornaria, Lord Voldemort".
" Como você sabe que ela estava em Londres, senhor "?
" Por causa da evidência de Caractacus Burke," disse
Dumbledore " que, por uma estranha coincidência, ajudou
a achar a mesma loja onde veio o colar sobre o qual
nós
discutimos a pouco".
Ele remexeu o conteúdo da Penseira como Harry tinha
o
visto fazer antes, mais como um garimpeiro peneirando
por ouro. Por cima da superfície, a massa prateada subindo
um pouco, o velho homem revolvendo lentamente na Penseira,
prateado como um fantasma, mas muito mais sólido, com
uma mecha de cabelo cobrindo completamente os olhos
dele.
" Sim, nós adquirimos isto em circunstâncias curiosas.
Foi trazido por uma jovem bruxa antes do Natal, oh,
há
muitos anos atrás. Ela disse que precisava do ouro,
bem,
mas isso era óbvio. Coberta com trapos e bem longe de
bonita. . . Esperando um bebê, veja. Ela disse que o
medalhão tinha sido de Slytherin. Bem, nós ouvíamos
aquele
tipo de história todo o tempo, Oh, isto era de Merlin,
está era a chaleira favorita dele, mas quando eu olhei,
a marca dele estava certa, e alguns feitiços simples
eram o bastante para eu saber a verdade. Claro que,
isso
o fez bastante precioso. Ela não parecia ter qualquer
idéia quanto ao preço. Feliz por receber dez Galeões
por isso. Foi a melhor pechincha que nós fizemos "!
Dumbledore deu a penseira uma remexida mais vigorosa
e Caractacus Burke desceu através da massa de memória
rodante de onde ele tinha vindo.
" Ele só lhe deu dez Galeões "? disse Harry indignado.
" Caractacus Burke não era afamado para a generosidade
dele", Dumbledore disse. " Assim nós soubemos que, próximo
ao fim da gravidez dela, Merope estava só em Londres,
passando necessidade e desesperada por ouro, desesperada
o bastante para vender seu único e mais valioso bem,
o medalhão que era uma herança da família Marvolo.
" Mas ela poderia fazer magia "! disse Harry impaciente.
" Ela poderia ter comida e tudo para ela por magia,
não
é "?
" Ah, "Dumbledore disse, " talvez ela pudesse. Mas eu
acredito, estou adivinhando novamente, mas estou seguro
que tenho razão - que quando o marido dela a abandonou,
Merope deixou de usar magia. Eu penso que ela não quis
ser mais uma bruxa. Claro que, também é possível que
a rejeição do amor dela e o desespero ajudaram a bloquear
os poderes dela; isso pode acontecer. Em todo caso,
como
você pode ver, Merope recusou a usar a varinha dela
até
mesmo para salvar a própria vida ".
" Ela não iria viver nem mesmo pelo filho dela"?
Dumbledore ergueu as sobrancelhas. "Você poderia estar
sentindo pena de Lorde Voldemort "?
" Não", Harry disse depressa, " mas ela teve uma escolha,
ela não fez, não foi como minha mãe -"
" Sua mãe teve uma escolha também," Dumbledore disse
com suavidade. " Sim, Merope Riddle escolheu morrer
apesar
do filho que precisava dela, mas não a julgue muito
severamente,
Harry. Ela estava muito debilitada por muito tempo de
sofrimento e ela nunca teve a coragem de sua mãe. E
agora,
se você me acompanhar..."
" Onde nós vamos "? Harry perguntou, quando Dumbledore
se uniu à frente da escrivaninha.
" Neste tempo," Dumbledore disse, " nós vamos entrar
em minha memória. Eu acho que você encontrará detalhes
ricos e satisfatoriamente precisos. Depois de você,
Harry..."
Harry se agachou para a Penseira; a face dele quebrou
a superfície lisa da memória e então ele estava caindo
pela escuridão novamente. . . . Segundos depois, os
pés
dele bateram em solo firme; ele abriu os olhos e achou
que ele e Dumbledore estavam numa antiquada e movimentada
rua de Londres.
" Lá estou eu", disse Dumbledore alegremente apontando
à frente deles para uma figura alta que cruzava a rua
na frente de uma carrocinha de leiteiro.
Um mais jovem Albus Dumbledore de cabelo longo e barba
ruivas. Tendo alcançado o lado deles na rua, ele subiu
para o passeio e ganhou muitos olhares curiosos devido
ao terno vistoso de corte de veludo cor de ameixa que
ele estava usando.
" Terno discreto, senhor," Harry disse, antes que conseguisse
evitar, mas Dumbledore somente riu quando eles seguiram
a versão mais jovem dele a uma pequena distância e atravessaram
um portão duplo de ferro, finalmente entrando num pátio
vazio e quadrado em frente a um edifício muito feio,
cercado de grades altas. Ele subiu alguns degraus até
à porta dianteira e bateu uma vez. Depois de um momento
ou dois, a porta foi aberta por uma menina desprezível
usando um avental.
"Boa tarde. Eu tenho um compromisso com a Sra. Cole
que,
eu acredito, é a encarregada aqui "?
" Oh, " disse a menina com um olhar confuso olhando
a
aparência excêntrica de Dumbledore. " Um. . só um mo.
. SRA. COLE "! ela gritou por cima do ombro dela.
Harry ouviu uma voz distante gritando algo em resposta.
A menina deixou Dumbledore entrar. " Entre, ela virá
ao seu encontro."
Dumbledore pisou num corredor ladrilhado preto e branco;
o lugar inteiro era velho, mas muito limpo. Harry e
o
Dumbledore mais velho o seguiram. Antes que a porta
dianteira
tivesse fechado atrás deles, uma mulher fraca, de olhar
hostil veio correndo até eles. Ela tinha um rosto comprido
que aparecia mais ansioso que indelicado, estava discutindo
sobre o ombro com outro ajudante de avental, ela caminhou
junto a Dumbledore.
"...e levou o iodo para Martha, Billy Stubbs estava
tirando
a casca de suas feridas e Eric Whalley estava sujando
todo o seu lençol - E além de tudo, ainda tem a catapora,"
ela não falava para ninguém em particular, então ela
pôs seus olhos em Dumbledore e parou mortificada com
seus passos.
"Boa Noite," disse Dumbledore oferecendo-lhe a mão.
A
sra. Cole ficou de queixo caído.
"Meu nome é Alvo Dumbledore. Eu lhe mandei uma carta
pedindo um encontro e você amavelmente me convidou aqui
hoje".
A sra. Cole piscou. Aparentemente decidindo que Dumbledore
não era uma alucinação, ela disse fracamente, "Ah sim,
bem - bem então - seria melhor você vir ao meu quarto.
Sim."
Ela conduziu Dumbledore a um pequeno quarto que parte
parecia uma Sala de Estar, a outra parte um escritório.
Era tão miseráveis quanto o corredor e a mobília era
velha e acabada. Ela convidou Dumbledore a se sentar
em uma cadeira raquítica, sentando ela mesma atrás de
uma escrivaninha atravancada, olhando para ele nervosamente.
"Estou aqui, como eu lhe falei em minha carta, para
discutir
sobre Tom Riddle e os planos para o seu futuro," disse
Dumbledore"
"Você é da família?" perguntou Sra Cole.
"Não, sou um professor," disse Dumbledore. " Vim aqui
para oferecer a Tom um lugar em minha escola.
"Que escola é, então?"
"Ela se chama Hogwarts," disse Dumbledore.
"Então por que o senhor está tão interessado em Tom?"
"Nós acreditamos que ele tem qualidades que estamos
procurando."
"Você quer dizer que ele ganhou uma bolsa escolar? O
que ele fez pra isso? Ele nunca conseguiu uma."
"Bem, o nome dele foi gravado em nossa escola no momento
em que ele nasceu-"
"Quem o registrou? Os pais dele?"
Não havia nenhuma dúvida que a Sra. Cole era uma inconvenientemente
uma mulher cortante. Aparentemente, Dumbledore também
pensou, pois Harry o viu retirar a varinha para fora
do bolso do terno aveludado dele, retirando, ao mesmo
tempo, um pedaço de papel perfeitamente em branco de
cima da escrivaninha da Sra. Cole.
" Aqui", disse Dumbledore , que movimentou a varinha
dele uma vez quando ele passou o pedaço de papel para
ela, " eu penso que isto deixará tudo claro ".
Os olhos da Sra.Cole saíram fora de foco e ela contemplou
atentamente ao papel em branco por um momento.
" Isso parece estar perfeitamente em ordem, " ela disse
calmamente e devolvendo o papel. Então, os olhos dela
caíram em uma garrafa de gim e dois copos que certamente
não estavam ali alguns segundos antes.
" Er - eu posso lhe oferecer um copo de gim "? ela disse
em uma voz refinada.
" Muito obrigado", Dumbledore disse radiante.
Ficou logo claro que a Sra. Cole não era nenhuma principiante
quando pegou a garrafa para beber. Virando uma dose
generosa
para ambos eles, ela pegou o próprio copo para um trago.
Estalando os lábios dela francamente, ela sorriu pela
primeira vez a Dumbledore, e ele não vacilou em tirar
vantagem disso.
" Eu gostaria de saber se você poderia me contar qualquer
coisa da história de Tom Riddle? Eu penso que ele nasceu
aqui no orfanato "?
" Isso é certo, " disse a Sra. Cole se servindo de mais
gim. " Eu me lembro disto claramente, como qualquer
coisa,
porque eu havia começado aqui a pouco. Era véspera do
ano novo, mais amargamente frio, nevando, você sabe.
Noite horrível. E, esta menina, não muito mais velha
que eu era na ocasião, veio cambaleando nos degraus
dianteiros.
Bem, ela não foi a primeira. Nós a alojamos e ela teve
o bebê em uma hora. E ela estava morta na outra hora
".
Sra. Cole cabeceou e tomou outro trago generoso de gim.
Ela disse qualquer coisa antes de morrer "? perguntou
Dumbledore. " Qualquer coisa sobre o pai do menino,
por
exemplo "?
" Agora, como acontece, ela disse, " disse a Sra. Cole
que parecia estar desfrutando bastante agora do gim
na
mão dela e uma audiência ansiosa pela história. " Eu
me lembro que ela disse para mim, eu espero que ele
se pareça com o pai dele, e eu não mentirei, ela tinha
razão em esperar isto, porque ela não era nenhuma beleza
- e então ela me falou que ele seria chamado Tom, como
o pai dele, e Marvolo, como o pai dela - sim, eu sei,
nome engraçado, não é? Nós desejamos saber se ela veio
de um circo - e ela disse que o sobrenome do menino
devia
ser Riddle. E ela morreu em seguida sem outra palavra.
"Bem, nós o nomeamos da maneira que ela nos disse, parecia
tão importante para a pobre menina, mas nem Tom, nem
Marvolo, muito menos Riddle vieram procurando por ele,
nem nenhum família, então, ele veio para o orfanato
e
tem estado aqui desde então."
Ela se serviu, quase se preparando, para outra saudável
dose de gim. Ela corara. Então ela disse, "Ele é um
garoto
engraçado".
"Sim", disse Dumbledore. "Eu achei que ele poderia ser."
"Ele era um bebê engraçado também. Era muito difícil
ele chorar, você sabe. Então, quando ele envelheceu
ele
ficou...estranho."
" Estranho de que modo?" perguntou Dumbledore gentilmente.
"Bem, ele-"
Mas Sra. Cole parou de repente, e não havia nada obscuro
ou vago sobre o olhar de inquisitorial que ela atirou
em Dumbledore em cima do copo de gim dela.
"Ele definitivamente tem um lugar na sua escola, não
é?"
"Definitivamente", disse Dumbledore.
"E há nada que eu diga que possa reverter essa situação?"
"Não," disse Dumbledore"
"Você vai leva-lo embora, certo?"
"Certo", repetiu Dumbledore gravemente.
Ela piscou, olhando pra ele, decidindo se confiaria
nele
ou não. Aparentemente ela decidiu que confiaria, pois
ela disse em uma pressa súbita, "Ele assusta as outras
crianças."
"Você acha que ele está perturbado? perguntou Dumbledore.
"Eu acho que ele deva estar," disse Sra. Cole, sendo
ligeiramente carrancuda, "Mas é muito difícil pegá-lo
no ato. Houveram incidentes... coisas sórdidas..."
Dumbledore não a pressionou, embora o Harry pudesse
jurar
que ele estava interessado. Ela ainda levou bebeu outro
gole de Gim e as bochechas róseas dela ficaram ainda
mais róseas.
O coelho de " Billy Stubbs. . . bem, o Tom disse que
ele não fez isto e eu não vejo como ele pôde fazer,
mas
mesmo assim, o coelho não se pendurou nas vigas, se
pendurou?"
" Eu não deveria pensar assim, não," Dumbledore disse
baixinho.
" Mas eu sou uma dançarina se eu sei como ele conseguiu
fazer isto lá. Tudo que eu sei é que ele e Billy tinham
discutido um dia antes. E então " - a Sra. Cole tomou
outro gole de gim que espirrou um pouco no queixo dela
este momento - " na excursão de verão - nós os levamos
para sair, você sabe, uma vez por ano, para a zona rural
ou para o litoral - bem, Amy Benson e Dennis Bishop
nunca
estavam totalmente certos depois e tudo que nós sabemos
deles é que eles tinham entrado em uma caverna com Tom
Riddle. Ele jurou sóter ido explorar, mas algo aconteceu
lá, eu estou segura disto. E, bem, houve muitas coisas,
coisas engraçadas. . . ."
Ela deu uma olhada novamente a Dumbledore, e embora
as
bochechas dela estivessem enxaguadas, o olhar dela era
fixo. " Eu não acho que muitas pessoas ficarão tristes
em vê-lo pelas costas ".
" Você entende, eu estou certo, que nós não o estaremos
mantendo permanentemente "? disse Dumbledore. " Ele
terá
que voltar aqui, pelo menos, todos os verões ".
" Oh, bem, isso é melhor que um golpe no nariz com uma
soqueira enferrujada." disse a Sra. Cole com um soluço.
Ela trocou os pés e Harry ficou impressionado por ver
que ela estava bastante segura, embora já tivessem sido
dois terços da garrafa de gim agora. " Eu suponho que
você gostaria de vê-lo?
" Muito," disse Dumbledore subindo.
Ela o conduziu para fora do escritório e subindo os
degraus
de pedra, dando instruções e advertências aos ajudantes
e crianças pelos quais ela passou. Os órfãos, Harry
viu,
estavam todos usando o mesmo tipo de túnica cinzenta.
Eles pareciam razoavelmente bem, mas não havia nenhum
dúvida que este era um lugar horrendo no qual crescer.
" Aqui estamos nós, " disse a Sra. Cole, quando eles
viraram e pararam ao lado de fora da primeira porta
em
um longo corredor. Ela bateu duas vezes e entrou.
" Tom? Você tem uma visita. Este é Sr. Dumberton - ou
mlhor, Dunderbore. Ele veio lhe falar - bem, eu o deixarei
fazer isto ".
Harry e os dois Dumbledores entraram no quarto, e a
Sra.
Cole fechou a porta atras deles. Era um quarto vazio
e pequeno com nada mais que um guarda roupa velho e
uma
cama de armar de ferro. Um menino estava sentando em
cima das mantas cinzas, as pernas dele esticadas para
fora e segurando um livro.
Não havia nenhum sinal de dos Gaunts na face de Tom
Riddle. Merope azonizante teve seu desejo realizado:
Ele era o bonito como pai mais jovem, alto para onze
anos , cabelos escuros e pálido. Os olhos dele estreitaram
ligeiramente com o aparecimento excêntrico de Dumbledore.
Houve o silêncio por um momento.
"Como você está, Tom ?" disse Dumbledore, caminhando
para frente e oferecendo a mão a ele.
O garoto hesitou, então levado isto, eles apertaram
as
mãos. Dumbledore preparou a cadeira de madeira dura
ao
lado de Riddle, então de forma que o olhou bastante
como
um paciente de hospital e visita.
"Eu sou o Professor Dumbledore."
"Professor?," repetiu Riddle. Ele parecia cauteloso.
" É como Médico? O que está fazendo o que aqui? Ela
o
deixou entrar para poder me examinar."
Ele estava apontando à porta pela qual Sra. Cole a pouco
tinha partido.
"Não, não," disse Dumbledore, sorrindo.
"Eu não acredito em você," disse Riddle. "Ela quer que
eu seja examinado, não quer? Fale a verdade!"
Ele falou as últimas três palavras com uma força tocante,
que soaram quase como um trovão. Ele era como um comandante
pois essas últimas três palavras soaram como se ele
tinha
feito isto muitas vezes antes. Suas pupilas se alargaram
e cintilaram na direção de Dumbledore, que não formulou
resposta alguma, apenas continuou sorrindo agradavelmente.
Depois de alguns segundos, Riddle parou de olhar fixamente,
entretanto, ele olhava para tudo muito cauteloso.
"Quem é você?"
"Eu já lhe disse. Meu nome é Professor Dumbledore e
eu
trabalho em uma escola chamada Hogwarts. Eu venho para
oferecer-lhe uma vaga na minha escola - sua nova escola,
se você quiser vir".
A reação de Riddle foi surpreendente. Saltou da cama,
para ficar longe de Dumbledore, parecia furioso.
"Você não conseguirá me enganar. Do Asilo, é de onde
você é. Professor, sim, claro - bem, eu não vou, viu?
Aquele gato velho, ele sim deveria estar no Asilo. Eu
nunca fiz qualquer coisa a pequena Amy Benson ou Dennis
Bishop, e você pode lhes perguntar, eles lhe falarão!"
"Eu não sou do Asilo," disse Dumbledore pacientemente.
" Eu sou professor e se você se sentar calmamente, eu
lhe falarei mais sobre Hogwarts. Claro, se você não
decidir
ir para a escola, ninguém lhe forçará-"
" Eu gostaria de vê-los tentar, " zombou Riddle.
" Hogwarts, " Dumbledore disse como se não tivesse ouvido
as últimas palavras de Riddle, " é uma escola para pessoas
com habilidades especiais -"
" Eu não sou louco "!
" Eu sei que você não está louco. Hogwarts não é uma
escola para pessoas loucas. É uma escola de magia ".
Houve silêncio. Riddle ficou gelado, a face inexpressiva,
mas os olhos dele estavam indo de um olho para outro
de Dumbledore, como se tentasse pegar um deles mentindo.
"Magia "? ele repetiu em um sussurro.
"É" disse Dumbledore.
" É. . é magia, o que eu posso fazer "?
" O que é que você pode fazer "?
" Todo tipo de coisas, "Riddle respirou. Um rubor de
excitação estava se subindo pelo pescoço e nas bochechas
dele; ele olhou febrilmente. " Eu posso mover arquivos
sem os tocar. Eu posso fazer animais fazerem o que eu
quero que eles façam, sem os treinar. Eu posso fazer
coisas ruins acontecer às pessoas que me aborrecem.
Eu
posso lhes causar dor se eu quiser ".
As pernas dele estavam tremendo. Ele tropeçou e se sentou
novamente na cama e encarando as mãos dele, a cabeça
curvada como se em oração.
" Eu soube que eu era diferente, " ele sussurrou aos
próprios dedos que tremiam. " Eu soube que eu era especial.
Sempre, eu soube que havia algo ".
" Bem, você estava bastante certo", Dumbledore disse,já
não estava sorrindo mas olhando Riddle atentamente.
"
Você é um mago ".
Riddle ergueu a cabeça. A face dele estava transfigurada:
Havia uma felicidade selvagem nisto, contudo por alguma
razão não melhorou a expressão dele; pelo contrário,
as características finamente esculpidas dele pareciam
mais ásperas, de alguma maneira, a expressão dele quase
bestial.
"Você também é um mago? "
" Sim, eu sou ".
" Prove, " Riddle disse imediatamente, no mesmo tom
dominante
que tinha usado ele quando ele tinha dito, " Conte a
verdade ".
Dumbledore ergueu as sobrancelhas. " Se, eu fizer isto,
você estará aceitando seu lugar em Hogwarts -"
" Claro que eu vou "!
" Então você me tratará como Professor ou o senhor.
"
A expressão de Riddle endureceu por um momento passageiro
antes que ele dissesse, em uma irreconhecível voz cortes,
" Eu sinto muito, senhor. Eu quis dizer - por favor,
Professor, você poderia mostrar para mim -?"
Harry tinha certeza que Dumbledore ia recusar, que ele
contaria a Riddle que haveria bastante tempo para demonstrações
práticas em Hogwarts, que eles estavam em um edifício
cheio de trouxas e deviam ser mais cautelosos. Para
a
grande surpresa dele, porém, Dumbledore tirou a varinha
do bolso interior da jaqueta do terno dele, apontou
para
o guarda roupa no canto e deu com a varinha um estalido
casual.
A guarda roupa explodiu em chamas.
Riddle saltou; Harry não o poderia culpar por quase
uivar
em choque e ira; todos seus bens mundanos deviam estar
lá. Mas quando Riddle se afastou de Dumbledore, as chamas
desapareceram e deixando o guarda roupa completamente
intacto.
Riddle olhou do guarda roupa para Dumbledore; então,
com uma expressão ávida, ele apontou à varinha. " Onde
eu posso adquirir uma dessas "?
" Tudo a seu tempo", Dumbledore disse. " Eu penso que
há algo tentando sair de seu guarda roupa ".
E, seguramente, uns ruídos baixos poderiam ser ouvidos
de dentro dele. Pela primeira vez, Riddle olhou assustado.
" Abra a porta", Dumbledore disse.
Riddle vacilou, então cruzou o quarto e abriu a porta
de guarda roupa. Na prateleira mais alta, sobre um monte
de roupas puídas, estava balançando uma caixa de papelão
pequena e sacudindo tanto como se houvesse vários ratos
frenéticos presos dentro dela.
" Tire", Dumbledore disse.
Riddle tirou a caixa que tremia. Ele olhou nervoso.
" Há qualquer coisa naquela caixa que você não deveria
ter "? perguntou Dumbledore.
Riddle lançou Dumbledore um longo, claro e calculista
olhar. " Sim, eu acho que sim, senhor, " ele disse finalmente,
numa voz inexpressiva.
" Abra isto", Dumbledore disse.
Riddle abriu a tampa e virou o conteúdo sobre a cama
dele sem os olhar. Harry, que tinha esperado algo muito
mais excitante, viu uma bagunça de objetos pequenos,
cotidianos: um ioio, um dedal prateado, e uma gaita
manchado
entre eles. Uma vez livre da caixa, eles deixaram de
tremer e ainda se deitaram nas mantas velhas.
" Você os devolverá aos donos deles com suas desculpas,"
Dumbledore disse calmamente, repondo a varinha na jaqueta
dele. " Eu saberei se foi feito. E advirto: Furto não
é tolerado em Hogwarts ".
Riddle não parecia nem remotamente envergonhado; ele
ainda estava encarando Dumbledore friamente. Afinal
ele
disse em uma voz inexpressiva, " Sim, senhor ".
" Em Hogwarts, " Dumbledore disse, " nós não só lhe
ensinamos
a usar magia, mas a controlar. Você tem - inadvertidamente,
eu estou seguro - usado seus poderes de certo modo.
Isso
não é nem ensinado nem tolerado em nossa escola. Você
não é o primeiro, nem você será o último, a usar sua
magia para ajudar você. Mas você deveria saber que Hogwarts
pode expulsar os estudantes, e o Ministério de Magia
- sim, há um Ministério - ainda castigará mais severamente
os transgressores da lei. Todos os magos menores têm
que aceitar que, entrando em nosso mundo, eles cumprem
nossas leis ".
" Sim, senhor", Riddle disse novamente.
Era impossível saber o que ele estava pensando; a face
dele permanecia bastante inexpressiva quando ele repôs,
no pequeno esconderijo, os objetos roubados na caixa
de papelão. Quando ele tinha terminado, ele virou a
Dumbledore
e disse maldoso, " eu não tenho dinheiro ".
" Isso é corrigido facilmente", Dumbledore disse, tirando
uma bolsa de couro com dinheiro do bolso. Há uma bolsa
em Hogwarts para os que precisam de ajuda para comprar
livros e uniformes. Você poderia ter que comprar algum
de seu livros de feitiços e os outros de segunda mão
, mas -"
" Onde você compra livros de feitiços "? interrompeu
Riddle que tinha guardado a bolsa de dinheiro pesada
sem agradecer Dumbledore e estava examinando um Galeão
de ouro grosso agora.
" No Beco Diagonal", Dumbledore disse. " Eu tenho sua
lista de livros e material escolar comigo. Eu posso
lhe
ajudar a achar tudo -"
" Você está vindo comigo "? perguntou Riddle observando.
"Certamente, se você -"
"Eu não preciso de você, disse Riddle." Eu faço as coisas
que eu quero, eu vou para Londres quando eu quiser.
Como
você chega neste beco Diagonal - senhor "? ele adicionou,
captando o olhar de Dumbledore.
Harry pensou que Dumbledore insistiria em acompanhar
Riddle, mas mais uma vez teve uma surpresa. Dumbledore
entregou a Riddle o envelope com sua lista de materias
e de depois dizer exatamente como chegar do Orfanato
ao Caldeirão Furado, ele disse, "Você tem possibilidade
de ser visto, devido aos trouxas que te rodeiam, as
pessoas
não-mágicas, mas não será. Peça para o Tom o" barman
"- é bastante fácil de se lembrar, como ele saberá seu
nome -".
Riddle deu um estremeção irritável, como se tentando
espantar uma mosca.
"Você repugna o nome Tom?"
"Há muito Toms," murmurou Tom. Então, como se ele não
pôde suprimir a pergunta, como se tivesse estourado
de
sua boca, ele perguntou, "Meu pai era um bruxo? Ele
se
chamava Tom Riddle também, me falaram".
" Eu estou amedrontado, eu não sei," disse Dumbledore
com sua voz gentil
" Minha mãe não pode ter sido bruxa, ou ela não teria
morrido," disse Riddle mais para ele mesmo do que pra
Dumbledore. "Deveria ter sido ele. Então - quando eu
tiver todos meus materiais - quando eu irei a esta Hogwarts"?
" Todos os detalhes estão no segundo pedaço de pergaminho
em seu envelope," disse Dumbledore "Você partirá da
Estação
Kings Cross no dia primeiro de setembro. Há uma passagem
de trem lá também."
"Riddle acenou com a cabeça. Dumbledore pôs-se de pé
e estendeu-lhe a mão de novo. Pegando-a Riddle disse-lhe,
"Eu posso falar com as cobras. Eu descobri quando nós
fomos viajar pelo país, elas me acharam, eles sussurram
pra mim. Isso é normal para um bruxo "?
Harry poderia jurar que ele tinha guardado a menção
deste
poder estranho até aquele momento, determinado a impressionar.
"É incomum," disse Dumbledore, após um momento de hesitação,
"mas não desconhecido."
O tom dele era casual, mas os olhos dele moveram curiosamente
sobre a face de Riddle. Eles ficaram durante um momento,
homem e menino, encarando um ao outro. Então quando
o
aperto de mão foi quebrado; Dumbledore estava à porta.
"Adeus, Tom. Nos veremos em Hogwarts ".
"Então foi assim que aconteceu," disse o Dumbledore
de
cabelos brancos ao lado de Harry e um segundo depois,
eles estavam flutuando mais uma vez para a escuridão
antes de pousar no escritório atual.
"Sente-se," disse Dumbledore pousando ao lado dele."
Harry obedeceu, a mente dele ainda cheia do que ele
há
pouco tinha visto.
"Ele acreditou nisto muito mais rápido do que eu - eu
quero dizer, quando você lhe falou que ele era um bruxo,"
disse Harry," eu não acreditei em Hagrid de primeira
quando ele me disse.
" Sim, Riddle estava perfeitamente pronto para acreditar
que ele era - usando a palavra dele - especial,
"
disse Dumbledore.
"Você soube - então?" perguntou para o Harry.
"Se eu soube que eu tinha conhecido o bruxo das trevas
mais perigoso de todos os tempos?" disse Dumbledore,
"Não, eu não tive nenhuma idéia que ele ao crescer seria
o que ele é. Porém, eu fiquei certamente intrigado
por
ele. Eu voltei a Hogwarts pretendendo manter um olho
nele, algo que eu deveria ter feito em todo caso, determinado
que ele estava só e sem amigos, mas já que eu sentia
que deveria fazer por causa de outros".
"Os poderes dele, como você ouviu, foi desenvolvido
surpreendentemente
para um bruxo jovem e - de forma interessante e sinistra
- ele já tinha descoberto que tinha alguma controle
sobre
eles e começado a usar os conscientemente. Ele já estava
pronto para usar magia contra outras pessoas, amedrontar,
castigar, controlar. As pequenas histórias do coelho
estrangulado e o menino jovem e menina que ele atraiu
em uma caverna eram muito sugestivas. . . . Eu os
posso
machucar se eu quiser. . . . "
"E ele era Ofidioglota," interviu Harry"
" Sim, realmente; uma habilidade rara e um supostamente
conectado com as Artes das trevas, embora como nós sabemos,
há Ofidioglotas entre as trevas e o bem também. Na realidade,
a habilidade dele para falar com serpentes não me fez
tão intranqüilo quanto os instintos óbvios dele para
crueldade, segredo, e dominação.
"O tempo está nos fazendo de bobos," disse Dumbledore,
indicando o céu escuro além das janelas, novamente.
"Mas
antes de nos despedirmos, eu quero chamar sua atenção
a certas características da cena que nós há pouco testemunhamos,
porque elas têm um grande porte nos assuntos que nós
estaremos discutindo em reuniões futuras.
"Primeiramente, eu esperei que você notasse a reação
de Riddle quando eu mencionei que outro compartilhou
o primeiro nome dele, Tom "?
Harry concordou.
" Lá ele mostrou o desprezo dele por qualquer coisa
que
prendia a outras pessoas, qualquer coisa que o fazia
comum. Até mesmo, então, ele desejou ser diferente,
único,
notório. Ele infiltrou o nome dele, como você sabe,
dentro
de alguns poucos anos daquela conversação e criou a
máscara
de Lorde Voldemort atrás do qual ele ficou muito tempo
escondido.
" Eu confio que você também notou que aquele Tom Riddle
já era altamente independente, reservado, e, aparentemente,
sem amigos? Ele não quis ajuda ou companhia na viagem
dele para o Beco Diagonal. Ele preferiu ir sozinho.
O
adulto Voldemort é o mesmo. Você ouvirá muitos dos Comensais
da Morte reivindicando que eles são de confiança dele,
próximos e que o compreendem. Eles estão iludidos. Lorde
Voldemort nunca teve um amigo, nem eu acredito que ele
alguma vez quis um.
" E, ultimamente - eu espero que você não tnha muito
sono para prestar atenção a isto, Harry - o Tom Riddle
jovem sempre gostou de colecionar troféus. Você viu
a
caixa de artigos roubados que ele tinha escondido no
quarto dele. Estes foram levados de vítimas do comportamento
perseguidor dele, recordações, de partes particularmente
desagradáveis de magia. Tenha em mente esta tendência,
pois isto, particularmente, será importante depois.
" E agora, realmente é tempo de ir para a cama ".
Harry seguiu os passos dele. Como ele caminhou para
o
outro lado da sala, os olhos dele recaíram na pequena
mesa na qual o anel de Marvolo Gaunt tinha estado nos
últimos tempos, mas o anel não estava mais lá.
" Sim, Harry "? disse Dumbledore para Harry que estava
vindo e parou.
"Mas eu pensei que você poderia ter a gaita ou algo
do
tipo."
Dumbledore sorriu para ele, perscrutando no topo no
hall
os espetáculos da Lua.
" Muito astuto, Harry, mas a gaita era somente a gaita.
E, com aquela nota enigmática, ele acenou, Harry entendeu
e se despediu.
CAPÍTULO 14
FELIX FELICIUS
A primeira aula de Harry da manhã seguinte era Herbologia.
Durante o
café da
manhã, ele não comentou com Ron e Hermione sobre a aula
com
Dumbledore, receando ser ouvido por outras pessoas e
deixando assim
para contar-lhes no caminho para as estufas. O vento
brutal do fim de
semana finalmente desaparecera; a névoa misteriosa havia
voltado, o
que acabou levando os garotos a um caminho um pouco
mais
longo que o
habitual, até achar a estufa correta.
"Uau, pensamento assustador, sobre o menino Você-sabe-quem,"
Ron
disse
baixinho, ao tomarem seus lugares ao redor dos tocos
nodosos de
Snargaluff, os quais formavam um casulo protegido, e
a pegar as luvas
protetoras. " Mas eu ainda não entendo por que Dumbledore
está
mostrando a você
tudo isso. Eu quero dizer, é realmente interessante,
mas qual é o
objetivo"?
" Bem," Harry disse, colocando um protetor de gengiva.
" Ele diz que
isso tudo é
importante e me ajudará a sobreviver ".
"Eu penso que é fascinante" disse Hermione. "Faz total
sentido saber
tanto
quanto possível sobre Voldemort. Como você descobriria
as fraquezas
dele? "
" E então, como foi a última festa do Slughorn?" Harry
lhe perguntou.
" Oh, realmente muito divertida," Hermione disse, enquanto
colocava
os óculos de
proteção. " Quero dizer, ele falou um pouco sobre suas
façanhas
famosas e bajulou absurdamente McLaggen pelo fato de
ser bem
relacionado, mas comemos realmente bem e ele nos apresentou
a Gwenog
Jones ".
" Gwenog Jones "? disse Ron, arregalando os olhos por
baixo dos
óculos de proteção. "A Gwenog Jones? Capitã do Holyhead
Harpies "?
" Ela própria" Hermione disse. " Pessoalmente, eu a
achei
um pouco
cheia de si, mas -"
" Há muita conversa por aqui!" interrompeu a Professora
Sprout
agitada, atarefada
e olhando duramente para eles. " Vocês estão ficando
para trás, todos
já começaram, e Neville já pegou seu primeiro pod!"
Os garotos olharam ao redor; certamente lá estava Neville,
sentado
com os
lábios sangrando e vários arranhões feios ao longo de
um lado do
rosto, mas
apertando um desagradável objeto verde do tamanho de
uma toronja.
" Certo, Professora, nós estamos começando agora!" disse
Ron, que
acrescentou
baixinho ao ver que a Prof. virara-se novamente: "Devíamos
usar o
Muffliato, Harry ".
" Não, nós não deveríamos!" disse Hermione imediatamente,
olhando,
como ela
sempre fazia, muito contrariada à simples menção do
Príncipe
Mestiço
e seus
feitiços. " Bem, venha... nós mudaremos isso. ..."
Ela deu outro olhar apreensivo aos dois; eles respiraram
fundo e
então se concentraram no nodoso toco entre eles.
Aquilo imediatamente ganhou vida; longos e espinhosos
ramos
de bramblelike voaram ao topo e se chicotearam no
ar.
Um deles
enroscou no cabelo de Hermione e
Ron jogou-os para trás com um par de secateurs (tesoura
de
jardinagem); Harry teve
sucesso apanhando um par de ramos e amarrando um no
outro;
um buraco
se abriu no
meio dos tentáculos e Hermione corajosamente mergulhou
seu braço
nele, mas o mesmo
se fechou como uma armadilha em torno de seu cotovelo;
Harry e Ron
arrastaram e
torceram os galhos para forçar o buraco a se abrir novamente;
a
garota, usando o
braço livre, apertou nos dedos um pod igual ao de
Neville.
Imediatamente
os galhos espinhosos recuaram para dentro e o toco nodoso
se
aquietou, como um inofensivo pedaço de madeira.
"Sabe, acho que não vou querer ter qualquer um destes
em meu jardim
quando
tiver minha própria casa", Rony disse, empurrando os
óculos de
proteção até a testa e
enxugando o suor do rosto.
"Me alcance uma tigela", Hermione disse, segurando o
pod; Harry
entregou-lhe e
ela depositou o pod com um olhar de desgosto.
"Não seja enjoada, esprema-no para fora, eles são melhores
quando
estão frescos!"
disse a Professora Sprout.
"De qualquer modo," Hermione disse, continuando a conversa
interrompida como se aquele pedaço de madeira não os
tivesse
atacado, "Slughorn dará uma festa de Natal, Harry, e
não há como você
escapar pois
ele, na verdade, me pediu que conferisse suas noites
livres, assim
ele
estaria seguro de ter uma noite que você possa ir ".
Harry gemeu. Enquanto isso, Ron, que tentava estourar
o pod na tigela
com as duas mãos, espremendo o máximo que podia, disse
furiosamente, "Outra festa só para os favoritos do
Slughorn, é?"
"Somente para o Clube do Slug, sim," Hermione respondeu.
O pod escapou por entre dos dedos de Ron e bateu no
vidro
da estufa,
passando
por trás da cabeça da Professora Sprout e derrubando
seu chapéu
velho e remendado. Harry foi recapturar o pod; e quando
ele voltou,
Hermione
dizia, "Olhe, eu não inventei o nome Clube do Slug
-"
" Clube do Slug, " repetiu Ron com uma zombaria típica
do Malfoy. "
É
patético. Bem, eu espero que você desfrute sua festa.
Por que você
não
tenta ir com McLaggen, aí Slughorn poderia fazer de
vocês
o Rei e a
Rainha Slug-?"
"É permitido levar convidados", disse Hermione, que
por
alguma razão
ficara vermelha, brilhante e fervente, "e eu ia pedir
para que você
fosse, mas se é tão patético quanto você pensa não o
aborrecerei
mais!"
Harry, de repente, desejou que o pod tivesse voado um
pouco mais
longe, de
modo que ele não precisasse continuar sentado ali. Querendo
ou não,
fechou a tigela onde estava guardado o pod e tentou
abri-la
da forma
mais
ruidosa e escandalosa que ele pudesse imaginar; mas,
infelizmente,
ainda era possível ouvir cada palavra da conversa da
dupla.
" Você ia me chamar?" perguntou Ron, com uma voz completamente
diferente.
" Sim", Hermione disse furiosa. " Mas, obviamente, se
você acha que
eu
deveria ir com McLaggen..."
Houve uma pausa, enquanto Harry continuava torturando
o pod de
borracha com uma
espátula.
"Não, eu não acho" Ron disse, em uma voz muito baixa.
Harry perdeu o pod, bateu a tigela e ela se quebrou.
" Reparo," ele disse rápido, juntando os pedaços
com sua varinha,
e a
tigela ficou inteira novamente. O estrondo, porém, pareceu
ter
lembrado Ron e
Hermione da presença de Harry. Hermione olhou agitada
e imediatamente
começou a folhear de modo exagerado a sua cópia de Árvores
Carnívoras do
Mundo para descobrir o modo correto de fazer suco de
Snargaluff pods
(?); Rony, por outro
lado, parecia embaraçado, mas também bastante satisfeito.
" Veja isso, Harry", Hermione disse. " Diz que é necessário
perfurá-
los com algo afiado. . . ."
Harry passou à ela o pod na tigela; ele e Ron colocaram
sobre os
olhos os óculos de proteção
e mergulharam, mais uma vez, para o toco.
Ele realmente se surpreendeu, pensou Harry, enquanto
lutava contra
um galho
espinhoso com a intenção de estrangulá-lo; ele já tivera
um
pressentimento
que isso pudesse acontecer mais cedo ou mais tarde.
Mas
Harry não
estava certo de como
se sentia sobre o assunto... Ele e Cho ficavam agora
envergonhados
quando trocavam olhares ou conversarem sozinhos; o que
aconteceria se
Ron e
Hermione começassem a sair juntos? Será que a amizade
do trio
sobreviveria a
isto? Harry lembrou-se das semanas no terceiro ano em
que eles não
estavam se falando; ele não gostara nada de tentar vencer
a
distância entre os dois. E então, o que aconteceria
se
isso os
separasse? E se ambos se tornassem
igual Gui e Fleur e ele se sentisse dolorosamente envergonhado
por
estar
na presença deles, de modo que tivesse que se afastar
por bem?
"Legal "! gritou Ron, puxando um segundo pod do toco
exatamente como
Hermione fizera para pegar o primeiro, de forma que
a
tigela se
enchera de tubérculos
com lombrigas verdes pálidas ziguezagueando.
O resto da aula passou sem comentários sobre a festa
de Slughorn.
Embora
Harry observasse os dois amigos mais atentamente durante
os próximos
dias,
Ron e Hermione não pareceram diferentes, a não ser pelo
fato de
estarem um pouco mais educados um com o outro do que
o normal. Harry
supôs que
teria de esperar para ver o que aconteceria sob influência
da cerveja
amanteigada no quarto vagamente iluminado de Slughorn
na noite da
festa.
Todavia, enquanto isso, ele tinha preocupações mais
urgentes.
Katie Bell ainda estava no Hospital St. Mungus sem previsão
de alta,
o que
significava que o promissor time da Grifinória, tão
cuidadosamente
treinado por Harry, era um adversário desfalcado.
Ele continuou sem substituir Katie, na esperança de
que
ela voltasse,
mas a
primeira partida deles contra Sonserina estava se aproximando
e ele
teve de
aceitar, finalmente, que ela não regressaria a tempo
de jogar.
Harry não pensou que poderia estar num outro teste da
Taca das
Casas. Com um sentimento depressivo de que tinha pouco
a fazer com
Quadribol, encurralou Dino Thomas após Transfiguracão
um dia. A
maioria da classe já tinha saído, embora diversos pássaros
amarelos
zumbissem ainda em torno da sala, todos criações de
Hermione;
ninguém tinha conseguido conjurar mais que uma pena
no
ar
fino. "você ainda se interessa em ser artilheiro?"
"O que? Claro,
naturalmente!" Dino disse excitado. Harry viu Simas
Finnegan
guardar seus livros na mochila, olhando desagradavelmente.
Uma das
razões porque Harry preferia ter que pedir que Dino
jogasse
era que
conhecia Simas e não gostaria que ele jogasse. Por
outro
lado, teve
que fazer o que era melhor para a equipe, e Dino esteve
na dianteira
de Simas nos pênaltis. "bom então, você está dentro,"
disse
Harry. "treino hoje à noite, sete horas." "certo,"
disse o
Dino. "Beleza, Harry! Blimey, eu não posso esperar
para dizer a
Gina!" Correndo para fora do quarto, deixando Harry
e Simas
sozinhos, um momento incômodo feito que não melhorou
quando um dos
pássaros caiu na cabeça de Simas. Simas não era a única
pessoa que
desgostosa com a escolha do substituto de Katie. Havia
um murmúrio
no salão comunal sobre o fato que Harry tinha escolhido
agora dois de
seus companheiros de quarto para a equipe. Porque Harry
tinha
resistido a alguns cochichos muito mais maldosos do
que
este em sua
carreira da escola, não foi incomodado particularmente,
mas todo o
mesmo, a pressão estava aumentando para fornecer uma
vitória no
campeonato logo no encontro contra Sonserina. Se Grifinória
ganhasse, Harry soube que a casa inteira se esqueceria
de que o
tinham criticado e iriam jurar que sempre souberam que
era uma grande
equipe. Se perderem. . bem, Harry pensou vagamente,
ele tinha
resistido ainda umas fofocas. mais maldosas. . .
Harry
não teve
nenhuma razão para lamentar sua escolha uma vez que
viu
Dino a
noite; trabalhou muito bem com Ginny e Demelza. Os
batedores,
Peakes e Coote, começavam a ficar melhor a cada hora.
O único
problema era Ron. Harry sabia ao longo do ano Ron era
um jogador
inconsistente que sofria dos nervos e de uma falta da
confiança, e
infelizmente, isso apareceu no jogo da abertura da estação
que trouxe
para fora todas suas velhas inseguranças. Após deixar
passar uma
dúzia de gols, a maioria deles marcados por Gina, sua
técnica tornou-
se mais selvagem e mais selvagem, até que finalmente
acertou o nariz
de Demelza. "foi um acidente, sinto muito, Demelza,
realmente
sinto!" Ron a seguiu zigue-zagueando atrás dela para
à terra,
gotejando o sangue em toda parte. "Eu apenas -" "apavorou-se,"
Gina
disse irritadamente, pousando ao lado de Demelza e examinando
sua
boca. "você é burro, Ron, olha o estado dela!" "eu
posso arrumar
isso," disse Harry, pousando ao lado das duas meninas,
apontando sua
varinha na boca de Demelzas, e dizendo "Episkey." "e
Gina, não chama
Ron de burro, você não é o capitão desta equipe -" "bem,
você pareceu
um pouco ocupado para chamar Rony de burro e eu pensei
quem alguém
deveria -" Harry forçou-se a não rir. "no ar, vamos
todos.
". No
geral, esse foi um dos piores treinos que eles haviam
tido no
semestre , embora Harry não sentisse que a honestidade
era a melhor
política quando eles estivessem tão perto do jogo.
"trabalho
bom,
todos, eu acho que nós achataremos Sonserina" disse
incentivando,
e
os artilheiros e os batedores deixaram o vestiário razoavelmente
felizes consigo mesmos. "eu joguei como um saco de
esterco
de
dragão," disse Ron em uma voz oca quando a porta tinha
balançado e
fechado atrás de Ginny. "Não., você não ," disse Harry
firmemente. "você é o melhor goleiro que eu testei,
seu único
problema é nervoso." .Ele prosseguiu um implacável fluxo
de
incentivo todo o caminho de volta para o castelo, e
quando
eles
alcançaram o segundo andar, Ron estava olhando mais
alegre.
Quando
Harry empurrou a tapeçaria para fazer seu usual caminho
mais curto
para a Torre da Grifinoria, entretanto, encontraram-se
olhando para
Dino e Gina, que estavam travados em um abraço apertado
e beijando
ferozmente como se estivessem colados. Era como se
algo
grande e
escamoso estourasse no estômago de Harry, agarrando
em
seus
interiores: O sangue quente pareceu inundar seu cérebro,
de modo que
todo o pensamento fosse extinguido, substituído por
um
impulso
selvagem de transformar Dino em uma geléia. Lutando
com esta loucura
repentina, ouviu a voz de Ron como se viesse de muito
longe. "Oi!" . Dino e Ginny se distanciaram e olharam
ao
redor. "que?" Ginny disse. "eu não quero encontrar
minha própria
irmã beijando pessoas em público!" "este era um corredor
deserto até
que você chegar!" Ginny disse. O Dino estava olhando
embaraçado.
Deu a Harry sorriso forçado que Harry não retornou,
porque
o monstro
recém-nascido dentro dele estava rugindo para a demissão
imediata de
Dino da equipe "você vai!" Ginny disse. "eu quero
dar
uma palavra
com meu caro irmão!" Dino saiu, olhando como se não
fosse bom sair
da cena. "Certo," disse Ginny, lançando seu cabelo
vermelho
longo
fora de sua cara e fitando Ron, "vamos conversar direito
uma vez por
todas. Não é da sua conta se eu saio ou o que eu faço
com eles, Ron -
""É, sim!" Ron disse, apenas irritado. "Você pensa
que eu não ouço
os outros falando da minha irmã" "que?" Ginny gritou,
tirando sua
varinha. "O que, exatamente?" "não significa qualquer
coisa, Ginny -
" disse Harry automaticamente, embora o mostro rugisse
sua aprovação
às palavras de Ron. "Oh sim!" disse, alargando-se
acima
em
Harry. "apenas porque você nunca beijou qualquer uma
em sua vida,
apenas porque o melhor beijo que você recebeu foi de
nossa Tia
Muriel -" "feche sua boca!" Ron gritou, seu rosto mudando
do marrom
para o vermelho rapidamente. "Não., eu não!" Ginny
gritando, ao
lado dele. "eu o vejo com a Fleur, esperando ela beijá-lo
no rosto
cada vez que você a vê, você é patético!! Se você
saísse
e
começasse a namorar um pouco como eu, você não se ocuparia
tanto de
me vigiar!" Ron tinha retirado sua varinha também;
Harry se postou
rapidamente entre eles. "você não sabe o que está falando!"
Ron
rugiu, tentando acertar Ginny em torno de Harry, que
estava agora na
frente dela com seus braços abertos. "apenas porque
eu não o faço em
público -!" Ginny deu uma grande gargalhada, tentando
empurrar Harry
para longe. "Você tem beijado Pigwidgeon, tem? Ou
talvez
tenha
começado num retrato de Tia Muriel?" Você - um raio
de luz
alaranjada voou sob o braço esquerdo de Harry e errou
Ginny por
polegadas; Harry empurrou Ron de encontro à parede.
"não seja
estúpido -" "Harry beijou Cho Chang!" Ginny gritou,
soando ato
agora. "e Hermione beijou Viktor Krum, é somente você
que age como
se ele fosse algo que repugna, Ron, e isso é porque
você
tem tanta
experiência quanto uma velha de doze anos!" E com esta,
se afastou.
Harry olhou rapidamente para Ron; seu o olhar era assassino.
Ambos
permaneceram lá, respirando pesadamente, até a Sra.
Norris,
gata dos
Filch, aparecera em um canto, quebrando a tensão. "Vamos,"
disse
Harry, porque o som dos pés de Filch alcançou suas orelhas.
Apressaram-se escadas acima e ao longo de um corredor
do sétimo-
andar. "Oi!" Ron grunhiu para que uma aluna pequena
saltasse para o
lado e deixasse cair um frasco de ovas de sapo. Harry
observou
distantemente o som de quebrar o vidro; sentiu-se desorientado,
atordoado; como se tivesse sido golpeado. É justo
porque
é irmã de
Ron, ele pensou. Você apenas não gostou de vê-la beijando
alguém
porque é irmã de Ron. . . Mas escondida em sua mente
veio uma
imagem daquela o mesmo corredor deserto com ele beijando
Ginny
preferivelmente. . . O mostro em sua caixa ronronou.
. . mas
então viu que se Ron os visse e apontasse sua varinha
para Harry,
eles talvez deixassem de ser amigos". . . "suposto
para ser meu
amigo". . . "Você pensa que Hermione ficou com Krum?
"Krum?" Ron
parou abruptamente, porque se aproximaram da Mulher
Gorda.
Harry
pensou culpado e trancou sua imaginação de um corredor
deserto onde
não haveria Ron, em que e Ginny estavam completamente
sozinhos -
"que?" disse confuso. "Oh... er..." A resposta honesta
era "sim,"
mas não quis dá-la. Entretanto, Ron pareceu recolher
a resposta do
olhar de Harry. "Dilligrout," disse escura à senhora
gorda, e
entraram através do buraco do retrato na sala comunal.
Nenhuns deles
mencionou Ginny ou Hermione outra vez; se deitaram
na
cama em
silêncio, cada um absorto em seus próprios pensamentos.
Permaneceu
Harry acordado por muito tempo, olhando acima no dossel
de sua cama e
tentando convencer-se que seus sentimentos para Ginny
eram
inteiramente de camaradagem. Não tinham vivido como
irmão e irmã
todo o verão, jogando Quadribol, irritando Ron, e rindo
sobre Fleur?
Conhecia Ginny a anos agora... Era natural se sentir
protetor. . . natural que queira olhar para ela.
. que queira
bater o membro do time que a beijava... Não... teria
que controlar
esse detalhe que sentia. . . Ron deu um ronco grande.
É irmã de
Ron, Harry disse a si mesmo firmemente. Irmã de Ron.
Não arriscaria
sua amizade com Ron por qualquer coisa. Procurou se
deitar de uma
forma mais confortável e esperou o sono vir, tentando
ao máximo não
permitir que seus pensamentos fossem para perto de
Ginny.
Harry
acordou na manhã seguinte sentindo-se entorpecido e
aturdido
por uma
série dos sonhos em que Ron o tinha perseguido com o
bastão de um
batedor, mas pelo meio-dia trocaria feliz o Ron dos
sonhos
pelo real,
que estaria mau-humorado não somente Ginny com e seu
par, mas também
indiferente e confuso em relação à Hermione. Além do
mais, Ron
pareceu ter-se tornado, de noite, tão sensível e pronto
para
chicotear como um Explosivin (Ou Snap Explosivo?).
Harry
gastou o
dia tentando manter a paz entre Ron e Hermione sem nenhum
sucesso;
finalmente, Hermione partiu para a cama no andar de
cima,
e Ron foi
para os dormitórios após se irritar com os diversos
alunos
do
primeiro ano que paravam para olhá-lo. Ao desânimo
de
Harry, o novo
perfil agressivo de Ron não se desgastou. Isso coincidiu
com um
mergulho mais profundo e uniforme em suas habilidades,
que o fizeram
ainda mais agressivo, de modo que durante a prática
final
de
Quadribol antes de sábado, ele não pegou um único gol
que os
artilheiros marcaram, mas gritou para todos assim que
reduziu Demelza
Robins aos rasgos. "você fecha acima e me deixa sozinho!"
Peakes
gritou, que estava a uma altura de aproximadamente dois
terços de
Ron, carregando um bastão pesado. "BASTANTES!" Harry
gritou, pois
tinha visto Ginny girando no sentido de Ron e, recordando
sua
reputação como um rodador do Bastão-Bogey, correu para
intervir antes
que as coisas saíssem do controle. "Peakes, vai e cerca
acima do
Bludgers. Demelza, você jogou realmente bem hoje, Ron.
. esperou-
o até que o restante da equipe estivesse fora do alcance
antes de o
dizer, "é meu melhor goleiro, mas continua a tratar
o
resto deles
mal, e eu estou pensando em tira-lo da equipe." Pensou
realmente por
um momento que Ron pudesse bater nele, mas então algo
muito pior
aconteceu: Ron pareceu desistir em sua vassoura de
toda
a luta e
disse, "eu renuncio. Eu sou patético." "você não é
patético, e você
não está renunciando!" Harry disse ferozmente, segurando
Ron pela
parte dianteira de suas vestes. "você pode segurar
qualquer
gol
quando está confiante, são os seus nervos que você tem
que
controlar". "você acha que tenho um problema mental?"
"yeah, talvez
eu seja demente!" Se encararam por um momento, então
Ron agitou sua
cabeça cansadamente. "eu sei que você não tem tempo
para encontrar
um outro goleiro, assim que eu jogarei amanhã, mas se
nós perdemos, e
nós vamos perder, eu estarei fora da equipe."
Nada que Harry disse fez alguma diferença. Ele tentou
de todas
maneiras aumentar a confiança de Ron durante o jantar,
mas Ron estava
muito ocupado sendo sarcástico e rude com Hermione para
notar. Harry
persistiu igualmente na sala comunal, mas a afirmação
dele que o time
inteiro ficaria devastado se Ron saísse foi minada,
um
pouco, pelo
fato, do resto do time estar sentando em um canto distante,
murmurando claramente contra Ron e lhe lançando olhares
atravessados.
Finalmente, Harry tentou ficar bravo novamente na esperança
de
provocar Ron em um desafio, na esperança que fosse uma
atitude
salvadora, mas esta estratégia não pareceu funcionar
mais que o
encorajamento; Ron foi para cama tão abatido e desesperado
como
sempre.
Harry permaneceu acordado durante um longo tempo na
escuridão.
Ele
não queria perder a partida de estréia; não só por ser
a primeira
dele como Capitão, mas ele estava determinado a derrotar
Draco Malfoy
no quadribol, já que ele ainda não pôde provar suas
suspeitas
sobre
ele. Se Ron jogasse como ele tinha feito nos últimos
treinos, as
chances deles de ganharem eram muito poucas. . . .
Se houvesse algo que ele pudesse fazer para Ron se concentrar...
lhe
fazer jogar com o melhor de sua forma . . . algo que
asseguraria que
Ron teria um dia realmente bom....
E a resposta chegou a Harry em um golpe súbito e glorioso
de
inspiração.
O café da manhã estava mais alvoraçado que o habitual
na manhã
seguinte; os sonserinos assobiaram e gritaram ruidosamente
quando
cada membro do time da Grifinória entrou no Salão Principal.
Harry
olhou para o teto e viu um céu azul claro, pálido: um
bom
presságio.
A mesa de Grifinória, uma massa sólida de vermelho e
ouro, se alegrou
quando Harry e Ron se aproximaram. Harry sorriu e acenou;
Ron deu um
sorriso fraco e balançou a cabeça dele.
" Se anime, Ron "! chamou Lilá. " Eu sei que você será
brilhante "!:
Ron a ignorou.
"Chá "? Harry lhe perguntou. " Café? suco de abóbora?"
" Qualquer
coisa, Ron disse taciturno, dando uma mordida mal-humorada
na
torrada.
Alguns minutos depois, Hermione, que tinha ficado tão
cansada do
recente comportamento desagradável de Ron que não tinha
vindo para o
café da manhã com eles, parou ao lado deles na mesa.
" Como vocês estão se sentindo "? ela perguntou, os
olhos
fixos na
nuca de Ron.
" Bem", Harry disse enquanto se concentrava em dar a
Ron um copo de
suco de abóbora. " Aqui está, Ron. Beba."
Ron tinha levado copo aos lábios dele quando Hermione
disse
nitidamente.
"Não beba isso, Ron "!
Harry e Ron olharam para ela
"Por que não "? disse Ron.
Hermione, agora, estava encarando Harry como se ela
não
pudesse
acreditar nos próprios olhos.
" Você colocou algo naquela bebida ".
"Desculpe "? disse Harry.
" Você me ouviu. Eu o vi. Você colocou algo na bebida
de Ron. Você
ainda está com a garrafa em sua mão direita" !
" Eu não sei sobre o que você está falando, "Harry disse,
guardando a
pequena garrafa rapidamente no bolso.
" Ron, eu te aconselho, não beba isto "! Hermione disse
novamente,
alarmada, mas Ron apanhou o copo, tomou um gole e disse,
" Pare de
mandar em mim, Hermione ".
Ela o olhou escandalizada. Se abaixando de forma que
só Harry poderia
ouvir, ela disse, " Você poderia ser expulso por isso.
Eu nunca
creditaria isso a você, Harry "!
" Olhe quem está falando, " ele sussurrou de volta.
"
Confundindo
alguém ultimamente "?
Ela ruidosamente foi para longe deles na mesa. Harry
a viu ir sem
pesar. Hermione nunca, realmente, tinha compreendido
o quão sério um
jogo de quadribol era. Então, ele deu uma olhada para
Ron que estava
estalando os lábios.
" Quase na hora disse jovialmente.
A grama gelada amassou sob os pés deles quando foram
para o campo.
" Que sorte o clima estar bom, né "? Harry perguntou
para Ron.
" Sim," Ron disse, pálido e com aparência doentia.
Ginny e Demelza já estavam usando os uniformes de Quadribol
e
esperando no vestiário.
" Condições ideais",disse Gina, ignorando Ron. " E adivinha?
Vaisey,
aquele artilheiro da Sonserina, - ele levou um balaço
na cabeça ontem
durante o treino e está muito dolorido jogar! E o melhor
é que -
Malfoy está doente também "!
"O que "? disse Harry, girando para a encarar. " Ele
está doente? O
que está errado com ele "?
" Não faço idéia, mas é ótimo para nós", disse Gina
alegre.
" Harper
está jogando no lugar dele; ele está no mesmo ano que
eu e é um
idiota ".
Harry sorriu vagamente, mas quando ele puxou as vestes
escarlates
dele, a mente estava bem longe do quadribol. Malfoy
uma
vez disse que
não poderia jogar devido a um ferimento, mas naquela
ocasião tinha
tido certeza que a partida inteira foi marcada para
uma
data mais
conveniente para a Sonserina. Por que agora ele estava
satisfeito em
ser substituído? Ele estava realmente doente, ou ele
estava fingindo?
" Suspeito, não é?" ele disse a meia voz ao Ron. " Malfoy
não
jogar "?
" Sorte, eu chamo isto," Ron disse, parecendo ligeiramente
mais
animado. " E com Vaisey fora também, ele é o melhor
artilheiro
do
time deles, eu não imaginei - eh "! ele disse, de repente,
e parou a
meio caminho de colocar as luvas de goleiro e encarar
Harry.
"O que "?
" Eu... você. . ". Ron tinha perdido a voz, parecia
assustado
e
excitado. " Minha bebida... meu suco de abóbora... você
não
colocou...?"
Harry ergueu as sobrancelhas dele, mas não disse nada,
exceto, " Nós
estaremos começando em, aproximadamente, cinco minutos,
é melhor você
calçar suas botas".
Eles caminharam para fora sob o barulho de rugidos tumultuosos
e
vaias. Um lado do estádio era totalmente vermelho e
ouro;
o outro, um
mar de verde e prateado. Muitos Lufa- Lufa e Corvinal
tinham tomado
partido também: Entre todos gritando e batendo palmas,
o rugido do
famoso chapéu com leão de Luna Lovegood podia ser ouvido
distintamente.
Harry alcançou Madame Hooch, a arbitra que estava pronta
para lançar
as bolas da caixa.
" Capitães dêem um aperto de mão, " ela disse e Harry
teve a mão dele
esmagada pelo novo Capitão da Sonserina, Urquhart. "
Monte suas
vassouras. No apito. . . três... dois... um..."
O apito soou, Harry e os outros impulsionaram o solo
duro e congelado
e eles voaram.
Harry planou ao redor do perímetro do campo, olhando
a procura do
pomo e mantendo um olho em Harper que estava ziguezagueando
logo
abaixo dele. Então, uma voz que era diferente do comentarista
habitual, começou.
" Bem, lá vão eles e eu acho que nós todos fomos surpreendidos
ao ver
o time que Potter reuniu este ano. Muitos pensaram,
devido
ao
desempenho horroroso de Ronald Weasley como goleiro
ano
passado, que
ele seria retirado do time, mas claro que, uma amizade
pessoal e
íntima com o Capitão ajuda. . . ."
Estas palavras foram saudadas com zombarias e aplausos
no fim pelos
sonserinos. Harry deu uma volta com a vassoura para
olhar
para o
pódio do comentarista. Um visitante, loiro aguado com
um nariz virado
para cima estava lá, falando no megafone mágico que
tinha
sido uma
vez Lino Jordan; Harry reconheceu Zacharias Smith, um
jogador de Lufa
Lufa de quem ele desgostava.
" Oh, e aqui vem a primeira tentativa de Sonserina de
gol, é Urquhart
que lidera o lance e -"
Estômago de Harry revirou.
" - Weasley defendeu, bem, algumas vezes a pessoa tem
sorte, eu
suponho. . . ."
" Isso é certo, Smith, ele tem," Harry murmurou, sorrindo,
mergulhando entre os artilheiros com os olhos procurando
em volta por
alguma sugestão do pomo de ouro.
Com uma hora do jogo, Grinfória estava na frente com
sessenta pontos
a zero, Ron tinha feito algumas defesas verdadeiramente
espetaculares, algumas com a ponta das luvas dele, e
Gina tinha
marcado quatro dos seis gols da Grifinória. Zacharias
efetivamente
tinha parado de dizer ruidosamente que o dois Weasleys
só estavam lá
porque Harry gostava deles, e começou a falar de Peakes
e Coote.
" Claro que, Coote realmente não é a escolha habitual
para um
batedor," Zacharias disse orgulhoso, " eles têm, geralmente,
um pouco
mais de músculo -"
" Rebata um balaço nele "! Harry disse para Coote quando
ele passou
zunindo, mas Coote sorriu amplamente e escolheu apontar
o próximo
balaço para Harper, que estava passando por Harry na
direção oposta.
Harry ficou feliz ao ouvir o barulho que significava
que o balaço
tinha encontrado seu alvo.
Parecia que Grinfória não poderia fazer nada errado.
Eles marcaram de
novo e de novo, e de novo e de novo, ao fim de outro
lance, Ron
defendeu gols com aparente facilidade. Ele estava sorrindo
de fato
agora, e quando a multidão saudou uma defesa particularmente
boa com
um velho coro favorito de "Weasley é Nosso Rei, " ele
pretendeu regê-
los do alto.
" Ele pensa que é alguém especial hoje, não é "? disse
uma voz
maliciosa, e Harry quase caiu da vassoura quando Harper
colidiu dura
e deliberadamente com ele. " Seu traidor do próprio
sangue
. "
Madame Hooch estava virada e, embora os torcedores da
Grinfória
abaixo gritassem de raiva, até que ela desse uma olhada,
Harper já
estava longe. Com o ombro doendo, Harry voou atrás dele,
determinado
a acertá-lo por atrás. ...
" E eu acho que Harper da Sonserina viu o pomo "! disse
Zacharias
Smith pelo megafone dele. " "Sim, ele viu algo que Potter
não viu,
certamente!
Smith realmente era um idiota, pensou Harry, ele não
os tinha visto
colidir? Mas no momento seguinte, o estômago dele despencou
- Smith
tinha razão e Harry estava errado: Harper não estava
voando para cima
ao acaso, ele tinha avistado o que Harry não viu: O
pomo
estava
acelerando no alto sobre eles, refletindo contra o céu
azul claro.
Harry acelerou; o vento assobiando nas orelhas de forma
que isto
sobrepujou todo o som dos comentários de Smith ou a
multidão,
mas
Harper ainda estava à frente dele, e Grinfória estava
só cem pontos
na frente; se Harper chegasse lá primeiro Grinfória
teria
perdido. . . e agora Harper estava próximo disto, a
mão
dele
estendida. ...
" Oi, Harper "! gritou Harry em desespero. " Quanto
Malfoy
pagou para
vir em vez dele "?
Ele não soube o que o fez dizer isso, mas Harper reduziu;
ele apalpou
o pomo e o deixou deslizar pelos dedos. Harry esticou
para a
minúscula e trêmula bola e a pegou.
"SIM "! Harry gritou. Dando voltas, ele retornou ao
solo,
o pomo
seguro alto na mão dele. Quando a multidão percebeu
o
que tinha
acontecido, um grande grito subiu que quase sobrepujou
o som do apito
que sinalizava o fim do jogo.
" Gina, onde você vai "? gritou Harry que tinha ousado
no meio do
campo para encontrar com o resto do time, mas Gina voou
para além
deles até que , com um estrondo alto, ela colidiu com
o pódio de
comentaristas. A multidão gritou e riu, o time de Grinfória
aterrissou ao lado dos destroços de madeira debaixo
do
qual Zacharias
estava se mexendo,: Harry ouviu Gina dizendo a uma Professora
McGonagall encolerizada, " Esqueci de frear, Professora,
desculpe ".
Rindo, Harry se livrou do resto do time e abraçou Gina,
mas a largou
bem depressa. Evitando o olhar dela, ele cumprimentou
Ron com
tapinhas nas costas, toda a inimizade esquecida, o time
da Grinfória
andando lado a lado e acenando aos torcedores.
A atmosfera no vestiário era jubilosa. " Festa na sala
comunal",
disse Simas! Dino gritou exuberante. " Venha, Gina,
Demelza "!
Ron e Harry foram os últimos a deixar o vestiário. Eles
quase
partiram quando Hermione entrou. Ela estava torcendo
a echarpe da
Grinfória nas mãos e parecia chateada, mas determinada.
" Eu quero
dar uma palavra com você, Harry ". Ela levou respirou
funda. " Você
não deveria ter feito isto. Você ouviu Slughorn, é ilegal
". " O que
vai você fazer, nos entregar "? exigiu Ron. " Do é que
é você dois
estão falando afinal "? perguntou Harry, se virando
para
retirar o
uniforme de modo que nenhum dos dois o visse sorrindo,
" Você sabe
perfeitamente bem sobre o que nós estamos falando!"
disse
Hermione
estridente. " Você colocou no suco de Ron a poção da
sorte no café da
manhã! Felix Felicis "!
" Não, eu não coloquei", Harry disse, virando para ficar
de frente
para eles.
" Sim, você colocou, Harry, e é por isso que tudo deu
certo, faltaram
jogadores da Sonserina e Ron defendeu tudo "!
" Eu não coloquei "! disse Harry sorrindo amplamente.
Ele enfiou a
mão dentro do bolso de jaqueta e tirou a garrafa minúscula
que
Hermione tinha visto na mão dele de manhã. Estava cheia
da poção
dourada e a cortiça ainda estava lacrada firmemente
com
cera. " Eu
queria que Ron pensasse que eu tinha feito isto, assim
eu fingi
quando eu soube que você estava olhando ". Ele olhou
Ron. " Você
defendeu tudo porque você se sentia afortunado. Você
fez tudo por
você ".
Ele guardou a poção novamente.
"Realmente, não havia qualquer coisa em meu suco de
abóbora?"
Ron
disse surpreendido. " Mas o bom tempo. . . e Vaisey
não
poder
jogar. ... Honestamente, eu não tomei nada da poção
da
sorte?"
Harry balançou a cabeça, negando. Ron abriu a boca por
um momento,
então virou para Hermione e imitou a voz dela. " Você
colocou Felix
Felicis esta manhã no suco de Ron e é por isso ele defendeu
tudo!
Veja! Eu posso defender gols sem ajuda, Hermione "!
" Eu nunca disse que você não podia, Ron, você também
pensou que
tinha sido feito isto!
Mas Ron já tinha aberto e saído porta afora com a vassoura
em cima do
ombro dele.
" Er," Harry disse no súbito silêncio; ele não esperava
que o plano
dele terminasse assim, " Vamos para a festa, então "?
" Você vai "! disse Hermione, pestanejando por entre
lágrimas. " Eu
estou cansada de Ron, no momento, eu não sei o que é
que eu
fiz. . . ."
E ela também saiu tempestuosamente para fora do vestiário.
Harry caminhou lentamente através dos terrenos do castelo
pela
multidão, muitos dos quais gritaram parabéns a ele,
mas
ele sentia
uma grande sensação de vazio; ele estava seguro que
se
Ron ganhasse a
partida, ele e Hermione seriam novamente e imediatamente
amigos. Ele
não viu como ele poderia explicar a Hermione que o que
ela tinha
feito para ofender Ron, possivelmente, era o beijo
a
Viktor Krum,
não quando a ofensa tinha acontecido há tanto tempo.
Harry não viu Hermione na festa de comemoração da Grinfória
que
estava no auge quando ele chegou. Alegrias renovadas
e palmas
saudaram o aparecimento dele e ele foi cercado logo
por
uma turba das
pessoas que o felicitavam. Apesar de evitar os irmãos
Creevey que
quiseram uma análise da partida minuto a minuto e um
grupo grande de
meninas que o cercaram e riam dos menos divertidos comentários
dele e
batiam as pálpebras delas, passou algum tempo antes
que
ele pudesse
tentar achar Ron. Afinal, ele se desembaraçou de Romilda
Vance que
estava dando indiretas que gostaria de ir a festa de
Natal de
Slughorn com ele. Quando ele estava indo para a mesa
de bebidas, ele
se dirigiu diretamente para Gina que estava com Arnold,
o Pygmy
Puff, no ombro dela e Bichento que miava esperançosamente
aos pés
dela.
" Procurando Ron "? ela perguntou e sorriu maliciosamente.
" Ele está
ali, o hipócrita imundo.
Harry olhou para canto no qual ela estava indicando.
Lá, para
completa visão da sala comunal, Ron estava abraçado
tão
próximo a
Lilá Brown que era difícil saber que mão era de quem.
" Parece que está comendo o rosto dela, não é "? disse
Gina sem
emoção. " Mas eu imagino que ele deva conseguir melhorar
a técnica de
alguma maneira. Bom jogo, Harry ".
Ela bateu levemente no braço dele; Harry sentiu o estômago
afundando,
entretanto ela caminhou para se servir de mais cerveja
amanteigada.
Bichento trotou atrás dela, os olhos amarelos dele fixos
em Arnold.
Harry foi para longe de Ron que não viu que ele estava
perto, ao
mesmo tempo que o buraco do retrato estava fechando.
Com uma sensação
de pesar, ele pensou ter visto uma juba de cabelo castanho
antes que
o quadro se fechasse.
Ele foi para adiante, evitando Romilda Vance novamente
e empurrou o
retrato da Mulher Gorda. O corredor do lado de fora
parecia
vazio.
"Hermione "?
Ele a achou na primeira sala de aula destrancada que
ele tentou. Ela
estava sentada na escrivaninha do professor, sozinha
com exceção de
um círculo pequeno de pássaros amarelos cantando que
em volta da
cabeça dela que tinha claramente acabado de conjurar.
Harry não pôde
deixar de admirar o trabalho pelo feitiço dela.
" Oh, oi, Harry, " ela disse em uma voz frágil. " Eu
só estava
praticando ".
" Sim. . . eles são - er - realmente bom. ... " disse
Harry.
Ele não tinha nenhuma idéia do que dizer a ela. Ele
estava
desejando
saber se havia alguma chance dela não ter notado Ron
e ter deixado a
sala somente porque a festa estava um pouco desordeira,
quando ela
disse, em um voz incomum, " Ron parece estar desfrutando
as
comemorações ".
" Er. . . ele estava"? disse Harry.
"Não finja que você não o viu", Hermione disse. " Ele
não estava
escondendo exatamente, não é -?"
A porta atrás deles se abriu com estrondo. Para o horror
de Harry,
Ron entrou rindo, puxando Lilá pela mão. ;
" Oh, " ele disse e estreitando os olhas à vista de
Harry
e
Hermione.
"Oops "! disse Lilá e se retirou da sala dando risada.
A porta
fechando bateu atrás dela.
Houve um horrível, denso e constrangedor silêncio. Hermione
estava
encarando Ron que se recusou a olhar, mas disse com
uma
mistura
estranha de desafio e falta de jeito, " Oi, Harry! Queria
saber onde
você estava "!
Hermione saiu de trás da escrivaninha. O pequeno rebanho
de pássaros
dourados continuava cantando em círculos ao redor da
cabeça dela de
forma que ela se parecia um modelo estranho e plumoso
do sistema
solar.
" Você não deveria deixar Lilá esperando, " ela disse
baixo. " Ela
desejará saber onde você foi ".
Ela caminhou lentamente e ereta até a porta. Harry olhou
de soslaio
para Ron que estava aliviado que nada pior tivesse acontecido.
"Oppugno "! Veio um grito agudo da porta.
Harry girou para ver Hermione que apontava a varinha
dela para Ron, a
expressão selvagem: O pequeno rebanho de pássaros estava
acelerando
como balas douradas gordas para Ron que gemeu e cobriu
o rosto com as
mãos, mas os pássaros atacaram, bicaram e arranharam
todo pedaço de
carne que eles podiam alcançar.
"Gerremoffme "! ele gritou, mas com um último olhar
de fúria vingativa, Hermione abriu porta e desapareceu por ela.
Harry pensou
ter ouvido um soluço antes dela bater.
CAPÍTULO 15
A PROMESSA INQUEBRÁVEL
Neve estava caindo mais uma vez contra as janelas frias; o Natal estava
se aproximando rapidamente. Hagrid já havia providenciado as doze
usuais arvores de natal para o Grande Corredor; guirlandas de azevinho e
fitas tinham sido trançadas ao redor dos corrimãos dos degraus; velas
eternas ardiam de dentro dos capacetes das armaduras e grandes ramos de
visco tinha sido pendurado em intervalos ao longo dos corredores. Grupos
grandes de meninas tendiam a convergir debaixo dos ramos de viscotoda
vez que Harru passava, o que causava bloqueios nos corredores; sua sorte,
porém, era que os freqüentes passeios noturnos de Harry tinham lhe dado
um extraordinário conhecimento das passagens secretas do castelo, de
forma que ele, sem muita dificuldade, andava por rotas livres entre as
classes.
Ron que não achava a necessidade destes desvios por ciúmes em lugar de
alegria, simplesmente reagiu com risadas. Assim, Harry preferiu este
riso, era melhor este Ron engraçado, do que o modelo mal-humorado,
agressivo que Harry vinha suportando durante as últimas semanas, Ron
melhorava mas a um alto preço. Primeiramente, Harry teve que aguentar a
presença freqüente de Lavender Brown que parecia considerar qualquer momento
que não estivesse beijando Ron como desperdiçado; e depois, Harry se
achou o melhor amigo de duas pessoas que pareciam que improvavelmente
falariam novamente um ao outro.
Ron, cujo antebraço ainda tinha arranhões e cortes do ataque do pássaro
de Hermione, estava com um tom defensivo e ressentido.
"Ela não pode reclamar", falou para Harry. "Ela namora Krum. Ela acha
que eu não namoraria ninguém também. Bem, é um país livre. Eu não fiz
nada de errado".
Harry não respondeu, mas fingiu estar absorvido no livro que
supostamente teria que ler para a aula de Encantos da manha seguinte
(Quintessência: Uma descoberta). Estava determinado a permanecer amigo de Ron e
Hermione, por isso estava passando muito tempo com a boca bem fechada.
"Eu nunca prometi nada para Hermione ", Ron resmungou. "Quero dizer...
certo, eu ia com ela para a festa de Natal de Slughorn, mas ela nunca
disse... apenas amigos... Eu sou uma pessoa livre..."
Harry virou uma página do Quintessência atento, assistindo Ron. A voz
de Ron arrastava-se como murmúrios, entretanto, pouco audível, abafada
pela crepitação alta do fogo, pensou Harry que pegou as palavras"
Krum" e " não pode reclamar" novamente.
O horário de Hermione estava tão cheio que o Harry só podia falar
direito com ela pela noite. Ron estava, em todo caso, firmemente distraído
com Lavender que, não notou o que Harry estava fazendo. Hermione se
recusou a sentar na sala comunal enquanto Ron estava lá, Assim Harry
geralmente se unia a ela na biblioteca em conversações sussurradas.
"Ele é perfeitamente livre para beijar quem ele gosta", disse Hermione,
enquanto a bibliotecária, Senhora Pince, rondou as estantes atrás
deles. "Eu realmente não me importo mais".
Ela elevou a pena dela e pontilhou um i tão ferozmente que perfurou
um buraco no pergaminho. Harry não disse nada. Ele pensou que a voz dele
seria desnecessária. Ele se curvou um pouco sobre o Fabricação Avançada
de Poções e continuou fazendo notas em Elixires Perpétuos, enquanto
pausava para decifrar as úteis adições úteis do príncipe, sendo auxiliado
pelo texto de Libatius Borage ocasionalmente.
