As Alergias Atacam-nos
Dor de estômago e vómitos eram sintomas produzidos pelo leite de vaca entre os contemporâneos de Hipócrates. A picadura de uma vespa acabou com a vida do
faraó Menes. Na antiga Pérsia descreveu-se a constipação da primavera. No século XIX, médicos britânicos - com sintomas alérgicos - descreveram cientificamente a
alergia ao pólen primeiro como febre do feno (J. Bulstock, 1819) e depois em relação com a inalação de pólens de gramíneas (H. Blakly, 1873).
A reacção alérgica não é novidade, mas converte-se em notícia ao aumentar a prevalência das doenças alérgicas nos países mais desenvolvidos. Porquê? A pergunta
não tem uma resposta, mas sim várias hipóteses possíveis. O mundo do progresso gera bem-estar e numerosas substâncias com as quais o ser humano entra em contacto
e às quais pode tornar-se sensível. Tudo uma consequência de um complexo processo do sistema imunológico que não se produz da mesma forma em todas as pessoas.
O avanço da imunologia e da alergologia supõe hoje uma situação paradoxal. Os alergologistas, os especialistas que melhor conhecem a reacção alérgica e os
alérgenos, dispõem de métodos de diagnóstico precisos e de um amplo e eficaz arsenal terapêutico com o qual podemos combater os sintomas, mas não têm resposta para
estas doenças. "O que está demonstrado", explica C. Martin Cócera, chefe do serviço de alergologia do hospital Clínico de Madrid, "é a pré-disposição genética. Nasce-se
potencialmente alérgico, ainda que nem sempre apareça a doença, nem se é necessariamente alérgico ao que são os pais, porque isto depende da exposição que a pessoa
tenha ao alérgeno". Da relação entre herança genética e desenvolvimento duma afecção alérgica parece ser claro o facto de que quando os pais são alérgicos, as possibilidades
de que os seus filhos o sejam é de 70 por cento. Se só um dos progenitores é alérgico, a probabilidade situa-se em 35 por cento. Em geral, se nenhum dos pais teve
manifestações alérgicas, entre 10 e 15 por cento da descendência pode desenvolver uma doença alérgica.
Mas a indiscutível potencialidade genética não é, aos olhos da ciência, a causa determinante do aumento de alergopatias. Factores ambientais e hábitos de vida
aparecem como elementos de riscos prevalentes conjuntamente à condicionante genética. Assim se põem em evidência no estudo da Sociedade Espanhola de Alergologia
e Imunologia Clínica (SEAIC) e o Gabinete de Estudos Sociológicos Bernard Krief, que forma o Livro Branco sobre o futuro da alergologia em Espanha. Os resultados
-- provisórios -- estimam que no ano 2005 haverá nove milhões de espanhóis alérgicos (25%-30% da população), afectados de rinite, asma, eczema e urticária e reacções
anafilácticas. Para essa altura o custo das doenças alérgicas (assistência sanitária, investigação, formação de especialistas e baixas laborais, aproximar-se-á a
meiobilião de pesetas.
As previsões futuras não são senão a continuação da realidade presente. Em dez anos duplicaram-se nos países desenvolvidos os casos de asma, e a proporção é quase
idêntica para doenças alérgicas como a dermatite atópica, rinite, alergia alimentar ou as respostas alérgicas face a materiais como o látex e diferentes substâncias
químicas. Os dados disponíveis em Espanha reconhecem que hoje entre 16 e 20% da população de uma doença aklérgica.
O avanço médico e científico em torno da reacção alérgica permite um melhor diagnóstico e poderia explicar, ainda que minimamente, que se conheça um maior número
de casos de doentes alérgicos que, numa grande maioria, podem melhorar a sua qualidade de vida com um tratamento específico. Um diagnóstico certeiro e uma terapia
eficaz dependem da preparação de especialistas. Em Espanha, os alergologistas não chegam ao milhar. Enquanto que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um
alergologista por cada 50000 habitantes, a realidade espanhola é de 0,29 alergologistas por 50000 habitantes.
