Cegueira, transexualidade, para pensar.
Esse livro foi feito por icentivo de um professor de informática
chamado:
Clodoaudo Vericimo de Oliveira; que além de me educar quanto a inclusão
digital me propiciou o tudo que eu conheço de internete.
Fica aqui os meus agradecimentos pelo apoio, icentivo e correção dessa
obra.
Grata professor!
Editorial:
Pode ser que daqui a algum tempo eu queira esquecer todas as
dificuldades que vivi para realizar um desejo, apesar de que as dificuldades servem
para nos amadurecer.
Mas agora que já estou realizada por certo não preciso ficar me
recordando delas.
Estou a escrever esse livro com o intuito de dar uma modesta
contribuição àqueles que desejam encontrar a paz, a hharmonia e a fé
para continuar a lutar a cerca de seus
interesses.
Muitas vezes quase desistimos de nossas lutas o que nos faz sentir-nos
enfraquecidos.
Eu quero que esse livro faça com que as pessoas que o lerem possam se
sentir estimuladas a seguir sempre em frente.
Lutei para realizar um sonho e hoje posso dizer que não há algo mais
significativo do que fazer algo para a nossa própria felicidade.
Aqueles que puderem ler esse livro desejo uma boa leitura e que meu
exemplo seja um estímulo que o ajude a realizar seus sonhos.
Boa leitura!
Juliane Francieli Zolkiewiecz
Índice:
Capítulo 1: Uma cruz especial
Capítulo 2: Um beijo fatal
Capítulo 3: Meu diagnóstico
Capítulo 4: Enfermeira mirim
Capítulo 5: Duas crianças
Capítulo 6: Uma peregrinação
Capítulo 7: Um desmaio e um fracasso
Capítulo 8: Vida dupla
Capítulo 9: Objeto de decoração
Capítulo 10: Minha mobilidade minha liberdade
Capítulo 11: Curitiba Paraná
Capítulo 12: Minhas lágrimas
Capítulo 13: Jornada estudantil
Capítulo 14: Meu pai e meu violão
Capítulo 15: Beijos enamorados
Capítulo 16: Meu primeiro pé na bunda
Capítulo 17: Amores mal vividos amores perdidos
Capítulo 18: Lágrimas de duplo sentido
Capítulo 19: Meu primeiro emprego
Capítulo 20: Fixando raízes
Capítulo 21: Uma surpresa e uma dúvida
Capítulo 22: Feito de amor
Capítulo 23: Escondendo meu eu
Capítulo 24: Um bêbado chato
Capítulo 25: Uma burrice que quase aconteceu
Capítulo 26: O asilo
Capítulo 27: Amor proibido
Capítulo 28: Um colchão apaixonado
Capítulo 29: Uma fada madrinha
Capítulo 30: Meu casamento
Capítulo 31: Meu filho
Capítulo 32: Minha casa, minha luta
Capítulo 33: Duas mulheres
Capítulo 34: Carente por opção
Capítulo 35: Meu sonho
Capítulo 36: Educação padrão
Capítulo 37: Um anjo
Capítulo 38: Um pai que eu não tive
Capítulo 39: Uma doutrina
Capítulo 40: Ciências ocultas
Capítulo 41: O início de meu tratamento psicológico
Capítulo 42: Uma feliz aquisição
Capítulo 43: Pelo amor ou pela dor
Capítulo 44: Bons méritos
Capítulo 45: Meu diagnóstico final
Capítulo 46: Meu retorno a Tamandaré
Capítulo 47: Meu divórcio
Capítulo 48: Instinto maternal
Capítulo 49: Caminho das drogas
Capítulo 50: Antidepressivo
Capítulo 51: Quando tem que ser é
Capítulo 52: Meus financistas
Capítulo 53: O tudo ou nada
Capítulo 54: A tartaruga e o golfinho
Capítulo 55: Meu resultado
Capítulo 56: Minhas providências
Capítulo 57: Minha internação
Capítulo 58: Minha cirurgia
Capítulo 59: Minha parada
Capítulo 60: Meu primeiro toque
Capítulo 61: Meus progressos
Capítulo 62: Uma briga, um sorriso
Capítulo 63: Ajuste de contas
Capítulo 64: Uma revelação
Capítulo 65: Juju o retorno
Capítulo 66: Coisas do destino
Capítulo 67: Cama de casal
Capítulo 68: Uma escolha
Capítulo 69: Amemos sempre
Capítulo 1: Uma cruz especial
Começo contando que aos dez anos de idade não havia me interessado em
saber nada que me levasse a manifestar vontade sexual fosse por meninos
ou meninas. Uma vez que aquela
época esses assuntos eram tratados como um tabu. E os meninos ainda
diferentes como eu, não podiam se quer manifestar interesse. Fosse por
meninas que a sociedade consideraria
normal ou fosse por meninos que aos olhos do povo seria um absurdo.
Nasci menino mas não havia interesse em o ser. Apreciava coisas que
minha família até hoje é em capaz de reconhecer.
Lembro que minha vontade era de ser igual às meninas. Gostava de saias
e vestidos, apreciava a possibilidade de passar um batom e
quando isso era possível eu o fazia com muita alegria porém as
escondidas.
Uma ocasião na escola, por volta dos meus oito anos, uma professora
deu-me uma tarefa. E talvez tenha sido ali que eu me apercebi de como
era diferente.
Ela deu a sala toda várias atividades. E era uma aula de educação
artística. Como eu era muito curiosa fui chamada a comprar uns produtos
os quais nem imaginava o que poderia fazer com aqueles materiais:
Grampos de roupa, cola, tinta metálica,
e cartolina.
Era parte de um simples trabalho escolar mas que dali para frente
começara a mudar minha vida e que certamente ajudou a eu reconhecer o
meu verdadeiro propósito de dar início a
minha jornada de ser especial.
A cartolina cortada com a tesoura de forma a estabelecer uma cruz.
Recebeu os grampos de roupa que foram desmontados e colados nela.
Depois de um período de secagem fora aplicado à tinta metálica.
Acabou constituindo-se num lindo crucifixo.
De repente me dei conta que a professora explicava a toda a classe: - Que
por eu ter realizado um trabalho lindo daquele! Podia ser considerada
uma pessoa especial! - E que teria
aquele dia direito de escolher alguém para homenagear com meu presente.
E eu o fiz. Dei-o a minha mãe.
Daquele momento em diante essa palavra especial não saiu mais da minha
vida. E eu nem pensava que seria assim para o todo sempre.
Por ter estabelecido com as meninas uma certa amizade escolar sempre
estava junto delas. Exceto quando íamos ao banheiro, pois, por várias
vezes, eu até tentava, mas sempre
tinha uma tia a impedir e a orientar que eu utilizasse o banheiro
masculino. Todavia, já que aquele ambiente era impossível de se
freqüentar, contentava-me com as brincadeiras.
Pulava corda, pulava amarelinha, e participava de modo inocente como
era de se esperar de uma criança que está ainda a descobrir o mundo.
Meus pais, ou seja, minha mãe às vezes me repreendia por ter eu algum
gesto ou trejeito feminino. Mas como eu e meu irmão éramos criados mais
pelas empregadas que faziam parte
da família, pois eram tratadas assim, ela não percebia muito o fato de
que estava eu a me comportar tão diferente. E de certo modo isso
facilitou de repente com que eu fosse a
me aprofundar mais e mais na minha real maneira de ser.
Meu padrasto algumas vezes me advertiu. Mas dizia ele: - Juca isso são
coisas de menina e você é um menino! - Tente se corrigir!
Até então ele me tratava muito bem sem distinção e meu pai que eu só
fui conhecer muito tempo depois não fazia falta alguma.
Assim levava eu a vida morando em uma capital como São Paulo. Não tinha
grandes dificuldades financeiras. Pelo menos não
era de conhecimento das crianças. Digo eu e meu irmão.
capítulo 2: Um beijo fatal
Meu padrasto não era pessoa ruim, ao menos aos meus olhos. Pois ele
sempre dispensava o carinho em proporção igual.
E como meu irmão era mais novo
do que eu. Quatro anos na verdade ele estava sempre a atender seus
apelos infantis.
Não me importava muito com isso por que acreditava que meu irmão era um
manhoso.
Sempre que perdia ia correndo se queichar. E adianto até hoje ele é
assim.
Continuava eu a brincar com as meninas.
E foi em uma dessas brincadeiras
que aconteceu um acidente que mudou minha vida dali para frente em
definitivo.
Pulei a amarelinha que já mencionei. E aquele dia perdi. E por conta de
ter perdido tive uma punição. Teria que dar um beijo em uma delas. E aí
escolhi a menina e a beijei no rosto. Esta foi a razão pela qual as
outras aclamaram-me o namoradinho da mesma. E ela não gostou do fato
das outras estarem a diser isso.
E eu envergonhada já sabendo que desde então
não me atraía por elas com a finalidade de ser o namorado mas apenas
amigo ou melhor amiga. Sai correndo dali. E ela saiu atráz. E com uma
lancheira nas mãos se pôs a me perseguir. Quando pude me virar para ver
a distância em que ela se encontrava fui golpeada na testa. E apartir
dali é que tudo começou.
No princípio foi só o impacto mas não senti nada anormal a não ser a
dor na testa. E aí logo soou o sinal que determinava o fim do recreio.
Então fomos as aulas.
Já estava com dificuldades. Pois não conseguia acentuar as palavras e
nem dar as frazes um formato lógico.
Pedi a professora para me sentar mais perto e aí parecia ser pior pois
os reflexos da luz no quadro negro atrapalhavam ainda mais.
Dei graças quando acabou a aula e eu e meu irmão podíamos ir para casa.
Minha escola ficava há uns sete quarteirões de casa. E qual a surpresa!
eu não conseguia determinar a distância entre uma pessoa e outra. Não
conseguia distinguir onde estava meu irmão no meio do movimento. Mas
acabei por chegar.
Tínhamos um quartinho de dispença onde minha mãe guardava um monte de
coisas. E lá é que fui tentar fazer as lições do dia pois entendia que
aquele mal estar podia ter sido passageiro.
Mas não o foi.
Tomei banho, me coloquei dentro de um pijama e fui me deitar.
E assim é que tudo começou.
capítulo 3: Meu diagnóstico
A essa época meu padrasto já vinha se desentendendo com minha mãe.
Naturalmente nós crianças não sabíamos os motivos das várias
discussões.
Minha mãe chegou com meu padrasto do trabalho. Já era meio tarde.
Chegaram discutindo. E eu nem sei por quê. Mas sempre que a empregada
informava que algo de estranho podia estar acontecendo com um de nós
dois. Minha mãe se dirigia ao quarto que dividíamos e tentava
acordar-nos afim de saber o que se passava.
Fui sacudida e tratei de acordar. Me lembro como se fosse hoje. - Juca
está tudo bem? - A Rosa me disse que você foi se deitar cedo hoje! - Está a
sentir alguma coisa?
Meia sonolenta respondi: - Mãe não estou vendo direito!
Ela se assustou, e por ter casos na família, uma vez que tínhamos meus
primos distantes e por conta de ter também uma bisavó com essa
dificuldade, tratou de arrancar meu padrasto do chuveiro para irmos ao
hospital.
Eu de pijama mesmo fui até o hospital de Oftalmologia e lá resolveram
as onze horas da noite fazer alguns exames de ordem oftalmológica. Depois
de longo tempo veio lá um doutor que trazia o diagnóstico.
- Descolamento de retina! - É necessário operar seu filho pois não há o que
fazer! - Já que é progreciva a condição de cegueira!
Minha mãe deu-me a notícia e saimos já com todos os encaminhamentos
para pensarmos na cirurgia.
Fiquei triste. mas como via ainda não imaginava a possibilidade de
pensar em ser cega.
Assim começou a luta para tentar escapar de uma escuridão que veio
meses depois.
capítulo 4: Enfermeira mirim
Tive que deixar de ir às aulas pois havia muitos exames a realizar
além da distância e dificuldade do deslocamento pois cada exame era
realizado em lugares diferentes conforme
as especificidades. Porém, após três meses estávamos com
tudo pronto.
Da escola não sentia falta, no entanto, tínhamos programado uma viagem
ao Rio de Janeiro para passar as férias de julho. Contudo a cirurgia
fora programada para aquele período.
O que fez com que essa viajem fosse adiada.
Detestei a pocibilidade de ficar internada o mês de férias em um
hospital.
Estava pronta para operar os olhos e assim lá fui eu internada para tal
feito.
Fiz amisade rapidamente com os enfermeiros. E aí pudia transitar por
toda a ala em que havia muitos adultos.
Acabei por fazer grandes amigos. Já que o doutor adiantara que eu iria
permanecer por ali pelo menos um mês.
Minha mãe só podia estar comigo nas horas de visita. Depois que ela
saía eu ficava muito triste pois não era possível na época a
permanência de acompanhante.
Acabei por ser uma enfermeira mirim. Hora levava remédios aos doentes,
Hora ía buscar a comadre, as vezes ajudava com que os mais velhos
pudessem chegar ao banheiro e assim ía passando os dias em que me
preparavam para a cirurgia.
E esse dia chegou. E lá fui eu para o desconhecido.
capítulo 5: Duas crianças
Fui acordada um dia bem cedinho. E lá estava uma enfermeira a me
aplicar uns remédios na veia e a informar:
- Hoje será sua vêz e não precisa ter
medo pois não vai doer nada!
Depois da picada ela se foi e logo vieram me buscar.
Deitada em uma maca lá fui eu pro centro cirúrgico e aí apaguei.
Quando acordei estava com os olhos tampados com esparadrapos, uma
cecura na boca que não tinha fim, com dor nos olhos e super desesperada.
Pois não sabia o que eles tinham feito.
Minha mãe chegou e foi tentar me acalentar mas eu queria água de
qualquer jeito. Eu me debatia a ponto de perder a veia do soro.
Acabaram por ministrar um sedativo e eu dormi durante doze horas.
Após isso, acordei mais calma porém com os curativos.
Não conseguia ver nada e minha mãe ali também não estava.
Chorei de raiva por estar passando por aquilo, até que uma enfermeira
veio dar o remédio da noite. E deu-me uma sopa a fim de me alimentar.
Não podia me mecher na cama pois foram os enfermeiros orientados a
deixar eu o mais imóvel possível.
No dia seguinte veio o doutor pela manhã e retirou os tampões e qual a
surpresa! Não podia ver quase nada.
- Fique calmo! recomendou ele: - Vais melhorar mas tens que ser bom para
conseguir isso!
Quando minha mãe chegou na hora da visita eu estava mais calma mas
queria ir para casa.
E assim que ela saiu acabei chorando novamente pois já estava cansada
de hospital.
Ela trouxe doces e bolachas que ficavam a beira de minha cama para que
eu pudesse pegar com facilidade. Eu acabei por comer tudo de uma só vez
dado ao nervosismo.
Após três dias a visão do meu olho direito voltou.
E eu já podia ficar sem tampão, mas não podia me ausentar do quarto.
Recebi um presente naquele dia. Um homem que eu havia ajudado enquanto
podia desfilar pelas enfermarias mandou-me um carrinho de corda por
meio de sua filha. E isso me deixou muito feliz.
Quando minha mãe veio me visitar eu já estava mais calma e pensava em
ir embora dali o quanto antes.
Porém eu não sabia quanto tempo ia ficar ali. E ela não sabia também
ou não queria me contar.
Lembro que só podia ver meus parentes através de uma sacada panorãmica
por que o horário de visitas era muito curto. E aí só podia subir para
me ver um de cada vez.
Fui finalmente para casa e aí soube que meu olho esquerdo que já não
tinha uma visão lá grande coisa ía ficar cégo em definitivo.
Isso tudo depois de dois meses de hospital.
Não podia fazer esforço algum e deveria permanecer em repouso o mais
possível.
Acabei por ir depois várias vezes ao consultório do doutor e lá então
soube que estava com o risco de perder a visão definitivamente. pois o
material que utilisaram em minha cirurgia não estava a segurar há
retina.
E que por isso talvez precisasse de nóva intervenção.
Infelizmente de fato isso aconteceu. Após quatro meses eu lá ía tentar
de novo a recuperação de minha visão. Pois ocorreu novamente o
descolamento.
A cinta ciliconada que era a técnica que eles utilisavam na época não
funcionava. E eu estava a ter regeição ao material que incistia há se
espalhar por todo oolho.
Enquanto a cirurgia não era marcada aconteceu de eu ser convidada a ir
comemorar o dia das crianças na escola onde tudo aconteceu. E lá fui.
Brinquei em tudo. E aí a menina veio pedir para conversar comigo.
Duas crianças inocentes que não tinham a menor idéia do que havia
ocorrido.
Sentamo-nos diante do pátio em que pulávamos a amarelinha e aí ela
pediu:
- Desculpas eu não tinha a intenção de te machucar!
Eu meia sem jeito desculpei e pronto.
capítulo 6: Uma peregrinação
Certamente daquele dia endiante ela deve ter guardado em seu coração o
ocorrido. Pois dali endiante eu não fui mais as aulas e nunca mais há
vi.
Não sei se por carência ou o quê! mas percebia que dentro de meu
coração eu a havia perdoado. Afinal eramos duas crianças.
A cirurgia fora marcada, porém, tendo em vista o extrés que eu já havia
passado o doutor agiu mais rápido.
Permaneci apenas uma semana no hospital e pude fazer o tratamento em
casa.
Durante essa semana no hospital recebi uma visita de uma moça que me
deixou um presente recomendando que eu cuidasse pois o pai dela havia
gostado muito de mim.
Era um radinho da marca Evadim que foi meu companheiro por muito tempo.
Só que até hoje não me lembro quem era o homem que me deu.
Quando retornei a minha casa meus olhos só pioravam até que o anúncio
foi definitivo:
- É, pocívelmente irás ficar sem ver! - Talvez por um tempo
que pode ser bem longo ou quem sabe não, mas de minha parte já dou a
perda de sua visão como certa! Disse o doutor.
Eu fiquei triste e minha mãe desesperada.
Se há de fato algo que eu possa reconhecer; é que ela não mediu esforços
para que eu consultasse os melhores especialistas existents aqui
no país.
Mas não ouve jeito e aí o negócio era dar rumo novo a uma criaturinha
que não estava preparada para essa nova vida.
Visitei vários médicos, vários hospitais mas os resultados eram sempre
os mesmos.
- Não há no momento o que fazer! Diziam eles.
Aí começou a busca por uma cura auternativa. E aí a minha ida a várias
igrejas foi inevitável.
Onde se afirmava que se podia obter um milagre lá estava eu.
E sei lá por que isso se dava mas fui a toda parte onde se dizia que
tal feito poderia acontecer.
Igrejas do tipo: Deus é Amor, Acenbléia de Deus, Católica Ortodócça,
Candomblé e Umbanda.
Mas sei lá! Talvez a época minha fé era por demais pequenina e eu não
fosse merecedora de tal milagre.
Estava a ficar enjoada de ficar em casa e pior, percebia que minha
femenilidade se acentuava. Sentia saudades de minhas amigas, da escola
e pior uma cidade tão grande como São Paulo não se sabia muito sobre
instituições especializadas para a re-educação de uma pessoa como eu.
Acabei por dar-me ao direito de ficar mais isolada e meus pais que já
há muito estavam em crise se separaram.
Lembro-me que ficava quieta e as vezes me desesperava.
Uma vez apanhei por conta disso pois uma tia entendeu que por eu estar
revoltada com o meu problema me bateu e até hoje carrego a mágoa da
falta de paciência que ela teve comigo.
A falta de dinheiro veio junto da separação de meu padrasto e aí minha
mãe nos comunicou: - Que já não estava a se entender com o pai de meu
irmão mas que iríamos ficar bem sem ele!
E assim se sucedeu. Ele se foi e eu acabei por perder o contato.
capítulo 7: Um desmaio e um fracaço
Algumas vezes ele vinha apenas apanhar meu irmão para passear e aí eu
por ser diferente ficava entocada em casa.
Se passou alguns meses e minha mãe apresentou-nos outro homem que veio
ocupar o lugar do primeiro ou melhor segundo já que o meu pai tinha
sido o primeiro. E aos meus olhos ele era uma peste.
Minha mãe conseguil através da empresa em que trabalhava uma psicóloga
a fim de tentar me tirar da distância entre me entender como cega e
administrar minha feminilidade que ninguém era capaz o suficiente para
admitir.
E o pior, eu estava a sofrer. pois entrara na adolescência e despertara
em meus desejos a necessidade de ter um homem. porém sabia que não era
dotada de uma vagina. mas assim mesmo desejava ter um homem a me dar
carinho e atenção.
O atual homem de minha mãe veio certa vez conversar a respeito de sexo
comigo e meu irmão. E para eu foi um trauma. Pois ele se referia as
mulheres como objeto sexual. E eu então acabei por entrar em desespero.
Até com os meus jestos ele passou a emplicar.
Uma vez tinha eu uma consulta para ir ao consultório da psicóloga.
Iria serdepois do almoço. E eu já sabia que ele viria me pegar para irmos.
Como era um homem transtornado sei lá por quê na última hora desistil de
me levar. E aí só por que eu não queria dar o telefone do tal
consultório apanhei uma violênta surra.
Depois de me bater muito me atirou contra a parede.
Tive um desmaio e fui acordada pela empregada.
Quando minha mãe chegou contei tudo o que se passara mas ela não fez
absulutamente nada.
Fiquei revoltada com o mundo por conta disso e desisti de ir a
psicóloga.
Chegou a notícia que eu seria matriculada em um colégio para cégos e aí
meio sem jeito perguntei: - Como assim?
Minha mãe explicou: - Vais estudar! - Iremos te buscar inicialmente todos
os dias, mas na sequência será só no fim de semana!
E lá fui rumo ao Instituto Padre João.
Pensava que o regime lá era misto tal como era na minha escola e não
era.
As meninas só podiam ter contato com os meninos durante a aula e cada
um em sua carteira.
Não havia brincadeiras coletivas e nem podíamos conversar.
Meu primeiro dia de aula foi um fracaço pois eu não sabia nada de
braille. Eu só havia iniciado o aprendizado mas os meninos já
queriam que eu soubesse o tudo, e pior, fui matriculada em uma série
anterior a que eu estava. ou seja na segunda quando eu já tinha estado
na terceira.
Fiquei indignada mas tratei de me acalmar.
A professora após a aula pediu para que um dos meninos me ajudasse a
fazer as tarefas e aí ao emvez deeles me ajudarem acabaram rindo
muito de mim que não sabia nada de cégo e de braille.
Fui para casa com o peste do meu padrasto e aí ele já foi me
torturando: - É, logo vais ficar por aí! - Daí vai ter que se ajeitar como
homem! E ria de mim.
capítulo 8: Vida dupla
Assim começou uma vida de estudante céga que infelizmente era a única
alternativa possível.
Como prometeram, eu comecei a pernoitar pelo colégio e aí descobria
coisas nos intervalos de aula ou então nas horas de banho.
Como os meninos não podiam se relacionar com as meninas; cansei de ver
eles a se relacionarem entre si. Fosse na hora do recreio ou fosse na
hora do banho. E pior como o instituto era e é até hoje administrado
por freiras elas batiam naqueles que desejavam praticar a
homossexualidade.
E isso algum tempo depois era prática também entre as meninas.
Para esconder minha feminilidade eu dava graça que os que viam eram
poucos e aí pelo menos não podiam ficar me atormentando por isso.
Comecei a ficar de um fim de semana pro outro e quando reclamei a minha
mãe ela só respondeu: - Não deu para te buscar!
Mas aí foi que conheci um rapaz. Em um fim de semana que fui para casa.
Ele morava a uns quarteiroes de casa e aí já tíamos mudado para uma
cidade próxima a São Paulo. Mais exatamente Guarulhos.
Ele começou a me tratar bem, deu-me a atenção que eu precisava até que
um dia dado a comprenção e o amor entreguei-me a ele.
Fiz o sexo homossexual pela primeira vez aos quatorze anos e por ter
sido ele tão comprencivo pensei que talvez estivesse ali um grande amor.
Ia pro colégio mas quando tinha a oportunidade de vir para casa o
procurava; e ele também sentia minha falta.
Ele era dez anos mais velho do que eu mas não se importava com minha
deficiência, não havia dificuldade em estar comigo, não pensava em ter
vergonha em sair comigo e essas virtudes é que foram deixando-me mais
atraída pelo respeito que ele me dispensava.
Porém minha família começou a desconfiar e eu ai tratei de arranjar uma
namorada no instituto. Só que ela tinha pelo menos uns vinte anos a
mais do que eu.
Mas eramos só amigas já que ela tinha a paciência em aceitar eu
ser do jeito feminino que era. E dado ao fato dela ser funcionária,
sempre que podíamos nos encontrávamos.
Consegui aquele ano progredir muito, arrangei um namorado em casa, uma
namorada no instituto, fiz a primeira comunhão, passei de ano e aprendi
o braille.
Até que não fui mal.
O sexo homossexual não é ruim porém eu não me sentia homossexual. Tinha
instintos de menina e tinha a vontade de ser de fato uma mulher. Mas
como revelar isso a minha mãe ou então buscar recurso a respeito de tal
assunto?
Com relação ao meu namoro com o rapaz, eu era sempre passiva no ato ou
seja sempre queria ser a menina. E aí começou o afastamento. Já não nos
víamos com tanta frequência como
antes. Hora porque eu era deixada há vários dias no colégio, hora
porque o interesse diminuíra.
No instituto as coisas começaram a esquentar muito. Pois as freiras
começaram a proibir a moça de vir até a mim. E aí só nos víamos as
escondidas.
Fui me revoltando com aquilo pois até meus amigos estavam a suspeitar
de minha feminilidade. E já começavam a falar no assunto.
Apenas uma professora se apercebera e veio conversar comigo. E aí
tornamo-nos boas amigas. E ao menos ela nunca me discriminou.
Fui encaminhada para o serviço de psicologia do instituto. Pois minha
mãe começou a precionar. E aí não teve jeito. Acabei por negar e o
faria até a morte pois tinha medo do padrasto.
capítulo 9: Objeto de decoração
Estava eu na adolecência e meu irmão acabara de entrar nela. E por
consequência disso começaram a surgir convites a ele para ir a festas.
Por ele ser um garoto normal não era raro ele chegar as festas, deixar
com que eu ficasse sentada em um canto e sumisse de meu alcanse.
Entretanto minha mãe muitas vezes o forçou a me levar e o que ocorria
na maioria das vezes. Era eu ser bem recebida mas logo encostada. Por que
é comum as pessoas darem um jeito de arranjar uma cadeira e deixar a céga
sentada lá em um canto como objeto de decoração em que só se sai do
lugar na hora de ir embora.
Muitas vezes ainda para ajudar ficava perto do som. E aí se pensa que a
cega além de cega é surda. Infelizmente isso é muito comum.
Isso aconteceu várias vezes. Porém teve uma vez que meu irmão em uma
festa dessas sumil. E as outras pessoas começaram a me tratar com um ar
de: - A coitada, ficou só! - Onde será que foi o irmão dela? - Judiação é
cega! - Vamos dar algo pra ela beber e comer e depois vamos procurar o
irmão dela!
A sociedade nos trata como se fosse um bichinho de estimação. Não
entende que somos gente tal como eles o são ou pensam que são.
Fui bem tratada como sempre o fora, mas a raiva crescera. E quando o
danado do meu irmão chegou e nós já estávamos a uma distância considerável da
tal festa perguntei:
- Onde você foi parar? E ele só me respondeu: - Tava por aí!
Fiquei tão furiosa que quando me dei conta já tinha dado um monte de
pancadas nele.
Chegamos em casa e minha mãe veio acudi-lo. - O que aconteceu?
Perguntava ela enquanto ele chorava e eu ía pro meu quarto.
- Juca por que você bateu em seu irmão?
- Porque ele me fez passar por ridícula, porque ele é um bom filho da
puta e de hoje em diante não vou
à festa nenhuma seja com ele ou com quem quer que seja!
Depois disso pararam de me perturbar com a pocibilidade de ter que
acompanhá-lo.
Como punição. Pois assim que eu entendia. Passei a ficar mais tempo
ainda no colégio. E aí nos fins de semana como nao havia nada para
fazer a não ser estudar ou ler. Eu passei a levar livros para o pavilhão em
que eu morava.
O colégio tinha uma boa bibliotéca e aí além de ouvir rádio, podia
intercalar o tempo lendo. E aí descobri uns livros lá de: Educação
Sexual.
O que aliás só falavam de coisas do gênero comum, relação homem mulher.
Mas o que eu podia esperar de um colégio onde era predominante a
educação convencional?
Assim eu apenas por me sentir atraida por meninos não podia dar vasão a
tais sentimentos e pior o relacionamento com o namorado esfriava a
cada dia.
Buscar informação tinha me deixado mais ignorante aínda. Pois nenhum
livro tratava do assunto: Homossexualidade e Trans-sexualidade.E olha
que li muito.
Minha namoradinha do colégio apenas podia me ver as escondidas e isso
estava a ficar mais raro.
Estava eu a ficar cada dia mais solitária.
Comecei pensar em fugir do colégio; e certa vez até fui verificar se
isso era possível.
Eu diante de um muro de três metros de autura só podia sentir mais
tristeza.
Pois podia cair de lá e me machucar. Além de ter que ir parar em um
hospital seria o meu fracaço.
O sentimento de prisioneira era latente e aí manifestei interesse de
descobrir uma forma de poder conquistar minha liberdade.
Liberdade que todos o tinham. E aí comecei a perturbar a todos.
Informei minha mãe que iria conquistar essa liberdade de qualquer jeito.
Que a desejava como sendo o último recurso, meu objeto de luta, minha
obsessão, minha vontade suprema.
Ela só me respondeu: - A sua liberdade está em obedecer o que o regime do
colégio permite e ele só permite que você a tenha lá pelos desoito anos;
quando poderás fazer o curso de mobilidade! - Logo ainda falta muito e aí
é melhor se comportar!
Daria um jeito nesse desafio. Comecei arquitetar um plano.
capítulo 10: Minha mobilidade minha liberdade
Comecei a me relacionar com meninos de outro pavilhão. Jáque o colégio
era dividido por pavilhoes. Os dos pequenos, os dos médios onde eu morava e
o dos adultos.
Descobri a existência de uma oficina de vassouras e daí soube que lá
eles também montavam bengalas.
Minha mãe sempre deixava um dinheirinho para eu poder comprar na
cantina do colégio algo que precisasse. Uma vez que já estava ficando mais raro
as minhas idas para casa.
Fiz economia e depois de uns quatro meses comprei minha primeira
bengala.
E aí comecei lá dentro do colégio a manuseá-la.
Como conhecia bem o colégio não tinha dificuldades em saber como
bengaliar. Mas muitas vezes era perguntada: - Onde pensa que vai?
Respondia: - Vou conquistar minha liberdade!
As freiras começaram a ver com um ar de dúvida pois cansaram de me
informar que só poderia sair do colégio com o curso de ginásio completo
e daí é que poderia fazer a tal mobilidade.
Já estava cansada de explorar sempre o mesmo ambiente. Resolvi levar
minha bengala para casa.
Quando lá cheguei riram de mim.
- Há então será esse o seu novo acessório?
Não permiti que eles rissem muito e respondi: - Essa será minha
liberdade!
E ela veio em um feriado de dia das crianças.
Já que aquela semana o feriado ía cair no meio da semana pedi para
ficar em casa a semana inteira. E minha mãe não se opôs.
Já dava umas voltinhas na quadra de casa e estava bem familharisada com
o que tinha próximo.
Juntei duas passagens do metrô e uma tarde de sol saí rúmo ao colégio.
Como fica longe tudo quando se está a fazer algo que não se espera de
você!
Peguei o ônibus e logo me deram o lugar para me sentar. Para começar
estava a ir bem.
Porém como é que iria fazer para percorrer um trecho de pelo menos
vinte quarteiroes que comprendiam da estação Ponte Pequena até a estação da
Luz?
Já que eu não tinha dinheiro para ir ouvoltar de ônibus ou de
metrô!
Me perguntava e a medida que o ônibus avançava lá ía eu rumo ao mundo
novo.
Cheguei a estação Ponte Pequena do metrô e pedi a informação de como
poderia fazer para pegar a avenida Tiradentes? E o motorista pediu
gentilmente a um passageiro: - Condusa a céga até a rua ali ao lado do
terminal! E assim aconteceu.
Fiquei ali parada por uns minutos mas resolvi andar e qual minha
surpresa! Sabia o fazer!
A sensação de liberdade começava a fluir e precisava me esforçar. Dei
passos importantes aquele dia. E agradeço à Deus por ter conseguido!
Depois de ter levado pelo menos duas horas para percorrer o trecho
concegui chegar ao ponto de partida do outro ônibus que me levaria até a porta
do colégio.
Sem relógio, apenas contando com uma ajudinha aqui outra ali nas horas
de atravessar a rua. Cheguei suada no outro ônibus.
Bem feliz! Mas e agora iria chegar ao colégio? Era a dúvida.
No caminho me lembrei que uma amiga chamada Morgana morava perto do
colégio então descobri que seria interessante ir até a casa dela e foi
isso que fiz.
Desci em frente ao colégio e passei bem à porta dele e fui rumo a casa
da minha amiga.
Cheguei lá exausta. Mas triunfante, conseguira ir bem longe e melhor
conseguira provar a mim mesma que era capaz de ir e vir. Não
precisaria esperar mais ninguém para me buscar. Podia fazer o caminho sozinha.
Mas estava tão feliz que me esquecera da hóra e aí quando me lembrei já
era bem tarde.
Me ensinaram como deveria fazer para pegar o metrô que me levaria de
forma mais rápida ao meu ônibus. Que me permitiria chegar a Guarulhos e
lá fui eu.
Dpois de enfrentar essa jornada toda estava preocupada com o horário.
Não tinha a velocidade necessária para superar a distância e aínda para
ajudar o trânsito não contribuía em nada.
Cheguei em casa as dez horas da noite mas para quem nunca tinha saído
tão longe até que não estava mal.
Quando minha mãe me viu informou a duas pessoas que estavam a porta de
casa: - Podem ir que a fujona chegou!
Sentei no sofá de casa e esperei o discurso. E isso não demorou a
acontecer.
- Você sabia que te viram a passar em frente de seu colégio hoje?
- Sim! Respondi.
- Pois é sua mãe agora além de tudo tem a fama de mentirósa! - Pois para
você ficar em casa essa semana toda eu disse às irmãs que estava doente e aí
você faz essa!
- Tens algo a dizer? - Não! Respondi.
- Pois é ainda para ajudar deixou a família toda preocupada! - Agora terei
que ir até a delegacia dar baixa em um pedido de auxílio que tive que
abrir, já que você estava sumida o dia todo!
Ela pegou sua bolsa e saiu sem dizer mais nada junto de dois policiais
que a aguardavam.
Fui tomar banho e descançar pois havia sido muito agitado aquele dia.
Deitada pensava no meu feito e fiquei feliz por de mais ao me descobrir
capaz.
Os outros membros da família só resmungavam: - É fugiu! - Que loca! - Que
coisa! - E agora quem segura?
capítulo 11: Curitiba Paraná
Não havia mais motivo para eles me segurarem e dali para frente não
impediam mais que eu saísse. Entretanto, no colégio impuseram que eu
não me utilisasse da bengala mais, pois podia dar margem para outros
colégas fazerem o que fiz.
Felizmente já estava chegando o fim do ano e daí ocorreu que as irmãs
me chamaram para uma reunião.
Lá estavam: A assistente social, a psicóloga, a diretora e eu.
E qual foi minha surpresa! O assunto era o meu namoro com a funcionária
do colégio.