"E incidentemente", disse Hermione, depois de alguns momentos, "você
precisa ter cuidado.
"Pela última vez", disse Harry, falando em um tom ligeiramente rouco
após três quartos de hora de silêncio, "eu não vou devolver este livro.
Eu aprendi mais príncipe mestiço do que Snape ou Slughorn me
ensinariam--"
"Eu não estou falando sobre seu príncipe estúpido", disse Hermione,
dando para o livro um olhar sórdido como se ele tivesse sido rude com a
ela. "Estou falando sobre hoje cedo. Entrei no banheiro das meninas, logo
antes de vir pra cá e lá havia uma dúzia de meninas, inclusive Romilda
Vane, tentando decidir como utilizar em você um filtro amoroso. Tudo
que elas estão esperando conseguir é que você as leve à festa de
Slughorn, e elas parecem ter comprado de Fred e George poções do amor, eu tenho
medo de elas provavelmente trabalha--".
"Por que você não as confiscou então?" Harry exigiu, parecia
extraordinária a mania de Hermione em apoiar as regras, poderia ter abandonado-a
nesta conjuntura.
"Elas não estavam com as poções no banheiro", disse Hermione
desdenhosa. "Elas estavam discutindo táticas. Como eu duvido, o "príncipe
mestiço" ela deu para o livro outro olhar desdenhoso, poderia inventar um
antídoto imediatamente para uma dúzia de filtros amorosos diferentes.
Assim, eu convidaria alguém para ir com você, isso pararia todas que estão
pensando que ainda tem uma chance. Amanha a noite, elas estarão
desesperadas".
"Não há ninguém que eu queira convidar", resmungou Harry, estava
tentando não pensar em Gina por mais que ela pudesse ajudar, apesar do fato
de ela continuar semeando sonhos por Harry, de modo que lhe faziam
aliviadamente grato que Ron não pudesse executar Leitura de mentes.
"Bem, só tenha cuidado com o que você bebe, porque Romilda Vane vai
tentar levar seu plano", disse Hermione severamente.
Ela debruçou em cima do rolo longo de pergaminho, no qual, estava
escrevendo seu ensaio de Aritmancia, e continuou arranhando com sua pena.
Harry a assistia com a mente longe.
"Espere um momento", ele disse lentamente. "Eu pensei que Filch tinha
proibido qualquer coisa comprada dos Artigos de Feitiçaria Weasley?".
"E quando qualquer um se importa com o que Filch proíbe?" Hermione
perguntou, ainda concentrada na composição dela.
"Mas eu pensei que todas as corujas eram rastreadas. Assim como estas
garotas puderam trazer filtros amorosos à escola?".
"Fred e George os enviam disfarçados como perfumes e poções de tosse",
disse Hermione. "Faz parte do serviço de entrega por Corujas deles".
"Você sabe muito sobre isto".
Hermione lhe deu o olhar sórdido que tinha dado há pouco para o livro
de Fabricação Avançada de Poções.
"Estava tudo na parte de trás das garrafas que eles e Gina me mostraram
no verão", ela disse friamente, "eu não passo pondo poções nas bebidas
de pessoas... ou pretendendo o que é ruim da mesma maneira...".
"Sim, bem, não importa", disse o Harry depressa. "O ponto é, Filch está
sendo enganado, não? Estas meninas estão trazendo materiais proibidos a
escola, disfarçados como qualquer outra coisa! Assim por que Malfoy não
poderia ter trazido o colar--?"
"Oh, Harry... de novo não..."
"Vamos...Por que não?" Harry exigiu.
"Olhe", suspirou Hermione, "Sensores de Segredo descobrem amuletos de
má sorte, maldições, e encantamentos, não é? Eles são usados para achar
magia negra e seus objetos. Eles teriam apanhado uma maldição poderosa,
como a do colar, em segundos. Mas algo que é posto em garrafa errada
não--de qualquer maneira filtros amorosos não são nenhuma magia negra
perigosa---".
"Fácil para você, dizer isso" murmurou Harry, enquanto pensava em
Romilda Vane.
"-- estaria fora do alcance de Filch perceber que isto não era uma
poção de tosse, ele não é um feiticeiro muito bom, eu duvido que ele possa
conhecer uma poção de--".
Hermione parou estarrecida; Harry tinha ouvido também. Alguém tinha se
movido atrás deles entre as estantes escuras. Eles esperaram, e
momentos depois, viram o semblante de Senhora Pince como um vulto aparecendo
no canto do corredor, suas bochechas afundadas dela, a pele como
pergaminho, e o nariz curvo longo dela iluminavam-se fracamente pelo abajur
que ela estava carregando.
"A biblioteca está agora fechada", ela disse, "Você deve devolver
qualquer qualquer coisa que você pegou emprestada--o que você faz com este
livro, menino depravado?"
"Não é a biblioteca, é meu!" disse o Harry apressadamente, enquanto
arrebatava seu Fabricação Avançada de Poções da mesa, ela se apressou e o
pegou com uma mão de garras.
"Deteriorado!" ela assobiou. "Profanado, sujo!"
"É apenas um livro que foi rabiscado!", disse Harry, enquanto arrancava
o livro dela.
Ela olhou como se fosse ter um ataque apoplético; Hermione, que tinha
empacotado as coisas dela apressadamente, agarrou Harry pelo braço e o
fez marchar para fora da biblioteca.
"Ela o proibirá da biblioteca se você não tiver cuidado. Por que você
tinha que trazer aquele livro estúpido?".
"Não é minha pela falta que ela está latindo furiosa, Hermione. Ou você
pensa que ela não escutou que estávamos sendo rudes com Filch? Eu
sempre achei que havia algo entre eles...".
"Oh, ha ha.."
Desfrutando o fato que eles pudessem falar normalmente de novo, eles
retornaram ao longo dos corredores desertos iluminados pelos abajur para
a sala comunal, discutindo se Filch e Senhora Pince poderiam estar
secretamente apaixonados.
"Bugigangas" disse Harry à Senhora Gorda, isto que é a contra-senha
nova, festiva.
"Mesmo a você", disse a senhora gorda com um sorriso mau, e ela
balançou para admitir a entrada.
"Oi, Harry"! disse Romilda Vane, no momento em que ele apareceu pelo
buraco de retrato. "Aceita um gelinho?".
Hermione o deu um "O-que-eu-falei-a-você?" por sobre os ombros.
"Não, obrigado", disse Harry depressa. "Não gosto muito".
"Bem, leve estas de qualquer maneira", disse Romilda, enquanto
empurrava uma caixa nas mãos dele. "Caldeirões de chocolate", têm sabores
neles. Meus avós os enviaram a mim, mas eu não gosto".
"Oh--certo--muito obrigado." disse Harry que não pôde pensar em mais
nada para dizer. " Er-eu estava vindo pra cá com..."
Ele se apressou atrás de Hermione, seguindo a voz dela.
"Lhe falei", disse sucintamente Hermione, "Quanto mais cedo você
convidar alguém, mais cedo elas vão deixá-lo em paz e você pode--".
Mas de repente a face dela ficou branca; ela tinha visto há pouco Ron e
Lavender sentados na mesma poltrona.
"Bem, boa noite, Harry" disse Hermione, entretanto eram só sete horas
da noite, e ela foi para o dormitório feminino sem nenhuma outra
palavra.
Harry foi para cama confortando-se que havia mais um único dia de
lições, e após a festa de Slughorn, ele e Ron partiriam juntos para a Toca.
Parecia impossível agora que Ron e Hermione fizessem as pazes antes dos
feriados, mas talvez, de alguma maneira, o afastamento lhes daria tempo
para se tranqüilizar e pensar melhor nos seus comportamentos...
Mas as esperanças dele não eram muitas, e diminuíram ainda mais depois
de suportar uma aula de Transfiguração com os dois no dia seguinte.
Eles tinham entrado em um tópico extremamente difícil de transfiguração
humana; trabalhando em frente a espelhos, onde tentavam mudar a cor das
próprias sobrancelhas. Hermione riu indelicadamente quando Ron
desastrado, em sua primeira tentativa, conseguiu se dar um enorme bigode
espetacular de alguma maneira; Ron retaliou fazendo uma expressão cruel, mas
precisa de Hermione, quando ela mexia-se no assento toda vez que
Professora McGonagall fazia uma pergunta. Lavender e Parvati acharam muito
divertido, e Hermione reduziu-se a beira de lágrimas novamente. Ela correu
para fora da sala de aula ao toque do sino, deixando para trás suas
coisas; Harry, decidindo que a necessidade dela era maior que a de Ron
agora, recolheu os pertences dela e a seguiu.
Quando ele a alcalçou finalmente, ela entrou no banheiro feminino do
andar de baixo. Foi acompanhada por Luna Lovegood que estava batendo
levemente em suas costas.
"Oh, oi, Harry," disse Luna. " Você sabe que uma de suas sobrancelhas
esta amarela?".
"Oi, Luna. Hermione, você deixou seus materiais..."
Ele ofereceu os livros dela.
"Oh, sim", disse Hermione, em uma voz sufocada, carregando suas coisas
e se virando depressa para esconder o fato que estava esfregando os
olhos com sua lapiseira. "Obrigado, Harry. Bem, melhor eu voltar..."
E ela se apressou, sem dar qualquer tempo a Harry para oferecer
palavras de conforto, entretanto ele devia admitir que não havia pensado em
nada.
"Ela esta um pouco transtornada," disse Luna. "Eu achava no princípio
que era a Murta gemendo, mas encontrei Hermione. Ela disse algo sobre
Ron Weasley...".
"Sim, eles tiveram um desentendimento", disse Harry.
"Ele às vezes diz coisas engraçadas, não?" disse Luna quando partiram
juntos ao corredor. "Mas ele pode ser um pouco indelicado. Eu notei ano
passado".
"Eu suponho", disse Harry. Luna estava demonstrando a destreza habitual
de falar verdades incômodas; ele nunca tinha conhecido qualquer pessoa
como ela. "Você está tendo um bom período?".
"Oh, está tudo certo", disse Luna. "Um pouco só sem Gina por perto,
entretanto. Ela parou dois meninos em nossa Transfiguração, depois
chamando-me de Loony outro dia--"
"Você gostaria de vir hoje à noite à festa de Slughorn comigo?".
As palavras estavam fora da boca de Harry antes de ele as pudesse
parar; ele se ouviu as dizer como se fosse a fala mais estranha.
Luna virou os olhos protuberantes a ele, surpresa.
"A festa de Slughorn? Com você?" "Sim," disse Harry," é comum convidar
alguém, pensei que você poderia gostar.. Eu quero dizer..." Ele não
estava conseguindo deixar suas intenções perfeitamente claras. "Eu quero
dizer, como amigos, você sabe. Mas se você não quiser...". Como que já
esperasse ela não querer.
"Oh não, eu amaria ir com você, como amigos!" disse Luna, irradiando
como nunca ele tinha visto antes. "Ninguém nunca me convidou a uma festa
antes, como um amigo! Você tingiu sua sobrancelha, para a festa? Eu
deveria tingir a minha também?" "Não" Harry disse firmemente, "Isso foi um
engano. Eu pedirei que Hermione conserte isto para mim. Assim te
encontro então no corredor de entrada às oito horas".
"AHA!" gritou uma voz, e ambos saltaram; aparecia de repente Pirraça,
que estava pendurando de cabeça para baixo em um lustre e estava
sorrindo maliciosamente para eles.
"Potty convidou Loony para ir a festa ! Potty ama Loony! Potty aaaaama
Looooony!"
E ele zuniu gargalhando corredor a fora e gritando,"Potty ama Loony!"
"Obrigada por manter as coisas privadas", disse o Harry. E certamente,
num instante toda a escola parecia saber que o Harry Potter estava
levando Luna Lovegood à festa de Slughorn.
"Você poderia ter levado qualquer uma!" disse Ron em descrença no
jantar. "Qualquer uma! E você escolheu Loony Lovegood?"
"Não chame ela assim, Ron!" disse Gina, parando atrás de Harry
unindo-se aos amigos. "Eu estou realmente alegre por você está levando-a Harry,
ela esta tão entusiasmada".
E ela mudou de mesa para sentar-se com Dean. Harry tentou se sentir
contente em saber que Gina estava alegre por ele estar levando Luna à
festa, mas não podia administrar isto totalmente. Longe deles na mesa,
Hermione estava sentada só, brincando com seu guisado. Harry notou Ron
olhando furtivamente para ela.
"Você poderia dizer que está arrependido", sugeriu Harry abruptamente.
"O que, e é atacado por outro rebanho de canários?" Ron murmurou.
"Por que você teve que imitá-la?".
"Ela riu do meu bigode!".
"Assim eu fiz também, era a coisa mais estúpida que já vi."
Mas o Ron não parecia ter ouvido; Lavender tinha chegado há pouco com
Parvati. Se apertando entre o Harry e Ron, Lavender arremessou os braços
ao redor do pescoço de Ron.
"Oi, Harry", disse Parvati que, como Harry, olhou um pouco envergonhada
e enfadou-se com o comportamento dos dois amigos.
"Oi", disse Harry, "Como você está? Você vai ficar Hogwarts, então? Eu
ouvi que seus pais queriam que você partisse".
"Eu consegui os convencer a ficar" disse Parvati. "Aquela Katie
realmente apavorou eles, mas como não ocorreu qualquer coisa desde... Oh, ola,
Hermione"!
Parvati irradiou positivamente. Harry poderia contar que ela estava se
sentindo culpada por ter rido de Hermione em Transfiguração. Ele deu
uma olhada e viu que Hermione estava de volta radiante, até mesmo mais
brilhante. Meninas às vezes eram muito estranhas.
"Oi, Parvati"! disse Hermione, enquanto ignorava Ron e Lavender
completamente. "Você vai hoje à noite para a festa de Slughorn?"
"Nenhum convite", disse Parvati tristemente. "Eu amaria ir, no
entanto... parece que vai ser realmente boa... Você vai, não é?".
"Sim, eu vou encontrar Cormac às oito, e nós vamos -"
Houve um barulho como uma rolha que está sendo retirada de uma pia
bloqueada, e Ron apareceu. Hermione agiu como se ela tivesse visto ou
ouvido qualquer coisa.
"- nós estamos indo a festa juntos."
"Cormac?" disse Parvati. "Cormac McLaggen, você quer dizer?"
"Este mesmo" disse Hermione docemente. "O que *quase* - ela pôs muita
ênfase na palavra - tornou-se Rebatedor de Grifinoria".
"Você está saindo com ele, então?" Parvati perguntou, olhos
arregalados.
"Oh - sim - você não soube?" disse Harmione, com uma
não-pertencente-a-Hermione risadinha.
"Não!" disse Parvati, enquanto parecendo impaciente por esta fofoca.
"Wow, você gosta de seus jogadores de Quadribol, não? Primeiro Krum,
então McLaggen..."
"Eu gosto de * realmente bons * jogadores de Quadribol", Hermione a
corrigiu, enquanto sorria. "Bem, nos vemos... Vou indo me preparar para a
festa...".
Ela partiu. Imediatamente Lavender e Parvati se consultaram mutuamente
para discutir este novo acontecimento, em tudo que elas tinham ouvido
falar alguma vez de McLaggen, nunca teriam adivinhado sobre Hermione.
Ron parecia estranhamente branco e não disse nada. Harry foi levado a
ponderar em silêncio, o que as meninas fariam em resposta.
Quando ele chegou no corredor de entrada às oito horas que noite, ele
achou um número extraordinariamente grande de meninas que espreitavam,
todos pareciam estar encarando recentidamente quando chegou Luna. Ela
estava usando um conjunto de lantejoulas prateadas que estava atraindo
uma certa quantia de risadinhas dos espectadores, mas em todo caso ela
parecia bastante agradável. Harry estava alegre, ela tinha deixado seus
brincos de rabanete, o colar com o copo de cerveja amanteigada, e o
espectroscópio dela.
"Oi" ele disse. "Vamos?"
"Oh sim", ela disse felizmente. "Onde está a festa?"
"No escritório de Slughorn", disse Harry, enquanto a conduzia pela
escadaria marmórea longe de todos o fitando e murmurando. "Você ouviu, é
provável que um vampiro esteja vindo?"
"Rufus Scrimgeour?" Luna perguntou.
"Eu - O que? disse Harry, desconcertado. "Você quer dizer o Ministro da
Magia?".
"Sim, ele é um vampiro", disse Luna inteirada do assunto. "Papai
escreveu um artigo muito longo sobre isto, quando Scrimgeour assumiu o lugar
de Cornelius Fudge, mas ele foi forçado a não publicar por alguém do
Ministério. Obviamente, eles não quiseram que a verdade vazasse!"
Harry, pensou que fosse improvável Rufus Scrimgeour ser vampiro, mas
acostumado com as visões estranhas do pai de Luna acerca dos fatos, não
respondeu; eles já estavam se aproximando do escritório de Slughorn, e
os sons de risada, música, e conversação alta, estavam crescendo mais a
cada passo que eles davam.
Se tinha sido construído assim, ou se ele tivesse usado algum artifício
mágico para fazê-lo, o escritório de Slughorn era muito maior que os
escritórios de professor habituais. Tinham sido drapejados, o teto e
paredes com esmeralda, rubis, e toques de ouro, de forma parecida a uma
vasta tenda. O quarto era abarrotado e sufocante, uma luz vermelha fixa a
um abajur dourado fazia parte do elenco, ornado, oscilando no centro do
teto no qual fadas reais estavam tremulando, como pintas brilhantes de
luz. Um som alto, acompanhado pelo que parecia bandolins soando em um
canto distante; uma neblina de fumaça, vinda de um tubo pendurado em
cima de vários feiticeiros anciãos que conversavam ao fundo, e vários
duendes estavam serviam de modo deles pela imensidão de joelhos,
obscurecidos pelas travessas prateadas pesadas de comida que eles estavam
carregando, de forma que eles se parecia pequenas mesas perambulando.
"Harry, meu garoto!" Slughorn falava, quase assim que Harry e Luna
apareceram pela porta. "Entre tantas pessoas eu gostaria de encontrar
você!".
Slughorn estava usando um chapéu aveludado ornado com bolas para
combinar com sua jaqueta. Agarrou o braço de Harry tão firmemente que poderia
ter desaparatado com ele, Slughorn o conduziu cheio de intentos na
festa; Harry agarrou a mão de Luna e a arrastou junto com ele.
"Harry, eu gostaria que você conhecesse Eldred Worple, um antigo aluno
meu, o autor de Os Irmãos consangüíneos: Minha Vida Entre os Vampiros -
e, claro que, o amigo dele Sanguini".
Worple que era um pequeno, robusto, um homem grande, agarrou a mão de
Harry e a sacudiu entusiasticamente; o vampiro Sanguini era alto e
emagrecia com as sombras escuras debaixo dos olhos, somente acenou com a
cabeça. Ele olhou bastante enfadado. Um grupo de meninas estava se
levantando perto dele, parecendo curioso e entusiasmado.
"Harry Potter, eu simplesmente estou encantado!" disse Worple, enquanto
investigava discretamente a testa de Harry. "Eu estava dizendo a
Professor Slughorn outro dia, Onde estah a biografia de Harry Potter que
todos nos estamos esperando?"
"Er," disse o Harry," você disse?"
"Modesto da mesma maneira que Horace descreveu!" disse Worple.
"Mas seriamente",-a maneira dele de falar mudou; ficou repentinamente
em um tom de negócios-" me seria um prazer escrever isto - as pessoas
almejam saber mais sobre você, querido, almejam! Se você estiver
preparado para me conceder algumas entrevistas, digo sessões de quatro ou cinco
horas, nós poderíamos ter um livro pronto dentro de meses. E tudo com
muito pouco esforço de sua parte, eu o asseguro - pergunte para Sanguini
se não for totalmente - Sanguini, fique aqui!" Worple disse,
repentinamente duro, para o vampiro que estava drigindo-se para perto do grupo de
meninas, com um olhar bastante faminto. "Aqui, distraia-se com isto",
disse Worple, enquanto agarrava um duende que passava e ou deu na mão de
Sanguini antes de voltar a dar atenção para Harry. "Meu querido, o ouro
que poderíamos fazer, você não tem idéia-".
"Eu definitivamente não estou interessado", disse o Harry firmemente,
"e vi há pouco uma amiga minha, com licença". E puxou Luna depois dele
na multidão; ele realmente tinha só visto uma longa juba de cabelo
marrom desaparecer entre o que se parecia dois membros dos Irmãos Estranhos.
"Hermione! Hermione!".
"Harry! Ai está você, graças! Oi, Luna"!
"O que aconteceu?" Harry perguntou, para Hermione que parecia
distintamente desordenada, como se tivesse com uma moita de Armadilha de Diabo.
"Oh, eu há pouco escapei - eu quero dizer, eu deixei Cormac", ela
disse. "Debaixo do visco", ela somou em explicação, quando Harry continuou
olhando para ela questionando-a.
"Você estava vindo com ele", ele lhe falou severamente. "Eu pensei que
isso aborreceria Ron", disse Hermione desapontada. "Eu pensei durante
algum tempo em Zacharias Smith, mas, em geral-"
"Você considerou o Smith?" disse Harry, revogando.
"Sim, considerei, e estou começando a desejar tê-lo escolhido, McLaggen
faz Grawp parecer um cavalheiro. Estranho, só vim perceber quando
estávamos vindo, ele é tão alto...." Os três dirigiram-se para o outro lado
do salão, atropelando duendes no caminho, percebendo que Professora
Trelawney estava pó lá sozinha.
"Oi," disse Luna educadamente a Professora Trelawney.
"Boa noite, minha querida", disse Professora Trelawney, enquanto
focalizava Luna com alguma dificuldade. Harry podia sentir o cheiro de licor
novamente. "Eu não a vi ultimamente em minhas aulas...".
"Não, eu estou com Firenze este ano," disse Luna.
"Oh, claro", disse Professor Trelawney brava, rindo como bêbado. "Ou
Dobbin, prefiro pensar nele. Você poderia ter pensado, ou não, que agora
que volto a escola Professor Dumbledore liberaria este cavalo? Mas
não... nós compartilhamos aulas. . . . É um insulto, francamente, um
insulto. Você sabe..." Professor Trelawney parecia bastante alterada para ter
reconhecido Harry.
Debaixo das críticas furiosas dela a Firenze, Harry chamou Hermione a
um canto e disse, "Deixe eu te perguntar. Você está planejando para
falar Ron que você interferiu nas provas de Rebatedor?".
Hermione elevou as sobrancelhas dela. "Você realmente acha que fiz
isso?"
Harry olhou seriamente para ela. "Hermione, você pode perguntar para
McLaggen-"
"Há diferenças", disse Hermione com dignidade. "Eu não tenho nenhum
plano para contar para Ron, ou qualquer coisa sobre que possa, ou não ter
acontecido no teste para a seleção de Rebatedores.
"Bom", disse o Harry fervorosamente. "Porque se ele falhar novamente,
nós perderemos a próxima partida-".
"Quadribol!" disse Hermione furiosamente. "é com isso que todos os
meninos se preocupam? Cormac não me perguntou uma única coisa, não, eu há
pouco fui tratada como A Grande Salvação Feita por Cormac McLaggen
interrompendo-se -oh não, ai vem ele!" Ela se moveu tão rápido que era
como se tivesse desaparatado; em um momento tinha se colocado entre duas
bruxas rindo tinha desaparecido.
Viu Hermione?" McLaggen perguntou, forçando-se pela multidão.
"Não, desculpe", disse o Harry, e ele se virou para conversar com Luna
depressa, esquecendo durante um segundo a quem ela estava falando.
"Harry Potter!" disse Professora Trelawney em tons fundos, vibrantes,
notando-o pela primeira vez.
"Oh, oi", disse Harry sem entusiasmo.
"Meu querido!" Ela disse em um sussurro. "Os rumores! As histórias! O
Escolhido! Claro que, eu já sabia há tempo.... Os presságios nunca
eram bons, Harry. . . Mas por que você não se inscreveu em Adivinhação?
Para você, entre todas as pessoas, o assunto é da extrema importância!"
"Ah, Sybilla, todos nós pensamos que nosso assunto é mais importante!"
disse uma voz alta, e Slughorn apareceu a Professora Trelawney pelo
outro lado, a face dele muito vermelha, o chapéu aveludado um pouco
obliquo, um copo de mead em uma mão e um enorme pedaço de torta na outra.
"Mas eu não acho que haja algo tão natural quanto Poções!" disse Slughorn,
dirigindo a Harry um aficionado olhar. "Instintivo, você sabe- como a
mãe dele! Eu só ensinei alguns tipos de habilidade, e eu já posso lhe
falar, Sybilla - quando apareceu Severus- para o horror de Harry.
Slughorn lhe passou o braço e parecia puxar o magro Snape pelo ar para perto
deles. "Deixe de se esconder e venha, Severus!", dizia Slughorn
alegremente. "Eu estava falando sobre capacidade excepcional de Harry em
fabricar poções! Algum crédito você tem que ter, claro, você o ensinou
durante cinco anos!"
Acanhado, com os braços de Slughorn ao redor dos ombros dele, Snape
olhou para baixo de seu nariz curvo para Harry, os olhos pretos
estreitaram. "Engraçado, eu sempre tive a impressão que nunca consegui ensinar
qualquer coisa para Potter".
"Bem, então, é habilidade natural!" Slughorn gritou. "Você deveria ter
visto fez, primeiro lição, Esboço de Morte Viva - nunca vi um resultado
melhor de estudante em uma primeira tentativa, acho que nem você,
Severus-".
"Serio?" disse Snape, os olhos dele ainda grudados em Harry que sentia
uma certa inquietação, calado. A última coisa que ele queria era Snape
começando a investigar a fonte do brilho recém descoberto dele em
Poções.
"Que outras matérias você está cursando, Harry?" Slughorn perguntou.
"Defesa Contra as Artes das Trevas, Encantos, Transfiguração,
Herbologia...".
Em resumo, "todos os assuntos requeridos para um Auror," disse Snape
zombando languidamente.
"Sim, bem, é isso o que eu gostaria de fazer," disse Harry
desafiadoramente.
"E um grande você será!" Slughorn prosperou.
"Eu não penso que você deveria ser um Auror, Harry," disse Luna
inesperadamente. Todo mundo olhou para ela. "O Aurores fazem parte da
Conspiração de Rotfang, eu pensei que todo mundo soubesse isso. Eles estão
planejando derrubar o Ministério de Magia que usando combinação de Magia
Negra e outras armas".
Harry respirou fundo e baixou a cabeça. Pensou se realmente, tinha
valido trazer Luna. Emergiu, tossindo, sem jeito, mas ainda sorrindo, ele
viu algo que reanimou seu espírito: Draco Malfoy sendo arrastado pela
orelha em direção a eles por Argus Filch.
"Professor Slughorn", ofegou Filch, o ar de queixas e a luz maníaca da
descoberta nos olhos inchados dele, "eu peguei este menino espreitando
um corredor do andar superior. Ele diz ter sido convidado a sua festa e
ter partido atrasado. Você realmente o convidou?".
Malfoy se livrou das garras de Filch, parecendo furioso. "Não, eu não
fui convidado!" ele disse furiosamente. "Eu estava tentando entrar,
feliz agora?".
"Não, não estou! disse Filch, numa declaração de extrema vantagem
estampada em sua face. "Você está em apuros, isso sim! As ordens superiores
mandam não rondar por ai, a menos que você tenha permissão, não e, eh"?
-"Certo, Argus estah certo" disse Slughorn, "É Natal, e não é um crime
querer vir a uma festa. Então , nós esqueceremos qualquer castigo; você
pode ficar, Draco.
A expressão de furiosa decepção de Filch era perfeitamente
compreensível; mas por que, Harry queria saber, observando Malfoy, ele parecia
quase igualmente infeliz? E por que Snape olhava Malfoy como se estivesse
bravo e. . . Seria possível? ... levemente amedrontado? Mas antes de
Harry registrar o que ele tinha visto, Filch tinha se virado e saído,
resmungando ruidosamente; Malfoy recompôs o rosto com um sorriso e estava
agradecendo a Slughorn por sua generosidade e o rosto de Snape exibia
novamente uma calma inescrutável.
" Não é nada, nada," Slughorn disse, renunciando ao agradecimentos de
Malfoy. " Eu conheci seu avô, afinal de contas...."
" Ele sempre falou muito bem sobre você, senhor," Malfoy disse
depressa. " Disse que você era o melhor para fazer poções que ele havia
conhecido. ..."
Harry encarou Malfoy. Não era vê-lo puxando saco que o intrigava; ele
tinha visto Malfoy fazer isso por muito tempo com Snape. Era o fato de
Malfoy ter, afinal de contas, um olhar um pouco doente. Era a primeira
vez em que ele tinha visto Malfoy agir como um idoso; agora ele reparou
que Malfoy tinha sombras escuras debaixo dos olhos e uma cor
distintamente cinzenta de pele.
" Eu gostaria de ter uma palavra com você, Draco," Snape disse de
repente.
" Agora, Severus," Slughorn disse soluçando novamente, " Por Cristo,
não seja muito duro-"
" Eu sou o Diretor da Casa dele e eu decidirei quão duro, ou caso
contrário, gentil devo ser", Snape disse." Siga- me, Draco ".
Eles partiram, Snape a frente com Malfoy parecendo ressentido. Harry
esperou um momento, irresoluto, então disse, " Eu voltarei daqui a
pouco, Luna - er - banheiro ".
" Certo, " ela disse distraída e ele pensou tê-la ouvido, quando se
apressou para longe da multidão, retomar o assunto da Conspiração de
Rotfang com a Professora Trelawney que parecia genuinamente interessada. Era
fácil, uma vez fora da festa, retirar a Capa da Invisibilidade do bolso
dele e colocá-la por cima, no corredor completamente vazio. O mais
difícil era achar Snape e Malfoy. Harry correu pelo corredor, o ruído dos
pés disfarçados pela música e conversa alta que ainda saia do escritório
de Slughorn atrás dele. Talvez Snape tivesse levado Malfoy ao
escritório dele nos calabouços... ou talvez ele o estivesse escoltando para a
sala comunal da Sonserina ... Harry encostava a orelha de porta em porta
pelo corredor até que, com um grande sobressalto de excitação, ele se
abaixou para o buraco da fechadura da última sala de aula no corredor e
ouviu vozes.
." . . não pode cometer erros, porque se você for expulso -"
" Eu não tive nada a ver com isto, certo "?
" Eu espero que você esteja contando a verdade, porque isso foi tolo e
desajeitado. Você já é suspeito de ter uma mão nisto ".
" Quem suspeita de mim"? disse Malfoy furiosamente. " Da última vez, eu
não fiz nada, certo? Aquela garota, Bell, deve ter algum inimigo e não
sabe - não me olha como se eu gostasse disso! Eu sei o que você está
fazendo, eu não sou estúpido, mas não trabalhará - eu posso parar você!"
Houve uma pausa e, então, Snape disse baixo, " Ah. . . Tia Bellatrix
tem lhe ensinado Oclumência, eu vejo. Que pensamentos estará você
tentando esconder de seu mestre, Draco"?
" Eu não estou tentando esconder qualquer coisa dele, eu só não o quero
se intrometendo! Harry ainda apertou mais a orelha contra a fechadura.
. . . O que teria acontecido para fazer Malfoy falar a Snape assim -
Snape, para quem ele tinha mostrado sempre respeito e tinha até mesmo
gostado?
" Então, é por isso que você tem me evitado? Você temeu minha
interferência? Você percebeu isso, tendo faltado e não veio a meu escritório
quando eu tinha lhe dito repetidamente para ir lá, Draco -"
" Então, me ponha em detenção! Informe para Dumbledore "! zombou
Malfoy.
Houve outra pausa. Então Snape disse, " Você sabe perfeitamente que eu
não posso ou desejo fazer qualquer uma dessas coisas ".
" Você agiria melhor parando de dizer me para ir ao seu escritório!
" Escute me", Snape disse, a voz dele tão baixa agora que Harry teve
que encostar a orelha dele bem forte contra a fechadura para ouvir. " Eu
estou tentando ajudar. Eu jurei a sua mãe que eu o protegeria. Eu fiz o
Voto Inquebrável, Draco -"
" Vocês terão que quebrar isto, então, porque eu não preciso de sua
proteção! É meu trabalho, ele deu isto para mim e eu estou fazendo, eu
tenho um plano e vou cumprir, só está levando um pouco mais de tempo que
eu pensei que iria "!
" Qual é seu plano "?
" Não é assunto seu"!
" Se você me contar o que você está tentando fazer, eu posso ajudar..."
" Eu tenho toda a ajuda de que preciso, obrigado, eu não estou só "!
" Você estava sozinho, certamente, esta noite, na qual foi tolo ao
extremo, vagando pelos corredores sem vigia ou auxilio, estes são erros
elementares -"
"Eu teria Crabbe e Goyle comigo se você não os tivesse posto em
detenção!"
"Controle sua voz! brigou Snape, para Malfoy que tinha subido sua voz
excitadamente. "Se seus amigos Crabbe e Goyle pretendem passar a coruja
pela defesa contra as artes das trevas, eles precisarão trabalhar
melhor do que eles estão fazendo apes-"
"O que importa?" disse Malfoy. "Defesa Contra as Artes das trevas
-parece piada, não é, um ato? Como se algum de nós precisasse dessa Defesa-"
"Este passo é crucial para nosso sucesso, Draco"! disse Snape. "Onde
você acha que eu teria chegado todos estes anos, se eu não soubesse agir?
Agora me escute! Você está sendo descuidado, vagando à noite, se for
pego, e se você está colocando sua confiança em assistentes como Crabbe e
Goyle-"
"Eles não são os únicos, tenho outras pessoas a meu lado, pessoas
melhores!".
"Então por que não confia em mim, e eu posso-"
"Eu sei como você é! Você quer roubar minha glória!"
Houve outra pausa, então Snape disse friamente, "Você está falando como
uma criança. Eu entendo totalmente que a prisão de seus pais o
transtornou, mas-"
Harry teve um segundo apenas para alertar-se; ele ouviu os passos de
Malfoy no outro lado da porta e se arremessou para fora no momento em que
a porta estourou abrindo. Malfoy estava descendo o corredor, para além
da porta aberta do escritório de Slughorn, e sumiu por um canto
distante, longe da vista. Quase não ousando respirar, Harry permaneceu
abaixado ate Snape deixar lentamente a sala de aula. Com uma expressão
desconcertada, ele voltou à festa. Harry ficou no chão, escondeu-se perto de
uma armadura, com a mente em uma grande corrida.
CAPÍTULO 16
UM NATAL MUITO GELADO
"Então, Snape estava se oferecendo para ajudá-lo? Ele estava
definitivamente se oferecendo para ajudá-lo?"
"Se você perguntar isso mais uma vez." disse Harry," Eu vou pegar
esse galho d broto-"
"Eu só to checando!"disse Rony. Eles estavam parados sozinhos na
cozinha da Toca afundando as cascas na montanha de brotos da Sra.
Weasley. A neve estava forte em direção a janela na frente deles.
"Sim, Snape estava se oferecendo para ajudá-lo!"disse Harry." Ele
disse que prometeu para sua mãe que iria protegê-lo, isso porque ele
fez um voto inquebrável ou alguma coisa parecida-"
"Um voto inquebrável?" disse Rony, olhando espantado."Nem, ele não
pode ter...você tem certeza?"
"Sim, eu tenho," falou Harry."Por que, O que isso significa?"
"Bem, você não pode quebrar um voto inquebrável...." Eu estive
trabalhando fora muito até para mim mesmo, engraçadamente demais. " O
que acontece se você quebra isso?
"Você morre" disse Rony simplesmente."Fred e George tentaram me pegar
para fazer um quando eu tinha mais ou menos uns 5 anos. Eu quase fiz
isso também, eu estava pegando com as mãos e tudo com o Fred quando
papai achou a gente. Ele saiu do sério," disse Rony, com chamas nos
olhos dele. "Foi a única vez que vi papai tão zangado quanto a mamãe,
Fred contou que a nádega esquerda dele nunca mais voltou a ser a
mesma desde então".
"É, bem, pensando melhor, na nádega esquerda do Fred-"
"Eu te imploro o seu perdão?" disse a voz de Fred e os gêmeos
entraram na cozinha.
"Aaah, George, olhe isso. Eles estão usando facas e tudo. Abençoe
eles."
" Eu vou ter dezessete daqui a pouco" falou Rony mal-humorado" e daí
eu vou ser capaz de fazer isso com magia, ta!"
"Mas por enquanto," disse George, sentando na mesa da cozinha e
colocando seu pés também," nós podemos nos divertir olhando você
demonstrar a forma correta de usar a - whoops-a-daisy!"
"Você me fez fazer isso!" disse Rony furioso,sugando seu polegar
cortado, "espere até eu ter dezessete -"
"Eu tenho certeza que você ia se deslumbrar todo com a nossa, até
agora, insuspeita habilidade mágica," bocejou Fred.
"E falando de até agora insuspeita habilidade, Ronald," falou
George, "O que é isso que ouvimos da Gina sobre você e a sua jovem
senhorita chamada-onde ate a nossa informação não falta - Lilá Brown?"
Rony ficou um pouco vermelho, mas não olhou ofendido quando ele
retornou para os brotos."Opine sobre seus negócios."
"Que resposta mais rude," falou Fred. "Eu realmente não sei como você
pensa sobre elas. Não, O que nós queremos saber é.como aconteceu?"
"Como assim?"
"Ela sofreu algum acidente ou algo parecido?"
"QUE?!?!
"Bem, Como ela consegue sustentar tal grande dano no cérebro? Tenha
cuidado, agora!"
A Sra. Weasley entrou na sala bem na hora de ver Rony arremessar a
faca de cortar broto em Fred, quem transformou isso num aviãozinho de
papel com um toque "preguiçoso" de sua varinha.
"RONY!" ela falou furiosa."Não quero nunca mais ver você atirando
facas de novo!"
"Eu não ," disse Rony "ele vai ver só," ele controlou sua respiração,
e se virou para a montanha de brotos.
"Fred, George, me desculpem, queridos, mas Remo está chegando hoje à
noite, assim que a conta terá que espremer dentro do quarto com você
dois."
"Nenhum problema," disse George.
"Então, porque Carlinhos não está vindo para casa, que deixa apenas
Harry e Rony no sótão, e se as coisas de Fleur ficassem com a Gina"e
fizessem o natal de Gina" murmurou Fred.
"Todos ficariam confortáveis. Bem, elas têm que irem para cama, em
todo o caso" disse a Sra. Weasley, soando ligeiramente incomodada.
"Percy definitivamente não mostra a sua cara feia, então?" Fred
perguntou.
A Sra. Weasley pensou um pouco antes de responder. "Não, ele está
ocupado, eu espero, no ministério."
"Ou é maior mentira do mundo," disse Fred, e a Sra. Weasley deixou a
cozinha. " um dos dois, Bem, vamos começar indo, então, George."
"O que vocês dois vão fazer?", disse Rony pedindo. "você podia nos
ajudar com esses brotos? Você poderia apenas usar sua varinha e então
nós estaremos livres também!"
"Não, eu penso que nós não podemos fazer isso," disse Fred
seriamente "é um material muito construtivo, aprendendo a descascar
brotos sem mágica, faz com que você aprecia como é difícil para os
trouxas a abortos,e se você quiser pessoas que te ajudem,
Rony "adicionou George, jogando o avião de papel nele,"eu não
lançaria facas neles. Apenas uma pequena sugestão. Nós vamos ficar
fora da vila, há uma menina muito bonita que trabalha na loja de
papel que pensa que meus truques de cartão são algo maravilhoso. .
quase como a mágica real... "
"Seu Idiota!" disse Rony sobriamente, prestando atenção a Fred e a
George que estavam se sentando através da neve. "Você poderia fazer
durante 10 segundos e nós faríamos o resto?
"Eu não poderia," disse Harry. "eu prometi Dumbledore que eu não
faliria nada de errado enquanto estiver aqui."
"Ah, sim," disse Rony e descascou mais alguns brotos,"me diga então,
você vai dizer para Dumbledore o que você ouviu entre Snape e Malfoy
disseram?"
"Aham," disse Harry "eu vou dizer a qualquer um que pode lhe pôr um
batente, e no alto da lista de Dumbledore . Eu pude dar falar uma
palavrinha com seu papai" "piedade, você não ouviu o que os Malfoy
fazem realmente, embora." "eu não poderia ter feito, eu poderia ?
Aquele era o exato momento, ele estava se recusando a dizer Snape."
Se passou um momento ou dois de silêncio, depois Ron disso,"Claro!,
você sabe o que papai e Dumbledore vão dizer? Dirão que Snape não
está tentando realmente ajudar a Malfoy, ele estava é tentando
encontrar o que Malfoy quer."
" Mas eles não o ouviram dizer" disse Harry . "ninguém é tão bom ator
assim, muito menos o Snape"
"é. . . Eu já estou dizendo, embora" disse Rony.
Harry girado para enfrentá-lo, "você pensa que eu estou certo, não é?"
"Sim, eu acho!" disse Rony rapidamente. "é serio, eu acho! Mas todos
pensam que ele é fiel a ordem e tudo, não é?"
Harry não disse nada. Tinha-lhe ocorrido já que seria a objeção mais
provável a sua nova evidência ; poderia ouvir Hermione agora.
Obviamente, Harry, estava pensando em fingir oferecer ajuda, assim
poderia enganar Malfoy fazer com que ele conte o que está
acontecendo. . . Isso era pura imaginação, entretanto, porque não
tinha tido nenhuma oportunidade de dizer a Hermione o que ele tinha
em mente. Ela desapareceu da festa de Slughorn antes de ele retornar,
ou algo assim, tinha sido informado por um McLaggen irado, e ela já
tinha ido para o quarto àquela hora. Enquanto ele e Rony tiveram que
sair, para a Toca, cedo naquele dia, tinha mal tido tempo para
desejar-lhe um feliz natal e para dizer que tinha uma notícia muito
importante quando eles começaram a voltar do feriado. Não era
totalmente certo que o tinha ouvido, embora, Rony e Lilá tiveram um
adeus completamente não verbal.
Ainda, até mesmo Hermione não poderia negar uma coisa: Malfoy estava
definitivamente fazendo algo, e Snape sabia o que era, então Harry
sentiu que estava inteiramente justificado em dizer "eu te disse,
então" o qual já tinha feito várias vezes com Rony.
Harry não teve nenhuma chance de falar com o Sr. Weasley, que
trabalhava muitas longas horas no ministério, até a noite de natal.
Os Weasleys e seus convidados estavam sentados na sala de estar, a
qual Gina tinha decorado tão prodigamente que era melhor que se
sentar em uma explosão de paper-chain .
Fred, George, Harry, e Rony eram únicos que sabiam que o anjo no alto
da árvore era na verdade um gnomo de jardim que mordeu Fred no
tornozelo quando ele colheu as cenouras para o jantar de natal.
Estupefato, pintado de ouro, apertado em uma sainha de bailarina e
com pequenas asas coladas às suas costas, ele envergonhou-se diante
de todos, esse era o anjo mais feio que Harry já tinha visto, com uma
cabeça careca e grande como uma batata e uns pés particularmente
cabeludo.
Todos foram escutar uma transmissão de natal, que era feita pela
cantora favorita da Sra. Weasleys, Celestina Warbeck, cuja a voz saia
muito alta de dentro do radio de madeira. Fleur, que achou Celestina
muito maçante, estava falando tão alto no canto da sala que a
Sra .Weasley lhe lançou um olhar de fúria e, com a sua varinha
apontou, para o volume do radio aumentando-o, de modo que a voz de
Celestina crescesse mais ruidosamente.
Sob a tampa de um número particularmente animado chamado "um
caldeirão cheio e quente, forte de amor," Fred e Jorge começaram uma
partida de Snap Explosivo com Gina. Ron manteve olhares discretos
para Gui e Fleur, esperando escolher alguma coisa acima para
derrubar. Entrementes, Remo Lupin, que estava mais magro e tinha o
olhar agudo de sempre, estava sentado ao lado do fogo, olhando
fixamente em suas profundidades, como se não pudesse ouvir a voz de
Celestina.
"O Oh, vem agitar meu caldeirão, e se você fizer isso direito, eu
fervê-lo-ei acima de um amor mais forte e quente para mantê-lo morno
hoje à noite".
"Nós dançávamos isso quando nós tínhamos dezoito!" disse a Sra.
Weasley, limpando seus olhos no seu tricô,"você se lembra, Arthur?"
"Mphf?" disse o Sr.Weasley, cuja a cabeça estava assentido sobre o
satsuma que estava descascando."Ah sim, que maravilhosa música... .
Com um esforço, sentou um pouco mais reto e olhando ao redor para
Harry, que estava sentando ao lado dele.
"Me desculpe sobre isso," disse, apontando sua cabeça para o radio
enquanto Celestina cantava o refrão."vai acabar logo."
"Sem problema," disse Harry, sorrindo. "tem tido muito trabalho no
Ministério?"
"Muito," disse o Sr. Weasley"eu não me importaria de se nós
ficássemos em qualquer lugar, mas das três apreensões que nós fizemos
nos últimos meses, Eu suspeito que um deles é um genuíno comensal da
morte -só não comente isso, Harry," ele adicionou rapidamente,
parecendo muito mais acordado de repente.
"Ainda não prenderam Stanilaus, não é?" perguntou Harry.
"Eu temo que sim," disse o Sr. Weasley. "eu sei que Dumbledore foi
apelar diretamente a Quim sobre Stan... .Quero dizer, qualquer um que
realmente o entrevistou concorda que ele é um comensal da morte
quanto este satsuma... mas os superiores querem ver se estão fazendo
algum progresso, e três sons das apreensões é melhores do que
três apreensões e liberações equivocadas . . . mas ainda ,isso é
segredo dos superiores-"
"Eu não direi nada," disse Harry.
Ele hesitou por um momento, procurando saber qual era melhor maneira
de dizer o que ele queria falar; conforme ele estava organizando seus
pensamentos, Celestina Warbeck começou uma canção chamada "Você
seduziu diretamente o coração fora de mim."
"Sr. Weasley, você entendeu o que eu lhe disse lá na estação da-?"
"Eu verifiquei isso, Harry," disse o Sr. Weasley . "eu fui procurar
na casa dos Malfoy. Não havia nada, nem quebrado ou inteiro, que não
deve ter estado lá."
"Sim, eu sei, vi no Profeta que você olhou. . . mas isso é algo
diferente. . . Bem, algo mais... "
Ele disse ao Sr. Weasley tudo que ele ouviu por acaso entre Malfoy e
Snape, conforme Harry foi contando, ele viu a cabeça de Lupin se
virar um pouco mais para ali, captando cada palavra. Quando ele
terminou de contar, havia um silêncio, com exceção da canção da
Celestina("Oh, meu coração pobre, aonde foi? Me deixou por um
encanto...")
"Isso te ocorreu, Harry," disse Sr. Weasley, "que Snape estava
simplesmente fingindo --?"
"Fingindo oferecer a ajuda, de modo que pudesse encontrar o que
Malfoy esta fazendo?"Harry disse rapidamente. "Sim, eu pensei que
você diria isso. Mas como nós podemos ter certeza?"
"Não é nosso negócio a saber," disse o Lupin inesperadamente. Tinha
girado sua parte traseira no fogo e agora e estava enfrentado Harry
através do Sr. Weasley. "é negócio de Dumbledore. Dumbledore confia
em Severo, e isso deve ser o suficiente para todos nós."
"Mas," disse Harry, "só disse -eu só disse que Dumbledore pode ter
cometido um erro sobre Snape"
"As pessoas vivem dizendo isso, muitas vezes. Isso vale se você
confia no julgamento de Dumbledore. Eu confio ; conseqüentemente,
confio em Severo."
"Mas Dumbledore pode cometer erros," Harry argumentou. "disse ele
mesmo. E você "-- olhou o Lupin em linha reta no olho --" você,
honestamente, gosta de Snape?"
"Eu não gosto nem desgosto de Severo," disse o lupin. "Não, Harry, eu
estou falando a verdade," ele adicionou, enquanto Harry fez uma
expressão cética. "nós nunca seremos amigos do peito, talvez; após
tudo que aconteceu entre Thiago e Sirius e Severo, há muita amargura.
Mas eu não me esqueço de que durante o ano que eu ensinei em
Hogwarts, Severo fazia a poção de Mata-cão todo mês para mim, fazendo
corretamente, de modo que eu não tinha que sofrer como eu normalmente
sofro a na lua cheia."
"Mas, acidentalmente" disse Harry " deixou escapar que você é um
lobisomem, assim você teve que ir embora!"disse Harry irritadamente.
Lupin deu de ombros, "a notícia escaparia de qualquer maneira. Nós
sempre soubemos que ele quis meu trabalho, mas poderia ter
descarregado sua raiva alterando a poção, o que teria me causado
danos maiores. Ele manteve-me saudável. Eu devo ser grato."
"Talvez não ousou criar problemas com a poção porque o Dumbledore
está de olho nele!" falou Harry.
"Você está determinado a odiá-lo, Harry," disse Lupin com um sorriso
fraco,"e eu compreendo; Thiago é seu pai e Sirius é seu padrinho,
você herdou um preconceito velho. Apesar de tudo diga a Dumbledore o
que disse à Arthur e para mim, mas não o espere que ele compartilhe
de seu ponto de vista; não espere que ele se surpreenda por você lhe
dizer isso. Pode ter sido ordens de Dumbledore que Snape esteja
questionando Draco."
( . . e você tem rasgado completamente,separadamente, e eu te
agradecerei por me devolver meu coração"! Celestina terminou sua
canção em uma nota muito longa, berrante e em um aplauso alto emitido
fora do rádio, que a Sra. Weasley se juntou entusiasmadamente.
"Issso terrmino?"disse Fleur alto,"Obirrigado meu Deus ,que coisa
mais horrrivel"
"Vamos tomar mais uma bebida, então?"perguntou alto o Sr.Weasley,
dando um salto. "Quem quer gemada?"
"O que tem acontecido ultimamente?" perguntou Harry para Lupin,
enquanto o Sr.Weasley se apressou para buscar a gemada, e o todos se
esticaram e a conversa começou.
"Oh, eu estive no subterrâneo," disse Lupin. "quase literalmente.É
por isso que eu não pude escrever, Harry; emitir-lhe letras seria
algo de um traidor."
"o que você quer dizer com isso?"
"eu tenho vivido entre meus companheiros, meus semelhantes," disse
Lupin.
"Lobisomens," adicionou,ao ver o olhar de incompreensão ."quase todos
estão no lado de Voldemort. Dumbledore quis um espião e aqui eu
estava. . . pronto para tudo."
Soou um pouco amargo, e talvez realizou-o, porque sorriu mais
calorosamente quando continuou, "eu não estou me queixando; é um
trabalho necessário e quem melhor fazê-lo do que eu? Entretanto, foi
difícil ganhar a confiança deles. Eu carrego os sinais de ter tentado
viver entre os bruxos, para você ver, visto que evito a sociedade
normal e vivo nas margens, roubando -- e matando às vezes para comer."
"Como eles vieram a gostar de Voldemort?"
"Pensam que, sob seu domínio, terão uma vida melhor," disse Lupin. "e
é duro discutir com o Greyback lá fora.
"Quem é Greyback?"
"Você não ouviu falarem dele?" As mãos de Lupin fecharam-se
compulsivamente em roupa. "Fenrir Greyback é, talvez, o lobisomem o
mais selvagem vivo hoje. A honra da missão de sua vida e morder e
contaminar tantas pessoas quanto for possível; ele quer criar muitos
lobisomens para superar os bruxos. Voldemort prometeu-lhe a rapina no
retorno para seus serviços. Greyback especializa-se nas crianças. . .
Morder jovens, disse ele, e educando-os afastados de seus pais,
levando-os a odiar os bruxos normais. Voldemort tem ameaçado levar os
lobisomens a atacaremos filhos e as filhas das pessoas; e essa ameaça
geralmente produz bons resultados."Lupin pausou e então disse, "foi
Greyback que me mordeu."
"O que?!"disse Harry surpreso. "quando - quando você era um garoto,
você quer dizer?"
"Sim. Meu pai tinha ofendido ele. Eu não sabia, por um longo tempo, a
identidade do lobisomem que me tinha atacado; Eu senti pena dele,
pensando que ele não tinha tido nenhum controle, sabendo ,então por
ele, que o fraco se transforma. Mas Greyback não é como aquele. Na
lua cheia, posiciona-se perto das vítimas, assegurando-se de que
esteja perto o bastantes para golpear. Ele planeja tudo. E este é o
homem que Voldemort está usando de marechal para controlar os
lobisomens. Eu não posso fingir que meu tipo particular de argumento
racional está fazendo muito progresso contra a insistência de
Greyback que nós, os lobisomens merecem sangue, que nós devemos nos
vingar das pessoas normais."
"Mas você é normal!"disse Harry ferozmente,"você apenas tem um-um
problema"
Lupin caiu na gargalhada."às vezes você me lembra muito o Thiago. Ele
chamou-o de "meu pequeno problema cabeludo e companhia". Muitas
pessoas tiveram a impressão que eu possuía um coelho mal comportado."
Aceitou um copo de gemada do Sr. Weasley com uma palavra de
agradecimento, olhando ligeiramente mais animado, Harry, entrementes,
sentiu-se mais feliz. Esta última menção na lembrança de seu pai fez
Harry se lembrar que havia algo que ele estava ansiosa para perguntar
para Lupin.
"Você já ouviu falar de alguém chamado de o príncipe mestiço?"
"Mestiço o que?"
"Príncipe," disse Harry, prestando atenção nos sinais de
reconhecimento dele
"Não há nenhum príncipe entre os bruxos ," disse o lupin, sorrindo
agora. "é este o título que você pensar de adotar? Eu pensei que o
escolhido seria bastante."
"Não é nada a ver comigo!"disse Harry indignado."o príncipe mestiço é
alguém que costuma ir para Hogwarts, eu achei um livro velho de
poções. Ele escreveu feitiços em todo o livro, feitiços que ele
inventou. E um deles se chama Levicorpos
"Oh Levicorpus, esse foi uma grande moda durante o meu tempo em
Hogwarts" disse lupin"houve alguns meses em meu quinto ano em que
você não poderia se mover se não seria içado no ar por seu tornozelo."
"Meu pai usou isso," disse Harry. "eu vi ele na Penseira, ele usou em
Snape." Tentou fazer com que soa-se ocasional, como se este era um
comentário sem nenhuma importância real, mas ele não tinha certeza se
tinha o efeito que ele queria; O sorriso de Lupin era de compreensão.
"Sim," disse, "mas não era único. Como eu disse, era muito
popular. . . Você sabe estes feitiços indo e vindo.
"Mas soa como ele era quando você estava na escola,"Harry insistiu.
"Não necessariamente" disse Lupin "Feitiços entram e saem de moda
como todas as coisas"Ele olhou para a face de Harry e então disse
calmamente "Thiago era um puro sangue, Harry, e eu prometo a você,
ele nunca pediu a nós para chamá-lo de `Príncipe".Abandonando a
pretensão, Harry disse "E não era Sirius? Ou você?""Definitivamente
não""Oh" Harry encarou o fogo. "eu apenas pensei - bem, ele me ajudou
muito nas aulas de Poções, o Príncipe" "Quanto tempo tem essa livro,
Harry?""Eu não sei, Eu nunca chequei""Bem, talvez isto te dê uma dica
de quando o Príncipe esteve em Hogwarts" disse Lupin.Pouco depois
disso, Fleur decidiu imitar Celestina cantando "Um caldeirão cheio de
quente, forte amor" o que pendeu a atenção de todos, um vez que eles
ficaram vislumbrados. A expressão da Sra. Weasley, dava a pista que
era hora de ir para a cama. Harry e Ron escalaram até o sótão quarto
de Ron, quando uma cama de acampamento foi adicionada para Harry.
Ron caiu no sono quase que imediatamente, mas Harry procurou em seu
baú e o puxou sua copia de "Fazendo Poções Avançadas" antes de ir
para a cama. Onde ele virava as páginas, procurando até que ele
finalmente encontrou, na frente do livro a data em que ele foi
publicado. Isto foi quase cinqüenta anos atrás. Nenhum de seus pais,
ou amigos de seus pai, esteve em Hogwarts cinqüenta anos atrás. Se
sentindo desapontando, Harry jogou o livro de volta no baú, desligou
a lâmpada e se virou na cama pensando em lobisomens e Snape, Stan
Shunpike e o Príncipe Mestiço, e finalmente caiu em um sono
preocupado cheio de sombras rastejantes e o choro de crianças
mordidas.
"Ela deve estar brincando..."Harry acordou com o começo de achar uma
saliente meia comprida saindo de sua cama. Ele colocou seus óculos e
olhou em volta. A pequena janela quase completamente obstruída pela
neve e na sua frente, Ron estava sentando
"O que é isso?" perguntou Harry"Isto veio de Lavender" disse soando
revoltado. "Ela adquiriu pensando honestamente que eu usaria..."Harry
olhou mais de perto e soltou muitas risadas. Balançando onde o colar
em largas letras douradas tinha as palavras "Meu amor""Legal" ele
disse "Na moda. Você devia definitivamente usar isto na frente de
Fred e George""Se você contar a eles,"Ron disse, tirando o colar de
vista, por baixo de seu travesseiro, "Eu - Eu - Eu vou -""Gaguejar
para mim?" disse Harry gargalhando. `Vem cá, você acha-?"Como ela
pode pensar que eu gostaria de algo com isto, de alguma forma? Ron
precisou de um pouco de ar, olhando particularmente chocado.
"Bem, pense" disse Harry "Você já deixou um bilhete que você gostaria
de sair em publico com as palavras `meu amor em volta do
pescoço"?"Bem... nós realmente não conversamos mundo" disse
Ron "Principalmente sobre..."
"Namoro" disse Harry."Bem, sim" disse Ron. Ele hesitou por um
momento, então disse, "Hermione está saindo com o McLaggen?"
"Não sei," disse Harry. "Eles foram na festa do Slughorn juntos, mas
não acho que tenha ido tão bem."
Ron parecia ligeiramente mais alegre enquanto vestia mais
profundamente sua meia. Os presentes de Harry incluíam um suéter com
um grande Espião Dourado trabalhando na frente, feito a mão pela Sra.
Weasley, uma caixa grande do Feiticeiro ofegante dos Weasleys
produtos dos gêmeos, e um ligeiramente úmido, cheirando mofo pacote
que veio com um rótulo para o Mestre, De Kreacher.(Monstro)Harry
encarou aquilo. "Você considera seguro abrir isto?" ele
perguntou. "Não pode ser nada perigoso, todos nosso correios ainda
está sendo examinados pelos Ministério," respondeu o Ron, entretanto
ele estava olhando o pacote suspeitosamente."Eu não pensei em dar.
Pessoas normalmente dão para aos seus elfos domésticos presentes de
Natal?" perguntou Harry, cutucando o pacote cuidadosamente.
"Hermione vai," disse o Ron. "Mas vamos esperar e vê o que é antes de
você começar sentimento culpado."Um momento depois, Harry deu um
grito alto e saltou fora da cama de acampamento dele; o pacote
continha um número grande de larvas de inseto. "Agradável," disse o
Ron, enquanto rugia com risadas. "Muito pensativo."
"Eu os preferiria ter isso que aquele colar," disse Harry, o que
sossegou Ron mais uma vez.Todo o mundo estava usando suéteres novos
quando todos eles se sentaram para o almoço de Natal, todo o mundo
menos Fleur (em quem, se apareceu, Sra. Weasley não tinha querido
desperdiçar um) e a própria Sra. Weasley, que estava ostentando um
novo chapéu de bruxa azul noite brilhante com que pareciam pequenos
brilhantes diamantes e um espetacular colar dourado. O "Fred e George
os deram para mim! Eles não estão bonitos?" .: "Bem, nós achamos que
nós apreciamos você cada vez mais, Mamãe, agora que nós estamos
lavando nossas próprias meias," disse o George, enquanto acenando com
a mão no ar. "Parsnips, Remus"."Harry , você tem uma larva de inseto
em seu cabelo," disse Gina alegremente, enquanto apoiava na mesa para
tirar isto; Harry sentiu arrepios na nuca que não tinham nada a ver
com a larva de inseto. " Ow, horrível" disse Fleur, com um pequeno
tremor afetado.
"Sim," não é? disse Ron. "Molho, Fleur"?
Para ajudar, ele jogou a tigela de molho no ar; Gui pegou sua varinha
e o molho planou no ar e voltou humildemente a tigela. "Você é tão
ruim quanto Tonks," disse Fleur a Ron, quando ela tinha terminado de
beijar o Gui agradecendo.
"Ela sempre está batendo-"
"Eu convidei a querida Tonksa hoje," disse Sra. Weasley, fixando
abaixo as cenouras com força desnecessária e luzindo a Fleur. "Mas
ela não deve vir. Você falou ultimamente com ela, Remus"?
"Não, eu não entrei muito em contato com qualquer pessoa," disse
Lupin. "Mas Tonks tem a própria família dela para ir, não tem?"
"Hmmm," disse Sra. Weasley. "Talvez. Eu tive a impressão que ela
estava planejando passar o Natal só, de fato".
Ela deu para Lupin um olhar aborrecido, como se isso fosse sua culpa
dela ela estava adquirindo Fleur para uma nora em vez de Tonks, mas
Harry, olhando pela Fleur que agora estava alimentando Gui com
pedaços de peru usando o seu próprio garfo, pensou que Sra. Weasley
estava lutando uma batalha longo perdida.
Porém, lhe fizeram lembrar de uma pergunta que ele teve com respeito
a Tonks, e quem melhor perguntar que Lupin, o homem que conhece tudo
sobre Patronos?
O Patronus de Tonks" mudou sua forma," ele lhe falou. "Snape disse
tão de qualquer maneira. Eu não soube que isso pudesse acontecer. Por
que seu Patronus mudaria?"
Lupin levou um tempo mastigando seu peru e engoliu antes de dizer
lentamente," Às vezes... um grande choque... uma reviravolta
emocional ..." "Parecia grande, e teve quatro pernas," disse o Harry,
pego por repentina pensamento e abaixando a voz dele. "Ei... não pôde
ser-?"
"Arthur!" dito Sra. Weasley de repente. Ela tinha levantado da
cadeira dela; a mão dela foi apertada em cima do coração dela e ela
estava fitando fora da janela de cozinha. "Arthur-é Percy!"
"O que?"
Sr. Weasley deu uma olhada. Todo o mundo olhou depressa para a
janela; Gina lutava por um lugar melhor. Lá, seguro bastante, era
Percy Weasley, parado próximo do jardim com neve, seus óculos de
armação de chifre com suas bordas dele refletindo na luz solar.
Porém, ele não estava só.
"Arthur, ele está-ele está com o Ministro!"
E seguro bastante, o homem que o Harry tinha visto no Profeta Diário
estava seguindo junto com Percy, mancando ligeiramente, a juba dele
de cabelo ficando cinzento e a capa preta manchada com neve. Antes de
qualquer coisa que eles poderiam falar e dizer, O Sr. e Sra. Weasley
trocaram olhares, a porta dos fundos abriu e lá estava de pé Percy.
Havia o silêncio doloroso de um momento. Então Percy disse com
bastante rigor," Feliz Natal, Mãe".
"Oh, Percy!" disse Sra. Weasley, e ela se lançou nos braços dele.
Rufus Scrimgeour parou na entrada, sorrindo como ele observou esta
cena afetando.
"Você tem que perdoar esta intrusão," ele disse, quando Sra. Weasley
olhou para ele, enquanto irradiando e esfregando os olhos
dela. "Percy e eu estávamos na redondeza-trabalhando, você sabe-e ele
não pôde resistir de vir até aqui e ver a todos.
Mas Percy mostrou nenhum sinal de querer cumprimentar qualquer um do
resto da família. Ele estava de pé, e reto e olhando desajeitado, e
fitou todos por cimas das cabeças. Sr. Weasley, Fred, e George
estavam todos observando-o, olhar duro.
"Por favor, entre, se sente, Ministro"! tremulado Sra. Weasley,
endireitando o chapéu dela. Tenha um pequeno purkey, ou algum
tooding. ... Eu quero dizer-"
"Não, não, minha querida Molly," disse Scrimgeour.Harry adivinhou que
ele tinha conferido o nome dela com Percy antes de eles entrassem na
casa. "Eu não quero intrometer, não estaria aqui nada se Percy não
tivesse querido ver você tão duramente. . . ."
"Oh, Percy!" disse Sra. Weasley em pranto, alcançando até o
beijar.". , . Nós só ficaremos uns cinco minutos, assim eu terei um
passeio ao redor da jardim enquanto você fica com Percy. Não, não, eu
o asseguro eu não quero me intrometer! Bem, se qualquer pessoa se
preocupasse em me mostrar seu charmoso jardim . . . Ah este jovem
terminou, por que ele não dá uma volta comigo?"
A atmosfera ao redor da mesa mudou perceptivelmente. Todo mundo olhou
de Scrimgeour a Harry. Ninguém parecia achar a pretensão de
Scrimgeour que de não saber o nome de Harry convincente, ou acha
natural que ele tivesse sido escolhido acompanhar o Ministro ao redor
do jardim quando Gina, Fleur, e George também estavam pratos limpos.
"Sim, certo," disse o Harry no silêncio. Ele não foi enganado; pela a
conversa de todo o Scrimgeour que eles há pouco tinham estado na área
que Percy quis ver a família dele, esta deve ser a real razão que
eles tinham vindo, de forma que Scrimgeour poderia falar só com
Harry."Está bem," ele disse quietamente, quando ele passou por Lupin
que meio levantou de sua cadeira. "Ótimo," ele acrescentou, quando
Sr. Weasley abriu a boca para falar.
"Maravilhoso!" disse Scrimgeour, enquanto esperou para Harry passar
pela porta à frente. "Nós apenas levaremos um tempo no jardim, e
Percy e eu iremos. Continue, todo o mundo"!
Harry caminhou para o outro lado do jardim enorme, coberto de neve
dos Weasleys, Scrimgeour que mancava ligeiramente ao lado dele. Ele
teve, o Harry soube, sido Chefe do escritório de Auror; ele parecia
duro e marcado com uma cicatriz, muito diferente de Fudge digno no
chapéu de coco dele.
"Encantando," disse Scrimgeour, enquanto parava à cerca de jardim e
olhando fora em cima do gramado nevado e as plantas
indistinguíveis. "Encantando." Harry não disse nada. Ele sabia que
Scrimgeour estava o observando.
"Eu quis conhecê-lo durante um tempo muito longo," disse Scrimgeour,
depois de alguns momentos. "Você soube isso?"
"Não," disse Harry sinceramente.
"Oh sim, durante um tempo muito longo. Mas Dumbledore tem protegido
muito você," disse Scrimgeour. "Natural, claro que, natural, depois
do pelo qual você passa ou. . . . Especialmente o ao qual aconteceu
no Ministério...":
Ele esperou por Harry dizer algo, mas o Harry não obrigou,: assim ele
continuou," eu tenho esperado para uma ocasião para falar com você
desde que eu obtive um escritório, mas Dumbledore tem- de formar
compreensível, como digo eu-prevendo isto."
Ainda, o Harry não disse nada, esperando.
"Os rumores que voaram ao redor!" disse Scrimgeour. "Bem, claro que,
ambos sabemos como estas histórias são torcidas... todos estes
sussurros de uma profecia. . . de você sendo o Escolhido. . ."Eles
estavam chegando perto agora, Harry: o motivo de Scrimgeour estar
aqui.
"Eu presumo que Dumbledore discutiu estes assuntos com você"?,
Harry deliberou, enquanto desejando saber se ele deveria mentir ou
não. Ele deu uma olhada às pequenas impressões de gnomo ao redor dos
canteiros de flores, desgaste do remendo que marcou a mancha onde o
Fred tinha pegado o gnomo que usa o goro agora ao topo da árvore de
Natal. Finalmente, ele decidiu contar a verdade... ou um pedaço dela.
"Vocês tem, vocês tem. . ." disse Scrimgeour. Harry poderia ver,
forado canto do olho dele, Scrimgeour piscando para ele, então ele
fingiuestar muito interessado em um gnomo que tinha cutucado há pouco
sua cabeça fora de debaixo de um rododentro congelado.
"E o que Dumbledore lhe contou, Harry"?"Desculpe, mas isso é entre
nós," disse Harry. Ele manteve a voz dele tão agradável quanto ele
pôde, e o tom de Scrimgeour, também,estava claro e amigável quando
disse ,
" Oh, claro que, se for uma pergunta de confianças, eu não quereria
que você divulgasse. . . não, não... e em todo caso, realmente
importa se você é o Escolhido ou não?"Harry teve que ponderar
durante alguns segundos antes de responder. "Eu realmente não sei o
que você quer dizer, Ministro"."Bem, a você importará enormemente
claro" disse Scrimgeour com um riso. "Mas para a maioria da
comunidade mágica. .. Isto toda a percepção é, não é? É que pessoas
acreditam que isso é importante."Harry não disse nada. Ele pensou ele
viu, vagamente, onde elesestavam encabeçando, mas ele não ia ajudar
para Scrimgeour a chegar lá. O gnomo debaixo do rododentro estava
cavando agorapara lombrigas a suas raízes, e o Harry manteve os olhos
dele fixadosnisto.
As "pessoas acreditam que você é o Escolhido, você vê," disse
Scrimgeour. "Eles o pensam que você é um herói - o qual, claro que,
você forma, Harry, sendo escolhido ou não! Quantas vezes aquele-que-
não-deve-ser-nomeado você enfrentou agora? De qualquer maneira" ele
apertou, sem esperar por uma resposta, " o ponto é, você é um símbolo
de esperança para muitos, Harry. A idéia que há alguém lá fora que
poderia ser capaz, que poderia ser destinado até mesmo, a destruir
Ele-quem-dever-não-ser-nomeado-bem, naturalmente, dá um animo para as
pessoas. E eu não posso ajudar mas posso sentir que, uma vez que você
perceber isto, você poderia considerar isto, bem, quase um dever, se
levantar ao lado do Ministério, e dá para todo o mundo um apoio."
O gnomo há pouco tinha conseguido adquirir com a garra uma lombriga.
Estava arrastando fortemente, tentando sair com o bicho do chão
congelado. Harry estava num silencio tão longo que Scrimgeour disse
olhando de Harry para o gnomo,
" Engraçadinhos, eles não são? Mas o que o diz, Harry"?
"Eu não entendo o que você quer exatamente," disse Harry
lentamente. " Se levante ao lado do Ministério. . . O que
significa" isso?
"Oh, bem, nada oneroso, eu o asseguro," disse Scrimgeour. "Se você
que fosse visto dentro e fora do Ministério, de vez em quando, Isto
daria a impressão certa. E claro que, enquanto você estiver lá, você
teria a oportunidade para falar com Gawain Robards, meu sucessor como
cabeça do escritório de Auror. Dolores Umbridge me falou que você
aprecia uma ambição para se tornar um Auror. Bem, isso poderia ser
organizado muito facilmente. ..."
Harry sentia tanta raiva que borbulha na cova do estômago dele: Assim
Dolores Umbridge ainda estava ao Ministério, ela era?
"Tão basicamente," ele disse, como se ele há pouco quis clarear
alguns pontos," você gostaria de dar a impressão que eu estou
trabalhando para o Ministério?"
"Daria uma erguida para todo o mundo pensar que você está mais
envolvido, Harry," disse Scrimgeour, enquanto soando aliviaram que
aquele Harry teve cama harmonizada tão depressa em. " O Escolhido,
você sabe. . . Isso daria as pessoas esperança, o sentimento espere,
o sentimento que coisas emocionantes estão acontecendo..."
"Mas se eu continuar correndo dentro e fora do Ministério," disse
Harry, enquanto ainda pretendia manter sua voz amigável," isso não
parecerá como se eu aprovasse o que o Ministério faz? "
"Bem," disse Scrimgeour, ficando carrancudo ligeiramente," bem, sim,
isso é em parte por que nós gostaríamos-"
"Não, eu não penso que neste trabalho," disse Harry agradavelmente.
"Você vê, eu não gosto de algumas das coisas que o Ministério está
fazendo. Prendendo Stan Shunpike, por exemplo".
Scrimgeour não falou imediatamente mas sua expressão endureceu por um
momento . "Eu não esperaria que você entendesse," ele disse, e não
obteve sucesso em manter a raiva afastada da voz dele como Harry
tinha feito. "Estes são tempos perigosos, e certas medidas precisam
ser levadas. Você tem dezesseis anos-"
"Dumbledore está muito mais velho que dezesseis, e não pensa que Stan
deveria estar em Azkaban também" disse Harry. "Você está fazendo Stan
parecer um bode expiatório, como há pouco, igualmente, você desejou
me fazer de mascote."
Eles olharam para um ao outro, longamente e duramente. Finalmente
Scrimgeour disse, sem pretensão ou entusiasmo," eu vejo. Você
prefere - como seu herói, Dumbledore - se desassociar do Ministério?"
"Eu não quero ser usado," disse Harry.
"Alguns diriam que é seu dever a ser usado pelo Ministério!"
"Sim, e outros poderiam dizer é seu dever conferir que as pessoas são
realmente Comensais da Morte antes de você os atirar na prisão,"
disse Harry, sua têmpora subindo agora. "Você está fazendo o que
Barto Crouch fez. Vocês nunca fazem isso certo, as pessoas, você faz?
Fingindo ser todo adorável enquanto as pessoas são assassinadas bem
debaixo do nariz dele, ou nós o temos, atirando as pessoas erradas em
prisão e tentando o fingir que têm "O Escolhido" trabalhando para
você!"
"Assim você não é o Escolhido?" dito Scrimgeour.
"Eu pensei que você tinha dito que não se importa com isso?" disse
Harry, com um riso amargo. "Não para você de qualquer maneira."
"Eu não deveria ter dito aquilo," disse Scrimgeour depressa. "Era
indiscreto -"
"Não, era desonesto," disse Harry. "Um das únicas coisas honestas que
você disse a mim: Você não se preocupa se ficar vivo ou morto, mas
você se preocupa que eu lhe ajudo a convencer todo o mundo que você
está ganhando a guerra contra Voldemort. Eu não esqueci, Ministro...."
Ele levantou o punho direito dele. Lá, marcado, brilhando em branco
na parte de trás da mão dele, estavam as cicatrizes que Dolores
Umbridge tinha o forçado a esculpir na sua própria carne: eu não devo
contar mentiras.
"Eu não me lembro de você estar apressando a minha defesa quando eu
estava tentando contar para todo o mundo que Voldemort estava de
volta. O Ministério não era tão afiado a ser meu amigo o ano passado."
Eles se levantaram num silêncio tão frio quanto o chão em baixo dos
pés deles. O gnomo tinha conseguido desembaraçar a lombriga dele e
finalmente estava a chupando felizmente, apoiando contra as filiais
de ((bottommost??) do arbusto de ( rododentro?). "O que Dumbledore
faz? Disse Scrimgeour bruscamente. "Onde ele vai quando fica ausente
de Hogwarts?"
"Não tenho idéia," disse Harry.
"E você não me falaria se soubesse," disse Scrimgeour," Falaria?"
"Não, não falaria" disse o Harry.
"Bem, então, eu terei que ver se eu não posso descobrir através de
outros meios."
"Você pode tentar," disse Harry indiferentemente. "Mas você parece
ser mais esperto do que Fudge, assim eu teria pensado que você teria
aprendido algo. Ele tentou interferir em Hogwarts. Você pode ter
notado que ele é não é mais ministro, mas Dumbledore ainda é o
diretor. Eu deixaria Dumbledore sozinho, se fosse você."
Houve uma pausa longa.
"Bem, está claro para mim que ele fez um trabalho muito bom com
você," disse Scrimgeour, os olhos dele frio e duro atrás dos óculos
dele, " o homem de Dumbledore através e através de você, você não é,
Potter?"
"Sim, eu sou," disse o Harry. "Contente nós arrumamos isso fora."
E virando para o Ministro da Magia, ele entrou de volta na casa.
CAPÍTULO 17
UMA MEMÓRIA LENTA
No fim da tarde, alguns dias depois do Ano Novo, Harry, Ronny e Gina formaram uma fila ao lado do fogo da cozinha para o retorno à Hogwarts. O Ministério arranjou
uma conexão pela rede de pó de Flu para o retorno rápido e seguro dos alunos à escola. Somente a Srª. Weasley estava lá para se despedir, já que o Sr Weasley, Fred,
Jorge, Gui e Fleur voltaram ao trabalho. A Srª Weasley se dissolveu em lágrimas no momento da partida. Na verdade, qualquer coisinha fazia Srª Weasley entrar numa
crise de choro, chorava desde a repentina chegada de Percy no dia de Natal com os óculos cheio de pastinaga (pelo qual Fred, Jorge e Gina reclamavam os créditos).
"Não chora, mamãe" disse Gina acariciando as costas da mãe, enquanto ela soluçava em seus ombros "está tudo bem..."
"Não se preocupe com a gente", disse Rony permitindo que a mãe desse um longo e molhado beijo em sua bochecha, "ou com Percy. Ele é só um idiota, não
é uma grande perda, não é mesmo?"
Srª Weasley soluçou ainda mais forte enquanto abraçava Harry.
"Prometa-me que você vai se cuidar.. se manter longe de encrenca..."
"Eu sempre me mantenho, Srª Weasley", disse Harry, " Eu gosto de uma vida calma, a Srª me conhece."
Ela deu um sorriso e um passo atrás, "Fiquem bem, então, todos vocês..."