"Os alergologistas estão nos hospitais", refere a Dra. Martin Cócera, "e não nos centros de saúde, onde deveriam estar, porque aí é onde primeiro chega o paciente.
Se há um doente alérgico, o alergologista é quem deve diagnosticá-lo e indicar o tratamento adequado. Se não, não chegam a nós todos os possíveis alérgicos ou, como
há poucos especialistas e deficiente infraestrutura sanitária, os hospitais saturam-se e há longas listas de espera.
O desconhecimento das dfoenças alérgicas por parte de profissionais não alergologistaws atrasa ou impede realizar um diagnóstico exacto e precoce da doença alérgica
que garanta o seu controle. Esta situação repercute-se especialmente em doentes que poderiam beneficiar do tratamento com imunoterapia, vacinas específicas que conseguem
modular a reacção face ao alérgeno. Neste sentido, a Dra. Martin Cócera é explícita: "uma imunoterapia que não está prescrita pelo alergologista não conduz a nada
ou pode ser contraproducente. Mas uma imunoterapia bem prescrita dá fantásticos resultados".
Ainda que a assistência especializada tenha conseguido melhorar a qualidade de vida do alérgico, a condição genética e a exposição a alérgenos origina novas sensibilizações.
A investigação aplica-se em encontrar uma resposta desde diferentes frentes: genética, imunológica e epidemiológica, para achar a chave da resposta alérgica. Porque
quando um alérgeno (potencial agressor) entra em contacto com o organismo, o sistema imunológico põe em andamento as suas defesas. Produzida a sensibilização, um
posterior contacto dispara a produção de uns anticorpos (proteínas) chamados imunoglobulinas E (IGE) que reagem exageradamente face às proteínas do alérgeno, afectando
de diferentes maneiras o aparelho respiratório, o digestivo e a pele.
Na realidade, a alergia é uma resposta imunológica que converte a defesa num ataque "no próprio campo". Quem está predisposto a sintetizar demasiada IGE converte-se
em "atópico, potencial alérgico a tudo". Mas uma das incógnitas não resolvida é porque ter grande quantidade de imunoglobulina E nem sempre significa desenvolver
sintomas alérgicos. "Provavelmente só conhecemos uma parte do que acontece na reacção imunológica", afirma Javier Subiza, coordenador do Comité de Aerobiologia da
SEAIC, "e aí é onde devem incidir as investigações. Ainda há muitas dúvidas, inclusive entre as teorias baralhadas para explicar a prevalência de alergia, como a
que se expôs para justificar que, vencidos os parasitas no mundo desenvolvido o sistema imune necessite de combater com outros agressores. Uma teoria que se desfez".
Entre as hipóteses acrescentadas à incidência genética figura a exposição a um maior número de alérgenos ambientais, substâncias derivadas de processos industriais,
alimentos e medicamentos, epitélio de animais, contaminação ou ácaros, que são causa de uma das doenças alérgicas de maior prevalência: a asma. Uma doença que afecta
cem milhões de pessoas e causa quarenta mil mortos anuais.
Segundo estudos epidemiológicos internacionais espanhóis, a asma está presente em 80% dos alérgicos, o que situa a alergia como o factor causal mais importante da
asma bronquial. Também está comprovado que os alérgenos que se encontram nas vivendas e restantes edifícios das cidades são responsáveis pelos seus sintomas.
Entre os alérgenos citados, os ácaros do pó e os epitélios (escamas) de animais como o cão e o gato constituem um autêntico "cocktail" alérgico. "Em muitas ocasiões,
o alérgeno pode ser completamente evitado do meio do paciente", diz o Dr. Subiza, "a asma pode ficar assintomática".
Outra afecção, a rinite (também conhecida como febre do feno), também conhecida por polenese, também vai aumentando, apesar de que a polinização se repete em cada
temporada desde há milhões de anos. Segundo explica Javier Subizsa, "aponta-se como uma das causas o aumento da contaminação nas cidades. Há numerosos trabalhos
realizados no Japão que assinalam como coadjuvante da reacção imunológica a combinação de pólens com produtos derivados do carborante diesel. Mas também há estudos
realizados na Alemanha após a reunificação, onde se demonstra que a instalação de indústrias "limpas" na antiga zona oriental disparava os casos de rinite que antes
não existiam com uma atmosfera mais contaminada".