Pediram para que eu a deichasse em paz. E eu que nem tinha muito haver
com ela. Só respondi: - Que se nosso amor estava a incomodar que eles então
dessem um jeito para que pudécemos nos amar longe dali!
E aí me ameassaram de dar como punição a minha expulção do colégio.
Saí da sala da direção super revoltada. Eu que só tinha pela moça uma
consideração importante. Fiquei em cituação de ter que me decidir:
- Continuava as escondidas o namoro que nem era assim tão caloroso ou
assumia minha homossexualidade!
Só consegui ver a moça depois de três dias, pois ela se escondia e pior
já estávamos a nos distanciar por conta de tudo o que vinha acontecendo.
Minhas notas caíram muito, pois não conseguia me consentrar. Já que tinha
essa dificuldade a resolver. E pior não queria assumir nada. Tinha medo
de ser recriminada, ser excluída definitivamente de minha família.
Foi então que ela veio conversar comigo:
- É queridinha! - Nós vamos ter que nos
separar, pois já fui informada que se não te deixar de lado eu e você
seremos mandados embora daqui do colégio!
Impotente diante de tal notícia, só pude dizer: - Você quer que tudo
fique assim do jeito que está?
Ela me beijou e disse: - É melhor nos deixarmos pois sua família já foi
chamada para uma conversa e aí dessa conversa certamente saírá algo que
poderá ser definitivo há ambas!
Ela tinha rasão. Em uma quinta-feira, coisa rara minha mãe apareceu no
colégio para saber o que se passava. E ficou ao par de tudo. Dê meu
namoro com a moça que era mais velha, dê minhas notas e por fim que poderia
ser expulça do colégio se continuasse.
Não havia meio de reverter o quadro. As freiras estavam irredutíveis.
Ou eu saía ou teriam que mandar a moça embora.
Saber essa notícia por minha mãe foi o fim.
Ela foi até o pátio do colégio onde eu estava e me contou tudo isso.
Depois exclamou: - Vai deixar essa moça em paz por que se não eu vou ter
que tirar você daqui!
Não respondi nada.
Ela se foi e eu para variar fiquei mais um mês na espera de notícias de
casa.
Ví a moça depois mais uma vez e ela me comunicou: - É, teremos que
esperar o fim do ano para ver como é que fica! - Pois já está perto e eu devo
entrar em férias e irei para minha cidade! - E com relação a você
certamente seus pais vão encontrar um caminho!
Parece que ela já sabia qual era.
Chegou o fim do ano. E fui para casa. Não se mencionava nada a respeito
do assunto mas se sabia que algo estava acontecendo. Quando me apercebi
já era tarde de mais.
Meu caminho estava trassado para o estado do Paraná.
Minha mãe emprendera duas viajens para a casa de minha avó que morava
em Curitiba. Como eu era muito bobinha pensei que fosse por causa de minha
avó estar doente de repente. Mas que nada, era minha matrícula no
Instituto de Permanência de cégos que estava a ser feita.
capítulo 12: Minhas lágrimas
As férias foram ótimas, pois sempre que saíamos de férias minha mãe
arranjava uma viajem ou um passeio a fazer ou no mínimo íamos a praia.
Naquele ano fomos a praia e lá eu que adóro o mar pude relachar. Mas
não estava a saber de nada.
Minha surpresa foi quando chegou o início do ano. Minha mãe
veio comunicar-me que eu iria para Curitiba.
Entrei em estado de chóque e comecei a chorar sem parar.
Chorei por que não iria ver tão cedo minha família, chorei por ter uma
homossexualidade não resolvida e pior não assumida. Chorei por tudo.
Faltava uma semana para eu embarcar e aínda chorava atoa. Pedi: - Que já
que não havia jeito de ficar com eles! - Que eu fosse embarcada para o
Rio de Janeiro, uma vez que já sabia que lá tinha um instituto de cégos.
Me negaram! Alegando que lá seria pior! Já que não haveria ninguém para
me assistir em caso de necessidade!
Eu só chorava.
Chegou o dia do embarque e lá estavam minhas poucas coisas: Uma mala
com roupas, um violão que ganhara há algum tempo de meu próprio pai e
minhas lágrimas que incistiam em cair pelo meu rosto!
Entrei no ônibus chorando e cheguei em Curitiba.
Curitiba era uma cidade que já conhecia. Porém era uma cidade que nunca
havia pensado em estar para morar. Pois eu era nascida ali e quando
tinha dois anos de idade minha mãe resolvera fugir de meu pai com o pai de
meu irmão para São Paulo onde de fato posso dizer que fui criada.
Na verdade era como é até hoje! Uma bela cidade mas não estava em meus
planos iniciais ficar por ali.
Entrei no instituto e fui apresentada para uma assistente social muito
gentil. Dona Maricóta que pediu para conversar comigo a sós e depois
pedil para conversar com minha mãe em separado.
- Então é você o moço que teve de deixar o instituto de São Paulo?
Por não saber o que minha mãe havia dito me ative somente a
responder:´- Sim ou não as perguntas que ela fazia.
Por isso a nossa conversa se tornou simples e rápida.
Com minha mãe no entanto, a conversa foi mais demorada e aí quando ela
saiu da sala
já estava sentenciado que eu iria ficar alojada no quarto dois e que
qualquer coisa era só procurá-la.
Minha mãe me acompanhou até lá e apresentou-me: - Esse é o novo
companheiro de vocês! Como resposta do pessoal recebi apenas um: - Bomdia!
Arrumamos o guarda-roupa e aí saimos para o pátio para conversar.
- Filho permanecerás aqui por um ano! - Se não se acostumar a gente pode
pensar em por você para estudar em outra instituição! - Porém aqui tens a
sua avó por perto e certamente ela pode dar-te alguma atenção em caso
de necessidade!
Eu só pensava: - Puxa que horror!
Foi aí que ela me disse algo que já mais esqueci: - Tenho um pedido a
fazer! - Posso?
Respondi com a cabeça que sim.
- Sei que para você deve estar sendo muito difícil mas esse pedido tem
ha ver com suas lágrimas! - Não chores mais perto dos outros pois os
outros não precisam saber de sua dor! - Deixe para chorar junto a seu
traviceiro, pois la ele não o perturbará e pricipalmente ninguém irá
saber por que chóras!
Deu-me um beijo no rosto, estendeu-me a mão deixando-me um dinheiro que
poderia precisar e se foi.
Fui para o quarto dois meio sem jeito e com as lágrimas nos olhos.
Teria que ficar ali e teria que dar um jeito de me acostumar.
Hora do almoço! Fui condusida por um coléga de quarto que fora
designado a me mostrar tudo o que tinha no colégio e aí esperimentei a
comida.
Simples! Mas que fazer era o que tinha para comer e seria dali
endiante o meu futuro.
capítulo 13: Jornada estudantil
À tarde dona Maricóta veio me dar mais orientações e sempre muito
simpática perguntava: - Está precisando de algo? Mas eu sempre
respondia: - Que não!
Em meu quarto moravam eu e mais oito pessoas e devagar fui tentando
fazer amisade.
Um dos meninos me informou que eu iria estudar no mesmo colégio que
ele; e que me ensinaria a chegar lá no primeiro dia mas depois que eu
me virasse! Pois ele não costumava ir para a escola todos os dias.
Dona Maricóta o entimou a dar esse apoio. E aí eu descobri que uma vez
que iria estar ali teria que andar sozinha por uma cidade desconhecida e
pior teria que iniciar meus estudos em um colégio parceiro do
instituto.
Os meninos eram até gente boa e, quando perceberam minha
Femenilidade, começaram a me comparar com um tal Bruninho e eu fiquei
muito triste! Pois não aceitava a comparação e aí para desviar as
atenções tratei de conhecer outras pessoas que moravam ali.
Descobri que havia uma ala de meninas, uma ala de velhos e que podia
transitar ao menos em alguns momentos entre eles. E aí a sim que o
pessoal começava a me comparar com o tal Bruninho; eu saía de perto e ía
me relacionar com outras pessoas ou então ía ao pátio ficar só.
Veio o jantar e não o quiz. Estava por de mais triste e não queria
nada.
Fui deitar muito tarde já que a comparação não parava. Deixei eles a
rirem do meu jeito e sem dizer nada fui ao pátio ficar a pensar o que
estava a fazer ali.
O rapaz que fora designado a me acompanhar avisou: - Amanhã terás que
levantar cedo! - As seis hóras! - E aqui é bom a gente se espertar pois
não está acostumado! - E a gente deve estar no colégio até as sete! - E aí
é melhor ir se deitar logo!
Não ouvi o conselho dele. E permaneci durante muito tempo no pátio e
quando fui deitar estava realmente com sono.
Todos já dormiam. Alguns com o rádio ligado. Fazendo muito barulho e eu
demorei a dormir.
Fui acordada pelas cinco hóras quando um deles se levantou e foi ao
banheiro e ao esbarrar em minha cama me despertou.
Fiquei acordada e aí aos poucos tudo começava a acontecer. O rapaz me
chamou: - Ei Bruninho vamos levante e se arrume para ir a aula! E todos
que já estavam acordados riram.
Levantei-me e fui ao banheiro. Havia alguém tomando banho, outro
escovando os dentes. Foi então que percebi que teria que enfrentar fila se
quisesse tomar banho! Desisti da idéia e deixei para depois do almoço.
Escovei os dentes e me arrumei para ir tomar o café. O sinal já havia
tocado e o tal companheiro avisou: - Não se demore! - Pois logo eu vou e aí
você fica!
Com medo de perder o companheiro não fui tomar café. O esperei na
portaria do instituto.
Seu José um porteiro bem velho que tinha por lá me comprimentou e
falou:
- Você toca violão também?
- Um pouco mas bem pouco!
- Que bom! - Vais se acostumar! - Aqui tem muitos violeiros!
Veio o rapaz que iria me condusir ao colégio São Paulo onde eu
dali endiante iria estudar.
Ficava longe do instituto. E eu devia pegar um ônibus. E lá fomos.
no caminho ele quase não dizia nada e apenas se preocupava em me
desviar dos obstáculos.
Assim que chegamos ao colégio ele me deixou na secretaria e
se foi.
Percebi que dali em diante teria que ser muito esforçada para poder me
adaptar ao mundo que se apresentava a minha frente.
A diretora do colégio veio e disse:
- O que precisas?
- Bom, eu fui endicada a estudar aqui! - Parece que na quinta série mas
não sei de nada!
- A ssim! - Você é do instituto né?
- Sim sou!
- Meu nome é Marcela e eu já sei do seu caso! - Podemos ir então!
Lá fui eu! Estudar o quê? Pois em minha sala eram todos normais e
ninguém estava disposto a dar atenção a um ser diferente por ali.
Finalmente acabou a manhã! E aí que ruim! - Como é que iria embora agora?
Me condusiram até o ponto do ônibus e lá fui eu embarcada no meio de um
monte de alunos barulhentos. - E aí como fazer para descer no instituto?
O motorista percebeu que eu não conhecia e disse:
- Fique em paz eu vou até o centro e na volta deixo você em frente!
Como eu já estava acostumada a grandes jornadas dado ao fato de vir de
São Paulo não me preocupei.
E como combinado ele o fez. - Só que eu perdi o almoço!
Sem café, sem almoço só restava o café da tarde. E como não conhecia
nada por ali fiquei a espera.
Assim começou minha jornada estudantil. E foi por meio dessa fome toda
que pude sentir o quanto minha casa fazia falta.
capítulo 14: Meu pai e meu violão
Comojá mencionei ganhei um violão de meu pai legítimo. Em uma época que
estava a pensar em aprender. Só que isso se deu ainda quando estava no
Instituto Padre João, lá por volta de meus quize anos e ocorreu da
seguinte forma:
Um dia em um final de semana qualquer quando fui para casa minha mãe me
chamou para uma conversa e foi logo disendo:
- Olha recebi um telefonema nessa semana que é de seu interesse!
- Nossa! - Mas eu tenho direito a ter algum interesse já que meus
direitos são tão limitados?
Ela permaneceu no assunto.
- O que interessa é que esse assunto deverá ser
resolvido por você! - E deverá pensar logo pois é importante! - E
anunciou:
- Seu pai legítimo parece que está muito doente e sei que nunca falei
muito dele para você! - Mas em se tratando de vida ou morte parece que ele está
a fim de te conhecer! - E essa decisão é sua!
- Mas eu penso que o que decidires sera respeitado!
- Pense e aí entrarei em contato com quem me telefonou! - E veremos o que é
pocível fazer!
De fato minha mãe sempre falara pouco sobre meu pai. E quando um casal
se separa parece que a única auternativa que fica é: A de se falar sobre os
recentimentos. Infelizmente meu pai tinha sido bom nisso.
Bêbado, agrecivo e siumento era infelizmente a imagem que ele tinha
deixado quando minha mãe se decidiu a fugir com o pai de meu irmão.
Fui aquela semana pro colégio e quando voltei ela tornou a tocar no
assunto.
- E então! - Se decidiu? Perguntou em uma manhã. E eu respondi: - Sim! - Penso
que se ele quer me ver, então: - Lá vou!
Fui informada na semana seguinte que iria: - Olha só para onde!
Curitiba.
Até então nem sabia que ele era de lá.
Cidade que eu já conhecia por conta de que minha avó morava ali mas
nunca havia pensado que talvez meu pai também lá morasse.
E assim fui a Curitiba para vê-lo.
Minha mãe havia informado aos parentes que eu desejava ganhar um violão.
Pois já que meu pai nunca tinha dado nem notícias e nem sabia muito
sobre mim. Eles, digo, meus tios resolveram me presentear. E assim que
cheguei há casa de minha avó paterna eles exclamaram: - Há ele é cego!
Foi uma notícia bombástica. Pois eles não sabiam do fato e aí enquanto
meu pai não chegava. Posei para várias fótos com meu violão. E aí veio o
homem que era o meu pai.
Bêbado, a cair em cima das pernas. Cheirava a álcool de longe. Porém me
tratou com uma certa distância no início. Mas depois se aproximou e
como é peculiar aos bêbados ria muito. E me apresentava: - Esse é meu
filho!
E depois de ganhar muitos vótos de boa sorte ao sair. Eu fui a casa de
minha avó materna. E assim acabei na época retornando para São Paulo.
Agora aqui no Instituto de Permanênciade Cégos estava perto daquele
que pelo sim ou não era meu pai. Porém não sabia como procurá-lo. Mas tinha
o violão. E de pósse dele comecei a dedilhar a noit para espantar a
tristesa.
Fiz amisade com um rapaz que era de outro dormitório e depois de uma
semana ele me convidou: - Ei! - Quer ir amanhã até o centro? - Eu te levo!
Depois de uma semana de dificuldades, muita solidão, pensei que seria
bom ir até o centro para conhecer e aceitei prontamente.
O nome dele era: Alcides e ele foi generoso. Me levou para conhecer a
rua XV de novembro popular rua das flores. E lá comemos pipócas e aí
retornamos.
Foi um passeio legal para um sábado. E ai soube quem era o tal
Bruninho. Tratava-se de um rapaz que era guey mas que não vinha muito
ao instituto e a minha voz se parecia muito com a dele. E talvez por isso é que o pessoal
pegava muito no meu pé.
À noite daquele sábado minha mãe me telefonou.
- Olha! - Como estão as coisas por aí? Perguntou. E eu que fiquei muito
séria ao receber uma ligação de tão longe e principalmente no meio de um
monte de gente. Já que o telefone ficava na portaria. Respondi: - To bem!
- Na semana que vem darei instruções a dona Maricóta para que você volte
a me telefonar ou então que entre em contato com sua avó! Informou ela e
desligou.
Saí dali e fui pro pátio. E lá estavam a tocar violão. E eu fui pegar o
meu para acompanhar. Mas nem nisso eles me davam a oportunidade. Pois
como eu aprendera só o básico e eles já estavam bem mais adiantados do que
eu. Me excluiram novamente.
O remédio era deixá-los de lado e sair para outro canto em silêncio.
E como se diz: - Ensaquei a viola e fui para outro canto do pátio ficar
só.
capítulo 15: Beijos enamorados
meu único amigo Alcides começou a me dar mais atenção e sugeril: - Quer
conhecer umas garotas? Perguntou no domingo. E como eu já estava
pensando em não demonstrar que era gay, pois até mesmo qualquer comparação com o
tal Bruninho poderia me deixar braba a qualquer hora dessas. Afinal os
meninos me enchiam a paciência à cada instante. Resou vi que seria ao menos
interessante fazer amisade. E acabei conhecendo muitas meninas e até tentei namorar
algumas delas.
Com o tempo fiz muitas delas felizes. Pois namorei, noivei e até casei
certa vez.
No primeiro ano de instituto fui atropelada da ala das meninas muitas
vezes. Pois era local proibido para meninos. - Mas sei lá! Elas pareciam
mais solidárias. Eu por tentar esconder minha feminilidade. Enquanto estava com elas,
conseguia diminuir a chateação dos rapazes.
Minha mãe de fato me mandara o telefone para que eu pudesse entrar em
contato com ela ou então com minha avó. Mas não sentia vontade de
fazê-lo e deixei que ela ligasse. Dona Maricóta que soubera que eu já
no domingo andava a rondar a ala das meninas pediu: - Olha não vá lá por
que é importante que você saiba: - Tal qual o instituto de São Paulo aqui a gente dá
atenção e privacidade a elas! - E como elas não podem vir aqui você não deve
estár a ir lá!
Com receio que outra expulção pudesse acontecer. Respeitei por uns dias
a ordem que me fora dada em alto e bom tom.
Conheci também outro rapaz que se chamava: Túlio e começamos a andar
juntos os três. Eu, o Alcides e o tal Túlio e fisemos uma boa amisade e
onde estava um estava os três.
Pporém estudávamos em colégios diferentes. O Alcides estava no
instituto. O Túlio já estava mais adiantado e estudava no colégio
Panamá e eu estava no São Paulo. Quase não nos víamos durante a semana.
Uma tarde descobri uma oficina de trabalhos manuais e fui apresentada.
lá e descobri que poderia aprender a fazer: sacolas, esteirinhas e
melhor estar com as meninas a fim de me familiarizar e de repente evitar
comentários.
Fazer sacola não foi o meu forte. Mas tentei aprender a tal esteirinha.
E consegui!
Machucava muito minhas mãos! Mas para ajudar no dinheirinho que eu
precisava ter para poder sair nos fins de semana a passear servia.
Minha mãe ordenara que eu fosse a abrir uma conta em um banco chamado:
Tesouro. E o mais próximo era a dez quadras do instituto. E através de
ordem de pagamento, ela me mandava algum dinheirinho para que eu pudesse
me virar.
Mas assim mesmo era pouco. Pois a vida aqui era cara. E eu que não
tinha noção; gastava rápidamente o que tinha e as vezes ficava a passar
necessidade.
A primeira desilusão amorosa veio com uma moça chamada: Monalisa. Ela
era bem gordona mas tava a fim de namorar! E eu estava a fim de me
esconder.
E aí a gente se combinou.
Só que nessa época eu fui conhecer uma outra entidade que ficava
pertinho do instituto. A Programar e lá era uma festa! Pois podiamos
namorar e passear com quem tivesse a fim.
Beijando uma e outra aqui e ali, fui encobrindo a minha fama de
veado.
Mas era só um disfarce. Pois nunca me sentia viado mas atraida pelos
meninos. E aí começou o conflito que me levou a entrar no mundo do
álcool.
Comecei a sair com os rapazes. E enquanto rolava uma serveginha aqui
outra ali fui me aproximando do mundo do álcoo que infelizmente
precisei de muita boa vontade para sair.
Aí conheci um tal de: LucioQue me levou a conhecer uma irmã dele que
se chamava: Roseli e através da tal Roseli, conheci a Lucia.
Beijei muito a tal Roseli. Mas era só nos fins de semana. E quando ele
me levava até a casa dele que ficava num bairro mais afastado.
Beijar se tornou importante e eu que adorava isso não tinha preguiça em
o fazer.
A Roseli enchergava e isso facilitava com que pudécemos namorar quando
eu ía em sua casa. Pois era por de mais interessante seus beijos e
carinhos.
A Lucia já era cega mas por conta disso eu deixei a tal Monalisa e fui
tentar pedir a tal Lucia em namoro.
Como é bom estar enamorada!
capítulo 16: Meu primeiro pé na bunda
Em um fim de semana a gente marcou de ir a praia. Eu, o Lucio, uma tal
de Isolda e a Lucia. Já era quase fim de ano nessa
época e a tal Monalisa já estava descartada. Pois tinha uma cisma: - Só
se casaria se alguém a levasse à ilha do mel que ficava aqui no litoral
do Paraná! Coisa que só descobri muito tempo depois.
Mas em quanto durou foi bom. Beijei muito.
Como eu ia dizendo: - Fomos à praia! Eu tinha economisado um monte de
dinheiro para tal viajem. Saímos do instituto e fomos rumo ao litoral
na praia de Leste.
Pois o Lucio havia conseguido uma casa onde ficaríamos por um
dia.
Após o almoço! lá fui eu me declarar apaixonada pela tal Lucia e qual a
minha surpresa! Ela não aceitou.
Depois de um dia lindo de sol, um gasto enorme , acabei por ganhar um
fora monumental.
Voltei para Curitiba e fiquei super braba. Pois gastára muito e agora
estava ainda por cima sem dinheiro e sem amor.
Mas que fazer? No entanto, sempre aparece alguém para consolar um
coração despresado!
Por esse tempo todo minha mãe só me ligava aos fins de semana para
perguntar se estava tudo bem e para ordenar que eu fosse ao banco a fim
de pegar o dinheirinho que ela depositava.
Não se importava se eu estava a namorar, a beijar ou o que fosse.
Passei a sentir saudades da moça lá do instituto de São Paulo e comecei
a pensar em ir até lá.
Já chegava o fim do ano e pelo Paraná as coisas andavam de módo
simples e rotineiras. Não tinha grandes amigos fora o Túlio e o
tal Alcides. Acreditava ser muito pouco aquilo que estava a fazer e
queria alcançar mais coisas.
Ter uma casa, ter uma família, ter um trabalho melhor e coisas assim.
Beijava uma aqui outra ali para disfarçar mas não sabia se isso iria
durar muito. Pois fazer sexo estava difícil. No instituto ninguém
mencionava a respeito. Ou seja: - Ninguém falava de forma direta ou
praticava!
E aí eu por uma questão de necessidade comecei a frequentar outros
ambientes.
Saía para ir a buates. Mas era difícil me relacionar com mulheres.
Especialmente as que tinham vida diria duvidósa. Pois era só o sexo que
elas podiam proporcionar e aínda era pago. Não havia sentimento e eu
não conseguia.
Brochava! Não conseguia ter a devida ereção e pior tinha que pagar!
Saía dali com a maior frustração que alguém pode ter.
Comecei a me frustrar. Além de não poder ter sexo com os rapazes já que
temia ser descoberta. Foi devido a estar nas noitadas envolvendo-me com
o álcool que percebi que estava a ir por caminho tortuoso. Pois se
dava assim: - Chegava a uma boate e lá vinha uma moça a me servir! Fosse com
carinho ou com atenção e logo anuciava seu preço e a bebida que estava
em promoção, ou a que ela estava a fim de tomar. E eu
pagava! Muitas vezes só a bebida de tão cara que era.
E lá vinha eu sem dinheiro, sem saciar meu corpo e pior enganando-me.
Bebia inocêntemente! E as vezes tomava cada porre que Deus me livre!
Certa vez fui convidada para um casamento de um piá do instituto que
morava em um município chamado: Fazenda Rio Grande. E lá fui eu e todo
pessoal do instituto. Tinha baile, tinha bebida e comida a vontade. Um
festão! Levei meu violão e de tanto que bebi o perdi. Só fui
encontrá-lo um mês depois.
Resolvi que iria a São Paulo! Para tentar viver por lá.
Tentaria me aproximar de minha família. E assim o fiz.
Pedi uma passagem em um órgão público de cortesia. Já que no instituto
todos os que queriam viajar especialmente para outro estado assim
o faziam.
E ganhei minha passagem para ir ver minha família!
Então fui eu para São Paulo.
Decidi que iria procurar a moça do instituto. Decidi que estava a fim de
procurar o antigo namorado e que de certo teria muitas decisões a
tomar.
Lembrava-me de ambos! Mas reconheço que o rapaz era quem de fato me
fazia mais falta! Pois talvez por ter ele saciado esse corpinho por várias
vezes era quem de repente deveria ter meu coração!
Amar é importante! Pois não há individo que não seja capaz de o fazer!
capítulo 17: Amores mal vividos amores perdidos
Fui a São Paulo. E ao chegar minha mãe ficou surpresa. Com o fato de eu
ter tomado a iniciativa de procurá-los. E aínda de forma tão
imprevisível.
Pois não havia anuciado meu retorno. Apenas fui visitá-los.
Fui bem tratada. Bem feliz por ter agido assim fiquei uma semana no
convívio deles. E aí tive uma conversa com minha mãe que se propôs a me
ajudar a voltar para casa.
Fui visitar a tal moça. E como é estranho acabar um amor que era vivido
de forma tão inocente.
Cheguei no instituto e pedi para visitar as dependências. E acabei a
encontrando. Creio que foi importante saber que quando há um certo
afastamento, seja por conta de um problema aqui ou ali, ou a própria
distância contribuem para esfriar as emoções! E assim foi! Um papo de
pinguim no Pólo Norte!
Um papo frio como bunda de fóca! Mas que definil que de fato era perda
de tempo ter continuado a insistir em um amor que era por de mais
difícil.
Até porque nossas necessidades eram as mesmas.
Procurei também o meu amor do bairro. Mas ele também estava envolvido
com o trabalho e já não parecia tão interessado em ter a seu lado
essa pessoa que tinha ido tão longe por conta das circunstâncias.
Meu irmão já começava a pensar em trabalhar. E eu estava a pensar nos
meus amores! Quando minha mãe anunciou: - Olha se de fato pensas em
voltar a São Paulo terás que arranjar um trabalho! - O que pensas sobre ser
telefonista? - Pois eu aqui irei assumir um cargo importante na
Telesp e aí quem sabe a gente pode tentar te contratar!
Voltei a Curitiba apensar no assunto. Embora não estivesse muito a fim
de retornar a São Paulo. Dada às decepções amorosas que tinha tido.
Dois amores mal vividos! Dois amores que não estavam mais a fim de mim!
Em Curitiba as coisas permaneciam na mesmice. Um beijo aqui outro ali
mas sem compromiço. E certa vez estava eu até cansada de produzir as tais
esteirinhas, que realmente comecei a considerar a possibilidade de
retornar a São Paulo a fim de iniciar minha carreira de telefonista. Embora
pensasse inicialmente que era uma profição de veado! E olha só: - A exerço até
hoje!
Já tinha feito tudo o que era possível para me relacionar com as
meninas.
Mas fora os beijos não conseguia nada.
Com os rapazes nem pensar! Pois tinha uma paúra daquelas! Já que se
eles sonhassem que gostaria de estar com eles a fazer amor certamente seria
expulsa do instituto.
E assim levava meus últimos dias daquele ano. E aí comecei a imaginar
se realmente seria importante meu retorno a São Paulo? Pois lá tirando
minha família não havia mais nada a fazer! A não ser conviver!
Conviver com um futuro duvidoso! Afinal já não havia amores, já se
sabia que teria que trabalhar! E aí como resolver isso se não tentasse?
E no fim do ano reúni algumas roupas e fui até São Paulo. Inicialmente
para passar as festas de natal e de ano novo com minha família.
Assim podia observar se era possível viver lá de novo.
Tentar sempre foi uma obstinação de minha parte! Costumo dizer: - Que
choro por conta das coisas que realisei! - Não pelas que tinha vontade de
realizar!
Comecei então um novo ano! Com minha família a tentar me apoiar para
que eu voltasse.
Fui fazer matrícula em um novo colégio! Fui entrevistada para ingressar
no trabalho de telefonista, fui estimulada a pensar que ao menos
deveria tentar a ser de novo dali.
Um ambiente que já era meu! Mas que agora não o percebia como tal!
Quando a gente se afasta de um ambiente de intimidade ainda que seja de
nossa família, ganhamos uma independência! Porém! Quando voltamos,
parece que fica faltando algo! E esse algo é a liberdade!
Liberdade que aqui no Paraná eu tinha e que lá certamente estava a ser
cerceada. Pois era minha família e família tende há restringir nossos
atos.
Mas assim mesmo tentei!
capítulo 18: Lágrimas de duplo sentido
Voltei à rotina. Ía ao colégio novo em que me matriculára em
Guarulhos, pois agora era o mais próximo de minha casa. Aguardava o
chamado para trabalhar como telefonista e pensava em como poderia
Viver ali! Pois era difícil dado ao fato de tudo ser realmente longe.
Já começara o ano letivo e eu já ia ao colégio há alguns dias quando
minha mãe me anunciou: - Que teria que ir a Curitiba para apanhar meus
documentos! Meu histórico escolar, enserrar a matricula no instituto,
reúnir minhas coisas e oficiar minha nóva vida!
E assim o fiz. Em um fim de semana embarquei para Curitiba para fazer
que essa nóva vida se tornasse meu caminho! Porém isso não aconteceu!
Cheguei em Curitiba e as novidades por aqui eram muitas. Havia um curso
de bobinagem de motores elétricos a ser promovido pelo instituto. Meus
amigos Túlio e Alcides estavam intusiasmadiscimos com a idéia e eu
também fiquei! Mas disse-lhes que já não era mais possível ficar ali!
Pois estava retornando para São Paulo e que aquele seria o meu último fim de semana
no instituto. Pois tinha de conversar com a dona Maricóta para efetivar
meu desligamento! Tinha que apanhar meu histórico escolar e retornar para
minha família.
Eles ficaram surpresos com o fato! Embora ficassem tristes desejavam
sorte.
Arrumei tudo e no fim do sábado já estava com quase tudo pronto. Quando
fui chamada a portaria do instituto. E quem estava lá? A Lucia!
Pediu para que depois do jantar a procurasse. E eu o fiz.
Encontramo-nos em um ponto que era de prache! Na tal rampinha! Pois era
um local que era divisor de alas e ali conversamos.
- Verdade que você vai embora daqui? Perguntou.
Meio sem jeito de dizer a ela disse apenas: - Vou se tudo der certo na
segunda-feira! Decidi contar como é que as coisas estavam a
acontecer lá em São Paulo.
Depois de uns beijos e uns abraços fui ao meu quarto a pensar: - é vais
me perder!
No dia seguinte, continuei a arrumar minhas coisas. Pois
tinha que acomodar tudo em uma só mala! E quem disse que cabia!
Meus amigos vieram me ajudar. E aí continuou o papo do tal curso.
Descobri que eles indiretamente também não estavam a fim de deixar com
que eu me fosse.
Guarda-roupa vasio, tudo em uma só mala, um violão; estava eu com
minhas coisas ageitadas. Quando recebi o recado da portaria: - Que
deveria procurar a Lucia.
Mas só o fiz depois do almoço. porque teríamos a tarde inteira para
conversar.
E aí ela veio com um papo assim:
- É, sabe lá em São Paulo tudo é diferente! - Você não tem medo?
Respondi: - Que não! Pois era acostumada a viver lá! Minha família
era de lá e não deixaria que nada acontecesse comigo.
- Mas veja: - Se você for para lá pode morrer!
Respondi: - Que não! Minha família não iria deixar nada acontecer comigo!
E acabei rindo muito dela.
Beijamo-nos a tarde inteira e ela continuava tentando me persuadir.
Veio o jantar e aí ela pediu: - Venha me ver após o jantar que aínda
quero te dar um adeus!
Jantei e dei mais uma olhada em minhas coisas para me certificar que
nada faltava. E aí a procurei.
Ela veio linda após o jantar. E eu a amei daquele jeito. Dei muitos
beijos.
E ela a chorar começou a pedir: - Não vá!
Até hoje me sencibiliso com lágrimas e aí descobri que elas tem duplo
sentido. Podem ajudar como podem atrapalhar a vida de alguém.
Resolvi então colocá-la na parede: - Você não quer que eu vá, por quê?
Ela respondeu: - É perigoso!
Aí eu sentenciei: - Eu sei que é! - Mas sei o porquê você está a agir
assim!
E anunciei: - Se é por que você está a me amar! - Eu vou rever a
pocibilidade de ficar!
- E aí a gente conversa amanhã!
As lágrimas pararam de cair e um beijo surgiu como se fosse o único e
o último de um amor que estava a se revelar. De forma à quem pudesse
entender como mágico.
Penso que o amor é mágico. Pois nunca sabemos como ele vem e nem como
ele vai. Mas ele acontece, invade nossos corações e nos faz ficar loucos
por definir e resolver nossas vidas.
capítulo 19: Meu primeiro emprego
Assim chegou a segunda-feira. Lá estava eu com uma mala pronta e a
dúvida!
Me perguntava: - Fico ou vou?
E perto da hora do almoço recebi o telefonema que definil tudo.
Minha mãe ligou e eu me decidi. - Vai voltar a que horas? Perguntou ela.
- Não vou voltar! Anunciei.
- Como assim? Ela perguntou incrédula.
- Eu resolvi que aqui tem mais futuro! - Pois vai haver um curso e eu
pretendo o fazer! - E aí não volto!
Omiti a Lucia e o fiz bem.
O que se seguil depois foi um discurso de deserdada que até hoje
relembrando parece que a ouço.
Depois de uma hora no telefone, uma fila por tráz de mim que queria
utilizá-lo, desliguei e fui ao meu quarto a pensar: - Nossa dessa
vez perdi minha família!
E de fato assim se deu. Por muito tempo fiquei sem ter notícias deles.
Desarrumei a mala, pus tudo de volta no guarda-roupa e fui tratar de me
matricular no tal curso e tentar recuperar minhas faltas no colégio.
Pois para todos os efeitos eu estava a faltar.
A noite ví a Lucia e anunciei: - Pois é fiquei aqui! - E agora a gente pode
namorar muito! - Pois pretendo ser feliz a seu lado!
Ela ficou feliz. Mas esse amor durou só três meses. Afinal de contas
são assim os impulsos da nossa juventude. Tem um preço. E eu a perdi
para um carioca que tinha recémchegado do Rio de Janeiro. E ela se entusiasmou
por ele e me deixou.
A única coisa que foi bom disso é que realisei o curso de bobinagem de
motores elétricos e acabei por ter noção sobre partes importantes de um
motor.
Com um curso, depois de quatro meses recebi o telefonema de minha mãe
que perguntou: - Não está arrependida?
- Não! - Eu estou bem e agora vou tentar um trabalho!
Respondi com a maior dignidade.
E ela anunciou: - É bom, pois já não estou mais com o Gustavo e aqui as
coisas já não vão bem há algum tempo! - É preciso que você saiba! - Pois
ainda esse mês vou te mandar algum dinheiro! - Mas depois é com você!
Dei graças a Deus que minha mãe ia finalmente deixar o tal peste de meu
padrasto. E não posso dizer que fiquei triste com isso.
Mas agora tinha que pensar em economisar e arranjar de fato um
trabalho.
Comecei a pesquisar o assunto.
Um dia saímos: - Eu, o Túlio e o Alcides A procurar trabalho!
Cada um de nós com nossas dificuldades. E fomos rumo a Cidade
Industrial.
Batemos o dia inteiro atráz do tal trabalho.
Nas primeiras empresas nos recebiam como a qualquer um. E até nos
atendiam. Mas lá pela hora do almoço já estávamos os três sujos, suados
àandar. E a tarde não foi próspera.