Harry entrou nas chamas esverdeadas e gritou "Hogwarts" Ele deu uma última e rápida olhada na cozinha dos Weasley e na Srª Weasley, enquanto as chamas
o tragavam. Girando rápido, ele viu imagens desfocadas de outros aposentos de bruxos, que sumiam de vista antes que ele pudesse olhar melhor, então a velocidade
foi diminuindo até que parou na lareira da sala da Profª Mcgonagall. Ela mal desviou os olhos do que estava fazendo enquanto ele saia da lareira.
"Boa noite, Potter. Tente não sujar o carpete com as cinzas."
"Não, professora"
Harry ajeitou seus óculos e alisou os cabelos enquanto Rony aparecia rodopiando. Quando Gina chegou, os três se retiraram da sala de McGonagall e foram
em direção à torre da Grifinória. Harry olhou pelas janelas do corredor e percebeu que o sol já se escondia por detrás dos terrenos cobertos de neve como a que ele
viu na Toca. De longe, pôde observar Hagrid alimentando Bicuço na frente de sua cabana.
"Baubles" disse Rony confiante, quando chegaram à Mulher Gorda, que parecia estar mais pálida que o normal.
"Não!" disse a Dama com sua voz alta.
"O que voce quer dizer com não?"
"Tem uma nova senha" disse " e por favor, não grite"
"Mas nós não estávamos no castelo, como você acha que nós.."
"Harry! Gina!"
Hermione vinha correndo na direção deles, com o rosto corado e vestindo uma capa, chapéu e luvas.
"Cheguei a algumas horas, estava indo visitar Hagrid e bic - quer dizer, Witherwings" disse ofegante "Tiveram um bom Natal?"
"Sim," disse Rony de uma vez, "cheio de eventos, Rufus Scrim..." " Tenho uma coisa pra você, Harry", disse Hermione, sem olhar para Rony e nem mesmo
demonstrar ter ouvido o que ele disse. "Oh, esperem - a senha, Abstinência"
"Precisamente" disse a Dama Gorda, e moveu-se revelando a passagem.
"O que houve com ela?" perguntou Harry.
"Animação do Natal, aparentemente," disse Hermione, enquanto liderava o caminho para o salão comunal. "Ela e Violeta beberam todo o vinho naquele quadro
dos monges bêbados no corredor de Feitiços. De qualquer forma..."
Ela meteu a mão em seu bolso e puxou um pedaço de pergaminho contendo a letra de Dumbledore.
"Ótimo", disse Harry, desenrolando o pergaminho e descobrindo que sua próxima aula com Dumbledore estava marcada para noite seguinte. "Eu tenho muita
coisa para contar a ele - e para vocês. Vamos nos sentar..."
Mas neste momento, ouviu-se alguém dizer "Won-Won" e Lilá Brown veio correndo e jogou-se nos braços de Rony. As pessoas que estavam por perto deram risinhos;
Hermione também deu um risadinha. "Tem uma mensagem aqui... vem comigo, Gina?"
"Não, obrigado. Marquei de encontrar Dino." Disse Gina, com pouco entusiasmo, como Harry não pode deixar de notar. Deixando Rony e Lilá numa espécie
de luta em pé, Harry levou Hermione para uma mesa quadrada.
"Então, como foi o Natal?"
"Ah, bom," disse, "nada de especial. Como foi na casa de Won-Won?"
"Te falo em um minuto", disse Harry. "Olha, Hermione, você não poderia..."
"Não, não posso", disse. "Portanto não precisa nem pedir."
"Pensei que, você sabe, pelo Natal..."
"Foi a Dama Gorda que bebeu um galão de vinho de 500 anos, e não eu. Então, quais são as novidades importantes que você tem para me dizer?"
Ela pareceu muito firme para discutir no momento, por isso, Harry deixou o assunto sobre Rony de lado e contou tudo o que ele ouviu da conversa entre
Malfoy e Snape. Quando terminou, Hermione pensou por um momento e, então, disse: "Você não acha que..."
"... ele estava fingindo oferecer ajuda para enganar Malfoy e descobrir o que ele estava armando?"
"Bem, isso", disse Hermione.
"Sr. Weasley e Lupin acham isso", disse Harry, "E isso prova que ele está tramando alguma coisa, você não pode negar isso."
"Não, não posso" respondeu calmamente.
"E ele está a mando de Lord Voldemort, como eu tinha dito."
"Er.. Algum dos dois chegou a mencionar o nome de Voldemort??"
Harry franziu a testa, tentando lembrar. "Não tenho certeza... Snape certamente disse seu mestre, e quem mais poderia ser?"
"Eu não sei", disse batendo nos lábios, "O pai dele, talvez?"
Ela olhava fixamente através da sala, aparentemente perdida em seus pensamentos, nem mesmo percebeu Lilá fazendo cócegas em Rony. "Como está Lupin?"
"Nada bem", e contou-lhe sobre a missão dele de se infiltrar entre os lobisomens e as dificuldades disso. "Você já ouviu falar em Fenrir Greyback?"
"Sim, eu já ouviu", respondeu de sobressalto, "E você também, Harry!"
"Quando? Em História da Magia? Você sabe muito bem que eu não prestava atenção..."
"Não, não, História da Magia não! Malfoy ameaçou Borgin sobre ele!" disse Hermione. "Lá na Travessa do Tranco, não se lembra? Ele disse para Borgin que
Fenrir Greyback era um velho amigo da família e que ele estaria de olho nos progressos de Borgin."
Harry respondeu "Eu esqueci! Mas isso prova que Malfoy é um Comensal de Morte, de que outra forma ele entraria em contato com Grayback e diria o que
ele teria de fazer?"
"É muito suspeito" disse Hermione, "a não ser que..."
"Ah, qual é?" disse Harry exasperado, "você não pode se livrar desta prova!"
"Bem, existe a possibilidade de ser um mero blefe" "Você é inacreditável, é sim!" disse sacudindo a cabeça.
"Veja quem está certo! Você vai se arrepender assim como o Ministério. Ah é, eu tive um encontro com Rufus Scrimgeor também..."
E o restante da noite passou com uma conversa educada sobre o abuso do Ministério; para Hermione assim como para Rony, pensar nisto depois de tudo o
que o Ministério fez Harry passar no ano anterior, e ainda ter a cara-de-pau de pedir ajuda agora...
O novo semestre começou na manhã seguinte com uma surpresa agradável aos alunos do sexto ano: um grande aviso foi preso no quadro de avisos durante a
noite.
AULAS DE APARATAÇAO
Se você tem dezessete anos ou vai fazer dezessete antes do próximo dia 31 de agosto, você está habilitado para um curso de doze semanas de Aulas de Aparatação
com um Instrutor de aparatação do Ministério. Por favor, assine abaixo para participar. Custo: 12 galeões.
Harry e Rony juntaram-se ao aglomerado que se formou perto do aviso e revezaram-se para assinar seus nomes. Rony estava se preparando para assinar seu
nome quando Lilá veio por trás, passou a mão sobre seus olhos e perguntou "Adivinha quem é, Won-Won!" Harry virou-se para ver Hermione saindo quietamente para não
ser vista, ele foi se juntar com ela, sem desejar manter-se perto de Rony e Lilá, mas para sua surpresa Rony se juntou a eles logo depois de terem saído pelo buraco
do quadro, com suas orelhas vermelhas e uma expressão de irritação. Sem dar uma palavra, Hermione se apressou para acompanhar Neville.
"Então, aparatação", disse Rony, mantendo um tom perfeitamente claro para fingir que nada tinha acontecido. "Deve ser moleza, né?"
"Não sei", disse Harry. "Talvez seja melhor quando se faz por si mesmo, não gostei muito quando Dumbledore me levou prara um passeio."
"Esqueci que você já tinha feito... é melhor eu passar no teste na primeira vez." Disse Rony, parecendo ansioso. "Fred e Jorge conseguiram"
"Mas Carlinhos repetiu, não foi?"
"Sim, mas Carlinhos é maior que eu", Rony manteve os braços por fora do corpo como se fosse um gorila- "por isso, Fred e Jorge não brincaram a respeito, pelo menos
não na frente de Carlinhos..." " Quando poderemos fazer o teste?"
"Assim que completarmos dezessete. Será só em Março para mim!" "Sim, mas você não poderia aparatar aqui, pelo menos não no castelo..."
"Não é esse o objetivo, todo mundo saberia que eu posso aparatar se eu quiser."
Rony não era o único animado por causa da Aparatação. Por todo aquele dia, houve conversas sobre o curso que estava por vir, uma grande quantidade de
conversas sobre desaparecer e aparecer em outro lugar que quiser.
"Como será legal quando - " Simas estalou o dedo indicando o desaparecimento. "Meu primo Fergus faz isso só para me aborrecer, ele não imagina quando eu puder revidar...
Ele não terá outro momento de sossego."
Perdido na visão de sua futura habilidade, ele brandiu sua varinha muito entusiasmadamente e ao invés de produzir uma calma fonte de água pura, que era o assunto
da aula de Feitiços do dia, saiu um forte jato de água que ricocheteou no teto e derrubou professor Flitwick de cara no chão.
"Harry já aparatou", Rony contou ao envergonhado Simas, depois do professor Flitwick ter secado a si mesmo com um brandir da varinha e dizer a Simas: Sou um bruxo
e não um macaco sacudindo um graveto!" "Bem - er - alguém o levou. Carona por aparatação."
"Uau" sussurrou Simas, e ele, Dino e Neville uniram mais um pouco suas cabeças para ouvir como é Aparatar. Todos pareciam mais impressionados do que desacreditados,
à medida que Harry contou a sua desconfortável experiência, respondendo detalhadamente as perguntas até as dez para oito, quando ele disse que precisava devolver
um livro na biblioteca, e assim pôde escapar e rumar para a aula de Dumbledore.
Havia luz na sala de Dumbledore, os quadros dos antigos diretores roncavam tranqüilamente em suas telas e a Penseira estava posta e preparada em cima da mesa. As
mãos de Dumbledore repousavam ao lado do objeto, a mão direita continuava negra e queimada como sempre. Não parecia ter se curado de forma alguma e Harry pensou,
pela centésima vez, o que poderia ter causado, mas ele não perguntou; Dumbledore já havia dito que ele saberia em algum momento e havia outro assunto que ele queria
perguntar. Mas antes que Harry pudesse falar qualquer coisa sobre Snape e Malfoy, Dumbledore perguntou:
"Ouvi que você se encontrou com o Ministro da Magia?" "Sim", disse Harry, "E ele não ficou nada contente comigo."
"Não", concordou Dumbledore. "Ele também não está muito contente comigo. Não devemos ceder às nossas angústias, Harry, mas, sim, continuar a batalha."
Harry sorriu. "Ele queria que eu dissesse à comunidade dos Bruxos que o Ministério está fazendo um trabalho maravilhoso."
Dumbledore deu um sorriso e disse "Foi a idéia original de Fudge, sabe. Durante seus últimos dias de Ministro, quando ele estava desesperadamente tentando manter
seu posto, ele queria ter um encontro com você, esperando que você pudesse lhe dar apoio..."
"Depois de tudo o que Fudge fez ano passado?" disse Harry com raiva. "Depois de Umbridge?"
"Eu disse a Cornelius que ele não tinha nenhuma chance, mas a idéia não morreu quando ele saiu. Depois de horas em um encontro com Scrimgeour ele pediu-me um encontro
com você..."
"Então foi por isso que vocês discutiram!" disse de ímpeto Harry. "Estava no Profeta Diário."
"O Profeta consegue publicar verdades de vez em quando", disse Dumbledore, "mas somente por acidente. Sim, foi por isso que discutimos. Bem, parece que Rufus encontrou
um jeito de espreitá-lo, no final das contas."
"Ele me acusou de ser um de seus homens."
"Que grosseiro da parte dele."
"Mas eu disse que eu era."
Dumbledore abriu sua boca para falar, mas fechou novamente. Por trás de Harry, Fawkes, a fênix, soltou uma suave nota musical. Para o grande embaraço de Harry, ele
percebeu que os olhos azuis e brilhantes de Dumbledore estavam, agora, cheios de água, Harry não pode evitar de olhar para baixo, encarando seus próprios joelhos.
Contudo, quando Dumbledore voltou a falar, sua voz estava bastante firme.
"Estou muito emocionado, Harry."
"Scrimgeour queria saber para onde você vai quando você não está em Hogwarts," disse Harry ainda olhando para seus próprios joelhos.
"Sim, ele está muito curioso a respeito disto", disse Dumbledore, parecendo muito animado e Harry achou que era seguro levantar a cabeça de novo.
"Ele até mesmo tentou me seguir. Incrível, mesmo! Ele mandou Dawlish me seguir. Não foi nada legal. Eu fui forçado a enfeitiçar Dawlish uma vez, e eu tive de fazer
de novo com um grande pesar."
"Então eles não sabem aonde o senhor foi?" perguntou Harry, esperançoso por maiores informações sobre este assunto, mas Dumbledore mal sorriu por debaixo de seus
óculos de meia-lua.
"Não, eles não sabem, e ainda não é o momento para você saber. Agora eu sugiro que comecemos, a não ser que você tenha algo a dizer?" "Na verdade, tenho sim, senhor!"
disse Harry. "É sobre Malfoy e Snape."
"Professor Snape, Harry."
"Sim, senhor. Eu os ouvi durante a festa do professor Slughorn... bem, eu os segui, na verdade..."
Dumbledore ouviu a historia que Harry contava sem demonstrar nenhum sentimento. Quando Harry terminou, ele ficou alguns minutos em silêncio, e então, disse "Obrigado
por me contar, Harry, mas sugiro que você esqueça isso, não é importante."
"Não é importante? Professor, o senhor não entendeu...?"
"Sim, Harry, abençoado como eu sou com um grande poder cerebral, eu entendi tudo o que você me contou", disse Dumbledore um pouco ríspido. "Eu acho que você deveria
considerar a possibilidade de eu ter entendido mais que você mesmo. Novamente, fico feliz por ter contado, mas deixe-me assegurar-lhe que você não me contou nada
que me deixe inquieto."
Harry manteve seu olhar em Dumbledore, silencioso. O que estava acontecendo? Isto significava que Dumbledore realmente mandou Snape descobrir o que Malfoy está tramando,
e neste caso já teria ouvido de Snape o que Harry acabara de contar? Ou será que ele realmente se preocupava com o que acabou de ouvir, mas está fingindo que não?
"Então, senhor", disse tentando manter seu tom de voz o mais educado e calmo possível, "definitivamente você ainda confia em..."
"Fui tolerante o suficiente para responder a essa pergunta outras vezes", respondeu Dumbledore, apesar de não parecer mais tão tolerante. "Minha resposta não mudou!"
"Eu deveria saber que não", disse uma voz desagradável; Phineas Nigellus estava claramente fingindo estar dormindo. Dumbledore ignorou-o.
"E agora, Harry, eu insisto que devemos seguir adiante. Tenho coisas mais importantes para debater com você esta noite".
Harry sentou sentindo-se desgostoso. Como seria se ele não permitisse mudar de assunto, se ele insistisse em continuar as acusações contra Malfoy? Como se tivesse
lido a mente de Harry, Dumbledore sacudiu a cabeça.
"Ah, Harry. Como isso acontece com freqüência, até mesmo, entre melhores amigos! Cada um de nós acredita que tem a dizer é mais importante do que qualquer coisa
que o outro tem a contribuir."
"Eu não digo que o que o senhor tem a dizer é sem importância", disse Harry formalmente.
"Bem, você está certo, porque é importante", disse Dumbledore. "Tenho mais duas memórias para te mostrar hoje, ambas obtidas com enorme dificuldade, e a segunda
delas é, acredito eu, uma das mais importantes que coletei".
Harry não disse nada, ainda sentia-se com raiva pela forma como suas palavras foram recebidas, mas sabia que não conseguiria nada se continuasse discutindo.
"Então", disse Dumbledore, "continuamos esta noite com o conto de Tom Riddle, a quem nós deixamos, da última vez, no inicio de seus anos em Hogwarts. Você se lembra
o quanto ele ficou animado ao descobrir que era bruxo, e que recusou minha companhia na viagem para o Beco Diagonal, ao mesmo tempo em que eu o avisei sobre continuar
roubando dentro da escola".
"O ano letivo chegou e junto dele veio Tom Riddle, um menino quieto em suas roupas de segunda mão, que entrou na fila para ser sorteado. Ele foi posto na Sonserina
quase no momento em que o chapéu tocou sua cabeça", continuou Dumbledore, sacudindo sua mão branca em direção a prateleira onde estava o Chapéu Seletor, muito antigo
e imóvel. "Quando Riddle descobriu que o famoso criador de sua casa podia falar com cobras, eu não sei - talvez naquela mesma noite. Esse conhecimento somente excitou-o
e aumentou seu senso de auto-importância."
"No entanto, se ele estava assustando ou impressionando seus colegas sonserinos com sua habilidade de ofidioglota, nenhum dos professores chegou a saber sobre isso.
Ele não mostrou nenhum sinal de arrogância ou de agressividade. Como era um talentoso e muito bonito órfão, ele chamou a atenção e a simpatia dos professores quase
que no momento em que chegou na escola. Ele parecia correto, quieto e sedento por conhecimento. Quase todos tinham uma boa impressão dele".
"O senhor não contou como ele era quando o conheceu no orfanato?" perguntou Harry.
"Não, não contei. Apesar de que ele não mostrou nenhuma ponta de remorso, era possível que sentisse arrependido pela forma como se comportou antes e resolveu ter
um novo começo. Eu escolhi lhe dar esta chance."
Dumbledore fez uma pausa e observou curiosamente Harry, que tinha aberto sua boca para falar. Aqui, de novo, estava a tendência de Dumbledore de confiar nas pessoas
que claramente não mereciam! Mas, então, Harry lembrou-se de uma coisa...
"Mas você não confiou nele realmente, senhor? Ele me contou... o Riddle que saiu do diário disse Dumbledore nunca pareceu gostar de mim como os demais professores."
"Vamos dizer que eu realmente não achei que ele fosse de todo confiável", disse Dumbledore. "Eu decidi, como já indiquei, que ficaria de olhos bem atentos sobre
ele, e assim eu o fiz. Devo dizer que não obtive muitas informações sobre ele no início. Ele era muito reservado comigo, ele sentia, tenho certeza, que a emoção
de ter descoberto sua verdadeira identidade já tinha me contado muito sobre ele. Ele teve cuidado de nunca mais revelar tanto novamente, mas ele não poderia tomar
de volta o que ele já tinha deixado aparecer em sua excitação, ou mesmo o que Srª Cole tinha me confidenciado. No entanto, ele sentia que não deveria tentar me conquistar
assim como ele conquistou tanto de meus colegas."
"Na medida em que ele crescia na escola, ele formou à sua volta um grupo de amigos dedicados a ele; chamo-os de amigos, por não haver uma palavra melhor do que esta,
pois como já indiquei, Riddle não sentia nenhuma afeição por qualquer um deles. Este grupo tinha uma espécie de encanto, um glamour obscuro dentro do castelo. Os
integrantes do grupo eram bem diferentes; uma mistura de fracos procurando proteção, ambiciosos procurando uma repartição de glória e uma atração violenta por um
líder que mostrava a eles as mais refinadas formas de crueldade. Em outras palavras, eram os futuros Comensais de Morte, e, de fato, alguns deles se tornaram os
primeiros Comensais depois que saíram da escola."
"Rigidamente controlados por Riddle, eles nunca foram pegos fazendo alguma coisa errada, apesar de seus sete anos de Hogwarts terem sido marcados por incidentes
suspeitos aos quais eles nunca estavam satisfatoriamente ligado; o mais grave de todos foi, é claro, a abertura da Câmara Secreta, que resultou na morte de uma garota.
Como você sabe, Hagrid foi falsamente acusado deste crime."
"Não fui capaz de encontrar muitas memórias de Riddle em Hogwarts", disse Dumbledore, pousando sua mão ferida sobre a Penseira. "Os poucos que o conheciam não estavam
preparados para falar sobre ele, eles estavam muito aterrorizados. O que eu sei, descobri depois que ele saiu de Hogwarts, depois de muito esforço, depois de procurar
alguns que poderiam ser enganados numa conversa, depois de procurar por velhos registros de questionamentos a Trouxas e Bruxos que testemunharam-no."
"Aqueles que eu persuadi a falar me contou que Riddle tinha obsessão por sua linhagem hereditária. Isto era compreensível, é claro; ele cresceu em um orfanato e
queria descobrir como foi parar lá. Parece que ele procurou ligação com seu pai Tom Riddle nos escudos da Sala dos Troféus, nas listas de monitores antigos da escola,
e até mesmo nos livros de história do mundo dos Bruxos. Finalmente ele percebeu que seu pai nunca colocou os pés em Hogwarts. Acredito que foi neste momento que
ele deixou de usar o nome de seu pai, assumindo a identidade de Lord Voldemort, começando a investigar a família de sua mãe - a mulher que, você se lembra, ele achou
que não poderia ser bruxa já que sucumbiu à vergonhosa fraqueza humana da morte."
"Tudo o que ele tinha a procurar era somente o nome Servolo (Marvolo), que ele descobriu, nos tempos de orfanato, ter sido do pai de sua mãe. Finalmente, depois
de trabalhosa pesquisa em livros de famílias de Bruxos, ele descobriu a linhagem sobrevivente de Slyterin. No verão de seu décimo sexto aniversário, ele saiu do
orfanato para onde voltava todo ano e foi à procura de seus parentes Gaunt. E agora, Harry, se você se levantar..."
Dumbledore se levantou e Harry pôde ver que ele novamente segurava uma pequena garrafa de cristal cheia por um fio prateado de lembrança.
"Tive muita sorte de coletar esta aqui", ele disse, colocando a massa brilhante na Penseira. "Você vai entender quando mergulharmos nela. Vamos?"
Harry deu um passo em direção a base de pedra e curvou-se até seu rosto afundar na lembrança. Ele sentiu a familiar sensação de cair no nada e aterrissou em um chão
sujo quase na escuridão total.
Demorou alguns segundos para reconhecer o local. A casa dos Gaunt estava agora mais suja do qualquer lugar onde Harry já esteve. O teto estava repleto de teias de
aranha e o chão coberto de lama, comida apodrecida estava em cima da mesa junto a panelas imundas. A única luz vinha de uma vela que estava aos pés de um homem
com cabelos e barba enormes, e Harry não conseguia ver os olhos ou a boca dele. O homem estava jogado em uma poltrona perto do fogo e Harry se perguntou, por um
momento, se ele estava morto. Porém, alguém bateu na porta e o homem moveu-se, erguendo uma varinha na mãe direita enquanto segurava uma faca na esquerda. A porta
se abriu com um estalo. Ali, no limiar da porta, segurando uma velha lamparina, encontrava-se um garoto que Harry reconheceu no ato: alto, pálido, cabelos escuros,
e muito bonito - Voldemort adolescente.
Os olhos de Voldemort olharam por dentro da casa até que viu o homem na poltrona. Por alguns segundos, ambos se olharam, o homem se levantou derrubando garrafas
vazias que se encontravam a seus pés.
"VOCÊ!" gritou. "VOCÊ!".
E correu em direção a Riddle, varinha e faca prontas para atacar.
"Pare".
Riddle falou em língua de cobra. O homem escorregou e bateu na mesa, derrubando as panelas. Olhou assustado para Riddle. Houve um grande momento de silêncio enquanto
se olhavam. Até que o homem falou:
"Você também fala?"
"Sim, eu falo", disse Riddle. Ele entrou na casa, batendo a porta por atrás de si. Harry não pode evitar sentir uma admiração à coragem de Voldemort. Seu rosto quase
não mostrava nojo ou, até mesmo, decepção.
"Onde está Servolo?" perguntou.
"Morto", disse o outro. "Morreu a alguns anos atrás."
Riddle franziu a testa.
"Quem é você, entao?"
"Sou Morfin, não sou?"
"Filho de Servolo?"
"Claro que sou, então..."
Morfin tirou o cabelo de seu rosto para poder ver Riddle melhor e Harry pode ver que ele usava em sua mão direita o anel contendo a jóia negra que pertencera a Servolo.
"Pensei que você fosse aquele Trouxa", sussurrou Morfin. "Você se parece muito com ele."
"Que trouxa?" Perguntou Riddle asperamente.
"O Trouxa que minha irmã gostava, o Trouxa que morava na mansão do outro lado", disse Morfin, e cuspiu inesperadamente no chão. "Você se parece exatamente com ele.
Riddle. Mas ele está mais velho agora, não está? Ele é mais velho que você, agora vejo..."
Morfin olhava fixamente e chegou pro lado um pouco, ainda se apoiando na quina da mesa. "Ele voltou, percebe..." acrescentou.
Voldemort olhava para Morfin, pensando em suas possibilidades. Moveu-se um pouco mais perto de Morfin e disse "Riddle voltou?"
"Er, ele a largou, e que isso sirva de lição a ela, casamento imundo", disse Morfin, mais uma vês cuspindo no chão. "Nos roubou, antes de fugir. Onde está o colar,
o colar de Slyterin?".
Voldemort não respondeu. Morfin estava ficando irado novamente, sacudiu a faca e gritou "Ela nos desonrou, sim, ela nos desonrou, vadia imunda! E você, vindo aqui
e perguntando coisas a respeito disso tudo? Acabou.... acabou..."
Ele virou o rosto, e Voldemort andou em sua direção. E quando fez isso uma estranha escuridão surgiu, apagando a lamparina de Voldemort e a vela de Morfin, apagando
tudo... Os dedos de Dumbledore seguraram firmemente o braço de Harry e eles voltaram ao presente. A suave luz dourada da sala de Dumbledore cegou os olhos de Harry
depois da impenetrável escuridão.
"Isso é tudo?" Disse Harry de uma vez. "Por que tudo ficou tão escuro de repente?"
"Porque Morfin não conseguia lembrar de mais nada depois deste ponto", disse Dumbledore, apontando para que Harry se assentasse novamente em sua cadeira. "Quando
ele acordou na manhã seguinte, estava deitado no chão, sozinho. O anel de Servolo havia desaparecido".
"Enquanto isso, na vila de Little Hangleton, uma empregada corria pela rua principal, gritando que havia três corpos estendidos na sala de jantar da mansão; Tom
Riddle pai, sua mãe e seu pai."
As autoridades Trouxas estavam perplexas. Até onde eu sei, eles não sabiam como os Riddles haviam morrido, já que a maldição Avada Kedavra não deixa
nenhum sinal de dano... A exceção está em minha frente", Dumbledore acrescentou olhando para a cicatriz de Harry. "O Ministério, por outro lado, sabia que isto tinha
sido um assassinato cometido por um bruxo. Eles também sabiam que um convicto bruxo que odiava Trouxas morava depois do vale perto da mansão dos Riddle, alguém que
odiava Trouxas e que já havia atacado uma das pessoas assassinadas."
"Assim, o Ministério convocou Morfin. Eles não precisaram perguntá-lo, usando Veritaserum ou Legilimência. Ele admitiu o assassinato, dizendo detalhes
que só o assassino poderia saber. Ele estava orgulhoso, ele disse, por ter matado os Trouxas, esteve esperando a chance por muitos anos. Ele entregou sua varinha,
e ficou provado que ela utilizada no assassinato. E ele se permitiu ser levado sem lutar direto para Azkaban.
"Só o que incomodava ele era o fato de que o anel de seu pai havia desaparecido. "Ele vai me matar por ter perdido", ele disse várias vezes às pessoas
que o prenderam. "Ele vai me matar por ter perdido!" E isso, aparentemente, foi tudo o que ele disse novamente. Durante o período em que ficou em Azkaban, ele reviveu
esta lembrança, lamentando a perda do último artefato da herança de Servolo, e está enterrado ao lado da prisão, ao lado de muitos outros que morreram lá dentro.
"
"Então, Voldemort roubou a varinha de Morfin e usou-a?" Disse Harry, sentando com a coluna ereta.
"Isso mesmo", disse Dumbledore. "Não temos nenhuma lembrança que possa nos mostrar isso, mas acho que podemos ter toda certeza que foi isto o que aconteceu.
Voldemort estuporou seu tio, pegou sua varinha e foi em direção a mansão do outro lado do vale. Lá, ele matou o Trouxa que havia abandonado sua mãe, e, também, seus
avós Trouxas, exterminando o último dos Riddles e vingando-se do homem que nunca o quis como um filho. Então, retornou a cabana dos Gaunt, fez uma magia complexa
que implantaria uma falsa lembrança na mente de seu tio, deixou a varinha de Morfin ao lado de seu dono inconsciente, pegou o velho anel que ele usava e foi embora."
"E Morfin nunca percebeu que ele não fez nada daquilo?"
"Nunca", disse Dumbledore, " e ele deu uma confissão detalhada."
"Mas ele tinha essa lembrança verdadeira o tempo todo." "Sim, mas foi preciso um grande esforço de poderosa Legilimência para obter isso dele", disse
Dumbledore, "e pra que alguém investigaria a fundo a mente de Morfin quando ele já havia confessado o crime? No entanto, eu consegui fazer uma visita a Morfin nas
suas últimas semanas de vida, pois naquele momento eu tentava descobrir o máximo possível sobre o passado de Voldemort. Obtive essa lembrança com muita dificuldade.
Quando vi o que continha, tentei utilizá-la para retirar Morfin de Azkaban. Mas antes do Ministério chegar a uma decisão, ele já havia morrido."
"Mas como o Ministério não havia percebido que Voldemort tinha feito isso tudo com Morfin?" Harry perguntou com raiva. "Ele era menor de idade naquela
época, não era? Achei que era possível detectar magia feita por menores de idade." "Você tem razão - eles podem detectar magia, mas não quem a fez. Você se lembra
que foi acusado de usar magia de Levitação quando na verdade quem utilizou foi ..."
"Dobby", disse Harry; essa injustiça ainda o incomodava. "Então, se você é menor de idade e faz magia dentro da casa de um Bruxo adulto, o Ministério
não vai saber?"
"O ministério certamente saberá dizer quem praticou a magia", disse Dumbledore, sorrindo gentilmente enquanto olhava a indignação de Harry. "Eles cobram
aos bruxos adultos que seus filhos obedeçam enquanto estão dentro da casa."
"Isso é muita besteira", esbravejou Harry. "Olha o que aconteceu aqui, olha o que aconteceu com Morfin."
"Eu concordo", disse Dumbledore. "Mesmo por tudo o que Morfin foi, ele não merecia morrer da forma que morreu, acusado de assassinatos que ele não cometeu.
Está ficando tarde, e ainda quero que você olhe mais uma lembrança antes de irmos..."
Dumbledore tirou de um bolso outra garrafinha de cristal e Harry ficou em silencio novamente, lembrando que Dumbledore disse que esta fora a mais importante
que ele conseguiu coletar. Harry percebeu que o conteúdo foi difícil de ser despejado na Penseira, como se ela tivesse se tornado mais sólida, será que as lembranças
se estragam?
"Isto não vai demorar", disse Dumbledore, quando ele finalmente esvaziou o vidrinho. "Devemos estar de volta antes de você notar. Bem, vamos entrar mais
uma vez na Penseira..."
Harry caiu mais uma vez dentro do liquido prateado e aterrissou, desta vez, em frente a um homem que ele logo reconheceu.
Era um bem mais jovem Horácio Slughorn. Harry estava tão acostumado com ele careca que vê-lo com cabelo grosso, brilhante e cor de palha era um pouco
desconcertante, apesar de já haver uma careca do tamanho de um galeão no topo de sua cabeça. Seu bigode, mas fino do que o atual era de um louro avermelhado. Ele
não era tão gordo quanto o Slughorn que Harry conhecia. Seus pequenos pés repousavam em cima de um pufe, ele estava sentado bem confortável em uma poltrona, uma
das mãos segurando uma pequena taça de vinho e a outra vasculhando uma caixa de abacaxi cristalizado.
Harry olhou a volta enquanto Dumbledore chegava, e percebeu que estavam na sala de Slughorn. Uma meia dúzia de garotos estava sentada ao redor de Slughorn,
todos por volta de 15 anos. Harry reconheceu Voldemort logo de cara. Ele era o mais bonito entre todos e o que parecia mais relaxado. Seu braço direito estava deitado
relaxadamente sobre o braço de sua poltrona, com um susto, Harry percebeu que ele usava o anel dourado-e-preto de Servolo, ele já havia matado seu pai.
"Senhor, é verdade que professor Merrythought está se aposentando do cargo?" ele perguntou.
"Tom, Tom, se eu soubesse não poderia lhe dizer", disse Slughorn, sacudindo um dedo açucarado de desaprovação, mas que perdia efeito à medida que seus
olhos piscavam. "Devo dizer que gostaria de saber como você consegue ter acesso a certas informações, você sabe mais que alguns de meus colegas."
Riddle sorriu e os demais garotos olharam-no com admiração.
"Com essa incomum habilidade de saber coisas que você não deveria e sua cuidadosa habilidade de agradar pessoas importantes - obrigado pelo abacaxi,
sim, são os meus favoritos -"
Depois que alguns garotos riram com um certo nervoso, uma coisa muito estranha aconteceu. Toda a sala encheu-se com uma grossa nevoa branca, e Harry
não podia ver nada além do rosto de Dumbledore, que estava ao seu lado. Então a voz de Slughorn ecoou por entre a névoa, estranhamente alta "...você vai pelo caminho
errado, garoto, lembre-se de minhas palavras!"
A névoa sumiu tão subitamente quanto surgiu, e ninguém pareceu reparar isto, ou ninguém agiu como se algo diferente tivesse acontecido. Alarmado, Harry
olhou à volta e viu um grande relógio dourado acima da cabeça de Slughorn marcando onze horas da noite.
"Bom Deus, já está tão tarde assim?" Disse Slughorn. "É melhor vocês irem garotos ou estaremos todos encrencados. Lestrange, quero seu artigo para amanhã
ou estará em detenção. O mesmo para você, Avery!"
Slughorn levantou-se da cadeira e levou seu copo vazio até a mesa, enquanto os meninos saíam da sala. Voldemort, no entanto, ficou para trás. Harry
sabia que ele se atrasou de propósito para poder fica a sós com Slughorn.
"Tome cuidado, Tom", olhando à volta e vendo-o ainda lá, "você não quer ser pego a essa hora da noite, ainda mais sendo monitor..."
"Senhor, quero lhe perguntar uma coisa."
"Pode perguntar, então, garoto, pode perguntar..."
"Senhor, queria saber o que você sabe sobre Horcruxes?"
E, então, aconteceu tudo de novo: a densa névoa de forma que Harry não conseguia ver nem Slughorn nem Voldemort; somente Dumbledore, que sorria serenamente.
Então, a voz de Slughorn ecoou novamente, assim como antes.
"Eu não sei nada sobre Horcruxes e mesmo se soubesse não diria! Agora saia daqui de uma vez e não permita que eu ouça você mencionado isto de novo!"
"Bem, é isso", disse Dumbledore calmamente ao lado de Harry.
"É hora de irmos."
Os pés de Harry saíram do chão da lembrança e voltaram ao chão da sala de Dumbledore.
"Isso é tudo?" Perguntou Harry atônito.
Dumbledore havia dito que esta era a lembrança mais importante de todas, mas ele não conseguia ver o que tinha de tão importante a respeito. Com certeza
a névoa e o fato de ninguém haver percebido, foi estranho, mas, além disso, nada pareceu ter acontecido, a não ser o fato de Voldemort ter feito uma pergunta e não
ter obtido resposta.
"Como você deve ter percebido", disse Dumbledore sentando por detrás da mesa, "esta lembrança foi adulterada."
"Adulterada?" repetiu Harry, sentando-se também.
"Certamente", disse Dumbledore. "Professor Slughorn interferiu em suas próprias lembranças."
"Mas por que ele faria isso?"
"Porque, eu acredito, ele está envergonhado do que se lembra", disse Dumbledore. "Ele tentou refazer a lembrança para mostrar-se a si mesmo sob uma perspectiva
melhor, escondendo as partes que ele não desejava ver. Foi, como você pode perceber, mal feito e isso foi uma coisa boa, pois mostra que a verdadeira memória está
lá por baixo das alterações."
CAPÍTULO 18
SURPRESAS DE ANIVERSÁRIO
No dia seguinte Harry confiou a Ron e Hermione a tarefa que Dumbledore tinha dado a ele, embora separadamente, pois Hermione ainda se recusava a tolerar a presença
de Ron por mais tempo do que o necessário para lhe dar um olhar de desprezo. Ron pensou que era improvável que Harry tivesse problemas com Slughorn afinal. - Ele
ama você! - Ele disse após o café da manhã, assoprando o ar quente de um garfo cheio de ovos fritos. - Não recusará nada a você, não é mesmo? Não ao seu pequeno
Príncipe de Poções (Potions Prince). Você só precisa se atrasar após a aula da tarde e perguntá-lo. Hermione, entretanto, fez uma análise mais desanimadora. - Ele
deve estar determinado a esconder o que realmente aconteceu, se Dumbledore não foi capaz de retirar a informação dele. - ela disse em voz baixa, enquanto estavam
no pátio deserto e cheio de neve durante o intervalo - Horcruxes... Horcruxes... Eu nunca ouvi nada sobre eles, você ouviu? Harry estava desapontado; ele havia esperado
que Hermione pudesse lhe dar uma dica do que eram Horcruxes. - Devem ser Artes das Trevas realmente avançadas, pois senão porque Voldemort iria querer saber sobre
eles? Eu acho que será difícil conseguir a informação, Harry, você terá que agir com muita cautela ao se aproximar de Slughorn, pensar numa estratégia... - Ron disse
que eu deveria simplesmente me atrasar na saída da aula de Poções esta tarde... - Oh, claro, se "Won-Won" pensa assim, é melhor faze-lo! - ela disse, explodindo
mais uma vez - Além do mais, quando foi que a opinião de "Won-Won" foi errada? - Hermione, você não poderia... - Não! Ela disse com raiva, e se afastou violentamente,
deixando Harry sozinho e atolado na neve. As aulas de Poções eram bastante incômodas, pois Harry, Ron e Hermione compartilhavam uma mesa. Hoje, Hermione havia levado
seu caldeirão pela mesa de modo que ficasse perto de Ernie, e ignorou Harry e Ron. - O que você fez? - Ron murmurou para Harry, olhando o perfil arrogante de Hermione.
Mas antes que Harry pudesse responder, Slughorn estava solicitando o silêncio em frente à classe. - Assentem-se, assentem-se, por favor! Rápido, agora, temos muito
trabalho pela frente esta tarde! A terceira lei de Golpalott, alguém pode me dizer qual é? A senhorita Granger pode, com certeza. Hermione recitou em alta velocidade:
A terceira Lei de Golpalott diz que o antídoto para um veneno será igual à soma dos antídotos para cada um dos componentes que o compõe. - Precisamente! - disse
Slughorn radiante - Dez pontos para Grifinória! Agora, se nós aceitarmos que a terceira Lei de Golpalott é verdade... Harry estava aceitando que a palavra de Slughorn
sobre essa terceira Lei de Golpalott era verdadeira, porque ele não havia entendido nada dela. Ninguém além de Hermione pareceu entender o que Slughorn disse depois,
também. -... Que significa, claro que assumindo que nós venhamos a conseguir a identificação correta dos ingredientes pela Scarpin Relelaspell (palavra reveladora
de Scarpin?), nosso primeiro alvo não é simplesmente selecionar antídotos para os ingredientes da mesma, mas encontrar o componente adicionado que, por um processo
quase químico, transforme esses elementos... Ron estava sentado ao lado de Harry com a boca meio-aberta, olhando fixamente seu novo livro de Poções Avançadas. Ron
continuava sem lembrar de que não poderia confiar em Hermione para socorre-lo quando não entendesse o que estava acontecendo. - E então - finalizou Slughorn - eu
quero que cada um de vocês venha aqui e pegue um desses frascos em minha mesa. Vocês criarão antídotos para o veneno dentro dele antes do fim da aula. Boa sorte,
e não se esqueçam de suas luvas protetoras. Hermione deixou seu assento e já havia caminhado a metade do caminho em direção à mesa de Slughorn antes que o resto
da turma compreendesse que deviam se mover, e quando Harry, Ron e Ernie retornaram à mesa, ela já havia virado o conteúdo de seu frasco no caldeirão, e estava acendendo
o fogo embaixo dele. - É uma pena que o Prince não poderá ajuda-lo muito nisto, Harry. - Ela disse de maneira vivaz enquanto se e endireitava. - Você tem que entender
os princípios envolvidos desta vez. Nada de atalhos ou fraudes! Irritado, Harry abriu o veneno que tinha pegado na mesa de Slughorn, que era de uma aparência rosa
extravagante, a derrubou em seu caldeirão e acendeu o fogo abaixo dele. Ele não fazia idéia do que deveria fazer a seguir. Olhou de relance para Ron, que o observava
de esguelha, copiando tudo o que Harry fazia. - Você está certo de que o Prince não deixou nenhum palpite? - Ron resmungou para Harry. Harry pegou sua cópia de confiança
de Poções Avançadas e abriu no capítulo sobre Antídotos. Lá estava a terceira Lei de Golpalott, explicada com todas as palavras que Hermione havia recitado, mas
nenhuma singela dica pela mão de Prince explicando o que significava. Aparentemente o Prince, como Hermione, não tinha dificuldades em entender aquilo. - Nada. -
Disse Harry melancolicamente. Hermione estava agora acenando sua varinha entusiasticamente sobre o seu caldeirão. Infelizmente, eles não poderiam copiar o feitiço
que esta estava fazendo porque ela agora dominava tão bem os feitiços não verbais que ela não precisou mencionar as palavras em voz alta. Ernie Macmillan, entretanto,
murmurava "Specialis Revelio!" sobre seu caldeirão, o que soou impressivo, então Harry e Ron rapidamente o imitaram. Levou somente cinco minutos para que Harry compreendesse
que sua reputação como o melhor aluno de poções da classe se espatifava ao redor de si. Slughorn tinha examinado o seu caldeirão esperançosamente em sua primeira
inspeção pela masmorra, preparado para exclamar deliciado como sempre, e havia retirado sua cabeça rapidamente, tossindo, ao sentir o cheiro de ovos podres sobre
si. A expressão de Hermione não poderia estar mais satisfeita; ela havia odiado não se destacar em cada aula de Poções. Ela estava agora decantando os misteriosos
ingredientes separados de seu veneno em dez frascos de cristal diferentes. Mais para evitar essa visão irritante do que por qualquer outra coisa, Harry inclinou-se
sobre o livro de Prince, virando algumas páginas com força desnecessária. E lá estava, rabiscado através de uma longa linha de antídotos. Apenas empurre um bezoar
pelas suas gargantas. Harry fitou as palavras longamente. Ele não havia ouvido, há muito tempo, sobre os bezoars? Snape não havia mencionado eles na primeira aula
de Poções? "Uma pedra tirada do estômago de uma cabra, que o livrará da maioria dos venenos". Não era uma resposta para o problema de Golpalott, e se Snape ainda
fosse o seu professor, Harry não ousaria faze-lo, mas este era um momento para medidas desesperadas. Ele foi em direção ao armário de estoques e, empurrando para
o lado os chifres de unicórnio e um emaranhado de ervas ressecadas, encontrou, bem no fundo, uma pequena caixa onde se lia a palavra "Bezoars". Ele abriu a caixa
exatamente quando Slughorn avisou: - Mais cinco minutos, pessoal! Dentro dela havia uma dúzia de objetos marrons enrugados, parecendo mais rins secos do que pedras.
Harry apanhou um, devolveu a caixa para o armário e voltou apressado ao seu caldeirão. - O tempo acabou! - Disse Slughorn animadamente. - Bem, vamos ver o que vocês
conseguiram fazer! Blaise... O que você tem para mim? Lentamente, Slughorn se moveu pela sala, examinando os vários antídotos. Ninguém havia conseguido terminar
a tarefa, embora Hermione estivesse tentando meter à força alguns poucos ingredientes em sua garrafa antes de Slughorn a alcançar. Ron havia desistido completamente,
e estava tentando meramente parar de respirar os aromas pútridos que saíam de seu caldeirão. Harry permaneceu esperando, o bezoar seguro em uma mão ligeiramente
suada. Slughorn alcançou a última mesa. Cheirou a poção de Ernie e passou sobre Ron com uma careta. Ele não se demorou no caldeirão de Ron, mas se afastou rapidamente,
ligeiramente nauseado. - E você, Harry. - Ele disse - O que você tem para me mostrar? Harry mostrou sua mão, o bezoar repousando em sua palma. Slughorn olhou para
baixo por dez longos segundos. Harry imaginou, por um momento, se ele iria gritar com ele. Então ele jogou sua cabeça para trás e rugiu gargalhadas. - Você é ousado,
garoto! - explodiu ele, pegando o bezoar e mantendo-o no alto para que toda a classe pudesse ver. - Oh, você é como sua mãe... Bem, eu não posso criticá-lo... Um
bezoar certamente agiria como antídoto para todas estas poções! Hermione, com a face suada e fuligem em seu nariz. Ficou lívida. Seu antídoto não terminado, compreendendo
cinqüenta e dois ingredientes, incluindo um chumaço do seu próprio cabelo, borbulhou lentamente atrás de Slughorn, que só tinha olhos para Harry. - E você pensou
no bezoar sozinho, não ppensou, Harry? - Ela perguntou por entre os dentes. - Este é o espírito que um verdadeiro fazedor de poções precisa! - Disse Slughorn alegremente,
antes que Harry pudesse responder. - Exatamente como sua mãe, ela tinha a mesma compreensão intuitiva fazendo poções, definitivamente você herdou isso de Lílian...
Sim, Harry, sim, se você tiver um bezoar à mão, é claro que você fará o truque... Embora eles não funcionem em todos os casos, e sejam muito raros, ainda tem seu
valor saber como preparar antídotos. A única pessoa na sala com um olhar mais bravo do que Hermione era Malfoy, que, Harry ficou encantado em observar, havia derramado
algo que parecia como um gato doente sobre si mesmo. Antes que qualquer um deles pudesse expressar sua fúria por Harry ficar em primeiro lugar na classe sem fazer
nada, entretanto, o sino bateu. - Tempo de guardar o material! - Disse Slughorn. - E dez pontos extras para Gryffindor pela mudança ousada! Ainda rindo, ele voltou
gingando para sua mesa à frente da masmorra. Harry ficou para trás, gastando uma grande quantidade de tempo para fechar sua mochila. Nem Ron e nem Hermione lhe desejaram
boa sorte quando saíram; ambos lhe dedicaram olhares irritados. Finalmente só havia Harry e Slughorn na sala. - Vamos, agora, Harry, você ficará atrasado para sua
próxima aula! - Disse Slughorn amavelmente, estalando os ganchos dourados de sua pasta de couro de dragão. - Senhor, - Disse Harry, lembrando-se irresistivelmente
de Voldemort - eu queria lhe perguntar algo. - Pergunte o que quiser, então, meu querido, pergunte o que quiser. - Senhor, eu queria saber o que você sabe sobre...
Sobre Horcruxes? Slughorn congelou. Sua face redonda pareceu afundar dentro de si. Ele umedeceu os lábios e disse asperamente: - O que você disse? - Eu perguntei
o que sabe sobre Horcruxes, senhor. O senhor sabe... - Dumbledore lhe pediu isso! - Sussurrou Slughorn. Sua voz havia mudado completamente. Não era mais genial,
e sim chocado, estarrecido. Ele levou a mão ao bolso e retirou um lenço, e esfregou sua testa suada. - Dumbledore lhe mostrou aquilo - aquela memória! - Disse Slughorn.
- Então? Ele não mostrou? - Sim - Disse Harry, decidindo no momento que era melhor não mentir. - Sim, é claro. - Disse Slughorn quietamente, ainda esfregando sua
face pálida. - É claro... Bem, se você viu aquela memória, Harry. Você sabe que eu não sei nada - NADA - ele repetiu a palavra com força - sobre Horcruxes. Ele pegou
sua pasta de couro de dragão, colocou o lenço no bolso e marchou para a porta da masmorra. - Senhor - Disse Harry desesperadamente. - Eu só pensei que poderia haver
um pouco mais daquela memória... - Pensou? - Disse Slughorn. Então pensou errado, está ouvindo? ERRADO! Ele berrou a última palavra e, antes que Harry pudesse dizer
qualquer coisa, bateu a porta da masmorra atrás dele. Nem Ron nem Hermione ficaram animados quando Harry lhes contou a entrevista desastrosa. Hermione ainda estava
chateada por Harry ter triunfado sem fazer o trabalho corretamente. Ron estava ressentido que Harry não tinha capturado para ele nenhum bezoar, também. Teria parecido
estúpido se nós todos tivéssemos feito isto! disse Harry irritado. Olha, eu tinha que tentar o amolecer para assim lhe perguntar sobre Voldemort, não tinha? Oh,
como se você fosse conseguisse! ele somou em exasperação, Ron estremeceu ao som do nome. Enfurecido pelo fracasso dele e pela atitude de Ron e Hermione, Harry pensou
em fazer algo logo nos próximos dias para chegar a Slughorn. Por enquanto, ele decidiu que ele deixaria Slughorn pensar que ele tinha esquecido totalmente o Horcruxes;
era certamente melhor para o acalmar, causando falso senso de segurança antes de voltar ao ataque. Quando Harry questionou Slughorn novamente, o mestre de Poções
retornou ao tratamento afetuoso habitual dele, e parecia ter tirado o assunto da mente dele. Harry esperou um convite a uma das pequenas festas de inicio de noite
de Slughorn, determinado a aceitá-lo desta vez, mesmo se tivesse que replanejar seus treinos de Quadribol. Porém, infelizmente, nenhum convite chegou. Harry conferiu
com Hermione e Gina: nenhuma delas tinha recebido convite algum e nem, até onde elas souberam, não houve qualquer pessoa que o tivesse recebido. Harry não podia
negar que Slughorn não tinha esquecido tudo tão rapidamente quanto pareceu, simplesmente ele estava determinado a não dar a Harry nenhuma outra oportunidade para
questioná-lo. Enquanto isso, na biblioteca de Hogwarts, Hermione tinha fracassado pela primeira vez em toda história de vida. Ela estava tão triste, que esqueceu
até mesmo seu aborrecimento com Harry pelo bezoar. Eu não achei uma única explicação do que Horcruxes são!" ela falou. Nem uma única! Eu estive olhando na seção
proibida e até mesmo nos livros mais horríveis onde eles lhe contam como fabricar as poções mais horrendas - nada! Tudo que eu pude achar foi isto, no Introdução
para Magia Mais Diabólica -escute- "do Horcrux, a mais maligna das invenções mágicas, nós não falaremos nem daremos receita"... Por que menciona isto, então? ela
disse impacientemente, enquanto fechava livro velho batendo-o; ele soltou uma lamúria fantasmagórica. Oh, se cale ela resmungou, enquanto colocava o livro na bolsa.
A neve derretia ao redor da escola quando fevereiro chegou, o frio foi sendo substituído por uma umidade melancólica. Nuvens cinzentas bem baixas pareciam penduradas
em cima do castelo e uma constante chuva fria caindo faziam os gramados escorregadios e barrentos. Iniciava-se também a primeira aula de Aparatar para os sextanistas,
que foi agendada para uma manhã de sábado, de forma que nenhuma das matérias normais fosse prejudicada, e aconteceu no Grande Salão. Quando o Harry e Hermione chegaram
ao Salão (Ron tinha ficado com Lavender), eles perceberam que as mesas haviam desaparecido. A chuva chicoteava contra as janelas altas e o teto encantado se erguia
escurecido sobre eles, enquanto se ajuntavam em frente aos Professores McGonagall, Snape, Flitwick e Sprout - os Chefes das Casas - e um bruxo pequeno, que Harry
imaginou ser o Instrutor de Aparição do Ministério. Ele era esquisitamente pálido, com cílios transparentes, cabelo delgado e um ar insubstancial, como se uma única
rajada de vento pudesse levá-lo embora. Harry desejou saber se aparecimentos, e constantes reaparições tinham diminuído a matéria dele de alguma maneira, ou se esta
forma delicada era a ideal para qualquer um que desejasse desaparecer. Bom dia, disse o bruxo de Ministério, quando todos os alunos tinham chegado e os Chefes
das Casas pediram silêncio. Meu nome é Wilkie Twycross e eu serei seu Instrutor de Aparatar do Ministério - durante as próximas doze semanas. Eu espero poder prepará-los
para seu teste de Aparatar neste período-. Malfoy, fique quieto e preste atenção! rosnou a Professora McGonagall. Todo mundo olhou em volta. Malfoy tinha corado
sombriamente; ele parecia tão furioso que afastou-se de Crabbe, com quem ele estava sussurrando alguma coisa. Harry olhou depressa, para Snape, que parecia muito
aborrecido, o que Harry suspeitou ser menos pela falta de Malfoy do que pelo fato de McGonagall ter repreendido um aluno da casa dele. - em algum tempo, muitos
de vocês estarão prontos para fazer sua prova, Twycross continuou, como se não tivesse havido nenhuma interrupção. Como vocês sabem, é impossível a Aparatar ou
Desaparatar dentro de Hogwarts. O Diretor desfez este encanto, somente dentro do Grande Salão, durante uma hora, para possibilitar nossa prática. Eu devo enfatizar
que você não será capaz de Aparatar fora das paredes deste Corredor, e espero que você não seja burro de tentar. Eu gostaria que cada um de vocês se posicionasse
agora de tal forma que tenha uns cinco passos de espaço em frente a você. Houve um grande tumulto, na separação das pessoas, elas batiam-se umas nas outras, e organizavam-se
erroneamente. Os Chefes das Casas moveram-se entre os estudantes, colocando-os em posição e solucionando problemas. Harry aonde você vai? Hermione perguntou. Mas
Harry não respondeu; ele estava se movendo depressa pela multidão, além do lugar onde Professor Flitwick estava relutante tentando posicionar alguns Corvinais, todos
querendo estar na frente e, passando pela Professora Sprout, que alinhava as Lufa-Lufas que insistiam em aglomerar-se ao redor de Ernie Macmillan, ele conseguiu
se posicionar na parte de trás da multidão, exatamente atrás de Malfoy que estava tirando proveito do motim geral para continuar a conversa com Crabbe, posicionando-se
a cinco pés de distância, mas parecendo revoltado. Eu não sei quanto mais, certo? Malfoy disse a ele, sem perceber que Harry estava logo atrás. Está levando muito
mais tempo do que eu pensei. Crabbe abriu a boca, mas Malfoy pareceu adivinhar o que ele ia dizer. Olha, não é nenhum segredo o que estou fazendo, Crabbe, você
e Goyle mantém uma vigia, é isso que devem fazer! Eu diria a meus amigos o que faria, se eles precisassem manter uma vigilância para mim," Harry disse, alto bastante
para Malfoy o ouvir. Malfoy girou, a mão dele agarrando a varinha, mas, nesse preciso momento os quatro Chefes das Casas gritaram, Quietos!, e o silêncio reinou
novamente. Malfoy virou-se para frente lentamente. Obrigado disse Twycross. Agora então... . Ele balançou sua varinha. Arcos antiquados de madeira apareceram
imediatamente no chão em frente a cada estudante. As coisas importantes para se lembrar quando Aparatar são os três Ds! Disse Twycross. Destino, Determinação,
Deliberação! Passo um: fixe sua mente firmemente no destino desejado, Disse Twycross. Neste caso, o interior de seu arco. Gentilmente, concentre-se agora neste
destino. Todo mundo dava uma olhada furtiva, para conferir se os outros estavam fitando seu arco, então apressadamente fizeram como lhes foi falado. Harry contemplou
o remendo circular de chão pardo incluído no seu arco e tentou não pensar em nada mais. Isto era impossível, pois ele não podia deixar de pensar no que Malfoy estava
fazendo, a ponto de precisar de vigias. "Passo dois, disse Twycross, foque sua determinação em ocupar o espaço visualizado! Deixe este seu anseio inundar sua mente
e partir para cada partícula de seu corpo!. Harry olhou sorrateiramente ao redor. Um pouco a sua esquerda, Ernie Macmillan estava contemplando o arco dele tão firme
que sua face tinha ficado rosa; olhava como se estivesse tentando botar um ovo do tamanho de uma Goles. Harry mordeu um riso e apressadamente voltou o olhar ao seu
próprio arco. Passo três, chamou Twycross, e somente quando eu der o comando... Imaginem aquele mesmo lugar, tentem não sentir mais nada, movendo-se com deliberação.
Em meu comando, agora... um - 1 Harry olhou ao redor novamente; muitas pessoas estavam olhando alarmadas, perguntando-se se já iam aparatar tão depressa. Harry tentou
fixar os pensamentos dele novamente no arco; ele já tinha esquecido o que três Ds representavam. - TRÊS!. Harry girou naquele mesmo lugar, perdeu o equilíbrio
e quase caiu. Ele não foi o único. O Salão inteiro estava, de repente, cheio de pessoas cambaleantes; Neville estava caído atrás dele; Ernie Macmillan, por outro
lado, tinha feito um tipo pirueta saltando no arco dele e parecia momentaneamente emocionado, até que viu Dean Thomas que rugindo de tanto rir dele. Não se distraiam,
não se distraiam, disse Twycross secamente, que não parecia estar esperando qualquer coisa melhor. Ajustem seus arcos, por favor, e para trás em suas posições
originais... A segunda tentativa não foi melhor que a primeira. A terceira foi da mesma maneira ruim. Nada até a quarta trouxe qualquer acontecimento excitante.
Houve um guincho horrível de dor e todo mundo olhou, apavorado, vendo Susan Bones de Lufa-Lufa que cambaleava no arco dela com a perna esquerda parada a cinco pés
de distância do lugar de onde ela tinha começado. Os Chefes das Casas foram até a ela; houve um grande estrondo e uma bola de fumaça roxa apareceu, revelando uma
Susan que chorava, com a perna no lugar, mas, horrorizada. A Fraturação ou separação de corpos, disse Twycross desapontado, acontece quando a mente está insuficientemente
determinada. Você tem que se concentrar continuamente em seu destino, e se mover, sem hesitar, mas com deliberação... assim. Twycross pisou adiante, graciosamente
girando no mesmo lugar com os braços estendidos e desapareceu em um redemoinho de roupas, enquanto reaparecia na parte de trás do Salão. Se lembrem dos três D;s,
ele disse, e tentem novamente... um - dois - três - Mas de uma hora depois, e a Fraturação de Susan ainda era coisa mais interessante que tinha acontecido. Twycross
não parecia desanimado. Firmando o capote dele ao pescoço, ele somente disse, Até sábado que vem a todos, e não esqueçam: Destinação. Determinação. Deliberação.
Com isso, ele balançou a varinha, e enquanto os arcos desapareciam, saiu do Salão acompanhado pela Professora McGonagall. Conversando, as pessoas se dirigiam para
o Saguão de Entrada. O que você fez? perguntou Harry para Ron, enquanto saíam. Eu acho que senti algo da última vez que tentei - um tipo de formigar em meus
pés. Eu achei estes treinos muito fáceis, facinhos, disse uma voz atrás deles, e Hermione os olhou, enquanto sorria maliciosamente. Eu não sentia nada, disse
Harry, ignorando a interrupção. "Mas não é isso que me preocupa agora -. O que você quer dizer, que não se ppreocupa... Você não quer aprender a Aparatar? Disse
Ron incrédulo. Eu não estou interessado, realmente. Eu prefiro voar, disse Harry, enquanto olhava por cima do ombro para ver onde Malfoy estava, e acelerou quando
eles entraram no Saguão de Entrada. Olhe, se apresse, vamos, há algo que eu quero fazer.... Perplexo, Ron seguiu Harry para a torre da Grifinória correndo. Eles
foram temporariamente detidos por pirraça, que tinha jogado uma porta no quarto andar fechando-o e se recusando deixar qualquer um passar até que atearam fogo às
calças dele, mas Harry e Ron simplesmente retrocederam e foram por atalhos já conhecidos. Dentro de cinco minutos, eles estavam entrando pelo buraco do retrato.
Você vai me contar o que nós estamos fazendo, então? Perguntou Ron, arquejando ligeiramente. Para cima, disse Harry, cruzando a sala comunal e entrando pela
porta para a escadaria dos meninos. O dormitório deles estava, como previsto, vazio. Ele abriu sua mala e começou a procurar algo, enquanto Ron assistia impacientemente.
Harry... Malfoy está usando Crabbe e Goyle como vigias. Ele estava discutindo agora mesmo com Crabbe. Quer saber... aha!. Ele tinha achado, um quadrado dobrado
de pergaminho aparentemente em branco que ele abriu e bateu com a varinha. Eu solene juro que não sou bom... Ou Malfoy é! Imediatamente, o Mapa do Maroto apareceu
na superfície do pergaminho. Era um plano detalhado de todo os pisos do castelo e, movendo-se nele, minúsculos, pontos pretos que representavam cada dos ocupantes
do castelo. Me ajude a achar Malfoy, disse Harry apressadamente. Ele pôs o mapa na cama dele, e ele e Ron se apoiaram, enquanto procuravam. Lá! disse Ron, depois
de um minuto. Ele está na sala comunal de Sonserina, olhe... com Parkinson, Zabini, Crabbe e Goyle..." Harry olhou para o mapa, desapontado, e o guardou quase que
imediatamente. Bem, vou manter o olho nele de agora em diante nele, disse firmemente. E no momento que eu o vir espreitando em algum lugar com Crabbe e Goyle,
será com a Capa da Invisibilidade que vou descobrir o que ele quer - Ele parou quando Neville entrou no dormitório, trazendo com ele um cheiro forte de material
chamuscado, e começou a procurar em sua mala um par limpo de roupas. Apesar da determinação de capturar Malfoy, Harry não teve sorte por todo resto da semana. Embora
ele consultasse o mapa tão freqüentemente quanto podia, às vezes fazendo visitas desnecessárias ao banheiro entre as aulas para olhar, ele não viu nenhuma vez Malfoy
em lugar suspeito. Realmente, ele notou que Crabbe e Goyle rondavam o castelo mais freqüentemente que o habitual, às vezes permanecendo estacionados em corredores
desertos, mas sempre Malfoy não só estava em nenhuma parte perto deles, mas impossível de ser localizado no mapa nada. Isto era muito misterioso. Harry pensou na
possibilidade de Malfoy estar realmente deixando os terrenos escolares, mas não pôde ver como ele poderia estar fazendo isto, devido ao alto nível de segurança que
operava agora dentro do castelo. Ele poderia somente supor que pudesse ter perdido Malfoy entre as centenas de pontos pretos minúsculos no mapa. Como Malfoy, Crabbe
e Goyle pareciam agir de modo diferente, já que eram normalmente inseparáveis, estas coisas poderiam demonstrar que estavam se afastando - Ron e Hermione, Harry
refletiu tristemente, eram prova viva disso. Março não trouxe mudanças no tempo, a não ser que ficou ventoso, além de úmido. Para indignação geral, uma nota apareceu
em todos os quadros de aviso das salas comunais, a próxima viagem a Hogsmeade tinha sido cancelada. Ron estava furioso. Era no meu aniversário! ele disse, estava
esperando isso! Não uma surpresa grande, entretanto, é? Disse Harry. Não depois do que aconteceu a Katie. Ela ainda não tinha voltado do St. Mungus. E ainda
mais, tinham sido notificados mais desaparecimentos no Profeta Diário, incluindo vários parentes de estudantes a Hogwarts. Mas agora tudo que quero é avançar nas
lições de Aparatar estúpidas! Disse Ron emburrado. grande presente de aniversário.... Três lições depois, e Aparição estava se mostrando bem difícil já, e mais
algumas pessoas tinham se fraturado. A frustração era grande e havia uma certa quantia de piadas sobre Wilkie Twycross e o três Ds que tinham inspirado vários apelidos
para ele, os mais educados deles eram Respiração de Cachorro e Cabeça de Esterco. Feliz aniversário Ron, disse Harry, quando eles acordaram no dia primeiro de
março enquanto Simas e Dino se levantavam ruidosamente para o café da manhã. Tenho um presente. Ele jogou um pacote para a cama de Ron onde apareceu uma pilha
pequena deles que, Harry assumiu, foram entregues à noite por elfos. Coragem disse Ron. Quando ele arrancava o papel, Harry saiu da cama, abriu a própria mala
e começou a procurar o Mapa do Maroto que ele escondeu depois de tanto uso. Ele tirou vários de seus pertences e remexeu suas meias nas quais ele ainda estava mantendo
a garrafa de sua poção de sorte, Felix Felicis. "Certo " ele murmurou, levando o mapa de volta para cama com ele, batendo e murmurando, eu juro solenemente não
fazer nada de bom, de modo que Neville, que estava passando próximo a cama dele na hora, não ouvisse. Legal, Harry! Disse Ron entusiasmado, mexendo no par novo
de luvas de goleiro de quadribol que Harry tinha lhe dado. Sem problemas, disse Harry distraidamente, enquanto ele procurava o dormitório da Sonserina para localizar
Malfoy. Eh... eu não acho que ele esteja mesmo na cama dele... Ron não respondeu; ele estava muito ocupado desembrulhando presentes e soltava uma exclamação de
prazer de vez em quando. Sério, este foi um bom ano! Ele anunciou, mostrando um relógio de ouro pesado com símbolos estranhos ao redor e estrelas minúsculas
se movendo em vez de ponteiros. Veja o que mamãe e papai me deram! Eu quero ver o que ganharei quando fizer aniversário ano que vem... Calma, murmurou Harry,
olhando o relógio antes de verificar mais de perto o mapa. Onde Malfoy estava? Ele não parecia estar à mesa da Sonserina no Salão Principal, tomando o café da manhã...
Ele não estava em nenhuma parte perto de Snape que estava sentando na sala dele... Ele não estava em quaisquer dos banheiros ou na ala hospitalar... Quer um? "
Ron disse com voz abafada, oferecendo uma caixa de caldeirão de chocolate. Não obrigado, disse Harry, observando. Malfoy saiu novamente! Não pode ter feito
isso, disse Ron, enchendo a boca com o segundo caldeirão, deslizando para fora da cama para se vestir. Vem. Se você não se apressar terá de aparatar de estômago
vazio... Poderia fazer isto mais fácil, eu suponho..." Ron olhou pensativamente a caixa de caldeirões de chocolate, então encolheu os ombros e se serviu de um terceiro.
Harry bateu no mapa com a varinha, murmurando, Mal feito - feito, entretanto não tinha sido, foi se vestir refletindo. Devia haver uma explicação para os desaparecimentos
periódicos de Malfoy, mas ele não podia simplesmente pensar no que poderia ser. O melhor modo de encontra-lo seria o seguindo, mas mesmo com a capa da invisibilidade
esta não era uma boa idéia; ele tinha as aulas, prática de quadribol, deveres e aparatação; ele não podia seguir Malfoy pela escola toda sem sua ausência ser notada.
Pronto? Ele disse para Ron. Ele estava a meio caminho da porta do dormitório quando ele percebeu que Ron não tinha se movido, mas estava apoiado na cama, fitando
o lado de fora da janela molhada de chuva com um estranho olhar desfocado no rosto. Ron? O café da manhã. Eu não tenho fome, Harry olhou para ele. Você
não disse -? "Bem, certo, eu irei com você, suspirou Ron, " mas eu não quero comer.". Harry o olhou, desconfiado. Você comeu somente meia caixa de caldeirão
de chocolate, não foi? Não, é que Ron suspirou novamente. Você... você não entenderia. Serei imparcial, disse Harry, embora contrariamente, ele se
virou para abrir a porta. Harry! Disse Ron de repente. O que? Harry, eu não posso fazer isto! Você não pode fazer isso que? Perguntou Harry, agora
começando, definitivamente, a se sentir alarmado. Ron estava bastante pálido e parecia doente. Eu não posso deixar de pensar nela! Disse Ron asperamente. O queixo
de Harry caiu. Ele não tinha esperado isto e, seguramente, ele não queria ouvir isto. Eles podiam ser amigos, mas se Ron começasse chamando Lilá de Lili , ele
sairia correndo escada abaixo. Por que não a procura no café da manhã? Harry perguntou tentando injetar uma nota de bom senso na conversa. Eu não penso que
ela saiba que eu exista, disse Ron com um gesto desesperado. Ela definitivamente sabe que você existe, disse Harry, confuso. Ela tem ficado com você, não
tem? Ron piscou. Sobre quem você está falando? "Sobre quem você está falando?" Disse Harry, com uma sensação crescente de que toda a razão tinha escapado da
conversa. Romilda Vance, disse Ron suavemente e o rosto inteiro pareceu se iluminar quando ele disse isto, como se batesse um raio da mais pura luz solar. Eles
se encararam durante quase um minuto inteiro, antes que Harry dissesse, Isto é uma piada, certo? Você está brincando. Você está brincando. "Eu acho, Harry,
eu acho que eu a amo, disse Ron numa voz estrangulada. OK, disse Harry e caminhou até Ron que tinha um olhar vítreo e aparência pálida, OK... diga novamente
olhando para mim. Eu a amo, repetiu Ron. Tenho visto o cabelo dela, todo negro, brilhante e sedoso... E os olhos dela? Os olhos escuros e grandes dela? E
o - Isto é realmente engraçado e tudo, disse Harry impacientemente, mas é piada, certo? Chega. Ele virou para partir e tinha dado dois passos para a porta
quando um soco o acertou na orelha direita. Cambaleando, ele olhou em volta. O punho de Ron preparado, o rosto contorcido de raiva; ele estava a ponto de golpear
novamente. Harry reagiu instintivamente; a varinha estava fora do bolso e o encantamento saiu sem um pensamento consciente: Levicorpus! Ron gritou quando foi virado
mais uma vez; ele oscilou de cabeça para baixo, as vestes penduradas. O que foi isso? Harry berrou. Você a insultou, Harry! Você disse que era uma piada!
Gritou Ron que estava ficando com o rosto púrpura lentamente à medida que o sangue descia para a cabeça dele. Isso é loucura! Disse Harry. O que aconteceu -?
E então ele viu a caixa aberta na ccama de Ron e a verdade o atingiu com a força do bastão de um trasgo... Onde você conseguiu esses caldeirões de chocolate?
Eles foram um presente de aniversário! Gritou Ron, remexendo lentamente no ar lutando para se pôr livre. Eu lhe ofereci um, não foi? Você só os apanhou
do chão, não é? Eles tinham caído na minha cama, certo? Me deixe ir! Eles não caíram na sua cama, você encontrou, você não entende? Eles eram meus, eu os
atirei para fora do meu malão quando eu estava procurando o mapa. Eles são os caldeirões de chocolate que Romilda me deu antes de Natal e eles estão cheios de poção
do amor! Mas somente uma palavra disto parecia ter sido registrada por Ron. Romilda? Ele repetiu. Você disse Romilda? Harry - você a conhece? Você pode me
apresentar? Harry encarou Ron vacilando, o rosto agora parecia tremendamente esperançoso e lutou com uma forte vontade de rir. Uma parte dele - a parte da orelha
direita que ainda pulsava - tinha um forte desejo de soltar Ron e assistir até os efeitos da poção passar... Mas por outro lado, eles eram amigos, Ron não tinha
sido ele mesmo quando o atacou e Harry - pensou que ele mereceria outro soco se ele permitisse que Ron declarasse amor eterno para Romilda Vance. Sim, eu o apresentarei,
disse Harry, pensando rapidamente. Eu vou te soltar agora, OK? Ele deixou Ron se chocar contra o chão (a orelha dele doía ainda), mas Ron simplesmente saltou
novamente aos pés dele e sorriu. Ela estará no escritório de Slughorn", Harry disse confiante, abrindo à porta. Por que ela estará lá? Perguntou ansiosamente
Ron e se apressando a sair. Oh, ela tem lições de Poções extras com ele, disse Harry inventando rapidamente. Talvez eu possa perguntar se eu posso tê-las com
ela? Disse Ron ansioso. Grande idéia, disse Harry. Lilá estava esperando ao lado do buraco do retrato, uma complicação que Harry não tinha previsto. Você
está atrasado, Ron Ron! Ela fez beicinho. Eu devo a você um presente - Deixe-me sozinho, disse Ron impaciente, Harry vai me apresentar Romilda Vance.
E sem outra palavra para ela, empurrou o quadro e se foram. Harry tentou fazer uma cara sem entender para Lilá, mas simplesmente poderia ter rido, porque ela olhava
mais ofendida que nunca quando a Mulher Gorda se fechou atrás deles. Harry estava preocupada pois Slughorn poderia estar tomando café da manhã, mas ele atendeu a
porta de escritório dele à primeira batida, usando um traje aveludado verde e touca. Harry, ele murmurou. É muito cedo para uma chamada... Eu geralmente durmo
tarde no sábado..." Professor, eu realmente sinto muito em o perturbar, disse Harry tão baixo quanto possível, enquanto Ron estava nas pontas dos pés, tentando
ver atrás de Slughorn, dentro do quarto dele, mas meu amigo Ron bebeu uma poção de amor por engano. Você não pode lhe fazer um antídoto, pode? Eu o levaria à Madame
Pomfrey, mas nós não queremos ter relação com alguma Gemialidade Weasley, você entende... Perguntas indesejadas... Você não poderia ter preparado o antídoto, Harry,
um preparador de poções especialista como você? Perguntou Slughorn. Er, disse Harry, um pouco distraído pelo fato que Ron estava o acotovelando agora nas costelas
em uma tentativa para forçar a entrada dele no quarto, bem, eu nunca preparei um antídoto para uma poção de amor, senhor, e até que eu aprenda isto, Ron certamente
poderia fazer algo sério - Felizmente, Ron escolheu este momento para gemer, eu não posso vê-la. Harry - ele está a escondendo? Esta poção estava dentro de
algo? Perguntou Slughorn, agora olhando Ron com interesse profissional. Eles podem a concentrar, você sabe, para os efeitos serem preservados muito tempo.
"Isso explicaria tudo", disse Harry, lutando ferozmente, agora, com Ron para impedir de ir para cima de Slughorn. É o aniversário dele, Professor, ele tomou inadvertidamente."
Oh, certo, entre, então, entre, disse Slughorn cedendo. Eu tenho o necessário aqui em minha bolsa, não é um antídoto difícil... Ron correu pela porta adentro
da sala abarrotada de Slughorn, tropeçou n uma banqueta, recuperou o equilíbrio se agarrando ao pescoço de Harry e murmurou, Ela não viu o que fiz, néb? Ela
não está aqui, disse Harry e assistindo Slughorn abrir o kit de poção dele e ir adicionando algumas pitadas disto e daquilo numa garrafa cristalina pequena. "Isso
é bom, disse Ron fervorosamente. Como eu estou? Muito bonito, disse Slughorn suavemente e deu para Ron um vidro de líquido claro. Agora beba, é um tônico
para os nervos, manterá você calmo quando ela chegar, você sabe, Brilhante, disse Ron ansioso e ele bebeu o antídoto ruidosamente. Harry e Slughorn o assistiram.
Por um momento, Ron sorriu para eles. Então, muito lentamente, o sorriso dele despencou e desapareceu, para ser substituído por uma expressão de horror extremo.
Voltou ao normal, então? Disse Harry e sorrindo. Slughorn riu. Muito obrigado Professor. Não mencionarei isto, garoto, não mencionarei isto, disse Slughorn,
quando Ron desmoronou em uma poltrona perto e com o olhar devastado. Cerveja amanteigada, isso é o que ele precisa, Slughorn continuou, agora atarefado mexendo
em cima de uma mesa carregada com bebidas. Eu tenho cerveja amanteigada, eu tenho vinho, eu tenho a última garrafa de mel de carvalho maduro... hmm... Pretendia
dar isso a Dumbledore no Natal... ah bem..." Ele encolheu os ombros ... "Ele não pode perder o que ele nunca teve! Por que nós não abrimos isto agora e celebramos
o aniversário do Sr. Weasley? Nada como um bom espírito para esquecer as agonias das decepções de amor... Ele riu novamente e Harry se uniu a ele. Este era o primeiro
momento que ele estava praticamente só com Slughorn desde a desastrosa primeira tentativa de extrair a verdadeira memória dele. Talvez, se ele pudesse manter Slughorn
de bom humor... Talvez se eles consumissem bastante do mel de carvalho maduro... Há você, então, disse Slughorn e deu para Harry e Ron um copo de mel, antes de
erguer o próprio. Bem, um feliz aniversário, Ralph - - Ron - sussurrou Harry. Mas Ron que não aparecia estar escutando ao brinde já tinha lançado o mel na
boca dele e tinha bebido tudo. Houve um segundo, dificilmente mais que uma batida do coração em qual Harry soube que havia algo terrivelmente errado e Slughorn,
parecia não notar. " - e que você possa ter muitos outros -" Ron! Ron tinha derrubado o copo dele; subido na poltrona e, então, apertado os braços dela incontrolavelmente.
Uma espuma estava pingando da boca e os olhos estavam inchando das nas órbitas. Professor! Harry berrou. Faça algo Mas Slughorn parecia paralisado pelo choque.
Ron crispou e sufocou: a pele dele estava ficando azul. O que - mas - gaguejou Slughorn. Harry deixou o copo em cima de uma mesa baixa e correu para o kit de
poção aberto de Slughorn e tirou jarros e bolsas, enquanto o som terrível de Ron gargarejando sem respiração encheu o quarto. Então ele achou - a pedra extraída
do rim de cobra que Slughorn tinha pegado dele na aula de Poções. Ele voltou para o lado de Ron, abrindo a mandíbula dele e empurrando o bezoar na boca dele. Ron
deu um grande tremor, uma sacudidela e o corpo dele ficou flácido e calmo.
CAPÍTULO 19
CONTOS DOS ELFOS
"Então, ao todo, não foi um dos melhores aniversários do Rony?" Disse Fred.