Em cada primavera, milhões de pessoas experimentam a desagradável alergia ao pólen. Pessoas que nunca antes tinham tido sintomas. Talvez a explicação seja simplesmente
que a sua potencialidade alérgica se desperte. Talvez que o contacto com espécies novas na vegetação das cidades aumente a sua sensibilização. É provável que existam
razões por descobrir.
Cada dia é uma vitória face à doença alérgica. E a sobrevivência não é fácil se tudo quanto há à volta é um possível inimigo. O que é que se pode dar de comer a
uma criatura com alergia a alimentos básicos como leite, ovo, peixe, legumes, cereais ou frutas? De onde extrair os nutrientes necessários? De onde tirar os nutrientes
necessários? A pergunta tem resposta para as 102 famílias que formam parte da Associação Espanhola de Pais e Crianças com Alergia a Alimentos (AEPNAA), mas pode
ser desconhecida para muitas outras. "A maioria das vezes, o contacto com a enfermidade é de forma brusca", comenta Ana Isabel Sánchez, representante desta associação
de auto-ajuda. "A minha filha teve um choque anafilático com 8 meses, depois de beber um biberão. Tivemos sorte e diagnosticaram-se rapidamente a alergia alimentar.
Mas nem sempre é assim; há pediatras que consideram que esta doença é pouco menos que uma maluqueira".
Manter uma dieta diária seria menos difícil difíciolse todos os produtos incluíssem nas suas etiquetas os ingredientes bem especificados, que às vezes se mascaram.
Isto obriga os pais a olhar com lupa as etiquetas e a aprender e elaborar por sua conta as centenas de ingredientes conservantes, corantes, aditivos e demais componentes
alimentares. Mas se fazer o menu diário é um problema, mais grave pode chegar a ser a incompreensão do meio escolar, social e familiar das crianças, que pode levá-los
ao isolamento ou a pôr em perigo as suas vidas.
Cada doença alérgica tem particularidades segundo os antigenes quye a provocam. E assim será até que a investigação genétuica para identificar os quase 100000 genes
do genoma humano possa determinar onde reside a "culpabilidade" da predisposição hereditária. Ou até que se averigue o que ocorre realmente bno processo inmunológico
da reacção aklérgica e possam desenvolver-se fármacos que acabem com as situações de risco. Mas, entretanto, cada pessoa alérgica deve manter-se alerta.
Enfermidades Sensíveis
Rinite Alérgica
É a alergopatia mais prevalecente em Espanha, e os seus sintomas manifestam-se principalmente em crianças maiores de 4 anos e adolescentes, embora cada vez mais
os especialistas atendam mais casos de adultos acima dos 30 anos. É conhecida também como febre do feno, porque o médico inglês John Bostock (que fez a primeira
descrição científica em 1819) julgou que a afecção que irritava os seus próprios olhos e o seu nariz, só durante o verão, era provocada pelo feno.
"Sintomas": espirros contínuos, olhos irritados ou inchados, mucosidade abundante, comichão nos olhos, nariz e garganta, inclusive às vezes bronco-espasmos (asma
bronquial). Estão directamente relacionados com a aparição sazonal de pólens na atmosfera. De forma isolada pode provocar sinosite, dor de cabeça, fadiga, irritabilidade,
fotofobia e alterações do sono.
Se os sintomas aparecem durante todo o ano, denomina-se rinite crónica e a reacção alérgica deve-se aos ácaros do pó, epitélio (escamas) de animais (gato, cão, hâmster
e cavalo) ou alimentos.
"Alérgenos": pólens de plantas que utilizam o ar como veículo para se reproduzir. As plantas que polinizam através de insectos (rosas, cravos, margaridas, gerânios
e outras flores vistosas) não provocam alergias respiratórias. Também não são alergogénicas, ainda que aborrecidas, as bolinhas que na primavera soltam os choupos
e outras plantas.
Gramíneas: ervas comuns, de flor pequena e pouco vistosa; também trigo e cevada, os pólens mais alergogénicos.