Hoje vejo que ao fim daquele dia parecíamos os três mendigos a querer
um trabalho aqualquer custo.
Trabalho que veio a acontecer de vagar. Mas aconteceu.
Minha primeira oportunidade foi como telefonista de uma empresa chamada:
Plastique. E ela existe até hoje.
No começo, quando ainda estava estagiando, deram-me um aparelho
telefônico muito velho, super desatualizado. Ainda bem que eu o
utilizava somente no fim de semana. Pois se
tivesse que trabalhar durante a semana naquele aparelho ia me bater por
demais.
Ganhava pouquinho que nossa! E além disso era fábrica de aventais e aí
dependia do movimento para que eu fosse escalada a ir trabalhar nos
sábados.
Mas estava feliz! Afinal podia ganhar meu dinheirinho onestamente.
Não era registrada mas assim mesmo era bom! Só tinha uns empecilhos que
de vez enquando ocorriam. Que era a falta de ônibus e quando eu perdia
um; podia voltar para casa. Pois a segurança não deixava a gente entrar
depois do horário por nada desse mundo.
Ía assim: - Estudava durante a semana e trabalhava aos fins de semana!
capítulo 20: Fixando raízes
Dedicando-me aos estudos conheci uma entidade chamada: Preparar. E lá
eu tinha que passar pelo menos uma ou duas vezes por semana para ter aula de
reforço. Pois estudar em um colégio normal estava dificil. Já que
os professores não tinham muita boa vontade e de certo nem o devido
preparo para educar uma moça tão especial assim como eu.
Fui levando a vida assim. E certa vez quando fui a Programar
conversar com uma assistente social abri o meu coração e comentei:
- Estou querendo deixar o Paraná! E ela acabou por me convencer a ficar.
Hoje penso ter sido a melhor coisa que fiz.
O nome dela era: Nadir e ela acabou até por ganhar um presente. Pois
tinha sido muito gentil ao dizer: - Veja já é hora de você pensar em fixar
raízes! - Pois uma árvore só pode dar frutos quando estabelece o canteiro
onde ela quer crescer!
E com essa mensagem a me reverberar nos ouvidos tentei procurar outro
trabalho.
Em conversa com o Lucio descobri que e le trabalhava na Fortalesa no serviço de
mecanografia na época. E eu aí muito curiósa perguntei: - Como é que ele
fazia para fazer a popular xerox?
Em uma tarde ele me convidou a ir lá conhecer e eu fui.
Tive a melhor impressão possível. E aí comecei a pensar: - Que se ele
podia fazer, por que eu não?
De posse de um material do colégio certa vez fui buscar recursos para
poder obter algumas xerox. E aí me sugeriram que fosse a Sociedade
Municipal.
Pois era muita coisa e os Membros de lá costumavam a ajudar.
Tinha trocado de colégio. Pois o Túlio me convensera que o Panamá era
melhor. E de fato inicialmente o foi. Apesar de ser um colégio
particular, eles tinham um programa de bolsas que beneficiava os cegos.
Lá fui eu rumo a Sociedade Municipal. E chegando na tal xerox
muito tímida perguntei: - Ei moço será que não era possível conseguir um
estágio de xeroquista aqui?
O moço riu do meu jeito e pediu: - Vá até o gabinete do Doutor José
Claudino que ele precisa dar-lhe a autorisação para que eu faça essas
xerox! - Pois é muita coisa!
O segurança me encaminhou ao tal José
Claudino. Mas fiquei indignada. Pois o rapaz nem respondeu se era
possível o tal estágio.
Lá chegando pedi a autorisação para as tais xerox e pedi para conhecer
o tal doutor.
As secretárias que me atenderam me informaram: - Olha ele está ocupado!
- Tem seção plenária hoje! - Mas se você quiser esperar depois ele o
atende!
Como não tinha nada para fazer depois daquilo fiquei ali plantada
esperando por pelo menos duas horas.
E veio o homem perguntando: - Alguém quer falar comigo?
E aí a moça falou: - Esse rapaz está aqui a lhe esperar! - Pois disse que
gostaria de conhecê-lo! - E ficou a sua espera!
Fui condusida ao gabinete do homem e lá me sentei.
- Doutor eu gostaria só de saber se o senhor podia me informar se é
possível conseguir um estágio aqui no setor de xerox? Perguntei eu na
maior umildade. Pois tinha uma dificuldade enorme com minha timidez.
O Doutor pegou no telefone e ligou para um tal de Reginaudo e não
largou mais. Por pelo menos meia hora, ficou falando e eu ali a
aguardar sua resposta.
Depois de assinar alguns papéis que as secretárias o traziam,
finalmente perguntou ao tal Reginaudo: - Olha estou aqui com um rapaz que
quer trabalhar aqui! - Será que você pode recebê-lo e dar-lhe a
oportunidade?
- Pois ele é cégo e precisamos nos adecuar a lei que nós
mesmos fizemos! - Pois como é que vamos dar exemplo?
Desligou e me deu a notícia: - Olha você é especial pois acabamos de
aprovar uma lei de um Membro aqui que sugere que as repartições
públicas tenham um percentual de pessoas com problemas especiais! - Assim
como o seu! - E parabêns! - Amanhã traga os seus documentos que será
contratado!
Agradeci euforicamente e fui apanhar minhas xerox.
Nem acreditava que aquilo ía acontecer. E fiquei super feliz.
No dia seguinte fui bem cedinho até o gabinete do doutor onde fui
orientada a ir a administração para conversar com o tal Reginaudo
Rodriguez. Que era responsável enquanto diretor por todo o pessoal da
Sociedade municipal.
- Muito bem! - Você vai ganhar inicialmente um salário mínimo! - Vou te
contratar! - Pois gosto muito daquele doutor e se ele te indicou é porque
você o merece!
- Começa amanhã! - Lá onde você sugeril na xerox!
-Só tem que ser esperto! - Chegue no horário e depois a gente vai dando
andamento a seus documentos por aqui!
Fiquei super feliz. Ía trabalhar registrada e melhor ganharia um
salário por isso.
Mas não foi assim na sequência. Fui orientada a abrir uma conta no
banco Uberaci e aí soube que meu salário iria ser depositado ali e que
não me preocupasse com nada. Só em trabalhar.
Combinado o horário. Eu tinha que estar lá as oito horas e sair as
cinco todos os dias durante a semana.
Aí agradeci ao tal Reginaudo e fui ao instituto feliz da vida.
Foi assim que descobri muita coisa que me servem até hoje.
capítulo 21: Uma surpresa e uma dúvida
Decidi deixar aPlastique! Pois já que iria trabalhar agora durante a
semana, pensava que não gostaria de ter que me ocupar também aos fins da
mesma.
Acabei assim descobrindo uma grande amiga de São Paulo que também
trabalhava lá.
Era a Mara! Só que durante todo o tempo que eu fiquei na empresa nós
não nos víamos. Pois eramos de departamentos distintos. Uma vez que ela
trabalhava no faturamento. E eu só estava durante os fins de semana na empresa.
A gente não se encontrava.
Como tinha que informar que ía deixar a empresa fui durante a semana e
lá estava ela. Que me recebeu de braços abertos.
- Nossa você aqui! - Como esse mundo é pequeno! E eu muito feliz por
encontrá-la pedi para ela dar rumo ao meu desligamento da empresa. E aí
ela o fez. Já que eu não ia mais trabalhar na empresa ela me deu seu
telefone e marcamos de nos ver em sua casa na semana seguinte.
Ela era uma visinha ocasional. Pois quando eu morava em São Paulo ela
sempre estava por lá. Eu era criança quando a conheci. E a gente se
deu bem pois ela se sencibilisou com minha maneira de ser. E sempre que
ía a São Paulo fazia questão de me visitar. E agora estava ali em minha
frente fazendo o meu desligamento de meu primeiro trabalho.
Marcamos que eu logo ía visitá-la e assim aconteceu.
Mara era uma moça bonita, inteligente, super feliz e eu me surprendia
com sua forma de ver o mundo. E nos fins de semana quando eu estava na
empresa sempre sabia notícias dela pelos peões que trabalhavam lá.
Só que não sabia que era uma pessoa que já conhecia e que já
tinha participado de minha vida de forma tão importante. Já que de
longa data sabíamos muito sobre uma e outra.
Os peões sempre davam a ela a conotação de ser uma musa, bela,
inteligente e super gostósa.
Seus parentes ainda moravam em São Paulo pertinho de minha casa e aí
telefonei para ela para que pudécemos nos ver novamente. E marcamos
para o sábado.
Quando fui visitá-la fiquei sabendo como minha família estava. E aí
contei tudo o que se passara comigo até ali e falei sobre os
comentários do pessoal da empresa. E ela anunciou: - Ju do céu se você
soubesse de uma coisa! Exclamei: - O quê! - Eu não gosto de homem gosto é
de mulher e eles estão enganados comigo!
Foi aí que descobri que as mulheres também podiam gostar de outras
mulheres.
Despedimo-nos. E eu segui a vida. E dali em diante nunca mais a ví.
Na verdade nem sei por quê. Mas só sei que devido a vida corrida não
foi mais possível.
Meu primeiro perildo na Sociedade foi difícil. Pois meus companheiros
não tinham boa vontade em me ajudar. E aínda tinha um tal de Claudio que
tudo que eu ía fazer ele se opunha.
Era eu o tal rapaz que fisera as tais xerox que se chamava: Emilho, o
tal Claudio no tal setor. Mas eles começaram a colocar-me no canto. Já
que eu não sabia me horientaram que ficasse a observar.
Só que aquilo me deixava doente. Pois ficar as oito horas pregada em
uma cadeira sem fazer nada era o meu fim.
Porém já tinha pedido para sair da Plastique e agora era tentar ficar
por ali de qualquer jeito.
Fui para o instituto e aí lá procurei diretamente o Lucio e ele me
ajudou.
- Piá do céu! - Não to conseguindo fazer nada naquelas máquinas! - Como é
que você faz? -- Pois meus companheiros estão a porem-me de canto e pior não
sei se vou durar muito por lá!
Aí ele me orientou a posicionar os papéis. E que eu fisesse uma
marquinha para conseguir saber onde era possível iniciar a tal máquina.
Comecei assim a realizar o tal trabalho.
Cheguei no dia seguinte e informei ao Emilio que para eu realizar meu
trabalho precisava que ele marcasse no visor da máquina como eu podia
saber se ela estava a iniciar e se o papel estava posicionado
corretamente.
Aí com clipes foi feito as tais marquinhas. E aí eu comecei a realizar
o trabalho de xeroquista.
Me batia um monte. Pois o contador também fora marcado mas não aceitava
de primeira os meus comandos. As vezes saía mais as vezes saía menos
papéis xerocados.
Mas pelo meu esforço consegui a amisade do tal Emilio e aí o Claudio
ficou com siumes. E continuava a atrapalhar meu trabalho. Pois sempre
que um serviço chegava, lá ía ele o todo prestativo a pular na frente e a
fazer sozinho.
Deixava que ele fizesse assim. Pois a pessoas que infelizmente não tem
interesse algum em ajudar ninguém e o pior, não se tocam que muitas
vezes elas ao ajudarem estão aprendendo a se ajudar.
Foi então que descobri que na Sociedade havia uma sala de imprensa. Ali
conheci um homem que se chamava: Paulo que me mostrou como tudo
funcionava.
Depois do expediente, ele dava um jeito para que eu fosse até lá. Foi
quando rolou meu primeiro amor masculino depois que já estava aqui no
Paraná.
Ele me disse: - Sabe sei que você é muito lindo! - Mas quero que saiba:
- Eu adorei saber que você vai ser um auxiliar aí dessa xerox! - Mas se você
quiser aprender mais! - Eu te ensino!
E eu aceitei. Sempre que podia estava lá na sala dele. Hora para tomar
um cafézinho, hora para ver ele editar matérias que iam pros jornais e
rádios. E naturalmente horas para dar uns beijinhhos.
Só que isso acontecia no maior sigilo. Pois éramos discrétos.
Acabei por ir depois de dois meses parar no telefone da Sociedade e ali
conheci muita gente.
E entre essas pessoas o Aroudo Rodriguez que era irmão do tal
Reginaudo que era o presidente da casa.
Certa tarde fui chamada ao gabinete dele. E lá fui.
- Muito bem! - Pudémos verificar que você está a se empenhar em seus
trabalhos!
- Só gostaria de saber por que você não vê?
Ai eu contei tudo o que se passara. E ele ordenou a um acessor que me
mandassem ao departamento médico para que verificassem se não havia de
fato mais nada a fazer pelos meus olhos.
E assim foi feito. Marcaram uma consulta com um oftalmologista chamado:
doutor Murilo. E lá fui eu a tal consulta. E aí ele ao ficar a par do
que tinha acontecido, resolveu pedir exames. E eu os fiz a fim de saciar a
volúpia de quem estava a me ajudar.
Depois de uns meses fui parar no elevador e aprendi mais sobre sobe e
desse do que se pode imaginar. E aí conheci a Glaci que vinha ali na
Sociedade para namorar uma porção de gente. E ela também quiz trocar
uns beijinhos comigo. E aí fazer o quê?
O Paulo me dava uns beijinhos daqui e a Glaci dava uns beijinhos de la!
E assim eu ía.
Aprendi a editar matérias. Aprendi a telefonar. Aprendi a xerocar e
agora já estava aprendendo a subir e descer de elevador. Tudo isso num
prazo relativamente curto.
Foi então que fui chamada a estar no gabinete do tal doutor Aroudo
novamente. O tal que era presidente lá na Sociedade. E lá fui.
- Já está aqui a seis meses e percebemos que você tem um enorme
potencial! - Logo vamos envestir em você!
- Saiu os resultados de seus exames médicos! - Porém só faremos esse
investimento se você pensar em fazer uma cirurgia!
Não tinha muita vontade de fazer cirurgia. Pois não ver já fazia parte
de mim.
E eu nem estava tão disposta assim a pensar no assunto. Mas ele
advertil: - Se fiseres a cirurgia e ela der certo você continua aqui com
a gente! - Eu pessoalmente arranjo um trabalho melhor a você! - E se ela
não der certo você terá que deixar a Sociedade!
- Os custos dessa cirurgia serão pagos aqui pela casa e ficarão em torno
de dez mil cruzeiros! - Eu gostaria que você pensasse no assunto!
Eu recebia em torno de um salário mínimo. Já era bem popular a época na
Sociedade. Precisava pensar em um futuro melhor e aínda não tinha o tal
registro em carteira. Pois o departamento pessoal me enrolava a cada
vêz que eu ía lá a perguntar sobre o assunto. E agora para ajudar só
poderia ficar na Sociedade se eu fisesse uma cirurgia.
Foi aí que conheci uma mulher que me ajudou muito. Chamava-se: Marlene
e ela pertencia à Sociedade Municipal na época. E ela sugeriu que eu
fizesse um concurso público e se eu passasse ela me levaria para uma
nova atividade.
Nessa dúvida eu fui conversando aqui ali. E e tive que aceitar
fazer o concurso e fazer a tal cirurgia.
capítulo 22: Feito de amor
Por essa época minha família se mantinha bem a distância. E eu tudo que
precisava fazer ou decidir era por minha conta.
Arranjei uma namorada no instituto. A Silvia que até com o decorrer do
período acabei ficando noivo dela.
Ela era gente boa. Mas era ciumenta. E eu dava um geitinho aqui outro
ali para não encontrá-la muito. Pois estava a namorar três pessoas ao
mesmo tempo. E aí tinha medo que um descobrisse do outro.
O Paulo era difícil. Embora a gente só se beijasse na Sociedade não era
possível fazer mais do que beijar. A Glaci é que foi difícil. Pois
descobriu que eu morava no instituto. Foi lá e além de me namorar
namorou uma porção de cegos que estavam a disposição.
Mas eu não tinha alebído para sexo. Só era mais eufórica quando estava
com os rapazes. Mas mesmo assim tentava. E aí resolvi ficar noivo da tal
Silvia.
Ela conheceu minha tia e minha família gostou muito dela. Depois disso
se sussedeu que a tal Glaci começou a perturbar. Pois eu tentava deixar
que ela se fosse. Mas ela não me deixava em paz. Ía na Sociedade, ía no
instituto e não me dava sucêgo.
Até que ela descobril que eu estava noivo da Silvia. E aí foi pior. Não
saía do meu pé.
Nessa época marcaram minha cirurgia. E la fui eu rumo ao hospital
oftalmológico. E depois disso me deixaram no instituto de molho por um
mês.
Minha mãe soube da cirurgia mas não pôde vir me ver. Minha família não
estava aí comigo. Pois fazer o quê? O negócio era pegar o carinho de
quem estava disposto a dar. E aí a Silvia foi bem útil e a Glaci também.
Só que a Glaci a conheceu. E não me deu paz enquanto eu não terminei o
noivado. E num dia em que ela veio me visitar. Lá estava eu e a
Silvia. E aí como fazer? Tentei escapar da Silvia mas ela me seguil
com sua irmã.
Aí eu sai correndo do instituto com a tal Glaci e fomos rumo ao
pinheirinho. E lá ía eu na frente com a Glaci a correr em plena avenida
sete. E a Silvia atráz com sua irmã a nos perceguir.
O que nos salvou foi o fato de que pudemos pegar um ônibus. Se não sei
lá o que poderia ter acontecido.
Só sei que aquele dia perdi um namoro e acabei um noivado.
Fazer o quê?
Se o amor era muito ou melhor se elas não estavam dispostas
a me dividir!
Por esse tempo em que eu estava a me recuperar conheci a namorada do
tal Lucio. Era a Creusa e já que eu estava de molho ela sempre vinha
visitá-lo. E por sermos visinhos de cama ela conversava comigo. E aí
acabei por conhecer as duas irmãs dela. A Isaura e a Conceição. E acabei por
convidá-las a tomar um lanche em uma lanchonete chamada: Ilha que ficava
pertinho do instituto. E assim começou uma amisade.
Conceição na época só tinha quatorze anos. E num fim de semana a gente
saiu para tomar um sorvete. E aí ela não me quiz. Pois meu pedido de
namoro não funcionou.
A Isaura namorei ela por uns seis meses e penso que pelo sim ou não até
nos gostávamos.
Mas ela descobril que a Silvia estava a rodear. E deixou-me.
Namorar é bom e eu recomendo! Pois é nesse período que descobrimos o
quanto é bela a vida e de que sentimentos somos feitos! E eu de certo
sou de amor!
capítulo 23: Escondendo meu eu
Já estava bem quando recebi a visita do corpo clínico da Sociedade.
E junto com eles o diagnóstico: - Que o doutor Murilo havia feito de tudo mas
minha visão não iria retornar. E aí o que fazer?
Eles me medicaram e me acompanharam por mais trinta dias. Agora teria
eu que voltar ao trabalho. Mas como enfrentar o pessoal da Sociedade?
Pois lá existia uma porção de gente que estava a esperar se tinha dado
certo ou não minha cirurgia.
Foi por esse tempo que saíu o concurso. Estava lá eu de
novo a batalhar por um trabalho. Como estava de folga já que tinha que
me recuperar para poder voltar à Sociedade, fui estudar pro tal concurso e
não há de ver que tinha pouco tempo. Pois era um processo celetivo e eu
tinha que ser rápida para conseguir. E dei graças a deus por ter que
estar em recuperação.
Estudar nunca foi meu forte. Mas eu sempre me esforcei já que precisava.
E te digo: - Quando a gente precisa é uma coisa de louco! - Somos capazes de
fazer coisas que nem imaginamos!
Lá ía eu a me recuperar e a estudar umas apostilas que conseguira
através de uma amiga. E qual era o cargo que se podia prestar ao
concurso? Pasmem! O de telefonista. Pois fazer o quê?
Eu não era dada a atender ao público. Tinha sido pega a fazer o que já
parecia destinado.
No mundo dos deficiêntes são poucas as pocibilidades de trabalho útil.
Só se podia pensar em ser: professor, telefonista, xeroquista,
acessorista, radialista, câmara escura e com sórte talvez adivogado.
Xeroquista já tinha sido, acessorista também então pela
minha pouca pocibilidade de estudo restava telefonista. E lá fui.
Prestei o tal processo celetivo. E esperei e pelo sim ou pelo não, lá
estava eu apostando tudo de novo na sórte.
Sórt que me acompanhava. E sorte só tem quem acredita nela!
Voltei para a Sociedade. E aconteceu que realmente já deveria pensar em
deixar o trabalho por lá. Pois as pessoas começaram a me ver como: - Há
coitada!
- Fez a cirurgia e não deu certo! E aquele sentimento foi me deixando
triste que nossa.
Foi aí que minha amiga assumil um cargo de secretária.
Por essa época eu fiquei muito amiga de um acessor dela, o Aldo que me
contou: - Olha a Marlene assumil um cargo lá na Empresa! - E aí você fez o
concurso? Perguntou ele e eu respondi: - Fiz! - Então se nós passarmos
vamos trabalhar lá!
E assim ficamos no aguardo.
O Paulo estava meio deixando-me de lado. Pois já tinha eu pouco tempo
para estar com ele. Já que trabalhávamos no mesmo prédio mas eu no elevador quase
não podia ir a sala dele. Que ficava longe. E aí aquele sentimento foi
esfriando.
Penso que talvez tenha sido também por conta de eu ter ficado tanto
tempo afastada dele. Já que havia estado em: licença de tratamento de
saúde.
Fiquei emcostada no amor por uns meses. Já que ninguém estava mais a
fim.
Dei um tempo. E penso que sempre que vivemos perildos muito
intensos devemos aguardar o que pode acontecer. Mas o meu lado feminino
pedia carinho e atenção! Mas já que não tinha! O que fazer?
Viver momentos faz parte! Mas estar a viver é preciso saber administrar!
Eu penso que naquele tempo eu estava a me esconder de forma muito aguda
do meu próprio eu.
Eu que já tinha vivido os meus dezessete anos e que já não estava mais
com minha família! Que não tinha um verdadeiro amor! Eu que gostava de amar
não conseguia realizar meu próprio corpo.
Realizar um corpo que clamava por carinhos e que a sociedade condenava e
especialmente por que era de um mundo diferente. Não me sentia guey,
não me sentia homem mas estava a tentar a ser o que algum tempo depois
descobri que seria impocível! E reconheço que eu me esforcei e muito
para o ser!
Só que a gente não pode ser o que não é! Cedo ou tarde a verdade vem!
Resplandece como ao sol que nasce! Como à uma flor que desabrocha e isso
aconteceu um dia comigo!
capítulo 24: Um bêbado chato.
Veio a notícia que os que trabalhavam teriam que deixar o instituto.
Entendiam os dirigentes que quem trabalhava podia se manter sozinho em
qualquer parte da cidade.
E agora o que fazer? Pois a ordem era essa e fim! Não havia o que
dissuadisse os diretores da instituição de tal determinação.
O instituto ia entrar em reforma e pronto. Tínhamos os que trabalhavam
sair! E acabou.
Fui buscar um local para morar mas que fazer se não tinha esperiência
nem de fritar um ovo! E aí encontrei inicialmente um quarto perto da
Sociedade em um pensionato. Mas era simplesmente horrível morar lá.
Chuveiro frio, quarto individual porém pequeno, para lavar roupa não
dava certo! Pois roubavam a roupa da gente. E lá estava eu a tentar minha
independência!
Andei muitas vezes suja!
Pois que fazer?
Estava a sofrer com meu destino.
Pior não tinha ninguém a me auxiliar para que pudesse me dar dicas de
tarefas domésticas!
Foi aí que minha mãe apareceu. Bem em um fim de semana que eu estava a
passear com um amigo chamado: Alaor e qual minha surpresa! Quiz ir até o
pensionato. E daí foi o meu fim. Pois deixou-me na maior vergonha. Ao
em vez de me ajudar me distratou na frente de meu amigo.
Jurei que não deixaria ela se aproximar mais de minha intimidade.
Depois de me destratar ficou combinado que levaria minha roupa para
lavar na casa de minha avó. E assim o fazia uma vez por semana. Levava minha
roupa para lavar lá e na semana seguinte ía buscar.
Comecei a passar fome. Pois meu salário não estava dando paranada .
Foi aí que resolvi procurar meu pai. E descobri o endereço dele. E fui
visitá-lo. E para variar soube que ele estava à beber muito. mas que eu
deveria ter paciência e conversar com ele. Sugeril um tio. Não ía fazer
mal algum.
Só que depois de vários internamentos, tratamentos sem susséço, eu
tinha minhas dúvidas se compensava fazer tal esforço.
Mas a necessidade obrigava eu tentar. E aí espus minha cituação a meu
pai!
E ele reclamou: - É, só que eu não tenho condições de ser seu pai! - Porém
vamos tentar! - Pois nunca tentamos! - Vivemos afastados o tempo todo!
- Tentaremos! - Vou falar com sua avó e você vem morar aqui!
Minha avó pediu: Que eu trouxesse o pouco que tinha! E assim o fiz. Só
que já no primeiro dia meu pai estava a cair de bêbado e começou a insultar
a minha mãe! Ou seja: Falava repetidas vezes que ela não prestava, que
ela não valia nada! E aí eu me apercebi que a mágua de ter sido trocado
ía ser o fim dele.
Quando ele não estava de fogo, Era um bom homem. mas quando bebia era o
bêbado mais chato que se podia ter notícia.
E chegou um dia que ele estava bêbado. E aí partil para cima de mim.
Anunciou: - Olha é melhor você reconhecer que sua mãe não presta e digo
mais: eu só não te estupro por que é ruim fazer isso com o próprio
filho!
- Pois eu sei que você não é homem e que não o será nunca!
Chorei a noite inteira! Mas não disse nada a ninguém. E aí ao
me levantar minha avó só comentou: - Não ligue, ele estava bêbado!
Percebi que daquele dia endiante se eu quisesse viver em paz teria que
fazer força para me manter longe dele!
Minha avó era ucraína. E sabe uma das boas lembranças que tenho dela é
uma camisa engomada que ela engomou certa vez para que eu fosse
trabalhar. E pasmem! Ela ficou parecendo nóva.
E assim eu ía tentando comviver ali. Mas o bêbado de meu pai não me
dava sossego.
Me lembrava de meus porres que só consegui me livrar com esforço. Pois
quando saía com meus companheiros de cópo ao em vez de beber comia.
Penso que a fome era maior. E assim foi que fui me afastando da bebida.
Mas meu pai se esforçava para se afundar nela e eu não podia fazer
nada!
Pois meus tios já tinham tentado de tudo.
O álcool é uma droga que leva nosso dinheiro, nossa saúde e acaba até
com nossa família.
Em um sábado aconteceu o maior quebra pau.
Estava eu sentada na frente da casa de minha avó. Quando veio o bêbado
de meu pai a me perturbar. E aquele dia eu não estava muito bem. Pois
estava triste e queria ficar em paz!
Mas que nada! O chato não estava disposto a me deixar! E aí começou os
insultos com relação a minha mãe. E te digo: - Ela tinha muitos defeitos
mas havia me criado e tinha me dado muito. Conforto, estudo, amisade o
quanto fora possível. E eu ai tomei as dores dela e pedi: - Para de falar
assim dela!
Mas o chato continuou!
fFiquei em pé e resolvi! - Hoje acabo com você! - Corra! - Pois se eu o pegar
um de nós morre!
E saí atráz dele. E aí meu tio foi chamado. E veio atráz de mim. E foi
o maior fuzuê! Meu pai na frente e meu tio atráz. E eu anunciei: - Hoje
acabo com esse discurso! - Venha aqui que já dou-lhe um jeito!
Depois de correr umas dez quadras fui alcançada pelo meu tio. E aí não
pude fazer mais nada!
A não ser mudar dali para a casa de minha tia que era a irmã mais
velha de meu pai.
E ele escapou de morrer! Pois se eu o pego eu não o deixaria escapar
vivo!
Uma das coisas que sei que tenho é a honrra e eu a lavaria com sangue
na época se fosse preciso.
capítulo 25: Uma burrice que quase aconteceu
Fui condusida a morar por uns tempos na casa de meus tios. Só que de lá
só restou a amizade de um primo. O Marcos com quem até hoje mantenho
relações. Por que não deu certo de morar lá?
Por que infelizmente a criação deles não era igual a minha. Eu sempre
fui bem tratada e sempre tratei todos bem e não gostava de grocerias e os
meus tios eram um casal de ignorantes e mesquinhos. Pois até para usar
a luz a fim de ouvir um rádio, eu tinha que pagar.
Mesquinhos e perturbados. Mas graças a deus isso durou pouco.
Nesse tempo o Alcides estava a morar em uma casa no bairro do
pinheirinho. E eu pedi que ele pensasse em me deixar morar lá. E ele
ficou de pensar. Pois teria que conversar com o rapaz que havia sido o
fiador dele. Um tal de Cristiano e aí me dava a resposta.
Aí fui chamada a trabalhar na Empresa e como prometera a dona
Marlene; ela de fato conduziu eu e o seu assessor para que ocupássemos
os nossos cargos.
E assim se deu. Lá estava eu uma funcionária pública e tinha a
maior esperança. Pois se tinha aprendido tantas coisas na Sociedade, na
Empresa seria muito melhor.
Fui pedir o desligamento da Sociedade. E aí descobri que era muito
querida por lá. Pois apesar das pessoas não demonstrarem o doutor Reginaudo não
queria me demitir. E só o fez quando saiu minha nomiação em diário
oficial.
Ganhando três vezes mais. Lá ía eu. trabalhar na empresa que era
tercerizada de uma instituição pública. Uma
secretaria que tinha sido a coqueluche do prefeito. Pois ele queria que
a capital fosse: A capital ecológica. E ela o foi!
Não era ruim trabalhar lá. Mas era longe. Pois não havia muitos ônibus
para se chegar ao trabalho.
Com o curso de bobinagem surgiu a idéia de se montar uma empresa. Eu o
Túlio e o Alcides. Pensamos que devíamos dar vazão a esse sonho.
E maquinamos muito sobre isso. E aí fui morar com a devida autorisação
na casa do tal Alcides.
Lá conversávamos muito sobre o assunto. Mas não saía do papel. Aí
conheci o tal Cristiano.
A casa era simples. Mas era boasinha para que pudécemos viver. E aí ele
começou a me assediar. E pelo sim ou pelo não dado ao fato de estar
carente me deixei levar. E ficamos a namorar as escondidas. Pois o
Alcides, não sabia desse fato. E aí a gente ía levando.
O Cristiano aparecia lá uma vez por semana. E aí eu me deichava
namorar.
Já que meu amor estava a flor da pele. E pior! Não havia o que fazer.
Fui levando a vida assim: - Beijando o tal do Cristiano. Pois ele
também não sabia o que fazer comigo. Estava eu pronta para pensar em
sair da Empresa. E teria sido a maior burrice de minha vida.
Fui ao diretor de recursos humanos que se chamava: José de
carvalho. E ele era pastor de uma igreja. E pedi:
- Doutor: tenciono sair da Empresa e penso que o senhor pode preparar
minha conta! - Já que penso ter algum direito para receber!
Ele riu e pediu: - Muito bem! Já que é assim venha aqui amanhã no fim da
tarde e daí conversaremos!
Já cauculava a pocibilidade de abrir uma bela empresa de bobinagem de
motores elétricos uma vez que estaria bem com meus amigos.
A inocência as vezes nos custa a vida!
E no dia seguinte lá estava eu pronta para cometer um erro que
certamente teria acabado comigo.
Fui conduzida ao gabinete do homem e como já era fim de
expediente ele começou: - É, o que vou fazer se você quer pedir a conta?
- Vamos aos valores! - Tem pouco mais de um ano! - Leva apenas suas férias!
- Pode ser que com um pouco de sorte tenha algum fundo de garantia a
receber daqui uns meses! - E aí depois vai fazer o quê?
Contei da minha pretenção em abrir a empresa com meus dois amigos. E aí
ele resolveu falar o que pensava de mim.
- Sabe você é muito inteligente! - Mas penso que de hoje endiante tem que
pensar no que você realmente é! - Eu e todos aqui reconhecemos o seu
esforço em ser alguém mas não será por caminhos desse tipo que irás
alcançar sua felicidade!
Quis interrompê-lo. Mas ele pediu: - Depois de eu falar tudo você o
faz!
- Sei de sua maneira diferente de ser e sei que para você assumi-la deve
ser muito difícil! - Mas olha não é se escondendo ou fugindo de seu
próprio eu que vais conseguir algo!
Aí ao me ver descoberta quanto a minha feminilidade estava de repente
a chorar.
- Não precisas sair da Empresa pois aqui é um trabalho público e pode
lhe garantir pro resto de seus dias. - E se você um dia se revelar como o
é, ninguém poderá desistir de você! - Ou manda-lo embora por isso!
- Vamos agora que eu o levo mais perto do centro! - E aí você vai para
casa e se resolver que realmente quer ser desligado você vem aqui amanhã que
eu mando fazer suas contas! - E lhe pagar!
Saí da sala do homem chorando e fui até o centro chorando.
As lágrimas as vezes vertem de nossos próprios olhos para nos mostrar
que devemos ter juíso e seguir nosso coração!
E assim permaneço até hoje la na Empresa.
capítulo 26: O Asilo
A idéia de abrir a tal empresa não vingou por que havia um plano
econômico em vigência. o tal crusado e aí tudo o que se pensasse em
termos de componentes era cotado em dólar.
Muitas empresas estavam quebrando por conta disso e se eu tivesse saído
da Empresa teria falído e seria uma desempregada.
A casa do meu amigo Alcides foi pedida pelo proprietário e aí tinha eu
que procurar uma nóva morada novamente.
Fui morar com o Túlio. Só que não deu certo. Pois o rapaz tinha uma
esposa à Hilda. E por conta de que eu deixava a janela aberta para ventilar
à noite, ele me entimou a deixar sua casa.
Aquele dia reuni meus poucos pertences e levei tudo para a casa de
minha avó. Só que pasmem! Quando chegou lá pelas nove horas da noite ela me
mandou embora. - E ir para onde?
Não disse nada e saí! Como nesse tempo eu já trabalhava em um
departamento chamado: Catapã ou seja o Museu de história.
Resolvi que ía ficar o mais perto do trabalho possível. E aquela
noite dormi no terminal de ônibus.
Tinha apenas um agasalho e mais nada. Fiquei iniciaumente com medo de
ser assautada. Mas não tinha nada de dinheiro e aí tentei dormir.
Foi a noite mais apavorante que tive. Pois lá pela madrugada apareceu a
visita de um objeto que até hoje quando tomo minhas decisões difíceis
ele parece que compartilha.
Um trem! pois a linha de trem passa até hoje ao lado do terminal de
ônibus.
E eu não sabia. E por estar meia dormindo parecia que aquele
trem tentava passar por cima de mim.
Foi um misto de pavor e de horror e dali endiante não pude mais dormir.
Amanheceu e eu me sentia um trapo e aí fui ajudada por uma senhora que
se chamava: Teresinha que trabalhava no Catapã e me deu a dica de um
asilo de velhos. E lá fui eu para Pinhais.
Minha família correu a me enternar lá. Só que lá pelo menos eu estava
em segurança.
Por esse tempo eu comecei a ajudar as pessoas do asilo. E aí quem fazia
as compras de bobagens do tipo: chocolate, sigarros ou
qualquer outra coisa. Era eu. Pois eu era a única pessoa que tinha
trânsito livre para entrar e sair a hora que quisesse. Pois trabalhava fora e a
coisa mais triste de se ver nesse mundo é:
Ser cerceada de nossa liberdade! E lá tinha muitos
assim. Pois a família abandonara por conta da falta de paciência.
E eu tentava amenisar o que podia a fim de ajudá-los a superar o
presídio em que viviam.