Estava anoitecendo; a ala hospitalar estava quieta, as janelas com as cortinas fechadas, e as luminárias acesas. Rony era o único que ocupava uma cama. Harry, Hermione,
e Gina estavam sentados ao seu redor; tinham esperado o dia inteiro do lado de fora das portas duplas, tentando ver o interior sempre que alguém entrava ou saía.
Madame Pomfrey só os deixou entrar às oito horas. Fred e Jorge chegaram dez minutos depois.
"Não era assim que imaginávamos dar nosso presente", disse Jorge severamente, derrubando um presente embrulhado grande no gabinete de lado da cama do Rony e sentando
ao lado de Gina.
"Sim, quando nós imaginamos a cena, ele estava consciente", disse Fred.
"Estávamos lá em Hogsmeade, esperando para surpreendê-lo" disse Jorge.
"Vocês estavam em Hogsmeade?" Perguntou Gina, olhando acima.
"Nós estávamos pensando em comprar a Zonkos", disse Fred tristemente. "Uma filial em Hogsmeade, sabe, mas um gordo lote faria muito sucesso se não fosse permitido
sair nos fins de semana para comprar nosso material... Mas isso não importa agora".
Ele puxou uma cadeira ao lado de Harry e olhou para rosto de pálido de Rony.
"Como exatamente aconteceu, Harry?".Harry recontou a história que havia acabado de contar, ele sentiu como se já o tivesse feito umas cem vezes para Dumbledore,
para McGonagall, para Madame Pomfrey, para Hermione, e para Gina.
"... e então eu enfiei o bezoar sua garganta abaixo o que facilitou um pouco sua respiração, Slughorn correu para pedir ajuda, McGonagall e Madame Pomfrey foram
buscá-lo, e elas trouxeram Rony para cá. Elas acreditam que ele ficará bem. Madame Pomfrey diz que ele terá que ficar aqui uma semana ou mais, tomando essência de
arruda".
"Nossa, sorte que você pensou no bezoar", disse Jorge em voz baixa;
"Sorte que tinha um na sala", disse Harry, ficando frio só de pensar no que teria acontecido se ele não tivesse sido capaz achar a pequena pedra.
Hermione deu uma quase inaudível fungada. Ela esteve excepcionalmente quieta o dia todo. Esbarrando, pálida, com Harry saindo da ala hospitalar e exigindo saber
o que havia acontecido, ela não tomou quase nenhuma parte da discussão obsessiva de Harry e Gina sobre como Rony tinha sido envenenado, mas simplesmente permaneceu
ao lado deles, calada e assustada até terem permissão de vê-lo.
"Mamãe e Papai sabem?" Fred perguntou a Gina.
"Eles já o viram, chegaram uma hora atrás - eles estão no escritório de Dumbledore agora, mas voltarão logo...".
Houve uma pausa enquanto todos assistiram Rony murmurar um pouco em seu sono.
"Então o veneno estava na bebida?" Disse Fred quietamente.
"Sim", disse Harry imediatamente; ele não conseguia pensar mais nada e estava contente com a oportunidade de começar a discussão novamente. "Slughorn despejou isto
-"
"Ele seria capaz de derramar algo no copo do Rony sem você ver?".
"Provavelmente", disse Harry, "mas por que Slughorn iria querer envenenar Rony?".
"Não tenho idéia", disse Fred, franzindo a testa. "Você não acha que ele poderia ter trocado os copos por engano? Querendo envenenar você?".
"Por que Slughorn iria querer envenenar Harry?" Gina perguntou.
"Eu não sei", disse Fred, "mas deve haver um monte de pessoas por aí que gostariam de envenenar Harry, Não? O Escolhido e tudo mais?"
"Então você acha que Slughorn é um Comensal da morte?" Disse Gina.
"Qualquer coisa é possível", disse Fred de modo ameaçador. "Ele podia estar sob uma Maldição Imperius", disse Jorge.
"Ou ele podia ser inocente", disse Gina. "O veneno poderia estar na garrafa, no caso estava provavelmente designado para o próprio Slughorn".
"Quem iria querer matar Slughorn?".
"Dumbledore acredita que Voldemort quis Slughorn a seu lado", disse Harry. "Slughorn esteve escondido por um ano antes de vir para Hogwarts. E..." Ele pensou sobre
a memória que Dumbledore ainda não podia extrair de Slughorn. "E talvez Voldemort o queira fora do caminho, talvez pense ele podia ser valioso para Dumbledore".
"Mas você disse que Slughorn tinha planejado dar para Dumbledore de Natal", Gina lembrou a ele. "Então ele poderia envenenar Dumbledore facilmente".
"Então o envenenador não conhecia Slughorn muito bem", disse Hermione, falando pela primeira vez em horas e soando como se ela tivesse acabado de sair de um resfriado.
"Qualquer um que conhecesse Slughorn saberia que existia uma boa chance dele manter algo que lhe interesse para ele mesmo".
"Mio-neee", resmungou Rony inesperadamente entre eles.
Todos se calaram, observando-o preocupadamente, mas depois de murmurar de forma incompreensível por um momento ele meramente começou a roncar.
As portas do dormitório se abriram de repente, fazendo todos pularem: Hagrid veio caminhando até eles a passos largos, seu cabelo despenteado, seu casaco de pele
de urso batendo por trás dele, um arco-e-flecha em sua mão, deixando uma trilha de barrentas pegadas do tamanho de golfinhos por todo chão.
"Estive na floresta o dia todo!" Ele ofegou. "Péssima situação do Aragogue, eu estive lendo para ele - não levantou pra jantar até agora e então a Professora Sprout
me contou sobre Rony! Como ele está?".
"Meio ruim", disse Harry. "Eles dizem que ele ficará bem".
"Não mais do que seis visitas de cada vez!" Disse Madame Pomfrey, apressando-se para fora de seu escritório.
"Hagrid faz seis", Jorge apontou.
"Oh... sim..." Disse Madame Pomfrey, que pareceu estar contando Hagrid como várias pessoas devido a sua imensidade. Para cobrir sua confusão, ela apressou-se a limpar
suas pisadas barrentas com sua varinha.
"Eu não acredito nisto", disse Hagrid roucamente, agitando sua grande cabeça despenteada à medida que ele olhava fixamente para Rony. "Simplesmente eu não acredito
nisso... Olhe para ele ali... Quem iria querer feri-lo,?"
"Isto é justamente o que estávamos discutindo", disse Harry. "Nós não sabemos".
"Alguém poderia ter rancor contra o time de Quadribol da Grifinória, não é?" Disse Hagrid ansiosamente. "Primeiro Katie, agora Rony...".
"Eu não consigo imaginar ninguém tentando matar um time de Quadribol", disse Harry.
"Wood possivelmente teria feito com a Sonserina se ele pudesse escapar sem punição", disse Fred claramente.
"Bem, eu não acho que é o Quadribol, mas eu acho que existe uma conexão entre os ataques", disse Hermione calmamente.
"Como você imagina isto possível?" Perguntou Fred.
"Bem, vejam uma coisa, ambos deviam ter sido fatais e não foram, embora isso tenha sido pura sorte. E por outro lado, nem o veneno nem o colar parecem ter alcançado
a pessoa que supostamente deveria ser morta. Claro", ela acrescentou pensativa, "Isso faz da pessoa por detrás deste até mais perigoso de um certo modo, porque eles
não parecem se importar com quantas pessoas serão liquidadas até realmente alcançarem sua vítima".
Antes de alguém poder responder a este pronunciamento misterioso, as portas de ferro do dormitório foram abertas novamente e Senhor e Senhora Weasley se apressaram
a avançar. Eles queriam garantir que Rony teria uma recuperação completa em sua última visita para a ala hospitalar; Agora Senhora Weasley segurava Harry e o abraçava
fortemente. "Dumbledore nos contou como você o salvou com o bezoar", ela soluçou. "Oh, Harry, o que nós podemos dizer? Você salvou Gina... Você salvou Arthur...
agora você salvou Rony".
"Não seja que... eu não fiz..." murmurou Harry sem jeito. "Metade de nossa família parece dever a você suas vidas, agora eu paro e penso", Senhor Weasley disse em
uma voz constrangida. "Bem, tudo que eu posso dizer é que foi uma sorte para os Weasleys quando Rony decidiu se sentar em seu compartimento no Expresso de Hogwarts,
Harry".
Harry não podia pensar em qualquer resposta para isso, quando Madame Pomfrey lembrou a eles que só poderiam ser seis os visitantes ao redor da cama de Rony; Ele
e Hermione levantaram-se de uma vez para partir e Hagrid decidiu ir com eles, deixando Rony com sua família.
"É terrível", rosnou Hagrid por baixo de sua barba, à medida que os três caminhavam através do longo do corredor para a escadaria de mármore. "Mesmo com esta nova
segurança, umas crianças ainda estão conseguindo se ferir... Dumbledore anda doente de preocupação... Ele não diz muito, mas eu posso dizer...".
"Ele não tem nenhuma idéia, Hagrid?" Perguntou Hermione desesperadamente.
"Eu acredito que ele tem centenas de idéias, num cérebro como o dele", disse Hagrid. "Mas ele não sabe quem enviou aquele colar nem quem pôs veneno naquele vinho,
ou ele já o teria capturado, não acham? O que me preocupa", disse Hagrid, abaixando sua voz e espiando acima de seu ombro (Harry, para garantir, verificou o teto
procurando Pirraça), "é por quanto tempo Hogwarts pode ficar aberta se crianças estão sendo atacadas. Uma espécie de Câmara Secreta de novo, não é? Existirá pânico,
mais pais tirando seus filhos da escola, a próxima chegará ao conhecimento do Ministério...".
Hagrid parou de conversar enquanto o fantasma de uma mulher cabeluda movia-se serenamente sobre eles, então retomado em um sussurro rouco, "... O Ministério anda
falando sobre fechar Hogwarts".
"Certamente não?" Disse Hermione, olhando preocupada.
"Veja isto pelo ponto de vista deles", disse Hagrid fortemente. "Eu quero dizer, eles estão sempre alertas quanto ao risco de uma criança enviada à de Hogwarts,
não é? Esperam acidentes, não é, com centenas de bruxos menores de idade presos juntos, mas tentativa de assassinato é diferente. Não é de se espantar que Dumbledore
esteja bravo com Sna -".
Hagrid parou em seus caminhos, uma expressão familiar, culpada, que era visível de seu rosto acima de sua barba preta.
"O que?" Disse Harry depressa. "Dumbledore está bravo com Snape?".
"Eu nunca disse iss-", disse Hagrid, entretanto seu olhar de pânico não podia ter sido de maior denúncia. "Olhe para as horas, é quase meia-noite, eu preciso-".
"Hagrid, por que Dumbledore está bravo com Snape?" Harry perguntado ruidosamente.
"Shhhh!" Disse Hagrid, olhando nervoso e bravo ao mesmo tempo. "Não grite isso dessa maneira, Harry, você quer que eu perca meu emprego? Pense, eu não supus que
você se importaria, importaria, não agora que abriu mão dos cuidados de Mag-".
"Não tente nem me faça sentir culpado, ele estava se acostumado ao trabalho!" Disse Harry vigorosamente. "O que Snape fez?".
"Eu não sei, Harry, eu nem deveria ter ouvido isto mesmo! Eu - bem, eu estava saindo da floresta uma outra noite e eu os escutei conversando - bem, discutindo. Não
tinha chamado a minha atenção, então eu tentei escapar para tentar não ouvir, mas eles estavam numa - bem, numa discussão tempestuosa e não era fácil não escutá-la".
"E então?" Harry o encorajou, já que Hagrid arrastava seus enormes pés de maneira nervosa.
"Bem - eu só ouvi Snape dizendo para Dumbledore segurar com mais eficiência, assim ele talvez - Snape - não desejaria fazer isto mais -"
"O que?".
"Eu não sei, Harry, parecia que Snape estava se sentindo um pouco escravizado, isso é tudo - de qualquer maneira, Dumbledore disse a ele que ele tinha concordado
em fazer isto e era por isso que ele ainda vivia. Foi firme com ele. E então ele disse sobre Snape estar fazendo investigações em sua casa, na Sonserina. Bem, não
há nada estranho nisto!" Hagrid apressadamente acrescentou, já que Harry e Hermione trocavam olhares significativos. "Todos os Chefes das Casas estão perguntando,
patrulhando aquele negócio do colar -"
"Sim, mas Dumbledore não está tendo trabalho com o resto deles, não é?" Disse Harry.
"Olhe", Hagrid girando seu arco e flecha desconfortavelmente em suas mãos; houve um ruidoso som de algo lascando e com um estalo partiu-se em dois. "Eu sei o que
vocês estão pensando do Snape, Harry, e eu não quero vocês interpretando isso como se houvesse mais alguma coisa".
"Olhe", disse Hermione de forma sintetizada.
Eles viraram no momento exato para ver a sombra de Argo Filch aproximando além da parede atrás deles antes do homem virar a esquina, corcunda, com seu queixo duplo.
"Ahá!" Ele ofegou. "Fora da cama tão tarde, isso significará detenção!".
"Não significará, Filch", disse Hagrid imediatamente. "Eles estão comigo, não?".
"E que diferença que faz?" Perguntou Filch de forma arrogante.
"Eu sou um professor, disse corando, não sou? Você que fica andando furtivamente!" Disse Hagrid, descarregando tudo de uma vez.
Houve um sórdido barulho de assovio à medida que Filch inchava de fúria; Madame. Norrrra chegou, despercebida, e estava se torcendo sinuosamente ao redor dos tornozelos
fracos de Filch.
"Vão", disse Hagrid pelo canto de sua boca.
Harry não precisou ouvir duas vezes; Ele e Hermione saíram apressados; As vozes elevadas de Hagrid e Filch ecoavam atrás deles à medida que corriam. Eles passaram
por Pirraça próximo à Torre da Grifinória, mas ele estava correndo feliz gritando, cacarejando e chamando,
"Quando houver discussão e quando houver dificuldade
Visite o Pirraça, ele fará o dobro!".
A Mulher Gorda estava cochilando e não ficou feliz ao ser despertada, mas girando o quadro raivosamente permitiu que eles entrassem no aconchegante, calmo e vazio
Salão Comunal. Não parecia que aquelas pessoas já sabiam sobre Rony; Harry estava muito aliviado: Ele tinha sido interrogado o suficiente naquele dia. Hermione desejou
a ele boa noite e partiu para o dormitório das meninas. Harry, porém, permaneceu para trás, sentando-se ao lado do fogo e olhando abaixo na agonizante brasa.
Então Dumbledore havia discutido com Snape. Apesar de tudo que ele dissera a Harry, apesar dele insistir que ele confiava em Snape completamente, ele perdeu a paciência
com ele... Ele não achou que Snape tivesse sido duro suficiente para investigar os sonserinos... ou, talvez, investigar um único sonserino: Malfoy?
Será que era porque Dumbledore não queria que Harry fizesse qualquer coisa tola, que agisse por suas próprias mãos, que ele fingiu que não existia nada nas suspeitas
de Harry? Parecia provável. Poderia ser que Dumbledore não quisesse que nada distraísse Harry de suas lições, ou de obter aquela memória de Slughorn. Talvez Dumbledore
não achava certo confiar suas suspeitas sobre seu pessoal para um garoto de dezesseis anos...
"Você está aí, Potter!".
Harry ficou em pé num salto, sua varinha preparada. Ele estava completamente seguro que o Salão Comunal estava vazio; Ele não estava de maneira nenhuma preparado
para que uma figura grosseira levantasse de repente de uma cadeira distante. Um olhar mais próximo o mostrou que era Cormac McLaggen.
"Eu tenho esperado você voltar", disse McLaggen, desconsiderando a varinha de Harry. "Devo ter adormecido. Olhe, eu os vi levando o Weasley até a ala hospitalar
mais cedo. Não pareceu que ele recuperaria até a partida da semana que vem".
Harry levou alguns segundos até perceber sobre o que McLaggen estava conversando.
"Oh... certo... Quadribol", ele disse, pondo sua varinha atrás no cinto de sua calça jeans e passando uma mão cansadamente por seu cabelo. "Sim... ele não poderá
jogar".
"Bem, então, eu jogarei de goleiro, não?" Disse McLaggen.
"Sim", disse Harry. "Sim, eu suponho...".
Ele não podia pensar em nenhum argumento contra isto; Afinal, McLaggen apresentou-se certamente como o segundo melhor nos testes.
"Excelente", disse McLaggen com uma voz satisfeita. "Então quando é o treino?".
"O que? Oh... haverá um amanhã à noite".
"Bom. Escute Potter, nós deveríamos conversar antes do treino. Eu tenho algumas idéias de estratégias que você poderia achar útil".
"Certo", disse Harry sem entusiasmo. "Bem, eu ouvirei elas amanhã, então. Eu estou muito cansado agora... até mais...".
A notícia de que Rony tinha sido envenenado espalhou-se rapidamente no dia seguinte, mas não causou a surpresa que o ataque de Katie causou. As pessoas pareceram
pensar que poderia ter sido um acidente, supondo que ele estava na sala do mestre de poções no momento, e que, como ele recebeu o antídoto imediatamente, não houve
nenhum dano real. Na realidade, o Grifinórios realmente estavam muito mais interessados na próxima partida de Quadribol contra Lufa-Lufa, muitos deles queriam ver
Zacharias Smith, atacante do time da Lufa-Lufa, castigado corretamente pelo seu comentário durante a partida de abertura contra Sonserina.
Harry, porém, nunca esteve tão desinteressado em Quadribol; Ele estava rapidamente ficando obcecado com Draco Malfoy. Ainda verificava o Mapa do Maroto sempre que
tinha uma chance, às vezes fazia desvios para onde quer que Malfoy fosse, mas ainda não havia descoberto ele fazendo nada fora do comum. E ainda havia aquelas inexplicáveis
horas quando Malfoy simplesmente desaparecia do mapa...
Mas Harry não tinha muito tempo para considerar o problema com os treinos de Quadribol, tarefas, e o fato de que ele estava agora sendo perseguido onde quer que
fosse por Cormac McLaggen e Lilá Brown.
Ele não podia decidir qual deles era mais importuno. McLaggen continuou com constantes sugestões de como ele seria um Goleiro permanente melhor que Rony, e que agora
que Harry estava o vendo jogar regularmente ele certamente pensaria desta forma também; ele, além disso, criticava os outros jogadores e fornecia Harry esquemas
detalhados de treinamento, de forma que mais de uma vez Harry era forçado a lembrá-lo que ele, Harry, era o Capitão.
Enquanto isso, Lilá ficava andando ao lado de Harry para discutir sobre Rony, o que Harry achava quase mais cansativo que as palestras sobre Quadribol de McLaggen.
A princípio, Lilá tinha ficado muito aborrecida porque ninguém pensou em contar-lhe que Rony estava na ala hospitalar - "eu quero dizer, eu sou sua namorada!" -
Mas infelizmente decidiu perdoar Harry por este lapso de memória e estava ansiosa para ter muitas conversas detalhadas com ele sobre como Rony estava se sentindo,
a maioria desconfortáveis experiências que Harry teve a felicidade de abrir mão.
"Olhe, por que você não conversa com Rony sobre tudo isso?" Harry perguntou, depois de um particularmente longo interrogatório de Lilá sobre se o que ela entendeu
tudo que certamente Rony disse sobre suas novas vestes indicava que Rony considerou seu relacionamento com Lilá para ser "sério".
"Bem, eu iria, mas ele está sempre adormecido quando eu vou e o vejo!" Disse Lilá chateada.
"Está?" Disse Harry, surpreso, pois ele encontrava Rony perfeitamente acordado toda vez que ia até a ala hospitalar, ambos altamente interessados nas notícias da
briga de Dumbledore e Snape e afiado em ofender McLaggen sempre que possível.
"Hermione Granger ainda o está visitando?" Lilá exigiu de repente.
"Sim, eu acho. Bem, eles são amigos, não são?" Disse Harry desconfortavelmente.
"Amigos, não me faça rir", disse Lilá com desdém. "Ela não conversou com ele por semanas depois que ele começou a sair comigo! Mas eu suponho que ela queira fazer
as pazes com ele agora que ele está todo interessante...".
"Você chamaria envenenado de estar interessante?" Perguntou Harry. "De qualquer maneira - desculpe, preciso ir - McLaggen está me esperando para conversarmos sobre
Quadribol", Disse Harry às pressas, e ele lançou-se lateralmente por uma porta que fingia ser uma parede sólida e correu pelo atalho que o levaria para longe de
Poções onde, com gratidão, nenhuma Lilá nem McLaggen podia segui-lo.
Na manhã da partida de quadribol contra Lufa Lufa, Harry entrou na ala hospitalar antes de ir para o jogo. Ron estava muito agitado; Madame Pomfrey não o deixaria
assistir a partida, pois sentia que ia aumentar a agitação dele.
"Então, o quanto McLaggen está preparado?", ele perguntou nervosamente para Harry, esquecendo aparentemente que já tinha feito duas vezes a mesma pergunta.
"Eu já lhe falei", disse Harry pacientemente, "ele poderia ser o melhor do mundo e eu não o manteria. Ele continua tentando dizer para todo o mundo o que fazer,
ele pensa que pode jogar melhor em qualquer posição que todos nós. Eu não vejo a hora de me livrar dele. E falando em evitar pessoas", Harry falou, levantando e
pegando a Firebolt dele, "você vai parar de fingir estar adormecido quando a Lilá vier visitá-lo? Ela está me deixando louco com isso".
"Oh", disse Rony, parecendo embaraçado. "Sim. Certo".
"Se você não quiser sair mais com ela, só lhe fale", disse Harry.
"Sim... bem... não é fácil, né?", disse Rony. Ele parou. "Hermione virá me ver antes da partida?", ele perguntou casualmente.
"Não, ela já foi para o jogo com Gina".
"Oh", disse Rony, parecendo bastante mal humorado. "Certo. Bem, sorte. Espero que você acabe com McLag - eu quero dizer, Smith".
"Eu tentarei", disse Harry, apoiando a vassoura nos ombros. "O vejo depois da partida".
Ele se apressou pelos corredores desertos; a escola inteira estava lá fora, sentada no estádio, ou então indo nesta direção. Ele estava olhando para fora das janelas
que passavam, tentando calcular quanto vento eles iriam enfrentar, quando um barulho o fez olhar para frente e ele viu Malfoy caminhando para ele, acompanhado por
duas meninas, ambas parecendo mal humoradas e ressentidas.
Malfoy parou a curta distância de Harry, então deu um riso curto, sem humor, e continuou andando.
"Aonde você vai?", Harry exigiu.
"Sim, eu realmente vou lhe dizer, porque isso é da sua conta, Potter", zombou Malfoy. "Você faria melhor se apressando, eles estão esperando para ver o Capitão
Escolhido - o Menino Que Sobreviveu - tudo que eles o chamam estes dias".
Um das meninas deu uma risadinha sem graça. Harry a encarou. Ela se ruborizou. Malfoy empurrou Harry para passar e, sendo seguido a trote pelas amigas, virou a esquerda,
desaparecendo de vista.
Harry ficou preso no mesmo lugar e os viu desaparecer. Isto estava enfurecendo-o; ele estava em cima da hora para a partida, e Malfoy estava se escondendo aqui dentro
enquanto o resto da escola estava ausente. Era, contudo, a melhor chance de Harry descobrir o que Malfoy fazia. Passaram-se alguns segundos silenciosos e Harry permaneceu
onde estava, congelado, contemplando o lugar onde Malfoy tinha desaparecido...
"Onde você esteve?", Gina exigiu, quando Harry correu para o vestiário. O time inteiro estava de uniforme e pronto; Coote e Peakes, os batedores, estavam batendo
os bastões deles nervosamente contra as pernas.
"Eu encontrei Malfoy", Harry lhe falou baixo, quando ele puxou o uniforme escarlate por cima da cabeça dele.
"Assim eu quis saber por que ele está no castelo com duas namoradas enquanto todo o mundo está aqui em baixo...".
"Isso importa agora?".
"Bem, não é provável que eu descubra, não é?", disse Harry, agarrando a Firebolt dele e empurrando os óculos. "Vamos então!".
E sem outra palavra, ele marchou para fora sobre uma chuva de vaias e palmas ensurdecedoras.
Havia um pouco de vento; céu cheio de nuvens, de vez em quando deslumbrando raios luminosos do sol.
"Condições enganadoras!", McLaggen disse ao time. "Coote, Peakes, quero que vocês voem fora do sol, assim eles não os verão vindo - "
"Eu sou o Capitão, McLaggen, eu dou as instruções a eles", disse Harry furiosamente. "Somente vá para o gol!".
Uma vez que McLaggen tinha saído, Harry virou para Coote e Peakes.
"Tenho certeza que vocês voarão fora do sol", ele lhes disse.
Ele deu um aperto de mão no capitão da Lufa Lufa, e então, Madame Hooch apitou, ele impulsionou e ganhou o ar, mais alto que o resto do time, voando ao redor do
campo à procura do pomo. Se ele pudesse pegá-lo bem e rápido, poderia ter uma chance de voltar até o castelo, pegar o Mapa do Maroto e descobrir o que Malfoy estava
fazendo...
"E lá Smith da Lufa Lufa com a goles", disse uma voz sonhadora, ecoando acima do campo. "Ele tinha sido o comentarista no jogo passado, claro, e Gina Weasley voou
nele, eu acho que provavelmente de propósito, ao que parece. Smith estava sendo bastante rude com Grifinória, eu espero que ele lamente isso agora que está jogando
com eles - oh, olhe, ele perdeu a goles, Gina o roubou dele, eu gosto dela, ela é muito agradável...".
Harry olhou para baixo no pódio do comentarista. Seguramente ninguém em sã consciência teria deixado Luna Lovegood comentar. Mas mesmo de onde estava não poderia
se enganar sobre aquele cabelo longo, loiro, nem o colar de rolha de cerveja amanteigada. . . . Ao lado de Luna, a Professora McGonagall estava parecendo ligeiramente
incomodada, como se ela estivesse tendo outros pensamentos realmente sobre este evento.
"... mas agora aquele jogador grande da Lufa Lufa pegou a goles dela, eu não posso me lembrar do nome dele, é algo como Bibble - não, Buggins -".
"É Cadwallader!", disse a Professora McGonagall ruidosamente ao lado de Luna. A multidão riu.
Harry buscou ao redor pelo pomo; não havia nenhum sinal dele. Momentos depois, Cadwallader marcou. McLaggen tinha gritado críticas para Gina por permitir a perda
da posse da goles, tendo como resultado ele não ter notado a bola vermelha grande que passou rente à orelha direita.
"McLaggen, preste atenção ao que você está fazendo e deixe o resto do time em paz!", Harry berrou, girando até ficar de frente para o goleiro deles.
"Você não está dando um grande exemplo!", McLaggen gritou, corado e furioso.
"E Harry Potter está discutindo agora com o goleiro dele", disse Luna serenamente, enquanto a multidão de Lufa Lufa e Sonserina ria e zombava. "Eu não penso que
isso lhe ajudará a achar o pomo, mas talvez seja um ardil inteligente...".
Xingando furiosamente, Harry deu meia volta e partiu novamente ao redor do campo, esquadrinhando os céus por algum sinal da minúscula bola dourada, alada.
Gina e Demelza marcaram um gol cada, dando aos torcedores vermelho e ouro abaixo algo para se alegrar. Então Cadwallader marcou novamente, fazendo o placar empatar,
mas Luna não parecia ter notado; ela apareceu singularmente desinteressada em tais coisas mundanas como a contagem, e continuou tentando chamar a atenção da multidão
para coisas tais como nuvens de forma interessante e a possibilidade de Zacharias Smith, que não manteve a posse da goles por mais que um minuto, estar sofrendo
algo chamado de "eminência de Perdedor".
"Setenta a quarenta para Lufa Lufa!", gritou a Professora McGonagall no megafone de Luna.
"É, já?", disse Luna vagamente. "Oh, olhe! O goleiro da Grinfória pegou o bastão de um dos batedores".
Harry girou em pleno ar ao redor dele. Definitivamente, McLaggen, por razões boas o suficiente para ele, tinha pegado o bastão de Peakes e parecia estar demonstrando
como rebater um balaço na direção de Cadwallader.
"Vá, devolva o bastão dele e volte para as traves!", rugiu Harry, jogando pedras para McLaggen da mesma maneira que McLaggen rebateu ferozmente ao balaço e o jogou
nele.
Uma cegueira de dor repugnante... Um flash de luz... Gritos distantes... E a sensação de cair por um túnel longo...
E a próxima coisa que Harry soube, era ele estava em uma cama notavelmente morna e confortável e estava olhando para um abajur que lançava um círculo de luz dourada
sobre um teto sombrio. Ele elevou a cabeça desajeitadamente. Lá, à esquerda dele havia uma familiar pessoa ruiva.
"Bom você ter aparecido", disse Rony, sorrindo.
Harry piscou e deu uma olhada. Claro: ele estava na ala hospitalar. O céu lá fora era anil riscado com vermelho. A partida deveria ter terminado horas atrás... Sem
qualquer esperança de encurralar Malfoy. Harry sentia a cabeça estranhamente pesada; ele elevou uma mão e sentia um turbante duro de bandagens.
"O que aconteceu?".
"Crânio rachado", disse Madame Pomfrey, atarefada, o empurrando para trás contra os travesseiros. "Nada para se preocupar, eu consertei isto imediatamente, mas eu
estou o mantendo aqui por esta noite. Você não deve ficar em pé durante algumas horas".
"Eu não quero ficar aqui esta noite", disse Harry furiosamente, sentando e atirando as cobertas longe. "Eu quero achar McLaggen e o matar".
"Eu tinha medo que ficasse realmente super agitado", disse Madame Pomfrey, empurrando-o firmemente para trás sobre a cama e erguendo a varinha de uma maneira ameaçadora.
"Você ficará aqui até que eu o libere, Potter, ou eu chamarei o diretor".
Ela voltou a trabalhar no escritório dela e Harry afundou de volta nos travesseiros dele, bufando.
"Você sabe por quanto nós perdemos?", ele perguntou para Rony entre dentes.
"Bem, sim eu sei", disse Rony. "Placar final: trezentos e vinte a sessenta".
"Brilhante", disse Harry selvagemente. "Realmente brilhante! Quando eu colocar as mãos em McLaggen -".
"Você não quer colocar as mãos nele, ele é do tamanho de um trasgo", disse Rony razoavelmente. "Pessoalmente, eu acho que seria muito bom azarar com aquela coisa
da unha de dedo do pé do Príncipe. De qualquer maneira, o resto do time deve ter cuidado dele antes de você sair daqui, eles não estão contentes...".
Havia uma nota de alegria mal disfarçada na voz de Rony; Harry poderia contar que ele não estava nada triste por McLaggen ter feito confusão tão grande. Harry se
deitou, encarando o facho de luz no teto, o crânio recentemente consertado doendo, certamente, mas o sentindo ligeiramente macio debaixo de toda a atadura.
"Eu pude ouvir os comentários da partida daqui", disse Rony, a voz dele tremendo agora com a risada. "Eu espero que Luna sempre comente de agora em diante... O Entusiasmo
de perdedor...".
Mas Harry ainda estava muito bravo para ver graça na situação, e depois de um tempo, os risos de Rony diminuíram.
"Gina veio te visitar enquanto você estava inconsciente", ele disse, depois de uma pausa longa, e a imaginação de Harry voou rápida, reconstruindo uma cena na qual
Gina, lamentando em cima da forma inanimada dele, confessou os sentimentos de atração profunda a ele enquanto Ron lhes dava a bênção dele... "Ela disse que você
chegou em cima da hora para a partida. O que aconteceu? Você saiu daqui bastante cedo".
"Oh...", disse Harry, com a cena na mente dele implodindo. "Sim... bem, eu vi Malfoy se movendo furtivamente com um par de meninas que não pareciam querer estar
com ele, e esta é a segunda vez que ele com certeza não estava no jogo de quadribol com o resto da escola; ele faltou à última partida também, se lembra?", Harry
suspirou. "Desejaria ter seguido-o agora, a partida foi um fiasco...".
"Não seja estúpido", disse Rony nitidamente. "Você não poderia faltar a uma partida de Quadribol só para seguir Malfoy, você é o Capitão!".
"Eu quero saber o que ele está fazendo", disse Harry. "E imaginei tudo na minha cabeça, depois do que eu ouvi entre ele e Snape -".
"Eu nunca disse que era tudo da sua cabeça", disse Rony, se apoiando no cotovelo e encarando Harry, "mas não há nenhuma regra que resolva tudo neste lugar! Você
está ficando obcecado com Malfoy, Harry. Eu quero dizer, pensando perder uma partida para o seguir...".
"Eu quero pegá-lo!", disse Harry frustrado. "Eu quero saber, aonde ele vai quando desaparece do mapa?".
"Eu não sei... Hogsmeade?", Rony sugeriu, bocejando.
"Eu nunca o vi indo ao longo de qualquer passagem secreta no mapa. De qualquer maneira, eu acho que elas estão sendo vigiadas agora, não ? "
"Bem então, eu não sei", disse Ron.
O silêncio caiu entre eles. Harry encarou o círculo de luz de abajur sobre ele, pensando...
Se ele tivesse o poder de Rufus Scrimgeour, ele poderia colocar um espião seguindo Malfoy, mas infelizmente Harry não tinha um escritório cheio de Aurores sob o
comando dele... Ele poderia tentar montar algo como a A. D., mas novamente havia o problema que ninguém ia querer perder as aulas; afinal de contas, a maioria deles
ainda tinha horários cheios. . . .
Houve um ronco baixo vindo da cama de Ron. Depois de um tempo Madame Pomfrey saiu do escritório dela, usando um roupão grosso. Era mais fácil fingir dormir; Harry
rolou do lado dele e escutou toda a movimentação de cortinas em volta deles quando ela usou a varinha dela apagando os abajures, e voltando ao escritório dela; ele
ouviu a porta fazer um clique atrás dela e soube que ela havia ido para cama.
Essa era, Harry refletiu na escuridão, a terceira vez que ele tinha sido trazido à ala hospitalar por causa de um ferimento de Quadribol. Uma vez, ele tinha caído
da vassoura dele devido à presença de dementadores ao redor do campo e, antes disso, todos os ossos tinham sido removidos do braço dele pelo erro no conserto pelo
Professor Lockhart . . . Esse tinha sido, sem dúvida, o ferimento mais doloroso dele... ele se lembrou da agonia de fazer crescer todos os ossos do braço em uma
noite, um desconforto não aliviado pela chegada de uma visita inesperada no meio da -
Harry sentou ereto, o coração batendo, balançando o turbante de ataduras dele. Ele teve a solução, afinal: Havia um modo para Malfoy ser seguido - como ele pôde
esquecer, por que não tinha pensado nisto antes?
Mas a pergunta era, como o chamar? O que fazer? Baixinho, numa tentativa, Harry disse na escuridão.
"Kreacher? "
Houve um estalado muito alto e os sons de luta e ranger encheu o quarto silencioso. Ron despertou com um gemido.
"O que está -? "
Harry apontou a varinha apressadamente para a porta do escritório de Madame Pomfrey e murmurou, "Muffliato! " de forma que ela não viria correndo. Então ele foi
para ponta da cama dele para ver melhor.
Dois elfos domésticos estavam rolando no chão no meio do dormitório, um que usava um colete marrom pequeno e vários gorros de lã, o outro, um trapo velho imundo
amarrado nos quadris dele como uma tanga. Então houve outro estrondo alto, e Pirraça, o Poltergeist, apareceu em pleno ar sobre os elfos lutando.
"Eu estava assistindo, Potty! " ele contou para Harry indignado, apontando à briga abaixo, antes de deixar sair um cacarejo alto. "Olhe para aquelas criaturas imundas
brigando, mordendo e mordendo, socando e socando - "
"Kreacher não insultará Harry Potter na frente do Dobby, ele não vai, ou Dobby fechará a boca de Kreacher para ele! " chiou Dobby em uma voz estridente.
"- Chute, idiota! " chiou Pirraça felizmente, jogando pedaços de giz nos elfos para os enfurecer ainda mais.
"Belisca, empurra! "
"Kreacher dirá que ele gosta do mestre dele, oh sim, também que ele é que um mestre, amigo imundo de Sangue ruim, oh, o que diria a pobre senhora de Kreacher -?
"
Exatamente o que a senhora de Kreacher teria dito eles não souberam, pois naquele momento Dobby afundou o pequeno punho na boca de Kreacher e arrancou fora metade
dos dentes dele. Harry e Ron saltaram das camas e separaram os elfos, entretanto eles continuaram tentando dar pontapés e esmurrar um ao outro, incitados por Pirraça,
que flutuava ao redor do abajur gritando, "enfia os dedos no nariz dele, avança no pescoço e puxa a orelha dele - "
Harry apontou a varinha dele para Pirraça e disse, "Langlock! " Pirraça apertou à garganta dele, tragou, então saiu do quarto fazendo gestos obscenos, mas incapaz
falar, porque a língua dele tinha grudado no céu da boca.
"Bom", disse Ron apreciando, já erguendo Dobby no ar, de forma que os membros agitados dele não tivessem contato com Kreacher. "Isso era outro feitiço do Príncipe,
não era? "
"Sim", disse Harry, torcendo o braço seco de Kreacher em um golpe de luta livre. "Certo - eu os proíbo de lutarem um com o outro! Bem, Kreacher, você está proibido
de lutar com o Dobby. Dobby, eu sei que não me permitem lhe dar ordens - "
"Dobby é um elfo doméstico e ele pode obedecer a qualquer um que ele gostar e Dobby fará qualquer coisa que Harry Potter quer que ele faça! " disse Dobby, abaixando
o rosto para o pequeno colete dele.
"Prove então", disse Harry, e ele e Ron libertaram os elfos que caíram no chão, mas não continuaram lutando.
"Mestre me chamou? " Kreacher chiou, fazendo uma mesura enquanto dava a Harry um olhar que claramente lhe desejava uma morte dolorosa.
"Sim, eu fiz", disse Harry, olhando para a porta do escritório de Madame Pomfrey para verificar que o feitiço do Muffliato ainda estava funcionando; não havia nenhum
sinal que ela tivesse ouvido qualquer coisa da comoção. "Eu tenho um trabalho para você."
"Kreacher fará qualquer coisa que Mestre quer", disse Kreacher, fazendo uma mesura tão grande que os lábios dele encostaram no chão, "porque Kreacher não tem escolha,
mas Kreacher está envergonhado de ter tal mestre, sim - "
"Dobby fará isto, Harry Potter! " rangeu Dobby, os olhos do tamanho de bolas de tênis marejados de lágrimas. "Dobby seria honrado em ajudar Harry Potter! "
"Pensando nisto, seria bom ter vocês dois", disse Harry. "Certo, então... eu quero que você siga Draco Malfoy."
Ignorando o olhar de surpresa e exasperação na face de Ron, Harry continuou, "eu quero saber onde ele vai, com quem ele está se encontrando e o que ele está fazendo.
Eu quero que vocês o siga o tempo todo."
"Sim, Harry Potter! " disse Dobby, os grandes olhos dele brilhando de excitação, imediatamente. "E se Dobby errar, Dobby se lançará de fora da torre mais alta, Harry
Potter! "
Não haverá necessidade disso", disse Harry rápido.
"Mestre quer que eu siga o mais jovem do Malfoys? " Kreacher coaxou. "Mestre quer que eu espie o sobrinho puro sangue de minha antiga senhora? "
"Isso.", disse Harry, prevendo um grande perigo e determinado a remediar isso imediatamente. "E o proíbo de dar informações para ele, Kreacher, ou se mostrar ou
falar com ele alguma coisa ou lhe escrever mensagens ou... ou o contatar de alguma forma. Entendeu isto? "
Ele esperou para ver Kreacher lutando para ver uma falha nas instruções que ele há pouco tinha sido recebido e tinha esperado. Depois de um momento ou dois e, para
grande satisfação de Harry, Kreacher se curvou profundamente novamente e disse, com ressentimento amargo, "Mestre pensa em tudo e Kreacher tem que o obedecer embora
Kreacher ficaria muito satisfeito em ser o criado do menino de Malfoy, oh sim. . . . "
"Isso está resolvido, então", disse Harry. "Eu quero relatórios regulares, mas tenham certeza que eu esteja sozinho quando vocês aparecerem. Ron e Hermione, tudo
bem. E não contem para ninguém o que vocês estão fazendo. Grudem em Malfoy como um par de verrugas.
CAPÍTULO 20
O PEDIDO DE LORD VOLDEMORT
Harry e Rony deixaram o hospital nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, a saúde plena restabelecida pelas administrações de Madame Pomfrey e agora capazes
de saber dos benefícios de estar desacordado após ter sido envenenado, o melhor de tudo era Hermione ter retomado a amizade com Rony. Hermione os escoltou até o
café da manhã, enquanto trazendo com ela as notícias que Gina tinha discutido com Dino. A criatura sonolenta, no tórax de Harry, despertou, fazendo ele elevar sua
cabeça rapidamente, aspirando o ar esperançosamente.
Sobre o que eles discutiram?", Ele perguntou, tentando soar casual à medida que eles viravam no corredor do sétimo andar, que estava vazio exceto por uma garotinha
que examinava a tapeçaria dos trolls vestidos de bailarina. Ela parecia apavorada ao ver os sextanistas e derrubou a pesada balança que estava carregando".
"Está tudo bem!" disse Hermione amavelmente, adiantando -se para ajuda -la. "Aqui...".
Ela bateu a sua varinha na balança quebrada e disse, "Reparo".A menina não agradeceu, mas permaneceu encolhida como um ponto à medida que eles passavam. Rony virou
e deu um olhar de relance para ela.
"Eu juro que eles estão ficando pequenos", ele disse.
"Não ligue pra ela", disse Harry, um pouco impaciente. "O que fez Gina e Dino discutirem, Hermione?".
"Oh, Dino estava rindo, quando McLaggen acertou você com aquele balaço" disse Hermione.
"Deve ter sido engraçado", disse Rony justificando. "Não pareceu nada engraçado", disse Hermione ardentemente. "Pareceu terrível e se Coote e Cumes não tivessem
pegado Harry, ele poderia ter se machucado seriamente".
"Sim, bem, não havia necessidade para Gina e Dino terem se separado por causa disso", disse Harry, ainda tentando soar casual. "Ou eles estão ainda juntos?".
"Sim, eles estão - mas por que você está tão interessado?" Hermione perguntou, dando a Harry um olhar afiado.
"Eu só não quero meu time de Quadribol bagunçado novamente!", ele disse apressadamente, mas Hermione continuou olhando suspeitamente, e ele pareceu mais aliviado
quando uma voz atrás dele o chamou, "Harry!", dando uma desculpa para virar de costas para Mione. "Oh, oi Luna".
"Eu fui até a ala do hospital procurar você", disse Luna, remexendo em sua bolsa.
"Mas me disseram que você tinha saído...".
Ela empurrou o que pareceu ser uma cebola verde, um grande cogumelo manchado, e uma quantia considerável do que parecia coco de gato nas mãos de Rony.
Finalmente retirou um rolo de bastante sujo de pergaminho, que deu para Harry.
"... Eu tinha que entregar isso a você".
Era um rolo pequeno de pergaminho, que Harry reconheceu como mais um convite para alguma lição com Dumbledore.
"Hoje à noite", ele disse a Rony e Hermione, quando o abriu.
"Comentário agradável à última partida!", disse Rony devolvendo a Luna a Cebola verde, o cogumelo, e coco de gato. Luna sorriu vagamente.
"Você está rindo de mim, não é?" Ela disse. "Todo mundo diz que eu era terrível".
"Não, é verdade!", disse Rony determinadamente. "Eu não lembro de ter feito nenhum comentário! O que é isto, a propósito?" Ele disse, segurando a cebola ao nível
do olho.
"Oh, é um Gurdyroot", ela disse, colocando a sujeira e o cogumelo de volta em sua bolsa. "Você pode ficar com ele se você gostar, eu tenho alguns deles. Eles são
realmente excelentes para afastar Tragos Grudentos". Ela foi embora, deixando Rony, e rindo, ainda olhando o Gurdyroot.
"Você sabe, ela gruda em mim, Luna", ele disse, quando eles partiram novamente para o Grande Corredor. "Eu sei que ela é insana, mas está bem-" Ele deixou de falar
repentinamente. Lilá Brown estava ao pé da escadaria marmórea parecendo atordoada. "Oi", disse o Rony nervosamente.
"Vamos", Harry murmurou para Hermione, e eles aceleraram o passo, entretanto não antes de ouvirem Lilá dizer, "Por que você não me disse que tinha saindo hoje? E
por que ela estava com você?".
Rony olhou ambos mal-humorado e aborrecido quando apareceu no café da manhã, meia hora mais tarde, entretanto ele se sentou com Lilá, mas Harry não os viu trocando
uma palavra sequer durante todo o tempo, que estiveram juntos. Hermione estava agindo como se nada estivesse acontecendo, mas uma ou duas vezes Harry a viu com um
sorriso malicioso. Durante todo aquele dia ela pareceu particularmente animada, e naquela noite na sala comunal ela consentiu em olhar (em outras palavras, terminar
de escrever) o trabalho de herbologia do Harry, coisa que ela já tinha se recusado a fazer, pois ela sabia que Harry iria deixar Rony copiar.
"Muito obrigado, Hermione", disse Harry, dando um tapinha leve em suas costas, então verificou seu relógio e viu que já era quase oito horas. "Escute, preciso me
apressar ou chegarei atrasado para Dumbledore...". Ela não respondeu, somente desejou alguma sorte enquanto escrevia. Sorrindo, Harry saiu pelo buraco do retrato
apressado e foi para o escritório do diretor. A Gárgula saltou de lado na menção de balas de leite, e Harry subiu a escadaria em espiral, dois degraus de cada vez,
batendo a porta exatamente no momento em que o relógio bateu oito horas.
"Entre", chamou Dumbledore, mas quando Harry estendeu uma mão para empurrar a porta, ela foi aberta violentamente... Lá estava a professora Trelawney.
"Aha!" Ela chorou, apontando dramaticamente para Harry piscando para ele através de seus esplendorosos óculos.
"Então esta é a razão de eu ser expulsa sem cerimônia de seu escritório Dumbledore!".
"Minha querida Sibilla", disse que Dumbledore em levemente exasperado. "Não há motivo para eu te para eu tirá-la sem cerimônia de nenhum lugar, mas Harry tem um
compromisso e eu realmente não acho que tenhamos nada mais a ser dito".
"Muito bem", disse a Professora Trelawney, com uma voz profundamente ferida. "Se você não irá banir aquele cavalo velho, assim seja...".
"Talvez eu deva achar uma escola onde meus talentos sejam mais bem apreciados...".
Ela empurrou Harry e desapareceu, escadaria espiral abaixo; Eles ouviram seu tropeção caminho abaixo, Harry achou que seria em um de seus xales.
"Por favor, feche a porta e sente-se, Harry". disse Dumbledore, soando bastante cansado.
Harry obedeceu, sentando-se na cadeira habitualmente na frente da mesa de Dumbledore, aquela onde a Penseira se localizava entre eles, mais uma vez com suas minúsculas
garrafas de cristal cheias de memórias que rodavam.
"A professora Trelawney não está feliz por Firenze continuar ensinando, não é?" Harry perguntou.
"Não", disse Dumbledore, "Adivinhação está apresentando muito mais dificuldades do que eu poderia ter previsto, nunca tendo estudado o assunto. Eu não posso pedir
a Firenze para voltar à floresta de onde ele foi banido nem posso pedir para Sybila Trelawney partir. Só entre nós mesmos, ela não tem nenhuma idéia do perigo que
corre fora do castelo. Ela não sabe - e eu penso que seria impossível para ela advinhar - que fez a profecia sobre você e Voldemort, veja você."
Dumbledore deu um suspiro profundo, então disse, "Mas não importa meus problemas de ordem pessoal. Nós temos assuntos muito mais importantes para discutir. Em primeiro
lugar - conseguiu realizar a tarefa que eu determinei ao término de nossa lição anterior? "
"Ah", disse Harry, pensando rápido. Com lições de Aparatação, Quadribol, Ron sendo envenenado e ele rachando a cabeça na determinação de descobrir o que Draco Malfoy
estava fazendo, Harry quase tinha se esquecido da lembrança que Dumbledore tinha lhe pedido que extraísse do Professor Slughorn. "Bem, eu perguntei para Professor
Slughorn por isto ao término da aula de Poções, senhor, mas, er, ele não disse nada para mim." Houve um certo silêncio.
"Eu sei", disse Dumbledore eventualmente, investigando Harry dos seus óculos de meia-lua e Harry tendo a impressão habitual que estava sendo radiografado. "Você
sente que tem mostrado seus melhores esforços neste assunto, tem? Que você exercitou tudo de sua ingenuidade considerável? Que você não deixou nenhum traço de esperteza
em sua indagação para pegar a memória? "
"Bem", Harry protelou, perdendo logo o que ele ia dizer. A única tentativa para conseguir recuperar a memória, de repente, pareceu embaraçosamente fraca. "Bem. .
. no dia que Ron engoliu a poção do amor por engano, eu o levei ao Professor Slughorn. Eu pensei que talvez eu conseguisse pegar o Professor Slughorn com bastante
bom humor - " "E cumpriu o trabalho? " Dumbledore perguntou. "Bem, não, senhor, porque Ron foi envenenado - " "- e, naturalmente, me fez esquecer qualquer tentativa
de conseguir a memória. "Eu não teria esperado nada mais, já que seu melhor amigo estava em perigo. Porém, uma vez ficou claro que Sr. Weasley ia ter uma recuperação
plena, eu teria esperado que você voltasse à tarefa que eu lhe estabeleci. Eu pensei que tinha deixado claro para você quão importante aquela memória é. Realmente,
eu fiz o melhor para embutir em você que é aquela memória é o mais crucial de tudo e que nós estaremos desperdiçando nosso tempo sem ela."
Um sentimento quente e espinhoso de vergonha se espalhou do topo da cabeça de Harry até os pés. Dumbledore não tinha erguido a voz, ele nem mesmo fez um som bravo,
mas Harry teria preferido que ele gritasse; esta decepção fria era pior que qualquer coisa.
"Senhor", ele disse, um pouco desesperadamente, "não é que eu não esteja aborrecido ou outra coisa, é que eu tive outras - outras coisas. . . "
"Outras coisas em sua mente", Dumbledore terminou a oração por ele. "Eu vejo."
O silêncio caiu novamente entre eles, o silêncio mais incômodo que Harry alguma vez tinha experimentado com Dumbledore; parecia não ter fim, só pontuados pelos pequenos
roncos grunhidos do retrato de Armando Dippet sobre a cabeça de Dumbledore. Harry se sentiu estranhamente diminuído, como se ele tivesse encolhido um pouco desde
que ele entrou na sala. Ele disse, "Professor Dumbledore, eu realmente sinto muito. Eu deveria ter feito mais. ... Eu deveria ter percebido que você não teria me
pedido para fazer isto se não fosse realmente importante."
"Obrigado por dizer isso, Harry", disse Dumbledore baixo. "Eu posso esperar, então, que você dará, de agora em diante, alta prioridade para este assunto? Interrompemos
nossos encontros depois de hoje a noite a menos que nós tenhamos aquela memória."
"Eu farei isto, senhor, eu a obterei", ele disse sério.
"Então, nós não falaremos mais sobre isso agora sobre isto", disse Dumbledore mais amável, "mas continuaremos com nossa história onde nós paramos. Você se lembra
onde foi isso? "
"Sim, senhor", disse Harry depressa. "Voldemort matou o pai dele e os avós e fez parecer como se o Tio Morfin tivesse feito isto. Então ele voltou para Hogwarts
e perguntou... ele perguntou para o Professor Slughorn por Horcruxes", ele resmungou envergonhado.
"Muito bom", disse Dumbledore. "Agora, você se lembrará, eu espero, que eu lhe disse no início destas nossas reuniões que nós estávamos entrando nos reinos de conjeturas
e especulação? "
"Sim, senhor."
"Assim, como espero eu que você concorde, eu lhe mostrei fontes, razoavelmente fortes, de fatos para minhas deduções sobre o que Voldemort fez até a idade de dezessete
anos? "
Harry concordou com a cabeça.
"Mas agora, Harry", disse Dumbledore, "agora coisas ficam mais obscuras e mais estranhas. Se era difícil de achar evidência sobre Riddle criança, ficado quase impossível
achar qualquer um preparado para se lembrar sobre o homem Voldemort. Na realidade, eu duvido que haja uma alma viva, fora dele, que poderia nos dar conta completa
da vida dele desde que ele deixou Hogwarts. Porém, eu tenho duas últimas recordações que eu gostaria de compartilhar com você." Dumbledore indicou as duas pequenas
garrafas de cristal que vislumbram ao lado da Penseira. "Eu ficarei alegre, então, se sua opinião sobre as conclusões que eu tirei delas parecerem prováveis."
A idéia que Dumbledore tinha a opinião de Harry em alta conta, o fez se sentir tão igualmente envergonhado quanto, quando ele tinha falhado na tarefa de conseguir
a memória de Horcrux, e ele se mexeu culpado no assento quando Dumbledore elevou a primeira das duas garrafas à luz e a examinou.
"Eu espero que você não esteja cansado de mergulhar nas recordações de outras pessoas, porque elas são lembranças curiosas, a destes dois", ele disse. "Este primeiro
veio de uma elfa doméstica muito velha de nome Hokey. Antes de nós vermos o que Hokey testemunhou, eu tenho que contar depressa como Lorde Voldemort deixou Hogwarts.
"Ele alcançou o sétimo ano da instrução dele com, como você poderia ter esperado, graus elevados em todos exames que ele tinha prestado. Ao redor dele, os colegas
estavam decidindo quais trabalhos iriam procurar uma vez que eles tinham deixado Hogwarts. Quase todo o mundo esperou coisas espetaculares de Tom Riddle, perfeito,
monitor chefe, ganhador do Prêmio por Serviços Especiais Prestados a Escola. Eu sei que vários professores, Professor Slughorn entre eles, sugeriram que ele se unisse
com o Ministério de Magia, marcando encontros, colocando o em contato com pessoas importantes. Ele recusou todas as ofertas. A próxima coisa que o pessoal soube,
era que Voldemort estava trabalhando na Borgin e Burkes."
"Na Borgin e Burkes? " Harry repetiu, atordoado.
"Na Borgin e Burkes", Dumbledore repetiu calmamente. "Eu penso que você verá que atrações o segurou naquele lugar quando nós entrarmos na memória de Hokey. Mas esta
não foi a primeira escolha de Voldemort de trabalho. Quase ninguém soube disto na ocasião - eu era um do poucos em quem o diretor confiou - mas Voldemort chegou
ao Professor Dippet primeiro e perguntou se ele poderia permanecer em Hogwarts como professor."
"Ele quis ficar aqui? Por que? " Harry perguntou, mais pasmo ainda.
"Eu acredito que ele teve várias razões, entretanto ele não confiou nenhuma deles ao Professor Dippet", disse Dumbledore. "Primeira e mais importante, Voldemort
era, eu acredito, mais preso a esta escola do que ele alguma vez foi a uma pessoa. Hogwarts era onde ele tinha estado mais contente; o primeiro lugar onde ele tinha
se sentido em casa."
Harry se sentiu ligeiramente incomodado por estas palavras, pois isto era exatamente como ele também se sentia sobre Hogwarts.
"Segundo, o castelo é um lugar seguro de magia antiga. Indubitavelmente Voldemort tinha descoberto muitos mais de seus segredos que a maioria dos estudantes que
passaram pelo lugar, mas ele pode ter sentido que ainda havia mistérios para desvendar, estoques de magia para encontrar.
"E em terceiro lugar, como um professor, ele teria tido grande poder e influência sobre as jovens bruxas e bruxos. Talvez ele tenha recebido a idéia do Professor
Slughorn, o professor com qual ele estava em melhores condições de preceber quão influente o papel de professor pode ser. Eu não imagino nem por um momento que Voldemort
pretendia passar o resto da vida dele em Hogwarts, mas eu penso que ele viu isto como um local de recrutamento útil, um lugar onde ele poderia começar a construir
um exército para ele".
"Mas ele não arrumou o emprego, senhor? "
"Não, ele não conseguiu. Professor Dippet lhe falou que ele era muito jovem aos dezoito, mas o convidou a tentar novamente em alguns anos, se ele ainda desejasse
ensinar."
"Como você se sentiu sobre isso, senhor? " Harry perguntou indeciso. "Profundamente intranqüilo", disse Dumbledore. "Eu tinha desaconselhado ao Armando a contratação
- eu não dei as mesmas razões que eu lhe dei, pois o Professor Dippet era mesmo apaixonado por Voldemort e convencido da honestidade dele. Mas eu não quis que Lorde
Voldemort ficasse nesta escola, e, especialmente, em uma posição de poder."
"Qual trabalho ele quis, senhor? Que assunto ele quis ensinar? "
De alguma maneira, Harry sabia a resposta antes mesmo de Dumbledore falar.
"Defesa Contra as Artes das Trevas. Estava sendo ensinada na ocasião por uma Professora velha de nome de Galatea Merrythought que tinha estado em Hogwarts durante
quase cinqüenta anos.
"Assim Voldemort foi embora para Borgin e Burkes e todo o pessoal que tinha o admirado, disse que isso era um desperdício, um jovem bruxo brilhante como ele, trabalhando
em uma loja. Porém, Voldemort não era um mero assistente. Cortês, bonito e inteligente, ele logo passou a fazer determinados trabalhos particulares do tipo que só
existe em lugares especializados como Borgin e Burkes como você sabe, Harry, em objetos com propriedades incomuns e poderosas. Voldemort foi enviado a persuadir
as pessoas para colocarem à venda os tesouros deles para os sócios, e ele era, por todas as contas, extraordinariamente talentoso nisto."
"Eu aposto que sim", disse Harry, incapaz se conter.
"Bem, realmente", disse Dumbledore, com um sorriso lânguido. "E agora está na hora de ter notícias de Hokey, a elfa doméstica que trabalhou para uma bruxa muito
velha, muito rica de nome Hepzibah Smith."
Dumbledore bateu na garrafa com a varinha dele, a cortiça voou fora e ele derramou a memória rodopiando na Penseira, dizendo depois que ele fez isso, "Depois de
você, Harry."
Harry levantou e se abaixou para conteúdo prateado ondulante da bacia de pedra mais uma vez até que a face dele o tocou. Ele caiu pelo escuro e pousou em um quarto,
sentando em frente a uma senhora velha, imensamente gorda que usava uma elaborada peruca cor de gengibre e um jogo rosa brilhante de vestes que flutuavam ao redor
dela, dando a ela uma aparência de bolo gelado derretendo. Ela estava olhando em um pequeno espelho enfeitado com jóias e passando ruge de leve sobre as bochechas
já escarlates com um grande pompom de pó, enquanto a elfa doméstica mais minúscula e velha que Harry alguma vez tinha visto estava atada aos pés carnudos com chinelos
apertados cetinosos dela.
"Se apresse, Hokey! " dito Hepzibah imperiosa. "Ele disse que viria às quatro, é só faltam alguns minutos e ele, contudo, nunca chega atrasado! "
Ela apertou o pompom de pó dela quando a elfa doméstica se endireitou. O topo da cabeça do elfa doméstica alcançava apenas o assento da cadeira de Hepzibah e a pele
encaroçada dela estava pendurada desalinhada com o lenço amassado que ela vestia preso como uma toga.
"Como eu pareço? " disse Hepzibah, virando a cabeça dela admirar os vários ângulos do rosto no espelho.
"Graciosa, senhora", chiou Hokey.
Harry só poderia assumir que estava no contrato de Hokey que ela tinha que mentir pelos dentes dela quando respondeu esta pergunta, porque Hepzibah Smith olhou em
sua direção pelo adorável na opinião dela.
A campainha da porta tocou e senhora e a elfa sal
CAPÍTULO 21
A SALA DESCONHECIDA
Harry quebrou a cabeça durante a semana seguinte pensando em como ele persuadiria Slughorn para que ele desse a verdadeira memória, mas nada ocorreu em sua mente
e ele se reduziu à fazer o que agora sempre fazia quando tinha uma decepção: Folheava seu livro de Poções, esperando que o Príncipe tivesse escrito algo proveitoso
em alguma margem, como ele havia feito muitas vezes antes.
"Você não vai achar nada aí"- disse firmemente Hermione, já tarde no domingo.
Não começa, Hermione" - disse Harry. "Se não fosse pelo Príncipe, Rony não estaria sentado aqui agora."
"Ele estaria se você tivesse escutado Snape no nosso primeiro ano" - disse desdenhosamente Hermione.
Harry a ignorou. Ele havia acabado de achar um encanto "Sectumsempra!" rabiscado numa margem acima das intrigantes palavras "Para inimigos", e ficou ansioso para
tentá-lo, mas achou melhor não fazê-lo na frente de Hermione. Ao invés disso, ele secretamente fez um vinco na página. Eles estavam sentados ao lado da lareira na
Sala Comunal; as únicas pessoas ainda acordadas eram outros sextanistas. Havia uma certa excitação quando eles voltaram do jantar para procurar algum aviso no quadro
que anunciasse a data do Teste de Aparatação. Aqueles que já tivessem 17 anos ou que completariam antes do primeiro dia de teste, 21 de Abril, tinham a opção de
se inscreverem para aulas adicionais, cujo lugar seria (extremamente supervisionado) em Hogsmade.
Ron havia entrado em pânico ao ler o aviso; ele ainda não havia conseguido aparatar e temia que não estivesse pronto para o teste. Hermione, que agora já havia conseguido
aparatar duas vezes, estava mais confiante, mas Harry, que não completaria 17 anos nos próximos quatro meses, não poderia fazer o teste, estando ele pronto ou não.
"Pelo menos você pode aparatar, mesmo assim!" - disse Ron tensamente. "Você não terá problemas até que Julho chegue!"
"Eu fiz isso apenas uma vez", Harry relembrou à ele; ele finalmente havia conseguido desaparecer e se rematerializar dentro de seu arco durante suas aulas.
Tendo perdido muito tempo em se preocupar de mais em Aparatação, Ron estava agora se esforçando para terminar uma redação muito difícil para Snape que Harry e Hermione
já tinham terminado. Harry esperava que recebesse uma nota baixa com a sua, porque havia descordado de Snape sobre a melhor maneira de se lidar com dementadores,
mas ele não se importava: a memória de Slughorn era a coisa mais importante pra ele agora.
"Eu estou te avisando, o Príncipe estúpido não vai te ajudar nisso, Harry!" - disse Hermione, com a voz mais alta. "Só há uma maneira de forçar alguém à fazer algo
que você quer, e é com a Maldição Imperius, que é ilegal".
Sim, eu sei disso, obrigado, " - Harry disse, não tirando os olhos do livro. "É por isso que estou procurando algo diferente. Dumbledore diz que Veritaserum não
funcionará, mas deve haver outra coisa, uma poção ou feitiço..."
"Você está fazendo isso da maneira errada" - Hermione disse. "Só você pode conseguir a memória, Dumbledore disse. Isso deve significar que você pode persuadir Slughorn
quando ninguém mais pode. Não é questão de lhe dar uma poção, qualquer um poderia fazer isso..."
"Como se soletra beligerante?" - disse Ron, agitando dificilmente sua pena enquanto olhava fixamente seu pergaminho. "Não pode ser B - U - M..."
"Não, não é," - disse Hermione, puxando a redação de Ron até ela. "Nem "presságio" começa com O - R - G também. Qual tipo de pena você está usando?"
"Uma das penas "Checar-Soletragem" do Fred e do Jorge, mas eu acho que o feitiço deve estar falhando.
"Sim, deve mesmo," - disse Hermione, apontando para o título da redação, "porque fomos perguntados como nós lidaríamos com dementadores, e não bombas de bosta,
e não me lembro de você ter mudado seu nome para "Roonil Wazlib, também."
Ah não!" - disse Ron, encarando horrorizado para o pergaminho. "Não diga que eu terei de reescrever tudo isso de novo!"
"Tudo bem, a gente pode consertar, " - disse Hermione, puxando a redação para perto dela e pegando sua varinha.
"Eu te amo, Hermione!," - disse Ron afundando em sua cadeira, piscando seus olhos---. Hermione ficou fracamente rosada, mas apenas disse " Não deixe Lavender escutar
você dizer isso."
"Não deixarei," - disse Ron entre suas mãos. "Ou talvez eu deixe, assim ela termina comigo."
"Porque você não termina com ela já que não quer mais ficar com ela? - perguntou Harry.
"Você nunca teve de dar um fora em alguém, não é? - disse Ron. "Você e Cho apenas..."
"Nos separamos de alguma maneira, sim," - disse Harry.
"Gostaria que isso acontecesse com a Lavender e eu," disse Ron tristemente, vendo Hermione silenciosamente batendo nas palavras escritas incorretamente na redação
de Ron com a ponta de sua varinha, assim elas se auto-corrigiam na página. "Mas quanto mais eu dou a entender que quero terminar, mais ela me abraça. É como estar
saindo com a lula gigante."
"Aqui," - disse Hermione, mais ou menos vinte minutos mais tarde, devolvendo a redação de Ron.
"Muitíssimo obrigado," - disse Ron. "Posso pegar sua pena emprestada pra escrever a conclusão?". Harry, que não havia encontrado nada de útil nas anotações do Príncipe
Mestiço até então, olhou ao redor; eles três eram as únicas pessoas restantes na Sala Comunal, Simas acabara de subir para ir deitar, amaldiçoando Snape e sua redação.
Os únicos ruídos eram os estalados do fogo e o arranhar da pena de Hermione, que Ron usava escrevendo no pergaminho o último parágrafo sobre dementadores. Harry
havia apenas fechado o livro do Príncipe Mestiço, bocejando, quando...
Crack!
Hermione soltou um gritinho; Ron derramou tinta em sua recém terminada redação, e Harry disse, "Monstro!"
O elfo-doméstico fez uma reverência e disse aos seus próprios ásperos dedos do pé. "Mestre disse que ele queria relatórios regulares sobre o que o menino Malfoy
está fazendo, então Mostro veio dar..."
Crack!
Dobby apareceu do lado de Monstro, com seu chapéu de abafador de chá torto. "Dobby têm ajudado também, Harry Potter!" ele gritou, dando em Monstro um olhar de ressentimento.
"E Monstro teve a obrigação de dizer à Dobby quando ele ia ver Harry Potter para que assim os dois pudessem fazer seus relatórios juntos!"
"O que é isso?" - perguntou Hermione, ainda olhando socada para as aparições repentinas. "O que está acontecendo, Harry?" Harry hesitou antes de responder, porque
ele não havia contado à Hermione que tinha mandado Monstro e Dobby ficarem atrás de Malfoy; elfos-domésticos eram sempre um assunto muito tocante para ela.
"Bem... eles têm seguido Malfoy pra mim," ele disse.
"Dia e noite," grasnou Monstro.
"Dobby não têm dormido à uma semana, Harry Potter!" - disse Dobby, balançando onde ele estava. Hermione olhou indignada.
"Você não têm dormido, Dobby? Mas claramente, Harry, você não disse à ele que não..."
"Não, claro que não," - disse Harry rapidamente. "Dobby, você pode dormir, tá legal?" Mas nenhum de vocês descobriu nada? Ele se apressou para perguntar antes que
Hermione pudesse intervir de novo.
"Mestre Malfoy se movimenta com a nobreza de um próprio sangue-puro," - guinchou Monstro o quanto antes. "Suas feições recordam as da minha ama e suas maneiras são
as de..."
"Draco Malfoy é um menino mal!" - gritou Dobby irritadamente. "Um menino mal que, que..." Ele tremeu da borda de seu chapéu aos dedos dos pés em suas meias e então
correu até o fogo, prestes à se jogar nele. Harry, atento à essa atitude que não era inteiramente inesperada, agarrou-o pelo meio e segurou-o rápido. Por alguns
segundos Dobby relutou, mas depois mancou.
"Obrigado, Harry Potter," - ele ofegou. "Dobby ainda acha difícil falar mal de seus velhos mestres.." Harry soltou-o; Dobby ajeitou seu chapéu e disse desafiadamente
à Monstro, " mas Monstro deveria saber que Draco Malfoy não é um bom mestre para um elfo-doméstico!"
"Sim, nós não precisamos ouvir sobre você estar apaixonado por Malfoy," - Harry disse à Monstro. "Vamos direto sobre onde ele na verdade têm ido."
Monstro fez reverência novamente, olhando furiosamente, e disse, "Mestre Malfoy come no Salão Principal, ele dorme no dormitório nas masmorras, ele presta atenção
em suas aulas numa variedade de..."
"Dobby, me diga você," - disse Harry, interrompendo Monstro. "Ele têm ido a algum lugar que não deveria ir?"
"Harry Potter, senhor," confessou Dobby, seus grandes e oblíquos olhos estavam brilhando por causa da lareira, "o menino Malfoy não está quebrando nenhuma regra
que Dobby possa descobrir, mas ele ainda lamentavelmente tem evitado revelar algo. Ele têm feito visitas regulares ao 7º andar com vários outros alunos, que ficam
vigiando para ele enquanto ele entra..."
"A Sala Precisa!" - disse Harry, batendo em sua testa com o livro "Fazendo Poções Avançadas". Hermione e Ron o encararam. "É pra lá que ele têm escapado! É lá que
ele tem feito... seja lá o que está fazendo! E aposto que é por isso que ele tem sumido do mapa - pensando nisso, eu nunca vi a Sala Precisa no mapa!"
"Talvez os Marotos nunca souberam da existência da sala," - disse Ron.
"Eu acho que isso faz parte da mágica da Sala," - disse Hermione. "Se você precisa que seja secreta, ela será."
"Dobby, você pode entrar na Sala e ver o que é que Malfoy está fazendo?" - disse Harry ansiosamente.
"Não Harry Potter, isso é impossível," - disse Dobby.
"Não, não é," - disse Harry o quanto antes. "Malfoy entrou na A.D. no ano passado, então eu serei capaz de entrar e espioná-lo, sem problema."
"Mas eu não acho que você vá conseguir, Harry!" Disse Hermione lentamente. Malfoy já sabia exatamente como nós estávamos usando a sala, sabia por que
aquela idiota da Marietta dedurou. Ele precisava que a sala se transformasse
no quartel da A.D.,e ela se transformou.Mas você não sabe no que a sala se
transforma quando Malfoy entra nela,então você não sabe no que mandar ela se
transformar."
"Haverá um jeito" disse Harry dispersamente." Você foi brilhante, Dobby."
"Monstro foi bem também," disse Hermione gentilmente; mas longe de parecer
engrandecido, Monstro desviou seus enormes olhos cor de sangue e coaxou no
forro, "A sangue ruim está falando com Monstro, Monstro fingir que não
pode ouvir-"
"Páre com isso," Harry o ordenou, e Monstro fez uma última reverência e
desaparatou. "Seria melhor você dormir um pouco também, Dobby."
"Obrigado, senhor Harry Potter!" rangeu Dobby alegremente, e também sumiu.
"Isso não é bom?! Disse Harry entusiasticamente, virando-se para Ron e
Hermione no momento em que a sala estava sem elfos de novo. "Nós sabemos
onde Malfoy está indo! Nós o cercamos agora!"
"Sim, isso é ótimo." Disse Ron raivosamente, cuja tentativa de limpar a
encharcada massa de tinta se tornou quase uma completa experiência. Hermione
Puxou a varinha e começou a retirar a tinta.
"Mas o que está acontecendo com ele para ir lá com um monte de alunos?"
disse Hermione."Quantas pessoas estão nisso? Você não acha que ele confia em
todos eles para saber o que ele está fazendo---"
"Sim, isso é estranho." Disse Harry, franzindo a testa. "Eu o ouvi dizendo a
Crabbe que não era da conta dele o que ele estava fazendo... então o que ele
quer dizer com isso...isso..." a voz de Harry sumiu,ele olhava furtivamente
para a lareira."Deus,que idiota eu fui." Disse ele sussurrante." É óbvio,não
é?Tinha um monte disso no calabouço... ele poderia ter roubado um pouco
durante a lição..."
"Roubado o que?" disse Ron.
"Poção Polissuco. Ele roubou um pouco da poção Polissuco que Slughorn nos
mostrou na nossa primeira aula de poções... não há muitos alunos montando
guarda para Malfoy... É só Crabbe e Goyle como de costume... Sim, Tudo se
encaixa!" disse Harry, que levantou de um salto e começou a andar em frente
à lareira. "Eles são suficientemente idiotas para fazer o que ele manda
mesmo que não saibam o que ele pretende, mas ele não quer que eles sejam
vistos rondando a Sala precisa, então ele os fez tomar Poção Polissuco para
fazê-los parecer com outras pessoas... Aquelas duas garotas que eu vi com
ele quando ele perdeu o Quadribol - há! Crabbe e Goyle!"
"Você quer dizer," disse Hermione numa voz comedida," que aquela garotinha
cuja balança eu consertei -- ?"
"Sim,claro!" Disse Harry alto, olhando furtivamente para ela. "Claro! Malfoy
devia estar dentro da sala naquela hora, então ela - do que eu estou
falando? - ele derrubou as balanças para dizer a Malfoy não sair,por que tinha alguém lá! E havia aquela garota que deixou cair a ova de sapo também! Nós passamos
por ele esse tempo todo e não percebemos!"
"Ele fez Crabbe e Goyle se transformarem em garotas?"Indagou
Ron."Coitados...por isso eles não pareciam muito alegres esses dias. Estou
surpreso por eles não dizerem a Malfoy para não fazer isso."
"Bem,eles não iriam,iriam,se ele tivesse mostrado sua Marca negra?" disse
Harry
"Humm... a Marca Negra nós não sabemos se existe." Disse Hermione
sensatamente, pegando a redação seca de Ron antes que pudesse causar mais
estragos e segurando pra ele.
"Veremos" disse Harry secretamente.
"Sim,nós veremos." disse Hermione, abaixando e alongando-se. "mas,Harry,
antes que você se empolgue, eu ainda não acho que você consiga entrar na
Sala Precisa sem saber o que há lá antes. E eu acho que você não deveria
esquecer disso"- Ele pôs sua mochila no ombro e olhou para ele seriamente ---
"Você deveria estar se concentrando em pegar aquela memória de Slughorn. Boa
noite."
Harry viu ela sair, sentindo-se mal. Uma vez que a porta do dormitório
feminino fechou atrás dela ele virou-se para Ron." O que você acha?"
"Queria poder desaparatar como um elfo doméstico." Disse Ron, olhando
furtivamente para o lugar de onde Dobby havia sumido. "Aquele teste de
aparatação seria moleza."
Harry não dormiu direito àquela noite. Ele ficou acordado pelo que pareceram
horas, imaginando como Malfoy estava usando a Sala Precisa e o que
ele, Harry, veria quando entrasse lá no dia seguinte, pelo que Hermione
disse, Harry tinha certeza de que se Malfoy pode ver o quartel general da
A.D., ele poderia ver o de Malfoy. O que poderia ser? Um lugar de encontros?
Um esconderijo? Um workshop? A mente de Harry trabalhou fervorosamente e seus sonhos, quando ele finalmente dormiu, eram quebrados e perturbado por imagens de Malfoy,
que se transformou em Slughorn, que se transformou em Snape...
Harry estava muito adiantado para o café da manhã no dia seguinte; ele tinha
um tempo livre antes da aula de Defesa contra as artes das trevas e estava
determinado a passá-lo tentando entrar na Sala Precisa. Hermione não
mostrava nenhum interesse em seus planos de entrar na Sala, o que irritou
Harry, Por que ele achou que ela seria de grande ajuda se quisesse.
"Olhe," disse ele discretamente, levantando-se e pondo a mão no Profeta
Diário, que ela havia acabado de receber pelo correio coruja, para impedi-la
de abri-lo e sumir atrás dele. "Eu não esqueci sobre Slughorn, mas eu não
tenho idéia de como pegar aquela memória dele, e até eu conseguir uma lavagem cerebral por que eu não deveria descobrir o que Malfoy está fazendo?"
"Eu já disse, você tem que persuadir Slughorn,"disse Hermione. "Isso não é
uma questão de pegá-lo ou enfeitiçá-lo, ou Dumbledore poderia ter feito isso
em um segundo. Ao invés de rondar a Sala Precisa" -Ela tirou o Profeta
Diário debaixo da mão de Harry e focou a primeira página-"você deveria ir,
encontrar Slughorn e começar a apelar à sua bondade natural."
"Alguém conhecido --- ?" perguntou Ron, quando Hermione olhou rapidamente as
manchetes.
"Sim!" disse Hermione, fazendo que tanto Harry quanto a Ron parassem o café
da manhã."Mas está tudo bem, ele não está morto --- é Mundungus, ele foi
preso e mandado para Azkaban! Algo a ver com conjurar um inferius durante uma
tentativa de assalto,e alguém chamado Octavius Pepper desapareceu. Oh, que
horrível, um garoto de nove anos foi preso por tentar matar seus avós, eles
acham que o garoto estava sob a maldição Imperius."
Eles terminaram seu café da manhã em silêncio. Hermione foi imediatamente
para a aula de Runas antigas; Ron para o salão comunal, onde ele ainda tinha
que acabar sua dissertação sobre dementadores para Snape, e Harry para o
corredor no sétimo andar na parede oposta a que estava a tapeçaria de
Barnabás, o Tolo ensinando trasgos a dançar balé.
Harry saiu de sua capa de invisibilidade uma vez que ele encontrou uma
passagem vazia, mas ele não podia ser interrompido. Quando ele alcançou seu
destino ele encontrou o lugar vazio. Harry não estava certo se suas chances
de entrar na sala eram melhores com Malfoy dentro ou fora dela, mas pelo
menos sua primeira tentativa não seria complicada pela presença de Crabbe ou
Goyle fingindo ser uma garota de onze anos.