Oliveira: os seus pólens são a segunda causa de alergia em Espanha, sobretudo nas zonas sul, centro e leste.
São também importantes os pólens da parietária, cipreste e arizónica, plátano, artemísia e carvalho.
"Prevenção": Seguir o tratamento pelo alergologista. Fechar as janelas durante a noite e viajar de carro com a janela fechada (por filtros no ar condicionado).
Proteger os olhos com óculos ao sair para a rua. Não sair de casa nos dias de forte vendaval e reduzir ao máximo possível as saídas no período algido de polinização.
Evitar estar ao ar livre entre as 5 e as 10 horas da manhã (emissão de pólens) e das 7 da tarde às 10 da noite (descida do pólen ao arrefecer o ar). Evitar cortar
a relva ou deitar-se sobre ela. Não estender no exterior a roupa durante dias de polinização alta. Evitar contacto com animais domésticfos e actuar contra os ácaros.
"Tratamento": evitar o contacto com o alérgeno. Qualquer medicação deve realizar-se sob estrita indicação do alergologista.
Cromoglicato dissódico: fármaco de origem vegetal efectivo como colírio no tratamento da conjuntivite alérgica.
Anti-histamínicos: os mais novos não afectam o sistema nervoso central, Ministram-se por via oral, como pulverizador nasal para evitar a congestão de nariz e como
colírio para a irritação dos olhos.
Corticóides: aplicação em aerossol, principalmente nas épocas de maior polinização.
Inmunoterapia: sob estrita indicação do especialista alergologista e específica para o alérgeno identificado como causa de rinite alérgica (pólens ou ácaros). Prescreve-se
em doses de um mês, durante 5 anos.
Asma
É a doença alérgica crónica mais comum no mundo desenvolvido e responsável por 40000 mortes por ano no planeta. Em Espanha, o número de asmáticos poderia aproximar-se
aos dois milhões de pessoas, principalmente crianças e adolescdentes (6,4% da popyulação).
"Sintomas": dificuldade respiratória, ruído de peito (assobios), tosse seca, aumento da mucosidade bronquial.
É causa de absentismo escolar e pode originar na criança que padece dela não só um baixo rendimento, como também problemas psicológicos ao sentir-se diminuida em
relação aos seus companheiros.
"Alérgenos": Pode desenvolver-se por exposição a numerosos alérgenos: ácaros do pó, contaminação, pólens, epitélio de animais de companhia, fungos ambientais e alguns
alimentos.
O pó de cereais, os sais de platina, o látex ou as madeiras tropicais são alérgenos profissionais que podem favorecer o desenvolvimento de asma em indivíduos geneticamente
predispostos.
"Prevenção": não fumar e evitar ambientes vcom fumo de tabaco.
Os bolores ambientais proliferam em ambientes húnmidos, dentro e fora da residência; é necessário ventilar bem diariamente e utilizar se necessário produtos anti-bolor.
Também se desenvolvem nos sistemas de ar reciclado dos edifícios inteligentes ou em edifícios doentes, onde não se ventila de modo natural. Convém não ter muitas
plantas de interior nem flores secas.
Alguns ataques de asma podem produzir-se depois de ingerir ácido acetilsalicílico e com alguns anti-inflamatórios não esteróides.
É importante que os asmáticos aprendam a reconhecer as suas crises asmáticas para poderem preveni-las.
Seguir o tratamento indicado pelo alergologista é basico para controlar os sintomas clínicos. Não faltam as opiniões expertas que culpam o incremento da mortalidade
pela asma a uma tardia administração da terapia adequada.
Um inadequado tratamento durante a gravidez da mulher asmática pode produzir alterações no desenvolvimento do feto.
"Tratamento": de momento não existe cura para a asma, mas os tratamentos disponíveis ajudam a controlar os sintomas. Ainda assim, a asma bronquial aumentou de forma
alarmante.
Se o ataque de asma é imprescindível e frequente, o alergologista indicará um tratamento de base que se deverá ter sempre à mão.
A função respiratória mede-se com um peackflow, um aparelho de medição que o doente pode ter em casa e que permite ajustar o tratamento aos picos respiratórios regfistados.