Fiquei morando por lá perto de seis meses e ví senas horríveis. Mas a
que mais me tocou ao coração foi: A de um velhinho ter que tomar banho em um
chuveirinho desse tipo duchinha no inverno de perto de zero grau , com
a geada a estalar. E o hhomem só por que tinha feito chichi na cama
teve que tomar banho ali naquele frio. Além de tremer muito ficou roxo e
enrijecido. E a tal dona que cuidava do asilo não teve piedade dele.
E eu impotente saí para o trabalho aquele dia super triste.
Todos vamos ser velhos um dia. E eu em particular espero ter pelo menos
o conforto que preciso para viver em minha casa.
capítulo 27: Amor proibido
Foi por esse tempo que arranjei uma garota que era um amor impocível.
Mas por ser impocível ela me fez entender o que podia ser praseiroso no
sexo.
Trabalhava no Catapã e começamos de módo inocente. Pois penso até hoje
a inocência acompanha os amantes. E aí aconteceu.
Marilia era o nome dela. E para variar eu que adóro viver amores
difíceis.
Tentava amar alguém que fora realmente muito importante a meu sexo.
Ela era casada. E por que o marido dela trabalhava no Catapã, não era
raro a gente se falar ao telefone.
Até que um dia começamos a marcar encontros. E isso se dava hora perto
do trabalho dela, hora por perto da Programar. Pois ela sabia que eu não
enchergava.
A gente talvez se tenha apaixonado por conta disso.
Amar uma mulher não é ruim porém em meu caso isso se tornava uma forma
de estar a esconder minha real identidade. E pior era um amor que
estava a ferir e machucar especialmente por que ela não
ficava a viver comigo.
E entre a viver comigo e a ser feliz com seu esposo ela opnou mais
tarde em ser feliz com o esposo.
Fizemos amor pela primeira vez ajudadas por uma irmã dela que morava em
Araucária. Uma cidade metropolitana e ela se deu ao direito de pedir o
apoio da irmã que de pronto ajudou.
Beijar e ser beijada, sentir o calor de seu sangue a correr pelas
veias, saber de palavras que se revelam somente no escuro de um quarto, ouvir
murmúrios e sentir a ereção que estava a acontecer, encaichar -se entre
as côchas dela foi mágico e praseiroso. Pois ver o amor a se escorrer
por entre as pernas de qualquer indivíduo seja ele homem ou mulher é
divino.
E assim se deu.
Fizemos muitas vezes o sexo mas eu apenas tinha o tesão animal. Por que
toda vez que somos estimulados a fazer uma coisa que nosso estinto é
capaz de proporcionar temos no mínimo o fator tesão a contribuir a
favor ou contra. E assim se dava.
Ela e muitas meninas que passaram por minha cama puderam me dar um
certo momento de felicidade. Pois as amei muito. Porém depois de se fazer o
sexo tudo se tornava ao meu ver um tanto vago. Pois compartilhávamos dos
mesmos desejos, tínhamos as mesmas vontades, gosávamos com objetivos de
estarmos ao menos por alguns minutos a sermos amadas ou amantes e aí
findava.
Sentir uma vagina com os dedos, estar a penetrar, gosar e deixar o
amor fluir. Só me estimulava a pensar: - E se eu fosse como ela? - Como
reagiria?
Será que não estou esagerando em tentar amar alguém igual a eu?
Perguntas que me perceguiam o égo e a alma e pior que não podia deixar
transparecer.
Marilia chegou até a conhecer minha mãe mas não mencionamos que ela era
casada, que tinha três filhos e que nosso amor era impocível. Mas minha
família acreditava que daquela vez eu ía me casar e ser feliz. E o que
de fato existia era o sexo que era esageradamente bom e praseiroso à
ambas.
Não criava ódio das meninas que queiriam estar comigo há cama pois de
diversas posições e de diversas formas eu estava a aprender amar e ser
amada. Só que não podia deixar meus desejos se revelarem. Pois
aprendendo como era feito eu relachava e me sentia feliz ainda que
momentaniamente.
O sexo é especialmente maravilhoso quando somos capazes de ouvir, de
deixar a hharmonia de nossos sentimentos dar ao corpo o interesse em
ser apenas o que todos desejamos: - Ser amados!
E assim um belo dia ela opnou em ficar com sua família e se foi de
forma tão imprevisível como veio.
capítulo 28: Um colchão apaixonado
Penso que o fator segurança predominou. Pois ela tinha uma vida
econômica junto ao marido estável e não ia se jogar em um amor que só era de
forma atraente ou sexual.
Meu amigo Alcides por esse tempo pensava em ir viver com uma moça
chamada: Estelita e foi por essa época que ele ao procurar uma casa a
encontrou em Almirante Tamandaré. E aí eu por curiosidade fui ver a
casa que ele pretendia alugar. Gostei e avisei: - Que ele podia deixar
que eu ía dar um jeito de alugar a tal casa. Mas para que eu fosse
morar nela.
Era uma casinha simpática bem pequena mas de auvenaria com banheiro
dentro. Só era distãnt do centro. Mas eu ía tentar ao menos convencer
minha família a ser fiadores na locação a fim de que eu pudesse ter um
local onde eu conceguisse receber visitas e estar mais avontade.
E minha família aceitou. De posse das chaves comecei a receber um monte
de móveis velhos que minha avó pedia aos visinhos dela para que eu
pudesse mobiliar minha casa.
E assim depois de dois meses eu já tinha tantos cacarecos que nem sabia
o que ia fazer com tanta tranqueira.
Mas já podia receber visitas. E aí elas apareciam especialmente as
femininas. E o que fazer ?
Quando uma mulher está a fim de estar junto de você não há jeito de
dizer: - Que não! E assim sempre depois de um vinho aqui, uma pizza ali, recebia
o convite de módo bem direto: - Ju eu posso ficar aqui hoje? E eu o que
dizer? - Fica, mas terás que dormir comigo! - Se importa? Perguntava.
e elas diziam não! E aí acontecia. O sexo, o amor, o desejo de tentar
ardentemente ser um do outro ainda que por uma noit e nada mais.
Foi ai que por esse tempo revi a Creusa que foi a namorada do Lucio e
ela foi se achegando. E uma tarde a convidei para ir a minha casa a fim
de buscar umas roupas para levar até a casa de minha avó para serem
lavadas.
E ela aceitou.
Trocamos um papo legal durante a viagem. E aí ao chegar em casa
enquanto eu arrumava a minha muchila de roupas sujas. Não sei por que até hoje
nos deixamos levar por impulsos e depois de estar tudo pronto nos deitamos
em meu colchão que clamava por carinho.
Beijos e abraços acabam por dar ao corpo uma sensação de estímulo e aí
aconteceu. Sexo de novo. Já era comum isso em minha vida. Não tinha
jeito!
Minha cama chamava e meu corpo obedecia!
Fazer o quê?
Quando se é carente ou ao menos amorosa acontece!
Só que dessa relação inicialmente ficamos só amigos. Pois ela ainda
pensava muito no tal Lucio. Embora ela não tivesse vivido com ele ela
ainda estava a chorar sua falta. E eu ali pronta para consolar.
Fazer o quê?
A gente tem que se prestar a enchugar as lágrimas de alguém
de vez enquando!
Encontrávamos e até tentávamos namorar. mas ela só chorava o Lucio que
tinha sido o amor e a vida, a paz e a harmonia de seus dias.
Por conta daquela relação que havíamos mantido no colchão apaixonado
ela desconfiou que estava grávida. E aí eu a levei a um médico que era
meu amigo na Sociedade. E ele realisou os exames e ficamos no aguardo.
Os impulços são as vezes impróprios. Pois fazer um filho não estava em
meus planos. Já que nunca contava com essa pocibilidade.
A Creusa era dez anos mais velha do que eu. E eu que já tinha me
deitado com tanta gente, nem sonhava que era capaz de fazer um baby.
Baby que resolveu dar notícias quando fomos buscar o resultado dos
tais exames.
Lá foi a Creusa pegar o exame na mão da enfermeira e veio de lá
chorando!
- E agora o que vamos fazer? - Estou grávida! E eu muito contente respondi:
- Assumir! - Claro!
Abracei-a e aí pedi que ela pensasse em vir viver comigo.
Só que ela sumil por uns dois meses. E eu ali só na espera do que ela
ía resolver.
Nesse intervalo eu fui viajar com uns amigos para praia e depois cai em
uns braços de um amor masculino que me fez muito feliz. Já que fazer o
quê?
A vida proporciona amores que nos fazem reféns!
Marilia depois de tanto tempo também acabou voltando a me procurar.
Só que dessa vez ela queria uma ajudinha. Pois sua mãe era portadora de
câncer. E precisava de um remédio e de um tratamento que pudesse evitar
a extração dos sêios.
Muito me sencibilisou a história e resolvi ajudar. E foi aí que conheci
uma moça chamada: Gisele na secretaria de saúde do estado.
Gisele muito pronta a me ajudar. Conseguil o medicamento, o tratamento
e mais um trabalho para eu.
Há pessoas que ajudam de forma gratuita uns aos outros e a Gisele assim
o fez!
Marilia até pensava que eu tinha tido algo com a moça. Pois ela nos
recebia sempre com o sorriso e a boa vontade que lhe era peculiar.
Depois de conseguir tudo o que precisava para sua mãe; Marilia se foi
em definitivo!
Penso que o amor é assim: - Ele vai e volta, oscila em estar aqui ou ali,
mas o que de fato é importante é vivê-lo! Ainda que se manifeste
ocasionalmente, com corpos diferentes ou com maneiras diferentes de o
perceber!
capítulo 29: Uma fada madrinha
Ir trabalhar no estado não estava em meus planos. Pois a Gisele só
mencionara que era possível desde que eu quisesse. Afinal ela havia
gostado de mim. E assim em um jantar que fomos por conta da gratidão em
ela ter ajudado a Marilia ficamos amigos. E ela falou: - Proponho-me
em dar-lhe a oportunidade! - E aí o restante é com você! E ela o fez.
Em menos de trinta dias lá estava eu com um contrato temporário para
trabalhar no hospital Bom Jesus de Castro. E eu lá fui.
Longe ía eu. Quatro hóras para ir e mais quatro horas para voltar.
Aí fazia eu essa rotína. Quando o doutor que dirigia o hospital propôs:
- Volte a Curitiba e tent ficar por lá! - Pois estou penalisado com suas idas e
vindas! - Lá você há de conseguir uma melhor colocação!
Assim o fiz. Mas por um mês estava eu segura. Pois já que eles não
estavam a aceitar que eu ficasse nessa rotína. O quê fazer?
Dei graças que não precisára sair da Empresa e já que estava em
férias da mesma foi fácil assumir Castro.
Minha função é câmara escura mas o contrato se dava como técnico em
radiologia. Profição que eu nem sonhava em ter mas que já estava nela!
E o que devia fazer era abraçar e seguir com determinação o meu contrato e
brigar por ele. E assim se deu.
Depois de um mês quiseram me demitir por entenderem que eu tinha
abandonado Castro. Quando eu apenas acátei a sugestão do diretor.
Pior do que isso tinha eu que obter uma autorisação do Conselho
Regional de Técnicos para continuar na função.
Fui a luta e descobri que: - Deus protege os inocentes.
O tal conselho naquele tempo só se reunia uma vez a cada três meses e
essa reunião se dava em Porto Alegre. E agora?
A secretaria já estava com minhas contas prontas. Quando eu ao
verificar que ía ser demitida saí da sala de tesouraria e fui procurar minha
fada madrinha a Gisele.
Encontrei-a no gabinete e ela aí agiu em meu favor.
A coisas nesse mundo que são inesplicáveis. Ela foi falar com o
secretario. E na época era o doutor Justino tavares. E ele determinou
que eu fosse procurar um rapaz que fazia parte do conselho e que ele
protocolasse o meu pedido de autorisação. E que só com esse protocolo
ele faria entender a administração que eu permaneceria! E lá vou eu de
novo.
E em uma noite lá fui procurar o tal conselheiro na casa dele nas
Vilas Oficinas e aí concegui o tal protocólo.
Mas o rapaz que cuidava dos contratos não estava disposto a aceitar um
papelzinho tão sem graça como argumento para minha permanência.
Insistiu: - Peça a conta! - Que quando tiveres a autorisação de fato, quem
sabe eu te mantenho!
Fui emcaminhada a fazer as contas. Mas resolvi ir novamente ao tal
gabinete. E foi minha sauvação!
O doutor Justino recebeu-me por meio de minha fada madrinha a
Gisele e perguntou: - Você fez o que eu te pedi? - Sim doutor! - Aqui está o
tal protocolo que o senhor havia pedido! - Porém o moço lá em baixo já está
a fazer minhas contas!
- É, parece que aqui há mais de um secretário de saúde! E exclamando isso
levantou o telefone do gancho e bradou: - Quero o senhor Romildo aqui
agora!
Admiro até hoje quem manda. Pois há aqueles que mandam e aqueles que
nasceram para ser mandados! E lá veio o tal Romildo. Que era o pentelho
que não queria me manter.
- Você já o conhece? Perguntou o doutor. - Sim! - Já estamos providenciando o
desligamento dele!
- Com que ordem você está fazendo o desligamento? Perguntou o doutor.
- É, comum a gente dar rumo a casos semelhãnts! - Já que não há autorisação
do conselho! Resmungou o tal Romildo.
- É, mas aqui há um secretário de saúde! - E quem define quem sai ou fica
sou eu!
- E não permito que ninguém seja dispensado sem minha autorisação! - Logo
desejo que providencie para que esse cidadão permaneça em nossos
quadros!
- Mas doutor! - É contra a lei sua atitude! Protestou o tal Romildo.
- É, Você não é pago para determinar se é contra ou a favor aqui! - Quero
que faça assim e pronto! Bradou e bateu a mesa.
Saiu o tal Romildo da sala e foi direto a resolver o tal problema
contratual. E assim que ele saiu o doutor me ofereceu um café e
gentilmente falou: - Olha tome aqui um café e depois a Gisele vai te
levar até a sala dele novamente! - E se tiver algum problema basta me ligar lá
de baixo! - Que aí resolvo eu!
Aprendi quê: - Manda quem pode e obedece quem tem juíso!
Por conta disso fui trabalhar no Cré Marechal que era um postinho de
saúde localisado bem no centro de Curitiba onde permaneci por dezoito
anos.
capítulo 30: Meu casamento
De repente apareceu a Creusa do nada. E foi lá em casa em um fim de
semana.
Trocamos uns beijinhos e mais nada. Pois ela ainda não havia se
decidido ao que fazer.
E aí eu entimei: - Pois é precisamos resolver isso! - Pois já
é tempo! - Uma vez que logo logo essa barriguinha ai vai dar mostras de que
tem gente dentro dela!
Combinamos de nos ver na cidade. E assim se deu. Em uma tarde em que
ela foi me levar ao ponto de ônibus rumo a Aumirante Tamandaré ela
anunciou:
- Quero tirar esse filho! - Pois eu não tenho condições de o criar! - E penso
que viver com você pode não dar certo!
Eu muito triste embraveci: - Olha se você não quer viver comigo tudo bem!
- Mmas quanto ao filho eu não te ajudo a tirar! - Ele quer vir ao mundo e
deverá ser assim!
- Se você quer mais um tempo para pensar tudo bem! - Mas pense que eu posso
te ajudar ainda que a distância! - Mas esse filho vai nascer ao que depender
de mim!
E assim nos despedimos e ficamos de nos telefonar.
Saibam voceis meus ledores que desde aquele dia me senti mamãe! Pois
comecei a ter as náuseas, os enjôos e sempre que estávamos juntas
cuidava dela como se fosse eu.
Penso que assumir um filho estava a me dar motivação de me sentir o que
sempre tinha sonhado em ser. Uma mulher.
Passou mais dois meses e a tal Creusa não se decidia. E aí eu emtimei:
- Olha, você tem até o dia vinte oito de fevereiro para se resolver!
- Se vem morar comigo ou não! - Pois preciso dar rumo novo aos meus dias!
- E você também!
E assim fiquei na espera. Ela era e até hoje é, uma pessoa difícil na
hora das decisões. Pois demora de mais. E por isso acaba por perder as
oportunidades que aparecem.
Quando já estava dando o assunto de viver junto dela por findo. no dia
vinte oito de fevereiro de um mil e novecentos e oitenta e nove; lá pelas cinco e meia,
apareceu a criatura.
Com seus poucos pertences que pôde trazer.
E aí iniciamos uma relação de doze anos.
Nos primeiros dias foi difícil por que ela ainda pensava no tal Lucio.
Depois eu também nunca tinha vivido com alguém. Conviver é
muito diferente do que namorar, noivar e casar.
Já nos primeiros dias contei para ela tudo o que acontecia comigo.
quanto aos rapazes. E ela assustada só perguntava: - Isso é sempre?
Respondi: - Que não! - Pois de fato isso acontecia as vezes! - Porém era
bom!
Dar a ela a notícia de forma a que ela soubesse me dera um certo
alivio.
Pois pelo menos não estava a enganar ninguém. E assim íamos passando os
dias.
Em meu íntimo sempre sonhara em me casar mas não tencionava que fosse
com uma mulher. E agora se apresenta uma a minha frente. E aínda
esperando um filho meu.
E aí eu tinha sempre estabelecido dentro de mim que a estabilidade de
um lar começa em estar regular e estável. E aí já tinha dois trabalhos.
Já podia dar a um filho o fator segurança. Estava a gostar da Creusa.
Embora isso não fosse levado muito em conta por ela. Então em um dia
resolvi propor: - Quer se casar comigo? Perguntei! - Afinal queria vê-la
bem!
E ela aceitou. Combinamos que depois do filho chegar a gent
providenciaria que o casamento se desse.
Casar eu? Era uma dúvida! Mas a gente tem que se permitir ao desafio
afim de que possamos dar-nos a nós mesmos a oportunidade de ter tentado.
Até hoje tenho para meu égo o seguinte: - Choro pelos meus feitos e não
pelo que deixei de fazer!
E assim aconteceu: - No dia doze de desembro de oitenta e nove casei.
capítulo 31: Meu filho
Agora vem um capítulo que de fato foi um acontecimento real e de
estrema importância ao meu ver.
Saber que ia receber uma criaturinha de deus e que essa criaturinha ia
ficar a minha disposição para amar independente do que eu sou ou era na
época dava a sensação de prazer absoluto que toda mãe sente ao ter um
filho. E muito embora eu não o tenha carregado no ventre assim me
sentia.
Vale a pena ressautar que eu e a Creusa no dia dela dar a luz fomos
hospedadas na casa de minha avó. E lá pelas cinco da manhã a bolsa se
rompeu e começaram as dilatações.
Fomos de carro até o hospital Nossa Senhora do Rocil que fica no
centro de Curitiba. Fiquei bem nervósa. Apesar de ter acompanhado
o pré natal a gente gera uma expectativa enorme. Pois nunca se sabe de
fato o que pode acontecer nessas horas.
A enfermeira recomendou: - Vão para casa e se o nenêm nascer
nós entraremos em contato! E resolvemos obedecer. E lá ficou a Creusa em
trabalho de parto.
Como a gente se sente impotente nessas horas. Pois fazer o quê? Lembro
que uma enfermeira pediu: - Deixe ela aí, que tudo correrá bem!
Era só telefonar se me sentisse anciósa de mais.
Fomos para casa eu e meus avós. Mas dormir! Não dava!
Resolvi ir trabalhar normalmente e foi bom. Pois ai tinha contato de
hora em hora com o hospital.
Meu patrão no Cré as cinco e meia da tarde recomendou: - Vá embora ver
seu filho nascer! - Pois já é tempo de ele ter chegado! - Afinal ela passou o
dia inteiro em trabalho! - Esse baby já deve de estar aí!
Nervosa! Fui! Chegando no hospital fui encaminhada a receber meu filho.
Minha rasão de muito esforço dali endiante! Minha motivação! E de fato
uma forma viva de amor que me fora emprestado por deus para amar!
A enfermeira me estendeu o bebê. Chorei ao receber criaturinha tão
frágil! Pois estava com um baita galo na cabecinha e me informaram que
fora retirado a ferro! Pois a Creusa dormira na hora de dar a luz!
Chorei! Pedi aos céus: - Que se ele fosse de ser meu de fato que se
recuperasse e que deus permitisse que eu o amasse, o educasse! Que eu
tivesse as devidas condições para poder dar a um ser tão especial o meu
mais puro amor!
E até hoje, quando o vejo, percebo que deus me deu de fato a oportunidade
de ser mais do que pai e mãe! Muito mais do que eu era capaz de ser
enquanto ser humano! Deu-me a graça de poder ser um grande amigo de meu
filho independente de meus atos que pela sociedade aínda são
condenáveis!
Em meio as lágrimas beijei-o e acariciei aquele que era e é o tudo de
minha vida! Meu amor absoluto! Minha fé! Meu tudo!
Depois de espreçar o meu amor por cinco ou dez minutos a enfermeira o
pediu e informou: - Que certamente ele ficaria mais alguns dias no
hospital! Pois estava com o amarelão e precisava permanecer na estufa.
Devolvi meu baby a ela e ele se foi ao berçário.
Até hoje tenho a dizer que esse filho é só meu! Pois foi eu que o amei
desde o início! Assim me dá o direito de pensar que por conta disso ele
é meu único e mais importante módo de amar que encontrei na terra!
Seu nome foi escolhido por uma tia minha. Aquela que me batia. quando
fiquei cega. E com a mistura das letras de meu nome e da Creusa se deu
o Renato.
Meu filho! Meu amor! Minha vida! Renato Zolkiewiecz.
capítulo 32: Minha casa minha luta
Passada a dificuldade de ter um filho resolvi que ele precisava ter a
segurança de um lar. E assim decidi que ia começar a buscar um local
para que ele pudesse ter onde morar. E começou a peregrinação de escolher
onde e de que jeito isso podia ser possível.
O salário não era muito mas ajudava. E agora eu tinha motivo de sobra
para sair do aluguel. Afinal era uma família que precisava ser abrigada
eeu sempre lutei para que a segurança fosse um mandamento importante a
ser seguido. Já que não podia dar muito tentaria dar o máximo possível
e assim o foi!
Procurei por toda parte um local apropriado para construir ou dar a
minha família um lar e não foi tarefa fácil. Até por que quando a gente
tem dinheiro isso pode ser mais tranqüilo. mas quando se depende de um
salário que tem que alimentar, vestir, cauçar e tudo mais é taréfa
quase de magia. E em um fim de semana a passear com a tal tia que me batia
entramos em uma rua perto de onde eu morava. E lá estava o terreno que
daria lugar a uma casa. Casa que fora motivo de muita luta.
Luta que dada a falta de visão tivemos muito o que desanimar por vezes.
Desistir até. Mas era um desafio! E a persistência de minha parte era o
que fazia com que eu resolvesse que ía construir. E assim ía.
Nos roubaram, nos deram varios motivos para desistir. E quando a gente
nem tinha janelas para morar na casa: Consultei a Creusa e assim mesmo
sem janelas e sem portas mudamos. Já que já não havia mais dinheiro e
pior já tínhamos vendido tudo para pagar os pedreiros. Fomos morar em
nossa casa que era e sempre foi muito umilde. Mas nossa!
Portas feitas de madeira rústica, duas peças com laje, de alvenaria.
Mas erá aquilo que eu podia construir! Tentaria escapar do aluguel.
Os pedreiros nos roubaram muito. A distância de onde passava o ônibus
era cerca de um quilômetro. E assim mesmo eu aceitei estabelecer ali a
nossa moradia.
Moradia que dava muito o que fazer para poder morar. Já que por conta
da laje chovia dentro e por não ter as janelas adecuadas a gente sofria
na época das chuvas.
A estrada era de barro. Cansei de ter que sair de lá e trocar de
sapatos na estrada. Já que não havia nada que se pudesse fazer.
A Creusa nessa época era bem comprenciva. Mas a gente tinha muito o que
superar. E ela sabia de meu esforço em ao menos tentar.
Cansei de ir ao trabalho suja. Pois o que fazer?
Era a luta das chuvas.
Olha que luta!
Com o tempo conseguimos melhorar mais um pouco nossa casa. Compramos os
vidros e as portas. Agora pelo menos estávamos mais seguras.
O ônibus chegou depois de quase um ano. E saibam foi a maior festa para
eu que me utilizava tanto dele. Especialmente diminuira minha jornada
no barro. Assim pelo menos sabia que chegaria em segurança em casa.
Ter a dificuldade faz com que a gente valorise a cada ato, a cada
coisa que é possível acontecer diante de nossos olhos e pricipalmente a
cada pocibilidade de dias melhores.
Aprendi que deveria confiar apenas o que as pessoas gostariam que a
gente confiasse. Ou seja: - Apenas o tanto que elas mesmo se dispunham a
deixar! E assim fui aprendendo: - Que muita gente propaga o que não é!
Infelizmente se eu tivesse me dado conta disso, certamente teria sido
mais prudente na construção. E como ninguém nasce sabendo, a vida da um
jeitinho de ensinar! Mas é as duras penas.
Não havia muito o que fazer. Mas era só tentar construir dias melhores.
e assim eu tentava.
Vivia com a Creusa. E ela sempre fora uma boa amiga. E nos ajudávamos
mutuamente. Já que ela sabia de tudo. Nos protegíamos a nos cuidar dos
assédios que as vezes aconteciam.
capítulo 33: Duas mulheres
Uma de nossas briguinhas de casal era quando faltava a água. O local
era muito empoeirado quando não chovia. O telefone público era longe e
por quase sempre estava quebrado.
E eu chegava do trabalho doida para tomar um banho e cadê a água?
Cansei de ter que ficar brava. E pior. Ela não tinha culpa. Mas podia ter
dado um jeito de ligar em outro telefone para que a empresa responsável viesse
consertar o que podia estar estragado na região.
Era uma luta! Pois quando a região resolvia que ía ficar sem água podia
esperar que ficava mesmo e por alguns dias.
Tínhamos outra briguinha. A questão de dinheiro. Ela não sabia pedir
dinheiro mas prefiria pedir fiado. E aí era outro motivo de encrenca.
Pois eu recebia por mês e a gente tentava distribuir esse valor por
semana e para entender esse meu jeito ela demorou muito. E lá vinham as
discussões.
Ademais ela até não era gastadeira não. Mas tinha uma maneira difícil
de se fazer entender. E eu também reconheço que não sou fácil.
Especialmente por que preso muito esse meu jeito de ser determinada.
Aí já viu!
Ser determinada muitas vezes se corre o risco de se confundir com
teimosia.
Vvivíamos eu, meu filho e ela até que começou acontecer que eu ainda
pensava em ser feliz com o meu jeito feminino de ser. E aí assumi de
uma vez. queria se realizar como garotinha e que esperava que ela ao
menos tentasse me fazer feliz. Já que sabia de tudo. E assim tornei
público meu desejo de se fazer feliz a todos aqueles que nos rodeavam.
Nnão havia por que ser diferente. Pois a verdade era essa. Eu precisava
dar vazão a minha maneira de ser e assim pretendia educar meu filho.
Sem a marginalidade de uma sociedade ipócrita e sem escrúpulos que só
condena o próximo e não respeita as necessidades individuais de cada um.
De ser apenas o que se é. Desde que isso não interfira no dia dia de ninguém.
E assim eu resolvi que ía dar rumo a educação de meu filho. E pasmem! Ela
inicialmente entendeu. Mas vieram as críticas, os desafios, as maselas.
Uma sociedade que apenas dá aos cidadãos aquilo que sugere o comum o
convencional o dito normal. Quando se sabe que entre quatro paredes só
o casal sabe o que se passa e as vezes mesmo entre os dois muita coisa se
deixa passar desapercebido.
Vvivíamos já como duas mulheres. Então isso já era uma coisa diferente.
E o se fazer público era só mais um desafio. E ela começou a desejar
que eu me recuperasse. E foi ai que eu comecei a procurar o recurso
para ser o que de fato deveria ser desde o início.
Fui as igrejas. E lá não estava a solução. Por que quando se é
diferente a gente se reporta inicialmente ao criador.
Comecei a pesquisar e com o auxílio de muitos amigos descobri que eu
não era a única a ter comportamento, desejo, afinidades, determinação tão
agussada. E que deveria existir de fato um recurso para que meu sonho
se realisasse. E em especial para que eu fosse de fato mais feliz.
E aí fui sabendo que haviam muitos casos. E que muitos desses casos a
solução era fazer a cirurgia de reverção de sexo.
Mas a única que se sabia na época era a da Roberta Clouse. e que ela
tinha feito fora do paíz.
No início pensei que poderia estar esagerando. Já que havia tantos
obstáculos a superar. Até por que eu não tinha raiva de mulheres. Já
que havia participado de muitas sensações que até davam um alívio
inicial,
mas não realisavam.
Tinha tesão por elas inicialmente mas não tinha alibido de sentir a
sensação de ter o orgasmo necessário em estar ao lado delas. E hoje
vejo que elas tinham também algo de curiosidade em estar comigo.
Penso que sinceramente muitas tem o tesão de se envolverem com outras
mulheres e só não fazem ainda que de forma pública por que falta a
coragem de assumir que são capazes de gostar de uma sensação
diferente.
E nem é tão ruim assim. Pois eu que vivi com uma garota durante doze
anos penso que não foi ruim. Apenas difícil. Especialmente por que as
dificuldades surgiam. Desde que até para se pensar em ter um perfume
era de fato um problema. Pois há Creusa ao tentar me recuperar segundo
aos olhos dela. Estava a atrapalhar meu futuro que fora inevitável.
Ela queria que eu fosse o que eu não podia ser! Homem! E talvez aí é
que começou a ruína de nosso casamento.
capítulo 34: Carente por opção
Quando menciono que não era ruim. É que não há diferença em ter um
homem ou uma mulher nas preliminares do sexo.
Pois todos começam com a mesma convercinha!
Não gosto mais de minha mulher e estou disposto a ter algo diferente!
E aí já viu!
Eu especialmente penso que no mundo da fantasia erótica há a figura de
uma pessoa que muitas vezes pode ter sido esageradamente reprimida. Não
consegue se realizar e aí acaba tentando todos os outros tipos de
fetiches que há no mercado.
A fantasia depende da mente evoluida ou não de cada um! Pois é muito
interessante ter alguém a nosso lado a nos dar amor, carinho e a estar
a acariciar pontos importantes de nosso corpo!
Penso que a necessidade de se ter carinho é fundamental a todos e pior
é um mal necessário. Pois se não fosse esses momentos bons a gente não
teria muito por que estar aqui!
É delicioso ter um banho de champagne à disposição. Ter uma boca a
percorrer o corpo em busca de nossos maiores orgasmos. Ter a lingua
penetrando entre os lábios e imaginar que ao menos por um minuto
alguém pode ser de fato nosso!
Eu reconheço que em matéria de amor sou muito exigente. Pois a fantasia
reina e sei que gosto disso. Por que admito. Sou carente por
necessidade e por opção.
A carência é oriunda muitas vezes da ausência de algo que sabe-se lá
por que não tivemos. Mas não é culpa de ninguém. E aí já viu!
Sei que gosto de fazer amor. Especialmente se tiver com alguém que
admita as fantasias. E saiba o fazer.
O excitante de tudo isso é que muitas vezes a gente pode e deve ser
feliz ainda que por um breve espaço de tempo!
As minhas fantasias sempre se reportavam ao fato de poder ser o que eu
era. Uma garotinha! E a Creusa muitas vezes participava. Pois sabe-se
lá, se ela também não tinha a necessidade de se envolver com uma mulher.
E até por falar a verdade ; sei que acabou se casando com uma.
Eu penso que no sexo a gente muito embora não tivesse as mesmas
fantasias. Ao menos para me satisfazer ela muitas vezes o fez. Com o
intuito de me agradar. E reconheço que fazia bem.
O amor não tem nada haver com o sexo mas com a sensação de se sentir
querida, amada, feliz por excelência. E o sexo tem haver com a
procriação!
Acrescento ainda que se sentir amada é fundamental. E eu reconheço que
em matéria de tentativa fiz muito. E vejo que é assim: - Tentando é que
podemos descobrir nossos desejos mais íntimos. Admitir nossa real
identidade. Ser o que se é sem muito questionamento. Estar e saber que
se está onde se deve e com quem nos mereça. Sentir os lábios e o corpo
em erupição cimuntaniamente. Sorver o nécta da paixão sem
responsabilidade momentânea. Ser o tudo e o todo do univerço. A fim de
saber que se fez o melhor possível por alguém.
Antes de mais nada é importante se descobrir e saber que se é capaz de
o ser importante a si próprio.
Não se trata de egoísmo mas de satisfação plena e absoluta. Amor de
verdade. que somos capazes de desenvolver a ponto de nos agradar e
sentir a ponto de poder proporcionar ao próximo!
Ser e ter um sexo absulutamente satisfeito é fundamental a fim de deixar
nosso humor, nossa pele, nossa vida em hharmonia.
E eu por ainda não ter resolvido a questão de minha necessidade
principal vi que deveria realmente envestir nisso. A fim de poder estar em
cintonia entre o corpo e a alma. Estar em harmonia e pricipalmente desejar o que
se deseja sempre. Amor!
capítulo 35: Meu sonho
Com essa vontade de ser o que sempre fui. Com a determinação que me
era e até hoje é fundamental. Com uma energia que reconheço
importante fui em busca de meu sonho.
Comecei sabendo como é que poderia seguir os passos de uma moça que
tinha feito a tal cirurgia. Descobri que além de ter que ser rigorósa
teria que estudar meu caso.
A Roberta Clouse havia feito fóra do paíz. E eu então teria que
descobrir outras pessoas que tiveram a mesma sorte. Mas que nada! A cerca de
vinte anos atráz não se tinha muito a dizer e pior não se entendia muito
sobre isso. A classe médica até hoje trata o assunto como uma cituação
de diferença social. Como se fosse caso de homossexualismo ou pior não
estavam dispóstos nem a tocar no assunto.
E aí fui tentando buscar a sabedoria dos mestres. E fui apoiada no
intento.
Por saberem sobre minha vida muitos de meus amigos tentavam me
persoadir e pior não desejavam que eu o fizesse. Já que julgavam disnecessário e
inoportuno. Pensavam que era coisa temporária e que eu iria desistir e
isso me deixava mais afoita a pensar no assunto e a dedicar muito tempo
em pesquisa sobre onde deveria buscar o auxílio.
Minha família desistira por completo de mim ao saber de minha
necessidade de rever minha forma física e pior além disso chegaram a
comparar o fato a uma loucura de minha parte. Eles queriam apenas
que eu fosse o que eles imaginavam para mim. Uma céga que deveria se
conformar com o fato de ter um pinto entre as côchas e que se eu
quisesse eles até apoiariam que eu me comportasse como um homossexual.
mas deveria respeitar a Creusa e o Renato e desistir de fazer a
cirurgia.
Continuei de forma mais discréta meu objetivo. Já percebera que a
necessidade era só minha e tratei o assunto com dedicação absoluta.
Fui me informando aqui ali nos meios em que se sabia possível e
descobri que realmente só fora do paíz isso estava sendo feito.
Eu penso que não se trata somente de dar ao corpo uma satisfação nova
sóporque se muda de sexo. Mas dar a alma e ao espírito o equilíbrio para
conseguir atingir o âmago mais profundo de uma naturesa que é
simplesmente sublime.
Saibam vocês que para uma cega admitir, resolver pesquisar, estudar
seu próprio ser foi super difícil. Já que infelizmente não havia muito
apoio especialmente de minha família.
Todos acreditavam que eu ía superar essa fase e que diante de tantas
dificuldades eu ía desistir.