Ele fechou os olhos e se aproximou de onde a porta da Sala precisa estava
escondida. Ele sabia o que tinha que fazer; ele aprimorou-se nisso no ano
anterior. Concentrando-se com toda sua força ele pensou, "Eu preciso ver o
que Malfoy está fazendo aqui... preciso ver o que Malfoy está fazendo
aqui... preciso ver o que Malfoy está fazendo aqui..."
Três vezes ele passou pela porta; depois, seu coração batendo com excitação,
ele abriu os olhos e olhou-mas ele ainda estava olhando para uma parede
vazia. Ele deu um passo a frente e experimentou empurrar. A rocha
permaneceu sólida e imóvel.
"Tudo bem" disse Harry alto."Tudo bem... eu pensei na coisa errada..." ele
refletiu por um momento depois parou de novo,olhos fechados,concentrando-se
o mais forte que podia."Eu preciso ver o lugar que Malfoy freqüenta
secretamente... Eu preciso ver o lugar que Malfoy freqüenta secretamente...
Eu preciso ver o lugar que Malfoy freqüenta secretamente..." Depois de andar
em frente a porta por três vezes, ele abriu os olhos.
Não havia porta.
"Oh, vamos lá" ele disse à parede irritadamente."Aquilo era um pedido
claro.Legal." Ele pensou muito por vários minutos antes de tentar mais uma
vez. " Eu preciso que você se torne o lugar que se tornou para Draco Malfoy..."
Ele não abriu os olhos imediatamente quando acabou sua patrulha; ele estava
prestando atenção, como se ele fosse ouvir a porta aparecer. Ele não ouviu
nada,no entanto, exceto o distante piar dos pássaros do lado de fora. Ele
abriu os olhos;
Ainda não havia nenhuma porta.
Harry jurava. Alguém gritou. Ele olhou ao redor para ver um grupo de alunos do primeiro ano correndo de costas pra parede, dando a impressão de que eles haviam encontrado
um fantasma aparentemente desbocado.
Harry pensou de todo o jeito "Preciso ver o que Malfoy está fazendo ai dentro" que ele pôde pensar durante uma hora inteira, no fim, ele foi obrigado a admitir que
Hermione estava certa: A sala simplesmente não quis se abrir para ele. Frustrado e aborrecido, ele partiu para aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, tirando
a Capa de Invisibilidade e guardando junto a sua bolsa.
"Atrasado novamente, Potter", disse Snape friamente, quando Harry se apressou para entrar na sala. "Dez pontos da Grifinória". Harry olhou feio para Snape e se arremessou
ao assento ao lado de Ron. Metade da classe ainda estava de pé, tirando livros e organizando suas coisas; ele não poderia ter demorado muito mais que eles.
"Antes de nós começarmos, eu quero seus ensaios sobre dementadores" disse Snape, agitando sua varinha, de forma que vinte e cinco rolos de pergaminho planaram no
ar e se empilharam sobre a mesa dele. "E eu espero que eles estejam melhores do que o ensaio que eu pedi sobre a Maldição Imperius. Agora, se vocês abrirem seus
livros na pagina-o que foi, Sr Finnigan?"
"Senhor" disse o Simas "eu gostaria de saber, qual é a diferença entre um Inferius e um fantasma? Porque havia algo no jornal sobre um Inferius-"
"Não, não havia" disse Snape numa voz entediada.
"Mas senhor, eu ouvi as pessoas falarem que-"
"Se você tivesse lido o artigo em questão, Sr Finnigan, você saberia que o Inferius nada mais era que um ladrão covarde e fedorento que atende pelo nome de Mundungus
Fletcher".
"Eu pensei que Snape e Mundungus estavam do mesmo lado" murmurou Harry para Ron e Hermione. " ele não deve ter ficado chateado por o mesmo ter sido apanhado -"
"Mas Potter parece ter muito que dizer sobre o assunto", disse Snape, apontando de repente ao fundo da sala, os olhos pretos dele fixos em Harry. "Nos deixe perguntar
Potter, como nós saberíamos a diferença entre um Inferius e um Fantasma".
A classe inteira virou-se para Harry que apressadamente que tentava se lembrar do que Dumbledore lhe falou na noite em que foram visitar Slughorn. "Er-bem-fantasmas
são transparentes-" ele disse.
"Muito bom", disse Snape torcendo seu lábio. "É, é notável que seis anos de educação mágica não foram desperdiçados em você, Potter. Fantasmas são transparentes".
Pansy Parkinson soltara uma risadinha aguda. Vários outros também sorriam de satisfação. Harry respirou fundo e calmamente continuou, entretanto seu interior estava
fervendo, "Sim, fantasmas são transparentes, mas Inferius são corpos mortos, não são? Então eles são sólidos-"
"Uma pessoa de cinco anos poderia ter nos contado o mesmo" zombou Snape. "O Inferius é um cadáver que foi reanimado por feitiço de um Bruxo das Trevas. Não está
vivo, é meramente usado como um fantoche pelo bruxo. Um fantasma, como acredito que vocês agora saibam, é a impressão de uma alma passada na terra, e claro, como
Potter tão sabiamente nos falou, transparente".
"Bem, o que Harry disse é mais útil se encontrarmos com um!" Disse Ron. "Quando nós encontrarmos com um cara a cara veremos se ele é sólido, não é, não iremos perguntar
com licença, você é a impressão de uma alma passada?" Houve um acesso de risadas por toda sala, que foi interrompido pelo olhar lançado por Snape.
"Outros dez pontos da Grifinória" disse Snape. "Eu não esperaria nada mais sofisticado de você, Ronald Weasley, tão sólido que não consegue aparatar meia polegada
através do aro".
"Não!" Hermione sussurrou agarrando Harry pelo braço quando ele abriu a boca dele furiosamente. " Mais um pouco e você irá cumprir detenção outra vez, deixe."
"Agora abram seus livros na página duzentos e treze", disse Snape, com um pequeno sorriso de satisfação, "e leiam os dois primeiros parágrafos da Maldição Cruciatus".
Ron era muito requisitado na classe. Quando o sino soou ao término da aula, Lilá alcançou Ron e Harry (Hermione misteriosamente sumiu como se tivesse aparatado)
. Ela tentou desviar o assunto de Snape, que abusou calorosamente, zombando da aparatação de Ron, mas isso pareceu irritar Ron, e ele livrou-se dela fazendo um desvio
pelo banheiro dos meninos junto a Harry.
"Snape esta certo, não está?" Disse Ron, depois de fitar um espelho rachado por um minuto ou dois. "Eu não sei se deveria fazer o teste. Eu posso cair tentando aparatar".
"Você pode fazer as sessões extras em Hogsmeade e ver por onde eles começam", disse Harry razoavelmente. "Será mais interessante que tentar em um arco estúpido de
qualquer maneira. Então, se você ainda não for-você sabe-tão bom quanto você gostaria de ser, você pode adiar o teste, faça comigo durante o verão - Murta, este
é o banheiro dos meninos!"
O fantasma de uma menina saiu de um boxe atrás deles e agora flutuava pelo ar, encarando-os pelos óculos grossos, brancos e redondos. "Oh", ela disse abatida. "São
vocês dois."
"Quem você estava esperando?" Disse Ron, olhando para ela no espelho.
"Ninguém", disse Murta, selecionando tristemente uma mancha em seu queixo. "Ele disse que voltaria pra me ver, entretanto você disse que apareceria e me visitaria
também" - e lançou um olhar de reprovação a Harry - "e eu não o vi por meses e meses. Eu aprendi a não esperar muito dos meninos."
"Eu pensei que você vivia no banheiro das meninas?" Disse Harry que tinha tido cuidado de dar um espaço entre o box durante alguns anos.
"Eu vivo" ela disse mal-humorada encolhendo os ombros, "mas isso não quer dizer que eu não visito outros lugares. Eu vim e o vi uma vez em seu banho, lembra-se?"
"Nitidamente", disse Harry.
"Mas eu pensei que ele gostasse de mim" disse ela queixosamente. "Talvez se vocês dois deixassem, ele voltaria novamente. Nós tivemos muito em comum. Eu acho que
ele também percebeu isso."
E ela olhou esperançosamente para a porta. "Quando você diz que vocês têm muito em comum", disse Ron, soando bastante engraçado agora, "Significa que ele também
vive curvado?".
"Não", disse Murta desafiante, a voz dela ecoava ruidosamente ao redor do ladrilho do velho banheiro. "Eu quero dizer ele é sensível, as pessoas o intimidam também,
ele sente só e tem não tem ninguém para conversar, e ele não tem medo de mostrar seus sentimentos e chorar!".
"Havia um menino chorando aqui?" Disse Harry curiosamente. "Um garoto jovem?"
"Você não notaria!" Disse Murta, seus pequenos olhos fixaram em Ron que estava sorrindo. "Eu prometi que não contaria para ninguém, e levarei o segredo dele para
o-"
"-não ao tumulo, certamente?" Disse Ron com um bufo. "Os esgotos, talvez". Murta deu um uivo de raiva e mergulhou de costas no banheiro, fazendo a água espirrar
por todos os lados e sobre o chão. Provocar Murta parecia ter dado um coração fresco em Ron. "Você tem razão", ele disse balançando a maleta escolar sobre seu ombro,
"eu farei as sessões de prática em Hogsmeade antes que eu decida se irei fazer a prova".
E assim no fim de semana seguinte, Ron uniu-se a Hermione e o resto dos sextanista que completariam dezessete a tempo para fazer a prova em quinze dias. Harry sentiu-se
com ciúmes ao ver todos prontos para ir ao vilarejo; ele sentiu falta das viagens para lá, e era um dia de primavera particularmente bom, um dos primeiros que o
céu estava claro como eles não viam há muito tempo. Porém, ele tinha decidido que era hora de tentar outro assalto a Sala Precisa.
Você faria melhor, " disse Hermione, quando ela confiou esta planta a Rony durante sua entrada no saguão, "indo direto ao escritório de Slughorn e tentando tirar
essa memória dele."
"Eu tenho tentado!" disse Harry atravessado,o que era perfeitamente verdadeiro.
Tinha voltado após cada aula de poções durante a semana, em uma tentativa de falar com Slughorn de canto, mas o mestre de poções virava sempre à esquerda em direção
às masmorras tão rapidamente que Harry não tinha conseguido pegar.
Por duas vezes, Harry tinha ido a seu escritório e batido a porta, mas não recebeu nenhuma resposta.Porém, na segunda ocasião teve certeza que havia ouvido os sons
rapidamente sufocados de um gramofone velho.
"Ele não quer falar comigo, Hermione! Pode me dizer pra tentar começar outra vez nos seus próprios, e não está deixando acontecer."
"Bem, você tem apenas começado a manter-se nele,você não tem?" A fila curta das pessoas que esperavam passar por Filch, que fazia seu ato usual com o sensor de segredos,
estando mais a frente um pouco depois, Harry não respondeu caso fosse ouvido pelo zelador. Desejou boa sorte a Rony e Hermione, e então virou e subiu a escadaria
de mármore, determinado, novamente, mesmo com qualquer coisa que Hermione disse-se, a dedicar uma hora ou duas para a Sala Precisa.
Uma vez longe da vista do corredor de entrada, Harry puxou o Mapa do Maroto e a Capa da Invisibilidade de sua mochila. Tendo se escondido, ele bateu no mapa, e murmurou,"
Juro solenemente não fazer nada de bom," cuidadosamente.
Como era domingo pela manhã, quase todos os estudantes estavam dentro das várias salas comunais; s da Grinfinória em uma torre, os da Corvinal em outra, os Sonserinos
nos calabouços, e o da Lufa-Lufa no porão perto da cozinha. Aqui e lá uma pessoa perdida vagava ao redor da biblioteca ou num corredor de cima. Tinham poucas pessoas
nos andares, e lá, sozinho no corredor do sétimo andar, estava Gregori Goyle. Não havia nenhum sinal da "Sala Precisa", mas Harry não estava preocupado com isso;
se Goyle estava de guarda do lado de fora, o quarto estava aberto, o mapa mostrando isso ou não. Ele correu então para cima, subindo os degraus, só reduzindo a velocidade
quando alcançou um canto no corredor, quando ele começou a rastejar, muito lentamente, em direção a uma menininha que segurava suas tão pesadas balanças de latão,
aquela que hermione tinha ajudado há uns 15 dias antes tão amavelmente. Ele esperou até chegar atrás dela antes de se abaixar e muito baixo sussurrar :
" Olá...você é muito linda, não é? "
Goyle deu um grito alto, morrendo de medo, jogou para cima as balanças no ar, e correu pra fora, enquanto desaparecia da visão de Harry antes do som das balanças
que caíram no chão ecoar ao redor. Rindo, Harry virou-se para contemplar a parede em branco atrás da qual, ele estava seguro, Draco Malfoy estava gelado agora e
de pé, informado que alguém mal vindo está lá fora, mas não ousou fazer um aparecimento. Deu para Harry um sentimento mais agradável de poder, então ele tentou se
lembrar que forma de palavras já havia usado e começou a fazer as que ele ainda não havia experimentado.
Mas esta disposição esperançosa não durou muito tempo. Meia hora depois, ele havia tentado muitas variações de pedido para ver Malfoy, e a parede continuava da mesma
maneira. Harry sentiu-se inacreditavelmente frustrado.
Malfoy poderia estar só há alguns passos longe dele, e ainda não havia um pequeno indício sobre o que ele estava fazendo lá. Perdendo a paciência completamente,
Harry correu à parede e a chutou .
"AI!"
Ele pensou que poderia ter quebrado o dedo do pé; como ele apertou e pulou em um pé, a cada da Invisibilidade deslizou sobre ele.
"Harry?"
Ele girou ao redor, viu um par de pernas, e tombou de lado. Lá, para sua surpresa absoluta, era Tonks, caminhando para ele como se, freqüentemente passa-se neste
corredor.
"O que você está fazendo aqui?" ele disse, subindo novamente e rastejando com seus pés; por que ela sempre acha escondido no chão?
"Eu vim ver Dumbledore," disse Tonks. Harry pensou que ela parecia terrível: mais magra que habitual, o cabelo rato-colorido dela ralo e sem vida.
O escritório dele não é a aqui," disse Harry," é redondo e fica do outro lado do castelo, atrás da gárgula-"
"Eu sei," disse Tonks. "Ele não está lá. Aparentemente, teve de ir embora novamente."
"Ele teve?" disse Harry, enquanto recolocava o pé contundido no chão. "Ei-você não sabe aonde ele vai, eu suponho?"
"Não," disse Tonks.
"O que você quer, para vim vê-lo aqui?"
"Nada em particular," disse Tonks, enquanto escolhia, aparentemente dissimulada a cor da manga de seu roupão. "Eu há pouco pensei que ele poderia saber na onde vai.
Eu ouvi rumores... as pessoas ficando loucas."
"Sim, eu sei, tudo está nos jornais," disse Harry. "Isso lhe lembrou, aquela criança está tentando matar seu... -"
"O Profeta às vezes está atrás disso," disse Tonks que não parecia estar escutando. "Você não recebeu nenhuma carta recentemente de qualquer membro da Ordem ?"
"Ninguém da Ordem escreve mais para mim," disse Harry," não desde Sirius-"Ele viu que os olhos dela tinham enchido de lágrimas."
"Eu sinto muito," ele murmurou desajeitadamente. "Eu quero dizer... Eu sinto falta dele, foi minha culpa".
"O que?" Disse Tonks inexpressivamente, como se ela não o tivesse ouvido. "Bem. Eu o verei por ai, Harry."
Ela se virou abruptamente e caminhou de volta para o corredor de baixo, deixando Harry sair depois dela. Depois de um minuto ou assim pareceu, ele puxou a capa de
Invisibilidade novamente e retomou sus esforços em conseguir entrar na Sala Precisa, mas o coração dele não estava nisto. Finalmente, o vazio que sentia no estômago
e o conhecimento de que Ron e Hermione iriam logo voltar para o almoço o fizeram abandonar a tentativa e deixar o corredor para Malfoy que, esperançosamente, teria
demasiado medo de deixar durante algumas horas para que ninguém o visse.
Ele achou Ron e Hermione no Salão Principal, já a meio caminho para o almoço.
"Eu fiz isto-bem, quase!" Ron falou entusiasmado para Harry quando ele olhou para ele. "Eu deveria aparatar do lado de fora da loja de Chá da Madame Puddifoots e
eu excedi isto um pouco, terminei perto de Scrivenshafts, mas pelo menos eu me movi!"
"Bom", disse Harry. "Como você foi, Hermione?"
"Oh, ela estava perfeita, obviamente," disse Ron antes de Hermione pudesse responder. "Deliberação perfeita, Destino e Determinação ou qualquer outro inferno que
seja -todos nós entramos para uma bebida rápida nos Três Vassouras depois e você deveria ter ouvido o que Twycross falou sobre ela- eu ficarei surpreso se ele não
estourar a perguntar logo-"
"E você?" Hermione perguntou, ignorando o Ron. "Você esteve na Sala Precisa todo esse tempo?"
"Sim," disse Harry. "E imagina com quem eu esbarrei lá em cima? Tonks!"
"Tonks?" Ron e Hermione repetiram juntos, parecendo surpresos.
"Sim, ela disse que vinha visitar Dumbledore."
"Se você me perguntasse," disse Ron uma vez que Harry tinha terminado de contar a conversa dele com Tonks," ela está um pouco depressiva. Ela perdeu o controle depois
do que aconteceu ao Ministério."
"É um pouco estranho," disse Hermione que por alguma razão parecia muito preocupada. "Ela está vigiando a escola, por que ela abandonaria seu posto de repente para
vir ver Dumbledore quando ele nem está mesmo aqui?"
"Eu tive um pensamento," disse distraidamente Harry. Ele se sentia estranho sobre expressar isto; este era um território dominado muito mais por Hermione do que
por ele. "Você não pensa que ela pode ter sido... você sabe... apaixonada por Sirius?"
Hermione o encarou. "O que no mundo o faz dizer isso?"
"Eu não sei" disse Harry, enquanto encolhia os ombros," mas ela quase estava chorando quando eu mencionei o nome dele, e o Patronus dela é agora uma coisa quadrúpede
e grande. Eu desejei saber se não tinha se tornado... você sabe... ele."
"É um pensamento," disse Hermione lentamente. "Mas eu ainda não sei por que ela estaria dentro do castelo para ver Dumbledore, supondo que esse seja o real motivo
dela estar aqui."
"Volta para o que eu disse, não é?" disse Ron que estava colocando mais purê de batata em sua boca . "Ela apaixonada é pouco engraçada. Perdendo o controle... Mulheres,"
e disse sabiamente a Harry," elas ficam facilmente chateados."
"E ainda," disse Hermione, enquanto saia do seu devaneio," eu duvido que você encontraria uma mulher que fica de mau humor por meia hora, só porque a Madame Rosmerta
não riu da piada dela sobre o Bruxo Curandeiro, e a Mimbulus mimbletonia."
Ron a olhou ferozmente.
CAPÍTULO 22
APÓS O ENTERRO
COMPLETO E REVISADO!
Pedaços de céu azul luminoso estavam começando a aparecer por cima das torres de castelo, mas estes sinais de chegada do verão não melhoraram o humor de Harry. Ele
estava fracassado, em ambas as tentativas: a de descobrir o que Malfoy estava fazendo e nos esforços para começar uma conversa com Slughorn que poderia conduzir,
de alguma maneira, para a memória que Slughorn tinha escondido, aparentemente, durante décadas.
" Esqueça Malfoy por um tempo", Hermione falou firme para Harry.
Eles estavam sentados com Ron num canto ensolarado do pátio depois do almoço. Hermione e Ron estavam folheando um folheto Ministério da Magia - Enganos Comuns de
Aparatação e Como os Evitar - porque eles estariam fazendo as provas nesta mesma tarde, mas no geral os folhetos não estavam acalmando aos nervos deles.
Ron começou a tentar se esconder atrás de Hermione quando uma garota veio em direção a eles.
"Não é a Lilá", disse Hermione penosamente.
"Ah, bom", disse Ron, relaxando.
"Harry Potter? " disse a garota. "Me pediram para lhe entregar isto."
"Obrigado... "
O coração de Harry afundou quando ele pegou o rolo pequeno de pergaminho. Uma vez que a garota estava fora do alcance de sua voz, ele disse, "Dumbledore disse que
nós não teríamos mais nenhuma lição até que eu conseguisse a lembrança! "
"Talvez ele queira verificar como você está fazendo?" Hermione sugeriu, quando Harry mostrou o pergaminho; mas em vez de encontrar a letra longa, inclinada e fina
de Dumbledore, ele viu uma letra desalinhada, muito difícil de ler devido à presença de grandes manchas no pergaminho onde a tinta tinha escorrido.
"Queridos Harry, Ron e Hermione!
Aragogue morreu ontem à noite. Harry e Ron, vocês o conheceram e sabem como ele era especial.
Hermione, eu sei que você teria gostado dele.
Significaria muito para mim se vocês dessem um pulo aqui hoje à noite para o enterro.
Eu estou planejando fazer isto ao crepúsculo que era o horário favorito dele do dia.
Eu sei que não é permitido a vocês saírem a noite, mas vocês podem usar a capa.
Eu não pediria, mas não posso enfrentar isto sozinho.
Hagrid "
"Olhe para isto", disse Harry, dando a nota para Hermione. "Oh, Deus", ela disse, lendo depressa e passando para Ron que lia ficando cada vez mais incrédulo. "Ele
é louco" ele falou furioso. "Aquela coisa disse para seus filhos comerem o Harry e eu! Disse para se servirem! E, agora, Hagrid espera que a gente desça lá e chore
em cima de seu corpo cabeludo horrível! "
"Não é só isso", disse Hermione. "Ele está nos pedindo para deixar o castelo à noite e ele sabe que a segurança está milhões de vezes mais apertada, e em quanta
dificuldade nós estaríamos se fôssemos pegos."
"Nós iremos descer para vê-lo antes de anoitecer", disse Harry.
"Sim, mas para quê? " disse Hermione. "Nós nos arriscamos muito para ajudar Hagrid, mas afinal de contas - Aragogue está morto. Se fosse uma questão de salvá-lo
- "
"- Eu nem ao menos queria ir," disse Ron firmemente. "Você não o conheceu, Hermione. Acredite-me, estando morto estaremos muito melhor."
Harry pegou o pergaminho de volta e viu, por toda parte, manchas grandes que borraram a tinta. Claramente, lágrimas tinham caído grossas e rápidas no pergaminho.
. . .
"Harry, você não pode estar pensando em ir", disse Hermione. "É uma coisa insensata para se ganhar uma detenção."
Harry suspirou. "Sim, eu sei", ele disse. "Eu suponho que Hagrid terá que enterrar Aragogue sem nós."
"Sim, ele vai", disse Hermione, olhando-o aliviada. "Olhe, a aula de poções estará quase vazia esta tarde, conosco fazendo nossos testes... Tente e amoleça Slughorn
mais um pouco! "
"Cinqüenta e sete vezes mais sorte, você acha? " disse Harry amargamente.
"Sorte", disse Ron de repente. "Harry, é isto - fique mais sortudo! "
"Que significa isso? "
"Use sua poção afortunada! "
"Ron o que é - é isto! " disse Hermione, soando atordoada. "Claro! Por que eu não pensei nisto? "
Harry os encarou. "Felix Felicis? " ele disse. "Eu não... Eu queria guardá-la. ... "
"Para que? " Ron perguntou incrédulo.
"O que no mundo é mais importante que esta memória, Harry? " Hermione perguntou.
Harry não respondeu. O pensamento daquela pequena garrafa dourada tinha pairado nas margens de sua imaginação durante algum tempo; planos vagos e indefinidos de
Gina terminando com Dino e Ron de algum modo contente de a ver com um namorado novo, tinha estado adormecido nas profundezas do cérebro dele, desconhecido exceto
durante os sonhos ou no tempo entre o dormir e o despertar. . . .
"Harry? Você está nós ouvindo? " Hermione perguntou.
"Que -? Sim, claro", ele disse, se concentrando. "Bem... está certo. Se eu não puder conseguir que Slughorn fale esta tarde, eu usarei um pouco da Felix e voltarei
hoje à noite."
"Está decidido, então", disse Hermione vivamente, ficando em pé e executando uma pirueta graciosa. "Destino... determinação... deliberação... " ela murmurou.
"Oh, pare", Ron implorou, "eu fico bastante mal com - rápido, me esconda! "
"Não é a Lilá! " disse Hermione impaciente, quando outras garotas apareceram no pátio e Ron mergulhou atrás dela.
"Legal", disse Ron, investigando por cima de Hermione para conferir. "Elas não parecem felizes, parecem? "
"Elas são as irmãs Montgomery e claro que elas não parecem felizes, você não ouviu o que aconteceu ao irmãozinho delas? " disse Hermione.
"Eu estou perdendo tudo o que está acontecendo aos parentes dos outros, para ser honesto", disse Ron.
"Bem, o irmão delas foi atacado por um lobisomem. Há um boato que a mãe deles se recusou a ajudar os Comensais da Morte. De qualquer maneira, o menino só tinha cinco
anos e morreu no St. Mungus, eles não o puderam salvar."
"Ele morreu?" Harry repetiu, chocado. "Mas, seguramente, lobisomens não matam, eles não só o transformam em um deles? "
"Eles às vezes matam", disse Ron com olhar extraordinariamente grave agora. "Eu ouvi falar que isso acontece quando o lobisomem foge."
"Qual o nome do lobisomem? " disse Harry depressa.
"Bem, o boato é que era Fenrir Greyback", disse Hermione.
"Eu conheço ele - um maníaco que gosta de atacar crianças, Lupin me falou sobre ele! " Harry disse furioso.
Hermione olhou para ele desolada.
"Harry, você tem que conseguir aquela lembrança", ela disse. "Isso é tudo para parar Voldemort, não é? Estas coisas terríveis que estão acontecendo são culpa dele
. . . "
O sino tocou no castelo e Hermione e Ron se sobressaltaram, parecendo apavorados.
"Vocês se sairão bem", Harry lhes disse, quando eles foram em direção a porta de entrada para se juntar ao restante das pessoas que fariam a Prova de Aparatação.
"Boa sorte".
"Você também!" disse Hermione com um olhar significativo, quando Harry foi para os calabouços.
Havia só três deles em Poções naquela tarde: Harry, Ernie e Draco Malfoy.
"Muito jovens para Aparatar? disse Slughorh obviamente, "não têm dezessete ainda? "
Eles negaram com a cabeça.
"Ah, bem", disse Slughorn animado, "como nós somos tão poucos, nós faremos algo divertido. Eu quero que vocês todos preparem-me uma poção para diversão! "
"Isso soa bem, senhor", disse Ernie, esfregando as mãos. Por outro lado, Malfoy não abriu um sorriso.
"O que você quer dizer com, para diversão? " ele disse irritado. "Oh, surpreenda-me, disse Slughorn levianamente."
Malfoy abriu a cópia dele de Poções Avançadas com uma expressão mal humorada. Não poderia estar mais claro que ele pensava que esta lição era um desperdício de tempo.
Indubitavelmente, Harry pensou, olhando para ele por cima do próprio livro, Malfoy estava com raiva pelo tempo que ele poderia estar passando na Sala Precisa.
Era imaginação dele, ou tanto Malfoy quanto Tonks, pareciam mais magros! Certamente, ele parecia mais pálido; a pele dele ainda estava naquela cor acinzentada, provavelmente
porque ele tão raramente via luz do dia estes tempos. Mas não havia nenhum ar de presunção, excitação ou superioridade; de quando ele estava se vangloriando no Expresso
de Hogwarts, quando ele tinha ostentado abertamente da missão que tinha sido determinado por Voldemort... Poderia haver só uma conclusão, na opinião de Harry: a
missão, ao que tudo indicava, ia mal.
Alegre por este pensamento, Harry folheou a cópia dele de Poções Avançadas e achou a versão do Príncipe Mestiço bastante corrigida de "Um Elixir para Induzir Euforia"
que não só parecia conhecer as instruções de Slughorn, mas que pode (o coração de Harry saltou ante este pensamento) colocar Slughorn com tanto bom humor que ele
estaria preparado para entregar aquela memória se Harry o pudesse persuadir provar um pouco. . . .
"Bem, ora, isto parece absolutamente maravilhoso", disse Slughorn uma hora e meia depois, aplaudindo quando ele olhou, sob o sol, o conteúdo amarelo do caldeirão
de Harry. "Euforia, eu creio? E o que é que eu cheiro? Mmmm. . . você adicionou um galho de hortelã, não foi? Pouco ortodoxo, mas isso é um golpe de inspiração,
Harry, claro que isso tenderia a contrabalançar os efeitos colaterais ocasionais de cantoria e nariz formigando... Eu realmente não sei onde você adquire estas inspirações,
meu menino... A menos que - "
Harry empurrou o livro do Príncipe Mestiço mais para o fundo da bolsa dele com o pé.
"- que sejam os genes de sua mãe que há em você! "
"Oh. . . sim, talvez", disse Harry, aliviado.
Ernie parecia bastante amuado; determinado a exceder em brilho Harry pelo menos uma vez, ele inventou a maior parte da própria poção e ela tinha coalhado e formado
um tipo de bolinho de massa roxo ao fundo do caldeirão dele. Malfoy já estava recolhendo seu material, azedo; Slughorn tinha dito que a Poção de Soluço dele era
meramente "passável."
O sino tocou e Ernie e Malfoy partiram imediatamente. "Senhor", Harry começou, mas Slughorn olhou imediatamente por cima do ombro dele; quando ele viu que a sala
estava vazia somente com ele e Harry, saiu com pressa, tão rápido quanto ele pôde.
"Professor - Professor, você não quer experimentar minha po -? " Harry chamou desesperado.
Mas Slughorn tinha ido. Desapontado Harry esvaziou o caldeirão, juntou as coisas dele, deixou o calabouço e caminhou lentamente para escada em direção à sala comunal.
Ron e Hermione voltaram no fim da tarde.
"Harry! " gritou Hermione quando ela entrou pelo buraco do retrato. "Harry, eu passei! "
"Ótimo! " ele disse. "E Ron? "
"Ele - ele falhou", Hermione sussurrou, quando Ron veio encurvado pelo quarto parecendo muito sombrio. "Realmente uma falta de sorte, uma coisa minúscula, o examinador
notou que ele tinha deixado para trás meia sobrancelha... Como foi com Slughorn? "
"Nenhuma novidade", disse Harry, quando Ron se uniu a eles. "Falta de sorte, companheiro, mas você passará da próxima vez - nós podemos fazer isto juntos."
"Sim, eu acho", disse Ron amuado. "Mas meia sobrancelha - como se fosse importante! "
"Eu sei", disse Hermione ternamente, "parece realmente severo. ... "
Eles gastaram a maior parte do jantar deles xingando o examinador de Aparatação completamente, e Ron parecia parcialmente mais alegre quando eles voltaram para a
sala comunal, agora, continuando a discutir sobre o problema de Slughorn e a memória.
"Então, Harry - você vai usar o Felix Felicis ou o quê? " Ron exigiu.
"Sim, eu acho que será melhor", disse Harry. "Eu não acho que precisarei de tudo, não vinte e quatro horas de sorte, não devo gastar a noite toda.... eu levarei
só um pouco. Duas ou três horas devem dar para fazer isto."
"Será uma grande responsabilidade quando você tomar", disse Ron. "Você não fará nada errado"
"Sobre o que você está falando? " disse Hermione, rindo. "Você nunca tomou! "
"Sim, mas eu pensei que tomei, não é? " disse Ron, pensando o óbvio. " Realmente, tem alguma diferença... "
Como eles só veriam Slughorn no Salão Principal e soubessem que ele gostava de se demorar nas refeições, eles ficaram durante algum tempo na sala comunal, planejando
como Harry deveria ir mais uma vez ao escritório de Slughorn e quanto tempo o professor levaria para voltar para lá. Quando o sol tinha descido ao nível das copas
de árvore da Floresta Proibida, eles decidiram que era o momento, e depois de verificarem cuidadosamente se Neville, Dino e Simas eram os únicos na sala comunal,
se moveram furtivamente até o dormitório dos meninos.
Harry retirou o par de meias do fundo do malão dele e extraiu a minúscula e cintilante garrafa.
"Bem, aqui está", disse Harry e ele elevou a pequena garrafa e deu um trago cuidadosamente medido.
"Como é que se sente? " Hermione sussurrando.
Harry não respondeu por um momento. Então, lenta, mas seguramente, um senso engraçado de oportunidade infinita tomou conta ele; ele se sentia como se ele pudesse
fazer qualquer coisa, qualquer coisa... e obter a memória de Slughorn repentinamente não só pareciam possível, mas positivamente fácil...
Ele se ergueu, sorrindo, completamente cheio de confiança.
"Excelente", ele disse. "Realmente, excelente. Certo... Eu estou indo ao Hagrid. "
"O que? " disseram Ron e Hermione juntos, parecendo espantados.
"Não, Harry - você tem que ir e ver Slughorn, se lembra?" disse Hermione.
"Não", disse Harry confiante. "Eu vou ao Hagrid, eu tenho um bom pressentimento sobre ir ver Hagrid. "
"Você tem um sentimento bom sobre enterrar uma aranha gigantesca? " Ron perguntou, parecendo atordoado.
"Sim", disse Harry, arrancando a Capa da Invisibilidade da bolsa dele. "Eu sinto como se fosse o lugar certo para ir hoje à noite, você sabe o que eu quero dizer?
"
"Não", disseram Ron e Hermione juntos, ambos olhando claramente alarmados agora.
"Isto é Felix Felicis, certo? " disse Hermione ansiosa, levando a garrafa à luz. "Você não utilizou outra pequena garrafa cheio de - eu não sei - "
"Essência de Loucura? " Ron sugeriu, quando Harry balançou a capa por cima de seus ombros.
Harry riu e Ron e Hermione o olharam ainda mais alarmados.
"Confiem em mim", ele disse. "Eu sei o que eu estou fazendo... ou pelo menos" ele foi confiantemente para porta - "a Felix sabe."
Ele puxou a capa da invisibilidade por cima da cabeça e desceu os degraus, Ron e Hermione se apressaram juntos atrás dele. Aos pés da escada, Harry deslizou pela
porta aberta.
"O que você estava fazendo lá em cima com ela!" Lilá Brown gritou, olhando diretamente por Harry, para Ron e Hermione que saíam juntos dos dormitórios dos meninos.
Harry ouviu Ron balbuciando atrás dele antes de sair pela sala para longe deles.
Sair pelo buraco de retrato era simples; quando ele foi fazer isso, Gina e Dino passaram por ele e Harry pôde deslizar entre eles. Quando fez ele isso, esbarrou
em Gina acidentalmente.
"Por favor, não me empurre, Dino", ela disse, soando aborrecida. ; "Você sempre está fazendo isso, eu posso perfeitamente seguir bem por conta própria... "
O retrato fechou atrás de Harry, mas não antes dele ter ouvido Dino fazer uma réplica brava... . O sentimento dele de exaltação aumentou, Harry saiu andando pelo
castelo. Ele não teve que rastejar porque ele não encontrou ninguém pelo caminho, mas isto não o pegou de surpresa nem de leve. Hoje à noite, ele era a pessoa mais
afortunada a Hogwarts.
Por que ele sabia que ir à casa de Hagrid era a coisa certa a fazer, ele não tinha nenhuma idéia. Era como se a poção iluminasse alguns passos do caminho de cada
vez. Ele não podia ver o destino final, ele não podia ver onde Slughorn entrava, mas ele sabia que ele estava no caminho certo para conseguir aquela memória. Quando
ele chegou ao corredor de entrada ele viu que Filch tinha esquecido de fechar a porta da frente. Radiante, Harry saiu para espaço aberto e inspirou o cheiro de ar
limpo e grama por um momento antes descer em direção ao crepúsculo.
Quando ele alcançou o fundo do vale, lhe ocorreu quão agradável seria entrar naquela vegetação na ida dele a casa de Hagrid. Não estava no caminho estritamente,
mas parecia claro a Harry que este era um capricho com o qual ele deveria agir, assim ele redirecionou os pés dele imediatamente para a vegetação onde ele ficou
contente, mas não completamente surpreso, em achar o Professor Slughorn em conversação com a Professora Sprout. Harry espreitou por trás de uma parede de pedra,
sentindo-se em paz com o mundo e escutando a conversa deles.
"Eu lhe agradeço por ter tomado seu tempo, Pomona", Slughorn estava dizendo cortesmente, "a maioria das autoridades concorda que eles são mais eficazes se colhidos
ao crepúsculo."
"Oh, eu concordo totalmente," disse a Professora Sprout calorosamente. "Isto é o bastante para você? "
"Bastante, bastante", disse Slughorn que, Harry viu, estava levando uma braçada de plantas copadas. "Isto deveria dar algumas folhas para cada de meus terceiranista,
e algumas para guardar se qualquer pessoa precisar. Bem, boa noite para você e muito obrigado novamente! "
A professor Sprout se dirigiu na escuridão em direção às estufas e Slughorn dirigiu os passos ao lugar onde Harry estava de pé, invisível.
Tomado por um desejo súbito de se revelar, Harry saiu debaixo da capa com um floreio.
"Boa noite, Professor".
Pela barba de Merlin", Harry, você me assustou", disse Slughorn, parando e parecendo cauteloso. "Como você saiu do castelo? "
"Eu acho que Filch deve ter esquecido de fechar as portas", disse Harry alegremente e encantado ao ver carranca de Slughorn.
"Eu irei informar sobre aquele homem, ele se preocupa mais com lixo que com própria segurança se você me perguntar... Mas por que você está aqui fora então, Harry?
"
"Bem, senhor, é Hagrid", disse Harry sabendo que a coisa certa para fazer agora, era mesmo falar a verdade. "Ele está bem chateado... Mas você não contará para ninguém,
Professor? Eu não quero dificuldades para ele. ... "
A curiosidade de Slughorn foi evidentemente despertada. "Bem, eu não posso prometer", ele disse grosseiramente. "Mas eu sei que Dumbledore confia muito em Hagrid,
assim estou seguro que ele não pode estar com nada muito terrível...."
"Bem, era uma aranha gigantesca, ele tem há anos.... Morava na floresta. Podia falar e tudo-"
"Eu ouvi rumores que havia acromântulas na floresta," disse Slughorn suavemente, enquanto examinava a massa de árvores pretas. "É verdade, então"?.
"Sim", disse Harry. "Mas esta aqui, Aragogue, foi a primeira que Hagrid adquiriu, que morreu ontem à noite. Ele está arrasado. Ele quer companhia para enterrá-la
e eu disse que iria."
"Tocante, tocante", disse Slughorn distraidamente, seus olhos grandes e inclinados se fixaram nas luzes distantes da cabana de Hagrid. "Mas veneno de acromântula
é muito valioso... Se a besta só morreu ainda pode não ter secado totalmente... Claro que, eu não iria querer fazer qualquer coisa insensível se Hagrid for ficar
chateado... mas se houvesse um modo de obter algumas amostras... Eu quero dizer, é quase impossível obter veneno de uma acromântula enquanto viva... ".
Slughorn parecia estar falando mais com ele do que com Harry. "... parece um desperdício terrível não coletar isto... poderia adquirir uns mil Galeões... Para ser
honesto, meu salário não é grande..."
E agora, Harry viu o que devia ser feito claramente. "Bem", ele disse, com uma hesitação mais convincente, "se você quisesse vir, Professor, Hagrid provavelmente
ficaria realmente agradecido... Dar a Aragogue um fim mais digno, você sabe..."
"Sim, claro", disse Slughorn, os olhos dele vislumbram com entusiasmo. "Eu lhe falo, Harry, te encontrarei lá embaixo com uma garrafa ou duas... Nós encheremos na
pobre besta -sem saúde- e guardaremos, de qualquer maneira, no enterro. Vou então mudar minha gravata, esta aqui, um modelo exuberante para a ocasião...".
Ele estava atarefado no castelo, enquanto Harry correu para a cabana Hagrid, encontrá-lo.
"Vem, entra", coaxou Hagrid, quando abriu a porta e viu Harry emergir da Capa de Invisibilidade.
"Sim - Ron e Hermione não puderam, entretanto", disse Harry. "Eles realmente sentem muito".
"Não -não importa... estou comovido por você estar aqui, Harry...".
Hagrid deu um grande soluço. Ele tinha se feito uma braçadeira preta que mais se parecia um trapo imenso de plástico de botas, e os olhos dele estavam vermelhos
e inchados. Harry bateu levemente consolando-o, no cotovelo, que era o ponto mais alto de Hagrid que ele poderia alcançar facilmente.
"Onde nós o enterraremos?" ele perguntou. "Na floresta?"
"Melhor não," disse Hagrid, enquanto esfregava os olhos no remendo da camisa dele. "As outras aranhas não me deixariam chegar próximo das teias agora que Aragogue
se foi. Voltei lá sem as ordens dela e elas ameaçaram comer! Pode acreditar, Harry?"
A resposta honesta era" sim"; Harry recordou com facilidade a dolorosa cena quando ele e Ron tinham visto face-a-face as acromântulas. Eles tinham tido certeza que
Aragogue era a única coisa que não deixava atacarem Hagrid.
"Nunca mais andarei pela floresta como antes!" disse Hagrid, enquanto balançava a cabeça. "Isto não é fácil, tirar o corpo de Aragogue, eu posso imaginar-eles normalmente
comem seus mortos... Mas eu quis dar a ela um enterro agradável... um fim digno...".
Ele rompeu em soluços novamente e Harry tornou a bater levemente no cotovelo dele, enquanto dizia para não ficar assim (para a situação parecia a coisa certa a fazer),
"Professor Slughorn me viu vindo aqui, Hagrid".
"Você não está em apuros, está?" disse Hagrid observando alarmado. Você não pode estar fora do castelo a essa hora, eu reconheço, é uma falta minha -".
"Não, não, quando ele ouviu o que eu estava fazendo, disse que gostaria de vir e dar seus últimos cumprimentos também a Aragogue", disse Harry.
"Ele foi vestir algo melhor, eu acho... e disse que traria algumas garrafas assim nós podemos beber em memória de Aragogue...".
"Sim?" disse Hagrid, enquanto olhava surpreendido. "certo! É muito agradável da parte dele. Eu nunca tive muitas relações com Horace Slughorn antes... Vindo ver
a velha Aragogue, no entanto, é? Bem... se ele gostar, Aragogue também iria...".
Harry pensou reservadamente que o que Aragogue teria gostado de Slughorn, era a ampla quantia de carne comestível nele, mas ele somente moveu-se à janela de trás
da cabana de Hagrid, onde teve a visão horrível da enorme aranha morta que estava com a parte de trás exposta, suas pernas enroladas e enroscadas.
"Nós vamos enterrá-la aqui, Hagrid, em seu jardim"?
"Por trás das abóboras, pensei", disse Hagrid em uma voz sufocada. "Eu já cavei -você sabe- a sepultura. Só quero dizer coisas agradáveis sobre isso -recordações
felizes, você sabe-"
A voz dele tremeu e falhou. Bateram na porta, e ele virou para atender, enquanto assoava o nariz no grande lenço já manchado. Slughorn se apressou pelo batente,
com várias garrafas nos braços, usando um paletó preto sombrio.
"Hagrid", ele disse, em uma voz funda, séria. "estou muito sentido, ouvi falar de sua perda."
"Obrigado", disse Hagrid. "Muito obrigado. E obrigado por não dar a Harry nenhuma detenção...".
"Nem teria pensado isto", disse Slughorn. Noite triste, noite triste... Onde a pobre criatura está?".
"Aqui fora", disse Hagrid em uma voz trêmula. "Vamos começar, então?".
Os três foram para o jardim da parte de trás da cabana. A lua estava brilhando palidamente entre as árvores, e seus raios entrosavam-se com a luz claro da janela
de Hagrid, iluminando o corpo de Aragogue que jazia na extremidade de uma cova volumosa, por volta de uns dez pés - e um monte alto terra frescamente cavada.
"Magnífico", disse Slughorn, enquanto aproximava-se da cabeça da aranha, onde oito olhos sem vida encaravam o céu inexpressivamente e dois alicates enormes, curvados,
imóveis, brilhavam ao luar. Harry ouviu o tinido de garrafas quando Slughorn se agachou próximo às pinças, examinando a enorme cabeça cabeluda atentamente.
"Não há seres tão bonitos quanto estes, disse Hagrid para Slughorn, com lágrimas escoando dos cantos dos olhos marejados. "Eu não sabia que você se interessava
por criaturas como Aragogue, Horace".
"Interessado? Meu querido Hagrid, eu os venero", disse Slughorn, enquanto levantava. Harry viu o reflexo de uma garrafa desaparecer por baixo do capote de Slug,
entretanto Hagrid, esfregando os olhos mais uma vez, não notou nada. "Agora... podemos iniciar o enterro?".
Hagrid acenou com a cabeça e avançou. Ele levantou a aranha gigantesca nos braços e, com um grunhido enorme, colocou-a na cova escura. Ela bateu no fundo com um
estrondo horrível, chocante. Hagrid começou a chorar novamente.
"Claro que, é difícil para você, que o conheceu melhor," disse Slughorn que como Harry não poderia alcançar nada mais alto que cotovelos de Hagrid, mas bateu levemente
neles assim mesmo. "Por que eu não digo algumas palavras?".
Ele deve ter pegado muito veneno de boa qualidade de Aragogue, Harry pensou, porque Slughorn tinha um sorriso satisfeito à beira da cova e dizia, numa voz lenta,
impressionante:
"Adeus, Aragogue, rainha dos aracnídeos que lhe ofereceram uma amizade fiel, e que souberam que você não os esquecerá! Embora seu corpo se deteriore, que seu espírito
permanece aqui, nos círculos das teias de sua casa na floresta. Que seus muitos descendentes floresçam e seus amigos humanos achem consolo pela perda."
"Tão... tão... Bonito!" Hagrid uivou, desmoronando sobre o monte de terra, e chorando copiosamente.
"Ora, ora." disse Slughorn, enquanto balançava a varinha de forma que a pilha enorme de terra caísse no buraco, produzindo um estrondo amortecido, sobre a aranha
morta, formando um monte liso. "Vamos entrar e tomar algo. Segure-o, do outro lado, Harry... Isso, isto... Venha, Hagrid... Bem..."
Eles colocaram Hagrid em uma cadeira à mesa. Canino, que estava escondido em sua cesta durante o enterro, veio agora, acolchoando-se suavemente entre eles e pondo
a cabeça pesada como sempre no colo de Harry. Slughorn desarrolhou um das garrafas de vinho que ele tinha trazido.
"Eu testei todas contra veneno", ele assegurou a Harry, enquanto vertia grande parte da primeira garrafa em um copo, que classificou como balde devido ao tamanho,
e deu a Hagrid. "Testei todas as garrafas depois do que aconteceu a seu pobre amigo Rupert".
Harry viu, em sua mente, a expressão na face de Hermione se ela ouvisse falar deste abuso das regras das casas, e decidiu nunca mencionar isto a ela.
"Um para Harry..." dito Slughorn, enquanto dividia uma segunda garrafa entre dois copos. "... e um para mim. Bem - ele elevou o copo dele ao alto-" para Aragogue".
"Aragogue" disseram Harry e Hagrid juntos. Slughorn e Hagrid beberam profundamente. Porém, Harry iluminado pela Felix Felicis, soube que não devia beber, assim ele
fingiu tomar um gole e virou o copo atrás de si.
"Eu o criei desde ovo, foi, sabem", disse Hagrid sombriamente. "Era uma pequena coisa minúscula quando chocou. Do tamanho de um Pekingese"
"Que doce", disse Slughorn.
"Usei um armário na escola para ele atéque... bem..."
A face de Hagrid escureceu e o Harry soube por que: Tom Riddle tinha, para Hagrid ser expulso da escola, culpado-o por abrir a Câmara Secreta. Porém, Slughorn não
parecia estar escutando; ele estava olhando para o teto do qual várias panelas de metal pendiam, e também uma meada longa, sedosa de cabelo branco luminoso.
"Isso é pêlo de unicórnio não é, Hagrid?"
"Oh, sim" disse Hagrid indiferentemente. É arrancado dos rabos deles, na floresta, sim sabem..."
"Mas meu querido parceiro, você sabe quanto isso vale?"
"Eu uso isto em bandagens quando alguma criatura se machuca" disse Hagrid, enquanto encolhia os ombros. "Está morto, mas útil... muito forte"
Slughorn tomou outro gole, movendo os olhos cuidadosamente ao redor da cabana, observando, Harry sabia, para achar mais tesouros com os quais poderia suprir suas
manipulações, carvalho maduro, abacaxis cristalizados, e jaquetas aveludadas. Ele reencheu o copo de Hagrid e o dele, e o questionou sobre as criaturas que moravam
na floresta e como Hagrid pôde cuidar de tudo. Hagrid, vistosamente expansivo sob a influência da bebida e lisonjeado pelo interesse de Slughorn, deixou de esfregar
os olhos e entrou alegremente em uma explicação longa de criação de bowtruckle.
O Felix Felicis deu em Harry um pequeno cutucão neste momento, e ele notou que a provisão de bebida que Slughorn tinha trazido acabando rapidamente. Harry não conseguiu,
no entanto, realizar o Encanto de Reencher sem dizê-lo em voz alta, mas ele não tinha idéia quando saiu do castelo de como esta noite seria cômica: Realmente, Harry
sorriu a ele mesmo, enquanto Hagrid e Slughorn (falando contos do comércio ilegal de dragões) apontou a vara debaixo da mesa às garrafas vazias e eles começaram
a se reencher imediatamente.
Depois de uma hora ou mais, Hagrid e Slughorn começaram a fazer comentários extravagantes: para Hogwarts, para Dumbledore, para vinho feito por duendes, e para...-
"Harry Potter!" Hagrid berrou, espirrando um pouco do seu décimo quarto copo de vinho pelo queixo.
Realmente, "sim" chorou Slughorn um pouco densamente, "Parry Otter, o Menino Escolhido que - bem - ...algo desse tipo," ele resmungou, e escoou o vinho dele também.
Não muito depois disto, Hagrid ficou choroso novamente e deu o rabo de unicórnio inteiro para Slughorn que embolsou isto gritando, "Pela amizade! Por generosidade!
Por dez Galeões um cabelo!".
E durante algum tempo depois disso, Hagrid e Slughorn ficaram sentados lado a lado, abraçados, enquanto cantavam uma canção triste e lenta sobre um feiticeiro agonizante,
chamado Odo.
"Aaargh, os bons morrem jovens", murmurou Hagrid, enquanto caía embaixo da mesa, um pouco estrábico, e Slughorn continuava a soltar o refrão. "Meu pai não tinha
idade pra ir... nem mamãe, nem papai, Harry...".
Grandes e gordas lágrimas escoaram novamente pelo canto dos olhos marejados de Hagrid; ele agarrou o braço de Harry e o balançou.
"Grandes bruxos e bruxas de sua era... como eu nunca soube... coisa terrível... coisa terrível...".
"E Odo, o herói, voltou para casa,
Para o lugar que ele tinha conhecido quando rapaz," cantava tristemente Slughorn.
"Eles o puseram para descansar com seu chapéu,
E a varinha deu dois estalos tristes".
"...terrível", Hagrid grunhiu, e a grande cabeça felpuda dele rolou lateralmente sobre os braços e dormiu, enquanto roncava profundamente.
"Comovente", disse Slughorn com um soluço. "Não pode a música salvar minha vida".
"Hagrid não estava falando sobre seu cantar", disse Harry quietamente. "Ele estava falando sobre a morte de meus pais".
"Oh", disse Slughorn, enquanto reprimia um arroto grande. "Oh querido. Sim, isso e -realmente terrível. Terrível... terrível...".
Ele contemplou uma falta do que dizer, e tornou a reencher seus copos.
"Eu não -não suponho que você se lembre disto, Harry?", ele perguntou desajeitadamente.
"Não -bem, eu era o único lá quando eles morreram", disse Harry, os olhos na chama da vela que iluminava os roncos pesados de Hagrid. "Mas eu descobri quase tudo
o que aconteceu desde então. Meu pai morreu primeiro. Você sabe algo?".
"Eu - eu não sei", disse Slughorn em uma voz silenciada.
"Sim... Voldemort o assassinou e então pisou em cima do corpo dele para chegar a minha mãe", disse Harry.
Slughorn deu um grande tremor, mas ele não parecia capaz de tirar o olhar horrorizado da face de Harry.
"Ele lhe disse que saísse", disse Harry com remorso. "Ele falou a ela que não precisava morrer. Ele só queria a mim. Ela poderia ter corrido".
"Oh querido", respirou Slughorn. "Ela poderia ter... ela não precisava... Isso é terrível...".
"É, não é?", disse Harry, em uma voz pouco mais que um sussurro. "Mas ela não se moveu. Meu pai já estava morto, e ela não queria que eu fosse também. Ela tentou
negociar com Voldemort... mas ele só riu...".
"Isso é bastante!", disse Slughorn de repente, enquanto elevava uma mão tremendo. "Realmente, meu querido menino, bastante... Eu sou um homem velho... Eu não preciso
ouvir... Eu não quero ouvir...".
"Desculpe", mentiu Harry, Felix Felicis o seduzindo. "Você gostava dela, não?".
"Gostar dela?", disse Slughorn, os olhos dele enchendo até a borda mais uma vez com lágrimas. "Eu não imagino qualquer um que a conheceu que não tenha gostado dela...
Muito valente... Muito engraçada... Isso é a coisa mais horrível...".
"Mas você não ajuda o filho dela", disse Harry. "Ela me deu a vida dela, mas você não me dá uma memória".
Os roncos estrondosos de Hagrid encheram a cabana. Harry olhava continuamente nos olhos cheios de lágrimas de Slughorn. O professor de Poções parecia impossibilitado
olhar para fora.
"Não diga que," ele sussurrou. " Não é uma pergunta... Se fosse o ajudar, claro que. . . mas há nenhum propósito pode servir. . ."
" Pode", Harry disse claramente. " Dumbledore precisa da informação. Eu preciso da informação ".
Ele sabia que ele estava seguro: Felix estava lhe dizendo que Slughorn não se lembraria de nada disto de manhã. Olhando Slughorn diretamente nos olhos, Harry foi
um pouco mais além.
" Eu sou o Escolhido. Eu tenho que o matar. Eu preciso daquela memória".
Slughorn ficou mais pálido que o normal; a testa brilhante, cintilando com suor.
" Você é o Escolhido?. Eu..."
" Claro que eu sou, Harry " disse calmamente.
" Entretanto. . . meu querido menino. . . você está tentando um grande negócio... você está, de fato, pedindo-me para o ajudar em sua tentativa de destruir -"
" Você não quer pegar o bruxo que matou Lílian Evans? "
" Harry, Harry claro que eu quero, mas -"
" Você está com medo dele descobrir que me " ajudou?
Slughorn não disse nada; o olhar terrificado.
" Seja valente como minha mãe, Professor...
Slughorn ergueu uma mão rechonchuda e apertou a boca com os dedos tremendo; ele pareceu, por um momento, um bebê bastante grande.
"Eu não estou orgulhoso. . ". Ele sussurrou através ele. "Eu estou envergonhado disso que - disso que está naquela de memória. ... Eu creio que possa ter feito um
grande mal naquele dia. ..."
" Você cancelará qualquer coisa que você fez me entregando a memória", Harry disse. "Seria uma coisa muito valente e nobre de se fazer ".
Hagrid encrespou no sono e roncou, Slughorn e Harry encararam um ao outro por cima da vela de tripa. Houve um longo tempo em silêncio, mas Felix Felicis disse para
Harry não o quebrar e esperar. Então, muito lentamente, Slughorn pôs a mão no bolso e retirou a varinha. Ele pôs a outra mão dentro da capa e tirou uma garrafa pequena
e vazia. Ainda olhando nos olhos de Harry, Slughorn encostou a ponta da varinha na têmpora dele e retirou algo, na forma de uma linha longa e prateada de memória
e agarrada a ponta da varinha. Mais e mais tempo de memória se esticou até que quebrou e balançou, prateada e luminosa, da varinha. Slughorn levou até a garrafa
onde enfiou e expandiu como gás. Ele arrolhou a garrafa com uma mão trêmula e então passou pela mesa para Harry.
" Muito obrigado, Professor ".
" Você é um menino bom," disse o Professor Slughorn, lágrimas caindo pelas bochechas gordas dele no bigode de morsa. " E você tem os olhos dela... Apenas não pense
tão mal sobre mim uma vez que você tenha entendido isso
E ele deitou a cabeça sobre os braços, deu um suspiro fundo e dormiu.
CAPÍTULO 23
HORCRUXES
Harry pôde sentir o efeito da poção Felix Felicis acabar enquanto ele se movia lentamente de volta ao castelo. A porta da frente havia permanecido aberta para ele,
mas no terceiro andar ele encontrou Peeves e evitou que o percebesse se esquivando por um de seus atalhos. Mas até que ele chegasse ao retrato da Mulher Gorda e
tirasse sua capa, não se surpreendeu ao encontra-la num grande mau humor.
- Isso são horas?
- Eu realmente sinto muito - precisei sair por um motivo importante.
- Bem, a senha mudou à meia-noite, portanto você terá que simplesmente dormir no corredor, certo?
- Você está brincando! -disse Harry - Por que ela teve que mudar à meia-noite?
- Porque é este o procedimento, disse a Mulher Gorda. Se você está zangado, procure o diretor, ele é quem reforçou a segurança.
- Ótimo! -disse Harry amargamente, olhando à sua volta no corredor - Realmente brilhante! Sim, eu poderia conversar com Dumbledore se ele estivesse aqui, pois foi
ele quem me pediu para...
- Ele está aqui! -disse uma voz atrás de Harry - Professor Dumbledore retornou à escola há uma hora.
Nick Quase Sem Cabeça estava flutuando em direção a Harry, sua cabeça oscilando como sempre sobre a gola de rufos.
- O Barão Sangrento o viu chegar - disse Nick - Ele aparenta estar muito bem, segundo o Barão, mas um pouco cansado, é claro.
- Onde ele está? - disse Harry, com o coração aos pulos.
- Oh, suspirando e gemendo na Torre de Astronomia, um de seus passatempos favoritos.
- Não o Barão Sangrento, Nick, o Dumbledore!
- Oh, em seu escritório - disse Nick - Eu creio, pelo que o Barão disse, que ele tinha negócios a resolver após sua chegada.
- Sim, ele tinha. - disse Harry, uma chama de excitamento dentro de si ante a perspectiva de contar a Dumbledore que ele havia resgatado a memória. Ele deu meia-volta
e correu a toda velocidade, ignorando os gritos da Mulher Gorda que o chamava:
- Volte! Ok, eu menti! Eu estava aborrecida porque você me acordou! A senha continua sendo "tapeworm" (tênia, solitária).
Mas Harry já estava voltando pelo longo corredor e, em poucos minutos, ele dizia "toffee eclairs" (?) para a gárgula de Dumbledore, que pulou para o lado, dando
a Harry o acesso à escada espiral.
- Entre! -disse Dumbledore, quando Harry bateu à porta. Sua voz dava sinais de exaustão. Harry empurrou e abriu a porta. Lá estava o escritório de Dumbledore, com
a mesma aparência de sempre, mas com o céu negro pontilhado de estrelas visível através das janelas.
- Que bom, Harry! - disse Dumbledore surpreso. A que eu devo este tardio gosto?
- Senhor, eu consegui. Eu consegui a memória de Slughorn.
Harry puxou a garrafa de vidro e mostrou-a a Dumbledore. Por um momento ou dois, o diretor olhou atordoado. Então sua face se rasgou num vasto sorriso.
- Harry, estão são notícias espetaculares! Você fez muito bem, de fato! Eu sabia que você conseguiria!
Com o atraso da hora aparentemente esquecido, ele rapidamente rodeou sua escrivaninha, pegou a garrafa com a memória de Slughorn com sua mão ilesa, e foi com passos
largos até o armário onde ele mantinha a Penseira.
- E agora - disse Dumbledore, colocando a bacia de pedra sobre a escrivaninha e esvaziando o conteúdo da garrafa nela.- agora, finalmente nós iremos ver. Harry,
rápido...
Harry se curvou obedientemente sobre a penseira e cruelmente seus pés deixaram o chão do escritório. ... Mais uma vez ele sentiu a escuridão do escritório de Horace
Slughorn de anos atrás. Lá estava o muito mais novo Slughorn, com seu abundante e brilhante cabelo sem cor, e seu enérgico bigode loiro, sentado novamente numa confortável
poltrona em seu escritório, seus pés descansando sobre um aveludado pufe, um pequeno copo de vinho em uma mão, e a outra remexendo numa caixa de abacaxis cristalizados.
E lá estava a meia dúzia de adolescentes sentados em volta de Slughorn, Tom Riddle entre eles, o anel negro e dourado dos Marvolos vislumbrando em seu dedo.
Dumbledore apareceu ao redor de Harry quando Riddle perguntou: "Senhor, é verdade que o Professor Merrythought está se aposentando?".
- Tom, Tom, se eu soubesse eu não poderia dize-lo. - disse Slughorn, sacudindo seu dedo de modo repreensivo para Riddle, embora pestanejasse ao mesmo tempo. - Eu
devo dizer, eu gostaria de saber onde você ouviu isso, garoto, pois tem mais conhecimento do que metade do corpo docente, sabe?
Riddle riu. Os outros garotos gargalharam e olharam admirados para ele.
- Com sua habilidade sobrenatural de saber coisas que não devia, e sua bajulação às pessoas que importam - obrigada pelos abacaxis, a propósito; você estava certo,
são meus favoritos - Vários alunos tagarelaram novamente - Eu espero confiantemente que você chegue a Ministro da Magia em vinte anos. Quinze, se você continuar
me mandando abacaxis, eu tenho excelentes contatos com o Ministro.
Tom Riddle meramente sorriu enquanto os outros riram novamente. Harry observou que ele não era o mais velho do grupo de garotos, mas todos os outros olhavam para
ele como para seu líder.
- Eu não sei para que a política me serviria, senhor - ele disse quando as risadas acabaram. - Eu não tenho o tipo certo para a coisa.
Um par de garotos ao redor dele riram uns dos outros. Harry teve certeza de que eles apreciavam um gracejo confidencial, indubitavelmente sobre o que eles sabiam,
ou suspeitavam, a respeito do famoso antecessor de seu líder.
- Absurdo - disse Slughorn vivamente - não poderia ser mais franco do que você vindo de uma maravilhosa descendência de Magia, habilidades como as suas. Não, você
irá longe, Tom, Eu nunca estive errado sobre um estudante até agora.
O pequeno relógio de ouro na escrivaninha de Slughorn marcou onze horas atrás dele, e ele olhou ao redor.
Bom Deus, já é esta hora? É melhor vocês irem, garotos, ou nós todos teremos problemas. Lestrange, eu quero seu dever amanhã ou você receberá uma detenção. O mesmo
para você, Avery.
Um por um, os meninos saíram da sala. Slughorn se levantou de sua poltrona e levou o copo vazio até sua escrivaninha. Um movimento atrás dele o fez olhar em volta:
Riddle ainda estava ali.
- Fique vigilante, Tom, você não quer ser encontrado fora de sua cama após o horário, e você é monitor...
- Senhor, eu queria lhe perguntar algo...
- Pergunte então, meu garoto, pergunte...
- Senhor, eu queria saber o que você sabe sobre... sobre Horcruxes?
Slughorn olhou fixamente para ele, seus grossos dedos pressionando sem sentir seu copo de vinho.
- Um projeto para Defesa Contra Artes das Trevas, é?
Mas Harry poderia dizer que Slughorn sabia perfeitamente que isso não tinha nada a ver com escola.
- Não exatamente, senhor. - disse Riddle. - Eu me deparei com o termo quando lia e não o compreendi totalmente.
- Não... Bem... Você teria um árduo trabalho para encontrar um livro em Hogwarts que lhe desse detalhes sobre Horcruxes, Tom, isso é material muito escuro, muito
escuro. - disse Slughorn.
- Mas você obviamente sabe tudo sobre isso, senhor? Quero dizer, um bruxo como o senhor - desculpe, digo, se você não puder me dizer, obviamente - eu só saberia
se alguém pudesse me contar, você poderia; então eu apenas pensei que...
Foi muito bem feito, Pensou Harry, a hesitação, o tom casual, a bajulação cuidadosa, nenhum deles exagerado. Ele, Harry, havia tido muita experiência de tentar tirar
informações de pessoas relutantes para não reconhecer um mestre no serviço. Ele poderia dizer que Riddle queria muito a informação; talvez viesse trabalhando para
este momento há semanas.
- Bem, -disse Slughorn, sem olhar para Riddle, mas brincando com a fita em cima da sua caixa de abacaxis cristalizados - bem, não fará mal lhe dar uma visão geral,
naturalmente. Somente para que você entenda o termo. Um Horcrux é a palavra usada para um objeto onde a pessoa escondeu uma parte de sua alma.
- Eu não entendi exatamente como isso funciona, entretanto, senhor. - disse Riddle.
Sua voz estava cuidadosamente controlada, Harry podia sentir sua excitação.
- Bem, você divide sua alma, você vê - disse Slughorn - e oculta parte dela em um objeto fora do corpo. Então, se seu corpo é atacado ou destruído, ele não pode
morrer, pois resta uma parte da alma segura e não danificada. Mas, é claro, a existência em tal forma...
A face de Slughorn se contraiu e Harry se viu lembrando as palavras que havia ouvido dois anos antes: "Eu fui tirado do meu corpo, era menos que um espírito, menos
que um simples fantasma... mas, ainda assim, eu estava vivo".
-... poucos iriam quere-la, Tom, muito poucos. A morte seria preferível.
Mas a ansiedade de Riddle era agora aparente; sua expressão era voraz, ele não poderia esconder seu desejo.
- Como você divide sua alma?
- Bem, - disse Slughorn desconfortável - você precisa entender que a alma foi feita para permanecer intacta e inteira. Racha-la é um ato de violação, é contra a
natureza.
- Mas como se faz isso?
- Através de um ato de maldade - o supremo ato da maldade. Cometendo assassinato. Matar rasga a alma. A intenção do bruxo criando um Horcrux usará os prejuízos a
seu favor. Ele encaixaria a parte rasgada...
- Encaixaria? Mas como?
- Há um feitiço, mas não me pergunte, eu não sei! -disse Slughorn balançando sua cabeça como um velho elefante incomodado por mosquitos. - Eu pareço alguém que tentou
- eu pareço um assassino?
- Não, senhor, claro que não, - disse Riddle rapidamente. - Eu sinto muito... Eu não queria ofendê-lo.
- De modo nenhum, de modo nenhum, não estou ofendido. - disse Slughorn rudemente.-é natural sentir curiosidade sobre essas coisas. Bruxos de um certo tipo foram
sempre atraídos por esse aspecto da magia...
- Sim, senhor, - disse Riddle. - O que eu não entendo, contudo - apenas por curiosidade- quero dizer, um Horcrux seria de muito uso? Você poderia dividir sua alma
somente uma vez? Não seria melhor, para faze-lo mais forte, dividir sua alma em mais partes, digo, por exemplo, não é sete o número mágico mais poderoso, não seria?
- Pelas barbas de Merlin, Tom! - ganiu Slughorn. - Sete! Não é mau o bastante pensar em matar uma pessoa? E em todo caso... mau o bastante para dividir a alma...
mas dividi-la em sete pedaços...
Slughorn parecia profundamente incomodado agora. Ele estava olhando Riddle como se nunca o tivesse visto claramente antes, e Harry poderia dizer que ele lamentava
ter entrado no assunto.
- É claro, ele resmungou, isso tudo é hipotético, o que estamos discutindo, não é mesmo? Tudo acadêmico...
- Sim, é claro! - disse Riddle rapidamente
- Mas reafirmo o que disse Tom... mantenha-se em silêncio, eu havia lhe dito - sobre isso que discutimos. As pessoas não gostariam de pensar que nos estivemos discutindo
sobre Horcruxes. É um assunto banido em Hogwarts, você sabe... Dumbledore fica particularmente feroz sobre isso...
- Eu não direi uma palavra, senhor. - disse Riddle, e ele saiu, mas não antes que Harry observasse sua face, cheia da mesma felicidade extenuada que o tinha atingido
quando ele soube que era um bruxo; esta felicidade não realçou suas características boas, mas o fez, de alguma forma, menos humano.
- Obrigada, Harry - disse Dumbledore tranqüilamente. - Vamos...
Quando Harry retornou ao escritório, Dumbledore já estava sentado atrás de sua escrivaninha. Harry se sentou também e esperou que Dumbledore falasse.
- Eu tenho esperado por esta peça de evidência por muito tempo - disse Dumbledore finalmente. Isto confirma a teoria na qual eu tenho trabalhado, me diz como eu
estou certo, e também o quão longe ainda será necessário ir...
Harry observou de repente que cada diretor e diretora nos retratos da parede estava acordado e ouvindo a conversa. Um bruxo corpulento, e de nariz vermelho, estava
tirando uma trombeta de ouvido.
- Bem, Harry, estou certo de que você entendeu o significado do que acabamos de ouvir. Quando tinha a sua idade, com mais ou menos meses, Tom Riddle estava fazendo
tudo o que podia para descobrir como se tornar imortal.
- Você acha que ele obteve sucesso, senhor? Ele fez um Horcrux? E este é o motivo dele não ter morrido quando me atacou? Ele tinha um Horcrux escondido em algum
lugar? Um pouco da sua alma estava segura?
- Um pouco... ou mais - disse Dumbledore - Você ouviu Voldemort, ele quis de Horace uma opinião sobre o que aconteceria ao bruxo que criasse mais do que um Horcrux,
o que aconteceria ao bruxo determinado a vencer a morte, que ele estaria preparado para matar muitas vezes, dividir sua alma repetidamente, para armazena-la em muitos
Horcrux escondidos separadamente. Nenhum livro daria a ele tal informação. Tanto quanto eu sei - como estou certo, Voldemort soube - nenhum bruxo havia tentado mais
do que rasgar sua alma em dois.
Dumbledore ficou em silêncio por um momento, organizando seus pensamentos, e então disse:
- Quatro anos atrás, eu recebi o que considerei uma prova de que Voldemort havia rachado sua alma.
- Onde? - perguntou Harry - Como?
- Você o trouxe até mim, Harry - disse Dumbledore. - O diário, o Diário de Riddle, com instruções de como reabrir a Câmara Secreta.
- Eu não entendo, Senhor. - disse Harry.
- Bem, embora eu não tenha visto o Riddle que saiu do diário, o que você me descreveu foi um fenômeno que nunca vi. Uma mera memória, consumindo a vida da garota
em cujas mãos havia caído? Não, algo muito mais sinistro vivia dentro daquele livro. Um fragmento da alma, eu estava quase certo disso. O diário tinha sido um Horcrux.
Mas isso trouxe tantas perguntas quanto respondeu. O que me intrigou e alarmou mais foi que aquele diário tinha pretendido ser tanto uma arma quanto uma proteção.
- Eu continuo sem entender - disse Harry.
- Bem, Funcionou como um Horcrux deveria supostamente funcionar - em outras palavras, o fragmento de alma dentro dele foi mantido seguro e tinha feito sua parte
para prevenir a morte do seu proprietário. Mas não poderia haver nenhuma dúvida que Riddle realmente queria que o diário fosse lido, queria que a parte de sua alma
habitasse ou possuísse mais alguém, de modo que o monstro de Slyterin atacasse outra vez.
- Bem, ele não quis que seu trabalho duro fosse desperdiçado. - disse Harry. - Ele quis que as pessoas soubessem que ele era o herdeiro de Slyterin, porque não podia
levar o crédito por isso naquela época.
- Completamente correto - disse Dumbledore, assentindo. - Mas você não vê, Harry, se ele pretendia que o diário fosse passado, ou plantado em algum futuro estudante
de Hogwarts, ele estava sendo notavelmente negligente com o precioso pedaço de sua alma que estava escondida nele. O ponto de um Horcrux deve ser, conforme a explicação
do Professor Slughorn, manter parte de si escondido seguramente, e não dar para qualquer pessoa, correndo o risco de destruí-lo - como realmente aconteceu. Aquele
fragmento da alma não existe mais, você viu isso.
- A maneira descuidada com que Voldemort considerou este Horcrux pareceu muito omisso a mim. Isto sugeriu que ele deve ter feito, ou estava planejando fazer, mais
Horcruxes, então a perda do seu primeiro não seria tão prejudicial. Eu não desejo acreditar nisso, mas nada mais pareceu fazer sentido. Então você disse a mim, dois
anos mais tarde, na noite que Voldemort retornou a seu corpo, que ele deu um inquietante e esclarecedor aviso aos seus Comensais da Morte. "Eu, que cheguei mais
longe do que qualquer outro no caminho que leva à imortalidade!" Foi como você me disse que ele falou. "Mais longe do que qualquer outro!" E eu pensei que sabia
o que isso significava, entretanto os Comensais não compreendiam. Ele estava se referindo a seus Horcruxes, Horcruxes no plural, Harry, o que não acredito que outro
bruxo já havia feito. Todavia era certo: Lord Voldemort pareceu menos humano no passar dos anos, e a transformação a que havia se submetido só poderia ser explicada
para mim se sua alma houvesse sido mutilada além dos domínios do que nós chamamos de "mal usual".
- Então ele se tornou impossível de matar assassinando outras pessoas? - disse Harry. - Por que ele não fez uma Pedra Filosofal, ou roubou uma, se estava tão interessado
em ser imortal?
- Bem, nós sabemos que ele tentou fazer isso, há cinco anos. Mas eu creio que há diversas razões pelas quais se explicaria que uma Pedra Filosofal seria menos atrativa
do que Horcruxes a Lord Voldemort. Para que o elixir da vida torne alguém imortal, é preciso bebê-lo regularmente, por toda a eternidade. Conseqüentemente, Voldemort
seria inteiramente dependente do elixir, e se ele acabasse, ou fosse contaminado, ou se a pedra fosse roubada, ele morreria como qualquer outro homem. Voldemort
gosta de trabalhar sozinho, lembre-se. Eu acredito que ele achou a idéia de ser dependente, para sempre, do elixir, intolerável. É claro que ele estava preparado
para bebê-lo se fosse para se livrar da semivida horrível à qual ele estava condenado após ter atacado você, mas somente para recuperar um corpo. Depois disso, eu
estou convencido, ele pretendia continuar confiando em seus Horcruxes. Ele não precisaria de nada mais, se ele pudesse retornar à forma humana. Ele já era imortal,
como pode ver... Ou estava mais próximo de ser imortal do que qualquer homem já havia estado. Mas agora, Harry, armado com esta informação, esta importante memória
que você obteve para nós, estamos mais perto do segredo de como derrotar Voldemort do que jamais estivemos. Você o ouviu, Harry: "Não seria melhor, para faze-lo
mais forte, dividir sua alma em mais partes, digo, por exemplo, não é sete o número mágico mais poderoso, não seria?". Sim, eu acredito que a idéia de dividir a
alma em sete partes atrairia Lord Voldemort.
- Ele fez sete Horcruxes? - disse Harry, golpeado pelo horror, enquanto vários dos retratos nas paredes fizeram ruídos similares ao choque e ultraje. - Mas eles
poderiam estar em qualquer lugar no mundo - escondidos - enterrados ou invisíveis!
- Fico feliz em perceber sua avaliação correta do problema. - disse Dumbledore calmamente. - Mas, primeiramente, Harry, não sete Horcruxes: seis. A sétima parte
de sua alma, mutilada de qualquer forma, reside no interior do seu corpo regenerado. Esta foi a parte dele que teve uma existência espectral por tantos anos durante
seu exílio; sem ela, ele não teria nada de si afinal. A sétima parte de sua alma será a que qualquer um que deseja matar Voldemort deve atacar por último - a parte
que vive em seu corpo.
- Mas os seis Horcruxes, então, - disse Harry, um pouco desesperado, - como poderemos encontra-los?
- Você está se esquecendo... Você já destruiu um deles. E eu destruí outro.
- Você destruiu? - disse Harry ansiosamente.
- Sim, certamente. - disse Dumbledore, e levantou sua mão machucada. - O anel, Harry, o anel de Marvolo. E uma terrível maldição estava sobre ele também. Se não
fosse - desculpe-me pela falta de falsa modéstia - por minha própria habilidade, e pela ação oportuna do Professor Snape quando eu retornei a Hogwarts, desesperadamente
ferido, eu poderia não ter sobrevivido para contar a história. Entretanto, uma mão mutilada não parece uma troca injusta por um sétimo da alma de Voldemort. O anel
não é mais um Horcrux.
- Mas como você o encontrou?
- Bem, como você sabe, por muitos anos eu me esforcei ao máximo para descobrir tudo quanto foi possível sobre o passado de Voldemort. Viajei extensamente, visitando
aqueles lugares onde ele esteve. Eu tropecei no anel escondido nas ruínas da casa de Gaunt. Parece que uma vez que Voldemort tinha resolvido selar uma parte de sua
alma ao lado dele, não quis o desgastar mais. Escondeu-o, protegido por encantamentos poderosos, na cabana onde seus ancestrais haviam vivido uma vez (Morfin havia
estado preso em Azkaban, é claro), sem supor que chegaria o dia em que eu visitaria a ruína, ou que eu poderia estar mantendo um olho aberto para traços de magia
oculta.
- Entretanto, não devemos nos congratular demais. Você destruiu o diário, e eu o anel, mas se nós estamos certos quanto à teoria das sete partes da alma, restam
quatro Horcruxes.