O cromoglicato dissódico por via inalatória nasal ou bronquial actua sobre a hiper-reactividade bronquial.
Os esteróides, inalados e orais, a baixas doses, reduzem a inflamação e a mucosidade.
Os bronco-dilatadores em aerossol (orais ou em xarope para as crianças) actuam de imediato contra a falta de ar. Às vezes recomenda-se tomar bronco-dilatadores em
comprimidos antes de iniciar uma actividade física (uns 15 minutos antes). Deve-se Sempre fazer o exercício físico que o especialista recomende como mais conveniente.
Injecções de adrenalina (em Espanha não se comercializam os auto-injectáveis de epinefrina que introduzem a dose exacta mediante uma ligeira pressão, como os de
insulina de que dispõem disp~leos diabéticos) para diminuir os sintomas de um choque anafilático swe se está longe de um serviço de urgências.
A inmunoterapia (vacina) representa o tratamento mais eficaz para fazer que o asmático de origem alérgica aumente a sua tolerância ao alérgeno e possa assim ficar
assintomático quando exposto a ele.
A esperança bnuma cura para a asma centra-se em várias vias: a que representa a investigação genética, à procura de anti-corpos monoclonais que neutralizem os antiç-corpos
IGE, e na investigação inmunológica.
Alimentos
8% da população infantil entre um e seis anos e 2% dos adultos desenvolvem sintomas pro ingestão, contacto ou inalação de determinados alimentos. Ainda qwue a alergia
a alimentos seja tão antiga como a própria história do homem, a sua prevalência segue uma linha ascendente ano após ano.
"Sintomas": urticátria, vermelhidão, inchaço de lábios e pálpebras; vómitos, diarreias, espirros, mucosidade abuyndante, congestão nasal; nalguns casos, asma, alterações
da voz, dificuldade em engoklir e respirar (edema da blote).
Ingerir determinados alimentos alergénicos, ou em casos de sensibilidade severa, pode produzir uma reacção fatal por choque anafiláctico.
Nem todas as reacções adversas a alimentos são uma resposta alérgica. É o caso da intolerância alimentar, cujos exemplos mais comuns são a que se produz à lactose
e à enfermidade celíaca (resposta inmunológica e não alérgica face ao glúten).
"Alérgenos": em crianças: leite de vaca, ovo (sobretudo a clara), peixe, legumes, cereais, soja, frutos secos e fruta seca. Em adultos: algumas frutas, peixe, legumes
e frutos secos. Também podem ser alergénicos alimentos como o morango, chocolate, tomate, ananás, mariscos e carne de porco.
Alguns aditivos: tartracina, sulfitos, nitratos e nitritos, glutamatos e benzoatos (identificados com a letra E nas etiquetas.
"Prevenção": eliminação estrita da dieta do alimento causante da sintomatologia alérgica.
Os pais de crianças alérgicas a alimentos e os adultos que também o são devem aprender a identificar as etiquetas dfos produtos embalados, para reconhecer os ingredientes
a evitar.
A preparação e cozinhamento dos alimentos também requer atenção. Não se devem utilizar os mesmos recipientes ou utensílios para elaborar a comida dos alérgicos e
a dos que não o são.
Observar qualquer reacção após a ingestão de um alimento (vermelhidão ou inchaço).
Prolongar a lactação materna nos recêm-nascidos pode prevenir a sensibilização do bebé. Retardar a ibntrodução de novos alimentos potencialmente alergénicos na dieta
dos bebés.
A colaboração do pediatra é básica se se suspeita de uma alergia alimentar em crianças. A ida ao alergologista permitirá estabelecer um diagnóstico e um tratamento.
Algumas vacinas, como a da meningite ou a tríplice vírica, incorporam nas suas fórmnulas princípios de origem animal ou foram cultivadas em embrião de franfgo, pelo
que pode causar sintomas clínicos nas crianças alérgicas a alimentos.
"Tratamento": Eliminar por completo o alimento que causa alergia e todos aqueles que sejam derivados ou o incluam na sua composição.