Mas que nada! Enquanto eles riam de meus progressos na área e nas
esferas de busca e aprendizado. Eu aprendia: - Que o ser humano é muito mais do
que um corpo dotado de órgãos genitais. - Que somos dotados de uma alma e que
em meu caso e de muitos essa alma é feminina.
Na surdina fiz muitos amigos que não revelavam seu apoio em público.
hora porque pensavam estar a me incentivar. hora até porque eles
achavam que eu ia de fato dar-me ao esquecimento. Desistir e apenas me
conformar.
E lá ía eu com minha persistência, determinação e com a tal energia que
não permitia nem que eu me envolvesse mais com a Creusa. E pior já
estava ficando difícil a nossa relação. Por que ela sabia que eu não ía
desistir e que eu iria seguir em frente até conseguir.
capítulo 36: Educação padrão
Com esforço eu consegui descobrir que na Itália havia algumas
cirurgias que tiveram sucesso e que talvez lá eu pudesse me sentir realisada.
Mas como ir até lá? Sem dinheiro, sem falar edioma, sem saber como
procurar o recurso? Me sentia impotente.
Uma amiga tentou conversar com a filha que morava lá e pior do que não
ter tudo isso era saber que minhas pocibilidades eram pequenas.
Saibam vocês que lutei muito para obeter a ajuda e pior do que ser uma
pessoa batalhadora é saber que deveria realmente lutar para que isso
acontecesse. Já que meus poucos conhecimentos não iam adiantar de nada.
Comecei a pensar em ver em outros paízes. E aí descobri: O Marrócos, a
Taylandia e os Estados Unidos.
Foi ai que resolvi envestir no inglêz. E que fiasco! Não sei nada até
hoje!
Apenas servil para que eu só soubesse o básico.
Minha família ia se desenvolvendo e sempre que podiam tocar no assunto
desanimavam essa que estava obstinada.
E lá ía eu! Até que um dia descobri que aqui também estavam a pensar no
assunto. Pois já havia muitos casos. Mas a saúde aínda não admitia
como trans-sexualidade. Mas como quem sabe a época uma anomalia
mental.
O Renato crescia e começava a entender que eu era diferente e que o
casal que se formara entre duas mulheres estava a se deixar notar.
Reconheço que isso pode ter causado nele muitos traumas.
Por causa disso fui o educando a pensar que antes de qualquer coisa a
a gente é ser humano. E que é falho!
Eu não tinha culpa de ser assim e a mãe dele gostava que eu o fosse.
Já que não havia uma co-relação com as genitálias.
Quando as crianças não associam o que é sexo fica mais fácil. Mas
quando isso começa é que a coisa pega.
Pega por que a educação padrão é: - Que há homens e mulheres! Que há
função da mulher é gerar filhos e o homem a de sustentar uma família.
Educação que tem se transformado e que tem gerado muito comflito. Pois é
assim mesmo. Com o conflito é que se sabe que a evolução humana é capaz
de se estar a se desenvolver.
Não há guerra que não tenha o objetivo de atingir a paz!
E aí eu ía explicando que há no mundo muitas formas diferentes de se
expressar o amor. E entre eles inclusive o meu e de sua mãe biológica.
Já que era assim que eu entendia para poder orientá-lo. Sempre me
posicionei como sendo a segunda mãe. Já que assim ficava mais fácil de
se resolver a cituação.
Saibam que admito, havia momentos em que a sociedade é carrasca. Pois
faziam perguntas absurdas do tipo: - Você tem duas mães?
E nesses momentos de dificuldades eu orientava a ele que dissesse que
tinha sim! Ou se fosse pessoa desconhecida do cotidiano: - Que eu era uma
tia!
Porque assim as respostas eram mais breves. E as pessoas desistiam de
serem curiosas. Já que eu intervinha em socorro!
Sempre deixei claro ao Renato que não havia e nem se deve pensar em ter
preconceito de nada. Pois afinal quem somos nós para entender o futuro.
Futuro que pode ser melhor ou pior. Que tem de tudo. Que é ainda uma
incógnita. Pois se estamos a evoluir como é que devemos dar-nos a
julgar ao próximo!
E assim ía educando meu filho. Já que também estava a me educar.
A Creusa nessa época começou a ter um sentimento de desistência. Queria
mudar de nossa casa. Queria sair de um mundo que ela havia estado
sempre.
Pois reforço há gente viveu juntas durante doze anos.
E eu com um certo pesar comecei a entender que ela já não ía resistir
a pressão da sociedade.
Sociedade que preciona mas não sustenta. Sociedade que só tira mas não
oferta e nem sugere nada. Sociedade que só permite as ditas convenções
normais. E aí soube que teria que tomar providências importantes.
Resolvi que ía arranjar outro local para colocar minha família e que
deveria ser breve. Pois já havia um casamento ao fim.
Não podia deixar meu filho na rua e pior ela também não. Já que com
tudo ela tentara me persoadir! Me fazer o homem dela! Me redimir! Já que aos
olhos dela isso ainda era possível!
Mas dentro de meu coração sabia que isso não ía muito longe. Já que já
não haviam relações sexuais tão intenças. Já que a falta de dinheiro
também estava grande. Já que as pocibilidades de se chegar a algum
lugar com um casamento findo era remóta. Eu comecei a pensar em que
fazer?
E aí as brigas começaram a ser mais intenças e constantes. E eu decidi:
- Que ia comprar outro imóvel bem longe daquele que havia começado a
construir! - Já que o importante a meu ver era a segurança deles!
capítulo 37: Um anjo
Resolvi assim! Iria buscar local seguro a eles e ia continuar em meu
processo de reversão sexual. Já que é assim que muitos doutores tratam
o assunto até hoje.
E fui em busca de dias melhores. Pedi paciência a eles pois
expliquei que era difícil ter que administrar tudo isso. Mas que tudo
daria certo. Não tencionava abandoná-los mas queria que eles ficassem
bem.
É super complicado ter um sonho especial. Ter a realidade a bater a sua
porta e poder pouco. Especialmente quando os recurços financeiros não
ajudam muito. Estar a tentar algo que parece impocível a todos. E o
pior equilibrar esse sentimento de que: - Será que não tinha alguma culpa?
- Culpa por ter sido um caso tão especial ao mundo! - Culpa de ser apenas
diferente! - Culpa de ser desigual em tanta coisa! Sentimento que por
muitas vezes me deixavam deprimida. Já que a força que imanava de
dentro de mim por várias vezes dava a impreção de se esgotar.
Continuava na pesquisa. E a família a fazer esforço a me deixar
enlouquecida. Já que não estavam dispostos a ajudar penso que pelo
menos deveriam poupar seus comentários.
Comentários que só chateavam. Pois a aceitação era nula. E pior de que
passar por isso é saber que a maudade muitas vezes reina em corações de
pessoas do seu próprio meio de convivência.
Comecei a definir que só iria contar com quem de fato podia ajudar-me
de alguma forma. E lá fui de novo em busca de minha felicidade.
E o que fazer se aquele couchão apaichonado ainda estava a dar sinais
de existência? E que havia muita gente disposta a dar um pouco de carinho
a essa pessoa que já se sentia fragilizada pelas decepções sofridas no
meio em que vivia.
Foi aí que conheci uma moça que deu-me um rumo importante na vida.
E aqui deixo um espaço super feliz a essa que de fato facilitou para
que eu visse o mundo de outra maneira. Por meio dela conheci pessoas
especialmente lindas que fazem parte de minha vida até hoje e que sou
muito grata.
Seu nome é: Isabel. E vejam, ela deu-me seu amor de forma tão importante
que acabou não só em me ajudar mas em mudar meus conseitos radicais. Em
facilitar que eu fosse mais feliz. Fez com que eu pensasse que deveria
investir em um novo plano. E esse plano foi o do espiritismo.
E em uma tarde ela colocou em minha mão um endereço e anunciou depois
de algum tempo: - Procure esse centro e verá como você conseguirá ser
mais feliz!
Depois de muito pensar sobre a minha cituação resolvi que de fato
precisava ao menos tentar uma ajuda. Já que não haviam muitos a me
darem esse apoio.
Fui ao centro depois de protestar com a Isabel. Pois ela não quiz ir
comigo e ainda pediu que eu nem mencionasse que ela tinha me
indicado.
O meu futuro estava lansado e por eu ser muito mística creiam isso
sempre funcionou como instinto. Mas de forma desordenada.
É e eu sempre investi em que acreditava. E deveria ser o melhor. E vejam
que de fato o foi!
capítulo 38: Um pai que eu não tive
A primeira vez que entrei naquele centro me senti um peixe fora d'água.
A ignorancia que se tem a respeito de uma entidade como essa é enorme.
E eu como sempre. Tinha meus parâmetros de ignorância e de burrice
também.
É importante que se diga: - A gente não sabe nada sobre o univerço! Mas
à com o desenvolvimento a gente pode vir a saber. Pelo menos o que nos é
permitido!
Naturalmente que fui conduzida a sentar e esperar a minha hora de
se manifestar. E aí fui chamada a estar com uma das pessoas que abril
meus horizontes há um mundo muito melhor do que eu conhecia.
Saibam vocêis que ele é um pai para mim.
Aquele dia a gente só se comprimentou.
- Olá! Disse ele.
- O que deseja aqui? Perguntou.
E eu só respondi: - Desejava lhe conhecer!
- Muito prazer e tchau!
E eu em dúvida perguntei: - Devo voltar?
E ele respondeu: - Quando quiser! Pois as portas estão abertas!
E desse jeito foi nosso primeiro contato.
Saí de lá meia sem saber por que tinha ido. E aí fui procurar a
Isabel.
Quando à encontrei ela só disse: - Lá é assim mesmo! Com o tempo você se
acostuma!
Não sei por quê mas resolvi voltar. Talvez movida pela curiosidade ou
porque gostava muito da Isabel.
E aí aconteceu!
Pai Joaquim dispensou-me um atendimento que até hoje quando me lembro
chego a ir as lágrimas.
Um pai não diz a filha o que ela quer ouvir! Mas o que ela precisa
saber!
E aí ele começou:
- Muito bem! Então resolveu voltar?
Respondi: - Sim! E estou a querer saber um pouco sobre o que eu devo
fazer para melhorar de vida?
A gente na ignorância pensa que qualquer religião pode nos dar bens
materiais. E isso faz parte de nossas imperfeições. E lá estava eu a
espor minhas imperfeições ^à um homem que se doa e que tenta dar a uma pessoa
ignorante na época muitos ensinamentos de cunho religioso e
doutrinário.
E lá veio o homem a me ajudar de forma franca e diréta.
- Por que você não se assume?
Como assim? Perguntei a tentar disfarçar minha enquietude.
E aí ouvi de forma direta.
- Olha, nota-se visivelmente que você não é homem e nunca vai o ser!
- Logo é prudente você pensar em se assumir! Pois só há a felicidade
àqueles que são o que são e pronto!
- Mas eu tenho mulher e filho! Exclamei.
- Errou ao fazer isso! Já que o fez tá feito! Especialmente se ela te
aceitou!
De repente vi que aquele homem não poderia ser real.
Em poucas palavras descobrira o todo e o tudo a meu respeito.
E aí me desesperei e comecei a chorar.
Fui consolada por sua esposa. Que soubera depois.
- Aqui eu não estou para matar curiosidade filha! E assim eu quero que
você se vá sabendo que é fundamental que assuma o seu destino para que possa
ser mais feliz!
Saí de la aquele dia abalada. Pois não sabia que estava tão esplícito
em meu caminho tal destino.
Admitir! se aceitar! reconhecer e administrar uma fé e junto com ela um
destino que só pode ter sido dado por Deus! Foi o desafio! E aí como eu
não desisto de desafios. Lá ía eu a chorar pela rua. A pensar de que
forma poderia realmente ser feliz.
E o espiritismo me trouxe essa felicidade.
Felicidade de saber que há um mundo igual a esse. E que eu poderia dar
rumos novos que seria ajudada a se sentir em um mundo melhor.
Mundo que eu estou e que qualquer pessoa o é capaz de construir. E que
só se deve ter a persistência e a fé como seus reais combustiveis e um
pouco de cultura para poder comprir com sua missão de servir à
Deus.
capítulo 39: Uma doutrina
Servir a Deus é super difícil. Pois a gente nunca sabe como o fazer.
Imaginamos mas não temos a certesa de como é que Ele se agrada com
nossos atos.
A medionidade todos temos. Em maior ou menor grau e ela funciona de
diversas formas.
Em alguns é intuitiva. Em outros ela é oitiva. Há mediuns que são
capazes de incorporar os seus guias protetores. E assim é que se pode
dizer que ao longo da jornada eu ia a saber.
Os guias que me acompanham aos poucos puderam de fato entrar em
sintonia.
E começaram à me ajudar. E assim que isso começou a acontecer tudo ia
se revelando aos poucos.
Há uma comunicação entre esse mundo e outro que aínda vamos ter a
oportunidade de conhecer. E essa comunicação se dá através de uma
energia chamada: medionidade. E aí podemos aos poucos através dos passes
ajustarmo-nos e receber energia e força a ponto de poder suportar as
dificuldades. Para superalas devagar.
É um processo lento. Pois é preciso ter a dedicação e a persistência
para que se tenha uma boa sintonia e as reais pocibilidades de que as coisas
aconteçam a nosso favor de forma clara e cristalina.
Eu já tinha ajudado muita gente a ter seu trabalho , a seguir sua vida
e descobri que a caridade também é importante. Porém não é tudo.
Não adianta dar o peixe! Mas é preciso ensinar a pescar!
Muitos dos que ajudei nem olham mais para mim e aínda me condenam. Mas
mesmo o Cristo também foi condenado e morreu em uma cruz por nossas
imperfeições. E pior fomos nós os pseudos seres humanos que o
condenamos.
Levei minha família toda a conhecer o centro que eu estava a ir.
Sabe o que ocorre e que só descobri muito tempo depois?
As pessoas vivem em seus próprios mundos e não estão dispostos a
compartilhar nada.! São egoístas e pior não aceitam uma verdade como
definitiva!
A verdade é que a eternidade se conquista e se pode saber notícias dela
à medida que somos capazes de desenvolvê-la. E aí um dia Deus se
acercará de nós e perguntará: - O que fez com sua vida? E o que pensas em fazer
aos seus irmãos? E a gente nem sabe a verdade a respeito de nós mesmos.
O que poderemos responder?
Só eu fiquei e permaneço depois de vint anos.
capítulo 40: Ciências ocultas
No princípio era difícil estabelecer o equilíbrio de meus atos com
relação ao meio comum entre os mundos.
Sei que pode ser papo de louca. Mas tem muita relação entre a vida que
levamos atualmente e a que pretendemos levar no futuro.
Há relação começa na pocibilidade de construir dias melhores e fazer
acontecer dias melhores é complicado. Pois é preciso ter o
discernimento sobre muitas coisas.
A caridade ajuda, a doação de nosso amor a lguém também. mas é super
complicado descobrir a quem devemos dedicar tal amor e de que forma
isso de fato está a ser útil e do agrado de Deus.
Comecei a frequentar mais aciduamente e me descobri ajudando e sendo
ajudada.
Muitas pessoas passaram a pedir minha opinião a respeito de muitas
coisas. Comecei a estudar algumas ciências que até então não
imaginava possível.
A numerologia, a tarologia, a magia, a cartomancia e tantas outras que
são praticadas por muitos médiuns. Existem mas não se tem a precisão
que se imagina.
São ciências que trabalham com dados de probabilidade ou seja:
consideram dados de importância relativa uma vez que cada indivíduo tem uma
programação natural.
Todos temos um dia de nascimento, o horário, a genética que são
trabalhadas nessas ciências com um método de relatividade e sendo
assim não se pode crer definitivamente em tudo que se diz. Pois o fator
é improvável e o resultado não é esato.
Em meu caso servil para que eu pudesse escolher meu nome feminino. Pois
através da numerologia consegui associar Romanus que tem sete letras
a Juliane.
Juliane só se deu por que inicialmente era para ser Julha. Mas como
percebi que poderia ser muito pobre em vibração acrecentei mais duas
letras.
Uma coisa comum as pessoas é a carência e a necessidade de serem
ouvidas. E ouvir passou a ser uma faculdade que também precisei educar.
Digo educar por que é fácil falar. é fácil compriender as dificuldades
do próximo. Mas é pouco prático o ouvir. Ouvir muitas vezes não tráz
resultados. Por que não temos tempo para o fazer. Porém se nos damos ao
luxo de ouvir acabamos por descobrir soluções para muitas de nossas
dificuldades.
A gente só aprende se nos permitimos a ouvir a nos mesmos e muitas
vezes com a caridade de ouvir ao próximo.
Aprendi muito a ouvir e reconheço que hoje é preciso a gente ouvir a
muitos.
Cristo pregava nos montes! e era ouvido por multidões! e muitos o
seguiram!
E muitos ainda vão o seguir! Por que doão seu tempo a ouvir seus
mandamentos!
capítulo 41: O início do meu tratamento psicológico
Nessa época, eu estava buscando o recurço de que precisava
para poder me entender melhor. E meus estudos já estavam bem
adiantados.
Pois descobri que já estavam tratando pessoas de forma a entenderem e
respeitarem tal cituação.
Trabalhava em um posto de saúde e aí foi que consegui saber do tal
tratamento.
Era ligado a faculdade Panamá. Se tratava de conseguir o ingresso no
serviço de psicologia. E lá fui eu!
Na primeira consulta só soube que precisaria estar a frequentar durante
no mínimo dois anos. Ao final se eles entendessem importante. teria eu
o tratamento que permitiria a cirurgia. E aí eu seria contemplada a ter
tal beneficio.
As pessoas não podem entender que se trata de opção.
Opção é ruim se dizer. Porque se dá a conotação de que se quer ser
assim.
Que se escolhe ser diferente. Porém o que de fato existe é que nascemos
com a genética endicando nossos gens a dar forma ao corpo e a mente. Que
trabalha em favor de nosso psicológico e que de forma deliberada as
vezes prematura transforma nosso comportamento em favor daquilo
que realmente somos. E não o que as pessoas gostariam que nos sejamos.
Ir ao tratamento era o que podia fazer por mim mesma. Pois já que não
havia outro jeito. Comuniquei minha família e o caminho foi aberto.
Cheia de esperança, fé, determinação, lá estava sempre que solicitada.
Conheci um dos psicólogos que empenhou-se em esmiuçar minha vida de fio
a pavil.
Chamava-se: - Luiz Lindo mas de Lindo era pouco!
Essa era e até hoje é minha opinião. Por que seu cabelo blek pauer o
deixava feio.
Toda a semana ía lá na Panamá dar meu parecer a respeito de eu mesma.
e a omitir o que de fato ocorria.
Contei a eles apenas o que eles gostariam de saber. Transformei a
Creusa em minha prima e o Renato em filho dela.
Até porque eles não tinham a menor condição de estarem presentes. E até
porque eles na época não estavam a me apoiar.
A omição é uma estratégia importante. Por que deixa a gente em posição
confortável. Já que poupava a opinião deles. E já que eles não iam
apoiar de que servia?
Estar a cconfeçar que já era por de mais diferente. Dar explicações de
minha infância. Mostrar que meus pais já não se interessavam por mim.
era muito doloroso. E omitir a existência de uma mulher e de um filho
tornava as coisas pelo menos mais fáceis.
Continuava a tratar meu psicológico de forma a me entender melhor e
admitir que apenas queria ser o que era e pronto.
Minha família acreditava que tratando-me dessa forma me persuadiriam de
tal cirurgia. E que certamente voltaria a ser o homem que eles
sonhavam que eu fosse.
Os pais, os visinhos, o filho e mesmo a esposa foram uma forma de
preção que acabou por servir como combustível a me manter em meu esforço de
realmente dar fim a um resultado que seria diagnosticado pelo bem ou
pelo mal.
Teria ao menos ao final minha real identidade. Teria a certesa que
tentara o tudo. Teria a paz em meu coração. Seria feliz então ao saber
por que agia de forma inusitada.
A obstinação tráz ao égo a certesa! Pena que é preciso dispor de muita
energia para se convencer e dar a sociedade a resposta científica que
se espera!
Apoiada por poucos, enamorada por alguns, carente em eceço, tratando de
um psicológico que já se sabia feminino, lutando para atender as minhas
próprias dúvidas e acalentando minhas angústias estava eu a tentar.
Tentava com todas as forças que era capaz de possuir. Porque antes de
mais nada: saber de uma dor não é só lutar para que ela passe ou se
acalme! É preciso obter a cura! Se não! Ela continuará a doer!
capítulo 42: Uma feliz aquisição
No centro estava eu a obter sempre meus passes. E aí abriram-se as
portas para que eu pudesse adquirir um apartamento. Que para meus olhos de
amparo servia a todas as expectativas. No tocante a proteger minha
família.
Através de um programa de radio chamado: Vendo de Tudo. Verifiquei que
um cidadão chamado Artur tinha interesse de trocar um apartamento no
conjunto Caiuá por uma casa em qualquer região. Desde que fosse
quitada.
Ofereci de pronto a minha! Embora gostasse muito de minha casa o
primordial era poder dar a minha família a segurança que eles
precisavam.
Em um fim de semana seu Artur foi até nossa casa.
Colocando um monte de defeitos na construção. Deixando claro que a
distância era um impeditivo. Dizendo que então ia se decidir a vender o
apartamento. Uma vez que não havia encontrado uma propósta adecuada. se
foi!
Como as pessoas desvalorisam o que se constroe com sacrificio. Não se
interessam em saber das qualidades ou das dificuldades que se dá ao
construir. Mas tem o firme propósito de colocar sua opinião de forma
destrutiva. E de forma a desvalorisar sem se preocupar se podem estar a
desfazer de sentimentos ou de circunstâncias tão adversas.
A Creusa também ficou triste. Mas esperei mais uma semana e ouvindo
novamente o anúncio na rádio. Procurei o homem com o objetivo de ao
menos tentar uma nóva negociação.
Marcamos de conhecer o apartamento. E em um fim de semana fomos até lá.
Ao chegar percebi que a Creusa ficou super entusiasmada. E visitamos o
apartamento. Ficamos de fazer uma propósta.
O apartamento tinha dois quartos. Estava acarpetado. E tinha algumas
coisas para fazer que eu ponderei. Entendia que era pouca coisa já que
diante da construção de uma casa o apartamento tinha muito menos a
fazer.
Eu tinha algum dinheiro. Mas não era muito. Dinheiro obtido na venda de
dois carros, um terreno e o fundo de garantia que pudera retirar.
Somado tudo dava a importancia de: $7,000,00 mil reais e o homem queria a
importancia de: $10,000,00 mil reais. Fui até o homem e pedi um praso de dez dias para
pensar em uma solução!
A Creusa entusiasmada dizia que era o apartamento dos seus sonhos! e
então me esmerei em dar a ela a oportunidade de o ter.
O apartamento continuava a ser anunciado. Fiz as contas e disse a
Creusa: - Tem certesa que quer ir embora daqui? Pois há dinheiro o
suficiente para continuar a casa! Pelo menos mais um pouco! E além
disso se comprarmos o apartamento teremos que o reformar! E a casa ficará
feichada até que possamos nos instalar! Além disso há a prestação e o
condomínio!
Ponderando tudo decidimos que a rigor íamos tentar à aquisição!
Pensava eu que ao menos ela se sentiria mais segura. Mais feliz. E
de repente poderia eu continuar a vida de forma mais adecuada.
Já que não tinha a menor noção do amanhã.
Marquei com seu Artur em sua casa que ficava no bairro do cajurú e lá
fui.
Ele fez questão de me mostrar o apartamento mais uma vez. E aí
negociamos.
A coisas que Deus permite que aconteça em favor daqueles que tem boa
causa ou bons propósitos! E ao conversar com seu Artur expus que eu só
tinha: $7,000,00 mil reais e que se ele tivesse paciência podia ser que
pudesse com meu décimo terceiro cobrir parte da diferença que faltava!
E aí ele sentenciou:
- Se você me pagar: $7,500,00 mil reais eu fecho o negócio! Pois não tenho
interesse em ficar pagando condomínio com o apartamento fechado! E aí é
só você dizer a minha esposa que o vendi por: $10,000,00 mil reais e pronto!
Aceitei no ato a propósta. E fizemos as devidas procurações.
Como eu já quase tinha o dinheiro para o pagar! Fiquei bem feliz. E aí
de posse de uma procuração; o popular contrato de gaveta e as chaves
trouxe a Creusa a morar no apartamento que era objeto de seus sonhos.
Sonho que não era o meu. Pois tencionava continuar em minha casa. Ia
dar a ela a oportunidade de estar em segurança e longe dos comentários.
Tentaria estar junto dela somente como uma grande amiga.
Mas ela como sempre inicialmente topou.
Meu filho estaria em segurança. Poderia construir um futuro melhor.
Assim pensando continuava eu a frequentar o centro. A estar a ir na
Panamá e resolvi reformar o apartamento. A fim de deixá-los em um
conforto que entendia possível e necessário.
capítulo 43: Pelo amor ou pela dor
A gente almeja coisas na vida. Tenta fazer o próximo feliz. mas
infelizmente nem sempre é assim. Pois depois de mudarmos com as poucas
coisas que tínhamos. Eu tentava administrar a vida da melhor forma
possível. E não é que por conta de muitos saberem que eu era espírita
começaram a pedir auxílio de todo tipo.
Eu dentro do possível já o fazia. Mesmo antes de o ser. Mas agora
sabendo da doutrina e das reais necessidades do ser humano. Resolvi que
ía fosse de que forma fosse dentro do possível ajudar a quem
precisasse.
Infelizmente a Creusa começou a ter uma sena de siúmes. Pois em regra
geral por eu já estar bem feminina. Em grande escala quem mais me
procurava eram as mulheres. Por ser assim eu tinha que realizar
muitos feitos. Entre eles as vezes reuniões. Pois em grande parte a
gente é bem limitada ao ter que prestar um auxílio.
Mas que fazer?
Se a caridade é um dos caminhos que nos ajudam chegar ao céu!
Eu nessa ocasião pensava que é importante ter o amor dentro do coração.
e assim desde que tive a consiência estabelecida. Que só com amor é que
conseguimos estar em paz e harmonia. Eu fazia o possível e as vezes o
impossível para ajudar a uma comunidade que por diversas vezes tinha a
carência como sua companheira. A ausência de fé como sua aliada e uma
porção de dificuldades que em grande parte eram de cunho material.
Às vezes a inocência ou a maudade humana é tão grande que se espera que
qualquer religião é capaz de satisfazer a volupia de se obter recurso
material!
Chegaram ao cúmulo de me pedir coisas como: dinheiro, ferramentas,
construção de casa e dentro do possível a gente fazia o
que era de fato importante. E aí as coisas quando davam certo eu
especialmente ficava muito feliz. Já que a fé move montanhas!
E com o auxílio de alguns movimenta o mundo!
E assim agindo começaram as brigas de novo. E pior que eu não tinha
culpa de nada. As pessoas queriam o amor e eu dava com o propósito de saber
que estava a servir a Deus em primeiro lugar.
Já que só há dois caminhos que são: - Pelo amor ou pela dor! E aí eu
procurava fazer o do amor!
Como tudo eu sempre disse: - Que já percisti e sempre o faço! Pois uma
das boas regras é a persistência! Pois só teremos bons resultados se somos
capazes de entender o que temos em nossa programação! E eu doava de
coração! O pouco tempo que me restava. Já que para fazer esse trabalho
eu nunca cobrei nada de ninguém.
Dinheiro eu não tinha! Mas tinha o amor divino em minhas mãos. que
sempre que podia eu tentava o fazer de forma objetiva e sincera.
Resolvi que de repente o importante era me organisar. Para que não
existisse a figura da discução com a Creusa. Já que os evangélicos tem
por conta de seus ensinamentos uma forma diria tradicional de mais a meus
olhos.
O conservadorismo é importante para que exista a figura da diciplina.
E aí eu tentava fazer com que o volume de pessoas que me procuravam
fosse diminuindo. Em favor de poderem buscar o auxílio que precisavam em
outras entidades.
Comecei a encaminhar as pessoas para os devidos lugares. Os que tinham
tendência à serem evangélicos que procurassem os pastores. os católicos
carismáticos a igreja correspondente e os macumbeiros o que eles
entendiam como espiritismo.
capítulo 44: Bons méritos
Grande parte das pessoas por não terem o devido respeito com a doutrina
imagina que o espiritismo é dotado de coisas ou trabalhos que são
capazes de auterar os reais propósitos de uma programação que já é pré
definida por Deus.
Não há condição de se reportar aos guias com o propósito de resolver os
problemas materiais sem a devida fé que nesses casos passa ser o objeto
ou a condição de acesso aos merecimentos individuais de cada um.
Logo quando uma pessoa tem o firme propósito de fazer o mau há alguém
está a fazer a si mesma. Pois quando desejamos algo a alguém estamos a
desejar a nós mesmos.
Portanto é prudente desejar coisas boas. Já que de certo se tivermos os
bons méritos seremos agraciados de forma justa e atingiremos os
objetivos de nossa programação sem interferir na vida de ninguém.
Felizmente a fé auxilia como um bálsamo que fortalece a vida. E quando
a temos conseguimos que muitas de nossas dificuldades sejam administradas
de forma à não produzir sofrimento.
Mas o ser humano só busca a fé com o sofrer. Esquece que ela está à
disposição e deve ser cultivada e ministrada a cada dia.
Tal sentimento é aliado do bem e faz que o ser humano creia em
entidades numa religião, em si mesmo e em Deus para que obtenha os
meritos para poder evoluir.
Os trabalhos existem. A fé que se deposita neles também e muitas das
vezes não são trabalhos ou oferendas que tenham o propósito de fazer o
bem. Mas trabalhos que podem auterar a saúde, o amor, a condição de
trabalho e tudo mais. Portanto deve se conciderar que o que se deseja
a alguém com fé pode acontecer.
A Creusa continuava a infernizar minha vida com o ciúmes e com a devida
cota de raiva que podia empregar contra tal doutrina. E o pior, foi lá
no centro por diverças vezes. Mas há no mundo pessoas que só aprendem pela
dor. E eu penso que ela fez uma escolha triste ao administrar sua vida
de forma tão diria inresponsável ou inoportuna.
Frequentar dois locais diferentes com ritos tão pertinentes e de fé tão
absuluta acaba por confundir os ensinamentos e não dá a devida
segurança a fazer com que seu espírito evolua.
Minha fé só aumentava. Pois doando, participando, permitindo-me
aceitar-me, corrigindo-me ia elevando meu espírito a condições que me
permitem ter o tudo que é necessario para sobre viver em um mundo que
atualmente só pratica a guerra.
Meu tratamento seguia a contento. Minha vida pessoal tinha suas
dificuldades normais. A pocibilidade de alcançar meu objetivo se
aproximava a cada dia. E minha persistência lá estava.
Pensava que ía conseguir mas não sabia quando e nem se o pessoal que me
admirava ou auxiliava iria me apoiar. Mas ía percistindo.
capítulo 45: Meu diagnóstico final
Chegou o dia. Eu estava tão em baixo astrau que nem acreditei
quando ao entrar na Panamá meu psicólogo Lindo anunciou:
- Muito bem Juliane! Hoje será o nosso ultímo encontro! Pois já vem o fim
do ano e aqui na Panamá tivemos uma reunião! Chegamos ao consenço e
agora posso dar-lhe uma boa notícia!
Eu fiquei super preocupada. Fui condusida para a salinha que normalmente
conversávamos e ele ao me auxiliar já percebia minha anciedade.
- Você recebe hoje um laudo que te abilíta a fazer a cirurgia! Porém você
ainda terá que passar por alguns testes lá em: São José do Rio Preto!
- São eles que vão determinar se você fará ou não a cirurgia! Mas desde
já posso lhe assegurar que tens um laudo que é muito difícil de se obter!
- Mas que você o conseguil!
Aqui estaremos a torcer por você! Já que entendemos que você é
merecedora de tal documento!
- E adianto-lhe: Que tudo que for possível a Panamá fará
para que você continue a ser acompanhada em caso de necessidade!
O abracei enquanto ele entregava-me o documento e o encaminhamento para
São José do Rio Preto.
Chorei de alegria ao obter esse documento. Pois era o reconhecimento de
meus esforços. Era a realidade constatada por uma equipe. Tinha um
laudo a respeito de minha feminilidade.
Fiquei muito feliz e só pude agradecer de tanta emoção.
Lindo só dizia: - Não precisa chorar agora é dar rumo a realizar esse
sonho e seguir em frente! Sabemos que poderá conseguir e será muito feliz ao
fazê-lo!
Deixei a Panamá feliz e fui para minha casa.
Ao chegar super eufórica contei para Creusa e para o Renato. Mas ambos
me desanimaram. Pois não acreditavam ser possível. E pior se recusaram a
me apoiar em tal intento.
Eu que já imaginava que seria assim. Continuei a comemorar. Porém em
silêncio. Já que era uma realisação só minha.
2001 Foi o ano desse acontecimento e eu pensava que deveria
buscar o contato com o médico o mais rápido possível.
Fi-lo no dia seguinte. E ao telefone o doutor Caio Pure me comunicou:
que havia a figura de umas avaliações! Que teria que pagar tal cirurgia!
Que dependendo das avaliações poderia ser que pudesse fazer ou não!
Se eu não passasse nas avaliações deveria procurar outro proficional!
Na época essa cirurgia ficava em torno de $8,000,00 mil reais e tinha
ainda as tais avaliaçoes.
Procurei conversar com meus amigos e qual a surpresa! Quando se trata
de valores as pessoas não se interessam em ajudar ninguém.
Me vi diante de uma insegurança! Sem o apoio de meus familiares! Sem o
apoio de meus amigos e sem dinheiro. Meu futuro estava a se complicar.
Conversei com o pessoal do centro espírita onde frequentava e lá também
o pai Joaquim foi contra inicialmente.
Lembro que levei até ele toda a documentação e ele assim mesmo
me desanimou.
Dizia ele que não era o momento! Pois ainda tinha eu que resolver
outras prioridades! Do tipo: - Como ficaria meu casamento? O que deveria fazer
com relação a condulta a ser adotada junto a minha família? Como é que
o Renato ia receber tal notícia? E tudo mais!
Fiquei a pensar e percebi realmente que havia ainda uma longa jornada a
percorrer.
Fiquei muito triste! Desanimada! E pior estava a imaginar que não
adiantava ter um laudo que não era suficiente para que eu pudesse
realizar meu maior sonho.
Chorei muito! Mas resei a Deus que se tivesse que ser seria! e assim
levantei a cabeça e segui em frente.
Tentaria me organisar para continuar a viver e a correr atráz de minha
realização.
A gente não pode desistir! Podemos adiar!
Pois quando tudo conspira contra é aí que devemos lutar para nos
realizar!
É no desafio que se encontra o objeto de luta e de satisfação!
capítulo 46: Meu retorno a tamandaré
Depois de ter tentado o tudo. Estava eu muito triste. Quando uma luz
surgiu!
A Creusa já não queria viver mais comigo. E aí o que fazer?
Eu pessoalmente sempre me senti impotente em satisfazê-la. Mas sempre
que podia tentava com todas as minhas forças. Pois a gente deve esgotar os
nossos esforços para que não choremos o que não tentamos. E eu sempre o
digo: - Se choro, choro pelo que fiz! E não pela vontade de tentar fazer!
Assim sendo. Tentava eu estabelecer um acordo. Já que não nos
entendíamos mais.
O importante para mim é que ela se sentisse feliz e fosse viver a
vida que realmente queria.