- E eles poderiam ser qualquer coisa? - disse Harry - Poderiam ser latas, imagino, ou fracos vazios de poções...
- Você está pensando em coisas portáteis, Harry, que poderiam ser objetos comuns, fáceis de negligenciar. Mas Voldemort usaria latas ou frascos vazios de poções
para guardar sua preciosa alma? Você está esquecendo do que mostrei a você. Voldemort gostava de colecionar troféus, e preferia objetos um poder mágico histórico
em si, sua crença em sua própria superioridade, sua determinação em esculpir para si um lugar de destaque na História da Magia,... Estas coisas sugerem a mim que
Voldemort escolheu seus Horcruxes com algum cuidado, favorecendo objetos dignos de honra.
- O diário não era tão especial.
- O diário, como você mesmo disse, era a prova de que ele era o herdeiro de Slyterin. Eu tenho certeza que Voldemort considera esse fato como sendo de extrema importância.
- Então, e os outros Horcruxes? - disse Harry - Você acha que sabe o que são eles, senhor?
- Eu só posso supor. - disse Dumbledore - Pelas razões que já lhe dei, acredito que Lord Voldemort iria preferir objetos que, em si próprios, tivessem certa grandeza.
Eu viajei pelo passado de Voldemort para ver se descobria evidências de que tais artefatos desapareceram ao redor dele.
- O medalhão! -disse Harry - A taça de Hufflepuff!
- Sim, disse Dumbledore, sorrindo. Eu apostar - talvez não a minha outra mão, mas um par de dedos, que eles são o terceiro e o quarto Horcruxes. Os dois restantes,
supondo que ele criou um total de seis, são mais um problema, mas eu arrisco um palpite que, assegurando-se de pegar objetos de Hufflepuff e Slyterin, ele prosseguiu
em busca de objetos de Gryffindor ou Ravenclaw. Quatro objetos dos quatro fundadores teriam, estou certo, exercido uma atração poderosa na imaginação de Voldemort.
Eu não posso dizer se ele conseguiu achar algo de Ravenclaw. Estou confiante, contudo, que a única relíquia deixada por Gryffindor permanece segura.
- Dumbledore apontou seus dedos enegrecidos para a parede atrás dele, onde uma espada incrustada com rubis repousava numa proteção de vidro.
- Você acha que esta é a razão pela qual ele queria tanto voltar para Hogwarts, senhor? Para tentar achar algo de algum dos outros fundadores?
- Meus pensamentos, precisamente. - disse Dumbledore. -Mas, infelizmente, isso não nos leva muito adiante, porque ele não voltou, ou assim acredito eu, a ter a oportunidade
de procurar a escola. Sou forçado a concluir que ele nunca alcançou sua ambição de colecionar objetos dos quatro fundadores. Definitivamente ele teve dois - ele
pode ter encontrado três - isso é o melhor que podemos fazer agora.
- Mesmo se ele houvesse conseguido algo de Ravenclaw ou de Gryffindor, isso nos leva a seis Horcruxes, - disse Harry, contando nos dedos - a menos que ele tenha
conseguido ambos?
- Não penso assim. - disse Dumbledore - Acredito que sei o que é o sexto Horcrux. Gostaria de saber o que você dirá quando eu confessar que o comportamento da cobra,
Nagini, me deixou curioso?
- A cobra? - disse Harry, estarrecido. Pode-se usar animais como Horcruxes?
- Bem, é inapropriado faze-lo, porque confiar uma parte de sua alma a algo que pode pensar e se movimentar seria obviamente muito arriscado. Entretanto, se meus
cálculos estão corretos, Voldemor mantinha um último Horcrux em suas metas ao entrar na casa de seus pais para matar você. Parece ter reservado o processo de fazer
Horcruxes para mortes particularmente significativas. Sua morte certamente seria uma destas. Ele acreditou que matando você, estaria destruindo o perigo que a profecia
havia mencionado. Acreditou que se faria invencível. Estou certo que ele tinha a intenção de fazer o último Horcrux com sua morte. Como sabemos, ele falhou. Depois
de um alguns anos, porém, ele usou Nagini para matar um velho trouxa, e pode ter-lhe ocorrido usa-la em seu último Horcrux. Ela destaca a ligação com Slyterin, que
realça o mistério de Lord Voldemort. Penso que talvez ele tenha encontrado nela o que poderia encontrar em qualquer coisa; ele certamente gosta de mantê-la por perto,
e ele parece ter um controle incomum sobre ela, mesmo para um Ofidiodiglota.
- Então, - disse Harry - o diário se foi, o anel também. A taça, o medalhão e a cobra continuam intactos, e você acredita que há um Horcrux de Ravenclaw ou Gryffindor?
- Um admirável e correto resumo, sim. - disse Dumbledore, curvando a cabeça.
- Então... você ainda está procurando por ele, senhor? Foi onde o senhor esteve quando não se encontrava na escola?
- Certo! Eu estive procurando por um longo tempo. Penso que... talvez... Posso estar próximo de encontrar outro. Há esperançosos sinais.
- E se você o encontrar - disse Harry rapidamente - eu posso ir com o senhor e ajudar a se livrar dele?
Dumbledore fitou Harry intensamente por um momento antes de responder.
- Sim, acredito que sim.
- Eu posso? - disse Harry completamente aparvalhado.
- Oh, claro. - disse Dumbledore, sorrindo ligeiramente. - Creio que você ganhou esse direito.
Harry sentiu seu coração se elevar.Era muito ouvir palavras diferentes de cuidado e precaução pra variar. Os diretores e diretoras nas paredes pareceram menos impressionados
pela decisão de Dumbledore. Harry viu alguns deles balançando suas cabeças, e Phineas Nigellus bufou.
- Voldemort sabe quando um Horcrux foi destruído, senhor? Ele pode sentir isso? - Harry perguntou, ignorando os retratos.
- Uma pergunta muito interessante, Harry. Eu acredito que não. Acho que Voldemort está tão inundado de maldade, e estas partes dele estão distantes há tanto tempo,
que ele não sente como nós. Talvez, no momento da morte, ele possa estar ciente de sua perda... Mas ele não sabia, por exemplo, que o diário havia sido destruído,
até que forçou a verdade de Lúcio Malfoy. Quando Voldemort descobriu que o diário havia sido mutilado e destituído de seus poderes, acredito que sua raiva foi algo
terrível de se observar.
- Mas eu pensei que ele havia pedido a Lúcio Malfoy que contrabandeasse o diário para Hogwarts.
- Sim, ele pediu, anos atrás, quando ele estava certo que seria capaz de criar mais Horcruxes, mas ainda que Lúcio estivesse disposto a esperar a ordem de Voldemort,
e ele nunca a recebeu, pois Voldemort desapareceu após ter lhe dado o diário. Não há dúvidas de que ele acreditava que Lúcio não ousaria fazer qualquer coisa com
o Horcrux além de protege-lo cuidadosamente, mas ele contava acima de tudo com o medo de Lúcio de um mestre que havia sumido há anos o que Lúcio considerasse morto.
Claro, Lúcio não sabia o que o diário realmente era. Eu acredito que Voldemort lhe disse que o diário abriria novamente a Câmera Secreta porque ele tinha um encantamento
de inteligência. Se Lúcio soubesse que teve em suas mãos uma porção da alma de seu mestre, certamente a teria tratado com mais reverência - mas ele foi adiante e
continuou o velho plano visando seus próprios objetivos. Passando o diário para a filha de Arthur, ele desejava desacreditar Arthur e se desfazer de um objeto mágico
extremamente incriminador de uma vez. Ah, pobre Lúcio... com a fúria que despertou em Voldemort ao usar um Horcrux para seus fins, somada ao fiasco no Ministério
no ano anterior, não me surpreenderia se ele estivesse secretamente feliz por estar seguro em Azkaban no momento.
Harry refletiu por um momento, e então perguntou: Então se todos os Horcruxes forem destruídos, Voldemort poderá ser morto?
- Sim, acredito que sim. -disse Dumbledore - Sem os Horcruxes, Voldemort será um homem mortal com uma alma mutilada e destruída. Nunca se esqueça, contudo, embora
sua alma possa estar danificada além do reparo, seu cérebro e seus poderes mágicos continuam intactos. Será necessário poder e habilidade incomuns para matar um
bruxo como Voldemort, mesmo sem os seus Horcruxes.
- Mas eu não tenho poderes e habilidades incomuns. - disse Harry, antes que pudesse se conter.
- Sim, você tem. - disse Dumbledore com convicção. - Você tem um poder que Voldemort nunca teve. Você tem...
- Eu sei! - disse Harry bruscamente. - Eu tenho amor. - Com grande dificuldade Harry se conteve de acrescentar: Grande coisa!
- Sim, Harry, você pode amar. - disse Dumbledore, como se soubesse exatamente o que Harry havia pretendido dizer - E, considerando tudo o que aconteceu com você,
é um feito notável. Você é muito jovem para entender o quão incomum você é, Harry.
- Então, quando a profecia disse que eu teria um poder que o Lord das Trevas desconhece, se referia somente a... amor? - perguntou Harry, se sentindo um pouco desanimado.
- Sim, somente amor. - disse Dumbledore. - Mas, Harry, nunca se esqueça que o que a profecia diz tem significado porque Voldemort a fez assim. Eu lhe disso isso
no fim do ano passado. Voldemort escolheu você como a pessoa que representava um maior perigo para ele, e fazendo isso, fez de você a pessoa que mais perigosa para
ele!
- Mas continua sendo o mesmo...
- Não, não continua! - Dumbledore disse impacientemente agora. Apontando a Harry com sua mão mutilada e enegrecida, ele disse: - Você está dando muito valor à profecia!
- Mas - atalhou Harry - você disse que a profecia significa...
- Se Voldemort nunca tivesse ouvido a profecia, ela se cumpriria? Significaria qualquer coisa? Claro que não! Você acredita que cada profecia da sala de Profecias
se cumpriu?
- Mas - disse Harry completamente desnorteado - no ano passado, você disse que um de nós terá que matar o outro...
- Harry, Harry, isso somente porque Voldemort cometeu um grave erro, e agiu conforme as palavras da Professora Trelawney. Se Voldemort nunca tivesse assassinado
o seu pai, você teria em si esse furioso desejo de vingança? É claro que não! Se ele não tivesse forçado a sua mão a morrer por você, ele teria lhe dado uma proteção
mágica que não podia superar? Claro que não, Harry! Você não percebe? Voldemort criou seu próprio inimigo, assim como os tiranos fazem por todo o lado! Você faz
idéia do quanto os tiranos temem as pessoas que eles oprimem? Todos eles acreditam que, um dia, dentre suas muitas vítimas, é certo que haverá um que irá se levantar
contra ele e enfrenta-lo. Voldemort não é diferente! Sempre foi cuidadoso para com aquele que o desafiaria. Ele ouviu a profecia e entrou em ação, e como resultado
não somente escolheu cuidadosamente aquele que poderia derrotá-lo, mas deu a ele armas excepcionalmente mortais!
- Mas...
- É essencial que você entenda isso! - disse Dumbledore, se levantando e dando passos largos pelo escritório, suas vestes resplandecentes farfalhando em seu rastro;
Harry nunca o tinha visto tão agitado. - Tentando mata-lo, Voldemort fez com que a pessoa notável que está sentada diante de mim se revelasse, e lhe deu as armas
para o trabalho! É uma falha de Voldemort que você possa ver seus pensamentos, suas ambições, que você compreenda a língua das cobras e até lhes dê ordens, no entanto,
Harry, a despeito de sua privilegiada inserção no mundo de Voldemort (que, incidentalmente, é um dom que qualquer Comensal da Morte mataria para ter), você nunca
foi seduzido pelas Artes das Trevas, nunca, nem por um segundo, demonstrou o desejo de se tornar um dos seguidores de Voldemort!
- É claro que não! - Harry se sentiu indignado - Ele matou meus pais!
- Você é protegido, levemente, por sua habilidade de amar! - disse Dumbledore sonoramente - A única proteção que tem possibilidade de ir contra a atração pelo poder
que Voldemort tem. Apesar de toda a tentação contra a qual você lutou, todo o sofrimento, você permanece puro em seu coração, tão puro quando como você tinha onze
anos, quando você olhou fixamente num espelho que mostrava o desejo de seu coração, e ele mostrou a você a única maneira de impedir Lord Voldemort, e não imortalidade
ou riquezas. Harry, você faz idéia de quão poucos bruxos veriam o que você viu no espelho? Voldemort deveria então ter percebido do que se tratava, mas ele não conseguiu!
Mas ele sabe disso agora. Você invadiu a mente de Voldemort sem danos a si próprio, mas ele não pode possuí-lo sem sentir uma agonia mortal, como você descobriu
no Ministério. Eu não creio que ele entende porquê, Harry, mas naquele tempo, ele tinha tal pressa de mutilar sua própria alma, que ele nunca parou para entender
o incomparável poder de uma alma imaculada e inteira.
- Mas senhor, - disse Harry, se esforçando corajosamente para não soar argumentativo- tudo volta para a mesma questão, não é? Eu tenho que tentar mata-lo, ou...
- Morrer? - disse Dumbledore - É claro que terá! Mas não por causa da profecia. Mas porque você, você mesmo, nunca descansará até que tenha tentado! Ambos sabemos
disso! Imagine, por um breve momento, que você nunca tivesse ouvido aquela profecia! Como você se sentiria em relação a Voldemort agora? Pense!
Harry observou Dumbledore andando de um lado para o outro à sua frente, e pensou. Ele pensou em sua mãe, em seu pai, e em Sirius. Ele pensou em Cedrico Diggory.
Ele pensou em todas as terríveis ações que Lord Voldemort cometeu. Uma chama pareceu pular dentro do seu peito, queimando sua garganta.
- Eu iria que ele morresse. - disse Harry serenamente - E eu iria querer fazer isso.
- Naturalmente você iria querer! - exclamou Dumbledore! - Veja, a existência da profecia não significa que você tem que fazer alguma coisa. Mas a profecia fez com
que Voldemort o marcasse como um igual. Em outras palavras, você é livre para escolher seu caminho, igualmente livre para se voltar à profecia! Mas Voldemort continua
a escolher seu caminho pela profecia. Ele continuará a caça-lo... O que se mostra correto, realmente, uma vez que...
- Um de nos acabará matando o outro. - disse Harry - Sim.
Mas Harry finalmente entendeu o que Dumbledore vinha tentando lhe explicar. Era, ele pensou, como a diferença entre ser levado para uma arena para enfrentar uma
batalha até à morte e andar em direção à arena de cabeça elevada. Algumas pessoas, talvez, diriam que havia pouca diferença entre as duas maneiras, mas Dumbledore
sabia - e eu também, pensou Harry e, com um sentimento feroz de orgulho, assim como meus pais - que fazia toda a diferença do mundo.
CAPÍTULO 24
SECTUSEMPRA
Exausto, mas satisfeito com o trabalho noturno, Harry contou a Rony e Hermione tudo que aconteceu durante a lição de Feitiços da manhã (estavam lançando o feitiço
Muffliato sobre quem estava perto). Eles estavam muito impressionados com o caminho que ele usou para descobrir a memória apagada de Slughorn e positivamente aterrorizados
quando ele contou sobre os Hurcruxes de Voldemot e a promessa de Dumbledore de deixá-lo só, enquanto ele procura pelos outros.
"Uau!", disse Rony, quando Harry finalmente terminou de contar tudo. Rony estava movendo sua mão muito vagamente na direção do teto sem prestar a mínima atenção
com o que estava fazendo. "Uau!". Você junto de Dumbledore ...e tentar e destruir ... uau!
"Rony, você está criando esta neve", disse Hermione pacientemente, segurando o seu pulso e afastando-o do teto do qual, antes vazio, grandes flocos brancos estavam
começando a cair. Lilá Brown, Harry notou, fuzilava Hermione numa mesa vizinha com os olhos vermelhos, e Hermione imediatamente soltou o braço de Rony."Oh , sim!"
disse Rony, olhando para baixo de seu corpo com vaga surpresa. "Desculpem-me ... ehrr... olhem como estamos com uma caspa terrível agora ..."
Ele escovou alguma neve falsificada dos ombros de Hermione e Lilá explodiu em lágrimas... Rony olhou imensamente culpado e se virou de costas para ela. "Nós brigamos",
ele disse a Harry com o canto de sua boca, "Na última noite, quando ela me viu sair do dormitório com Hermione. Logicamente ela não pode te ver, assim pensou que
tinha saído apenas nós dois".
"Ah!" disse Harry. "Bem - pelo menos você não terminou né?", "Não" admitiu Rony. "Era ruim enquanto ela estava gritando, mas ao menos eu não tive que terminar.".
"Covarde!" disse Hermione, entretanto, ela olhou feliz. "Bem, hoje não foi uma boa noite para romances. Gina e Dino também terminaram, Harry.".
Harry pensou ter visto no olhar de Hermione algo indicativo e malicioso quando ela lhe falou isto, mas Hermione não tinha a possibilidade de descobrir que, intimamente,
ele dançava uma conga. Manteve sua face imóvel e com uma voz indiferente e fria, ele perguntou "E como foi isso?"
"Oh! algo realmente tolo... ela disse que ele sempre cismava em levá-la até passar pela entrada do retrato, como se ela não pudesse fazer por ela sozinha... mas
eles estavam por um fio há muito tempo.".
Harry lançou um olhar sobre Dino no outro lado da classe. Ele certamente estava parecendo infeliz.
"Claro! Isso te coloca em um pequeno dilema, não é mesmo?" disse Hermione.
"O quê você quer dizer com isso?", disse Harry rapidamente.
"O time de quadribol", disse Hermione. "Se Gina e Dino não estão se falando...."."Oh! Oh! Claro!" disse Harry."Flitwick", disse Rony em tom de alarme. O pequeno
mestre de Feitiços estava se vindo para eles, e Hermione era a única que conseguiu transformar o vinagre em vinho; seu frasco de vidro estava cheio de um líquido
carmesim profundo, enquanto o de Harry e Rony permanecia marrom vergonhoso."Agora, agora, garotos!" murmurou o Professor Flitwick reprovadamente. "Um pouco menos
de conversa, e um pouco mais de ação ... Deixem-me ver vocês dois tentarem..."
Juntos eles levantaram suas varinhas, concentraram todos os seus poderes, e apontaram para seus frascos. O vinagre de Harry se transformou em gelo; o frasco de Rony
explodiu.
"Sim... lição de casa" disse o Professor Flitwick, reaparecendo debaixo da mesa e limpando os cacos do alto de seu chapéu, "prática.".
Eles tiveram um de seus raros períodos livres depois de Feitiços e voltaram para a classe juntos. Rony pareceu positivamente aliviado sobre o fim de seu relacionamento
com Lilá, e Hermione pareceu adorável, também, embora quando ele lhe perguntou o por que da felicidade, ela simplesmente dizia "Hoje é um bom dia!". Nenhum deles,
porém, perceberam a batalha feroz que se passava dentro da cabeça de Harry:
Ela é irmã do Rony...
Mas ela acabou com Dino!
Mas ela continua sendo irmã do Rony!
Mas eu sou seu melhor amigo!
Mas isso só piora!
E se eu falar com ele primeiro -
Ele vai te socar.
E se eu não me importar?
Ele é seu melhor amigo!...
Harry já havia entrado no buraco do retrato da sala comunal ensolarada quando percebeu, vagamente, um pequeno grupo de alunos do sétimo ano juntos, enquanto Hermione
gritava: "Katie! Você voltou! Você está bem?".Harry parou: Era certamente Katie Bell, o olhando completamente recuperada e cercada por seus amigos."Estou realmente
bem!" ela disse alegremente. "Eles deixaram-me sair de St. Mungos no domingo, eu fiquei um par de dias em casa com mamãe e com papai e então voltei para cá nesta
manhã. Leanne estava justamente me contando sobre MacLaggen e o último jogo, Harry...".
"Sim", disse Harry, "bem, agora que você voltou e Rony melhorou, nós teremos uma chance decente de arrasar a Corvinal, acho que nós ainda podemos estar na corrida
para a Taça. Ouça, Katie..."
Ele explicou a questão, até então. Sua curiosidade até fez com que Gina saísse de sua cabeça temporariamente. Ele deixou cair sua voz quando os amigos de Katie começaram
a apanhar suas coisas; aparentemente eles teriam aulas de Transfiguração mais tarde."... o colar ... você pode relembrar quem o entregou agora?""Não", disse Katie,
balançando penosamente a cabeça. "Todos tem me perguntado, mas não consegui nenhuma pista. A última coisa que eu me lembro era que estava andando dentro do banheiro
das meninas no Três Vassouras.".
"Você entrou definitivamente no banheiro das meninas, então?" disse Hermione."Bem, eu sei que abri a porta", disse Katie, "e eu suponho que alguém me dominou justamente
enquanto eu entrava. Depois disso minha memória está branca até dois meses atrás em St. Mungos. Ouçam, é melhor eu ir, eu não posso me atrasar na aula com McGonagall
justamente no meu primeiro dia de volta...".
Ela correu para apanhar a sua bolsa e se apressou a alcançar seus amigos, deixando Harry, Rony e Hermione sentados diante da mesa da janela e ponderando no que ela
havia dito.
"Só pode ser uma garota ou uma mulher quem deu a Katie o colar", disse Hermione, "dentro do banheiro das meninas.".
"Ou alguém que se parecia com uma garota ou uma mulher", disse Harry. "Não esqueça, existia um caldeirão cheio de poção polisuco em Hogwarts. Sabemos que alguém
conseguiu roubá-la..."
E em seu pensamento ele observou uma parada de Crabbes e Goyles passando adiante, todos transformados em garotas.
"Eu acho. Eu vou tomar outra dose de Felix", disse Harry, "e eu vou até a Sala Precisa novamente.".
"Que seria uma perda completa da poção", disse Hermione logicamente, pegando a copia do livro de Feitiços de Syllabary que acabara de retirar de sua bolsa. "Sorte
só se pode conseguir as vezes, Harry. A situação com Slughorn era diferente, você sempre teve habilidade para persuadi-lo, você só precisava de um pouquinho de circunstâncias
favoráveis. Sorte não é suficiente se você tem um encantamento poderoso. Não vá desperdiçar o resto da poção. Você vai precisar da maior sorte do mundo se Dumblebore
o levar junto com ele...". Ela abaixou sua voz a um sussurro.
"Não podíamos fazer mais alguns?". Rony perguntou a Harry, ignorando Hermione. "Eu acho ótimo ter um estoque dela... Que tal olhar no livro..."
Harry puxou sua cópia de Poções Avançadas de sua bolsa, e olhou em cima de Felix Felicis
"Bom, isso é realmente complicado" ele disse, correndo os olhos sobre a lista de ingredientes. "e isso levará seis meses... Você tem que deixar cozinhar..."
"Típico" disse Rony.
Harry estava a ponto de guardar seu livro novamente, quando ele notou um canto de uma pagina dobrada, desdobrando-a ele viu o feitiço Sectumsempra, e em baixo escrito:
"para os inimigos" que ele havia marcado algumas semanas antes. Ele ainda não tinha encontrado o que fazer com isso, principalmente porque ele não quis testar próximo
a Hermione, mas ele estava considerando usar em McLaggen na próxima vez que ele aparecesse diante deles.
A única pessoa que não estava particularmente agradecida por ver Katie Bell voltar à escola era Dean Thomas, porque ele não seria requerido para a posição de artilheiro.
Ele suspirou quando Harry lhe disse isso, meramente soltou um grunhindo, mas Harry teve uma sensação diferente enquanto se distanciava de Dean e Seamus..
Na quinzena seguinte, Harry disse que viu o melhor treino de Quadribol desde que virou Capitão. Seu time estava muito satisfeito com a saída de McLaggen, felizes
por ter Katie de volta, e eles estavam voando excepcionalmente bem.
Gina não parecia transtornada com o rompimento com Dino, ao contrário, ela era a vida e a alma do time. Suas imitações de Rony se movendo ansiosamente para cima
e para baixo diante dos aros como goleiro, ou das ordens frias dadas por Harry a McLaggen antes de ser nocauteado, tornava o treino muito divertido. Harry, sorrindo
juntamente com todos, estava contente por ter uma razão inocente para olhar para Gina; e ele tinha recebido mais ferimentos durante os treinos porque não conseguia
manter seus olhos nos balaços.
A batalha estava furiosa em sua cabeça: Gina ou Rony? Às vezes ele pensava que após Lilá, Rony não iria se importar se ele convidasse Gina para sair, mas então ele
lembrou a expressão de Rony quando ele a viu beijando Dino, e era certo que Rony consideraria uma traição se Harry caminhasse de mãos dadas com Ginny. Contudo Harry
não podia ajudar-se conversando com Gina, rindo com ela, voltando do treino com ela, entretanto sua consciência doeu demais, ele encontrou-se maravilhado pensando
em como poderia conseguí-la para si. Teria sido ideal se Slughorn tivesse dado outra de suas pequenos festas, para Rony não estar por perto - mas infortunadamente,
Slughorn parecia tê-las acabado. Uma ou duas vezes Harry considerou em pedir ajuda a Hermione, mas ele não pensou como conseguiria olhar pra Hermione, vendo um olhar
satisfeito e acusador em seu rosto; como varias vezes via quando Hermione o flagrava olhando para Gina ou rindo de suas piadas. E para complicar o assunto, ele teve
a irritante preocupação de que se não o fizesse, um outro alguém convidaria Gina para sair em breve: ele e Rony pelo menos concordavam para seu próprio bem, o fato
de que Gina era popular demais.
De toda a forma, a tentação de tomar outro gole de Felix Felixis estava ficando mais forte durante o dia,e certamente era um argumento para, segundo Hermione, "aproveitar
as circunstâncias" Os dias monótonos correram gentilmente em Maio, e Rony parecia estar sempre no ombro de Harry quando ele via Gina. Harry descobriu que apenas
um golpe de sorte poderia de alguma maneira fazer com que Rony ficasse feliz com o seu melhor amigo e sua irmã saindo, e os deixasse sozinhos, ele junto dela mais
do que alguns segundos. Nenhuma oportunidade surgiu enquanto se aproximava o final do periodo com o Torneio de Quadribol. Rony procurava falar de táticas com Harry
todo o tempo e não tinha pensamentos para mais nada.
Rony não era o único a esse respeito; o interesse no jogo Grifinória-Corvinal estava correndo extremamente rápido na escola, para o jogo que decidiria o Campeonato
das casas. Se Grifinória batesse a Corvinal por uma margem de trezentos pontos ( um número alto, porém Harry nunca tinha visto seu time voando melhor) então eles
conseguiriam vencer o Campeonato. Se eles vencessem por menos de trezentos pontos, eles ficariam em segundo após Corvinal, se eles perdessem pela diferença de cem
pontos ficariam em terceiro atrás da Lufa-Lufa e se eles perdessem por mais de cem pontos, estariam em quarto lugar e em lugar nenhum, e no pensamento de Harry,
se eles perdessem, a casa não iria esquecer que ele foi o Capitão da Grinfinória e que a colocaria no fundo da tabela em dois séculos.
O ponto crítico da partida tinha as mesmas características de sempre: membros das casas rivais tentando intimidar os adversários nos corredores; desagradáveis canções
sobre um jogador individual, ensaiados com a voz de passarinhos; os próprios membros das equipes circulando ao redor para gozar de toda a atenção ou senão entrando
em banheiros e dando tiros para cima. De alguma maneira o jogo havia se ligado inexplicavelmente ao êxito ou fracasso de seus planos com Gina.Ele conseguia sentir
que se eles vencesssem por mais de trezentos pontos, nas cenas de euforia e a ótima e calorosa festa de comemoração justamente com um saboroso trago de Felix Felicis
talvez houvesse alguma chance.E no meio de tantas preocupações, Harry não havia esquecido sua outra ambição; descobrir o que Malfoy estava fazendo na Sala Precisa.
Ele ficava verificando o Mapa do Maroto, e ele não conseguia localizar o local onde estava Malfoy, deduzindo que o mesmo estava perdendo o seu tempo dentro daquela
sala.
Embora Harry perdesse as esperanças de descobrir o que acontecia dentro da Sala Precisa, e continuando à tentar entrar sempre que estava na vizinhança reformulando
sempre seu pedido, a parede permaneceu firmemente fechada. Alguns dias antes da partida contra a Corvinal, Harry encontrou-se andando sozinho próximo a Sala Comunal,
Rony estava fora em um banheiro próximo para disparar para cima novamente, e Hermione não saindo do seu normal foi ver o Professor Vector sobre um erro que ela pensou
ter cometido em seu último ensaio de Aritimancia. Mais por hábito do que por qualquer coisa, Harry fez a sua usual tentativa no corredor do sétimo andar, checando
o Mapa do Maroto. Por um momento ele não conseguiu localizar Malfoy em nenhum lugar e assumiu que ele estivesse dentro da Sala Precisa novamente, mas então ele viu
Malfoy pequenininho, sobre um ponto no banheiro dos meninos no andar abaixo, acompanhado, não por Crabbe ou Goyle, porém por Murta que Geme.
Harry somente parou para olhar essa improvável dupla quando ele virou a direita em um conjunto de armaduras. O alto ruído trouxe-o de volta de seu devaneio; saindo
da cena antes que Filch chegasse, dos pontos tracejados na escada de mármore e ao longo da passagem abaixo. Fora do banheiro, ele pressionou sua orelha de encontro
à porta. Ele não podia ouvir nada. Ele muito silenciosamente á abriu.
Draco Malfoy estava de costas para a porta, suas mãos agarravam os lados da pia, seus cabelos brancos-louros arqueados.
"Não!", soou a voz da Murta que Geme de um dos cubículos. "Não... conte-me o que está errado... Eu posso ajudá-lo..." "Ninguém pode me ajudar", disse Malfoy. Seu
corpo estava todo tremendo. "Não posso fazer isso... Eu não posso... Não quero trabalhar... e a menos que eu faça logo... ele disse que me matará...".
E Harry observava, com um choque tão grande que parecia enraizá-lo àquele ponto, aquele Malfoy chorando - realmente chorando - lágrimas rolando sobre sua pálida
face dentro da pia. Malfoy tossiu e engasgou-se e então, com um grande suspiro, quando olhou para a imagem no espelho rachado viu Harry parado olhando fixamente
para ele.
Malfoy olhou, puxando sua varinha. Instintivamente, Harry puxou a sua. O feitiço de Malfoy errou Harry por centímetros, quebrando a lâmpada ao lado de Harry na parede.
Harry jogou-se de lado no chão, pensando Levicorpus! E apontando sua varinha, mas Malfoy bloqueou o feitiço e levantou sua varinha para outro... "Não! Não" Parem
com isso!"Guinchou Murta que Geme, sua voz ecoando alto no alto de todo o andar".Parem! PAREM!".
Houve um estrondo alto e o escaninho atrás de Harry explodiu; Harry tentou um feitiço Prende-Pernas para contra-atacar passando ao lado da orelha de Malfoy e esmagando
a cisterna abaixo de Murta que Geme, que gritava escandalosamente alto; água jorrou por todo o lado e Harry deslizou enquanto Malfoy, de face retorcida, gritou "Cruci-"
"SECTUMSEMPRA!" Gritou Harry do assoalho, agitando sua varinha descontroladamente.
O sangue jorrou do rosto e do peito de Malfoy como se ele tivesse sido chicoteado ou cortado por uma espada invisível. Ele balançou para trás e caiu no assoalho
com um grande respingo de água, sua varinha caindo brandamente de sua mão direita. "Não ..." engasgou-se Harry.Deslisando e desconcertado, Harry colocou e mergulhou
seus pés em direção a Malfoy, cujo rosto brilhava em vermelho escalate, suas mãos brancas embebidas em sangue em seu peito. "Não, Eu não queria..." ·Harry não sabia
o que dizer. Ele caiu de joelhos ao lado de Malfoy, que estava se agitando descontroladamente banhado pelo próprio sangue. Murta que Geme soltou um grito alto e
descontrolado: "ASSASSINATO! ASSASSINATO NO BANHEIRO! ASSASSINATO!"
A porta bateu atrás de Harry que ergueu os olhos, estarrecido: Snape havia entrado no banheiro, com a face lívida. Empurrando Harry de lado, ajoelhou-se ao lado
de Malfoy, pegou sua varinha, e lançou um feitiço sobre as profundas feridas que Harry tinha provocado, sussurrando um feitiço que soou quase como uma canção. O
fluxo de sangue pareceu diminuir, Snape limpou o resíduo que tinha sobre a face de Malfoy e repetiu o feitiço.Agora as feridas pareciam que faziam pontos.
Harry permaneceu observando, horrorizado com o que havia feito, pouco ciente de que estava embebido em sangue e água. Murta que Geme permaneceu gemendo e chorando
logo acima. Enquanto Snape estava executando um contra-feitiço pela terceira vez, a meia-vida de Malfoy permaneceu na mesma posição.
"Você necessita de ala hospitalar. Pode haver certa quantidade de marcas e cicatrizes, mas se você tomar ditany imediatamente pode ser que até isso evitemos... Venha...".
Ele apoiou Malfoy através do banheiro, voltando-se para a porta para dizer em uma voz furiosa e fria, "E você, Potter... E você espera por mim aqui".
Não ocorreu nem por um segundo a Harry em desobedecer. Ele levantou-se lentamente, andou olhou abaixo o assoalho molhado. Ali havia manchas de sangue flutuando como
flores de carmesim sobre a sua superfície. Não poderia nem mesmo contar com a Murta que Geme para ficar quieta, e ela continuava lamentando com prazer cada vez mais
evidente.
Snape retornou dez minutos depois. Ele parou dentro do banheiro e fechou a porta atrás de si.
"Vá!", ele disse a Murta, e ela mergulhou dentro de seu vaso de uma vez, deixando um silêncio soando atrás dela.
"Eu não sei o que aconteceu", disse Harry por um momento. Sua voz ecoou no vazio, aquoso espaço. "Eu não sabia o que esse feitiço faria."
Mas Snape ignorou isso. "Aparentemente eu superestimei você, Potter", ele disse calmamente. "Quem diria que você conhecia tal feitiço das Artes das Trevas? Quem
lhe ensinou esse feitiço?".
"Eu... li sobre ele em algum lugar".
"Onde?".
"Eu o li... em um livro na biblioteca", inventou Harry. "Eu não consigo recordar como ele se chamava..."!
"Mentiroso", disse Snape. A garganta de Harry ficou seca. Ele sabia o que Snape estava fazendo e ele nunca tinha conseguido impedi-lo...
O banheiro pareceu nublar-se diante de seus olhos. Ele tentou bloquear com toda a força de seu pensamento, mas a metade da cópia do livro do Princípe Mestiço avançava
nadando nebulosa do fundo de sua mente.
Então estava olhando para Snape novamente, no meio da destruição, no banheiro molhado. Olhou fixamente nos olhos negros de Snape, esperando esperançosamente que
Snape não visse o que temia, mas...
"Traga-me sua mala escolar", disse Snape suavemente, "e todos os seus livros escolares. Todos eles. Traga-os aqui. Agora!".
Não havia nenhum ponto para discutir. Harry girou uma vez e saiu fora no corredor, e foi rapidamente para a Torre da Grifinória; a maioria do povo estava andando
por outro caminho, ele todo molhado, encharcado de água e sangue, mas não respondeu sobre nenhuma pergunta que lhe fizeram enquanto ele passava.
Ele se sentia atordoado; era como se um animal de estimação tivesse retornado totalmente selvagem; em que o Príncipe tinha pensado para transcrever tal encanto em
seu livro? O que aconteceria quando Snape o visse? O que diria ao Slughorn - Harry tinha seu estômago revirado - como tinha alcançado tão bons resultados em Poções
durante o ano inteiro? Ele confiscaria e destruiria o livro que tinha ensinado tanto a Harry o ano inteiro? ... O livro havia se tornado uma espécie de guia e amigo?
Harry não podia deixar isso acontecer,... Não podia...
"Onde você estava? Porquê você está ensopado? E esse sangue?". Rony estava parado no alto das escadarias, olhando fascinado, o aspecto de Harry.
"Eu preciso de seu livro", Harry arquejou. "Seu livro de Poções. Rápido... me de ele..."
"Mas e o do príncipe-"
"Eu explicarei depois!"
Ron tirou seu livro de Poções Avançadas da bolsa e entregou; Harry correu para o salão comunal. Aqui, pegou sua mochila ignorando os olhares assustados dos alunos
que já tinham terminado o jantar, se atirou pelo buraco do retrato, e correu ao longo do corredor do sétimo andar.
Ele deslizou por uma parede ao lado da tapeçaria dos duendes dançantes, e fechando os olhos começou a caminhar.
Eu preciso de um lugar para esconder meu livro... Eu preciso de um lugar para esconder meu livro... Eu preciso de um lugar para esconder meu livro...
Ele passou três vezes para cima e para baixo da parede branca. Quando abriu seus olhos, estava lá enfim: a porta para a Sala Precisa. Harry puxou para abrir, e se
lançou para dentro, batendo a porta.
Ofegou. Apesar da sua pressa, do seu pânico, do medo do que o esperava quando voltasse ao banheiro, não poderia se intimidar pelo que estava vendo. Ele estava em
um quarto do tamanho de uma catedral grande, cujas janelas eram altas e enviavam feixes de luz para baixo, o que parecia uma cidade com paredes imponentes, construídas,
pelo que Harry soube, por objetos de gerações antepassadas de Hogwarts.
Haviam becos e estradas limitadas por pilhas de mobílias estragadas e quebradas, guardadas ali, talvez, para esconder magias mal-feitas, ou então por elfos domésticos
orgulhosos. Havia milhares e milhares de livros, que sem duvida eram roubados, rabiscados ou proibidos. Havia catapultas aladas e Frisbees Dentados, alguns, com
vida o suficiente para pairar sobre as montanhas de outras coisas proibidas; Haviam garrafas de poções congeladas, chapéus, jóias, capas; algo que parecia cascas
de ovo de dragão, garrafas arrolhadas cujos conteúdos ainda brilhavam, várias espadas enferrujadas e um machado pesado, manchado de sangue.
Harry se apressou adiante de um dos becos entre todos esses tesouros escondidos. Ele virou a direita após um enorme duende gigante, correu por um curto caminho,
tomou a esquerda no armário de Desaparecimento quebrado, no qual Montague perdeu-se no ano anterior, parando finalmente ao lado de um armário grande que parecia
ter ácido jogado sobre a superfície embolorada. Ele abriu o armário, rangendo as portas: já tinha sido usado como esconderijo para alguma jaula que morreu há muito
tempo; seu esqueleto tinha cinco pernas. Ele colocou o livro do Príncipe Mestiço escondido atrás da gaiola e bateu a porta. Ele parou por um momento, seu coração
batendo horrivelmente, contemplando toda desordem ao redor... . Ele poderia achar este local novamente entre toda essa tranqueira? Ele prendeu o busto lascado de
um feiticeiro velho em cima de um engradado, colocou em pé sobre o armário que o livro estava escondido, empoleirou uma peruca velha e uma tiara manchada na cabeça
de estátuas deixando mais distintivo, então voltou pelos becos de tranqueiras escondidas tão rápido quanto ele chegou, voltou para porta, saiu para o corredor e
a porta atrás dele voltou-se imediatamente à virar pedra.
Harry correu para o banheiro do andar de baixo, colocando a copia de Poções Avançadas de Ron dentro da mochila. Um minuto depois, ele estava em frente a Snape que
esticou a mão em direção a mochila de Harry. Harry lhe entregou, arquejando, uma dor queimava em seu peito e esperou.
Um por um, Snape extraiu os livros de Harry e examinou. Finalmente, o único que restava era o livro de Poções, que ele olhou muito cuidadosamente antes de falar.
"Este é seu livro de Poções Avançadas, Potter?"
"Sim", disse Harry, ainda tomando fôlego.
"Você esta certo disso, está, Potter?"
"Sim" disse Harry desafiante.
"Este é o livro de Poções Avançadas que você comprou da Floreios e Borrões?"
"Sim" disse Harry firmemente.
"Então por que" perguntou Snape, "tem o nome Roonil Wazlib escrito dentro da contra-capa?"
O coração de Harry perdeu uma batida.
"É meu apelido" ele disse.
"Seu apelido" Snape repetiu. "Sim... é assim que meus amigos me chamam" disse Harry.
"Eu sei o que é um apelido" disse Snape. O frio dos seus olhos pretos eram enfadonhos e marcavam Harry novamente; ele tentou não olhar. Feche sua mente... Feche
sua mente... Mas ele nunca tinha aprendido a fazer isto corretamente...
"Sabe o que eu acho, Potter?" Disse Snape, muito calmamente. "Eu acho que você é um mentiroso e fraudulento que merece detenção comigo todos os sábados até o fim
do ano. O você acha, Potter?"
"Eu-eu não concordo, senhor" disse Harry, ainda recusando olhar nos olhos de Snape.
"Bem, nós veremos como você sente depois de suas detenções", disse Snape. "Sábado de manhã às dez horas, Potter. Meu escritório."
"Mas senhor..." disse Harry, observando desesperadamente. "Quadribol... ultima partida..."
"Dez horas" sussurrou Snape, com um sorriso que mostrou os dentes amarelos dele. "Pobre Grifinória... quarto lugar este ano, eu temo..."
E deixou o banheiro sem mais palavras, deixando Harry fitar o espelho quebrado sentindo-se doente, como ele tinha certeza, que Ron nunca tinha sentido na vida dele.
"Eu não vou falar eu te disse", disse Hermione, uma hora depois no salão comunal.
"Deixe-o, Hermione" disse Ron furiosamente.
Harry nunca fez isso no jantar; ele não tinha apetite algum. Ele tinha há pouco contado a Ron, Hermione e Gina, o que tinha acontecido, não que parecia ter necessidade.
As noticias correram rápido: Murta que Geme aparentemente tinha visitado todos banheiros contando a história; Malfoy já tinha sido visitado na ala hospitalar por
Pansy Parkinson que não perdeu tempo em caluniar Harry de longe, e Snape contou precisamente a todos o que havia acontecido.
Harry já tinha sido chamado ao salão comunal para suportar quinze minutos altamente desagradáveis na companhia da Professora McGonagall, que lhe dizia como ele tinha
sorte em não ter sido expulso e apoiou sinceramente o castigo que Snape lhe deu, de cumprir detenção todos os sábados até o final do período.
"Eu lhe falei que havia algo errado com a pessoa do Príncipe," disse Hermione, evidentemente incapaz de se parar. "E eu tinha razão, não tinha?."
"Não, eu não penso que você tem," obstinadamente Harry disse.
Ele estava tendo um tempo o suficiente ruim sem precisar do que Hermione dizia; os olhares nos rostos do jogadores do time da Grinfinória quando ele tinha lhes falado
que não poderia jogar no sábado, foi o pior castigo de tudo. Ele poderia sentir os olhos de Ginny nele, mas não os encontrou; não queria ver decepção ou raiva lá.
Ele tinha há pouco lhe falado que ela estaria jogando como apanhadora no sábado e aquele Dino Thomas estaria se reunindo ao time como Artilheiro no lugar dela. Talvez,
se eles ganhassem, Ginny e Dino fariam as pazes durante a euforia das comemorações. . . . O pensamento passou por Harry como uma faca fria. . . .
"Harry" disse Hermione," como você ainda tolera aquele Principe depois que ele escreveu aquele feitiço-"
"Para de falar sobre o livro!" Interrompeu Harry. "O Príncipe só copiou isto na margem! Não é como se ele estivesse aconselhando qualquer um para usar o feitiço!
Tudo que nós sabemos, é que ele estava fazendo uma nota de algo que tinha sido usado contra ele!"
"Eu não acredito nisto," disse Hermione. "Você está realmente o defendendo...-
"Eu não estou me defendendo do que fiz!" disse Harry depressa. "Eu queria que não tivesse feito isto, e não é só porque eu tenho uma dúzia de detenções. Você sabe
que eu não teria usado um feitiço assim, nem mesmo em Malfoy, mas você não pode culpar o Príncipe, ele não escreveu: experimente isto, é realmente bom-ele estava
fazendo notas para si próprio, ele não estava fazendo para um outro qualquer. . . ."
"Você está me falando," disse Hermione," que você vai voltar e...-?"
"E pegar o livro? Sim, eu vou," disse Harry vigorosamente. "Escute, sem o Príncipe eu nunca teria ganhado o Felix Felicis. Eu nunca teria sabido salvar o Ron quando
ele estava envenenado, eu nunca teria -"
"-adquirido uma reputação brilhante em Poções, ao qual você não merece," disse Hermione sordidamente.
"Dá um tempo, Hermione!" - disse Gina, e Harry estava tão maravilhado, tão agradecido, que olhou pra cima. "Pelo som, Malfoy estava tentando usar uma Maldição Imperdoável,
você deveria estar feliz por Harry ter tirado algo bom da manga!"
"Bem, claro que eu estou feliz de Harry não ter sido amaldiçoado!" - disse Hermione, claramente estarrecida. "Mas você não pode dizer que aquele feitiço "Sectumsempra"
seja bom, Gina, olhe onde ele o jogou! E eu tenho pensado, vendo o que isso acabou com suas chances no jogo..."
"Oh, não comece como se você entendesse de Quadribol", - escapou Gina, "você só se atrapalha."
Harry e Ron se encararam: Hermione e Gina, que sempre havia se dado muito bem uma com a outra, estavam agora sentadas com os braços cruzados, claramente em direções
opostas. Ron olhou nervosamente para Harry, e então agarrou um livro por acaso e escondeu-se atrás dele. Harry, de alguma maneira, achou que ele sabia que merecia
isso, mas sentiu-se inacreditavelmente alegre, mesmo que nenhum deles tenham se falado pelo resto da tarde.
Sua alegria porém, durou pouco. Eles teriam de aturar a zombaria da Sonserina no dia seguinte, sem mencionar na raiva dos companheiros da Grinfinória, que estavam
infelizes porque seu capitão havia sido expulso do jogo final da temporada. Na manhã de sabado, o que quer que seja que Harry disse a Hermione, Harry teria trocado
alegremente todos os Felix Felicis do mundo para estar se encaminhando para a quadra de Quadribol com Ron, Gina e os outros.Era praticamente insuportável fugir da
massa de alunos que corriam em direção ao sol, todos eles vestindo chapéus e agitando bandeiras e cartazes - , descer os degraus de pedra e entrar dentro das masmorras
onde ouvir os sons da multidão era quase impossível, sabendo também que não poderia ouvir um comentário sequer ou um aplauso ou vaia.
"Ah, Potter," disse Snape, quando Harry bateu em sua porta e entrou na desagradável e familiar sala na qual Snape, que estaria lecionando em outro andar , ainda
não havia liberado; era repugnante ver os mesmos seres mortos submersos em poções coloridas distribuídas em todas as estantes. Obviamente haviam várias caixas empilhadas
na mesa onde Harry supostamente deveria sentar-se; pela áurea, Snape daria um tedioso, difícil e obtuso trabalho para ele.
"Sr. Filch estava procurando alguém para limpar estes arquivos antigos," disse Snape suavemente. "Eles são as relíquias dos malfeitores de Hogwarts e seus castigos.
Onde a tinta borrou, ou onde há pedaços de pergaminhos comidos pelos ratos, nós gostaríamos que você copiasse os crimes e punições e, tendo certeza de que eles estejam
em ordem alfabética, colocasse nestas caixas . Você não está autorizado a usar magia.
"Certo, Professor," disse Harry, com tanto desprezo quanto ele poderia pôr nas últimas três sílabas.
"Eu pensei que você poderia começar," disse Snape, com um sorriso malicioso nos lábios, "Nas caixas de numero 1020 a 1056. Você irá encontrar alguns nomes familiares
dentro, o que poderá aumentar seu interesse no trabalho...Você verá....."
Ele tirou uma carta entre as caixas que estavam no topo e leu: "James Potter e Sirius Black. Apreendidos usando um feitiço ilegal em Bertram Aubrey. Aubreys tinha
o dobro do tamanho normal. Dupla detenção." Snape riu. "Deve ser muito reconfortante, pensar que eles foram, um recorde permanentemente em nosso arquivos."
Harry sentiu a sensação familiar de seu estomago estar borbulhando. Mordendo sua língua para prevenir uma futura retaliação, ele sentou de frente para as caixas
e se encostou em outra.
Era, como Harry já previra, o mais chato, e inútil trabalho, já feito (como Snape havia planejado). Com a usual pontada no estômago, - o que significava que ele
acabara de ler o nome de seu pai ou de seu padrinho, usualmente metidos em diversas confusões, ocasionalmente acompanhados por Remus Lupin e Peter Pettigrew. - enquanto
ele copiava todas as suas ofensas e punições, ele queria saber o que estava acontecendo lá fora, o jogo já deveria ter começado . . . Gina como apanhadora contra
Cho...
Harry olhava de tempos em tempos para o relógio pendurado na parede. Parecia estar se movendo muito mais devagar que um relógio normal ; talvez Snape o tivesse enfeitiçado
para que ele fosse mais devagar? Ele não poderia estar ali por apenas meia hora... uma hora ... uma hora e meia . . .
O estomago de Harry começou a revirar quando o relógio marcou quinze para o meio dia. Snape, que não falou nada desde que deu a Harry sua tarefa , finalmente se
levantou às dez para uma.
"Faremos o seguinte," ele disse friamente. "Marque o lugar de onde parou. Você irá continuar às dez horas no próximo sábado" Sim, senhor.
Harry colocou uma carta para marcar de onde havia parado e saiu correndo pela porta antes que Snape pudesse mudar de idéia, correndo pelos corredores, apertando
os ouvidos para tentar escutar alguma coisa sobre o jogo, mas tudo estava quieto...., já havia terminado.
Ele hesitou um momento fora do lotado Salão Principal, depois correu pela escadaria, se Grinfinória tivesse ganhado ou perdido , eles usualmente celebravam ou choravam
na sua própria sala comunal.
"Quidagis?" ele disse tendencioso para a Mulher Gorda, pensando no que poderia ter dentro.
Sua expressão era ilegível, ela disse: "Você verá..."
E ela virou o quadro.
Um som de celebração eclodiu atrás dela. Harry parou quando as pessoas começaram a gritar atrás dele, ele foi carregado pela multidão.
"Nós vencemos!" gritou Ron, puxando o para dentro da sala e agitando a Taça de Prata para Harry. "Nós vencemos! Quatrocentos e cinqüenta a cento e quarenta! Nós
ganhamos!"
Harry olhou a sua volta; Gina estava correndo em sua direção; ela tinha um largo sorriso no rosto quando se jogou em seus braços. E sem pensar, sem planejar, sem
se preocupar com o fato de ter 50 pessoas em volta .Harry a beijou.
Depois de um longo momento - que lhe pareceu mais ou menos uma meia hora - ou possivelmente varias manhãs de sol- eles se separaram. A sala estava muito silenciosa.
Mas então várias pessoas assobiaram e começaram a dar uma série de risadas nervosas. Harry olhou por cima da cabeça de Ginny para ver Dean Thomas segurando um copo
quebrado em sua mão, e Romilda Vance olhando como se fosse atirar alguma coisa. Hermione estava radiante, mas Harry estava procurando Rony com os olhos. Finalmente
Harry o encontrou, ainda segurando a taça, e com uma expressão apropriada de quem tinha levado uma pancada na cabeça. Durante uma fração de segundo eles se olharam,
e Rony deu um pequeno aceno com a cabeça, que Harry entendeu significar; Bem - se você quer...
A criatura em seu peito rugiu em triunfo, ele sorriu para Ginny e indicou, silenciosamente o lado de fora do buraco do retrato. Um longo passeio pela propriedade
parecia conveniente, durante o qual - SE eles tivessem tempo - eles poderiam discutir a partida.
CAPÍTULO 25
O VIDENTE OUVIU SECRETAMENTE
O fato de que Harry Potter estava saindo com Gina Weasley pareceu interessar um grande número de pessoas, na maioria garotas; apesar disso Harry sentiu-se feliz
pelas fofocas que aconteceram durante algumas semanas. Afinal, era uma boa mudança ser assunto por um motivo que o estava deixando mais feliz do que ele podia se
lembrar em longo tempo, ao invés de virar fofoca por estar envolvido em horríveis cenas de magia negra.
"Você pensaria que as pessoas têm assuntos melhores pra fofocar" - disse Gina, enquanto se sentava no chão da sala comunal, encostando-se às pernas de Harry e lendo
o Profeta Diário. "Três ataques de dementadores em uma semana, e tudo o que Romilda Vane me pergunta é se é verdade que você tem um Hipogrifo tatuado no peito".
Rony e Hermione riram. Harry os ignorou.
"O que você disse pra ela?".
"Eu disse que é um Rabo-Córneo Húngaro", falou Gina, virando a página do jornal preguiçosamente. "Muito mais masculino".
"Obrigado" disse Harry, sorrindo. "E o que você disse pra ela que o Rony tem?".
"Um Ursinho Anão, mas não disse onde".
Rony olhou zangado enquanto Hermione rolava de rir.
"Cuidado!" Ele disse, apontando para Harry e Gina. "Só porque eu dei minha permissão não significa que eu não posso retirá-la".
"Permissão?" Zombou Gina. "Desde quando você me dá permissão pra fazer alguma coisa? De qualquer forma, você mesmo disse que preferia que fosse Harry ao invés de
Michael ou Dino".
"Sim, eu prefiro" disse Rony de má vontade. "Contanto que vocês não comecem a se agarrar em público".
"Seu hipócrita! E você e Lilá, se pegando como enguias em todos os lugares?" - perguntou Gina.
Mas a tolerância de Rony não estava pra ser testada enquanto eles entravam em Junho, e o tempo de Harry e Gina juntos tinha se tornado muito restrito. Os NOMs de
Gina estavam se aproximando, portanto ela era forçada a revisar as matérias até de noite. Em uma delas, quando Gina foi para a biblioteca e Harry estava sentado
perto da janela do salão comunal, supostamente terminando sua lição de Herbologia quando na realidade estava revivendo uma hora particularmente alegre que ele passou
perto do lago com Gina na hora do almoço, Hermione se largou no assento entre Harry e Rony com uma expressão positivamente desagradável.
"Quero falar com você Harry".
"Sobre o que?" Disse Harry desconfiado. No dia anterior, Hermione tinha lhe dado uma bronca por distrair Gina quando ela deveria estar se preparando para seus exames.
"Sobre o que se autodenomina Príncipe Mestiço".
"Ah, não isso de novo", ele suspirou. "Deixe isso pra lá, por favor?".
Ele não tinha se atrevido a voltar à Sala Precisa para retirar o livro, e sua performance em Poções estava sofrível. (apesar de Slughorn, que aprovava Gina, ter
comicamente atribuído isso ao fato de Harry estar doente de amor). Mas Harry estava certo de que Snape ainda não tinha desistido de colocar as mãos no livro, e estava
determinado a deixá-lo onde estava enquanto Snape continuasse observando.
"Não deixo pra lá, não" disse Hermione firmemente, "Até você me escutar. Agora, eu venho tentado encontrar alguma coisa sobre quem teria como hobby inventar feitiços
obscuros".
"Ele não fazia disso um hobby...".
"Ele, ele - quem disse que é ele?".
"Nós já discutimos isso" disse Harry zangado. "Príncipe, Hermione, Príncipe!".
"Certo!" Disse Hermione, com as bochechas vermelhas enquanto puxava um pedaço de jornal bem velho de dentro de sua mala e batia na mesa que estava na frente de Harry.
"Olhe isso! Olhe esta foto!".
Harry pegou o pedaço de papel e encarou a foto em movimento, amarelada pela idade. Rony se inclinou para olhar também. A foto mostrava uma garota magrinha, por volta
dos 15 anos. Ela não era bonita, parecia aflita e mau-humorada ao mesmo tempo, com uma forte expressão e uma pele pálida. Embaixo da foto vinha a legenda: Eileen
Prince, capitã do time de Bexigas de Hogwarts.
"E...?" Disse Harry, lendo a curta notícia à qual a figura pertencia. Era uma história sobre competições intercolegiais.
"O nome dela era Eileen Prince. Prince, Harry".
Eles se olharam e então Harry percebeu o que Hermione estava tentando dizer. Ele começou a rir.
"Sem chances".
"O quê?".
"Você acha que ela era o Half-Blood...? Ah, fala sério...".
"Bom, por que não? Harry, não existem príncipes no mundo dos bruxos. Ou isso é um apelido, um título inventado que alguém deu para si mesmo, ou pode ser seu nome
de verdade, não pode? Preste atenção! Se, digamos, o pai dela fosse um bruxo com o sobrenome Prince, e sua mãe fosse trouxa, isso a faria o half-blood Prince!".
"Sim, muito engenhoso, Hermione...".
"Mas faria! Talvez ela tivesse orgulho de ser uma meio Prince!".
"Ouça, Hermione, eu posso dizer que não é uma garota. Simplesmente posso".
"A verdade é que você não pensa que uma garota pode ter sido esperta suficiente", disse Hermione brava.
"Como eu posso ter andado com você por cinco anos e não pensar que as garotas são espertas?" Disse Harry atormentado. "É o jeito que ele escreve. Eu simplesmente
sei que o príncipe era um homem. Essa garota não tem nada a ver com isso. Alias, onde você arranjou isso?".
"Na biblioteca". Disse Hermione, previsivelmente. "Tem toda uma coleção de velhos Profetas lá em cima. Bom, eu vou encontrar mais sobre Eileen Prince se eu puder".
"Divirta-se". Disse Harry irritado.
"Eu vou!" Disse Hermione. "E o primeiro lugar que eu irei olhar", disse ela pra Harry, assim que chegou ao buraco do retrato da mulher gorda, "é o registro de antigos
prêmios de Poções!".
Harry olhou zangado para ela por um momento, e então continuou a contemplar o céu que escurecia.
"Ela nunca vai superar o fato de que você se deu melhor que ela em Poções", disse Rony, retornando a sua cópia de 1000 ervas mágicas e fungos.
"Você não acha que estou louco, por querer aquele livro de volta, acha?".
"Claro que não", disse Rony vigorosamente. "Ele era um gênio, o príncipe. De qualquer forma, sem a dica do bezoar..." Ele passou o dedo pela própria garganta de
maneira significativa, "Eu não estaria aqui pra discutir isso, estaria? Digo, não estou falando que o feitiço que você usou no Malfoy era ótimo...".
"Nem eu", disse Harry rapidamente.
"Mas ele se curou bem, não? Ficou de pé novamente bem rápido".
"Sim", disse Harry; isso era perfeitamente verdade, apesar de que sua consciência dizia aborrecida: Graças ao Snape...
"Você ainda tem detenção com o Snape nesse sábado?" - Rony continuou.
"Sim, e no sábado depois desse, e no outro", disse Harry. "E ele está dizendo agora que se eu não tiver terminado todas as caixas até o fim do período, nos continuaremos
no ano que vem".
Ele estava achando essas detenções particularmente cansativas porque diminuía ainda mais o já limitado tempo que ele podia passar com Gina. De fato, ele vinha imaginando
ultimamente que Snape sabia disso, porque ele segurava Harry até mais tarde, em cada sábado, enquanto falava sobre Harry estar perdendo o bom tempo e as diversas
oportunidades que este oferecia.
Harry foi sacudido dessas amargas reflexões pela chegada de Jimmy Peakes, que estava segurando um pedaço de pergaminho.
"Obrigado Jimmy... Hei, é do Dumbledore!" Disse Harry excitado, desenrolando o pergaminho e começando a ler. "Ele quer que eu vá até a sala dele o mais rápido possível!".
Eles se encararam.
"Caramba", sussurrou Rony, "Você não acha... ele não encontrou...?".
"Melhor eu ir e ver, não?" - disse Harry, levantando.
Ele correu para fora da sala comunal e foi até o sétimo andar o mais rápido que pode, sem passar por ninguém além de Pirraça, que passava indo à direção oposta,
jogando pedaços de giz em Harry de forma costumeira e rindo alto quando se esquivava da azaração defensiva de Harry. Assim que Pirraça foi embora, o corredor ficou
em silêncio; com apenas 15 minutos para o toque de recolher a maioria das pessoas já tinha retornado para seus salões comunais.
E então Harry ouviu um grito e um estampido. Ele parou e escutou.
"Como - você - se - atreve - aaaaaargh!".
O barulho estava vindo de um corredor próximo. Harry correu em sua direção, com sua varinha pronta, virou mais um canto e viu a Professora Trelawney estirada no
chão, sua cabeça coberta por um de seus muitos xales, diversas garrafas de vinho ao lado dela, uma quebrada.
"Professora...".
Harry se apressou e ajudou a Professora Trelawney a se levantar. Algumas de suas brilhantes contas tinham emaranhado com seus óculos. Ela soluçou alto, arrumou o
cabelo, e se apoiou no braço que Harry ofereceu.
"O que aconteceu, professora?".
"Você pode perguntar!" Disse ela numa voz aguda. "Eu estava caminhando por aí, meditando sobre alguns obscuros presságios que eu tive...".
Mas Harry não estava prestando muita atenção. Ele tinha acabado de notar onde eles estavam parados. À sua direita tinha a tapeçaria dos trasgos dançantes e a esquerda
aquela impenetrável parede de pedra que guardava... -
"Professora, você estava tentando entrar na Sala Precisa?".
"... anunciavam que eu fui autorizada - o quê?".
De repente ela pareceu sagaz.
"A Sala Precisa", repetiu Harry. "Você estava tentando entrar lá?".
"Eu - bem - eu não sabia que os alunos sabiam sobre...".
"Nem todos sabem", disse Harry. "Mas o que aconteceu? Você gritou! Soou como se você estivesse machucada...".
"Bem - eu", disse Professora Trelawney, tirando seu xale e olhando para ele como seus vastos e magníficos olhos. "Eu queria - ah - colocar certos- hum - itens pessoais
na Sala..." E ela murmurou algo como "desagradáveis acusações".
"Certo", disse Harry, olhando para as garrafas de vinho logo abaixo. "Mas você não conseguiu entrar e escondê-las?".
Ele achou isso muito estranho. A sala abriu pra ele, quando ele quis esconder o livro do Half-Blood Prince.
"Oh, eu entrei sim", disse Professora Trelawney, encarando a parede. "Mas já havia alguém lá dentro".
"Alguém lá -? Quem?" Perguntou Harry. "Quem estava lá dentro?".
"Não tenho nem idéia", disse a professora, estranhando a urgência na voz de Harry. "Eu entrei na sala e ouvi vozes, o que nunca tinha acontecido em todos os meus
anos de esconder - de usar a sala, digo eu".
"Uma voz? Dizendo o quê?".
"Eu não sei, não estava falando nada", disse Trelawney. "Estava... gritando!".
"Gritando?".
"Alegremente", ela disse, balançando a cabeça afirmativamente.
Harry a encarou.
"Era homem ou mulher?".
"Eu diria que era um homem", disse a professora.
"E parecia feliz?".
"Muito feliz", disse Trelawney desdenhosamente.
"Como se estivesse celebrando?".
"Definitivamente...".
"E então...?".
"E então eu disse Quem está aí?...".
"Você não poderia ter descoberto quem era sem perguntar?" - Perguntou Harry, meio frustrado.
"A visão interior", disse a professora com dignidade, esticando seu xale e vários cordões de contas brilhantes, "está fixada sobre coisas além do mundano campo das
alegres vozes".
"Certo", disse Harry de forma hostil. Ele ouvira falar da visão interior da professora com muita freqüência antes. "E a voz disse quem estava lá?".
"Não, não disse", falou a professora. "Tudo escureceu e logo em seguida eu estava sendo arremessada de ponta cabeça para fora da sala!".
"E você não previu isso?" Disse Harry, sem conseguir se conter.
"Não, eu não previ, como eu disse, estava escuro". Ela parou e fixou os olhos nele suspeitamente.
"Eu acho que você deve contar ao Professor Dumbledore", disse Harry. "Ele deve saber que Malfoy está celebrando - quer dizer, que alguém jogou você para fora da
sala".
Para sua surpresa, Professora Trelawney o olhou de forma arrogante depois dessa sugestão.
"O diretor disse que ele prefere receber menos visitas minhas", disse ela, friamente. "Eu não vou pressionar a minha companhia sobre aqueles que não a valorizam.
Se Dumbledore escolhe ignorar os avisos que as cartas mostram...".
Sua mão ossuda se fechou de repente em torno do pulso de Harry.
"De novo e mais uma vez, não importa como eu as tire-".
E ela puxou uma carta dramaticamente de dentro de seu xale.
"A brilhante torre", ela sussurrou. "Calamidade. Desastre. Vindo mais perto todo o tempo...".
"Certo", disse Harry novamente. "Bem... Eu ainda acho que você deve contar ao Dumbledore sobre essa voz e sobre tudo ter escurecido e você ter sido jogada pra fora
da sala...".
"Você acha?" A professora parecia estar considerando o assunto por um instante, mas Harry podia dizer que ela gostou da idéia de recontar sua pequena aventura.
"Eu estava indo vê-lo agora". Disse Harry. Eu tenho uma reunião com ele. Nós podemos ir juntos.
"Bom, neste caso", disse a professora com um sorriso. Ela se abaixou, pegou suas garrafas de vinho e as jogou sem cerimônia num grande vaso azul e branco que ficava
em um vão ali perto.
"Eu sinto falta de lhe ter nas minhas aulas, Harry", disse ela de modo nobre, quando eles começaram a andar juntos. "Você não tinha muito talento como vidente...
mas era um maravilhoso Objeto...".
Harry não respondeu. Ele tinha odiado ser o objeto de predição de futuro da professora.
"Eu acho que", ela continuou, "que o cavalo - quer dizer, o centauro - não sabe nada de cartomancia. Eu perguntei pra ele - de um vidente para outro - se ele não
estava sentindo a vibração de catástrofes chegando, também? Mas ele pareceu me achar quase cômica. Sim, cômica".
Sua voz soou meio histérica e Harry sentiu um poderoso bafo de vinho, mesmo com as garrafas de vinho tendo ficado para trás.
"Talvez o cavalo tenha ouvido que eu não herdei o dom da minha tetravó. Esses rumores têm sido espalhados pelos invejosos por muitos anos. Você sabe o que eu digo
pra esse tipo de pessoa, Harry? Dumbledore teria me deixado ensinar nessa maravilhosa escola, colocado tanta confiança em mim todos esses anos, se eu não tivesse
me provado pra ele?".
Harry resmungou algo indistinto.
"Eu bem me lembro da minha primeira entrevista com o Dumbledore", continuou Professora Trelawney, em um tom gutural. "Ele estava profundamente impressionado, claro,
profundamente impressionado... Eu estava hospedada no Cabeça de Javali, que, aliás, eu não recomendo - insetos na cama, querido - mas os fundos estavam baixos. Dumbledore
fez a cortesia de me chamar no meu quarto da hospedaria. Ele me perguntou... Eu devo confessar que no começo ele parecia desconfiado com relação à Adivinhação...
eu lembro que eu estava começando a me sentir mal, não tinha comido nada naquele dia... mas então..."
E agora Harry estava prestando atenção, provavelmente pela primeira vez, porque ele sabia o que tinha acontecido então: a professora tinha feito a profecia que alterou
todo o curso da vida dele, a profecia sobre ele e Voldemort.
"... mas então nós fomos bruscamente interrompidos por Severo Snape!".
"O quê?!"
"Sim, havia um barulho lá fora e então a porta abriu, e lá estava aquele estranho barman parado com Snape, que estava dizendo que tinha subido pelo lado errado,
apesar de que eu acho que ele estava pretendendo escutar a minha entrevista com Dumbledore - veja, ele mesmo estava procurando um emprego naquele momento, e sem
dúvidas esperava pegar algumas dicas! Bom, depois disso, sabe, Dumbledore pareceu muito mais disposto para me dar o emprego, e eu não consegui evitar de pensar,
Harry, que isso aconteceu porque ele apreciou o rígido contraste entre os meus modestos modos e absoluto talento, comparado com o impulsivo jovem que estava pronto
para ouvir pelo buraco da fechadura - Harry, querido?"
Ela olhou pra trás, só percebendo agora que Harry não estava mais com ela; ele tinha parado de andar e eles estavam agora a 10 passos um do outro.
"Harry?" Ela repetiu, incerta.
Talvez o rosto dele estivesse branco, para fazer com que ela parecesse tão preocupada e assustada. Harry estava parado, chocado, apagando tudo menos a informação
que tinha sido escondida dele por tanto tempo...
Foi Snape quem ouviu a profecia. Foi Snape quem levou as notícias da profecia para Voldemort. Snape e Pedro Pettigrew mandaram, juntos, Voldemort perseguir Lílian,
Tiago e seu filho...
Nada mais importava para Harry agora.
"Harry?" Disse a professora mais uma vez. "Harry - eu achei que nós iríamos ver o diretor juntos?".
"Você fica aqui", disse Harry através de seus lábios paralisados.
"Mas, querido... eu ia contar a ele como eu fui atacada na Sala -".
"Você fica aqui!" Repetiu Harry bravo;
Ela pareceu preocupada quando ele passou por ela, virou o canto rumo ao corredor onde ficava a gárgula que permitia a entrada no escritório de Dumbledore. Harry
gritou a senha e subiu correndo a escada espiral, três degraus por vez. Ele espancou a porta, ou invés de bater. E a calma voz respondeu entre depois que Harry
já tinha se arremessado pra dentro da sala.
Fawkes, a fênix olhou em volta, seus brilhantes olhos pretos vislumbrando o pôr do sol pela da janela. Dumbledore estava próximo à janela olhando para os terrenos
com uma capa preta de viagem em seus braços.
"Bom, Harry, eu prometi que você poderia vir comigo".
Por um momento, ou dois, Harry não entendeu. A conversa com Trelawney tinha tirado todo o resto de sua cabeça e seu cérebro parecia se mover de forma bem devagar.
"Ir... com você?".
"Claro que somente se você quiser...".
"Se eu...".
E então Harry lembrou porque tinha sido chamado, a princípio, para ir ao escritório de Dumbledore.
"Você achou um? Você achou um Horcrux?".
"Acredito que sim".
Raiva e ressentimento começaram a lutar contra o choque e empolgação. Por alguns momentos, Harry não conseguiu falar.
"É natural sentir medo", disse Dumbledore.
"Eu não estou com medo!" Disse Harry de uma vez, e era perfeitamente verdade. Medo era uma emoção que ele não estava sentindo. "Qual Horcrux é? Onde está?".
"Eu não tenho certeza de qual é - apesar de que acho que podemos esquecer a cobra - mas eu acredito que está escondido numa caverna a milhares de quilômetros daqui,
uma caverna que eu venho tentando localizar por muito tempo: a caverna em que Tom Riddle uma vez aterrorizou duas crianças em uma das viagens anuais de seu orfanato,
você se lembra?".
"Sim", disse Harry. "Como está protegido?".
"Eu não sei. Eu tenho algumas suspeitas que podem estar completamente erradas", disse Dumbledore hesitante, e então disse, "Harry eu prometi que você poderia vir
comigo e eu mantenho essa promessa, mas seria muito errado da minha parte não o alertar para o fato de que será extremamente perigoso".
"Eu vou", disse Harry, antes mesmo de Dumbledore terminar de falar. Espumando de raiva de Snape, seu desejo de fazer algo desesperador e arriscado tinha aumentado
dez vezes nos últimos minutos. Aparentemente isso tinha transparecido no rosto de Harry, porque Dumbledore se afastou da janela, e olhou mais de perto para Harry,
uma pequena ruga surgindo entre suas sobrancelhas prateadas.
"O que aconteceu com você?".
"Nada", mentiu Harry prontamente.
"O que te chateou?".
"Eu não estou chateado".
"Harry, você nunca foi um bom oclumente".
Essa palavra inflamou a fúria de Harry.
"Snape!" Disse Harry, muito alto, e Fawkes deu um suave grasno atrás deles. "Snape, foi o que aconteceu! Foi ele quem contou para Voldemort sobre a profecia, foi
ele, ele ouviu por fora da porta, Trelawney me contou!".
A expressão de Dumbledore não mudou, mas Harry percebeu que seu rosto empalideceu, por baixo do reflexo do sol que estava sumindo. Por um longo momento Dumbledore
não falou nada.
"Quando você descobriu isso?" Ele perguntou, finalmente.
"Agora!" Disse Harry que estava se impedindo de gritar com grande dificuldade. E então, de repente, ele não conseguiu se conter. "E VOCÊ O DEIXOU ENSINAR AQUI, E
ELE DISSE PARA VOLDEMOR IR ATRÁS DE MINHA MÃE E MEU PAI!".
Respirando com dificuldade como se tivesse lutado, Harry deu as costas para Dumbledore, que até então não tinha movido um músculo, e passeou pela sala, esfregando
os nós de seus dedos e se contendo para não sair quebrando todas as coisas. Ele queria berrar com Dumbledore, mas ao mesmo tempo ele queria ir com ele e tentar destruir
o Horcrux; ele queria dizer que Dumbledore era um velho idiota por confiar em Snape, mas estava com medo de que Dumbledore não o levasse se não controlasse sua raiva...
"Harry", disse Dumbledore calmamente. "Por favor, me escute".
Foi difícil controlar seus nervos para não começar a gritar. Harry parou, mordeu seus lábios e olhou para o rosto de Dumbledore.
"O professor Snape cometeu um terrível...".
"Não me diga que foi um engano, senhor, ele estava ouvindo através da porta!".
CAPÍTULO 26
A CAVERNA
Harry podia sentir o cheiro de sal e ouvir a agitação das ondas; uma leve e fria brisa passava pelo seu cabelo enquanto olhava o mar iluminado pela lua e o céu cheio
de estrelas. Ele estava numa alta pedra escura, com água espumando e batendo em baixo dele. Ele olhou para trás. Um enorme penhasco sustentava-se atrás dele,
com uma grande queda, preta e sem face. Alguns pedaços grandes de pedras, como a qual Harry e Dumbledore estavam, pareciam como se tivessem caído do penhasco em
algum lugar no passado. Era uma escura, difícil visão, o mar e as pedras livres de qualquer árvore, areia ou grama.
"O que você acha?" Perguntou Dumbledore. Ele poderia estar perguntando a opinião de Harry se aquele era um bom lugar para um piquenique, pelo seu tom de
voz.
"Eles trouxeram as crianças do orfanato para cá?" Perguntou Harry, que não poderia imaginar um local menos aconchegante para um passeio.
"Não aqui, exatamente", disse Dumbledore. "Tem uma vila aqui perto. Eu acredito que os órfãos foram trazidos para cá para um pouco de brisa marinha e uma
visão das ondas. Nenhum trouxa poderia alcançar essas rochas a não ser se fosse excelente em escalar, e barcos não podem se aproximar dessas pedras, pois as águas
aqui são violentas. Eu acredito que Riddle desceu; magia serviria melhor do que cordas. E ele trouxe duas crianças com ele, provavelmente pelo prazer de aterrorizá-las.
Eu acho que o passeio sozinho teria servido, não acha?"
Harry olhou para cima do penhasco e sentiu calafrios.
"Mas o destino dele - e o nosso - fica um pouco mais a frente. Venha."
Dumbledore chamou Harry para o canto da pedra onde vários pedaços pontiagudos faziam uma escada levando para baixo, para a água e mais próximo ao penhasco.
Era uma descida traiçoeira e Dumbledore, atrapalhado por sua mão machucada, se movia lentamente. As pedras em baixo eram escorregadias. Harry podia sentir jatos
de sal frio bater em seu rosto. "Lumus", disse Dumbledore, quando alcançou a pedra mais próxima do penhasco. Mil feixes de luz dourada atingiram a escura superfície
da água um metro abaixo de onde ele se agachou; a parede preta de pedras a seu lado estava iluminada também.
"Você vê?" Disse Dumbledore quieto, segurando sua varinha mais alto. Harry viu um buraco no penhasco por onde a água estava entrando. "Você não vai reclamar se
ficar um pouco molhado?".
"Não", disse Harry.
"Então tire sua capa da invisibilidade - não precisará dela agora - e vamos entrar na água". E com a agilidade de um homem muito mais jovem, Dumbledore
desceu pela pedra e caiu no mar, começando a nadar perfeitamente bem, em direção ao espaço vazio e escuro na face da rocha, com a varinha entre os dentes. Harry
tirou a capa, guardou no bolso e o seguiu. A água estava gelada; as roupas encharcadas de Harry se mexiam em volta dele e o afundavam. Respirando profundamente
e enchendo seus pulmões com o odor de sal e algas, ele se dirigia para a luz cintilante, que ia se movendo para dentro do penhasco. A abertura logo levou para um
túnel maior que Harry pensou que se encheria de água na maré alta. As paredes com musgos estavam menos de um metro separadas e brilhavam como óleo quando a luz
da varinha de Dumbledore se aproximava. Um pouco depois a passagem virava para a direita, e Harry viu que ia longe para dentro do penhasco. Ele continuou a nadar
perto de Dumbledore, a ponta de seus dedos tocando de leve a dura e úmida pedra.
Então ele viu Dumbledore sair da água em frente, seu cabelo cinza e suas roupas escuras brilhando. Quando Harry atingiu o mesmo ponto ele encontrou degraus que
levavam a uma grande caverna. Ele os subiu, água escorrendo de suas roupas encharcadas e saiu da água, tremendo no ar parado e frio.
Dumbledore estava em pé no meio da caverna, sua varinha alta enquanto ele andava, examinando as paredes e o teto.
"Sim, esse é o lugar", disse Dumbledore.
"Como você sabe?" Harry perguntou num sussurro.
"Tem magia conhecida". Dumbledore falou. Harry não sabia dizer se a tremedeira que ele sentia era em relação ao frio ou ao mesmo sentimento da magia.