Leite e pó alergénico. A seggurança social só a paga até aos dois anos de vida (embalagens de 400g: entre 4000 e 7000 pesetas.
Com o tempo pode-se produzir tolerância aos alimentos (sobretudo leite e ovos). Há casos nos quais a sensibilização persiste a vida inteira.
O conhecimento dos problemas da doença alérgica alimentar por parte dos pais, educadores, família e pessoal de saúde contribui para evitar descuidos na administração
de alimentos perigosos e a não marginalizar as crianças alérgicas a alimentos.
Em ocasiões pode-se conseguir a tolerância elaborando listas de alimentos que se reintroduzem na dieta, com uma cadência de tempo e sob estrito controle médico.
Eczema
É uma das doenças da pele mais comuns, que em 90% dos casos afecta as crianças. Uma de cada oito crianças padece dela; em adultos, um de cada doze. Quando a produzem
agentes externos (metais, látex, animais de companhia, substâncias químicas) denomina-se "dermatite de contacto". Se a origem não é externa e a pessoa tem antecedentes
familiares alérgicos, será "dermatite atópica", uma doença que se torna crónica.
"Sintomas": inflamação, vermelhidão da pele e a formação de pequenas vesículas que provocam vontade de coçar (em certas alturas com desespero) às vezes até sangrar.
As feridas chegam a infectar.
Afecta a prega interna na articulação do cotovelo e do joelho, tornozelo, pescoço e cara. Em casos severos pode ocupar grandes extensões do corpo.
"Alérgenos": alimentos, e entre estes: ovos, peixe, cereais, frutos secos, tomates e citrinos.
Os ácaros do pó revelaram-se como potentes alérgenos na dermatite atópica.
Alguns medicamentos, como os derivados de penicilinas.
"Prevenção": eliminar os ácaros do pó doméstico e proteger dele armários, colchões e roupa de cama.
Evitar os alimentos potencialmente alergénicos. Os sintomas manifestados na pele são o primeiro sinal de alerta para ir à consulta do alergologista.
Utilizar roupa de algodão ou fios que não tenham costuras de làtex.
Higiene diária e cosméticos devem reduzir-se a produtos não agressivos e hipo-alergénicos.
"Tratamentos": cortisona. Sob controle médico, não mais de 3 vezes por dia e durante períodos curtos. Controlam a afecção cutânea, mas o seu efeito pode ser contraproducebnte
se não se utilizam de forma adequada ou se se aplicam durante muito tempo.
Anti-histamínicos por via oral para evitar a comichão.
Anti-bióticos para combater a infecção.
As lesões podem atenuar-se e melhorar com a exposição moderada ao sol e ao contacto com a água do mar.
Urticária
À volta de 20% da popyulação sofre na sua vida alguns episódio mais ou menos severo. Deve-se a uma resposta inmunológica do organismo, que reage ante alérgenos ou
outros agentes irritantes ou tóxicos.
"Sintomas": borbulhas e crostas vermelhas ou brancas, de intenso ardor. Pode mudar a sua localização em diferentes zonas. Na sua manifestação mais aguda costuma
desaparecer em poucas horas ou pode durar até pouco mais de um mês. Passado este tempo, se persistem os sintomas, torna-se crónuica e a sua origem alérgica não é
tão clara.
"Alérgenos": alimentos (principalmente os indicados na alergia alimentar e alguns conservantes), picadas de insectos, medicamentos (penicilinas e sulfamidas), látex.
A exposição à luz solar só provoca uma resposta alergica (foto-alergia) quando se tomam alguns medicamentos que podem converter-se em antígenos.
"Tratamento": Administração oral de anti-histamínicos.
Provas de dessensibilização como no caso da alergia a determinados alimentos.
Retirado da revista braille espanhola "Cultura"extraído de "El País Semanal"
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quinta-feira, 6 de setembro de 2012
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Um comentário:
Eu percebi que era alérgico ao pólen, quando eu tinha 10 anos. Por um longo tempo eu fiz teste para o que foi que eu tinha. Até que eu encontrei um especialista em alergia e inmunologia que me fizeram estudar todos importantes. Agora eu tenho que ter muito cuidado.
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