Infelizmente é difícil ter que admitir que certas atitudes são por de
mais demoradas a sabedoria humana. Já que além do mais somos muito
ignorantes. Ela dizia: - Que tentava me tirar dessa idéia ficça de ser
uma mulher completa! Coisa que aos olhos dela não era importante. Já que se
eu já me sentia assim ela imaginava que eu deveria é me esforçar para
ser o homem para qual fui criado. Segundo a religião em que ela
frequentava.
Pois é! Meus ledores ela acabou por se reportar a outra fé! Embora ela
conhecesse o espiritismo. Ela ia também a igreja evangélica e eu sou
suspeita em declarar que ao servir duas fés de doutrinas totalmente
diferentes fez com que ela se confundisse a si mesma.
Fui trabalhando e desenvouvendo o progeto de minha vida.
Iria fazer a cirurgia de qualquer forma. Pois sou obstinada.
Meu filho começou a fazer chantagem. Pois eu decidi que ía morar em
minha casa em Tamandaré e eles ficariam no apartamento. Coisa que na
sequência aconteceu.
Fui trabalhar em um hospital penitenciário e consegui o recurço
necessário para ageitar minha casa.
A fim de poder morar nela. Já que depois de tentar
vendê-la ela tinha sido apedrejada e estava em petição de miséria. E eu
Já que não tinha outra opção. Resolvi que ía morar nela. Uma vez que a
Creusa não me dava paz para eu poder seguir meu destino.
O Renato não estava se sentindo bem para poder viver com a mãe. Pois a
rigor não se sentia seguro com ela. E para falar a verdade ele não
queria saber da doutrina praticada na religião evangélica.
Por ter sido apresentado no espiritismo a resistência dele de fato era
grande. E reconheço que é preciso dar-se a oportunidade de conhecer.
Mas o mais importante é respeitar. Já que há ritos e doutrinas para todos
os gostos.
Comprei alguns móveis. E tenho que dizer e estabelecer créditos a
alguém que foi uma grande amiga na quela época. Pois sabendo de que eu não
iria desistir ela fez muito por mim.
Marcia trabalhava comigo. Tivemos muitos momentos de alegria e muitos
momentos de consolo em que ela de alguma forma participou em meu
auxílio de forma que sempre eu tivesse meu desejo realisado. E eu
seria hipócrita se não reconhecesse isso.
Assim ela me ajudou a escolher meus modestos móveis. A fim que eu
retornasse a Tamandaré.
Sempre deixamos algo para trás que pode nos ser útil algum dia!
É importante que possamos reconhecer o que é! E lutemos para junto da
humildade ir buscar! Por gostar de
mais de Tamandaré descobri que mesmo lá em local mais umilde é que eu
poderia de fato encontrar a paz necessária para seguir na minha
jornada.
Estabelecer a estrutura que precisaria a fim de realizar meu sonho.
A paz mora dentro de nós mesmos! Mas é importante que tentemos
equilibrá-la e entendê-la! Pois é a paz a responsável para que possamos
envolver-nos de forma concisa e próspera! A fim de realizar um feito!
capítulo 47: Meu divórcio
A paz em Tamandaré era sem dúvida maior. E a Creusa foi procurar seus
direitos. Enquanto eu pleiteava os meus.
Lutar por algo e Construir uma estrutura não é fácil especialmente
quando não se tem apoio direto.
Os poucos amigos que apoiavam não desejavam se espor. Pois entendiam
que de alguma forma alguém ia me persoadir.
Otratamento já era findo e o laudo estava lá a minha disposição. E aí
parti rumo ao objetivo maior.
A Creusa nessa época se decidiu se divorciar de fato e providenciou
que isso se desse depois de uma triste conversa.
Conversa que acabou por causar-me uma decepção com relação a tudo que
imaginava delicado que pudesse ter existido entre a gente.
Ela resolveu que já não adiantava seguir meus passos. Que o Renato
realmente não ficaria com ela. Que a fé que ela tinha é o que tinha de
mais valoroso e que tal fé seria dali endiante o suporte a que ela
pudesse seguir sua vida.
Eu bobinha aguardei ela sentenciar: - Aqui está minha aliança de nosso
casamento! E em uma manhã de domingo eu a recebi depois de doze anos de
convivência.
A tristesa maior era saber que ela ía de fato lutar para sair do
casamento e que ía fazer o tudo para me deixar e dissolver nosso
patrimônio.
Ela engreçou na vara de família e de forma gratuíta um dia fui
comunicada que já estava em andamento os papéis e que bastaria eu
assinar e anecsar minha identidade. A fim de fazer o juíz entender seus
interesses. E assim se deu!
O patrimônio não era muito. Porém tinha sido construido com o carinho
que ao menos de minha parte era total.
A gente faz o tudo a fim de que os nossos se tornem gratos. mas muitas
vezes infelizmente não acontece.
Em uma quinta feira fui comunicada dos feitos. E assim se deu!
- Muito bem! Aqui estão os papéis e agora dou provavelmente o passo
definitivo ao fim! E vou rumo ao futuro que eu desejo!
Olhei aquele calhamaço de papel e lá estavam os desejos de uma mulher
que por entender que a fé, a religião, o amor segundo seus olhos eram
coisas de difícil comprenção. Fiz apenas uma pergunta:
- É realmente isso que você quer?
E ela me respondeu: É!
Propus que ela me deixasse em Tamandaré! Mas ela argumentou: que por
estar pago ela preferia ficar com a casa! Já que não gosava de
condiçoes de se manter no apartamento.
Perguntei: - E o filho?
- Fica com você! E penso que já que ele o ama tanto, creio que realmente
você foi e é mais do que um pai! E por certo ele deve te acompanhar!
Argumentei: - Que mesmo que ele quisesse eu não permitiria o retorno dele
para Tamandaré. Pois ele precisava se tornar um homem, estudar e seguir
sua vida. E lá os recurços não permitiam tal progresso.
Terminamos o processo e aí anexei os documentos. E depois de assinar eu
Ainda tinha uma esperança que ela fosse recuar.
Me permiti argumentar: - Que já que estávamos caminhando para o fim que
faria a troca de imóvel novamente. Mas que seria de porteira feichada.
Eu voltaria para o apartamento. Mas tudo o que havia dentro dele era meu e
que houvesse dentro da casa seria dela. Mas mesmo assim ela deu
andamento.
Dez dias depois em uma ação da cidádanía, realisada pela Empresa
estávamos a sentenciar o fim de um casamento.
capítulo 48: Instinto maternal
Estar a se divorciar de alguém que a gente convive por muito tempo da a
impressão que tal pessoa nunca gostou da gente.
Fiquei sozinha com um apartamento no qual não tinha o menor interesse
em morar. Havia ainda uma porção de dívidas oriundas do tempo em que
pensava continuar minha vida em Tamandaré eainda ter que dar
continuidade a educação de um filho. Me deixou muito deprimida na
época.
Rezei muito para que tudo desse certo já que o dinheiro era pouco, que
não havia retorno em meu casamento. O negócio era seguir em frente.
Meu filho na época desejava fazer mecânica de alto-móveis no Senai e eu
sempre que pude me esforcei para que ele tivesse seu desejo
realizado. E assim o matriculei para fazer o tal curço.
Tenho a dizer que vivi momentos muito interessantes com meu filho.
Dar a ele seu primeiro banho, ensinar-lhe a mamar na mamadeira, trocar
suas cacas, brincar com sua chupeta fazendo de conta que essa chupeta
era minha e não dele; estimulava meu instinto maternal.
Incentivá-lo a dirigir um carte aos oito anos, visitar esposições de
carros, derreter um altorama durante uma madrugada inteira a brincar,
andar de bicicleta já que tínhamos uma em que podíamos pedalar juntos e
empurrar por muitas quadras um veículo chamado duna, que era a motor,
fez nascer dentro de seu coração a vontade de ser mecânico e hoje ele o é!
O instinto maternal sempre é bem útil a servir em casos de estrema
dificuldade pois vê-lo de jaléco a ir fazer tal curço me dava a certesa
de que estava a dar rumo a educação e aum futuro homem que precisava
seguir seu próprio caminho no mundo.
Aos 14 anos vi meu filho realmente precisar muito de mim e passei a me
dedicar de forma a fazer ele entender que precisava pensar em seu
amanhã.
Quando se tem um filho a gente faz o que é possível. E vieram as
dificuldades.
Tive eu uma conversa séria com ele logo após a separação. E espus que
já que íamos viver só nós dois. Desejava que ele se dedicasse
exclusivamente aos estudos.
De minha parte ia pensar em tornar nosso ambiente mais
confortável.
Já que merecíamos estar em cituação melhor em uma vida nóva.
Inicialmente ele topou. Mas a rigor de repente ele se transformou.
Tinha feito a opção em viver comigo. Mas penso que ele escolheu errado.
Já que a minha compania em virtude de meu trabalho era pouca e para
quem estava acostumado a ter tudo na mão por conta de que a Creusa o
fazia ele se esforçar muito pouco para aprender a viver.
Por mais que eu fizesse ele começou a se envolver com outras pessoas
que participavam de uma sociedade pouco convencional e que a meus olhos
só se envolvem em comfusão.
Coisa de adolescente mas que foi crescendo e tomou proporção que nunca
imaginava. Quando veio uma descoberta triste.
em um dia que cheguei mais cedo vi em meu quarto que os cd's que ele
gostava de ouvir estavam espalhados em minha cama.
juntei e joguei na cama dele mas o porta cedês estava aberto e tudo se
espalhou de novo. Porém na cama dele e aí ao reuni-los de novo
encontrei uma pedra de uns 20 gramas de craque. Me assustei na hora, porém
resouvi guardar e esperei ele chegar da aula.
Quando ele chegou perguntei: - Oi! Renato você conhece a guarda
municipal?
- Conheço! Respondeu ele!
- E a polícia? Também! Respondeu ele!.
- Por que? Porque eles estiveram a te procurar e querem saber o que é
isso?
Mostrei a pedra e ele não se intimidou!
- Isso é de um amigo e ele deixou aqui para eu guardar!
- Então vamos até a casa de seu amigo e deixamos tal produto por lá!
agora! Afirmei!
Ele não queria levar e aí admitil que tinha comprado, esperimentado
e ainda pretendia vender.
Por certo meu instinto maternal falou mais auto já que vendo a
resistência dele resolvi queimar lá fora com álcool. E por fim a tal
feito.
As drogas tal como o álcool só servem para colocar a família em
desatino e em cituação de desespero e dificuldade.
Eu retornei para dentro de casa e afirmei: - Não construa sua vida em
cima da desgraça dos outros! Pois aí quem ficará desgraçado é você!
Que isso não se repita.
Assim sentenciei depois de ficar muito decipcionada.
capítulo 49: Caminho das drogas
Como fazer entender a um filho que esse não é o caminho que se deve
seguir?
Estimulava-o a estudar, não deixava faltar nada, tolerava até a vinda
da mãe dele a fim de que ele pudesse participar mais ativamente da vida.
Tentava de todas as formas acreditar que ele tinha desistido de tal
caminho.
Mas que nada bastava ele se sentir só ou se inturmar com seus
companheiros de droga. Que pronto tornava-se arrediu ou agrecivo
conforme a cituação de desagravo em que ele se sentia no momento.
É um bom filho. Porém me deu um trabalho enorme. E numa noite que eu
cheguei do trabalho o peguei realmente em desatino.
Tínhamos decidido reformar o apartamento e o mesmo estava todo em
situação de reforma e ele sei lá por que resolveu beber e fumar o
popular basiado.
Eram onze horas da noite e quando cheguei. E ele estava a falar na
janela de casa com alguém que se mandou ao ver eu chegar.
Entrei dentro de casa e pedi: - Filho não fique a conversar na janela
pois já é tarde! E por ser um condomínio a gente tem que respeitar e não
pode ficar a falar alto!
Notei que ele estava alto e perguntei porque ele tinha bebido e ele
quiz dizer que não tinha feito nada. E aí aconteceu!
Pedi que ele me entregasse sua chave de casa e ele não o quiz fazer.
Percebi que ele não parava nas pernas e ele sentenciou: - Quero
ir embora de casa por que já que você e a mãe vivem falando que eu
estou drogado e bêbado quero seguir meu caminho!
Procurou suas chaves pela casa inteira e decidiu que ía sair de casa.
E por conta das drogas ficou agrecivo.
Eu tolero tudo. Mas todo o bêbado e drogado quando estão em estado de
embreaguez não adianta! E ficou a repetir a história durante pelo
menos três horas na minha cabeça.
Sentei perto da porta e esperei que ele se acalmasse. Liguei para a
mãe dele para ver se ela ao conversar com ele quem sabe ele se acalmava.
Mas que nada! Na primeira oportunidade ele tentou abrir a porta na marra e
ai eu tive que agir com a força e o derrubei na sala a fim de tomar as
chaves.
Mas mesmo assim depois que tomei as chaves ele continuou a insistir que
ía sair. E aí pedi a deus uma solução!
Cansada, triste, mandei que ele fosse até a cosinha e pegasse uma faca
à maior de preferência e viesse para cima de mim. Por que se ele não
acertasse os furos eu o iria acertar e aí sim ele ia embora!
Aí ele recuou pedindo que eu o deixasse ir embora então pela manhã!
Naquela madrugada liguei para a polícia civil, conselho tutelar,
polícia militar e que nada! Essas instituições só socorrem quando já
não há mais nada a fazer.
Pela manhã pedi que a Creusa viesse o mais rápido possível lá para casa
e as seis horas o chamei para que ele arrumasse suas coisas.
- Renato levante-se e arrume suas coisas pois hoje você vai ter sua
liberdade como te prometi! E ele que tinha dormido sentado na cama
tonteando começou a reúnir suas poucas coisas. Já que quando decidi
reformar o apartamento dei o tudo que havia dentro dele.
Foi o dia mais triste de toda a minha vida! Ver o meu filho ir embora!
Foi o fim de carreira para eu que desejava ter uma família que durasse para
sempre. E aí descobri junto ao centro que o uso de drogas já era na
vida dele uma constante, que após a separação minha e da Creusa ele sei lá
porque tinha se entregado de uma vez a esse feito.
Usar drogas é muito ruim, destroe o amor, a saúde e pior deixa a gente
que não tem nada haver com isso traumatisada.
Entre ele usar e estar usando desde a separação que ocorrera aos 14
anos e a descoberta que se deu aos 17 se passaram pelo menos 3 anos que ele
vivia a se drogar as escondidas e aí a gente perde o controle. Já que sempre
pensamos que e uma coisa da adolecência e que irá passar.
Só que não passa e aí tive que concluir a reforma do apartamento sózinha.
Não quiz saber dele por pelo menos 4 meses e aí acho que com essa
atitude sauvei meu filho.
Não iria passar minha vida a apanhar de filho e hoje penso que tê-lo
expulsado de casa a fim de que ele fosse viver com a mãe foi a melhor
coisa que fiz.
capítulo 50: Ante depressivos
A gente pensa em estar a agir corretamente em facilitar com que o filho
da gente viva bem. E desde a propósta que eu fiz quando ele ofez 14
anos e até ao que cominou com sua saida de casa aos 17 eu sempre me enganei ao
pensar que o uso de tais intorpecentes fosse apenas por que estava a sentir
falta de sua mãe ou então por que não tivera a responsabilidade
necessária para se assumeir enquanto ser humano para em fim entender
minhas dificuldades e as de sí mesmo.
Penso que qualquer jovem que se envolve com drogas é apenas por ter uma
opção diferenciada. para poder no mundo atual obter seu espaço já que
muitos entendem que é de prache agir assim.
Penso ainda que os pais ao adotarem a postura de super proteção estão
a ser coniventes com as atitudes dos filhos e sendo assim acabam por os
deixar involuntariamente piores do que já se dispuseram a estar. E aí
os traficantes tomam conta e perdemos o que mais amamos.
Eu hoje vejo que se não o tivesse expulsado de casa o teria perdido em
definitivo.
Fiquei muito triste. E até fui parar no médico por causa desse
afastamento. Já que decidi que um pouco de distância de meu filho era
prudente. Para que ambos pudéssemos definir novos caminhos.
A depreção me pegou novamente. E adianto nunca fui adepta de
ante-depressivos. E aí ao me consultar o médico já foi me receitando os
mesmos.
Lembro que peguei o receituário e fui até o centro onde frequentava e
ai informei ao pai Joaquim que estava muito triste com tudo que havia
acontecido mas que não iria tomar tais remédios e ele me perguntou:
- Por que?
Respondi: - Se tenho que morrer de tristesa por ter um filho ingrato
morrerei com dignidade! E rasguei as receitas.
Tomei meu passe e segui minha vida!
Nessa época engrecei com o pedido de minha cirurgia pelo sistema único
de saúde (sus) e comecei uma porção de exames que iriam me permitir
fazer a cirugia de transgenitalisação gratuitamente.
E foi um tal de ir ao hospital de Genicologia a fim de obter um laudo
médico que confirmasse a impocibilidade do hospital de Genicologia. Pois assim
sendo atestado possivelmente eles me encaminhariam através de um (tfd)
ou seja: Tratamento fora domicílio e aí sim com esse reconhecimento
poderia realizar meu sonho.
Mas que nada! Entrei até com uma ação judicial a fim de saber
mais sobre essa gratuidade. E aí descobri um monte de coisas.
Descobri que o hospital de Genicologia já tinha realisado duas
cirurgias de duas meninas que quiseram ser meninos e que dois meninos queseram como eu
ser meninas.
E que fiasco! As meninas que quiseram ser meninos apenas uma delas
ficou satisfeita com o feito. Já que para tal a menina tem os sêios
estraídos. Entra na hormonioterapia e através de uma cirurgia se fecha
o canal vaginal. E se implanta uma prótese peniana que junto de um
processo de implante com um conjunto de pele artificial pode-se obter um pêniz
que não tem a durabilidade que se pode conciderar normal mas que para o
psicológico entende-se que é bem próximo do real.
Os meninos que fizeram a transgenitalisação. Uma delas teve problema
sério e saiu processando o Paraná inteiro pois teve a sua urétra
extraída.
Pois o procedimento é assim: - Retira-se o pênis e o descasca como se
fosse uma banana, da bolsa escrotal se aproveita toda a pele a fim de
poder construir os lábios vaginais, do próprio pênis se constroe o
canal vaginal e fica a cargo do cirurgião a re-colocação da urétra que fica
mais curta ao ser realocada. E no caso citado a moça até teve a
néo-vagina construída. Porém somada a tal cirurgia ela ganhou uma sonda.
Sabendo de tais fiascos reconheci que era de fato perigoso não ter o
devido cuidado. E saibam vocêis que mesmo assim não me intimidei mas o
meu adivogado me avisou: - Juliane você pode ser encaminhada
para goiania, porto-alegre, brasilia, espírito santo e possivelmente lá
eles exigirão novos exames e novo laudo além de que você seja domiciliada.
Novamente fiquei muito triste mas não desisti e ao saber que de fato
poderia ser encaminhada para porto -alegre dado ao fato de ser de
Curitiba. Chorei muito pois realmente poderiam exigir meu domicílio
por lá; já que a verba que se utilisa por lá é uma verba estadual.
Mergulhada em lágrimas certa tarde no hospital onde eu trabalho surgiu
um anjo a me consolar. E Deus sempre colocou pessoas a me ajudar. E e
essa ajuda de fato aconteceu no momento certo.
capítulo 51: Quando tem que ser é
Depois de estar a chorar com a expectativa de ter que abandonar o tudo
que já havia construido no Paraná. Minha amiga helena que trabalhava
como telefonista veio a me consolar e a me orientar a rever a cituação
que anos antes tinha a rigor deixado de lado. Já que não possuía
recursos. E pior só tinha um laudo que a meus olhos estava
desatualisado.
Helena me abraçou ao notar que eu tinha chorado um monte. Já que
explicara a ela a posição do adivogado e recomendou: - Juju deixa de ser
boba; vá a São José do Rio Preto e pelo sim ou pelo não lá estaremos a
esgotar a pocibilidade que já temos a mão!
Expliquei que não tinha dinheiro e ela novamente argumentou: - A Juju
você tem de onde emprestar! Veja os bancos conveniados e aí veremos mais
tarde o que fazer!
Fiquei realmente consolada! E antes de tomar a iniciativa fui ao centro
e me reportei ao pai Joaquim nóvamente. E como por encanto aquele dia ele
foi quem se dirigiu a mim. E me foi disendo: - Sabe já estão a fazer sua
cirurgia por aí! E eu tenho uma boa notícia! Você vá de encontro a seu
sonho pois ele já é possível!
Eu incrédula perguntei: - Como pai se já não tenho mais os contatos que
preciso! Pior não sei onde está a pocibilidade! E pior o
encaminhamento que tinha está vencido!
E meu querido pai Joaquim me respondeu: - Você conseguirá desta vez!
Saí do centro pensando como é qque poderia fazer para chegar a obter os
contatos que eram importantes na época.
Cheguei em casa e revirei minhas agendas e pasmem! Quando tem que ser
é!
Pois através de um amigo de meu filho pude pesquisar na agenda de um
chip de celular velho o telefone da clínica do doutor Caio Pure. que
era o médico responsável e endicado pela Panamá a fim de realizar minha
possível cirurgia.
Liguei emediatamente para São José do Rio Preto e fiquei bem feliz ao
ouvir a voz do doutor; que já foi avisando que eu tinha que marcar as
avaliações. Deveria trazer alguém que pudesse me acistir uma vez que eu
não enchergava. O valor das avaliações eram de $2,000,00 mil reais que
deveriam ser pagos antes de qualquer coisa e que ele faria o possível
para trazer a maioria dos proficionais a seu consultório já que assim
ele me pouparia de fazer grandes deslocamentos pela cidade.
Fiquei super empolgada! e aí me reportei a Marcia que na época eu
brincava que de fato ela era muito mais que minha amiga mas uma irmã e tornei
ela a minha agente financeira. Pois precisaria montar uma estrutura a fim de
poder estar em Rio Preto o mais rápido possível.
Ia esgotar tal pocibilidade afinal se eu não a esgotasse estaria até
hoje me perguntando porque não o fizéra..
Devemos eliminar as dúvidas e só há uma forma de fazer isso: lutando
para sanalas.
capítulo 52: meus financistas
Comecei a conversar com os bancos e aqui deixo um grande agradecimento
a pessoas com as quais nunca mais tive contato mas que me puseram diante
de meu sonho com o apoio financeiro que lhes era possível facilitar. Já que
financiei otudo que me fora possível dessa cirurgia.
Agradeço a Susãne gerente do banco do Tesouro, a Andressa gerente do
banco Ubiraci e a Elaine gerente do banco Aqi e aos consultores do
Dinheiro sempre.
Bancos que fizeram o máximo para que eu estivesse a realizar meu sonho.
O banco do Tesouro através de sua gerente Susãne ao saber de minha
história resolveu creditar em minha conta o que fosse importante para
que pudesse ir até São José do Rio Preto para fazer as avaliações e que
não me preocupasse, à medida que precisasse estariam a facilitar ao
máximo dando-me assim a devida oportunidade de ao menos tentar.
Bastava eu só dar um telefonema.
Com as garantias de pelo menos ir já estava bem feliz. E aí restava a
figura do acompanhante.
Uma amiga chamada Maria que era super contra a minha cirurgia me
sugeriu que levasse na época sua filha. A Bruna que tinha só 17 anos e
eu ponderei que ela era muito nova. E que era muita responsabilidade
para eu. Já que se fosse realmente operada na sequência poderia deixar a
moça traumatizada. E aí permaneci a procurar e preferi não levar Bruna.
Confeço que fiquei muito feliz com a credibilidade e a confiança
dispensada pela Maria ao fazer essa sugestão mas preferi preservar a
amizade dela. Já que não tinha a intenção de traumatizar ninguém.
À medida que o tempo passava estava ficando mais nervósa. Pois queria
agir rápido e não conseguia.
E aí por indicação de uma amiga chamada Julha que na época era minha
manicure conheci uma prima dela a Sonia. E aí em um
dia pela manhã a entrevistei. Depois de argumentar com a Marcia que
já não tinha muito tempo. pois estava por demais nervósa e que desejava
ir a São José do Rio Preto o mais rápido possível. Chegamos ao concenço
que podia ser a Sol, já que era assim que ela gosta de ser chamada.
Com uma acompanhante contratada. Já que ficou combinado que toda a
despesa era minha e que ela estaria a receber uma diária. por estar a
me acompanhar e que essa diária ficaria fixada em $50,00 reais por dia.
Já me encontrava em condições de viajar ao encontro das avaliações. E que
pelo sim ou pelo não poderia ser que ela tivesse que continuar a meu lado
inclusive para o caso de cirurgia. Fomos viajar.
Tudo bem conbinado. E a Sonia topou e aí marquei as avaliações.
Em 10 de março de 2008 saimos de Curitiba, rumo a São José do Rio
Preto.
Com um crédito em conta corrente pertinente as avaliações, uma
expectativa enorme no coração e acompanhada de uma enfermeira com quem
só havia conversado uma vez. Lá ía eu com minha fé e meu desejo, minha
vontade e minha audácia, meus poucos recurços mas com a concideração de
meus amigos que acreditavam em
uma realisação pessoal.
Por indicação do doutor Pure o hotel endicado era da rede Flor e ficava
bem perto da clínica. E aí iríamos ficar hospedadas lá!.
Saímos pela manhã de Curitiba e chegamos em São José do Rio Preto 12
horas depois já
pelas 19 horas.
O protocolo da saúde recomenda as seguintes avaliações: uma avaliação
com o serviço social, uma avaliação psiquiátrica, uma avaliação de
endocrinologia, uma avaliação advocatícia, uma avaliação psicológica e
a avaliação do cirurgião urulogista.
Chegamos no hotel e fomos jantar. Eu e a Sol mesmo durante a viajem
trocamos muita conversa sobre o meu desejo, minha vida e estivemos a
nos tornar mais próximas. Já que não sabíamos no que ia dar a nossa ida a
São José do Rio Preto.
Procuramo-nos a nos tornar mais íntimas. E à medida que fomos nos
aproximando da expectativa percebemos que isso só ia tornando a
ansiedade de minha parte maior. Pois quando se sai de casa nunca se
sabe o que se pode encontrar no mundo que a rigor era desconhecido para
ambas.
Tentei dormir aquela noite mas mesmo com o cansaço da viajem não
conseguia. Pois era muito estranho estar a aguardar algo que ía
acontecer.
Já que não ía recuar teria que tentar e estava ali para isso. E depois
de tomar banho, jantar e ligar para Curitiba me concentrei nas minhas
orações e em uma conversa da Sonia que comentava sobre um namorado que
era casado.
Rezei e pedi a Deus que me fosse oferecida a orientação cabível para
poder estar calma a fim de poder realizar as avaliações e que ele me
protegesse. Já que sentia-me tão distante de tudo e dos meus.
capítulo 53: O tudo ou nada
Amanheceu o dia! Depois de tomarmos café liguei para o consultório do
doutor Pure e fui informada que deveria estar a disposição por volta
das 9 horas e aí começaria a maratona de avaliações que permitiriam ou não
meu intento.
A Sonia estava pronta. E eu me arrumei de módo a ficar bem
apresentável.
E vestida com um vestido branco cabelo souto, maquiada já que entendia
que devia causar uma boa impreção. Fomos até o consultório.
Nos perdemos na rua do consultório. Pois a numeração era sautiada e por
conta disso nos atrasamos um pouco.
Bastante nervósa entrei no consultório. E deslumbrei uma casa que era
aparentemente normal. Não tinha a aparência de clínica e ao me sentar e
dar meus dados para que Sonia prenchesse uma ficha, estava com a minha
adrenalina a mil.
E veio o doutor nos receber: - Bom dia! Essa é a Juliane a paranaense que
tem como objeto realizar uma cirurgia comigo?
- Sim doutor sou eu!
Fomos encaminhadas a uma sala. E lá ele mostrou algumas fótos a Sonia
sobre cirurgias que já tinham sido realisadas por ele.
E se dirigiu a falar comigo nos seguintes termos:
- Veja Juliane você deve efetivar os depósitos pertinentes as avaliações
ainda antes do almoço já que logo depois as terá realisadas
pelo psiquiatra e pelo serviço social do hospital a fim de que possamos
elaborar um prontuário a seu respeito!
Concordei de pronto e informei que aínda pela hora do almoço tal valor
correspondente seria depositado em mãos ou em sua conta corrente
conforme ele o desejasse. E assim ficou combinado eu faria o depósito
na conta da clínica. Através da sua secretária e iniciaríamos o
trabalho.
Deu-nos as informações correspondentes aos laudos que seguiriam o
protocolo da saúde. Já que eram uma equipe de trabalho que fora montada
exatamente para realizar esse tipo de cirurgia e apanhou a documentação
pertinente aos laudos psicológicos que já obtivera na Panamá e aos
procedimentos que estavam a ser tomados pelo adivogado. A fim de
poder ser encaminhada a cirurgia em Porto Alegre.
- Muito bem acrescento que só irei me posicionar quanto ao fato de você
fazer ou não sua cirurgia depois de todas as avaliações estarem
conclusas!
A pergunta que ele me fez inicialmente foi: - Porquê eu queria tanto essa
cirurgia?
E minha resposta foi: - Doutor desejo realizar um sonho, um desejo de
cunho pessoal, definir e ajustar meu espírito a meu corpo e aí tenho
para eu que serei bem feliz!
Ele apertou minha mão e me desejou sorte já que dali para frente a
sorte estava lansada.
Saímos do consultório. Eu e a Sonia e fomos informadas que deveríamos
estar por volta das duas horas de volta com o depósito e que minha
primeira avaliação seria com o serviço social, e depois aindateria uma
avaliação com o psiquiatra e se desse iria até o endocrenologista ainda
aquela tarde.
Fomos em busca de uma agência do banco do Tesouro e lá depositei a
importância de $2,000,00mil reais para poder efetivar o pagamento das
avaliações. E acabei por sujar meu vestido que sem querer encostei em
um ferro que estava enferrujado. Fato que me obrigou voltar ao hotel a fim
de poder me trocar e me preparar para as entrevistas da tarde que
prometiam.
Estava mais calma na hora do almoço. E pensava que seria o tudo ou nada!
Já vivia a expectativa de envestir o tudo que fosse importante para
resolver ao menos ali o que me fosse possível.
Vesti uma minissaia e uma mine blusa pois o calor estava insuportável.
E mais a vontade chegamos ao consultório. E lá já estava a nossa espera
a primeira entrevista.
Fui recebida pela a assistente social Nadir e junto com Sonia fomos
encaminhadas a uma sala onde me fora perguntado o de prache.
- Tem família? Já sofreu alguma cirurgia? E pelo andar da carruagem a
dona Nadir só nos fez compriender a medida que sua entrevista se
desenrolava o funcionamento do hospital e as devidas acomodações que
iríamos ter a fim de fazer a cirurgia.
Uma hora depois de ser informada sobre as condições de acomodações e de
como funcionaria meu internamento ela se despediu, mas não adiantou seu
parecer que seria encaminhado aos cuidados do doutor Pure junto com os
demais.
Despedimo-nos e aí entrou o doutor Piérre que era o psiquiatra que só
fez perguntas sobre meu convivio social e se eu tomava algum
tipo de medicamento ante depressivo.
A rigor eu não tinha noção se estava indo bem ou não mas podia
argumentar quando não entendia bem as perguntas. E também depois de uma
hora de esplicações de como iria modificar meu estado emocional em caso
que desse algo errado ele também se foi.
Ao final dessa entrevista fomos encaminhadas ao consultório do
endocrinologista doutor Antonio que nos recebeu já as 19 horas e
que perguntou sobre as medicações e sobre o tratamento de hormonio
terapia que eu teria que me submeter na sequência.
Chegamos ao hotel depois de muitas perguntas que nos deicharam esausta
as vinte horas daquela noite. E podíamos apenas dizer que não tínhamos
a certesa de nada.
Sonia só me ajudava a fazer com que eu me pudesse sentir mais
confortável e aos doutores ela só respondia que estava contratada a me
acompanhar e mais nada.
DDepois de toda essa maratona descansamos já sabendo que faltavam a a
advogada, a psicóloga e a posição definitiva do doutor no dia
seguinte.
Descansamos e acabei adormecendo logo aquela noite.
capítulo 54: A tartaruga e o golfinho
Amanheceu o dia e depois do café fomos de volta ao consultório do doutor
Pure e fomos informadas que aquele dia funcionaria da seguinte forma:
Primeiro seria avaliada pela advogada, depois pela psicóloga e por
último teria a resposta dos laudos com doutor Pure.
Assim se deu.
Doutora Paula a advogada nos deu uma lição de legislação sobre a
cirurgia e os riscos que eu iria assumir em caso dela se realizar.
Teria eu que assinar meu atestado de óbito se fosse necessário. Pois
correria o tudo de realmente arriscado já que teria que permitir a
útilização de outras especialidades médicas em caso de necessidade.
Não poderia protestar em caso de me arrepender. Teria que entender que
o processo de auteração de nome poderia se tornar mais um desafio.
Deveria deixar fótos pertinentes a cirurgia a fim de que as mesmas pudessem ser
publicadas em livros ou mídia que fosse de cunho científico e depois de
nos explicar por volta de duas hóras como é que ficava a documentação
de internação. Se foi sem me dizer se havia ido bem ou não em sua
entrevista.
Apenas me informou como os demais que seria o doutor Pure que
providenciaria a resposta final. E a ela seria dado a informação dos
documentos contratuais a fim de estabelecer ou não minha cirurgia.
Reconheço que a mulher é uma sumidade em direitos das transexuais.
E aí veio a psicóloga doutora Jaqueline.
Como já estava perto do almoço ficou combinado que após o mesmo eu
estivesse bem sossegada e aí começaríamos a nossa entrevista mais a
vontade.
Fomos almoçar. Estava eu com uma dor de cabeça enorme. Já que todas
aquelas explicações advocatícias martelavam dentro de minha cabeça uma
vez que entendia que eles não estavam a me polpar de nada.
Tomei um comprimido após o almoço e fomos passear no hospital enquanto
não chegava a hora combinada com a psicóloga.
Eu e Sonia estávamos realmente muito sensíveis uma com a outra. Ela por
não saber o que fazer para me agradar e eu por estar vivendo a
expectativa aguda de um resultado que não tinha a noção no que poderia
dar tanta conversa.
Próximo do hospital onde eu deveria ser internada havia uma instituição
de cegos a qual fomos visitar para poder passar a hora.
E o que me deu muito ânímo foi um grupo de crianças que além de serem
cegas tinha a deficiência mental como mais uma dificuldade a ser
superada; e o que mais me comoveu foi que quando eu tencionava em ir
para a entrevista tais crianças se reuniram e cantaram para mim uma
musiquinha da tartaruga e do golfinho. que confeço me reavivou as
forças.
Apenas os especiais compriendem os especiais. Saí dali com a promessa
de voltar se a cirurgia ocorrece e acontecesse tudo bem algum dia.
Doutora Jaqueline nos recebeu e pediu para que eu ficasse a sós com ela.
Para que me sentisse mais a vontade. E a Sonia se retirou ficando com
a secretária do doutor Pure a lhe fazer compania.
- Agora Juliane terá que me responder perto de trezentas perguntas e não
se atenha muito ao que estou lhe perguntando mas seja absolutamente
sincera! Já que possivelmente se não o for eu saberei ao final!
Sozinha não me intimidei! Começaram as perguntas que funcionavam como a
um psicotécnico e variavam entre o que eu penso da vida, minha condulta pessoal, meu
convívio na sociedade e minhas dificuldades.