Ele via enquanto Dumbledore continuava a se mexer, evidentemente se concentrando em coisas que Harry não podia ver. "Essa é meramente a antecâmara, o salão de entrada",
disse Dumbledore depois de um momento. "Nós precisamos penetrar na parte principal... Agora são os obstáculos de Lord Voldemort que precisamos passar, não mais
sendo os que a natureza fez...".
Dumbledore se aproximou da parede da caverna e a acariciou com seus dedos escurecidos, murmurando palavras numa língua que Harry não compreendia. Duas vezes
Dumbledore andou pela caverna, tocando o máximo possível a áspera pedra, parando às vezes, passando seus dedos por pontos específicos, até finalmente parar, sua
mão pressionada contra a parede. "Aqui", ele falou. "Nós vamos por aqui. A entrada está fechada". Harry não perguntou como Dumbledore sabia. Ele nunca viu um
bruxo descobrir coisas assim, simplesmente olhando e tocando; mas Harry tinha descoberto muito antes que barulhos e fumaça eram mais freqüentemente marcas de inaptidão
do que de experiência. Dumbledore deu um passo para trás e apontou a varinha para a rocha. Por um momento, uma linha apareceu lá, brilhando como se tivesse uma
forte luz atrás da parede.
"Você con-conseguiu!" Disse Harry rangendo os dentes, mas antes que as palavras tivessem saído de sua boca a linha tinha desaparecido, deixando a pedra
plana e sólida como antes. Dumbledore olhou ao redor.
"Harry, me desculpe, eu esqueci", ele falou; ele apontou a varinha para Harry e imediatamente suas roupas ficaram quentes e secas como se tivessem sido
penduradas em frente a chamas de fogo.
"Obrigado", disse Harry agradecido, mas Dumbledore tinha voltado sua atenção para a parede sólida da caverna. Ele não tentou fazer mais mágica, mas ficou
em pé olhando para ela intensamente, como se algo extremamente interessante estivesse escrito nela. Harry permaneceu quieto; ele não queria quebrar a concentração
de Dumbledore. Então, depois de dois sólidos minutos, Dumbledore falou baixo, "Ah, certamente não. Tão deselegante".
"O que é, Professor?".
"Eu penso", disse Dumbledore, colocando sua mão normal dentro da roupa e pegando uma curta faca de prata do tipo que Harry usava para cortar os ingredientes
de poções, "que precisamos pagar para passar".
"Pagar?" Disse Harry. "Você tem que dar algo para a porta?".
"Sim", disse Dumbledore. "Sangue, se não me engano".
"Sangue?".
"Falei que era deselegante", disse Dumbledore, que soava desdenhoso, até desapontado, como se Voldemort não chegasse mais ao nível que Dumbledore esperava.
"A idéia, como tenho certeza de que Voldemort pensava, era que seu inimigo tivesse que se enfraquecer para entrar. De novo, Lord Voldemort falhou em descobrir que
há coisas piores que dores físicas".
"Sim, mas ainda, se você pode evitá-las..." disse Harry, que tinha experimentado dor o suficiente para não querer mais.
"Às vezes, porém, é inevitável", disse Dumbledore, puxando a manga da roupa e expondo o antebraço da mão machucada.
"Professor!" Protestou Harry, correndo para ele enquanto Dumbledore levantava a faca. "Eu o faço, eu sou -" ele não sabia o que dizer - mais jovem, mais
saudável?
Mas Dumbledore meramente sorriu. Houve um brilho de prata e um jorrar de vermelho; a pedra foi coberta com gotas escuras e brilhantes.
"Você é muito gentil, Harry", disse Dumbledore, agora passando a ponta de sua varinha em cima do corte profundo que ele fez no próprio braço, de modo que
se fechou imediatamente, assim como Snape fez com Malfoy, "Mas seu sangue vale mais do que o meu. Ah, parece que funcionou, não?" A linha cinza de um arco apareceu
na parede de novo, mas dessa vez ela não desapareceu: A rocha molhada de sangue do lado de dentro simplesmente desapareceu, deixando um espaço aberto para o que
parecia uma total escuridão. "Depois de mim, eu acho", disse Dumbledore, enquanto andava pela passagem com Harry atrás, iluminando sua varinha rapidamente enquanto
avançavam.
Uma estranha luz encontrou os olhos deles: Eles estavam no canto de um grande lago preto, tão vasto que Harry não podia enxergar o lado oposto, numa caverna
tão alta que o teto também era impossível de se ver. Uma luz verde brilhava longe no que parecia ser o centro do lago; estava refletida na água parada abaixo. O
brilho esverdeado e a luz das duas varinhas eram as únicas coisas que quebravam a completa escuridão, apesar de que seus raios não penetravam tão longe como Harry
esperara. A escuridão era de alguma maneira mais densa que o normal.
"Vamos indo", disse Dumbledore calmamente. "Tenha cuidado para não pisar na água. Fique perto de mim". Ele começou a andar ao redor do lago, e Harry o
seguiu de perto. Seus passos ecoavam, fazendo sons na estreita rocha que rodeava a água. Eles andaram e andaram, mas a visão não mudava: de um lado, a parede da
caverna, do outro, a aparentemente infinita escuridão, no meio da qual havia o brilho esverdeado. Harry achou o lugar e o silêncio opressivos, enervantes.
"Professor?" Ele disse finalmente. "Você acha que o Horcrux está aqui?".
"Ah, sim", disse Dumbledore. "Sim, eu tenho certeza que está. A questão é, como nós o pegaremos?".
"Nós não poderíamos... não poderíamos tentar um feitiço Convocatório?" Harry perguntou, certo de que era uma pergunta estúpida. Mas ele queria sair daquele
lugar o mais rápido possível.
"Certamente nós poderíamos". Disse Dumbledore, parando tão repentinamente que Harry quase bateu nele. "Por que você não tenta?".
"Eu? Ah... tá..." Harry não esperava por isso, mas clareou a garganta e disse em voz alta, varinha para cima, "Accio Horcrux!".
Com um barulho de uma explosão, algo muito grande e pálido saiu da água escura a uns 5 metros deles; antes que Harry pudesse ver o que era, tinha desaparecido
de novo num grande mergulho que fez grandes ondas na água. Harry andou para trás em choque e bateu na parede; seu coração ainda estava em um ritmo acelerado quando
se virou para Dumbledore.
"O que era aquilo?".
"Algo, eu acho, que estava pronto para responder se tentássemos pegar o Horcrux".
Harry olhou de volta para a água. A superfície do lago estava novamente como um vidro preto e brilhante: as ondas sumiram rapidamente; o coração de Harry, porém,
ainda corria.
"Você sabia que aquilo ia acontecer, senhor?".
"Eu sabia que alguma coisa ia acontecer se fizéssemos uma tentativa óbvia de por as mãos no Horcrux. Foi uma excelente idéia, Harry; a maneira mais simples de descobrir
o que estamos enfrentando".
"Mas nós não sabemos o que era aquela coisa", disse Harry, olhando para a água sinistramente calma.
"O que aquelas coisas são, você quer dizer", corrigiu Dumbledore. "Eu duvido que tenha apenas uma delas. Vamos continuar?".
"Professor?".
"Sim, Harry?".
"Você acha que vamos ter que entrar no lago?".
"Dentro dele? Só se tivermos muito azar."
"Você não acha que o Horcrux está no fundo?".
"Ah não... eu acho que o Horcrux está no meio". E Dumbledore apontou para a luz verde no centro do lago.
"Então nós teremos que cruzar o lago para pegá-lo?".
"Sim, eu acho que sim". Harry não falou mais nada. Seus pensamentos estavam em monstros marinhos, serpentes gigantes, Kappas, e espíritos...
"Ahá", fez Dumbledore, e ele parou novamente; dessa vez, Harry realmente bateu nele; por um momento ele quase caiu na água e a mão inteira de Dumbledore
se fechou no seu braço puxando-o de volta. "Desculpe-me Harry, eu devia ter avisado. Para trás, por favor; eu acho que encontrei o lugar".
Harry não fazia idéia do que Dumbledore queria dizer; esse pedaço de escuridão era exatamente igual a todos os outros para ele, mas Dumbledore parecia ter
detectado algo especial. Dessa vez sua mão não estava na parede, mas levantada para frente, tocando o ar, como se estivesse esperando encontrar algo invisível.
"Oba!" Disse Dumbledore feliz, segundos depois. Sua mão se fechou no ar sobre algo que Harry não podia ver. Dumbledore se moveu para mais próximo da água;
Harry olhava nervoso enquanto as pontas dos sapatos de Dumbledore chegavam perto da água. Mantendo sua mão apertando no ar, Dumbledore levantou a varinha com a
outra e encostou seu punho com a ponta.
Imediatamente uma grossa corrente verde de cobre apareceu, estendendo-se das profundezas das águas até a mão de Dumbledore. Dumbledore encostou de novo
na corrente, que começou a correr pelo seu punho como uma cobra, se amontoando no chão com um barulho metálico que ecoava nas pedras, puxando algo da água escura.
Harry se engasgou quando viu a proa do pequeno barco aparecer na superfície, brilhando verde como a corrente, e flutuando levemente para o ponto da margem onde estavam
Harry e Dumbledore.
"Como você sabia que estava lá?" Harry perguntou surpreso.
"Mágica sempre deixa traços" disse Dumbledore, enquanto o barco atingia a borda com uma leve batida, "às vezes muito distintos. Eu ensinei Tom Riddle.
Eu conheço seu estilo."
"Esse... esse barco é seguro?".
"Ah... sim, eu acho que sim. Voldemort precisava criar uma maneira de cruzar o lago sem chamar a atenção daquelas criaturas que colocou nele no caso de
querer visitar ou remover seu Horcrux".
"Então as coisas na água não vão fazer nada se o cruzarmos no barco de Voldemort?".
"Eu acho que precisamos aceitar o fato que elas vão, em algum momento, perceber que não somos Lord Voldemort. Até agora, porém, temos nos saído bem. Elas
nos permitiram pegar o barco".
"Mas por que elas deixaram?" Perguntou Harry, que não podia livrar-se da imagem de tentáculos saindo da água negra no momento em que eles se afastassem
da margem.
"Voldemort seria razoavelmente confiante de que ninguém, exceto um grande mago, poderia achar o barco", disse Dumbledore. "Eu acho que ele estaria preparado
para arriscar o que era, na cabeça dele, a improvável possibilidade de que alguém o encontraria, sabendo que ele colocou outros obstáculos à frente que somente ele
poderia penetrar. Veremos se ele estava certo".
Harry olhou para o barco. Era realmente pequeno. "Não parece como se tivesse sido feito para duas pessoas. Será que vai nos agüentar? Será que nós não
seremos muito pesados juntos?".
Dumbledore riu. "Voldemort não se importava com o peso, mas com a quantidade de poder mágico que cruzasse o lago. Eu prefiro pensar que um encantamento
foi colocado no barco de modo que somente um bruxo por vez poderia navegar nele".
"Mas então -?".
"Eu não acho que você conte, Harry: você é menor de idade e desqualificado. Voldemort nunca esperaria que um garoto de dezesseis anos alcançasse esse lugar:
eu acho improvável que seus poderes sejam contados se comparados aos meus". Essas palavras não ajudaram para levantar a moral de Harry; talvez Dumbledore tivesse
percebido, pois continuou, "Um erro de Voldemort, Harry, um erro de Voldemort... Idade é tola e ignorável quando se subestima a juventude... Agora, você primeiro
e cuidado para não encostar na água." Dumbledore ficou de lado e Harry entrou com cuidado no barco. Dumbledore entrou também, largando a corrente no chão. Eles
se apertaram juntos; Harry não podia se sentar confortavelmente, mas agachou-se, seus joelhos juntos no canto do barco, que começou a se mover imediatamente. Não
havia som além do assovio da proa mexendo na água; movia-se sem a ajuda deles, como se uma corda invisível estivesse o puxando para a luz no centro. Logo eles não
puderam mais ver as paredes da caverna; eles poderiam estar no meio do oceano, exceto pelo fato de não haver ondas.
Harry olhou para baixo e viu o reflexo dourado da luz de sua varinha na superfície preta da água enquanto passavam. O barco estava fazendo profundas ondas
na superfície lisa do lago...
E então Harry a viu, branca como mármore, flutuando centímetros abaixo da superfície. "Professor!" Ele chamou, e sua voz assustada ecoou alta sobre a água
silenciosa.
"Harry?".
"Eu acho que vi algo na água - uma mão humana!".
"Sim, eu tenho certeza que você viu", disse Dumbledore calmamente.
Harry olhou para a água, procurando pela mão que sumiu, e um sentimento doentio apareceu na sua garganta.
"Então aquela coisa que pulou da água-?". Mas Harry sabia a resposta antes que Dumbledore respondesse; a luz da varinha passou por um espaço dágua e o
mostrou, dessa vez, um homem morto deitado virado para cima centímetros abaixo da superfície, seus olhos abertos escondidos como que por teias, seus cabelos e roupas
se mexendo a seu redor como fumaça. "Tem corpos aqui!" Disse Harry, e sua voz soava muito mais alta que o normal, e diferente da dele.
"Sim", disse Dumbledore, "mas nós não precisamos nos preocupar com eles agora".
"Agora?" Harry repetiu, tirando os olhos da água para olhar Dumbledore.
"Não enquanto estão meramente flutuando pacificamente aí embaixo", disse Dumbledore. "Não há nada que se temer de um corpo, Harry, não mais do que se a
de temer da escuridão. Lord Voldemort, que obviamente temia os dois, discorda. Mas novamente ele mostra sua falta de sabedoria. É o desconhecido que tememos quando
vemos morte e escuridão, nada mais". Harry não disse nada; ele não queria discutir, mas achou a idéia de que havia corpos horrível e, pior, ele não acreditou que
eles não eram perigosos.
"Mas um deles pulou", ele falou, tentando fazer sua voz tão calma e baixa como a de Dumbledore. "Quando eu tentei convocar o Horcrux, um corpo pulou do
lago".
"Sim", disse Dumbledore. "Eu tenho certeza de que uma vez que peguemos o Horcrux, nós vamos achá-los menos pacíficos. Porém, como várias criaturas que
vivem no frio e na escuridão, eles temem a luz e o calor, os quais devemos chamar para nos ajudar se tivermos necessidade. Fogo, Harry," Dumbledore completou com
um sorriso, respondendo à expressão de dúvida de Harry.
"Ah... certo..." disse Harry rapidamente. Ele virou sua cabeça para olhar o brilho verde no qual o barco continuava a se movimentar. Ele não podia mais
fingir que não estava assustado. O grande lago negro, junto com os mortos... Pareciam que fora há horas e horas atrás que ele tinha encontrado a Professora Trelawney,
que ele tinha dado o Felix Felicis para Ron e Hermione... Ele de repente queria ter se despedido melhor deles... E ele nem viu Gina...
"Quase lá", disse Dumbledore feliz. Certamente a luz verde parecia estar crescendo, finalmente, e em minutos o barco parou, batendo gentilmente no que
Harry não podia ver de primeira, mas quando levantou sua varinha iluminada viu que chegaram a uma pequena ilha de pedras no centro do lago. "Cuidado para não tocar
na água", disse Dumbledore novamente enquanto Harry saía do barco.
A ilha não era maior que o escritório de Dumbledore, um amontoado de pedras pretas lisas nas quais não havia nada, exceto a fonte daquela luz verde, que
parecia muito mais clara se vista de perto. Harry piscou para ela; no começo, ele achou que fosse um tipo de lâmpada, mas então ele viu que a luz vinha de uma bacia
de pedra como a penseira, que estava no topo de um pedestal. Dumbledore aproximou a bacia e Harry o seguiu. Lado a lado, eles a olharam. A bacia estava cheia
de um líquido esmeralda que emitia aquele brilho fosforescente.
"O que é isso?" Harry perguntou, baixo.
"Não tenho certeza". Disse Dumbledore. "Porém, é algo mais temível que sangue e corpos". Dumbledore puxou a manga de sua roupa que estava sobre a mão escurecida
e levou as pontas de seus dedos queimados na direção na superfície da poção.
"Senhor, não, não toque -!".
"Eu não posso tocá-la", disse Dumbledore, sorrindo vagamente. "Está vendo? Eu não posso me aproximar mais do que isso. Tente".
Observando, Harry pôs sua mão na bacia e tentou tocar na poção. Ele encontrou uma barreira invisível que o prevenia de chegar a dois centímetros dela.
Não importando quão forte ele empurrasse, seus dedos só encontravam ar sólido e flexível.
"Fora do caminho, por favor, Harry", disse Dumbledore. Ele ergueu a varinha e fez complicados movimentos sobre a superfície da poção, murmurando sem fazer
sons. Nada aconteceu, exceto talvez que a poção tenha ficado mais clara. Harry permaneceu silencioso enquanto Dumbledore trabalhava, mas depois de um tempo Dumbledore
guardou a varinha, e Harry achou seguro voltar a falar.
"Você acha que o Horcrux está aí, senhor?".
"Ah, sim". Dumbledore olhou mais próximo da bacia. Harry viu seu rosto refletido, de cabeça para baixo, na lisa superfície da poção verde. "Mas como alcançá-la:
Essa poção não pode ser tocada por mãos, não pode desaparecer, separar-se, despejar-se ou acabar, nem pode ser transfigurada, encantada ou de alguma forma mudar
sua natureza". Quase que inconscientemente, Dumbledore ergueu a varinha novamente, girou-a no ar, e depois pegou a taça de cristal que conjurou do nada. "Eu só
posso concluir que essa poção deve ser bebida".
"O que?" Disse Harry. "Não!".
"Sim, eu acho que deve: Somente bebendo-a eu posso esvaziar a bacia para ver o que está no fundo dela".
"Mas e se - e se ela te matar?".
"Ah, eu duvido que ela funcione assim", disse Dumbledore calmamente. "Lord Voldemort não iria querer matar quem alcançasse essa ilha". Harry não podia
acreditar. Era essa mais uma parte maluca da idéia de Dumbledore de ver o lado bom em todos?
"Senhor", disse Harry, tentando manter sua voz normal, "senhor, é de Voldemort que estamos -".
"Me desculpe, Harry; eu devia ter dito, ele não iria querer matar imediatamente a pessoa que chegasse a essa ilha", Dumbledore se corrigiu. "Ele iria querer
mantê-la viva tempo o suficiente para descobrir como ela conseguiu penetrar tão longe em suas defesas e, o mais importante de tudo, por que ela estaria tão interessada
em esvaziar a bacia. Não se esqueça de que Voldemort pensa que somente ele sabe sobre seus Horcruxes".
Harry tentou falar novamente, mas dessa vez Dumbledore levantou a mão pedindo silêncio, observando o liquido esmeralda, evidentemente pensando. "Sem dúvida",
ele falou, finalmente, "essa poção deve agir de modo a me prevenir de pegar o Horcrux. Pode me paralisar, me fazer esquecer por que estou aqui, me dar tanta dor
que eu me distraia, ou me fazer incapaz de outra maneira. Sendo esse o caso, Harry será o seu dever me manter bebendo, mesmo que você tenha que jogar a poção na
minha protestante boca. Você entende?".
Seus olhos se encontraram acima da bacia, cada rosto pálido iluminado com aquela estranha luz verde. Harry não falou nada. Era por isso que ele tinha
sido convidado - para forçar que Dumbledore bebesse a poção que poderia causar grande dor a ele?
"Você se lembra", disse Dumbledore, "da condição que eu lhe dei para trazê-lo comigo?".
Harry hesitou, olhando nos olhos azuis que se tornaram verdes na luz refletida da bacia.
"Mas e se -?".
"Você jurou, ou não, que seguiria qualquer comando que eu lhe passasse?".
"Sim, mas -".
"Eu te avisei, ou não, que poderia haver perigo?".
"Sim", disse Harry, "mas -".
"Bem, então", disse Dumbledore, sacudindo sua manga mais uma vez e levantando o cálice vazio, "você tem a minha ordem".
"Por que eu não posso beber a poção no seu lugar?" Pediu Harry desesperado.
"Por que eu sou muito mais velho, mas esperto e menos valioso", disse Dumbledore. "De uma vez por todas, Harry, eu tenho ou não a sua palavra de que você
vai fazer tudo a seu poder para me manter bebendo?".
"Não poderia -?".
"Eu a tenho?".
"Mas -"
"A sua palavra, Harry" .
"Eu - tudo bem, mas -".
Antes que Harry pudesse continuar a protestar, Dumbledore baixou o cálice para dentro da poção. Por uma fração de segundo, Harry torceu para que não fosse
capaz de tocar a poção com o cálice, mas o cristal afundou na superfície como se nada a impedisse; quando a taça estava cheia, Dumbledore a levou a boca. "Para
sua boa saúde, Harry".
E ele bebeu o copo. Harry assistiu, aterrorizado, suas mãos segurando a base da bacia tão fortemente que seus dedos estavam brancos.
"Professor?" Ele falou ansioso, enquanto Dumbledore abaixava o copo. "Como você se sente?".
Dumbledore balançou a cabeça, seus olhos fechados. Harry imaginava se ele estava sofrendo. Dumbledore botou a taça cegamente dentro da bacia, reencheu-a,
e bebeu de novo.
Em silêncio, Dumbledore bebeu três copos cheios da poção. Então, no meio do quarto, ele parou e caiu em direção a bacia. Seus olhos ainda estavam abertos,
sua respiração pesada.
"Professor Dumbledore?" Disse Harry, sua voz estrangulada. "Você pode me ouvir?".
Dumbledore não respondeu. Sua face estava se torcendo como se estivesse profundamente adormecido, mas tendo um terrível pesadelo. Sua força para segurar
o cálice estava indo embora; a poção estava para se derramar. Harry avançou e conseguiu pegar a taça, segurando-a com firmeza. "Professor, o senhor pode me ouvir?"
Repetiu alto, sua voz ecoando na caverna.
Dumbledore, ofegante, falou numa voz que Harry não reconheceu, pois nunca tinha ouvido Dumbledore tão assustado como nesse momento.
"Eu não quero... Não me faça...".
"Você... Você não pode parar, Professor", disse Harry. "Você tem que continuar bebendo, lembra? Você me disse que tinha que continuar bebendo. Aqui..."
Se odiando e detestando o que estava fazendo, Harry forçou o cálice de volta para a boca de Dumbledore e o virou, para que Dumbledore bebesse o restante da poção.
"Não", ele berrou, enquanto Harry abaixava o copo de volta para a bacia e reenchia-o. "Eu não quero... Eu não quero... Me deixe ir...".
"Está bem, Professor", disse Harry, suas mãos tremendo. "Está tudo bem, estou aqui -".
"Faça-o parar, faça-o parar" reclamava Dumbledore.
"Sim... sim, isso vai fazê-lo parar". Mentiu Harry. Ele derramou o conteúdo do cálice na boca aberta de Dumbledore. Dumbledore gritou; o som ecoou pela
câmara, através do lago negro.
"Não, não, não, não, não posso, não me faça, eu não quero...".
"Está tudo bem Professor, tudo bem!" Disse Harry em voz alta, suas mãos tremendo tanto que ele quase não conseguia segurar o sexto cálice cheio da poção;
a bacia estava na metade agora. "Nada está acontecendo com você, você está a salvo, isso não é real, eu juro que não é real - tome isso, agora, tome isso..." E
obedientemente, Dumbledore bebia, como se o que Harry oferecia fosse um antídoto, mas quando bebia, caia em cima de seus joelhos, tremendo incontrolavelmente.
"É tudo minha culpa, minha culpa", ele soluçava. "Faça-o parar, eu sei que eu fiz errado, por favor, faça-o parar e eu nunca, nunca mais...".
"Isso vai fazê-lo parar, Professor", disse Harry, sua foz falhando enquanto ele derramava o sétimo copo de poção na boca de Dumbledore.
Dumbledore começou a contrair-se como se torturadores invisíveis o rodeassem; sua mão machucada quase derrubou o cálice cheio das mãos de Harry enquanto
ele chorava, "Não machuque-os, não machuque-os, por favor, por favor, é tudo minha culpa, machuque-me ao invés deles..."
"Aqui, beba isso, beba isso, você vai ficar bem", disse Harry desesperadamente, e mais uma vez Dumbledore o obedeceu, abrindo a boca mesmo enquanto mantinha
os olhos fechados e tremia da cabeça aos pés. E agora ele caia para frente, gritando de novo, batendo as mãos contra o chão, enquanto Harry enchia o nono copo.
"Por favor, por favor, por favor, não... não aquilo, aquilo não, eu farei qualquer coisa...".
"Beba, professor, apenas beba...".
Dumbledore bebeu como uma criança, mas quando terminou, gritou como se estivesse pegando fogo. "Nada mais, por favor, não quero mais...".
Harry pegou uma taça cheia e sentiu o cristal arrastar no fundo da bacia. "Estamos quase lá, Professor. Beba isso, beba...".
Ele segurou Dumbledore pelos ombros e novamente, Dumbledore bebeu o copo; então Harry estava em pé mais uma vez, enchendo o cálice enquanto Dumbledore voltava
a gritar mais desesperadamente que nunca, "Eu quero morrer! Eu quero morrer! Faça-o parar, faça-o parar, eu quero morrer!".
"Beba isso, Professor. Beba isso...".
Dumbledore bebeu, e assim que acabou, gritou "ME MATE!".
"Esse - esse irá!" Ofegou Harry. "Beba esse... vai acabar... tudo vai acabar!" Dumbledore bebeu o cálice, até a última gota, e então, com um grande soluço,
caiu para frente.
"Não!" Gritou Harry, que tinha se levantado para encher novamente o cálice. Porém, ele deixou cair o copo na bacia, foi para o lado de Dumbledore e virou-o
sobre suas costas; os óculos de Dumbledore estavam torcidos, sua boca aberta, seus olhos fechados. "Não!" Disse Harry, mexendo Dumbledore, "não, você não está morto,
você disse que não era veneno, acorde, acorde - Rennervate!" Ele gritou, sua varinha apontando para o peito de Dumbledore; houve uma forte luz vermelha, mas nada
aconteceu "Rennervate - senhor - por favor -".
As pálpebras de Dumbledore tremularam; O coração de Harry deu um salto, "Senhor, você está -?".
"Água". Resmungou Dumbledore.
"Água". Repetiu Harry, "Sim -" Ele se levantou e pegou a taça que deixara caída na bacia; ele mal percebeu a caixa dourada repousando em baixo dela.
"Aguamenti!" Ele gritou, encostando no cálice com a varinha. O cálice se encheu de água pura; Harry deixou-se cair ao lado de Dumbledore, levantou a cabeça
dele, e levou o copo a seus lábios - mas estava vazio. Dumbledore resmungou e começou a ofegar. "Mas eu tinha - espera - Aguamenti!" Disse Harry de novo, apontando
a varinha para o cálice. De novo, por um segundo, água apareceu nele, mas ao se aproximar de Dumbledore a água sumiu novamente. "Senhor, estou tentando, estou
tentando!" Disse Harry desesperado, mas ele não acreditava que Dumbledore podia ouvi-lo; ele rolou para seu lado e estava respirando rapidamente como se estivesse
agonizando. "Aguamenti - Aguamenti - AGUAMENTI"
O cálice se encheu e se esvaziou mais uma vez. E agora a respiração de Dumbledore estava falhando. Com seu cérebro girando em pânico, Harry sabia, instintivamente,
a única maneira de obter água, pois Voldemort tinha planejado isto... Ele foi até o canto da rocha e enfiou o cálice no lago, trazendo-o para cima cheio de água
gelada que não sumia. "Senhor - aqui!" Harry gritou, e se jogando para frente, derramou a água sobre o rosto de Dumbledore.
Era o melhor que podia fazer, pois o sentimento gelado no seu braço não era da água fria. Uma mão escorregadia tinha agarrado seu pulso. E a criatura à
qual ela pertencia estava puxando-o, devagar, pela rocha. A superfície do lago não era mais lisa; estava se mexendo, e para todo lugar que olhava, cabeças brancas
e mãos emergiam da água negra, homens, mulheres e crianças com olhos molhados e sem visão estavam se movendo em direção à rocha; um exército de mortos aparecendo
da água negra.
"Petrificus Totalus!" Harry gritou, lutando, para a lisa e úmida superfície da ilha enquanto ele apontava a varinha no Inferius que segurava sua mão. Ele o soltou,
caindo para trás na água, mas muitos outros Inferi estavam subindo para a rocha, suas mãos de osso segurando na superfície escorregadia, seus olhos brancos fixos
nele, usando trapos encharcados, rostos molhados cheios de malícia.
"Petrificus Totalus" Harry rugiu novamente, dando passos para trás enquanto balançava a varinha pelo ar; seis ou sete caíram, mas havia mais vindo para
ele. "Impedimenta! Incarcerous!". Alguns deles tropeçaram, um ou dois presos em cordas, mas aqueles que estavam vindo simplesmente pisavam sobre os corpos caídos.
Ainda mexendo no ar com sua varinha, Harry gritou, "Sectumsempra! SECTUMSEMPRA!" Mas apesar de cortes aparecerem nos trapos e nas peles geladas, eles não tinham
sangue para derramar: eles continuavam a andar, sem sentir, suas mãos erguidas diante dele, e enquanto ele se afastava, sentiu braços se fecharem por detrás dele,
finos, sem pele, frios como a morte, e seus pés perderam contato com o chão quando eles o levantaram e começaram a carregá-lo, vagarosamente e certamente de volta
para a água onde ele sabia que não haveria soltura, onde ele seria afogado e se tornaria mais um guardião de um fragmento da alma de Voldemort...
Mas então, na escuridão, fogo surgiu: vermelho e dourado, um anel de fogo que rodeava a rocha de modo que os Inferi que seguravam tão fortemente Harry tropeçaram
e hesitaram; eles não se atreviam a passar pelas chamas para chegar à água. Eles largaram Harry; ele bateu no chão, escorregou pela rocha e caiu, mexendo seus braços,
depois voltando a se levantar, erguendo a varinha e olhando ao redor.
Dumbledore estava em pé novamente. Pálido como qualquer um dos Inferi ao redor deles, mas mais alto que qualquer um também, o fogo se refletindo em seus
olhos; sua varinha erguida como uma tocha e de sua ponta saíam chamas, como um grande laço, circulando todos com calor. Os Inferi batiam-se, tentando cegamente
escapar do fogo no qual estavam presos...
Dumbledore pegou a caixa do fundo da bacia e guardou-a dentro de sua roupa. Sem falar uma palavra, ele chamou Harry para seu lado. Distraído pelas chamas,
os Inferi pareciam não perceber que sua presa estava escapando com Dumbledore, que levava Harry de volta ao barco e o anel de fogo movendo junto a eles, fazendo
com que os Inferi os acompanhassem para a borda do lago onde eles desceram agradecidos de volta para a água escura.
Harry, que estava tremendo, pensou por um momento que Dumbledore poderia não ser capaz de entrar no barco; ele tropeçou um pouco enquanto tentava; todos
os seus esforços pareciam ser em tentar manter o anel de chamas em volta deles. Harry o segurou e o ajudou de a subir no barco. Assim que eles ficaram a salvo apertados
dentro dele, ele começou a se mover de volta pela água escura, para longe da rocha, ainda envolto pelo anel de fogo, e parecia que os Inferi amontoados na água não
ousavam subir.
"Senhor", chamou Harry, "senhor, eu esqueci - sobre o fogo - eles estavam vindo para mim e eu entrei em pânico -".
"Compreensível", murmurou Dumbledore. Harry ficou alarmado ao ouvir quão fraca a voz dele estava.
Eles alcançaram a margem com uma leve batida e Harry saiu, depois se virou rapidamente para ajudar Dumbledore. No momento em que Dumbledore alcançou a
margem ele descansou a mão da varinha; o anel de fogo sumiu, mas os Inferi não emergiram da água novamente. O pequeno barco afundou na água de novo; batendo e arrastando-se,
a corrente desceu na água também. Dumbledore deu um longo suspiro e se apoiou contra a parede da caverna.
"Eu estou fraco..." ele falou.
"Não se preocupe, senhor". Disse Harry imediatamente, ansioso sobre a extrema palidez de Dumbledore e sobre seu ar de exaustão. "Não se preocupe, eu vou
nos levar de volta... Apóie-se em mim, senhor...".
E puxando o braço inteiro de Dumbledore sobre seus ombros, Harry guiou seu diretor de volta ao redor do lago, carregando a maioria do seu peso.
"A proteção foi... depois de tudo... bem feita". Disse Dumbledore fracamente. "Um sozinho não conseguiria... Você fez bem, muito bem, Harry...".
CAPÍTULO 27
O RAIO DA TORRE
Uma vez de volta sob o céu estrelado, Harry levantou Dumbledore ao topo da rocha mais próxima e então o colocou de pé. Encharcado e tremendo, com o peso de Dumbledore
ainda nele, Harry se concentrou como ele jamais tinha feito, o máximo possível em seu destino: Hogsmeade. Fechando seus olhos, ele agarrou o braço de Dumbledore
tão firmemente quanto pôde e se colocou adiante daquele sentimento de pressão horrível.
Ele soube que tinha funcionado antes mesmo de abrir os olhos, o cheiro de sal e brisa marinha tinham sumido. Ele e Dumbledore estavam tremendo e gotejando no meio
da escura Rua Alta em Hogsmeade. Por um momento horrível a imaginação de Harry lhe mostrou mais Inferis que rastejavam em sua direção ao redor das lojas, mas ele
piscou e viu que nada estava se mexendo; tudo estava parado, uma escuridão completa à exceção de algumas lâmpadas de rua e altas janelas iluminadas.
Nós conseguimos, Professor! Harry sussurrou com dificuldade; de repente ele percebeu algo queimando em seu peito. Nós conseguimos! Nós pegamos o Horcrux!
Dumbledore cambaleou contra ele. Por um momento, Harry pensou que sua inexperiente Aparatação tivesse deixado Dumbledore fora de equilíbrio; então ele viu a face
dele, mais pálida e mais úmida que já vira sob a luz distante de um poste.
Senhor, está bem?
Já estive melhor, disse Dumbledore fraco, entretanto os cantos de sua boca se contraíram. Aquela poção... Não era nada saudável...
E para o horror de Harry, Dumbledore caiu no chão.
Senhor...Está tudo bem, senhor, vai ficar bem, não se preocupe.
Ele olhou em volta desesperadamente por ajuda, mas não havia ninguém para ser visto e tudo que ele podia pensar era que ele deveria, de alguma maneira, levar Dumbledore
depressa a um hospital.
Nós precisamos chegar até a escola, Senhor... Madame Pomfrey...
Não, disse Dumbledore. É... Do Professor Snape que eu preciso... Mas acho que não posso caminhar muito, contudo...
Certo, senhor, escute... Eu vou bater em uma porta, achar um lugar onde você possa ficar - então eu posso correr e chegar a Madame...
Severus, disse Dumbledore claramente. Eu preciso de Severus...
Certo então, Snape - mas vou ter que o deixá-lo por um momento assim eu posso...
Antes que Harry pudesse fazer algum movimento, porém, ele ouviu passos de alguém correndo. O coração dele saltou: alguém tinha visto, alguém sabia que eles precisavam
de ajuda - e dando uma olhada ao seu redor viu a Madame Rosmerta que corria rua abaixo no escuro na direção deles com salto alto, cheio dos frufrus, usando um roupão
de seda bordado com dragões.
Eu vi vocês aparatando quando estava puxando minhas cortinas do quarto! Oh meu Deus, não pude pensar no que faz... - mas o que tem de errado com Albus?
Ela veio hesitante, enquanto arquejava, e fitou os largos olhos de Dumbledore.
Ele está ferido, disse Harry. Madame Rosmerta, ele pode entrar nos Três Vassouras enquanto eu vou ate a escola e consigo ajuda para ele?
Você não pode ate ir ate lá sozinho! Você não percebeu - não o viu?
Se você me ajudar a apoiá-lo, disse Harry, não a escutando, eu acho que nós podemos colocá-lo lá dentro...
O que aconteceu? Perguntou Dumbledore. Rosmerta, o que tem de errado?
A...A Marca Negra, Albus.
E ela apontou para o céu, na direção de Hogwarts. O medo inundou Harry ao som dessas palavras... Ele se virou e olhou.
Lá estava, se mantendo no céu sobre a escola: o flamejante crânio verde com uma língua de serpente, a marca que os Comensais da Morte deixavam para trás sempre que
eles tinham entrado em um edifício... Onde quer que eles tivessem matado...
Quando apareceu? Perguntou Dumbledore, e sua mão apertou dolorosamente o ombro de Harry enquanto ele lutava para ficar em pé.
Deve ter sido minutos atrás, não estava lá quando coloquei o gato para fora, mas quando eu fui para o andar superior-.
Nós precisamos voltar imediatamente ao castelo, disse Dumbledore. Rosmerta, e mesmo cambaleando um pouco, ele parecia ter completamente o controle da situação,
nós precisamos de transporte - vassouras-.
Eu tenho algumas atrás no bar, ela disse, parecendo muito amedrontada. Eu devo correr e buscá-las?...
Não, Harry pode fazer isso.
Harry elevou sua varinha imediatamente.
Accio vassouras da Rosmerta.
Um segundo depois eles ouviram um estrondo alto quando a porta da frente do bar se abriu; duas vassouras tinham saído para a rua, estavam correndo lado a lado e
pararam imóveis ao lado de Harry, tremendo ligeiramente, na altura da cintura.
Rosmerta, por favor, envie uma mensagem ao Ministério, disse Dumbledore, enquanto ele montava na vassoura mais próxima dele. Pode ser que ninguém dentro de Hogwarts
tenha percebido qualquer coisa de errado... Harry, vista sua capa de Invisibilidade.
Harry tirou a sua Capa do bolso e lançou-a sobre si antes de montar sua vassoura; Madame Rosmerta já estava cambaleando de volta ao bar enquanto Harry e Dumbledore
saíam fora do chão e subiam para ar. Quando eles aceleraram em direção ao castelo, Harry olhou lateralmente para Dumbledore, pronto para agarrá-lo se ele caísse,
mas a visão da Marca Negra parecia ter agido em Dumbledore como um estimulante: ele tinha se curvado baixo sobre a vassoura, com os olhos fixos na Marca, seus longos
cabelos prateados e a barba voavam atrás dele no ar noturno. Harry também olhou à frente para o crânio, e o medo inchou dentro dele como uma bolha venenosa, enquanto
comprimia seus pulmões, controlando todo o desconforto de sua mente...
Quanto tempo eles tinham estado fora? Tinha a sorte de Ron, Hermione e Gina se esgotado? Era um deles que tinha feito a Marca Negra ser fixada em cima da escola,
ou era Neville, ou Luna, ou algum outro sócio da AD? E se fosse... Ele que tinha lhes dito que patrulhassem os corredores, ele tinha lhes pedido que deixassem a
segurança de suas camas... Seria ele responsável, novamente, pela morte de um amigo?
Enquanto eles voavam na escuridão, passavam pelo caminho, abaixo, pelo qual eles tinham caminhado mais cedo. Harry ouviu, por cima do assobio do ar noturno em suas
orelhas, que Dumbledore murmura novamente em algum idioma estranho. Ele pensou e entendeu o por que ele sentiu sua vassoura tremer em um momento quando eles voavam
por cima dos muros que delimitavam a escola: Dumbledore estava desfazendo os encantos que ele tinha fixado ao redor do castelo, de forma que eles poderiam entrar
com velocidade. A Marca Negra estava brilhando diretamente sobre a Torre de Astronomia, a mais alta do castelo. Isso significava que a morte tinha acontecido lá?
Dumbledore já tinha cruzado as plataformas e estava desmontando; Harry pousou próximo a ele segundos depois e deu uma olhada em volta.
As plataformas estavam desertas. A porta para a escada em caracol que conduzia de volta até o castelo estava fechada. Não havia sinal de luta, nem briga com morte,
nenhum corpo.
O que isso significa? Harry perguntou para Dumbledore, enquanto olhava para o crânio verde com o língua de serpente que se refletia malvadamente sobre eles. É
a Marca realmente? Alguém definitivamente foi m... Professor?
No brilho verde escuro da Marca Harry viu Dumbledore apertar seu tórax com sua mão enegrecida.
Vá e desperte Severus, disse Dumbledore fracamente, mas de maneira clara. Conte a ele o que aconteceu e o traga a mim. Não faça mais nada, não fale com ninguém
e não remova sua Capa. Eu esperarei aqui.
Mas -
Você jurou me obedecer, Harry - vá!
Harry se apressou para porta que conduzia à escada espiral, mas sua mão só tinha há pouco fechado sobre anel de ferro da porta quando ele ouviu passos correndo do
outro lado. Ele olhou em volta para Dumbledore que gesticulou para ele retroceder. Harry voltou, enquanto puxava sua varinha.
A porta se abriu violentamente, alguém entrou e gritou: Expelliarmus!
O corpo de Harry ficou rígido e imóvel imediatamente, e ele se sentiu cair para trás apoiando na parede da Torre, como uma estátua instável, incapaz de se movimentar
ou falar. Ele não pôde entender como tinha acontecido - Expelliarmus não era um encantamento para imobilizar.
Então, pela luz da Marca, ele viu a varinha de Dumbledore voando em um arco para cima da extremidade das plataformas e então... Dumbledore imobilizou Harry sem usar
palavras, e o segundo que ele tinha levado para executar o feitiço tinha lhe custado a chance de se defender.
Levantando-se contra as plataformas, com a face muito pálida, Dumbledore ainda não mostrava nenhum sinal de pânico ou angústia. Ele somente olhou para quem o tinha
desarmado e disse: boa noite, Draco.
Malfoy pisou adiante, enquanto olhava depressa ao redor para conferir se ele e Dumbledore estavam sós. Os olhos dele pararam na segunda vassoura.
Quem mais está aqui?
Essa pergunta eu deveria lhe fazer. Ou você está agindo só?
Harry viu os olhos pálidos de Malfoy encarando Dumbledore por causa do clarão esverdeado da Marca.
Não. Ele disse. Eu tenho ajuda. Há Comensais da Morte aqui em sua escola esta noite.
Bem, bem. Disse Dumbledore, como se Malfoy estivesse mostrando a ele um ambicioso projeto de lição de casa. Realmente muito bom. Você achou um modo para os deixar
entrar, como o fez?
Sim, disse Malfoy, que estava arquejando. Bem debaixo do seu nariz e você nunca percebeu!
Engenhoso, disse Dumbledore. Contudo... Perdoe-me... Onde eles estão agora? Você parece sem assistência.
Eles se encontraram com alguns de seus guardas. Estão tendo uma briga lá em baixo. Eles não vão demorar... Eu vim na frente. Eu - eu tenho um trabalho para fazer.
Bem, então, você tem que seguir com o que você tem que fazer, meu querido menino, disse Dumbledore suavemente.
Havia silêncio. Harry estava preso dentro de seu próprio invisível e paralisado corpo, enquanto encarava os dois, suas orelhas tentando ouvir os sons da briga distante
dos Comensais da Morte, e em frente a ele, Draco Malfoy fez nada mais que olhar fixo a Albus Dumbledore que, inacreditavelmente, sorriu.
Draco, Draco, você não é um assassino.
Como você sabe? Disse Malfoy imediatamente.
Ele parecia perceber o quão infantil suas palavras tinham soado; Harry o viu corar sob a luz esverdeada da Marca.
Você não sabe do que eu sou capaz, disse Malfoy vigorosamente, você não sabe o que eu fiz!
Oh, sim, eu sei, disse Dumbledore suavemente. Você quase matou Katie Bell e Ronald Weasley. Você tem tentado, com crescente desespero, me matar todo o ano. Perdoe-me,
Draco, mas elas foram tentativas fracas... Tão fracas, para ser honesto, que eu duvido se seu coração realmente esteve empenhado...
Esteve sim! Disse Malfoy veementemente. Eu tenho trabalhado nisso o ano todo, e hoje à noite...
Em algum lugar nas profundidades do castelo, debaixo de Harry houve um grito amortecido. Malfoy endureceu e olhou por cima de seu ombro.
Alguém está tendo uma briga boa, disse Dumbledore convencionalmente. Mas você estava dizendo... Sim, como você planejou introduzir Comensais da Morte em minha
escola que, eu admito, pensei ser impossível... Como você fez isso?
Mas Malfoy não disse nada: ele ainda estava escutando tudo aquilo que estava acontecendo abaixo e parecia quase tão paralisado quanto Harry.
Talvez você deva seguir com o trabalho sozinho, sugeriu Dumbledore. E se a sua ajuda foi impedida pelos meus guardas? Talvez você não tenha percebido, mas há
membros da Ordem da Fênix aqui hoje à noite também. E afinal de contas, você realmente não precisa de ajuda... Estou sem varinha no momento... Eu não posso me defender.
Malfoy somente o encarou.
Eu vejo, disse Dumbledore amavelmente, quando Malfoy nem se moveu nem falou. Você tem medo de agir até que eles cheguem.
Eu não tenho medo! Rosnou Malfoy, entretanto ele ainda não tinha feito nenhum movimento para ferir Dumbledore.
É você que deveria estar assustado!
Mas por que? Eu não acho que você me matará, Draco. Matar não é tão fácil quanto você inocentemente acredita... Assim enquanto nós esperamos por seus amigos, me
fale... Como você os contrabandeou para dentro? Parece ter levado muito tempo para calcular como fazê-lo.
Malfoy olhou como se ele estivesse lutando contra o desejo de gritar, ou vomitar. Ele respirou varias e fundas vezes, enquanto fitava Dumbledore, com sua varinha
apontando diretamente ao coração dele. Então, como se ele não pôde se controlar, disse, Eu tive que reparar aquele Gabinete que Desaparece quebrado que ninguém
tinha usado durante anos. Aquele onde Montague se perdeu no ano passado.
Aaaah..
O suspiro de Dumbledore era quase um gemido. Ele fechou seus olhos por um momento.
Isso foi inteligente... Há um par, eu assumo?
O outro está na Borgin & Burkes disse Malfoy e eles têm um tipo de passagem entre eles. Montague me falou que quando ele estava preso no de Hogwarts, ele estava
enrolado em limbo, mas às vezes ele podia ouvir o que acontecia na escola, e às vezes o que estava acontecendo na loja, como se o Gabinete estivesse viajando entre
eles, mas ele não pôde fazer ninguém ouvi-lo... No fim ele conseguiu Aparatar para fora dele, embora ele não tivesse passado em seu teste. Ele quase morreu, fazendo
isto. Todo o mundo pensou que era realmente uma boa história, mas eu fui o único que percebeu o significado -mesmo Borgin não sabia - eu fui o único que percebeu
que poderia ter um modo de penetrar Hogwarts, pelos Gabinetes se eu consertasse o quebrado.
Muito bom. Murmurou Dumbledore. Assim os Comensais da Morte puderam passar de Borgin e Burkes para a escola e o ajudar... Um plano inteligente, um plano muito
inteligente... E, como você disse, bem debaixo do meu nariz...
Sim. Disse Malfoy que, grotescamente, parecia criar coragem e confrontar do elogio de Dumbledore. Sim, era!
Mas houve tempos, Dumbledore continuou, em que teve certeza do sucesso reparando o Gabinete, não é? E você resolveu, julgando mal e cruelmente, me enviar um colar
amaldiçoado que acabou por alcançar as mãos erradas... Envenenando, havia só uma pequena chance que eu poderia beber...
Sim, bem, mas você não descobriu quem estava por atrás daquela matéria-prima, não é? Zombou Malfoy, Dumbledore deslizou um pouco sobre as plataformas, a força
de suas pernas estavam enfraquecendo aparentemente, e Harry lutou sem resultados, contra o encanto que o mantinha.
De fato, eu sabia. Disse Dumbledore. Eu estava seguro que era você.
Por que você não me impediu, então?
Eu tentei, Draco. Professor Snape tem mantido os olhos em você sob minhas ordens -
Ele não tem o feito sob suas ordens, ele prometeu a minha mãe -.
Claro que isso é o que ele lhe contaria, Draco, mas -.
Ele é um agente duplo, seu homem velho e estúpido, ele não está trabalhando para você, você pensa que ele está!
Nós temos que concordar em diferir nisso, Draco. Acontece que eu confio no Professor Snape -
Bem, você está perdendo seu controle, então! Zombou Malfoy. Ele me ofereceu bastante ajuda, querendo toda a glória para ele, querendo um pouco de ação. -O que
você está fazendo? Você que fez o colar, estúpido poderia ter acabado com tudo - "Mas eu não lhe contei o que estava fazendo na Sala Precisa, ele vai acordar amanhã
e tudo estará terminado, ele não será mais o favorito do Senhor Escuro, ele não será nada comparado a mim, nada!".
Muito gratificante disse Dumbledore suavemente. Todos nós gostamos de apreciação pelo nosso trabalho duro, claro que... Mas você deve ter tido um cúmplice, afinal
de contas... Alguém em Hogsmeade, alguém que pôde levar o colar à Katie ; o, o, aaaah...
Dumbledore fechou os seus olhos novamente e chacoalhou a cabeça como se estivesse a ponto de dormir.
..Claro que... Rosmerta. Há quanto tempo ela esta debaixo do encantamento Imperius?
Chegou lá afinal, não é? Malfoy escarneceu.
Houve outro grito vindo de baixo, muito mais alto que o último. Malfoy olhou nervosamente para trás novamente e de volta a Dumbledore, que continuou.
Rosmerta, pobrezinha foi forçada a se espreitar no próprio banheiro e passar o colar para qualquer estudante de Hogwarts que entrasse no lugar desacompanhado? E
o licor envenenado... Bem, naturalmente, Rosmerta pôde envenená-lo para você antes dela enviar a garrafa a Slughorn, acreditando ser meu presente de Natal... Sim,
muito perfeito... Bem feito... Pobre Filch, claro que não pensou em conferir uma garrafa de Rosmerta... Diga-me, como você tem se comunicado com Rosmerta? Eu pensei
que nós tínhamos todos os métodos de comunicação dentro e fora da escola monitorados.
Moedas encantadas, disse Malfoy, como se ele tivesse sido compelido a continuar falando, entretanto a mão de sua varinha estava tremendo bastante. Eu tinha uma
e ela tinha a outra eu podia enviar mensagens a ela -
Não é esse o método secreto de comunicação que o grupo que se chamava a Armanda de Dumbledore usou o ano passado? Perguntou Dumbledore. A voz dele estava clara
e sociável, mas Harry o viu deslizar uma polegada abaixo na parede enquanto ele disse isso.
Sim, eu usei a idéia deles, disse Malfoy, com um sorriso amarelo. Eu peguei a idéia de envenenar o licor da sangue-ruim Granger, bem, eu a ouvi falando na biblioteca
algo sobre Filch não reconhecer poções...
Por favor, não use essa palavra ofensiva na minha frente. Disse Dumbledore.
Malfoy deu uma risada malvada.
Você se preocupa quando eu digo "Sangue-ruim?" Quando estou a ponto de te matar?
Sim, eu me importo, disse Dumbledore e Harry viu os pés dele deslizarem um pouco mais no chão enquanto ele lutava para permanecer em pé. Mas sobre estar a ponto
de me matar, Draco, você teve vários longos minutos. Nós estamos bastante a sós. Eu estou o mais inofensivo que você poderia ter sonhado em me encontrar e você ainda
não agiu...
A boca de Malfoy se contorceu involuntariamente, como se ele tivesse provado algo muito amargo.
Agora, sobre esta noite, Dumbledore foi em frente, eu estou um pouco confuso sobre como aconteceu... Você soube que eu tinha deixado a escola? Mas claro que...
Ele mesmo respondeu sua própria pergunta, Rosmerta me viu partindo, ela passou a informação usando sua moeda engenhos, tenho certeza...
Está certo, disse Malfoy. Mas ela disse que você só estava indo por uma bebida e estaria de volta...
Bem, certamente eu tomei uma bebida... E voltei... Depois de um longo tempo, resmungou Dumbledore. Então você decidiu preparar uma armadilha para mim?
Nós decidimos pôr a Marca Negra em cima da Torre para conseguir que você se apressasse para voltar, ver quem tinha sido morto. Disse Malfoy. E funcionou!
Bem... Sim e não... Disse Dumbledore. Mas posso concluir, então, que ninguém foi assassinado?
Alguém está morto disse Malfoy e a voz dele parecia subir uma nota enquanto ele dizia isto. Um dos seus... Eu não sei quem, estava escuro... Eu pisei em cima
de um corpo... Eu tinha que estar esperando aqui quando você voltasse, só seu grupo da Fênix ficou no caminho...
Sim, eles fazem isso, disse Dumbledore.
Houve um estrondo e gritos abaixo, mais alto que nunca; soando como se as pessoas estivessem lutando na escadaria em espiral que conduziam para onde Dumbledore,
Malfoy e Harry estavam e o coração de Harry trovejou despercebido no peito invisível dele... Alguém estava morto... Malfoy tinha pisado em cima do corpo... Mas quem
seria?
Há pouco tempo, de uma maneira ou de outra, disse Dumbledore. Assim nos resta discutir suas opções, Draco.
Minhas opções! Disse Malfoy ruidosamente. Eu estou aqui com minha varinha - eu estou a ponto de mata-lo -
Meu querido menino, você não me permitiu ter mais nenhuma pretensão sobre isso. Se você fosse me matar, você teria feito isto antes, quando você me desarmou, você
não teria parado para esta conversa agradável sobre modos e meios.
Eu não tenho nenhuma opção! Disse Malfoy e ele estava com rosto tão mortalmente pálido quanto Dumbledore. Eu tenho que fazer isto! Ele me matará! Ele matará minha
família inteira!
Eu percebo a dificuldade de sua posição, disse Dumbledore. Por que outro motivo você acha que eu não o confrontei antes? Porque eu soube que você seria assassinado
por Lorde Voldemort se ele percebesse que eu suspeitava.
Malfoy estremeceu ao som do nome.
"Eu não ousei falar com você sobre esta missão quando eu soube que tinha sido confiada a você, no caso dele usar Legilimência contra você". Continuou Dumbledore.
"Mas agora, afinal, nós podemos falar claramente a um ao outro... Nenhum dano foi causado, você não feriu ninguém, entretanto, você tem muita sorte que suas vítimas
por engano sobreviveram... eu o posso ajudar, Draco".
"Não, você não pode", disse Malfoy, a mão da varinha muito mal, realmente tremendo. "Ninguém pode. Ele me disse que fizesse isto ou ele me mataria. Eu não tenho
nenhuma escolha".
"Venha para o lado certo, Draco, e nós poderemos o esconder mais completamente que você possa imaginar possível. E mais, eu posso enviar os membros da Ordem, hoje
à noite, à sua mãe e esconde-la também. Seu pai está seguro, no momento, em Azkaban... quando chegar a hora, nós poderemos o proteger também... venha para o lado
certo, Draco... você não é um assassino..."
Malfoy encarou Dumbledore.
"Mas eu fui muito longe, não fui?" Ele disse lentamente. Eles pensaram que eu morreria na tentativa, mas eu estou aqui... E você está em meu poder... Eu sou o único
com uma varinha... Você está sob minha clemência...".
"Não, Draco". Disse Dumbledore, baixinho. É minha clemência, e a não sua o que importa agora".
Malfoy não falou. A boca dele estava aberta, a mão da varinha ainda tremendo. Harry pensou ter visto ele a abaixar por uma fração de segundos -
Mas, de repente, passos estavam ressoando pelos degraus e um segundo após, Malfoy foi empurrado longe quando quatro pessoas vestidas de negro passaram pelo baluarte
de entrada. Ainda paralisado, olhando sem pestanejar, Harry contemplou com terror aos quatro estranhos: parecia que os Comensais da Morte tinham ganhado a batalha
lá embaixo.
Um homem de aparência lupina com uma estranha virada para o lado, olhou de soslaio e deu uma risadinha ofegante.
"Dumbledore acuado!" Ele disse, e virou para uma pequena mulher que parecia sua irmã e que estava sorrindo ansiosamente. "Dumbledore sem varinha, Dumbledore sozinho!
Bem feito, Draco, muito bem feito!".
"Boa noite, Amycus", disse Dumbledore calmamente, como se dando boas-vindas ao homem para uma reunião para o chá. E você trouxe Alecto também... Encantando...
A mulher deu um curto riso furioso.
"Pensa que suas piadinhas o ajudarão na sua hora da morte, então?" Ela zombou.
"Piadas? Não, não, de maneira alguma", respondeu Dumbledore.
"Faça", disse o estranho de pé mais próximo a Harry, um grande e musculoso homem com o cabelo grisalho emaranhado e bigode, cujas vestes pretas de Comensal da Morte
pareciam desconfortavelmente apertadas. Ele tinha uma voz como nenhuma outra que Harry alguma vez tivesse ouvido: mais um latido áspero que uma voz. Harry poderia
cheirar uma mistura poderosa de sujeira, suor e, estranhamente, de sangue que vinha dele. As mãos imundas tinham unhas amareladas há muito tempo.
É você, Fenrir? Perguntou Dumbledore.
Isso é certo, disse o outro, com voz rascante. "Feliz em me ver, Dumbledore?".
"Não, eu não posso dizer que eu estou...".
Fenrir Greyback arreganhou e mostrou os dentes pontudos. Sangue gotejava pelo queixo dele e ele lambia os lábios, obscena e lentamente.
"Mas você sabe como eu gosto de crianças, Dumbledore".
"Eu devo entender que isso leva você a estar atacando até mesmo agora, sem a lua cheia? Isto é muito incomum... você desenvolveu um gosto por carne humana que não
pode ser satisfeita apenas uma vez no mês?".
"Correto", disse Greyback. Está chocado, Dumbledore? Assusta você?
Bem, eu não posso pretender que não me repugne um pouco, disse Dumbledore. E, sim, eu estou um pouco chocado que Draco aqui tenha convidado você, de todas as
pessoas, para a escola onde os amigos dele vivem....
Eu não fiz, respirou Malfoy. Ele não estava olhando Greyback; parecia não querer olhar direto para ele. Eu não sabia que ele viria -
"Eu não perderia uma viagem para Hogwarts, Dumbledore", falou Greyback. Não quando há gargantas para serem arrancadas... Delicioso, delicioso...
E ele levou uma unha amarela e passou nos dentes da frente olhando de soslaio para Dumbledore.
"Eu o poderia fazer de aperitivo, Dumbledore...".
"Não" disse o quarto Comensal da Morte nitidamente. Ele tinha um rosto pesado e brutal. "Nós temos ordens. Draco é quem fará isto. Agora, Draco e depressa".
Malfoy estava mostrando menos resolução que o normal. Ele olhou terrificado para o rosto de Dumbledore que estava até mais pálido e baixo que o habitual, tendo deslizado
para longe e abaixo do baluarte da entrada.
Ele não parece de qualquer maneira perigoso, se você me perguntar! Disse o homem torto, acompanhando a irmã dele que estava rindo ofegante. Olhe para ele - o
que é aconteceu a você, então, Dumby?
Oh, resistência mais fraca, reflexos mais lentos, Amycus, disse Dumbledore. Idade avançada, em resumo... Um dia, talvez, acontecerá a você... Se você tiver sorte...
O que significa, então, o que significa? Gritou o Comensal da Morte, repentinamente violento. Sempre o mesmo, não é, Dumby, falando e não fazendo nada, nada,
nem mesmo sei por que o Lorde das Trevas se está aborrecendo para matar você! Venha, Draco, faça!.
Mas naquele momento, houve sons renovados de luta abaixo e uma voz gritou, Eles bloquearam os degraus - Reducto! REDUCTO!
O coração de Harry deu uma parada: então estes quatro não tinham eliminado toda a oposição, mas meramente furado a briga para o topo da Torre, e, pelo som disso,
criou uma barreira atrás deles -.
Agora, Draco, depressa! Disse homem brutal furiosamente.
Mas as mãos de Malfoy estavam tremendo tanto, que ele mal poderia apontar.
"Eu farei isto" grunhiu Greyback, e se moveu para Dumbledore com as mãos estendidas, os dentes à mostra.
Eu disse não! Gritou o brutamontes; houve um flash de luz e o lobisomem foi lançado para trás; ele bateu na parede e cambaleou, parecendo furioso. O coração de
Harry estava martelando tão forte que parecia impossível que ninguém pudesse ouvir e saber que estava lá, preso pelo feitiço de Dumbledore -se ele se só pudesse
mover, ele poderia lançar uma maldição por baixo da capa -.
Draco, faça ou fique contra nós - guinchou a mulher, mas naquele preciso momento a porta para as muralhas foi escancarada mais uma vez e lá estava Snape, a varinha
apertada na mão. Com os olhos pretos dele varreu a cena, de Dumbledore que afundou contra a parede aos quatro Comensais da Morte, inclusive o lobisomem enfurecido
e Malfoy.
"Nós temos um problema, Snape" disse Amycus grosseiro, olhos e varinha apontada para Dumbledore, "o menino não parece capaz -".
Mas alguém falou o nome de Snape, bastante suavemente.
"Severus...".
O som assustou Harry além de qualquer coisa que ele tivesse experimentado toda a noite. Pela primeira vez, Dumbledore estava suplicando.
Snape não disse nada, mas caminhou adiante e empurrou Malfoy asperamente para fora. Os três comensais da morte se retiraram sem uma palavra. Até mesmo o lobisomem
pareceu se acovardar.
Snape contemplou por um momento a Dumbledore, e havia resolução e ódio marcadas nas linhas rígidas do rosto dele.
Severus... por favor...".
Snape elevou a varinha e apontou diretamente para Dumbledore.
Avada Kedavra!
Um jato de luz verde saiu da ponta da varinha de Snape e acertou diretamente Dumbledore no peito. O grito de horror de Harry nunca o deixou; silencioso e preso,
ele foi forçado a assistir quando Dumbledore foi lançado no ar: durante um segundo onde ele pareceu ficar suspenso em baixo do crânio brilhante, e então ele caiu
lentamente para trás, como uma grande boneca de trapo, em cima das ameias e longe da vista.
CAPÍTULO 28
O VÔO DO PRÍNCIPE
Harry sentiu como se estivesse com uma dor muito forte; isso não podia ter acontecido... Não podia ter acontecido...
"Fora daqui, rápido" disse Snape.
Ele agarrou Malfoy pelo pescoço e o empurrou pela porta na frente do resto; Greyback e os irmãos musculosos foram atrás, os dois últimos parecendo muito excitados.
Enquanto desapareciam através da porta, Harry percebeu que poderia se mexer novamente. O que o mantinha agora paralisado junto à parede não era mágica, mas horror
e choque. Jogou a capa da invisibilidade de lado à medida que o último Comensal da Morte a deixar o alto da torre desaparecia através da porta.
"Petrificus Totalus!".
O Comensal da Morte endureceu como se fosse algo maciço quando teve suas costas atingidas e ele caiu no chão, rígido como um boneco de cera, mas nem tinha atingido
o chão ainda quando Harry saltou sobre ele descendo a escadaria escura.
O terror rasgou o coração de Harry... Tinha que buscar Dumbledore e tinha que pegar Snape... De algum modo as duas coisas estavam ligadas... Ele poderia reverter
o que havia acontecido se tivesse os dois juntos... Dumbledore não podia ter morrido...
Harry pulou os últimos dez degraus da escada em espiral e parou onde aterrissou, sua varinha levantada. Iluminou o corredor que estava cheio de poeira; metade do
teto parecia ter desabado; e parecia ter havido uma batalha terrível antes dele descer, mas enquanto tentava se perguntar quem lutava com quem, ouviu o grito da
voz odiada, "Está acabado, é hora de ir!" E viu Snape desaparecendo pelo canto no final do corredor; ele e Malfoy pareciam ter forçado caminho através dos destroços
da luta. Enquanto Harry ia atrás deles, um dos lutadores levantou-se dos escombros e atacou-o com agressividade: era o lobisomem, Fenrir. Ele foi para cima de Harry
antes mesmo que Harry pudesse levantar sua varinha: Harry caiu para trás, com o pêlo opaco e imundo em sua cara, o cheiro de suor e sangue que invadia seu nariz
e boca, e a respiração quente e cobiçosa em sua garganta -.
"Petrificus Totalus!".
Harry sentiu Fenrir desabar sobre ele; com um esforço enorme empurrou o lobisomem para o chão quando um jato de luz verde veio voando em sua direção; ele abaixou-se
e correu, a cabeça erguida, em direção à luta. Seus pés pisaram em algo espalhado e escorregadio no chão e ele escorregou: Havia dois corpos lá, os rostos para
baixo encontravam-se em uma poça de sangue, mas não havia tempo para investigar. Harry viu agora o esvoaçar de cabelos vermelhos como chamas logo à frente: Gina
estava presa em combate com um empolado Comensal da Morte, Amycus, que lançava um feitiço após o outro nela enquanto ela desviava: Amycus estava tendo um ataque
de riso, apreciando os movimentos dela: "Crucio - Crucio - você não pode dançar para sempre, lindinha-".
"Impedimenta!" Gritou Harry.
Sua azaração acertou Amycus no peito: Ele guinchou de dor como um porco, sendo erguido do chão e batendo na parede oposta, deslizando por ela, e sumindo de vista
atrás de Rony, da professora McGonagall, e de Lupin, cada um duelando com um Comensal da Morte diferente. Além deles, Harry viu Tonks lutando com um enorme bruxo
loiro que lançava azarações que voavam em todos os sentidos, algumas ricocheteavam nas paredes e em torno deles, rachando pedras, e quebrando a janela mais próxima
-.
"Harry, de onde você está vindo?" Gina gritou, mas não havia nenhum tempo para responder. Abaixou sua cabeça e correu o mais rápido possível adiante, evitando
por pouco uma explosão sobre sua cabeça, lançando em todos pedaços da parede. Snape não podia escapar, ele precisava alcançar Snape -.
"Peguem eles!" Gritou a professora McGonagall, e Harry vislumbrou um Comensal da Morte, Alecto, indo corredor abaixo com os braços sobre sua cabeça, com seu irmão
logo atrás dela. Ele se lançou atrás deles, mas seu pé prendeu em algo, e no momento seguinte ele estava entre as pernas de alguém. Olhando ao redor, viu Neville
pálido, seu rosto redondo virado para o chão. "Neville, é você -?".
"Eu estou bem" murmurou Neville, que apertava seu estômago, "Harry... Snape e Malfoy... Passaram correndo...".
"Eu sei, eu estou atrás deles!" Disse Harry, lançando uma azaração no enorme Comensal da Morte loiro que causava a maioria do caos. O homem deu um uivo de dor quando
o feitiço acertou em seu rosto: Ele deu meia-volta, desconcertado, e então disparou atrás dos dois irmãos. Harry se levantou do chão e começou a correr ao longo
do corredor, ignorando os estrondos emitidos atrás dele, os gritos dos outros para voltar, e o pedido silencioso das pessoas caídas no chão cujo destino ainda não
conhecia...
Ele derrapou no canto, seus pés estavam banhados em sangue; Snape tinha uma vantagem imensa. Era possível que ele já houvesse entrado na Sala Precisa, ou a Ordem
tinha feito barreiras de segurança, para impedir que os Comensais da Morte batessem em retirada? Ele não ouvia nada além de seus próprios passos, seu próprio coração
disparado enquanto corria ao longo do próximo corredor vazio, mas então notou uma pegada de sangue que mostrou que ao menos um dos Comensais da Morte fugitivos estava
indo em direção às portas da frente - talvez a Sala Precisa tivesse sido bloqueada completamente.
Ele derrapou em outro canto e uma azaração passou voando por ele; ele mergulhou atrás de uma armadura que explodiu. Viu os dois irmãos descendo as escadas de mármore
em frente e lançou feitiços neles, mas eles meramente bateram em vários bruxos que usavam peruca em um retrato no patamar da escada, que correram gritando para pinturas
vizinhas. Enquanto pulava os escombros da armadura, Harry ouviu mais gritos; as pessoas dentro do castelo pareciam ter acordado...
Ele pegou um atalho, esperando alcançar os irmãos e chegar perto de Snape e Malfoy, que deviam certamente estar alcançando os terrenos agora. Lembrando de pular
o degrau defeituoso que desaparecia na escadaria abaixo, ele irrompeu através de uma tapeçaria no pé da escada e saiu em um corredor onde estava um grupo de alunos
desnorteados da Lufa-Lufa ainda vestindo seus pijamas. "Harry! Nós ouvimos um barulho, e alguém dizendo algo sobre a Marca Negra -" começou Ernesto Macmillan.
"Saiam do caminho!" Gritou Harry, empurrando dois meninos de lado enquanto corria para os terrenos e descia o restante da escadaria de mármore. As portas de carvalho
da entrada tinham sido abertas com uma explosão, havia manchas de sangue, e diversos estudantes estarrecidos estavam amontoados junto às paredes, um ou dois ainda
estavam congelados com seus braços sobre o rosto. A enorme ampulheta da Grifinória tinha sido quebrada por uma azaração, e os rubis de dentro ainda caiam, com um
barulho alto.
Harry correu através do salão de entrada para fora nos terrenos escuros: Ele só podia perceber que três vultos corriam através do gramado, dirigindo-se para os portões
além dos quais poderiam desaparatar - podia ver, o enorme Comensal da Morte loiro e, de alguma maneira na frente dele, Snape e Malfoy...
O ar frio da noite rasgava os pulmões de Harry; viu um clarão de luz distante que mostrou por um momento a silhueta que ele perseguia. Não sabia o que era, mas
continuou a correr, ainda não estava perto o suficiente para ter uma mira boa para lançar um feitiço-.
Um outro clarão, gritos, jatos de luz, e Harry compreendeu: Hagrid tinha saído de sua cabana e estava tentando parar os Comensais da Morte que escapavam, e embora
cada respirada parecesse destruir seus pulmões e a pontada em seu peito fosse como fogo, Harry apressou-se enquanto uma voz em sua cabeça dizia constantemente: Hagrid
não... Hagrid também não...
Alguma coisa acertou as costas de Harry duramente e ele caiu para frente, seu rosto colado na terra, e sangue escorrendo de suas narinas: Soube, mesmo enquanto virava,
com sua varinha pronta, que os dois irmãos o tinham alcançado usando seu atalho e estavam vindo atrás dele...
"Impedimenta!" Ele gritou enquanto se virava novamente, agachando perto da terra escura, e milagrosamente seu raio bateu em um deles, que tropeçou e caiu, fazendo
o outro tropeçar; Harry então levantou e correu atrás de Snape.
E agora tinha visto o contorno de Hagrid, iluminado pela luz da lua crescente que fora revelada de repente por trás das nuvens; o enorme Comensal da Morte loiro
lançava feitiço atrás de feitiço no guarda-caças; mas a grande força de Hagrid e a pele resistente que tinha herdado de sua mãe giganta parecia lhe proteger. Snape
e Malfoy, entretanto, estavam correndo ainda; logo estariam além dos portões, capazes de desaparatar -.
Harry passou voando por Hagrid e seu oponente, mirou as costas de Snape, e gritou, "Estupefaça!" Ele falhou; o jato de luz vermelha passou por cima da cabeça de
Snape; Snape gritou, "Corra, Draco!" E se virou. Alguns metros os separavam, ele e Harry se olharam antes de levantarem suas varinhas simultaneamente.
"Cruc -"
Mas Snape escapou da maldição, arremessando Harry para trás antes que ele pudesse terminar; Harry caiu e levantou-se outra vez quando um enorme Comensal da Morte
atrás dele gritou, "Incêndio!" Harry ouviu uma explosão e uma luz alaranjada se esparramou sobre todos eles: A casa de Hagrid estava em chamas.
"Canino está lá dentro, seu miserável -!" Gritou Hagrid.
"Cruc -" gritou Harry pela segunda vez, apontando para o vulto a sua frente iluminado pelas labaredas, mas Snape bloqueou o feitiço outra vez. Harry podia vê-lo
desdenhando.
"Sem Maldições imperdoáveis para você, Potter!" Ele gritou por cima do barulho das chamas, dos gritos de Hagrid, e do rugido selvagem de Canino preso. "Você não
tem nem coragem ou habilidade -"
"Incarc-" Harry gritou, mas Snape desviou do feitiço apenas tirando o braço devagar.
"Volte para a luta!" Harry gritou para ele. "Volte para a luta, seu covarde -".
"Você me chamou de covarde, Potter?" Snape gritou. "Seu pai nunca me atacou a menos que estivessem em quatro contra um, do que você o chamaria, eu me pergunto?".
"Stupe -"
"Bloqueado mais uma vez, e o será várias outras vezes até que aprenda a manter sua boca calada e sua mente fechada, Potter!" Snape desdenhou, desviando da azaração
mais uma vez. "Agora vamos!" Ele gritou para o enorme Comensal da Morte atrás de Harry. "É hora de ir, antes que o Ministério apareça -".
"Impedi -"
Mas antes que pudesse terminar este feitiço, uma dor insuportável atingiu Harry; ele desabou sobre a grama. Alguém estava gritando, ele certamente morreria nesta
agonia, Snape iria torturá-lo à morte ou à loucura.
"Não!" Soou a voz de Snape e a dor parou de repente como tinham começado; Harry estava curvado sobre a grama escura, apertando sua varinha sem fôlego; em algum lugar
acima de sua cabeça Snape gritava, "Você se esqueceu de nossas ordens? O Potter pertence ao Lord das Trevas - nós devemos deixá-lo! Vamos! Vamos!".
E Harry sentiu o chão estremecer embaixo de seu rosto enquanto os irmãos e o enorme Comensal da Morte obedeciam, correndo para os portões. Harry soltou um grito
de raiva: Naquele momento, ele não se importava se iria viver ou morrer. Levantando-se outra vez, ele cambaleou cegamente em direção a Snape, o homem que agora
odiava tanto quanto odiava Voldemort-.
"Sectum -"
Snape puxou rapidamente sua varinha e o feitiço foi repelido mais uma vez; mas Harry estava muito próximo agora e podia ver a cara de Snape claramente: Ele não estava
mais zombando ou rindo de Harry; as chamas que flamejavam mostraram uma cara completamente tomada de raiva. Reunindo todo seu poder de concentração, Harry pensou,
Levi-.
"Não, Potter!" Gritou Snape. Houve um estrondo muito alto e Harry foi jogado pra trás, caindo na terra dura outra vez; mas desta vez sua varinha escapou de sua
mão. Ele podia ouvir Hagrid gritando e Canino uivando enquanto Snape se aproximava olhado pra ele ainda caído, desarmado e indefeso como Dumbledore tinha estado.
A cara pálida de Snape, iluminada pela cabana que ardia em chamas, emanando ódio como antes de amaldiçoar Dumbledore.
"Você ousa usar meus próprios feitiços contra mim, Potter? Fui eu quem os inventou - Eu, o príncipe mestiço! E você ia usar minhas invenções em mim, como seu pai
imundo, não ia? Eu acho que não... não,".
Harry tinha mergulhado em direção à sua varinha; Snape disparou um feitiço e ela voou de seus pés sumindo na escuridão, fora de sua vista.
"Mate me então" disse Harry sem fôlego, ele não sentia medo algum, mas somente raiva e desprezo. "Me mate como você o matou, seu covarde -".
"NÃO..." gritou Snape, e seu rosto ficou estranho de repente, não era humano, era como se ele estivesse sofrendo tanto quanto o cão preso na casa em chamas atrás
deles - "... ME CHAME DE COVARDE!".
E ele fez um movimento como se cortasse o ar: Harry sentiu um brilho quente, alguma coisa parecida com uma chicotada que bateu em seu rosto jogando ele para trás,
no chão. Luzes piscavam na frente de seus olhos e por um momento ele não conseguiu mais respirar, então ele ouviu um barulho de asas acima dele e algo enorme ocultou
as estrelas. Bicuço tinha voado em direção a Snape, que cambaleou para trás enquanto as garras afiadas o cortavam. Harry se sentou, sua cabeça ainda rodava por
causa da última batida no chão, ele viu Snape correndo o mais rápido que podia, a fera enorme batendo as asas atrás dele guinchando como Harry nunca o tinha ouvido
guinchar-.
Harry se apoiou sobre seus pés, olhando ao redor e se arrastando até sua varinha, esperando começar outra vez a perseguição, mas enquanto seus dedos tateavam a grama,
afastando os galhos, ele soube que estava muito atrasado, e sem dúvida, por causa tempo que tinha perdido tentando encontrar sua varinha, ele se virou e viu somente
o hipogrifo cercando os portões. Snape tinha conseguido desaparatar além dos limites da escola.
"Hagrid" murmurou Harry, ainda atordoado, olhando ao redor. "HAGRID?".
Ele cambaleou em direção à cabana que queimava quando uma figura enorme surgiu das chamas carregando Canino em seus ombros. Com um choro de agradecimento, Harry
afundou-se em seus joelhos; cada membro de seu corpo tremia, seu corpo doía por inteiro, e sua respiração vinha em pontadas dolorosas.
"Está tudo bem com você, Harry? Está tudo bem? Fale comigo, Harry...".
Hagrid, com todo seu tamanho e sua cara peluda mergulhou em cima de Harry, tampando as estrelas. Harry podia sentir o cheiro de madeira queimada e de pêlo de cachorro;
ele estendeu uma mão e se tranqüilizou sentindo o corpo vivo de Canino ao seu lado, morno e trêmulo.
"Eu estou bem" sussurrou Harry. "E você?".
"Claro que estou... levaria muito tempo para conseguirem acabar comigo".
Hagrid passou suas mãos sob os braços de Harry e o levantou com tal força que os pés de Harry saíram do chão por um momento até que Hagrid o colocasse de pé outra
vez. Ele podia ver o sangue que escorria pelo rosto de Hagrid que saía de um corte profundo embaixo de seu olho, e que inchava rapidamente.
"Nós devemos salvar sua casa" disse Harry, "O feitiço Aguamenti...".
"Eu sabia que ia acabar assim" resmungou Hagrid, e ele levantou um fumegante guarda-chuva cor-de-rosa, e com um floreio disse, "Aguamenti!".
Um jato da água jorrou da ponta do guarda-chuva. Harry levantou seu braço da varinha, que veio até sua mão, e murmurou "Aguamenti" também: Juntos, ele e Hagrid
derramaram água na casa até que a última chama se apagasse.
"Não está tão mal" disse Hagrid esperançosamente poucos minutos depois, olhando os destroços fumegantes. "Nada que Dumbledore não seja capaz de arrumar...".
Harry sentiu uma dor queimar em seu estômago ao som desse nome. Em silêncio e cheio de sentimentos confusos, o horror surgiu dentro dele.
"Hagrid...".
"Eu estava ocupado com um par de pernas do Bichento quando eu os ouvi vindo" disse Hagrid tristemente, ainda olhando fixamente sua cabana destruída. "Vão todas
as coisas pro lixo, pobrezinhas...".
"Hagrid...".
"Mas o que aconteceu, Harry? Eu só vi aqueles Comensais da Morte correndo do castelo, mas que inferno Snape estava fazendo com eles? Onde terá ido - estava perseguindo
eles?".
"Ele..." Harry clareou sua garganta; estava seca por causa do pânico e da fumaça. "Hagrid, ele matou...".
"Matou?" Falou Hagrid muito alto, olhando fixamente para Harry. "Snape matou? Do que você está falando, Harry?".
"Dumbledore" disse Harry. "Snape matou... Dumbledore".
Hagrid simplesmente olhou para ele, o pouco de sua cara que estava completamente limpa e que se podia ver parecia não compreender.
"Dumbledore o quê, Harry?".
"Está morto. Snape o matou...".
"Não diga isso" disse Hagrid áspero. "Snape matou Dumbledore - não seja estúpido, Harry. O que fez você dizer isso?".
"Eu vi acontecer".
"Você não pode ter visto".
"Eu vi, Hagrid".
Hagrid balançou a cabeça; sua expressão era de descrença, e solidariedade, e Harry soube que Hagrid pensava que ele tinha levado uma pancada na cabeça, que ele estava
confuso, talvez pelos efeitos de um feitiço...
"O que deve ter acontecido é que Dumbledore deve ter dito para Snape ir com os Comensais da Morte" disse Hagrid com segurança. "Eu suponho que ele foi para manter
seu disfarce. Olha, vamos levar você de volta para a escola. Vamos, Harry...".
Harry não tentou discutir ou explicar. Ainda estava tremendo incontrolavelmente. Hagrid logo iria descobrir, muito logo... Enquanto seguiam de volta para o castelo,
Harry viu que muitas janelas estavam iluminadas agora. Podia imaginar, claramente, as cenas no interior do castelo, as pessoas que deviam estar indo de quarto em
quarto, dizendo umas às outras que os Comensais da Morte tinham estado lá, e que a Marca Negra estava brilhando sobre Hogwarts, que alguém devia ter sido morto...
As portas de carvalho permaneciam abertas logo à frente deles, a luz se espalhava pra fora, pelo caminho e pelo gramado. Lentamente, incertas, as pessoas estavam
descendo as escadas, olhando ao redor nervosas e atentas a algum sinal dos Comensais da Morte que tinham fugido noite adentro. Os olhos de Harry, entretanto, estavam
fixos na torre mais alta. Ele imaginou que havia visto uma onda negra se espalhando pela grama, embora estivesse realmente muito afastado para ver qualquer coisa
do tipo. Mas enquanto olhava fixamente sem palavras para o lugar onde achava que devia estar o corpo de Dumbledore, ele viu as pessoas começarem a vir em sua direção.
"O que vocês estão olhando?" Disse Hagrid, quando ele e Harry se aproximaram da entrada do castelo. Canino se mantinha o mais perto que poderia de seus tornozelos.
"O que está se espalhando pela grama?" Hagrid disse de forma aguda, olhando agora para a alta torre de Astronomia, onde se achava um pequeno grupo de pessoas. "Está
vendo, Harry? Bem no pé da torre? Embaixo de onde a marca... Ai meu Deus... você não acha que alguém foi morto lá?".
Hagrid ficou em silêncio, com um pensamento aparentemente muito horrível para dizê-lo alto. Harry andou em volta dele, observando os machucados e a dor em sua face,
e também em suas pernas onde os vários feitiços o tinham acertado nessa última meia hora, mas por mais incrível que pudesse parecer ele estava sem expressão alguma,
como se ninguém perto dele tivesse sido afetado. A verdade da qual não se podia escapar era o sentimento terrível que pressionava seu peito...
Ele e Hagrid andaram, sem pensar, através da multidão que murmurava para os que estavam na frente, onde os estudantes e os professores mudos haviam aberto uma passagem.
Harry ouviu o gemido de dor e de choque de Hagrid, mas não parou; andou lentamente em frente até o lugar onde Dumbledore estava deitado e agachou-se ao lado dele.
Ele soube que não havia nenhuma esperança no momento em que o Feitiço do Corpo Preso que Dumbledore lançou o atingiu, sabia que aquilo havia acontecido porque ele
estava morto, mas ele ainda não estava preparado para vê-lo ali, jogado no chão, quebrado: o maior de todos os bruxos que Harry já havia visto, ou havia, conhecido.
Os olhos de Dumbledore estavam fechados; mas pelo ângulo que estavam seus braços e pernas, poderia estar dormido. Harry chegou perto, endireitou os óculos de meia-lua
em cima do nariz curvado, e limpou o sangue da boca com sua própria manga. Então olhou para aquele sábio rosto velho e tentou absorver aquela verdade enorme e incompreensível:
Dumbledore nunca mais iria falar com ele, nunca mais poderia ajudá-lo -.
A multidão murmurava atrás de Harry. Após o que lhe pareceu como um longo tempo, ele percebeu que estava ajoelhado em cima de algo duro e olhou para baixo.
O colar que haviam tentado roubar algumas horas antes tinha caído do bolso de Dumbledore. Ele estava aberto, talvez devido à força com que havia batido no chão.
E embora não pudesse sentir mais choque, horror ou tristeza do que já sentia, Harry soube, enquanto o recolhia, que havia algo errado.
Virou o colar em suas mãos. Não era tão grande como o colar que recordava ter visto na Penseira, nem havia nada marcando sua superfície, nenhum sinal do S gravado
que supunha ser marca de Salazar Slytherin. Além disso, não havia nada dentro a não ser um pedacinho de pergaminho dobrado em triângulo preso no lugar onde devia
haver um retrato.
Automaticamente, sem realmente pensar no que fazia, Harry retirou o pedaço de pergaminho, abriu, e leu graças à luz de muitas varinhas que tinham sido acendidas
agora atrás dele:
Ao Lord das Trevas
Eu sei que eu já terei sido morto quando você ler isto, mas eu quero que você saiba que fui eu quem descobriu seu segredo. Eu roubei o Horcrux real e pretendo destruí-lo
assim que puder.
Eu enfrento a morte na esperança de que quando você se encontrar com seu igual você será mortal outra vez.
R.A.B.
Harry não sabia nem se importava com o significado da mensagem. Somente uma coisa importava: Aquilo não era um Horcrux. Dumbledore tinha se enfraquecido bebendo
aquela poção terrível para nada. Harry amassou o pergaminho em sua mão, e seus olhos queimaram em lágrimas enquanto atrás dele Canino começava a uivar.
CAPÍTULO 29
O LAMENTO DA FÊNIX
"Venha Aqui, Harry".
"Não"
"Olhe, não pode ficar aqui, Harry... Venha agora... lá dentro".
"Não".
Ele não queria deixar Dumbledore, ele não queria ir a lugar algum. A mão de Hagrid em seu ombro estava tremendo. Então uma outra voz disse, "Harry, venha".
Uma mão muito menor e mais quente pegou-o e puxou-o para cima. Ele obedeceu à pressão daquilo sem pensar no que era. Somente quando foi puxado cegamente para trás
através da multidão ele percebeu, por um cheiro de perfume de flores, que era Gina quem o conduzia para fora do castelo. As vozes incompreensíveis golpeavam-no,
choros, gritos e lamentos cortavam a noite, mas Harry e Gina caminhavam, passo a passo até o Salão Principal. Rostos passavam na visão de Harry, pessoas espreitando-o,
sussurrando, admirando, os rubis da Grifinória brilhando no assoalho como gotas de sangue enquanto eles seguiam seu caminho em direção à escadaria de mármore.
"Nós estamos indo à ala hospitalar", disse Gina.
"Eu não estou machucado" disse Harry.
"São ordens de McGonagall", disse Gina. "Todos estão lá. Ron, Hermione, Lupin e todos-".
O medo assomou o peito de Harry novamente: Ele havia se esquecido das figuras inertes que havia deixado para trás.
"Gina, quem mais está morto?".
"Não se preocupe, não é nenhum de nós".
"Mas e Marca Negra - Malfoy disse que pisou sobre um corpo".
"Ele pisou em Gui, mas está tudo bem, ele está vivo".
Mas havia algo em sua voz que Harry sabia que era de mau agouro.
"Você tem certeza?".
"Claro que tenho certeza... Ele só está um pouco mau, e é só. Madame Pomfrey diz que ele não - não quer mais parecer o mesmo".
A voz de Gina estremeceu um pouco.
"Nós não sabemos quais serão os efeitos colaterais - Quero dizer, Greyback é um lobisomem, mas não estava transformado naquele momento".
"Mas e os outros... Havia outros corpos na terra...".
"Neville e Prof Flitwick estão feridos, mas Madame Pomfrey disse que eles ficarão bem". E um Comensal da Morte morreu, ele recebeu um feitiço mortal de um gigante
loiro que o estava soltando para todo lado - Harry, se nós não tivéssemos tomado a sua poção Felix, acho que agora nós estaríamos mortos, mas tudo nesse momento
nos parece perdido-.
Eles haviam alcançado a ala hospitalar. Harry viu Neville deitado, aparentemente adormecido, em uma cama perto da porta. Ron, Hermione, Luna, Tonks e Lupin estavam
juntos em volta de outro leito no final da ala. Com o som das portas abrindo, todos olharam. Hermione correu para Harry e o abraçou; Lupin foi ao seu encontro, olhando
ansioso.
"Você está bem Harry?".
"Estou bem... como está Gui?".
"Ninguém respondeu". Harry olhou sobre o ombro de Hermione e viu um rosto irreconhecível deitado no travesseiro de Gui, tão gravemente retalhado e rasgado que ele
olhou torto. Madame Pomfrey tocou sua pele com algum tipo de pomada verde áspera. Harry se lembrou de como Snape tinha curado as feridas de Sectumsempra de Malfoy
facilmente com sua varinha.
"Você não pode curá-las com feitiços ou algo assim?", perguntou à enfermeira.
"Nenhuma magia vai resolver isto" disse Madame Pomfrey. "Eu tentei de tudo que conheço, mas não há nenhuma cura para mordidas de lobisomem".
"Mas não foi mordido na lua cheia" disse Rony, que estava olhando para o rosto do seu irmão como se ele pudesse de algum jeito curá-lo apenas olhando-o fixamente.
"Greyback não tinha se transformado, então certamente Gui não vai ser um, um...?".
Ele olhou inseguro para Lupin.
"Não, eu não acho que Gui tenha virado um lobisomem", disse Lupin. "Mas isso não quer dizer que não houve contaminação. Essas feridas são amaldiçoadas. É improvável
que elas sejam completamente curadas e... Gui pode ter algumas características de lobo de agora em diante".
"Acho que talvez Dumbledore saiba de alguma coisa que possa resolver" disse Rony. "Onde está ele? Gui lutou com aqueles maníacos sob Ordem de Dumbledore, Dumbledore
deve a ele, ele não pode deixá-lo neste estado!".
"Ron... Dumbledore está morto" disse Gina.
"Não!" Lupin olhou assustado de Gina para Harry, como se Harry pudesse contradizê-la, mas, quando Harry fez sinal negativo, Lupin desmontou em uma cadeira ao lado
da cama de Gui, com as mãos sobre o rosto. Harry nunca tinha visto Lupin perder o controle daquele jeito; ele sentiu como se estivesse invadindo alguma coisa pessoal.
Ele se afastou e olhou pra Rony, trocando, em silêncio, um olhar que confirmava o que Gina havia dito.
"Como ele morreu?", sussurrou Tonks. "Como isso aconteceu?".
"Snape o matou", disse Harry. "Eu estava lá, eu o vi. Nós chegamos atrás da Torre de Astronomia porque era lá o lugar onde estava a Marca..." "Dumbledore estava
ruim, estava fraco, mas eu acho que ele entendeu que aquilo era uma armadilha quando ouviu passos correndo pela escada. Ele me imobilizou, eu não podia fazer nada,
estava debaixo da Capa da Invisibilidade. Então Malfoy apareceu na porta e o desarmou".
Hermione levou as mãos à boca e Rony gemeu. A boca de Luna estremeceu.
"Mais Comensais da Morte chegaram - e então Snape - Snape o matou. Com o Avada Kedavra". Harry não podia continuar.
Madame Pomfrey desatou a chorar. Ninguém deu atenção a ela, a não ser Gina, que sussurrou "Shh! Escutem!".
Engolindo o choro, Madame Pomfrey levou os dedos à boca, seus olhos arregalados. Em algum lugar na escuridão lá fora, uma Fênix estava cantando de um jeito que Harry
nunca havia ouvido antes: um penetrante lamento de uma terrível beleza. E Harry sentiu, como se já tivesse sentido o som da Fênix antes, que aquela musica estava
dentro dele, não fora: Ela estava, em sua tristeza, transformada magicamente em um som que ecoava através das terras e das janelas do castelo.
Quanto tempo eles todos permaneceriam ali, ouvindo, ele não sabe, nem porquê aquilo pareceu tranqüilizar sua dor, ouvir o som de seu luto, ele sentiu como se muito
tempo tivesse passado quando a Prof. McGonagall entrou na ala hospitalar. Como todo o resto, ela sofreu seqüelas da recente batalha: havia feridas em seu rosto e
sua túnica estava rasgada.
"Molly e Arthur estão a caminho" ela disse, e o feitiço da música foi quebrado. Todos despertaram como se saíssem de um transe, voltando a olhar pra Gui, sem balançarem
a cabeça. "Harry, o que aconteceu? De acordo com Hagrid, você estava com Prof Dumbledore quando ele... quando aconteceu. Ele disse que Prof. Snape estava envolvido
em algo".
"Snape matou Dumbledore!", disse Harry.
Ela fixou os olhos nele por um momento, de maneira preocupante; Madame Pomfrey, que pareceu ter desmoronado com ela, correu adiante, conjurando uma cadeira do nada
que ofereceu a McGonagall.
"Snape" repetiu McGonagall fracamente, caindo sobre a cadeira. "Nós todos sabíamos... mas ele confiou... sempre... Snape... Eu não posso acreditar...".
"Snape era perfeito demais em Oclumência", disse Lupin, sua voz incomparavelmente áspera. "Eu sempre soube disso".
"Mas Dumbledore jurava que ele estava do nosso lado!", murmurou Tonks. "Eu sempre achei que Dumbledore soubesse qualquer coisa sobre Snape que nós não sabíamos...".
"Ele sempre sugeriu que tinha uma séria razão para confiar em Snape" murmurou Prof McGonagall, agora secando seus olhos molhados com um lenço. "Eu quero dizer...
com a história de Snape... claro que era de se espantar... mas Dumbledore me disse claramente que o arrependimento de Snape era verdadeiro... Não ouviria uma palavra
contra ele".
"Eu adoraria saber o que Snape disse para convencê-lo", disse Tonks.
"Eu sei", disse Harry, e todos tornaram a olhar para ele. "Snape passou a Voldemort a informação que o permitiu perseguir os meus pais. Então Snape disse a Dumbledore
que não sabia o que estava fazendo, que ele estava realmente arrependido do que tinha feito, arrependido de tê-los matado".
Todos o encararam.
"E Dumbledore acreditou nisso?", disse Lupin, incrédulo. "Dumbledore acreditou que Snape sentia muito por Tiago estar morto? Snape odiava Tiago...".
"E ele não achava que minha mãe valia uma maldição tampouco" disse Harry, "Porque ela havia nascido trouxa... Sangue-ruim... era como ele a chamava".
Ninguém perguntou como Harry soube disso. Todos eles pareciam estar perdidos em um choque terrível, tentando engolir a monstruosa verdade do que tinha acontecido.
"Isso é tudo minha culpa", disse a Prof McGonagall de repente. Ela olhava desorientada, torcendo seu lenço molhado em suas mãos. "Minha culpa. Eu mandei Filius trazer
Snape essa noite. Na verdade, pedi para ele vir e ajudar-nos! Se eu não tivesse alertado Snape quanto ao que estava acontecendo, ele nunca poderia ter unido forças
com os Comensais da Morte. Eu não acho que ele sabia que eles estavam lá antes de Filius ter dito a ele, acho que ele não sabia que eles estavam chegando".
"Não é sua culpa Minerva", disse Lupin firmemente. "Nós todos precisávamos de ajuda, estávamos satisfeitos por Snape estar a caminho".
"Então, quando ele chegou para a batalha, passou para o lado dos Comensais da Morte?", perguntou Harry, que queria saber mais sobre a duplicidade e traição de Snape,
coletando com ardor mais razões para odiá-lo, para jurar vingança.
"Eu não sei realmente como isso aconteceu" disse Prof McGonagall distraidamente. "Isso tudo é tão confuso... Dumbledore havia nos dito que ia deixar a escola por
poucas horas e que ficássemos patrulhando os corredores só pra garantir... Remus, Gui e Ninfadora iriam se juntar a nós... e então nós patrulhamos. Tudo parecia
calmo. Toda passagem secreta para fora da escola estava coberta. Nós sabíamos que ninguém poderia entrar voando. Há poderosos encantamentos em cada entrada do castelo.
Eu não sei como os comensais da Morte podem ter entrado".
"Eu sei" disse Harry, e explicou, resumidamente, sobre o par de Armários Invisíveis e o caminho mágico que eles haviam feito. "Então eles entraram através da Sala
Precisa".
Quase contra sua vontade, ele olhou para Rony e Hermione, ambos olhavam abatidos.
"Eu estraguei tudo, Harry" disse Rony tristemente. "Nós fizemos como você nos disse: checamos o Mapa do Maroto e não conseguimos ver Malfoy nele, então achamos que
ele poderia estar na Sala Precisa. Então eu, Gina e Neville fomos checá-la... mas Malfoy tinha fugido".
"Ele saiu da sala uma hora depois de começarmos a procurá-lo" disse Gina. "Ele estava sozinho, apertando com força aquele horrível braço enrugado".
"Sua Mão da Glória" disse Rony "Fornece luz apenas para quem a segura, lembra?".
"De qualquer maneira", Gina continuou "Ele poderia estar vendo se a barra estava limpa para deixar os Comensais da Morte saírem, porque, no momento em que ele nos
viu, jogou alguma coisa no ar e tudo ficou negro como piche".
"Poder Peruano de Escuridão Instantânea" disse Ron amargamente.
"Nós tentamos de tudo, Lumus, Incêndio", disse Gina. "Nada penetrava na escuridão". "Tudo que nós pudemos fazer foi tatear a saída para o corredor de novo e, ao
mesmo tempo, nós ouvimos pessoas correndo atrás de nós. Obviamente Malfoy pode ver com aquela coisa na mão e os estava guiando, mas nós não ousamos lançar feitiços
ou qualquer coisa no caso de nós colidirmos e, na hora em que chegamos a um corredor iluminado, eles já tinham ido".
"Felizmente" disse Lupin, rouco. "Rony, Gina e Neville se encontraram conosco quase que imediatamente e nos disseram o que tinha acontecido. Nós encontramos os Comensais
da Morte minutos depois, indo em direção à Torre de Astronomia. Malfoy obviamente não esperava encontrar mais pessoas vigiando; ele pareceu ter esgotado seu suprimento
de Poder da Escuridão, de qualquer jeito. Uma luta ocorreu, eles se dispersaram e nós começamos a persegui-los. Um deles, Gibbon, fugiu e correu para as escadarias
da torre...".
"Para conjurar a Marca?", perguntou Harry.
"Ele podia ter feito isso, sim, eles podiam ter planejado aquilo antes de deixar a Sala Precisa" disse Lupin. "Mas eu não acho que Gibbon gostou da idéia de ficar
esperando por Dumbledore lá sozinho, porque ele voltou correndo e desistiu das escadas para retornar a batalha, lançando uma maldição fatal da qual eu apenas desviei".
"Então se Rony estava vigiando a Sala Precisa com Gina e Neville" disse Harry, olhando pra Hermione, "Onde você estava?".
"Do lado de fora do escritório de Snape, sim", murmurou Hermione, seus olhos brilhavam com as lágrimas, "com Luna. Nós esperamos por algum tempo e nada aconteceu...
Nós não sabíamos o que estava acontecendo lá em cima, Rony tinha levado o mapa... Era quase meia-noite quando o Prof. Flitwick apareceu correndo atrás de nós dentro
das masmorras. Ele estava gritando sobre Comensais da Morte no castelo. Eu acho que ele não percebeu que eu e Luna estávamos lá, apenas explodiu seu caminho até
o escritório de Snape e nós o ouvimos dizendo que Snape tinha que voltar com ele e ajudá-lo, e então nós ouvimos uma forte pancada e Snape veio empurrando tudo de
dentro de sua sala e ele nos disse e - e..." - "O que?" Disse Harry encorajando-a.
"Eu fui tão estúpida, Harry!", disse Hermione em um berrante sussurro. "Ele disse que o Prof Flitwick havia sofrido um colapso e que nós deveríamos ir e cuidar dele
enquanto ele - enquanto ele ia ajudar na batalha contra os Comensais da Morte" - Ela cobriu o rosto por vergonha e continuou a falar entre seus dedos, sua voz estava
abafada. "Nós fomos à sala dele ver se podíamos ajudar o Prof Flitwick e fazê-lo recuperar a consciência... e, oh, isso é tão óbvio agora, Snape podia ter estuporado
Flitwick, mas nós não podíamos saber, Harry, nós não sabíamos, nós apenas deixamos Snape ir".
"Não é culpa sua Hermione", disse Lupin firmemente. "Hermione, se você não tivesse obedecido Snape, tentando tirá-lo do caminho, ele provavelmente teria matado você
e Luna".
"Depois, então, ele subiu", disse Harry, que estava vendo Snape correndo para a escadaria de mármore em seu pensamento, sua capa preta balançando atrás dele como
sempre, puxando sua varinha de dentro de sua capa enquanto ele subia, "e ele encontrou o lugar onde vocês todos estavam lutando...".
"Nós estávamos com problemas, estávamos perdendo", disse Tonks em voz baixa. "Gibbon havia sido derrotado, mas o resto dos Comensais da Morte parecia disposto a
lutar até o fim. Neville estava machucado; Gui havia sido ferido por Greyback... estava escuro... havia feitiços voando para todos os lados... Malfoy havia desaparecido,
ele devia ter parado antes, nos degraus de cima... Então mais deles o seguiram, mas um deles bloqueou a escada atrás deles com algum tipo de feitiço... Neville correu
até lá e colidiu no ar".
"Nenhum de nós podia continuar prosseguindo" disse Rony, "e aquele Comensal da Morte forte estava atirando maldições para todo lugar, ele atingia as paredes e dificilmente
nos evitava".
"E então Snape estava lá" disse Tonks. "E então não estava -".
"Eu o vi correndo em direção a nós, mas aquele Comensal da Morte gigante jogou um feitiço que me atirou pra trás e eu bati a cabeça, desmaiei e perdi a noção das
coisas", disse Gina.
"Eu o vi passar diretamente pela barreira de feitiço, como se ela não estivesse lá" disse Lupin. "Eu tentei segui-lo, mas fui jogado para trás, como Neville...".
"Ele podia conhecer um feitiço que nós não sabíamos", murmurou McGonagall. "Apesar de tudo - Ele era o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas... Eu apenas
supus que ele estava com pressa pra capturar os Comensais da Morte que haviam fugido para a torre...".
"Ele estava", disse Harry com selvageria. "Mas para ajudá-los, não para impedi-los... e eu aposto que ele tinha a Marca Negra para ultrapassar aquela barreira -
então, o que aconteceu quando ele voltou?".
"Bem, o grande Comensal da Morte soltou um feitiço que fez desabar metade do teto e, além disso, quebrou o feitiço que bloqueava a passagem", disse Lupin. "Nós todos
prosseguimos - aqueles que ainda estavam de pé, - e então Snape e o garoto surgiram de dentro da poeira - obviamente nenhum de nós os atacou".
"Nós os deixamos passar", disse Tonks com uma voz vazia. "Nós achamos que eles estavam caçando Comensais da Morte - depois um outro Comensal e Greyback vieram atrás
e nós lutamos de novo - Eu pensei ter ouvido Snape gritar alguma coisa, mas eu não sei o que" -.
"Ele gritou: Acabou". Disse Harry. "Ele tinha feito o que pretendia".
Todos eles se calaram. O lamento de Fawkes ainda ecoava sobre a escuridão dos terrenos lá fora. Enquanto a música soava no ar, instantaneamente, pensamentos indesejáveis
surgiram na mente de Harry... Eles já haviam tirado o corpo de Dumbledore do pé da torre? O que aconteceria depois? Onde ele jazeria? Ele apertou seu punho no bolso.
Ele podia sentir o pequeno pedaço de Horcrux frio sobre as pontas de seus dedos da mão direita.
As portas da ala hospitalar se abriram, fazendo todos se sobressaltarem: o Sr. e a Sra. Weasley estavam caminhando para a ala, Fleur estava atrás deles, seu lindo
rosto aterrorizado.
"Molly - Arthur...", disse a Prof. McGonagall levantando-se e apressando-se para cumprimentá-los. "Eu sinto muito".
"Gui" sussurrou Sra. Weasley, deixando a Prof. McGonagall pra trás enquanto mirava o rosto mutilado de Gui. "Oh, Gui".
Lupin e Tonks haviam levantado apressadamente e se afastado para que Sr. e Sra. Weasley pudessem se aproximar da cama. A Sra. Weasley curvou-se sobre seu filho e
levou seus lábios até sua testa sangrenta.
"Você disse que Greyback atacou-o" perguntou o Sr. Weasley à Prof. McGonagall distraidamente. "Mas ele não havia se transformado? O que isso significa? O que vai
acontecer com Gui?".
"Nós ainda não sabemos" disse a Prof. McGonagall, olhando desamparadamente para Lupin.
"Provavelmente haverá alguma contaminação, Arthur" disse Lupin. "É um caso estranho, provavelmente o único... Nós não sabemos qual será o comportamento dele quando
acordar...".
A Sra. Weasley pegou a pegajosa pomada de Madame Pomfrey e começou a passar nas feridas de Gui.
"E Dumbledore?" Disse o Sr. Weasley. "Minerva, isso é verdade...? Ele realmente está...?".
Enquanto Prof. Minerva acenava afirmativamente, Harry sentiu Gina se mover perto dele e olhou para ela. Seus olhos, levemente estreitados, estavam fixos em Fleur,
que observava Gui com uma expressão fria no rosto.
"Dumbledore se foi", sussurrou o Sr. Weasley, mas a Sra. Weasley só tinha atenções para seu filho mais velho; ela começou a chorar, suas lágrimas caíam no rosto
mutilado de Gui.
"Claro que não importa como está sua aparência... Isso não é r-realmente importante... mas ele era um g-garotinho muito bonito... sempre muito bonito... e ele ia
se casar!".
"Então, o que você quer dizer com isto?", disse Fleur, de repente, e em voz alta. "O que você quis dizer com ele ia se casar?".
A Sra. Weasley levantou seu rosto coberto de lágrimas, olhando imediatamente. "Bem - só que -"
"Você acha que Gui não gostaria de se cazzar comigo de qualquer maneira?", protestou Fleur. "Você acha que, por causa dessas mordidas, ele não vai me amar?".
"Não, não era isso o que eu -".
"Porque ele vai!", disse Fleur, controlando-se e jogando para trás sua cascata de cabelos prateados. "É preciso mais do que um Lobisomem para que Gui deixe de me
amar".
"Bem, sim, tenho certeza", disse Sra Weasley. "Mas eu acho que talvez - dado que ele - ele -".
"Você achou que eu não ia querer me cazzar com ele? Ou talvez você esperasse isso?", disse Fleur, suas narinas se dilatando. "O que importa a aparência dele? Eu
sou bonita o bastante para nós dois, eu acho! Todas essas feridas mostram que meu noivo é corajoso! Eu farei isto!", ela acrescentou com firmeza, empurrado Sra.
Weasley pro lado e tirando a pomada das mãos dela.
A Sra. Weasley esbarrou em seu marido e viu Fleur limpando as feridas de Gui com uma expressão muito curiosa em seu rosto. Ninguém disse nada; Harry não ousou se
mexer. Como os outros, ele estava esperando pela explosão. "Nossa grande titia Muriel", disse a Sra. Weasley, depois de uma longa pausa. "Tinha uma bela
grinalda - feita por um duende - que estou certa que eu posso convencê-la a emprestar para o casamento. Ela gosta muito de Gui, você sabe, e ficaria linda em seu
cabelo".
"Obrigada", disse Fleur com dignidade. "Eu estou certa de que ficará linda".
Então, Harry não soube como aconteceu, ambas estavam chorando e se abraçando. Completamente confuso, fascinado como o mundo havia enlouquecido, ele se virou: Ron
olhou impressionado, e Hermione e Gina trocavam olhares horrorizados.
"Veja!", disse uma voz tensa. Tonks olhou deslumbrada para Lupin. "Ela ainda quer casar com ele, mesmo ele estando com essas mordidas! Ela não se importa!".
"É diferente", disse Lupin, mexendo pouco seus lábios e olhando repentinamente tenso. "Gui não vai ser um lobisomem por completo. Os dois casos são completamente
-".
"Mas eu não me importo com nenhum dos dois, não me importo!", disse Tonks, agarrando a capa de Lupin e a chacoalhando. "Eu te disse um milhão de vezes...".
E o significado do Patrono de Tonks e seu cabelo colorido, a razão dela ter corrido para encontrar Dumbledore quando ouviu rumores de que alguém havia sido atacado
por Greyback, tudo pareceu repentinamente claro para Harry: Tonks não havia se apaixonado por Sirius afinal de contas.
"E eu te disse milhões de vezes", disse Lupin, procurando evitar os olhos dela, olhando fixamente para o chão, "que eu sou muito velho pra você, muito pobre... muito
perigoso...".
"Eu te disse desde o começo que você está colocando obstáculos ridículos nisso, Remo", disse a Sra. Weasley sobre o ombro de Fleur, enquanto dava tapinhas nas costas
dela.
"Eu não estou sendo ridículo", disse Lupin firmemente. "Tonks merece alguém jovem e inteiro".
"Mas ela quer você", disse o Sr. Weasley com um pequeno sorriso. "E apesar de tudo, Remo, homens jovens e inteiros não permanecem, necessariamente, assim".
Ele gesticulou tristemente para seu filho, encostando-se ao lado dele.
"Esse não... é o momento para discutir isso", disse Lupin, evitando o olhar de todos enquanto ele olhava em volta distraidamente. "Dumbledore está morto...".
"Dumbledore ficaria feliz que alguém soubesse que há algum amor no mundo", disse Prof. McGonagall, de forma direta, enquanto as portas do hospital abriam novamente
e Hagrid entrava.
Apenas uma pequena parte de seu rosto não estava encoberta por seu cabelo ou por sua barba, que estava grande e molhada; Ele estava tremendo e chorando, um grande,
e manchado, pano em suas mãos.
"Eu tive... eu tive que fazer isso, Professora" ele engasgou. "Retirá-lo. A Prof. Sprout está levando as crianças de volta pra cama. O Prof. Flitwick está repousando,
mas ele disse que vai ficar bem em pouco tempo, e Prof. Slughorn disse que os representantes do Ministério foram informados".
"Obrigada, Hagrid", disse a Prof. McGonagall, levantando-se de uma vez e voltando a olhar pro grupo em volta da cama de Gui. "Eu terei que ver os representantes
do Ministério, quando eles chegarem aqui. Hagrid, por favor, diga aos diretores das casas - Slughorn pode representar a Sonserina - que eu quero vê-los em minha
sala imediatamente. Eu gostaria que você se juntasse a nós também".
Enquanto Hagrid acenava afirmativamente, virou-se, e foi embora, ela olhou pra Harry atrás dela. "Antes de encontrá-los, gostaria de falar rapidamente com você,
Harry. Se você vier comigo...".
Harry levantou-se, murmurou "Vejo vocês daqui a pouco" para Ron, Hermione e Gina, e seguiu a Prof. McGonagall pra fora da ala. Os corredores de fora estavam abandonados
e o único som que se ouvia era o canto da Fênix. Muito tempo depois, Harry percebeu que eles não estavam indo pra sala da Prof. McGonagall, mas para a sala de Dumbledore
e, depois de um tempo, Harry percebeu que, naturalmente, se ela era vice-diretora... Aparentemente ela era agora a diretora... Então a sala atrás da gárgula agora
era dela.
Em silêncio eles subiram à escada em espiral e entraram na sala circular. Ele não sabia o que o esperava: aquela sala havia sido mudada, quem sabe, ou até o corpo
de Dumbledore podia estar descansando lá. De fato, parecia quase exatamente quando ele e Dumbledore tinham deixado há poucas horas antes: os instrumentos de prata
zumbiam e sopravam nas mesas de pernas finas, a espada da Grifinória na caixa de vidro brilhava ao luar, o Chapéu Seletor em uma prateleira debaixo da escrivaninha,
o poleiro de Fawkes estava vazio, ela ainda ressoava seu lamento pelas terras da escola. Um novo retrato havia se juntado à fileira das diretoras e diretores mortos
de Hogwarts: Dumbledore estava descansando sobre uma moldura dourada em cima da mesa, os óculos de meia-lua pendurados sobre seu nariz deformado, parecendo tranqüilo
e despreocupado.
Depois de olhar uma vez o retrato, a Prof. McGonagall fez um estranho movimento, então se virou contra a mesa pra olhar pra Harry, seu rosto tenso e levemente enrugado.
"Harry", ela disse, "Eu gostaria de saber o que você e professor Dumbledore estavam fazendo esta noite quando você deixou a escola".
"Eu não posso te dizer, Professora", disse Harry. Ele já esperava a pergunta e tinha sua resposta pronta. Tinha sido aqui, nesta sala, que Dumbledore havia dito
a ele que não deveria confiar o conteúdo de suas lições para ninguém, a não ser Rony e Hermione.
"Harry, isso talvez seja importante", disse a Prof. McGonagall.
"Isso é", disse Harry "Muito, mas ele não quer que eu diga pra ninguém".
Prof. McGonagall olhou furiosamente para ele. "Potter". Harry registrou o novo uso de seu sobrenome. "Devido à necessidade do esclarecimento da morte de Professor
Dumbledore, acho que você pode ver que a situação mudou um pouco -".
"Eu não acho", disse Harry, dando de ombros. "O Professor Dumbledore não me disse para parar de seguir suas ordens caso ele morresse -Mas...".
"Há uma coisa que, de qualquer forma, você deveria saber antes do Ministério chegar: Madame Rosmerta está sob a Maldição Imperius. Ela estava ajudando Malfoy e os
Comensais da Morte. Isso está relacionado com o colar e o hidromel envenenado".
"Rosmerta?", disse a Prof. McGonagall, incrédula. Mas, antes que ela pudesse continuar, houve uma batida na porta atrás deles e a Prof. Sprout, Flitwick, e Slughorn
entraram na sala, seguidos por Hagrid, que ainda estava chorando muito, seu corpo enorme tremendo com sofrimento.
"Snape!", bradou Slughorn, que pareceu muito chocado, pálido e suado. "Snape! Eu o ensinei! Pensei que o conhecia!".
Mas, antes que alguém pudesse responder - uma voz rígida falou do alto da parede: Um bruxo de rosto pálido, com uma pequena franja negra, tinha aparecido na tela
de seu quadro. "Minerva, o ministro vai chegar aqui em alguns segundos, ele vai desaparatar do Ministério".
"Obrigado, Everaldo" disse a Prof. McGonagall, e se voltou rapidamente para os professores.
"Eu quero contar o que aconteceu em Hogwarts antes que ele chegue", disse ela rapidamente. "Pessoalmente, não estou certa de que a escola deveria reabrir no ano
que vem. A morte do diretor pelas mãos de um dos nossos colegas é uma mancha terrível na historia de Hogwarts. Isso é terrível".
"Eu estou certa de que Dumbledore gostaria que a escola fosse aberta", disse a Prof. Sprout. "Eu acho que se um único aluno queira voltar então a escola devia permanecer
aberta por aquele aluno".
"Será que vamos ter algum aluno depois disso?", disse Slughorn, agora limpando suas sobrancelhas suadas com um lenço de seda. "Os pais vão querer proteger seus filhos
em casa e eu não os culpo. Pessoalmente, não acho que nós estejamos em maior perigo em Hogwarts do que em qualquer outro lugar. Mas você não pode esperar que as
mães pensem a mesma coisa. Elas vão querer manter suas famílias juntas, isso é natural".
"Eu concordo!", disse Prof McGonagall. "E, em todo caso, não é correto dizer que Dumbledore nunca encarou uma situação em que Hogwarts poderia fechar. Quando a Câmara
Secreta reabriu, ele considerou o fechamento da escola - e eu posso dizer que o assassinato de Prof. Dumbledore é mais perturbador pra mim do que um monstro de Sonserina
vivendo nas entranhas do castelo sem ser detectado".
"Nós podemos consultar os responsáveis do Ministério...", disse Prof Flitwick, em sua voz estridente; Ele tinha uma grande escoriação na testa, mas parecia, por
outro lado, ileso pelo seu colapso na sala de Snape. "Nós podemos seguir o protocolo estabelecido. A decisão não deve ser tomada precipitadamente".
"Hagrid, você não disse nada", disse a Prof McGonagall. "Qual a sua opinião: Hogwarts deve permanecer aberta?".
Hagrid, que estava chorando em silêncio em seu isolamento, limpara seu rosto durante toda a conversa, e agora seus olhos vermelhos estavam inchados e saltados, "Eu
não sei, Professora... acho que isso tem que ser decidido pelos Chefes das casas e a diretoria...".
"Prof Dumbledore sempre considerou suas opiniões", disse a Prof McGonagall com gentileza. "Então eu também considero".
"Bem, eu permaneceria" disse Hagrid, grossas lágrimas ainda escorrendo pelos cantos de seus olhos e pingando em suas barbas embaraçadas. "Essa é minha casa... é
minha casa desde que eu tinha treze anos. E se há crianças que querem que eu ensine a elas, é isso que vou fazer. Mas... eu não sei... Hogwarts sem Dumbledore...",
ele engoliu em seco e desapareceu atrás de seu lenço mais uma vez, e ficou em silêncio.
"Muito bem", disse Prof. McGonagall, olhando os terrenos pela janela, checando pra ver se o Ministro estava se aproximando, "então eu posso concordar com Filius
que a melhor coisa a fazer é consultar os governantes, que terão a decisão final".
"Agora, enquanto mandamos os estudantes pra casa... há um argumento a favor de fazer isso particularmente cedo do que mais tarde. Nós podemos fazer com que o Expresso
de Hogwarts venha amanhã se necessário -".
"O que faremos sobre o funeral de Dumbledore?", disse Harry, falando finalmente.
"Bem...", disse a Prof. McGonagall, perdendo um pouco a voz pela comoção. "Eu - eu sei que era o desejo de Dumbledore ser enterrado aqui, em Hogwarts -".
"Então isso é o que vai acontecer, não é?", disse Harry ferozmente.
"Se o Ministro achar isso apropriado", disse a Prof. McGonagall. "Nenhum outro diretor ou diretora fez isso -".
"Nenhum diretor ou diretora de Hogwarts fez tanto por essa escola", rosnou Hagrid.
"Hogwarts deve o lugar de descanso de Dumbledore", disse Prof. Flitwick.
"Certamente", disse Prof. Sprout.
"Então, nesse caso", disse Harry, "você não deveriam escrever para as casas dos estudantes até que o funeral aconteça... Eles vão querer dizer... -".
A última palavra ficou presa em sua garganta, mas Prof. Sprout completou sua frase com um "Adeus".
"Bem lembrado" chiou o Prof. Flitwick. "Bem lembrado, de fato! Nossos estudantes deviam prestar uma homenagem, isso seria adequado. Nós podemos arranjar transporte
pra casa mais tarde".
"Apoiado", gritou Prof. Sprout.
"Eu suponho... que sim...", disse Slughorn, em uma voz particularmente tremida, enquanto Hagrid soltou um choro emocionado de assentimento.
"Ele está chegando", disse Prof. McGonagall repentinamente, observando os terrenos lá em baixo. "O Ministro... aparentemente. Ele está trazendo uma delegação".
"Eu posso sair Professora?", disse Harry imediatamente.
Ele não queria ver, nem ser interrogado por Rufus Scrimgeour naquela noite.
"Você pode" disse Prof McGonagall. "E rapidamente".
Ela caminhou em direção à porta e ela abriu-se para ele. Ele se apressou na descida da escadaria em espiral e se afastou pelo corredor deserto; ele tinha deixado
sua Capa da Invisibilidade no alto da Torre de Astronomia, mas isso não importava; não tinha ninguém no corredor pra vê-lo passar, nem mesmo Filch, Madame Nora,
ou Pirraça. Ele não encontrou uma alma viva até o corredor que levava aos dormitórios da Grifinória.
"É verdade?", disse a Mulher Gorda enquanto ele se aproximava. "É realmente verdade? Dumbledore - morreu?".
"Sim", disse Harry.
Ela deixou escapar um lamento, sem esperar pela senha, e abriu passagem para deixá-lo entrar.
Como Harry suspeitava que seria, a sala comunal estava cheia. A sala se silenciou enquanto ele atravessava o buraco do retrato. Viu Dino e Simas sentados em um grupo
próximo: isso significava que o dormitório podia estar vazio, ou quase. Sem dizer nada a ninguém, sem qualquer olhar, Harry cruzou a sala e foi direto para o dormitório
dos meninos.
Como Harry imaginara, Rony estava esperando por ele, ainda vestido, sentando em sua cama. Harry sentou em sua própria cama e por um momento eles se encararam.
"Eles estavam falando sobre o fechamento da escola", disse Harry.
"Lupin disse que eles fechariam" disse Rony.
Houve uma pausa.
"Então?", disse Rony, em uma voz muito baixa, como se achasse que os móveis poderiam escutá-lo. "Você descobriu algo? Você conseguiu?... Um - um Horcrux?".
Harry balançou a cabeça negativamente. Tudo que tinha acontecido em volta do rio negro parecia um velho pesadelo agora; aquilo realmente havia acontecido há algumas
horas?
"Você não pegou?", disse Rony desapontado. "Não estava lá?".
"Não", disse Harry. "Alguém já o tinha levado e deixado um falso no lugar".
"Já tinha sido levado -?".
Sem palavras, Harry puxou o Medalhão de seu bolso, abriu-o, e deu para Rony. A história inteira podia esperar... Ela não importava naquela noite... Nada importava,
a não ser o fim, o fim da sua aventura sem sentido, o fim da vida de Dumbledore...
"R.A.B." murmurou Rony "Mas o que é isso?".
"Não sei", disse Harry, deitando em sua cama, totalmente vestido, olhando inexpressivamente para o teto. Ele não tinha nenhuma curiosidade sobre R.A.B.; ele duvidou
de que teria curiosidade de novo. Enquanto se deitava, percebeu, repentinamente, que as terras haviam silenciado. Fawkes tinha parado de cantar. E ele estava certo,
sem saber como sabia daquilo, de que a fênix tinha ido, tinha deixado Hogwarts pra sempre, como Dumbledore também tinha deixado a escola, tinha deixado o mundo...
Tinha deixado Harry.
CAPÍTULO 30
A TUMBA BRANCA
Todas as aulas estavam suspensas, todas as provas adiadas. Alguns alunos foram levados de Hogwarts por seus pais nos dias seguintes - as gêmeas Patil já tinham ido
antes do café da manhã após a morte de Dumbledore e Zacarias Smith foi acompanhado do castelo por seu arrogante pai. Simas Finnigan, por outro lado, bateu o pé que
não queria ir para casa com sua mãe; eles tiveram uma discussão no hall de entrada que só terminou quando ela deixou que ele ficasse para o funeral. Ela achou a
muito custo um leito em Hogsmeade, Simas contou a Harry e Rony, já que estavam chovendo magos e bruxas na vila, preparando-se para dar seu adeus a Dumbledore.
Alguns alunos mais novos, que nunca tinham visto algo semelhante, ficaram um tanto exaltados quando uma carruagem azul do tamanho de uma casa, puxada por uma dúzia
de cavalos alados gigantes, surgiu dos céus de tardinha antes do funeral e aterrissou na borda da floresta. Harry observava da janela enquanto uma linda morena gigante
desceu os degraus da carruagem e se jogou nos braços de Hagrid. Enquanto isso uma delegação de oficiais do ministério da magia, incluindo o próprio Ministro da Magia,
estava sendo acomodada no castelo. Harry estava deliberadamente evitando contato com qualquer um deles; tinha certeza de que, mais cedo ou mais tarde, pedir-lhe-iam
que contasse sobre a última excursão de Dumbledore além dos limites do castelo.
Harry, Rony, Hermione e Gina estavam juntos o tempo todo. O tempo bom parecia debochar deles; Harry imaginava como teria sido se Dumbledore não tivesse morrido,
e eles tivessem algum tempo juntos no finalzinho do ano, as provas de Gina tinham acabado, o peso do dever de casa tinha acabado... e hora por hora, ele adiava dizer
o que ele sabia que devia dizer, fazer o que ele sabia ser a coisa certa a fazer, porque era difícil demais esquecer sua melhor fonte de conforto.
Eles visitavam a enfermaria duas vezes por dia: Neville já tinha tido alta, mas Gui ainda estava sob os cuidados de Madame Pomfrey. Suas cicatrizes estavam ainda
muito ruins; na verdade, ele agora lembrava um pouco Olho-Tonto Moddy, embora graças a deus com olhos e pernas, mas em personalidade ele ainda era o mesmo de sempre.
A única coisa que parecia ter mudado era que agora ele tinha um gosto por bifes raros.
- Que bomm que êle vai se casarrr comigo. - disse Fleur contente, arrumando os travesseiros de Gui, - porrrque as brrritânicas cozinhamm demais a carrrne, eu semprre
disse.
- Acho que vou ter que aceitar que ele vai casar com ela. - suspirou Gina, mais tarde, enquanto ela, Harry, Rony e Hermione estavam sentados na janela da sala comunal
da Grifinória.
- Ela não é tão ruim assim. - disse Harry. - Feia, entretanto. - ele adicionou rapidamente, enquanto Gina levantava suas sobrancelhas e soltava uma gargalhada.
- Bem, acho que se a mamãe consegue, eu consigo.
- Mais alguém que conhecemos morreu? - Rony perguntou a Hermione, que estava folheando o Profeta Vespertino.
Hermione recuou ante a dureza forçada na voz dele.
- Não, - disse ela, dobrando o jornal. - ainda estão procurando Snape, mas nem sinal...
- Claro que não, - disse Harry, que ficava irado cada vez que o assunto surgia. - não vão encontrar Snape enquanto não encontrarem Voldemort, e se eles não o acharam
em 16 anos...
- Eu vou dormir - disse Gina. - Não tenho dormido bem desde... bem... dormir um pouco me faria bem.
Ela beijou Harry (Rony desviou o olhar), acenou para os outros dois e partiu para o quarto das meninas. Assim que a porta fechou atrás dela, Hermione virou-se para
Harry com a maior cara de Hermione que Hermione era capaz de fazer.
- Harry, eu descobri algo hoje de manhã, na biblioteca...
- R. A. B.? - Disse Harry, esticando-se.
Ele não se sentiu da maneira como se sentia normalmente antes, empolgado, curioso, morto de vontade de resolver um mistério; ele simplesmente sabia que a tarefa
de descobrir a verdade sobre a Horcrux de verdade tinha que ser completada antes de dar alguns passos a mais no longo e curvo caminho a sua frente, o caminho que
ele e Dumbledore tinham arranjado juntos, e no qual ele sabia que teria que caminhar sozinho a partir de então. Havia ainda pelo menos quatro Horcruxes em algum
lugar e cada uma deveria ser encontrada e eliminada antes de haver sequer uma possibilidade de Voldemort ser morto. Ele continuava recitando nomes para si mesmo,
como se os listando ele pudesse pô-los a seu alcance: "o pingente.., a copa... a cobra... algo sobre Grifinória ou Corvinal... o pingente... a taça... a cobra...
Esse mantra parecia pulsar na cabeça de Harry quando ele dormiu aquela noite, e seus sonhos estavam cheios de copas, pingentes e objetos misteriosos que ele não
conseguia alcançar, embora Dumbledore prestativamente oferecesse a Harry uma escada que virava cobras no instante em que ele começava a subir...
Ele tinha mostrado a Hermione a nota dentro do pingente na manhã após a morte de Dumbledore, e embora ela não tivesse imediatamente reconhecido as iniciais de um
bruxo sobre o qual ela tinha lido, ela vinha visitando a biblioteca um pouco demais para alguém que não tinha dever de casa.
- Não, - ela disse tristemente. - eu tenho tentado, Harry, mas não achei nada... há vários bruxos conhecidos com essas iniciais: Rosalind Antigone Bungs... Rupert
"Axebanger" Brookstanton... mas eles não parece se encaixar. Julgando pela nota nota, a pessoa que roubou a Horcrux conhecia Voldemort, e eu não acho indício algum
de qualquer um dos dois ter tido algo a ver com ele... não, na verdade, é... bem, Snape.
Ela ficou nervosa mesmo dizendo o nome de novo.
- O que tem ele? - perguntou Harry, recostando-se em sua cadeira.
- Bem, eu estava certo sobre a história do Príncipe Mestiço. - ela disse.
- Precisa esfregar, Hermione? Como você acha que estou me sentindo agora?
- Não, não, Harry, eu não quis dizer isso. - ela acrescentou rapidamente, checando ao redor se não estavam sendo ouvidos. - Eu estava certa sobre Eileen Prince ter
tido o livro. Você sabe, ela era a mãe do Snape!
- Eu achava que ela não era lá uma observadora. - disse Rony. Hermione o ignorou.
- Eu estava olhando o resto do Profeta e havia um anúncio minúsculo sobre Eileen Prince se casando com um homem chamado Tobias Snape, e depois algo dizendo que ela
tinha dado à luz um...
- Assassino. - cuspiu Harry.
- Bem... sim. - disse Hermione. - Então... eu estava certa. Snape deve ter tido orgulho de ter sido "meio-príncipe", entende? Tobias Snape era um trouxa pelo que
li.
- É, faz sentido, - disse Harry - ele interpretava o puro-sangue para se dar bem com Lucio Malfoy e o resto deles... ele é justamente como Voldemort. Mãe bruxa,
pai trouxa... envergonhado de seus pais, tentando se fazer temido usando as Artes das Trevas, deu a si mesmo um nome forte - Lorde Voldemort - o príncipe mestiço
- como Dumbledore não percebeu?
Ele parou, olhando pela janela. Ele não conseguia evitar pensar sobre a inabalável confiança de Dumbledore em Snape... mas como Hermione tinha lhe lembrado, ele,
Harry, foi levado da mesma maneira... apesar da crescente estranheza dos feitiços, ele tinha se recusado a acreditar naquilo sobre o garoto que tinha sido tão brilhante,
que o tinha ajudado tanto...
Ajudado... era quase um pensamento insuportável agora...
- Eu ainda não entendi por que ele não te castigou por usar o livro. - disse Rony. - Ele devia saber de onde você estava tirando aquilo tudo.
- Ele sabia, - disse Harry amargamente. - ele sabia quando eu usei Sectumsempra. Ele não precisava de Legilimância... ele já devia ter sabido até antes, com Slughom
contando como eu era bom e Poções... não devia ver deixado seu livro velho na parte mais baixa do armário, não é?
- Mas por que não te castigou?
- Eu não acredito que ele quisesse ser associado àquele livro. - disse Hermione. - Eu não acho que Dumbledore teria gostado de saber. E mesmo que Snape fingisse
que não era dele, Slughom teria reconhecido a letra dele. De qualquer maneira, o livro foi deixado na sala de aula antiga do Snape, e eu aposto que Dumbledore sabia
que a mãe dele era chamada "Prince".
- Eu devia ter mostrado o livro a Dumbledore. - disse Harry. - Todo esse tempo ele vinha me mostrando como Voldemort era maligno quando estava na escola, e eu tinha
provas de que Snape era, também -
- Maligno é uma palavra forte. - Hermione disse.
- Você foi quem não parava de me dizer que o livro era perigoso!
- Eu estou dizendo, Harry, que você está se culpando demais. Eu achava que Príncipe tinha um senso de humor um pouco estranho, mas nunca teria imaginado que ele
era um assassino em potencial.
- Nenhum de nós teria imaginado que Snape iria... você sabe. - disse Rony.
O silêncio caiu entre eles, cada um perdido em seus pensamentos, mas Harry sabia que eles, como ele, estavam pensando sobre a manhã seguinte, quando o corpo de Dumbledore
seria velado. Harry nunca tinha ido a um funeral antes; não tinha havido ninguém a enterrar quando Sirius morreu. Ele não sabia o que esperar e estava um pouco preocupado
sobre o que veria, como se sentiria. Ele se perguntava se a morte de Dumbledore seria mais real para ele quando o funeral terminasse. Embora ele tivesse momentos
nos quais o horrível fato ameaçava possuí-lo, havia espaços de branco nos quais, apesar do fato de que ninguém estava falando de nada além daquilo, ele ainda achava
difícil acreditar que Dumbledore tinha morrido. Na verdade ele não tinha, como tinha com Sirius, procurado por algum tipo de revira-volta, alguma maneira de Dumbledore
voltar... ele sentia em seu bolso a corrente fria da Horcrux falso, que ele carregava consigo a toda parte, não como um talismã, mas um lembrete do que aquilo
tinha custado e o que ainda havia a ser feito.
Harry levantou-se cedo para arrumar as malas; o Expresso de Hogwarts sairia uma hora após o funeral. No andar de baixo ele encontrou o clima no hall um pouco para
baixo. Todos vestiam seus robes e ninguém parecia ter fome. Professora McGonagall tinha deixado a cadeira no meio da mesa dos professores vazia. Na cadeira de Hagrid
também não havia ninguém: Harry achou que talvez ele não estivesse preparado para encarar o café da manhã; mas o lugar de Snape tinha sido preenchido por Rufus Scrimgeour.
Harry evitou seus olhos amarelos que observavam o salão; ele tinha a sensação desconfortável de que era procurado. Ao redor de Scrimgeour Harry viu os cabelos vermelhos
de Percy Weasley. Rony não deu sinal de perceber a presença de Percy.
Na mesa da Sonserina, Crabbe e Goyle estavam cochichando juntos. Eles eram garotos desajeitos e pareciam estranhamente sozinhos sem a pálida e grande presença de
Malfoy em volta deles, mandando em tudo à sua volta. Harry não tinha pensado muito em Malfoy. Sua animosidade era toda contra Snape, mas ele não tinha esquecido
o medo na voz de Malfoy no topo da torre, ou que ele abaixou sua varinha antes que outros Comensais da Morte chegassem. Harry não acreditava que Malfoy poderia ter
matado Dumbledore. Ele ainda desprezava Malfoy pela sua paixão cega às Artes das Trevas, mas agora ele tinha um pingo de dó misturado com seu ódio. Onde, Harry questionava,
estaria Malfoy agora, e o que Voldemort estaria fazendo com ele, ameaçando-o e a sua família de morte?
Os pensamentos de Harry foram interrompidos por uma de Gina na sua costela. Professora McGonagall tinha subido e o triste zumbido de luto no Salão morreu completamente.
"Está quase na hora", ela disse. "Por favor, sigam os seus Chefes das Casas até os jardins. Grifinória, comigo por favor". Eles formaram uma fila do lado de seus
bancos praticamente em silêncio. Harry vislumbrou Slughorn na frente da coluna da Sonserina, vestindo um manto magnífico de longas esmeraldas verdes bordadas com
prata. Ele nunca tinha visto a Professora Sprout, Chefe da Casa Lufa-Lufa, parecer tão pura; não havia um simples remendo no seu chapéu, e quando eles alcançaram
o Salão de Entrada, eles encontraram Madame Pince ao lado de Filch, ela em um grosso véu preto que descia até seus joelhos, ele em um antigo terno e de gravata,
causando a impressão de um cabide. Eles estavam sendo conduzidos, como Harry conseguiu ver quando ele saiu do caminho de pedras da porta da frente, em direção ao
lago. O calor do sol acariciava seu rosto enquanto eles seguiam a Professora McGonagall em silêncio para um local onde centenas de cadeiras haviam sido colocadas
em fileiras. Um corredor
levava ao centro delas: havia uma mesa de mármore posta na frente, todas as cadeiras direcionadas à ela. Era o dia mais bonito do verão.
Uma extraordinária diversidade de pessoas já estavam acomodadas em metade das cadeiras: pobres e sábios, velhos e novos. Muitos Harry não reconheceu, mas teve alguns
que sim, incluindo membros da Ordem da Fênix: Kingsley Shacklebolt, Olho-Tonto Moody, Tonks, seu cabelo miraculosamente havia retornado para um rosa choque, Remo
Lupin, com quem ela parecia estar de mãos dadas, Sr e Sra Weasley, Gui ajudado por Fleur e seguido por Fred e George, que estavam vestindo jaquetas de pele de dragão
preta. Então, lá estava Madame Maxime, que ocupava sozinha duas cadeiras e meia, Tom, o proprietário do Caldeirão Furado, Arabella Figg, a vizinho trouxa de Harry,
o baixista cabeludo do grupo bruxo As Esquisitonas, as Esquisitonas, Ernie Frang, motorista do Noitibus Andante, Madame Malkin, da loja de vestimentas do Beco Diagonal,
e algumas pessoas que Harry conhecia somente de vista, como o garçom do Hog"s Head e a bruxa que puxava o carrinho de chá do Expresso de Hogwarts. Os fantasmas do
castelo
também estavam lá, pouco visíveis no brilho do sol, discerníveis apenas quando se moviam, insubstanciavelmente resplandecendo cintilantes no ar.
Harry, Ron, Hermione e Gina procuraram lugares no final da fileira ao lado do lago. As pessoas estavam sussurrando umas às outras; parecia o som de um leve movimento
na grama, mas a canção de pássaro estava alta mais longe. A audiência continua a crescer; com um grande e precipitado afeto para ambos, Harry viu Neville sendo ajudado
a encontrar um lugar por Luna. Eles eram os únicos da AD que haviam respondido à convocação de Hermione na noite em que Dumbledore morreu, e Harry sabia o porquê:
eles eram os que mais haviam perdido com o fim da AD... provavelmente os que checavam suas moedas com frequência na esperança de que houvesse um outro encontro...
Cornelius Fudge passou por eles indo em direção às fileiras da frente, sua expressão miserável, girando seu chapéu coco verde como de costume; Harry depois reconheceu
Rita Skeeter, que ficou furioso em ver, com uma pena-de-escrita-rápida agarrada na sua mão rubra; e depois, com um perverso golpe de fúria, Dolores Umbridge, com
uma expressão não convincente de pesar sob sua face de cogumelo, um laço de veludo preto colocado acima de seus cinzentos cabelos enrolados sob a visão do centauro
Firenze, que permanecia como um sentinela próximo a margem d"água, e assim ela logo começou apressadamente a procurar lugar a uma boa distância.
A equipe de apoio estava sentada ao fundo. Harry podia ver Scrimgeour olhando seriamente e digno na primeira fila com a Professora McGonagall. Ele confabulava se
Scrimgeour ou qualquer uma dessas pessoas importantes estava realmente lamentando que Dumbledore se foi e ele esqueceu o seu ódio ao Ministro olhando ao redor. Ele
não era o único: muitas cabeças estavam virando, procurando, um pouco alarmadas.
- Ali - disse Gina cochichando no ouvido de Harry.
E ele os viu claramente iluminados na água verde pelo sol, movendo-se abaixo da superfície, lembrando-o horrivelmente do Inferi; um coro de sereianos cantando em
uma língua estranha que ele não entendeu, suas pálidas faces onduladas, seus cabelos purpúreos transbordando em todas as direções. A música fez o cabelo na nuca
de Harry se arrepiar e isso ainda não era desagradável. Ela falou muito claramente da perda e do desespero. Conforme ele olhava para as faces selvagens dos cantores,
ele tinha o sentimento de que, no final das contas, estavam pesarosos da morte de Dumbledore. Então Gina acotovelou-o novamente e ele olhou em volta.
Hagrid estava caminhando vagorasamente no corredor entre as cadeiras. Ele estava chorando silenciosamente, sua face cintilando com as lágrimas, e em seus braços,
escondido em um veludo decorado com lantejoulas e estrelas douradas, aquilo que Harry saiba que era o corpo de Dumbledore. Uma cortante dor cresceu na garganta de
Harry com essa visão: por um momento, a música estranha e o conhecimento de que o corpo de Dumbledore estava tão perto pareceram tirar todo o calor do dia. Rony
olhou pálido e chocado. As lágrimas estavam caindo densamente e rapidamente nas bainhas de Gina e Hermione.
Eles não podiam ver com clareza o que estava acontecendo na frente. Hagrid parecia ter posicionado o corpo cuidadosamente em cima da mesa. Agora, ele recuou no corredor,
assoando o seu nariz com proclamados e barulhentos sons que extraíram olhares escandalizados de alguns, incluindo, Harry viu, Dolores Umbridge... mas Harry sabia
que Dumbledore não teria ligado. Ele tentou fazer um sinal amigável para Hagrid enquanto ele passava, mas os olhos dele estavam tão inchados que era um mistério
ele poder ver aonde estava indo. Harry deu uma espiada atrás da fileira que Hagrid estava alcançando e percebeu que, guiando-o para lá, vestindo uma jaqueta de calças
cada uma do tamanho de uma pequena tenda, era o gigante Grope, seu grande e feio irmão com a cabeça arqueada, que docilmente parecia quase humano. Hagrid sentou-se
próximo ao seu meio irmão Grope, que duramente saciou Hagrid na cabeça, então as pernas das suas cadeiras afundaram no chão. Harry teve uma compulsão momentânea
para sorrir.
Mas então, a música parou novamente e ele prestou atenção à frente novamente.
Um pequeno homem com chapéu de pelos e em vestimentas pretas lisas chegou à frente e ficou parado na frente do corpo de Dumbledore. Harry não conseguia ouvir o que
ele estava dizendo. Palavras estranham fluiam de volta para eles em milhares de bolhas. "Nobreza de espírito" ... "contribuição intelectual" ... "gratidão de coração"
.. isto não tinha muito significado. Pelo que Harry conhecia de Dumbledore, tinha pouco a ver com ele. De repente, ele lembrou das idéias de Dumbledore de algumas
palavras: "pessoa estúpida", "feijãozinho de pimenta", "gordura de baleia" e "besliquei", e de novo, teve que suprimir um gracejo ... qual era o problema com eles?
Havia um barulho leve de respingos atrás dele e ele viu que os sereianos tinham rompido a superfície para escutar também. Ele lembrou de Dumbledore encolhendo-se
na margem d"água dois anos atrás, próximo de onde Harry estava sentado agora, e conversando em sereiês com o Chefe dos Sereianos. Harry pensou onde Dumbledore tinha
aprendido sereiês. Havia tanto que ele nunca tinha perguntado a ele, tanto que ele deveria ter perguntado...
E então, sem aviso, isto o tomou conta, uma terrível e completa verdade, mais completa e de modo inegável do que até agora. Dumbledore estava morto, tinha ido embora
.. ele agarrou com tanta força o gelado medalhão em sua mão que machucou-o, mas ele não pode prevenir as lágrimas quentes de caírem de seus olhos: ele olhou além
de Gina e os outros olhavam além do lago, direcionando-se à Floresta, como o pequeno homem de preto falava monotonamente... havia movimento entre as árvores. Os
centauros vinham trazer para a situação todo o seu respeito. Eles não moverem-se para o espaço aberto, mas Harry os viu permanecerem tranquilamente, meio escondidos
nas sombras, vendo os bruxos e com seus arcos ao lado. E Harry lembrou da sua primeira e atemorizante viagem pela Floresta, a primeira vez que ele encontrou a coisa
que era Voldemort, e como ele o enfrentou e como ele e Dumbledore haviam discutido lutar uma batalha perdida desde então. Era importante, Dumbledore disse, lutar
e lutar e
continuar lutando, somente com isso o mau poderia ser mantido sob controle, entretanto quase nunca erradicado...
E Harry viu muito claramente sob o sol quente, as pessoas que se preocupavam com ele saudando-o, e estavam na frente dele o tempo todo, um por um, sua mãe, seu pai,
seu padrinho, e finalmente Dumbledore, todos determinados a protegê-lo; mas agora isto estava acabado. Ele não poderia deixar mais ninguém ficar entre ele e Voldemort;
ele tinha que abandonar para sempre a ilusão que ele tinha desde pequeno: que a proteção dos seus pais significava que nada poderia machucá-lo. Não havia despertar
deste pesadelo, o sussurro confortante na escuridão de que eles estava realmente seguro, que tudo estava na sua imaginação; o último e o maior dos seus protetores
tinham morrido e ele estava mais sozinho do que nunca.
O pequeno homem de preto havia acabado finalmente o discurso e reassumido seu assento. Harry esperava que alguém fosse pegar no seu pé; ele contava com discursos,
provavelmente do Ministro, mas ninguém se moveu.
Então várias pessoas gritaram. Chamas brilhantes e brancas surgiram e envolveram o corpo de Dumbledore e a mesa sobre a qual ele estava: cada vez mais altas e altas
elas se levantaram obscurecendo a visão do corpo. A branca fumaça espiralada compôs formas estranhas no ar. Harry teve a impressão de que a fumaça formava uma fênix
a voar alegre no céu azul, mas o fogo desapareceu em um segundo. Em seu lugar estava uma tumba de mámore branco encerrando o corpo de Dumbledore e a mesa onde ele
repousara.
Depois de mais alguns segundos outro grito de choque houveram devido a chuva de flechas que rasgaram os ares, e caíram distantes da multidão. Harry sabia, o tributo
dos centauros: viu-os virar as caudas e desaparecerem atrás das frescas árvores. Da mesma forma os sereianos, que mergulharam nas verdes águas do lago e desapareceram
de vista.
Harry olhou para Gina, Rony e Hermione: a expressão de Rony era confusa, como se a luz do dia o ofuscasse. A face de Hermione parecia um espelho de lágrimas, mas
Gina não mais chorava. Ela encontrou o olhar de Harry com aquele mesmo olhar endurecido, da mesma forma que ela o tinha olhado quando o tinha abraçado, após vencer
o torneio de quadribol na sua ausência, e soube, nesse momento, que cada um se compreendia perfeitamente, e que quando contasse o que iria fazer a partir de então
ela não diria "tenha cuidado" ou "não faça isso", mas aceitaria a sua decisão, porquê não esperaria outra coisa, nem mais nem menos, dele. E assim estava preparado
para dizer o que sabia que sempre deveria dizer desde que Dumbledore morreu.
- "Gina, ouça..." falou muito silenciosamente, enquanto a conversa ao redor deles se tornava mais alta. - "Eu não posso mais namorar contigo. Nós temos que parar
de nos ver. Nós não podemos ficar juntos".
Ela disse, com um estranho sorriso, "Isto por alguma estúpida, nobre razão, não é isso?"
- "Isto é como... como se alguma coisa da vida de outra pessoa, e essas últimas semanas com você", disse Harry, "mas eu não posso... não podemos... eu tenho coisas
pra fazer sozinho agora."
Ela não chorou, apenas olhava para ele.
- "Voldemort usa as pessoas mais próximas aos seus inimigos. Ele já te usou uma vez, e justamente porquê você era a irmã de meu melhor amigo. Pense no perigo a que
você estará exposta se continuarmos juntos. Ele saberá, ela a encontrará. Ele tentará me pegar através de você."
- "E se eu não me importar?" , disse ferozmente Gina.
- "Eu me importo", disse Harry. "contigo. Pense no que eu sentiria se eu fosse ao seu funeral ... e por minha culpa..."
Ela olhou longe, para o lago, e disse "Eu nunca realmente desisti de você. Não realmente. Sempre esperei... Hermione me disse para seguir com minha vida, talvez
sair com outras pessoas, relaxar quando você estava perto, porque eu nunca era capaz de falar contigo no quarto, lembra-se? E ela pensou que talvez você iria me
notar um pouco mais se eu fosse eu mesma."
- "Menina esperta essa Hermione" Harry disse tentando sorrir. "Eu somente queria ter perguntado para você antes. Nós poderíamos ter feito isso há tempos ... meses...
anos talvez..."
- "Mas, você estava muito ocupado salvando o mundo mágico", disse Gina, meio rindo. "Bem... eu não posso dizer que eu estou surpresa. Eu sabia que isso poderia acontecer
no fim. Eu sei que você não será feliz até vencer Voldermort. Talvez por isso que eu goste muito de você. "
Harry não poderia ouvir aquelas coisas, ou sua decisão seria continuar sentado ao lado dela. "Ronyy", viu que ele estava agora segurando Hermione e acariciando seus
cabelos enquanto ela chorava em seu ombro, lágrimas escorrendo ao longo de seu nariz. Com um gesto desalentado, Harry se levantou, deu suas costas para Gina e tumba
de Dumbledore e caminhou para perto do lago. Andando a tristeza é muito mais suportável que permanecendo sentado: somente encontrando as Horcruxes e eliminando Voldemolt
ele se sentiria melhor do que aguardar por isso...
- "Harry!"
Girou. Rufus Scrimgeour estava limpando rapidamente ao redor do banco, andando inclinado em sua vara .
- "Eu tenho esperado por uma palavra... você se importa se eu andar abaixado como você?
- "Não", disse Harry indiferentemente e novamente concluindo.
- "Harry, isso foi uma tragédia terrível", disse Scrimgeour pesarosamente. "eu não posso contar-lhe como estou ouvindo isso. Dumbledore era um grande bruxo. Nós
tivemos nossos desentendimentos, e você sabe, mas ninguém o conhecia melhor que eu."
- "O que você quer?", perguntou aereamente Harry.
Scrimgeour olhou-o irritado mas, como antes, modificou rapidamente sua expressão para uma de pesarosa compreensão.
- "Você está, certamente, desanimado", ele disse "Eu sei que você era muito íntimo de Dumbledore. Eu acho que você sempre foi seu aluno favorito. A ligação entre
vocês..."
- "O que você quer?", repetiu Harry, voltando a parar.
Scrimgeour também parou, inclinou-se em sua vara e olhou fixamente para Harry, com expressão irritada agora.
- "A palavra era você quem estava com ele quando ele deixou a escola na noite em que ele morreu?"
- "Que palavra?", perguntou Harry.
- "Alguém estuporou um Comensal da Morte na torre depois que Dumbledore morreu. Havia também duas varinhas no local. O Ministro pode juntar
dois e dois, Harry."
- "Fico feliz em ouvir isso", disse Harry. "Bem, onde eu e Dumbledore estivemos e que fizemos são meus negócios. Eu não quero que todos saibam."
- "A lealdade é admirável, realmente", disse Scrimgeour, que pareceu conter sua irritação com dificuldade, "mas Dumbledore partiu, Harry. Ele partiu."
- "Somente terá partido quando não restar na escola mais ninguém leal a ele", disse Harry, sorrindo consigo mesmo.
- "Meu caro garoto ... Dumbledore não poderá retornar do... "
- "Eu não estou dizendo que ele possa. Você não compreenderia. Mas não tenho mais nada a lhe contar."
Scrimgeour hesitou, então disse, e que foi evidentemente um tom supostamente delicado "O Ministério pode oferecer toda a sorte de proteção, você sabe, Harry. Eu
ficaria muito contente se colocasse um par de Aurores ao seu serviço..."
Harry riu.
- "Voldemort que me matar pessoalmente e seus Aurores não irão pará-lo. Muito obrigado pela oferta, mas não, obrigado."
- "Então", disse Scrimgeour, com sua voz fria, "o pedido que eu fiz para você no Natal..."
- "Que pedido? Oh, sim... "aquele em que eu conto para o mundo o grande trabalho que você está realizando em troca de..."
- "... para levantar a moral de todos!", sibilou Scrimgeour.
Harry considerou-o por um momento.
- "Libere Stan Shunpike então?"
Scrimgeour ficou perigosamente roxo parecendo-se com seu tio Válter.
- "Eu vejo você é..."
- "Completa e completamente um homem de Dumblere", disse Harry. "É isso.".
Scrimgeour fitou-o por outro momento, então girou e seguiu seu caminho sem outra palavra. Harry pode ver Percy e o restante da delegação do Ministério esperando
por ele, agrupando-se nervosamente sobre a sombra de Hagrid e Grope, que ainda permaneciam nos mesmos lugares onde estavam sentados. Ronyy e Hermione, deixaram Scrimgeour
passar na direção oposta. Harry girou e voltou a andar lentamente, esperando que eles o alcançassem, o quê aconteceu justamente à sombra de uma árvore na qual haviam
passados tempos felizes.
- "O que Scrimgeour queria?", suspirou Hermione.
- "O mesmo que ele queria no Natal", resmungou Harry. "Ele me procurou para obter informações sobre Dumbledore e para ser o novo garoto propaganda do Ministério"
Ronyy pareceu esforçar-se consigo mesmo por um momento, então ele disse alto para Hermione "Olha, deixe ir e novamente acertarei Percy!".
- "Não!", ela disse firmemente, segurando seu braço.
- "Isso me faria sentir melhor!".
Harry sorriu. Mesmo Hermione deu um pequeno sorriso, mas que se esvaneceu quando olhou para o castelo.
- "Eu não posso aceitar a idéia de que nunca mais retornarei...", ela disse tristemente. "Como podem fechar Hogwarts?".
- "Talvez não queiram.", disse Ronyy. "Nós não estaremos em perigo menor aqui tanto quanto em nossas casas, estaremos? Todos os lugares são iguais agora. Eu diria
até que Hogwarts é mais segura que dentro da casa que qualquer bruxo possa defender. O quê você acha, Harry?"
- "Eu não retornarei mesmo se reabrir", disse Harry.
Ronyy se engasgou, mas Hermione disse tristemente "Eu sabia que você ia dizer isso. Mas então o que você fará?".
- "Eu vou retornar a casa dos Dursleys por enquanto, porque Dumbledore assim desejou", disse Harry. -"Mas vai ser uma visita curta, e então terei ido para o bem."
- "Então você partirá e não retornará para a escola?"
- "Eu pensei que eu voltaria novamenente para a Toca", murmurou Harry. Mas ele tinha uma idéia fixa em sua cabeça desde a noite da morte de Dumbledore. "Para mim,
isto começou aqui, tudo isto. E justamente tenho a sensação de que devo partir. E preciso visitar as sepulturas de meus pais, ele desejava isso. E então...".
- "E então o quê", perguntou Ronyy.
- "Então eu tenho que encontrar os Horcruxes restantes, não tenho?", disse Harry, seus olhos postos sobre a branca tumba de Dumbledore, que refletiam as águas do
outro lado do lago. Isso porque ele me procurou, isso porque ele me falou tudo sobre isso. Se Dumbledore estava certo - e eu tenho certeza que estava - existem ainda
quatro deles lá fora. Eu preciso encontrá-los e destruí-los e então depois eu devo ir de encontro ao sétimo pedaço da alma de Voldemort, o pedaço que ainda permanece
em seu corpo, e sou eu que deverá encontrá-lo para matar. E se eu encontrar Severus Snape ao longo do caminho", acrescentou "tanto melhor para mim, quanto pior para
ele".
O silêncio pesava.
A multidão estava quase dispersa agora, davam os pêsames com um largo abraço na figura monumental de Hagrid, cujos suspiros ainda ecoavam através das águas.
- "Temos que voltar, Harry," disse Ronyy.
- "O quê?"
- "para a casa de seu tio e sua tia," disse Ronyy "e então iremos contigo, onde quer que você vá."
- "Não -" disse rapidamente Harry, ele não contava com isso, e ele pensava que eles deviam entender que ele deveria fazer só uma longa e perigosa jornada.
- "Você já nos disse isso," disse Hermione calmamente, "que tinha tempo para nós voltarmos atrás enquanto você também procura. Nós temos tempo, ou não temos?"
- "Estaremos contigo pro que der e vier", disse Ronyy. "mas, amigo, você deve retornar à minha casa antes que a gente faça outra coisa, juntamente a papai e mamãe
na Toca".
- "Porquê?".
- "Gui e Fleur vão se casar, lembra?".
Harry olhou para ele, paralisado. A idéia de qualquer coisa tão normal como um casamento parecera incrível e, entretanto, bela.
- "Sim. Não devemos faltar!", ele disse finalmente.
Sua mão se fechou automaticamente sobre o Horcruxe falso, mas apesar de tudo, apesar da obscuridade e da trajetória que se apresentava diande de si, apesar do encontro
final com Voldemort que sabia que poderia estar dali a um mês, a um ano, ou em dez, sentiu seu coração elevar o pensamento de que havia , junto a Rony e Hermione,
ainda um dia dourado de paz para apreciar.
Fim!
Gostaram? A coisa tá ficando complicada..
Então vamos ao sétimo e último, para ver no que dá.
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