Tinha muito pouco o que dizer só sim ou não ou então espreçar em poucas
palavras o que pensava sobre uma figura ou uma maneira de o ser ou pensar.
Não podia me atentar como é que estava a ir mas deveria ser sincera e
assim eu procurei o ser o máximo possível.
Depois de três horas terminamos e eu suada, cansada não tinha noção de
como havia ido. E ela como os outros só me disse: -Juliane adorei
você!
-Percebo que tem que melhorar muito mas é uma boa menina e essa melhora
será progressiva à medida que conquistes seus intereces e eu concluirei
meu trabalho espedindo meu parecer ao doutor Pure entendendo que
conheci uma moça realmente especial!
Ela se foi e a secretária do doutor Pure entrou com a Sonia prontas
para anunciar que teríamos que permanecer mais uma noite em São José do
Rio Preto pois o doutor Pure só poderia nos receber no dia seguinte.
Já que estava por perto das 17 hóras fomos ao hotel e aí relachei.
Tomei um bom banho, bebi no bar do hotel uma serveginha e tratei de me
conscientizar. -Fiz o tudo e agora é só aguardar no que vai dar.
capítulo 55: Meu resultado
Aquela noite dormi o sonho dos deuses, pois já não restava nada que eu
pudesse fazer a fim de convencer aqueles que me entrevistaram.
Sabia que tinha sido o mais sincera possível, que minha sorte estava
lançada. A fé que eu depositara naquela pocibilidade tinha sido
realmente absoluta e agora era esperar amanhecer para obter uma
resposta.
E amanheceu! Lá fui eu e a Sonia rumo ao consultório do doutor
Caio Pure.
Cheia de esperança. Preparada para ouvir a negativa, já me previnira
que essa pocibilidade também podia existir. Chegamos as nove horas e fomos
condusidas a sala do doutor.
- Bom dia! Juliane!
- Bom dia doutor!
- Como você percebeu o trabalho de minha equipe? Perguntou ele muito
seguro.
- Bom a impressão é que sua advogada é quase uma juísa pois domina muito
o assunto! - Sua psicóloga é uma gracinha embora não pude saber se fui
bem na entrevista dela e o endócreno é muito simpático! - E quanto aos
demais me pareceram altamente proficionais!
Respondi: Sem cerimônias.
- Porque você está a pensar em fazer essa cirurgia?
- Como lhe disse desde o início eu não estou a fazê-la com o propósito de
satisfazer a alguém a não ser eu mesma e por isso é que estou aqui!
- Entretanto se não for possível saio daqui efetivando os pagamentos que
por ventura ainda tenha que fazer e parto com a conciência que esgotei
essa pocibilidade rumo a Porto Alegre ou a algum lugar onde possa
realizar esse meu desejo!
o doutor apanhou os laudos e muito diretamente perguntou: - Por que eu não
realizaria sua cirurgia?
eu pensei por um instante. E o que veio na minha cabeça era que ele
poderia se negar a fazer uma vez que eu era céga e por isso talvez ele
pudesse me discriminar.
Respondi: - Doutor penso que se não for possível fazer através do senhor
pode ser que o senhor não gostou de meu jeito de ser ou de me portar e
aí saio daqui rumo a novos orisontes!
- Muito bem, Juliane! Eu não tenho porque não fazer sua cirurgia, tenho
aqui em minhas mãos todos os seus testes, estou aqui com seu
encaminhamento para Porto Alegre, tenho o laudo da Panamá, há ainda
todos os seus laudos que foram elaborados pela minha equipe! Então só
me resta dizer: - Eu vou te realizar e marcarei sua cirurgia!
Na hora veio a meus olhos todas as lágrimas que poderiam existir na
face da terra. Ao observar que estava a ter o reconhecimento e o direito de
poder realizar um desejo que a rigor tinha sido objeto de tanta luta.
Eu confeço: Tive que me esforçar para não chorar.
O doutor pegou sua agenda e anunciou: - Podemos fazer sua cirurgia dia 24
de abril ou dia 8 de maio! Qual dessas datas prefere?
Eu ainda incrédula respondi: - Na data que a lua seja minguante pois aí a
minha recuperação será mais rápida!
O doutor sorril e verificou no calendário.
- Então pode ser dia 24 de abril! Pois é a mais próxima de seu desejo.
- Você realizará alguns exames e me enviará por fax e encontrando-se em
perfeita condição de saúde deverá efetuar um depósito de $12,000,00
mil reais em minha conta corrente a fim de que eu possa providenciar seu
internamento e os devidos procedimentos contratuais!
- E quanto ao imposto de renda? Perguntei, secando meu rosto com um lenço
que me fora estendido pela Sonia.
- O valor dessa cirurgia atualmente se for para a obtenção de recibos é
de $18,000,00 mil reais todavia você decide a forma que pretendes realizar
o pagamento para que a doutora Paula possa proceder os devidos papéis
de recibo e de internamento que jugare importante para sua
contabilidade! Respondeu ele aguardando minha posição.
- Bom doutor já que terei uma despesa extra trazendo a Sonia acho mais
prudente que possa realizar essa cirurgia pagando apenas $12,000,00 mil
reais e assim posso administrar o restante com a logística que a rigor
não tenho noção do que possa precisar!
- Como queira então! Faremos assim: após o resultado de seus exames
- Possivelmente deves estar aqui no dia 23 de abril para que possa ser
preparada para a cirurgia e aí a realizaremos no dia 24.
- É indispensável a presença de sua enfermeira SoniaPois já que ela
também fora informada sobre os procedimentos poderás te acistir de
forma adequada!
- A doutora firmará esse acordo juntamente com as afirmações que foram
apresentadas por ela e aí você assina na data em que estiver se
internando!
Firmado todo o acordo saí do consultório ainda em estádo de chóque.
capítulo 56: Minhas providências
Ao sair Sonia perguntou-me: - E então Ju, como está, finalmente feliz?
E eu sem dizer nada cheguei ao hotel e me joguei em silêncio na cama
a fim de assimilar a vitória.
A Sonia ligou muito preocupada para Curitiba e contando para a
Marcia como é que eu estava quiéta dizia: - Marcia do céu ela está
silenciosa até de mais! Estou preocupada! - E estendendo-me o telefone resmungou:
- A Márcia quer falar com você!
Atendi: Marcia ligue para a Andressa e peça para ela providenciar um
crédito de $12,000 mil reais em minha conta pois preciso que esse valor
esteja à minha disposição o mais rápido possível!
E Marcia muito sorridente perguntou: - Nossa mas para que tanto
dinheiro?
Respondi muito séria: - Eu vou fazer a cirurgia! só ainda não sei como
devo comemorar isso, se deito aqui e choro todas as lágrimas que for
capaz, se jogo a Sonia pela janela, ou se saio gritando pelo hotel
a fora!
Marcia riu deu-me os parabéns.
Ainda hoje deixo São José do Rio Preto e amanhã terei que
providenciar todos os exames que o doutor pediu através de uma
requisição!
Marcia sorril de novo e adiantou-me: - Vai fazer todos os exames e eu e
a Sonia e todos que te amam estaremos torcendo por seu sucesso.
Devouvi o telefone a Sonia e me deitei esausta a pensar em como é que
deveria proceder ao chegar em Curitiba.
Viajamos aquela mesma noite para Curitiba e aí combinei com Sonia que
assim que estivesse com tudo pronto entraria em contato com ela a fim de
poder estabelecer nossa vinda a São José do Rio Preto novamente.
Cheguei em Curitiba super feliz porém preocupada. Tinha que realizar
vários exames e com a colaboração do hospital onde eu trabalhava
consegui a totalidade dos mesmos.
Tenho que dar a mão a paumatória pois o hospital do Servidor muito
embora tivesse uma posição contrária a esse tipo de procedimento pelo
sim ou pelo não! Facilitou muito para que ao fazer meus exames eles
pudessem chegar aos cuidados do doutor Caio Pure o mais detalhado
possível e com a devida credibilidade.
Marcia por trabalhar em um consultório médico conseguil a minha
avaliação de risco pré operatório já que os médicos de lá eram
cardiologistas e ao concluir todos os exames e ao obter os devidos
diagnósticos encaminhei aos cuidados do doutor Caio Pure e confirmei
minha cirurgia.
Restava apenas o depósito e aí Andressa do banco Oberaci efetivou um
crédito de $12,000 mil reais que foram encaminhados diretamente para
conta do doutor Caio Pure em São José do Rio Preto. E a 9 de abril já
tinha eu concluido toda a etapa correspondente a minha parte no que
fora acordado anteriormente.
Fiquei somente com o comprovante de depósito e a esperança que ia dar
tudo certo.
Sabendo que estaria a correr todos os riscos pertinentes a cirurgia e
que poderia até morrer já que toda a cirurgia é arriscada resolvi
escrever aos que amava uma carta de despedida. Pois não tinha medo de
morrer mas por certo a pessoa masculina deixaria de existir e se desse
tudo errado queria espreçar meu amor aqueles que realmente amava.
Me dediquei nos dias sub sequentes a fazer uma carta a Marcia e a meu
filho na qual relatava o quanto eles eram importantes durante
aquela jornada e o quanto eu os amava.
Confeço que o medo de morrer não era o mais importante mas a
expectativa de poder ter um derrãme e de perder os sentidos era muito grande.
Eles eram tudo o que eu tinha. Duas pessoas realmente importantes e que
mereciam toda minha consideração.
Convercei com pai Joaquim e ele me apoiou plenamente disendo: - Eu disse-lhe
que daria certo e agora é só fazer sua parte e terá o seu desejo
realisado!
E à medida que me aproximava do dia 22 já que era a data combinada a fim
de estar em São José do Rio Preto no dia 23 para me internar eu ia
ficando mais tranquila. Pois sabia: - Tinha feito o tudo por todos
aqueles que amei e agora só restava fazer algo por eu e o fiz.
capítulo 57: Minha internação
Com as cartas prontas destinei a um amigo que era responsável lá pelo
centro de estudos do hospital a missão de entregá-las em caso que me acontecesse algo de muito ruim.
Alessandro se sentil orgulhoso de tal missão e me desejou sorte.
A 22 de abril de 2008 deixava uma estrutura montada a fim de poder ser
acionada em caso de necessidade.
Marcia ficara com as chaves de minha casa e meus cartões de crédito,
Marcos meu primo ficou com uma autorisação de acionar uma locadora de
veículos a fim de ir me buscar por terra.
Existia ainda a pocibilidade de voltar com uma uti aéria do grupo amil
que me fora oferecida por minha família através de minha avó. E assim embarquei rumo a
São José do Rio Preto com a Sonia que me parecia
nervósa achando estranho minha calma.
Pedi que ela anotasse todos os contatos além do que ela já tinha que
era o da Marcia e ela o fez bem preocupada.
- Fique socegada! pedi a ela.
Chegamos em São José do Rio Preto as 7 horas da manhã e fomos direto
ao hospital de Genicologia. Já que ficara combinado que seria internada
assim que chegasse.
Entrei no hospital e fomos encaminhadas para o departamento financeiro
E lá informamos que eu era a paciênte de Curitiba que o doutor ia operar
na manhã seguinte.
O pessoal não conseguia inicialmente localisar o doutor Caio Pure e aí
sugeriram que deixássemos as malas e fôssemos tomar um café até que
conseguissem entrar em contato com o mesmo.
Fiquei nervósa mas tentei me equilibrar. Já que estava lá, o remédio
era ser paciênte e esperar.
Fomos tomar café, ligamos para Curitiba e informamos que tínhamos
chegado bem e que assim que soubéssemos onde ficaríamos hospedadas
ligaríamos de novo.
Ao retornar a moça do financeiro adiantou: ´- Já falamos com o doutor Caio
Pure agora é só providenciar seu internamento.
Sonia de posse de minha identidade ficou responsável por esse trâmite enquanto eu aguardava em uma enorme recepção.
Era muita gente que passava por ali e por o hospital ser do sus estava
movimentado.
Rezei e pedi: - Senhor se for para dar tudo certo, que eu não me aflija diante dessa
visão que tenho agora.
Via muita gente batalhando por seus exames, suas consultas e eu ali para fazer
uma cirurgia que aos olhos de muitos era um caprixo pessoal.
Sonia voltou e anunciou: - Pronto já está internada só é preciso esperar
a liberação do apartamento.
- E isso vai demorar? Perguntei cansada de esperar.
- Não. Eles nos chamam quando tudo estiver preparado.
Ela se acomodou ao meu lado e ficamos a cochilar enquanto não nos
chamavam.
Depois de umas duas horas fomos encaminhadas para uma suíte do sexto
andar com o numero 666 onde passaríamos os próximos dias.
Ao entrar já fui tratando de reconhecer o ambiênte. E era um bom
apartamento.
Duas camas, telefone, televisão, varanda panorâmica, um guarda-roupas e
estava eu internada.
Enquanto fazia o reconhecimento o doutor Caio Pure chegou:
- Bom dia Juliane! O que está fazendo?
Respondi: - Estou a reconhecer meu espaço e pretendo tomar um bom banho
para descansar da viajem!
- Muito bem, após as 12 horas sua diéta será zero, só tomará um suco
a fim de poder limpar seus intestinos e assim estaremos a prepará-la para a
cirurgia!
- Não poderá beber nada nem água! Anunciou ele.
Chamou Sonia para um particular e quando ela voltou só me disse que
era papo de enfermeira e médico nada mais.
Penso que ele estava a orientá-la sobre os cuidados que deveria ter para comigo.
Antes de sair o doutor me disse: - Agora só nos veremos amanhhã de manhã
E a doutora Paula vem a tarde para que você assine os documentos da
cirurgia! E então até amanhã!
- Até amanhã! Respondi preparando-me para tomar banho.
capítulo 58: Minha cirurgia
Como ele de fato tinha dito. Após o almoço só me serviam um suco
de laranja ou de limão com muito purgante onde a função do mesmo era
limpar meus intestinos a fim de evitar uma possível enfecção.
Sonia se acomodara na varanda e lá passava a maior parte do tempo enquanto eu corria do banheiro ao quarto e do quarto para o banheiro a fim de que pudesse
espurgar a alma. Foi uma limpeza e tanto. Sorte que não tinha o que fazer e podia dar-me a esse luxo.
Ligamos então para Curitiba e passamos as coordenadas de que estávamos já devidamente instaladas.
Doutora Paula de fato veio ao fim da tarde com os documentos e
depois de uma tarde inteira que era como se fosse uma maratona, assinei os documentos que
realmente propciariam minha cirurgia.
Ela saiu do quarto e ao sair me desejou sorte.
Lá fui eu novamente ao banheiro.
Chegava a noite e começou a me dar sede. E digo era uma sede
implacável..
E eu as escondidas bebia água aproveitando-me de quando a Sonia dormia
ou por estar a sós no quarto.
Reconheço que fui relapça pois tal procedimento de minha parte quase
pôs por perder tudo. Inclusive a cirurgia.
Ocorre que quando se está com a bexiga cheia pode haver uma infecção.
Ou ao realocar a urétra pode-se cortar a mesma de tamanho insuficiênte e
aí prejudica o todo da cirurgia.
Mas só fiquei sabendo disso depois.
E amanheceu o dia. Veio lá pelas 6 hóras um enfermeiro e colocou em meu
braço um acesso e anunciou: - Daqui meia hora instalaremos os medicamentos
e aí estaremos a encaminhá-la para o centro cirúrgico!
Rezei ainda na varanda e morta de sede bebi água de novo.
Sonia acordou e sorrindo me viu com o acesso perguntando: - E aí
tranquila? Respondi: - Morta de cede mas estou bem.
E logo veio o enfermeiro de novo com o soro e a maca que ia me condusir
ao centro cirúrgico.
Antes de deixar o quarto pedi: - Sol qualquer coisa ligue para a
Marcia e a informe como estão as coisas por aqui!
- Será que eu poderei acistir? Ela me perguntou.
- Peça pro doutor Caio e ele possivelmente a deixe ver sim.
Ganhei um beijo da Sol no rosto e um desejo de boa sorte.
O enfermeiro arrastou a maca e lá fui para o elevador que dava acesso ao
centro cirúrgico.
Quando entrei no centro cirúrgico eles continuaram os preparativos.
Um telão foi colocado acima da mesa onde fui transportada a fim de que
através do mesmo todos pudessem me munitorar.
Um aparelho de pressão foi colocado em meu braço. Os eletrodos do
aparelho de elétro cardio também. E eu muito brincalhona comecei a
conversar. Pois estava com cede e aí pedi água e eles com um algodão me
davam gotinhas e eu resmungava: - Isso não é água e mijo de grilo e
todos riam.
As 7 e 30 chegou o doutor Caio Pure dando bom dia a todos e me
comprimentando.
- Bom dia Juliane! - Bom dia doutor!
- Daqui 30 minutos começamos! Anunciou a uma médica anestesista.
Só tive tempo de perguntar: - O senhor vai deixar a Sonia acistir?
E ele ao se retirar disse: - Ela vai acistir acompanhada de uma
psicóloga!
A doutora anestesista anunciou: - Em dez minutos Juliane dormirás!
E de fato aconteceu.
capítulo 59: Minha parada
Após quatro horas e meia de cirurgia acordei. Já estava na(uti) unidade
de terapia intenciva.
Podia ouvir os aparelhos de elétro cardio a munitorar. Lá estava eu e
uma porção de gente que dividia a mesma.
Um enfermeiro correu em meu auxílio perguntando: - Você se sente bem?
Sonolenta respondi: - Que sim e aí ele perguntou: - Podes mecher as pernas?
Esbocei um jesto com as mesmas e aí pude perceber que estava com uma
sonda, uma calcinha não muito secx e uma frauda entre as pernas.
- Sim doutor consigo sim!
- Muito bem então descanse que daqui meia hora estara em seu
apartamento!
Tateei meu corpo mas o que podia sentir era só a calcinha e a frauda
que estava a usar.
Tinha uma enorme sensação de dormência por todo o corpo e a cede aínda
era implacável.
Pedi água e o enfermeiro respondeu: - Em seu apartamento você a poderá
beber!
Cochilei por alguns minutos e percebi que estava a ser transportada de
uma mesa para a maca e que alguém determinava que me levassem ao
apartamento 666 e pedissem à enfermagem para que acionassem ao doutor
Caio Pure a fim de poderem dar novos procedimentos a um caso como o
meu.
Todos os aparelhos haviam sido retirados só permaneceu o acesso com a
medicação.
Chegamos ao apartamento e eu ainda sonolenta só pude me ater a
transferência da maca para minha cama. Pois não conseguia fazer esforço
algum. E aí vi a Sonia que disfarsava para não chorar.
- Oi ju! Disse ela com lágrimas nos olhos! - Agora vai ficar boa! - Vai!
- A se
vai!
Sorri sem entender nada! Perguntei: - Foi tudo bem? - Foi ju! E ao
responder ela correu para a varanda para eu não haver chorar.
Pedi água e ela voltou e me deu algumas gotinhas que eu reclamei: - Isso
é mijo de grilo!
Ai ela me deu um beijo e sorrindo disse: - Mas por hora é só o que a posso
dar!
Eu adormeci imediatamente. Pois me sentia muito cansada diria esausta.
O doutor veio e converçou com Sonia e eu nem vi.
Acordei depois de umas 4 horas e Sonia não estava. E eu só acordei
porque o telefone tocava desesperadamente.
Estendi a mão e consegui pegá-lo.
Era meu bem feitor pai Joaquim.
- Boa tarde! - Olá pai! - Tudo bem? - Graças a deus sim pai, porém encontro-me
bem fraca!
- Vai melhorar eu e a madrinha aqui estamos resando por você!
- Muito grata pai pois sei que essas orações irão me fazer bem!
- Onde está sua enfermeira? - Não sei pois acordei agora e aqui no momento
ela não está!
- Então descanse e amanhã falamos com ela!
- Muito grata pai pelo apoio!
Desliguei e percebi o quanto estava suada pelo esforço.
Sonia apareceu com uma sopinha que o doutor havia recomendado que me desse ao acordar e que eu assim poderia me sentir melhor.
Uma sopinha é o tudo de bom quando se pode estar a comer algo que
facilita a reposição de energia que precisamos a fim de estabelecer
novas forças.
Adormeci novamente porém percebi que estava rodeada de soro e
medicamentos e aí perguntei: - Sol o que o doutor te disse?
- Nada ju! - Amanhã ou quem sabe aínda hoje ele a vem ver novamente!
- O soro foi posto aí para o caso de que venhamos precisar.
Tocou o telefone de novo.
Era a Marcia preocupada.
- Ei, como é que está a gata?
Ri meia sem forças.
- Estou tentando me recuperar e tenho muito sono e fraquesa!
- Vai ficar bem boa!
Estendi a Sonia o telefone e adormeci.
Percebi que de madrugada os enfermeiros vieram e me engaiolaram na cama
pois entendiam que eu estava a me debater muito.
Comecei a ter alucinações e sentia que estava morrendo.
Pedi a Sonia que acionasse o corpo de enfermagem urgênte. E aí veio
todo o pessoal a me visitar.
- O que foi ju? Perguntou a enfermeira chefe do plantão Luisa!
- Preciso ver o que estão a ministrar nessas ampolas que estão penduradas
por via desse acesso! Pedi.
Minha experiência hospitalar contou muito nessa hora. E aí Luisa foi
até o posto de enfermagem e trouxe minha medicação que fora receitada pelo
doutor Caio Pure.
- Há dois anaugésicos, um anti-inflamatório e dois ante depressivos!
Informou ela sem cerimônias.
Descobri o que estava a me fazer mal.
- Luisa por favor suspenda os anti-depressivos pois tenho a sensação que
vou morrer!
- Ju se fisermos isso o doutor vai matar a gente! Advertil ela.
- Pois prefiro que ele as mate do que matem a eu!
- Amanhã eu converço com ele, mas por favor suspenda!
Sei que passei a dormir melhor depois dessa conversa.
Soube que o doutor fora consultado e suspendera por telefone a
medicação.
Acordei morta de fome. Sonia já estava com o café a minha espera e eu
pude me sentar meio de ladinho de forma a poder comer melhor.
O doutor chegou: - Bom dia Juliane!
- Bom dia! - Como seu pescoço ficou groço! Exclamou ele!
- Muito bem parece que não quiz meus remédios? - Não doutor! - Não preciso de
anti-depressivos, embora ainda não pude sentir a cirurgia sei o que fiz
e o fiz conciente!
- Muito bem! então mais tarde se quiser poderá tomar um banho, poderá se
sentir! e aínda continuarei a dar-te os anaugésicos e os
e anti-inflamatórios! - Só te darei os anti-depressivos se o pedir!
- Tudo bem! - Doutor não irei os pedir, podes estar certo disso!
Quando ele saiu deixou ordens a Sonia que me desse banho e que
trocassem minha cama a fim de me sentir melhor.
Anunciou que voltaria a tarde para examinar-me e se foi.
Alguma coisa tinha dado errado e aí perguntei: - Sol o que deu errado
ontem?
- Ju não devo contar!
- Deve e pode ser sincera sim! - Prefiro!
- Você não contará ao doutor?
- Claro que não!
- Você teve uma parada respiratória importante, por isso é que está com o
pescoço inchado, tiveram que a entubar!
Eu realmente tinha a sensação de ardência mas entendia que deveria ser
porque tinha ficado muitas horas sem beber água e confeço fui pega de
surpresa.
- É assim ju! - O jesto de aspirar e respirar em uma pessoa normal é de 26
a 28 vezes por minuto e em seu caso esse índice baixou para 6 por minuto!
- Você nasceu de novo!
- Nossa e você viu tudo isso?
- Sim! - E não podia fazer nada! - Foi o maior corre corre!
Percebi que a vida me fora dada novamente e se assim tinha sido.
Precisava há valorisar ainda mais.
capítulo 60: Meu primeiro toque
Depois dessa notícia resolvi que iria tomar banho para tentar me animar
e especialmente movida pela curiosidade pedi a Sonia que
providenciasse que eu tivesse a disposição uma camisola, uma caucinha e
o que fosse importante a fim de o fazer.
Sonia se reportou a enfermagem e alguns minutos depois Luisa a
enfermeira chefe veio com uma tesoura e cortou a calcinha que eu estava
e ajudou a Sonia a me condusir até o banheiro.
- Pronto ju! - Agora podes tomar banho só vamos ficçar a mangueira da sonda
em sua perna a fim de que ela não fique balançando e não te prejudique!
- Edepois do banho se sentirá melhor!
Fui condusida e aínda em pé tinha a sensação de fraquesa e de mal estar
porém tinha a realisação de poder ver meu feito.
A sonda estava colocada e eu ao sentir a mesma tinha dores pois quando
a mesma se mechia era a dor mais aguda que alguém pode ter. Pedi que
Luisa e Sonia não ficassem comigo no banheiro e aí fui sentada em uma
cadeira de banho e Sonia ligou o chuveiro me estendendo o sabonete.
As duas exclamaram: - Ju será que você concegue tomar banho sózinha?
- Vão para lá que eu preciso me banhar e quero faze-lo a sós!
- Então se você precisar nos chama! - Não vá se levantar daí sózinha!
Pedi: - Deichem o chãpu pertinho de mim!
A água caía em meu corpo e elas saíram a espiar-me pela porta enquanto
eu me ensaboava.
Chegou a vez de sentir a cirurgia. A impreção inicial ao tatear era ver
uma vagina toda inchada, com uma porção de pentelhos artificiais pois
assim me pareciam os pontos e a rigor não tinha outra coisa anão ser
uma sonda que insistia em me doer quando batia na mangueirinha.
Não senti outra coisa a não ser uma estranha sensação de um feito, de
uma realisação. fui acometida de um sentimento de levesa e reconheço
não sentia falta de nada mas a dúvida que pairava em minha cabeça é de como
é que seria minha vida dali para frente!
Estava eu com uma realisação, porém não sabia se a seguir poderia ter
relações e como é que a cirurgia ia funcionar na sequência.
Me levantei sózinha e pude concluir o banho em pé.
Luisa ao ver isso ficou meia brava mas resolveu me deixar em paz.
Sonia veio me ajudar a me secar e aí ambas ao me ajudarem a vestir a
calcinha resolveram que era melhor eu ficar sem a mesma pois estava
muito inchada e era mais prudente esperar a avaliação do doutor Pure.
Sonia me penteou e de camisola já me sentia bem melhor ao me sentar na
hora do almoço embora a sonda não me deixasse em paz com aquela
dorzinha chata.
Almocei e dormi um pouco.
Doutor Pure apareceu por volta das 3 hóras e veio todo feliz!
- Muito bem Juliane me parece mais feliz e de expreção melhor agora!
-É doutor depois de um banho tudo se ageita! Respondi eu enquanto Luisa
e Sonia me ageitavam na cama para que o doutor pudesse me examinar.
De pernas abertas estendidas aos pés da cama fui colocada em posição
genicológica a fim de que o doutor pudesse ter ampla visão.
E assim que estava pronta o doutor orientou ao me apaupar:
- Sonia! você irá lavar com soro fisiológico os lábios vaginais e com uma
seringa ingetará no canal vaginal o soro que tem como finalidade limpar
e evitar que a secreção que por ventura se forme quando ela se mecher
em desconforto!
Abril minha vagina com os dedos e aí tive dores e ele falou: - Com os
dedos terás que fazer toque vaginal a fim de manter o canal aberto pois
nesse perildo é importante que o mantenhamos aberto já que a risco do
mesmo se feichar!
O doutor introdusil o dedo e mecheu e aí eu gemi pois estava doendo
muito.
- A sencibilidade está mantida! - Isso é bom pois é sinal que foi tudo
realocado de forma que na sequência, você possa ter seus momentos de
prazer!
Sonia e ele riram pois resmungaram: - Na sequência poderas ter relações
e aí vamos ver se você não vai sentir dores, riram!
Lavaram minha menina com o soro e aí o doutor receitou mais alguns
medicamentos e se foi.
Tinha eu a sensação de dor mas penso que as dores tal como os
sofrimentos tornam a vida a ser valorisada de módo que através dos
mesmos possamos aprender mais e mais a cada dia.
capítulo 61: Meus progréços
A noite Marcia me ligou e como de rotina só a informei que aínda não
tinha previsão de alta e pelo andar da carruagem percebia que estava
melhorando e que por certo deveria esperar mais alguns dias para poder
ver no que iria dar.
Estava eu de llicença prêmio do hospital e da Empresa estava em
acordo com ela e aí não tinha muita preocupação no tocante a voltar
logo.
Preocupava-me com o estado de fraquesa, a volta como é que se daria, se
iria precisar de mais alguma coisa que não havia programado.
Pai Joaquim me ligou e perguntou: - Olá e aí como é que está?
- Bom pai estou melhorando, porém me sinto ainda muito cansada e pretendo
ficar por aqui mais uma semana! - Pois até agora não sei quando irei
ganhar alta mas a rigor é melhor eu ficar por aqui a fim de retirar esses
pontos e aí sim voltar para Curitiba!
Pai Joaquim respondeu: - Você quer minha ajuda? - Claro pai sempre conto
com ela e sei que preciso pois não aguênto uma viajem de ida e volta tão
seguida uma da outra!
- A iremos ajudar, fique sossegada!
Passei o telefone para Sonia que na sequência foi a luta a
procurar um lugar para a gente poder ficar nos próximos dias.
Na manhã seguinte após o café estava eu acistindo ana maria braga onde
ela mostrava um casamento que fora patrocinado pela globo na igreja
nossa senhora da luz em belo horisonte e eu me emocionei ao ver tanta
belesa. E pude visualisar nossa senhora a abençoar aquele casamento
quando o doutor chegou.
- Nossa está a chorar hoje, por que?
- A doutor esse casamento ali é muito lindo e me emocionei!
Ele riu e foi fazer suas receitinhas de prache!
Sonia o acompanhou!
- Doutor alguma de suas paciêntes se casou? Perguntei eu secando as
lágrimas!
- Não que eu saiba pois você é minha cirurgia de numero 69 e nunca soube
que elas tivessem se casado! - Sei que elas namoram, que elas pensam em se
casar, mas até agora não fui convidado para tal feito!
- Pois eu irei me casar e irei convidá-lo!
Sonia comentou o interesse da gente permanecer em São José do Rio
Preto mais alguns dias.
ele sem dizer nada com relação a minha alta só sugeril que comprássemos
um jornal ou então fôssemos hospedadas novamente no hotel Flor.
Verificamos essa pocibilidade. Porém ficava muito caro. Já que não
tínhamos ainda noção de como é que minha cirurgia iria evoluir.
Sonia começou a percorrer os arredores do hospital a fim de conseguir um
lugar mais enconta.
Meu primeiro passeio foi com sonda e tudo até a lanchonete do hospital.
No quarto dia de cirurgia. Pois o doutor recomendara que eu saísse da
cama e fosse a passear pelo hospital. Para melhorar a minha resistencia
e para ele poder ter noção de minha mobilidade.
Tomei banho, pus um vestidinho, já podia vestir a calcinha porém
encomodava a tal sonda e saí a passear.
Para o grupo de enfermagem foi uma festa ao me ver em pé a buscar
novamente minha independência.
Fui com a Sonia almoçar na lanchonete e tinha a sensação de fraquesa
que permanecia porém me esmeirava em me esforçar para conseguir ir
embora logo.
Quando voltei para o apartamento estava suada de novo e fui tomar novo
banho.
Acabei dormindo a tarde inteira.
No dia seguinte o doutor veio com uma boa notícia.
- Hoje vou tirar essa sonda que tanto a encomoda!
E foi pedindo: - Ajudem ela tirar a camisola!
Sonia veio me ajudar.
- Fique em pé! Pediu ele.
Fiquei nua, em pé com uma mangueirinha a doer a alma.
- Doutor estou com a sensação de que vou mijar o mundo!
Ele riu e pediu: - Ju, tussa!
Eu fingi tossir e ela caiu!
Livre da sonda já podia ir ao banheiro sózinha, podia fazer minhas
necessidades sem precisar de ninguém.
A vagina ainda estava bem inchada porém já estava a melhorar e a ter de
fato a sencibilidade. E a vontade de viver como menina ia se
concretizando a cada hora que passava.
Estar a adecuar o corpo ao espírito nem sempre é taréfa fácil mas eu a
cada dia progredia a olhos vistos.
Meu corpo já estava a ganhar meu desejo, minha fé tinha tornado tudo
aquilo possível, minha satisfação se tornava plena então só restava
seguir e me encorajar a fim de enfrentar os obstáculos que poderiam
surgir dali para frente.
capítulo 62: Uma briga um sorriso
Veio o feriado de primeiro de maio e eu já estava ali enternada a uma
semana.
E aí o doutor anunciou: - Possivelmente poderás deixar o hospital amanhã!
Sonia depois de andar algumas quadras em torno do hospital encontrou
uma quitinéte que poderia abrigar a gente por uma semana a fim de que eu
não precisasse voltar para Curitiba.
E a 2 de maio fomos rumo a locação que Sonia tinha realisado.
Era um apartamento simples mas tinha de tudo e aí podíamos nos organizar
bem até a retirada dos pontos.
O doutor deu-me alta e deixou a clínica à disposição em caso de
necessidade.
No primeiro dia me sentia muito cansada por conta de tanto
medicamento que tinha tomado no hospital.
Mas gostei da quitinéte que Sonia conseguira.
Porém no segundo dia tive uma briga com a Sonia.
Sonia tinha a época um caso com um rapaz que era casado. E eu estava
muito preocupada com meu retorno, com minha recuperação, com as contas
que só creciam já que tudo ali estava a ser pago em dinheiro.
E ela sei lá já estava a ser incomveniente a falar de problemas
pessoais.
Brigamos quando eu tive que espor que não estava a me preocupar
com as dificuldades dela já que no momento nem tinha cabeça para isso, as preocupações comigo naquele
momento eram maiores e não havia espaço para que me preocupasse
com os problemas dos outros.
E pedi: - Sonia se estás cansada de estar aqui podes ir embora amanhã e
a Marcia providenciará alguém para poder estar amanhã ou o mais tardar
depois a fim de continuar essa jornada que a meus olhos estou a superar
bem!
Sonia saiu batendo a porta e quando voltou desabou a chorar.
No dia seguinte estava de mal humor e eu insisti: - Quer ir embora?
Ela chorando abraçou-me pedindo para ficar.
Às vezes as pessoas preorisam suas necessidades esquecendo que estão
ali contratadas para servir.
A tarde nossa relação já estava normal.
Ri muito quando ela me chamou para fazer o toque já que ali não
gozávamos do conforto do hospital.
Dizia ela:
- Ju vem aqui na sala pois vou deitar um colchão no chão e vou fazer
aquilo que você já sabe!
- Eu não vou não!
- Ju deixa de manha e venha!
E eu rindo dizia:
- Eu não vou pois você não vai me chamar de meu amor, nem vai dizer que
eu sou a mulher de sua vida!
E rindo muito me submeti a lavagem com o soro.
Tinha ela por orientação a obrigação de me fazer sair de casa para que
eu mantivesse minha evolução círurgica em progresso. Já que andar
facilitaria a que eu não ficasse depremida. E a rigor me colocava em
condição de plenitude ao saber que meu estado de saúde estava a
melhorar.
Fomos ao shoping, fomos passear na pracinha e a rigor nos
aproximávamos ainda mais a cada dia.
A carência de ambas facilitava com que a cumplicidade se tornasse aínda
uma relação acima das expectativas de uma enfermeira e paciênte. E isso
acontecia involuntáriamente.
Depois de uma semana tínhamos a cumplicidade sob nossas vidas
consolidada.
Chegou o dia da retirada dos pontos.
Fui com a Sonia ao hospital e soube que essa retirada se daria no
ambulatório e assim se deu.
Doutor Pure chegou e anunciou:
- Vou examiná-la e possivelmente retire seus pontos hoje!
- Todavia vocês pretendem viajar quando?
Respondi: ´- Ainda hoje se for possível!
- Então será bom se puder ir de avião! Sugeril ele enquanto Sonia e a
psicóloga Jaqueline que tinha tido participação nas avaliações me
acomodavam na maca que permitiria a avaliação do doutor.
Fiquei muito feliz ao ver a doutora Jaqueline. E ela foi muito
importante naquelas horas sub-sequêntes.
Sem calcinha, em posição genicológica a doutora Jaqueline segurava
minhas mãos enquanto o doutor era auxiliado pela Sonia.
- Bom Juliane! - Sua vagina ficou bem bonita! - Possivelmente daqui um mês
terá que voltar aqui para que eu possa fazer uma nóva avaliação!
De posse de uma tesourinha ele começou a retirar os pontos que até
doíam um pouco. Já que tinha a sensação de estar a repuchar algo.
Todavia quando o doutor chegou na região do clitóris ele
resolveu redesenhá-lo sem anestesia. Já que havia se formado uma pele
morta sob o mesmo.
E aí doeu tudo o que alguém possa imaginar, suei de dor porém não chorei.
Como dizem os evangélicos: ´- Esse corpo já não me pertence!
A doutora Jaqueline me segurava as mãos e dizia: ´- Calma ju! - Conseguirá!
- E ficará bem!
Quase desmaiei mas ao fim da retirada dos pontos só podia murmurar:
- Doeu muito!
O doutor apenas assentil e recomendou que comprássemos uma pomada
cicatrizante e que eu utilisasse de um absorvente para viajar!
Reforçou que eu voltasse dali um mês.
Despedimo-nos e ficou combinado que voltariamos sim.
Saímos dali e fomos rumo a agência da Tãm porém a saída de São José do
Rio Preto nos fins de semana ficava muito cara e opnei para voltar de
ônibus mesmo. Coisa que Sonia protestou no início.
- Ju existe o risco de emorragia e você vai insistir em voltar de ônibus?
- Sim Sonia voltaremos de Ônibus por ser mais barato e porque precisamos
economisar. Já que daqui um mês teremos que estar aqui de volta.
Entregamos as chaves do apartamento e rumamos aquela mesma noite para
Curitiba.
Pensava em chegar e ir agradecer meu feito e aínda antes de sair de São
José do Rio Preto liguei para Marcia e pedi: - Que ela locasse um taxi
para poder ir até Morretes. Já que sou devóta de nossa senhora do porto
e assim foi feito.
Chegaria no sábado e iria rumo a Morretes. Já que domingo era dia das
mães e sentia vontade de estar lá. A fim de poder me confortar. Já que
não tinha mais a presença física de minha mãe pensava que ao lado de nossa
senhora poderia assentir.
É importante pedir mas nunca devemos esquecer de agradecer!
capítulo 63: Ajuste de contas
O ônibus atrasou um monte e chegamos pelo menos duas horas mais tarde
do que eu havia programado.
Estava bem cansada e como havia combinado com Marcia por telefone assim
que chegasse era só entrar em contato com ela e ela iria apanhar-nos eu e a
Sonia se assim Sonia o quisesse.
Nossa senhora me abenço-ou muito pois meus ledores perguntam: ´- Por que
foi até Morretes visitar uma igreja católica quando é espírita?
A nossa senhora do porto que lá existe é a mesma Iemanjá que é cultuada
no cadomblé ou na umbanda.
Iemanjá é minha madrinha e a elegi desde que nasci, pois todos trazemos
em nossa bagagem espiritual uma entidade que nos protege e nos
acompanha durante a vida.
Digo que a elegi porque podemos pedir ao senhor jesus quando reingressamos
a quem desejaríamos dedicar nossas preces e que entendemos segundo o
grau de mediunidade que possuimos qual é a pocibilidade de que essas preces
sejam encaminhadas a nossos próprios cuidados.
Quando resamos pedimos a Deus pai, a jesus seu filho e esquecemo-nos
das entidades que podem estar a interceder por nós.
Tal como as entidades ainda temos a figura do anjo da guarda que também
intercede por nós junto de nossa entidade maior a fim de que exista uma
cadeia de comunicação. A título de podermos nos comunicar fluídicamente
com o todo do univerço.
Quando cheguei em casa tive uma surpresa.
Minha casa estava cheia de pétalas de rosa pelo chão e havia um buquê
de rosas a minha espera em cima da mesa.
Eram de meu filho que até então não havia se manifestado e no cartão
que ele havia escrito estava a seguinte mensagem:
´´- Para eu não intereça se você é Romanus ou Juliane, mas o que realmente
importa é que tens sido um bom companheiro e eu na condição de seu
filho só posso desejar é que seja realmente muito feliz! - Pois você merece!
Vejo-a amanhã!
Beijos de seu filho Renato.
Sonia ficou admirada e aceitou meu convite de irmos juntas até
Morretes.
Decidi que iria tomar um banho e ela também o fez.
eEstava com secreção e pudemos verificar que estava com dois pontinhos
inflamados e que não paravam de doer.
Coloquei mais um absorvente e avisei a Marcia para vir nos buscar.
Meu filho sempre foi muito bom comigo e comecei a pensar de que forma
ele receberia tal novidade agora já que poderia se justificar a usar a
droga. Pelo fato de não aceitar minha nóva condição.
Marcia chegou e junto de Sonia, uma amiga de idade chamada idoclécia
e Vitória, a motorista de táxi saímos a viajar.
Morretes é uma cidadezinha bem pequena e no centro dela fica a igreja
que é centenária de nossa senhora do porto, pois antigamente havia ali
um porto de pescadores.
Fiz minhas orações e fomos almoçar e depois resolvi que desejaria
voltar via litoral e fomos até Caiobá.
Foi uma viagem bem festiva e feliz tal como eu esperava já que estava
muito feliz.
Quando chegamos a ter que passar de bauça para Guaratuba estava com
dores e aí paramos em um posto de gasolina e pude ali tomar meus
remédios.
Voltamos para Curitiba e ao passar pela rodoviária decidi que Sonia
precisava ir visitar seu filho no domingo. Já que era o dia das mães e
dei a ela uma passagem para ela ir vê-lo..
Todo filho quer dar um abraço a sua mãe no dia das mães e como ela
tinha sido muito legal comigo combinamos que ela fosse e voltasse na quarta-feira a fim de poder curtir o filho um pouco.
Acertamos nossas dívidas epagamentos e depois de deixar todos em casa
finalmente pude descançar.
Meu filho veio me ver como havia dito e me abraçou longamente.
- Está muito abatida!
- Bom filho foi uma cirurgia e agora estou tentando me recuperar!
- Filho tenho uma coisa a dizer:
- Independente de tudo fiquei muito feliz com sua mensagem e adorei as
flores! - Todavia veja há fótos no celular, há a própria cirurgia que até
posso te mostrar se o quiser, porém eu não desejo fazê-lo!
E ele muito sério perguntou: - Por quê?
- Porque entendo que independente do que sou ou serei daqui para frente
segundo o seus olhos dediquei-me a realizar um sonho. E isso não muda
nada em nossa relação. E a ainda um agravante: - Que considero que é uma
falta de respeito muito grande para com você!
Ele muito sério respondeu:
- Não desejo ver!
Perguntei: - Por quê?
- Porque entendo que é uma invasão de privacidade!
- Muito bem eu não estou a fim de mostrar e você não está a fim de ver então
fica tudo certo!
Abraçamo-nos e rimo-nos!
A compreensão é fruto que podemos colher! Desde que a plantemos desde o
início!
capítulo 64: Uma revelação
Na segunda feira fui trabalhar na Empresa normalmente embora estivesse
com muita secreção e o pior, não sabia se era apenas pus ou se havia
sangue.
A Empresa na pessoa de minha chefia não foi comprenciva pois me
encaminhou diretamente para a perícia médica já que aos olhos deles o
trabalho estava a ser prejudicado e o pior, podiam correr risco em caso de
algo me acontecer.
As vezes se pode entender administrativamente certos problemas mas
pode-se dar a uma circunstância como a minha uma conotação mais humana
e menos permissiva uma vez que todos tentavam me ajudar de alguma forma.
Depois de uma consulta simpática e de me esmeirar em explicar sobre meu
feito fui ouvida.
Pude convencer a perita de que não desejava uma licença de 6 meses já
que era o mínimo que tinha direito dada a proporção e magnitude da
mesma.
Como estava a pagar essa cirurgia não podia me dar esse direito já
que perderia uma gratificação que a meus olhos faria falta em meu
sustento na sequência.
Resolvido esse impasse pude iniciar minhas atividades rumo a me
consentrar em minha nóva vida.
A tarde fui até o centro e lá fui recebida com todo o carinho pelo meu
pai Joaquim que me deu um pace e perguntou: - Como é que está agora?
- Pai, estou preocupada com uma emorragia que estou tendo!
Pai Joaquim pediu para minha madrinha averiguar o que estava
acontecendo e depois sugeril um bom banho de acento que recuperou a região que
estava inflamada.
Sonia no interim de ir e voltar de sua cidade mandou um email que a
rigor percebi que estava a haver um sentimento maior do que
simplesmente amizade.
Nas entre linhas deixava claro que já sentia um sentimento a maior e eu
inocentemente perguntei a alguns amigos o que eles entendiam a rigor no
tocante ao que poderia estar acontecendo.
E todos foram unânimes a dizer: - Ela está apaixonada por você!
Eu muito incrédula abandonei o email e deixei a vida correr em frente.
Sonia voltou e combinamos que até poderíamos estar a seguir o
tratamento por mais alguns dias já que era recomendação do doutor mas
adiantei que não poderia pagar muito e combinamos uma diária simbólica.
No valor de $10,00 reais ao dia que ela viesse. E que após esse
perildo daríamos rumos novos a nova etapa que se seguiria acerca do retorno.
A medicação de hormonioterapia estava a me fazer muito mal e tinha
muito enjoo e quando Sonia vinha a me fazer o toque reclamava sobre o
assunto.
Fora marcado um baile para que todos os que me ajudaram diretamente na
cirurgia estivessem por lá. E como o genro da Marcia é musico de uma
banda lá fomos em um sábado a nos divertir.
Foi o maior porre de coca cola que já tomei. Pois nem Marcia e nem
Sonia deixavam eu beber nada.
Marcia ainda deixou eu dar umas bebericadas as escondidas mas no mais
só coca cola.
Sonia aquela noite dormil em minha casa mais propriamente em minha
cama. Já que devido às circunstâncias de ter só uma cama e de que não
iria permitir que ela se fosse madrugada a fora. Assim se deu.
Naquela noite nada aconteceu pois dormimos desmaiadas.
Chegou o dia que precisava falar com Sonia mais a sério. Já que teria
que dispençar seus serviços uma vez que estava bem melhor. Entendia que ela sendo
enfermeira, tendo um filho para criar deveria buscar muito mais do que
$10,00 reais a garantir sua sobrevivência. E já não era tão importante
a meus olhos a ter por minha volta. Já que não havia marcado o nosso
retorno a São José do Rio Preto.
Ela veio visitar-me e fomos passear no bairro. Depois de conversar
muito soube de seus desejos.
Sonia desejava ter uma família, tencionava encontrar um trabalho de
verdade, desejava ter um cachorro e queria poder ter um marido e seu
filho em sua compania.
Depois de pagar-lhe o combinado, disse: - Sabe Sonia você foi muito legal comigo e eu em
minhas orações pedirei que tais desejos se realisem! - Já que é o tudo
que posso-lhe oferecer!
Então veio a revelação!
- Hoje nos despedimos por alguns dias já que aínda não sei se poderemos
voltar já para São José do Rio Preto! - Mas pelo menos assim que puder comunico-lhe!
- E adianto será o mais breve possível!
Eu em minha casa tenho algumas imagens de santo que cultuo. E em baixo
de minha mãe Iemanjá Sonia começou a chorar muito.
A abracei e perguntei: - Por que chora?
- A gente aínda vai se ver!
- Olha tem um email que não consegui entender mas posso dizer que adorei
recebê-lo! - E adianto embora não o tenha entendido na sua plenitude
compriendo que vivemos um perildo até bem bom juntas e gostaria que
você não se apaixonasse! Pedi abraçada a ela.
Sonia solussando respondeu: - Ju eu não vou me apaixonar, já estou
apaixonada!
Eu ainda incrédula pedi: - Não faça isso pois eu já vivi esse tipo de
amor e segundo os seus desejos o nosso amor se tornaria impocível!
- Além do que paixões não nos levam a nada!
Dei um beijinho em seus lábios e ela se foi!
Após uma semana ela me ligou e com o propósito de ver como eu estava
veio até minha casa. Em uma noite bem tarde.
Já não a esperava. E aí ela ligou para o seu namorado. O qual conhecera
no baile onde tínhamos ido. E decidiu que iria posar junto comigo
novamente.
Como na noite do baile eu até permiti pois não havia mal algum nisso e
aí aconteceu.
Estávamos as duas deitadas e aí ela começou:
- Ju eu hoje vim aqui para te dizer algumas coisas que a meu coração são
muito importantes!
Eu a olhar em seu rosto argumentei: - Já tá tarde Sol vamos dormir!
E aí ela me abraçou disendo: - Ju você foi muito importante para mim! vejo
em você uma força indescritível, sei que você é capaz de superar a tudo
que a atrapalhe ou a que a deixe triste e tenho que dizer, a amo!
Beijamo-nos na boca e ela exclamou: - Era isso que sempre desejei e você
também!
Ela se foi na manhã seguinte! E perdi o contato com ela por vários
dias.
Fiquei depremida!
Me perguntava: - Porque ela havia feito isso?
Não havia um sentimento de remorço quanto a cirurgia mas não entendia
inicialmente possível poder gostar de alguém do mesmo sexo. E pior
gostava.
Sofri muito! Buscando a ela que por medo ou de repente arrependimento
se distanciou.
Consegui marcar meu retorno a São José do Rio Preto e Sonia permanecia
sumida.
Nem sua prima Julia tinha notícias dela.
Descobri que ao invez dela estar apaixonada quem estava era eu.
Um amor que se revelou na calada da noite! E que não seria impocível de
se viver se a ambas fosse dado o intendimento que para amar alguém não se
precisa ter o sexo! Basta apenas se amar!
capítulo 65: Juju o retorno
Consegui marcar o retorno a São José do Rio Preto, porém o doutor não
aceitava que eu fosse até lá sozinha. Entendia que se Sonia havia ido
nas entrevistas e na cirurgia deveria me acompanhar até o fim.
Não adiantou eu argumentar que ela estava cuidando de sua vida e que eu
não tinha mais contato com ela.
Doutor Caio Pure sentenciou: - Você sozinha aqui não quero!
Ficou então combinado o retorno.
Contatei a Julia que era prima da Sonia e fomos em busca da mesma
que inicialmente estava trabalhando. E pelo sim ou pelo não. Não
manifestara inicialmente o desejo de me acompanhar.
Nasceu em meu coração o desejo de cumprir a promessa que havia feito
desde que tinha ido a fazer as avaliações. E espus a Julia que se
Sonia não pudesse ir desejava que ela o fosse. Já que precisava cumprir
tal tarefa.
Decidi que queria levar um presente às crianças lá do instituto de
cegos e comecei a trabalhar na idéia de levar uma caixinha de chocolate para
cada um.
O problema era que encontrar chocolates em quantidade foi uma batalha.
Já que fora do perildo da páscoa ou dia das crianças existe uma entre
safra, ou seja, as fábricas só produsem a atender os comerciantes e em pequena
quantia.
Havia ainda um agravante. Como é que iria levar esse chocolates já que eram
pelo menos 12 horas de viajem?
Preocupada com isso convercei com vários de meus amigos. E aí surgiu um
visinho. O Toninho que ao ouvir minha angústia anunciou: - Ju é só marcar
que eu vou com você e as meninas que você quiser levar esses presentes
até lá!
Em minha vida sempre tive apoios inesperados e o Toninho deixou à
disposição seu carro e dois dias da semana que eu poderia utilisar
a fim de irmos a São José do Rio Preto.
Combinamos que ele também iria verificar um hotel a fim de que pudécemos
ficar hospedadas.
Super feliz com a ajuda. Só faltava confirmar quem iria me acompanhar
e onde conseguiria os chocolates. E pronto partiríamos a consulta.
Combinado tudo Sonia permanecia sumida. E uma semana antes de ir a
São José do Rio Preto ela resolveu me ligar.
- Oi Ju aqui é a Sol!
- Oi! - Diga Sol pois estou entrando em um curso e não posso falar muito
agora!
- É verdade que você vai levar a Julia para São José do Rio Preto na
semana que vem?
- Vou sim, pois o doutor desejava que eu fosse com você mas você sumil!
- Então não há a necessidade de eu ir! - Pois se a Julia vai!
- Bom Sol não posso discutir isso agora, o fato é que eu vou, tenho que
levar alguém e já combinei com a Julia! - E ela vai! - Depois tem o
seguinte: - Possivelmente irei cumprir com minha promessa lá junto daquelas
crianças do instituto! - E aí você sabe que a fiz junto com você! - E
realmente desejaria que você fosse!
Sonia meia histérica resmungou: - Mas a Julia vai!
- Sei que já combinei com ela, e só posso dizer que iremos eu o Toninho,
a Julia e você se quiser ou puder ir!
- Agora vou entrar em curso! - E se quiser ir saio daqui na quarta-feira
que vem, ou no mais tardar na quinta pois a consulta é sexta-feira lá em
São Josédo Rio Preto!
Despedimo-nos e a rigor tentava entender a resistência dela em aceitar
a ida da Julia a me acompanhar.
Conseguira muito pouco chocolate até aquela tarde. E aí pedi ajuda a
meu pai Joaquim. E ele prontamente me atendeu ouvindo minha história.
Liguei para Julia e pedi que ela entrasse em contato com a Sonia
a fim de dizer que o carro sairia as 9 horas de quinta-feira rumo a São
José do Rio Preto.
Pai Joaquim me doou tanto chocolate que somados aos meus, quase que não
conseguimos nos acomodar no Astra do Toninho. Fomos super carregados de
bombons e eu super feliz a poder cumprir minha promessa.
Sonia e a Julia chegaram as 8 em minha casa e até que acomodamos toda a bagagem saímos por volta das 10 horas.
Sonia e Julia sentadas atráz e eu e Toninho na frente.
Quase não falava pois estava preocupada com a consulta. Tinha uma
missão a cumprir, tentava manter uma certa distância da Sonia. Já que ela
tentara deixar a Julia, coisa que eu não entendia. Já que a Julia
fora a pessoa que a endicou desde o início e pior não conseguia
comprender tal resistência.
Eu e Toninho conversávamos sobre a viajem, o caminho e etinerário que
ele iria percorrer e nos atemos a futilidades.
Sol e Ju comentavam sobre os seus dias de família e assim transcorria a
viajem.
Quando alguém tem algo a dizer, é importante que demos a oportunidade
de que tais expreções sejam nos ditas.
Quando chegamos em Santo António da Platina fomos almoçar e aí Sonia
pediu:
- Você poderia trocar com a Julia agora pois desejo falar com você!
´- E aí troquei! - E já que tinha dormido com ela, tinha ouvido de seus
lábios uma declaração de amor então não vi mal algum em me deitar no colo
dela. E assim o fiz.
Sonia pedia desculpas por tudo que tinha feito. Admitia que era
incapaz de me amar tal quanto eu merecia, tinha em seu coração algo que
a seus olhos não entendia. Mas que preferia deixar que o tempo
resolvesse, tentaria ser uma mulher a gostar de um homem e esse homem
já o havia escolhido. Sabia que podia não dar certo mas tentaria!
Eu a ouvi e protestei, tentei persoadi-la mas ela continuou a pensar e
a desejar que eu ao menos respeitasse a decisão dela no que dizia!
Quando chegamos em Marilha a Julia exclamou: - Vocês duas tem o que é de sapatão e é bem grandão!
- Estão a fazer uma discução desde Santo António da Platina e pior parece
que não há consenso!
- Deichem disso! Pediu! - Afinal uma discução de relação a gente não
merece! E daí para frente resolvi me ater ao hotel que Toninho havia reservado
que era: O Cravo Parque hotel que ficava aos arredores de São José do
Rio Preto.
capítulo 66: Coisas do destino
Chegamos os quatro por volta das 19 horas em São José do Rio Preto.
Estávamos cansados mas apesar de termos enfrentado muita chuva durante
a viagem tudo correra bem.
Toninho efetivara nosso ingreço no hotel e ficamos hospedadas da
seguinte forma: eu em um apartamento sozinha, Sonia e Julia em outro e
Toninho em um terceiro.
Confeço que esperava a visita de Sonia aquela noite mas não aconteceu.
Fomos jantar em uma churrascaria e em clima de confraternisação.
Sentiamo-nos super bem.
Julia pediu que eu pensasse em investir em tentar recuperar minha
visão. Questionara que já que tinha feito a realisação de um sonho
por que não tentar recuperar meus olhos?
Na sequência, depois de um ano, eu até procurei um oftalmo sim. porém
não há solução para meu problema.
Essa questão já era irreversível.
Depois do jantar fomos descançar e nos preparar para o dia seguinte.
Que possivelmente poderia ter que fazer uma nova cirurgia. Talvez tivesse
Que substituir meus medicamentos e aínda tinha as crianças que desejava
ver.
Acordamos as 7 e fomos tomar café e nos ageitar para a jornada daquele
dia.
Inicialmente tinha eu, combinado com a diretora que iria ao instituto
por volta das 8 e assim fizemos. Embora nos atrasamos um pouco.
Cumprir com uma promessa é coisa divina!
Os santos não pedem que prometamos nada mas se o fazemos devemos o
cumprir!
E lá estávamos junto das crianças. Distribuimos duas caixinhas de
chocolate para cada uma das pessoas que estavam lá presentes e aínda
sobrou um bom tanto a ser distribuidos na sequência.
Fizemos umas fótos dessa entrega e posso assegurar, nunca vi tanta gente
feliz com tão pouco.
A simplicidade, a umildade, a fé facilita tudo quando estamos dispostos
a fazer algo que emana do coração!
Saimos de lá todos muito emocionados rumo a minha consulta.
O doutor comprimentou-nos a todos na entrada do ambulatório e condusiu-me a mim e a Sonia até a salinha onde ele me esaminaria.
e foi anunciando: - Juliane sua cirurgia ficou perfeita porém entendo que
se quiser fazer uma plástica nela é bem importante! - Já que seus
lábios vaginais ficaram muito grandes! e isso é bom por conta de que sobrou
bastante pele e agora é importante retirar o excesso! - Já que pode
atrapalhar suas relações no futuro!
Nervósa exclamei: - Doutor do céu! não tenho mais dinheiro, a Sonia
estava desaparecida e possivelmente o senhor a irá querer por aqui
novamente! - E tem mais um agravante! - Como isso se dará?
- Juliane, é preciso fazer! - Porém não precisa ser já! - Todavia o quanto
antes!
- Não será cobrado nada! - Será feito aqui no ambulatório!
- Nesse caso, pode marcar e seja lá o que Deus quiser!
- Preciso estar ainda hoje com o seu indocrinologista pois tenho passado
muito mal com aquela medicação!
- Certo, vou ligar para o doutor Antonio e vai até ele!
E assim fora feito. Iria me encontrar com o indócreno e super nervósa
teria que voltar dali alguns dias a São José do Rio Preto para uma
cirurgia plástica.
Combinamos para dali 30 dias e ao sair exclamei a Sonia: - Tento deixa-la mas não concigo
o fazer!
E ela me respondeu: - Coisa do destino!
Fomos ao endocrinologista e ele enquanto me examinava me ouvia:
- Doutor Antonio veja só! - O doutor Caio me quer ver daqui 30 dias
novamente e o pior, fará uma cirurgia plástica nessa que já nem tem mais dinheiro
para estar por aqui!
- Tem mais um agravante: - Tenho que trazer a Sonia junto e não sei como o
fazer! - Pois ela vive à sumir agora!
Doutor Antonio muito pacencioso respondeu: - Seus problemas com o doutor
Caio é lá com ele!
- Agora quanto a Sonia! - Se eu tenho uma enfermeira tão bonita como você
me casava com ela!
Riu! E aí pude perceber que a transparência de minha relação com a
Sonia já tinha ganho a magnetude da cristalinidade. E assim se tornava
transparente a quem tivesse convívio com a gente.
Medicada, aborrecida embarcamos no carro do Toninho e voltamos rumo a
Curitiba.
capítulo 67: Cama de casal
De volta a Curitiba Sonia tornou a sumir.
Penso que para alguém admitir as relações pouco convencionais deve de
ser uma barreira a ser superada.
O coração não escolhe a quem devemos dedicar nosso amor mas o nomeia
implacávelmente a fim de o fazer de forma objetiva e importante a quem
quer que seja.
A vida que temos é bastante curta para que fiquemos a nos ater as
convenções. E percebendo dessa forma consegui encontrar tranquilidade a
admitir que não havia sido ruim me envolver com ela. mas entendo que
fora importante a fim de poder entender que sempre se é feliz quando se ama
verdadeiramente.
Depois de 15 dias Sonia re-apareceu e marcamos que como no início
iríamos nos hospedar no hotel Flor. E aí iríamos embarcar durante o dia
rumo a São José do Rio Preto a fim de estarmos pela manhã no hospital a
fazer a tal cirurgia plástica.
Encontramo-nos na rodoviária. E ela estava com o seu namorado.
Comprimenteio e embarcamos.
Confeço que fiquei com um pouco de siúmes. Porém não deixei
transparecer.
Já que tinha que admitir que ela havia feito sua escolha.
Durante a viagem fomos conversando sobre a pocibilidade de eu rever a
cituação relativa a exclamação da Julia quanto a operar meus olhos.
Eu apenas afirmei que para o meu caso não entendia possível ter algo a
fazer!
Ela ainda a puxar assunto. Incistil a respeito de que eu deveria me
esforçar a ponto de voltar a ver!
E eu já cansada daquela história respondi: - Sol sou feliz céga, tenho
meu trabalho, realisei um sonho, vivo relativamente bem, supero minhas
dificuldades à medida do possível! - Logo não vejo que seja tão
importante assim!
E ela aborrecida respondeu: - Ju você não quer ver!
Mudamos de assunto e falamos um pouco sobre o relacionamento dela e aos
meus olhos me pareceu feliz!
E aí chegamos depois de algumas horas em Santo Antonio da Platina e
fomos almoçar recordando de nossa viagem com Toninho e Julia.
Após o almoço de volta ao ônibus Sonia me advertil que a cirurgia que
iria passar podia doer.
Fiquei nervosa! Pois não estava preparada para dor e pior já estava bem
longe de casa para desistir.
- Sol já estou a caminho e agora vou até o fim!
- Não pretendo desistir de nada!
- Agora vou a fazer a conclusão! - E por certo correrá tudo bem!
Confeço que me abateu o nervosismo porém tentava aparentar calma.
Chegamos ao hotel e mais uma decepção!
Quando Sonia se deitara na primeira vez em minha cama tinha me dado um
sobre nome que até entendia ser o dela. Porém eu nunca tinha feito nada
que precisasse da identidade dela. Já que desde o início quem cuidara de
tudo era a Marcia e na sequência o Toninho.
Sonia tinha me informado quando estávamos deitadas que gostava de ser
chamada de: Sonia estecanoveski lemiszka e ao fazer o ingreço no hotel
agora por minha conta constava de sua identidade o seguinte nome:
Sonia Dantas Lemiszka.
Percebi que de alguma forma estava a ser enganada.
Marcia ligou e eu enquanto falava com ela pedi que Sonia concluisse o
nosso engreço no hotel.
Disse a Marcia que verificasse a pocibilidade de locar uma vã para o
mês de outubro já que estávamos em agosto a fim de poder ir todas as pessoas
que desejava a Morretes. A fim de agradecer de módo festivo o meu feito.
Marcia protestara. E aí eu anunciei: - Hoje aqui está muito quente! - Estou
nervosa porque a Sol me amedrontou com a pocibilidade de ter dores e aí
o que me resta é beber algumas serveginhas a fim de me acalmar!
Passei o telefone para Sonia e conclui o pagamento que era esperado
pelo recepicionista.
Sol desligou o telefone e fomos rumo ao elevador.
- Ju por que ficou aborrecida?
- A Sol não é nada! - Só que estou a viajar a pelo menos 3 meses com você e
nem sei seu nome direito! - Depois tem que possivelmente irei passar
dores amanhã! - Coisa que você poderia ter me previnido!
Subimos e ao chegar ao apartamento estava à disposição uma cama de
casal.
Confeço que adorei a idéia mas não havia programado nada.
Anunciei: - Não vejo problema em você dormir comigo porém se quiser a
caminha adicional pode a pedir!
Sonia não se opôs!
Eu vou tomar um banho e vou beber algo no bar! - Já que preciso relachar,
Imformei!
E assim se deu! Porém no bar do hotel só havia serveja e caipirinha de
vódica. Que a meus olhos parecia o possível de se beber aquelas horas.
Já que não havia outra coisa.
Sonia desceu comigo e pediu para telefonar e assim o fez.
Enquanto ela telefonava eu bebericava, e acada latinha que consumia ela
protestava dizendo:
- Não gosto que meus amigos bebam! - Você não deveria estar a fazer isso! e
isso foi me enchendo a paciência!
A gota d'água foi ela dizer que eu iria ficar bêbada!
- 3 latinhas e 3 caipirinhas não embebedam ninguém! Segundo a minha
consepção!
Fomos para o quarto e deu o maior quebra pau!
Quase a joguei pela janela! Terceiro andar!
E aí desabafei: - Sol você não me conhece, não deve a estar a dizer o que
devo ou não fazer! - Já que está aqui só para me servir! - Não entendo por
que me mentil! - Já que a 3 meses estou com você e nem seu nome sei
direito! - Tem mais se quiseres ir embora amanhã cedo pode ir eu
remarco a cirurgia e tudo bem!
E aí vieram as lágrimas!
- Ju não estrague a lembrança de seu sorriso ao fazer essa cirurgia!
- Veja sei que estou errada ao ter omitido meu nome! - Porém penso que você
sabia! - Já que quem me contratou inicialmente foi a Marcia!
- Admito que aínda não sei o que vai ser da gente porém preciso tentar a
viver convêncionalmente! - Todavia reconheço que sinto algo muito
importante por você!
E eu muito séria esperava ela concluir entre lágrimas sua maneira de
ver as coisas.
- Olha Sol se quiser deixar essa etapa da cirurgia pode ir pela manhã
embora e eu remarco para outro dia!
- Não Ju eu vou até o fim!
E aí abrassamo-nos. A amar verdadeiramente uma há outra!
Dormimos agarradinhas epela manhã fomos rumo ao ambulatório!
capítulo 68: Uma escolha
Chegamos no horário combinado com o doutor Caio Pure e ele muito feliz
em nos ver foi nos encaminhando para a salinha onde realizaria minha
plástica.
aquele dia a equipe cirúrgica só seria composta pelas seguintes
pessoas:
Sonia Doutor Caio Pure uma enfermeira chamada Paula. E ao posicionarem-me na mesa o doutor já foi advertindo:
- Sabe Juliane sua cirurgia vai ficar bem feita!
- Já adianto, eu sempre faço essa plástica em duas etapas!
mas dado o fato de você vir de longe realizarei o todo
da mesma a fim de que possamos concluir o nosso trabalho!
Respondi: - Bom doutor ficarei realmente grata, pois já não possuímos
mais dinheiro para envestir nos deslocamentos de Curitiba até aqui! - Fico
realmente feliz se pudermos dar cabo de tudo hoje!
E aí começou a cirurgia.
Ele aplicou com uma ceringa à anestesia em duas partes da minha vagina
que me deu a sensação de dormência e de amortecimento.
Depois recortou os lábios vaginais com uma tesourinha a fim de que eles
ganhassem a devida proporção.
Acisti a tudo e enquanto ele me operava Sonia o auxiliava.
Depois de meia hora estava com alguns pontinhos que o organismo iria se
encarregar de absorver no futuro e a cirurgia fora dada por finda.
Se dicer que senti alguma dor minto! - O terror que a Sonia havia
plantado em meu coração fora em vão e desnecessário. Diria que
inoportuno!
Talvez por ela não dispor de repente da experiência que julgava ter. já
que o terror fora realmente grande. Já que havia sentido dor
anteriormente e penso que Sonia se valeu disso.
Saímos do hospital e eu me sentia atordoada por conta da anestesia.
Fomos almoçar e aí eu pedi que fôssemos rumo ao hotel. Já que não me
sentia bem!
Conversávamos sobre futilidades e ao chegar no hotel Sonia quiz rever
o tema de nossa discução.
- Ju! - Eu sei que estou agindo a seus olhos erradamente ao me envolver com
alguém que você entende comum! - Mas tenho que te dizer: - Há adóro muito e
não será fácil esquecê-la!
- Penso que se algum dia realmente for possível eu voltarei a procurá-la
e aí a gente quem sabe se dê bem!
Eu com a sensação de mal estar que estava não disse nada apenas me
ative a informá-la que já sabia de seus pensamentos e que realmente
entendia sua posição.
Voltamos para Curitiba e aí desde então nunca mais pude tê-la em meus
braços.
Uma vez que ela depois de me ter feito apaixonar resolveu
se manter a distância e algum tempo depois descobri que ela de fato se
casou e se foi para sempre.
O ato de se assumir é apenas para poucos!
Tornar relações pouco convencionais realmente interessantes e
importantes para o égo é privilégio de alguns!
capítulo 69: Amemos sempre
Depois dela tive outros relacionamentos do mesmo tipo.
Embora não creia que amor tenha tipo ou raça entendo apenas que é
um sentimento por de mais nóbre e que deve ser observado sempre que
possível a ser dispensado a quem quer que seja.
Alice foi uma das criaturas que passou por minha vida com o firme
propósito de me fazer entender que o sentimento é importante e
necessário a todas as criaturas.
Depois de alguns meses descobri Juana que muito embora não
estivesse a fim de estabelecer uma união diria estável pelo menos me
amou muito.
Juana tinha um carinho todo especial por mim e tive realmente muitos
momentos de satisfação. E foram de fato momentos felizes.
Meus ledores concideram que eu não sou certa já que fiz uma cirurgia
que quase pôs fim a minha vida e que contudo isso quase que acabo com uma
mulher que além de o ser acabou por admitir outras mulheres e que tais relações
realmente são pociveis de existir.
Vejo que o amor é só amor, não tem conotação sexual!
Nos envolve, nos dá a atenção e a fé que precisamos para SEGUIR AS
nossas vidas em frente.
Por isso penso que se gosto de amar não devo importar-me muito com que
se pensa ou se diz a meu respeito.
Amo e sinto esse amor e não me preocupo com quem quer que seja.
Sejamos felizes por que somos capazes de amar!
Fim!
Informamos que as informações sobre os personagens contidos nesse livro são de cunho
fictício, logo toda a semelhança compatibilisada com a vida real deve
ser considerada como méra coincidência
Nóta da autora:
Tentei retratar um assunto vivido por mim e que entendo que se
deve ter a devida respeitabilidade.
A sociedade ainda não se permite aceitar tais diferenças todavia
compreendo que é importante respeitar a adivercidade e que apartir da
re-educação poderemos construir um mundo melhor.
Contatos com os leitores:
Email: julyjuba4@yahoo.com.br
Grata aos meus ledores; e esprecem sua opinião sobre esse livro pois é
importante para eu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário